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ENADE : um estudo sobre o desempenho das instituições de ensino superior nos anos de 2007 e 2010

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Stricto Sensu em Economia

ENADE: UM ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO DAS

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NOS ANOS

DE 2007 E 2010

Brasília - DF

2012

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JOÃO CARLOS DA SILVA FILHO

ENADE: UM ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO DAS INSTITUIÇÕES

DE ENSINO SUPERIOR NOS ANOS DE 2007 E 2010

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Candido da Silva Filho

Brasília 2012

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Dissertação de Autoria de João Carlos da Silva Filho, intitulada “ENADE: ANÁLISE COMPARATIVA DO DESEMPENHO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM 2007 E 2010”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Economia da Universidade Católica de Brasília, em 16/04/2012, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada.

Prof. Dr. Osvaldo Candido da Silva Filho - UCB Orientador

Prof. Dr. Tito Belchior da Silva Moreira - UCB Avaliador Interno

Profª. Drª. Leila Bernarda Donato Gottems - UNB Avaliador Externo

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AGRADECIMENTO

A Deus, Senhor de todas as obras.

Aos meus pais João e Sebastiana e minha irmã Suely, por sempre me apoiarem nos diversos desafios enfrentados em minha vida.

A amiga Zulmira Costa, por me proporcionar um ambiente favorável nas minhas estadas em Brasília.

A Profª . Drª. Jussara Gonçalves Lummertz, por acreditar na importância da

formação continuada, me propiciando a oportunidade de subir mais um degrau na vida acadêmica e profissional.

Ao meu orientador Prof. Dr. Osvaldo Candido da Silva Filho, pela paciência e tranquilidade de suas orientações e por acreditar em minha capacidade nos momentos de desânimo.

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RESUMO

SILVA FILHO, João Carlos. Enade: Um Estudo sobre o Desempenho das Instituições de Ensino Superior nos anos de 2007 e 2010. 59f. Dissertação de Mestrado. Economia. Universidade Católica de Brasília, Brasília – DF, 2012.

Este trabalho apresenta um estudo comparativo descritivo sobre o Desempenho das Instituições do Ensino Superior no ENADE nos anos de 2007 e 2010, a partir dos dados do INEP das instituições das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, tendo como variáveis o nome da Instituição de Ensino Superior (IES), Estado, Região, modalidade de ensino (presencial, semipresencial ou à distância), formação dos professores, formas de ingresso, número de alunos matriculados, organização acadêmica (universidade, faculdade, centro universitário, faculdades integradas ou instituto/escola superior), regime de trabalho dos professores, categoria administrativa (pública ou privada), conceito ENADE e avaliação do MEC nos anos 2007 e 2010. A avaliação do Ensino Superior realizada pelo Ministério da Educação anualmente através do Instituto de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira - INEP com a realização ENADE, serve de instrumento para dar sustentação à qualidade do ensino superior no Brasil, subsidiando as reformas educacionais, pois se tornou a principal ferramenta na produção de mudanças nos currículos, metodologias de ensino, conceitos, práticas de formação e gestão. A melhora na formação acadêmica dos professores, a dedicação integral às instituições de ensino, o aproveitamento de ENEM como forma de ingresso no ensino superior são fatores que podem explicar a evolução no numero de instituições que conseguem o conceito máximo nessa avaliação, não obstante o aumento do números de alunos matriculados, da oferta de cursos presenciais. Há de se ressaltar que as instituições públicas ainda lideram o ranking de desempenho no quesito qualidade de ensino, apesar do crescimento do número de instituições privadas.

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ABSTRACT

SILVA FILHO, João Carlos. Enade: A Study on the Performance of the Institutions of Superior Education in the years of 2007 and 2010. 55f. Dissertação de Mestrado. Economy. University Catholic of Brasilia, Brasilia - DF, 2012.

This work presents a comparative study of the performance of higher level educational institutions on the Brazilian test for students performance – ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) for 2007 and 2010 using a dataset provided by the Institute of Educational Research Anisio Teixeira - INEP (Instituto de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira) sorted by the North, Northeast, South, Southeast and Central-West regions. We compare variables such as professors educational level, organization type (university, college, …), administrative category (public or private), ENADE grade. The ENADE is performed annually and intends to evaluate the Brazilian higher level education for both students and educational institutions, and is used as a measure of educational quality for policy making. The improvement of the professors educational level, the changing of the professors working regime (from by effective worked hours to full time), the ENEM test (Exame Nacinal do Ensino Médio) applied to high school students as a criterion for get in higher educational institutions seems improve the institutions performance on ENADE. It is also observed that the public institutions lead the rank of high quality

institutions concerning the ENADE grade.

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Lista de Tabelas

Tabela 1 – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Sudeste. ... 42

Tabela 2 – Conceito Mínimo do ENADE - 2007 - Sudeste ... 42

Lista de Ilustrações Figura 1 – Conceito Maxímo do ENADE - 2007- Sul. ... 42

Figura 2 – Conceito Mínimo do ENADE - 2007- Sul. ... 43

Figura 3 – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Nordeste ... 44

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...11

2.REFERENCIAL TEÓRICO... 12

2.1 O Ensino Superior no Brasil...12

2.2 Estudos sobre Avaliação na Educação Superior...21

3. METODOLOGIA... 30

3.1 Caracterização e Procedimentos...30

3.2 Universo e Amostra...30

4. RESULTADOS...31

4.1 Conceitos do ENADE 2007 por região...31

4.2 Conceitos do ENADE 2010 por região... 32

4.2.1 ANALISE DOS RESULTADOS...34

5. CONCLUSÃO...38

6. REFERÊNCIAS...40

7. ANEXOS...43

ANEXO A – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Sudeste. ... 42

ANEXO B – Conceito Mínimo do ENADE - 2007 - Sudeste ... 42

ANEXO C – Conceito Maxímo do ENADE - 2007- Sul. ... 42

ANEXO D – Conceito Mínimo do ENADE - 2007- Sul. ... 43

ANEXO E – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Nordeste ... 44

ANEXO F – Conceito Mínimo do ENADE - 2007 -Nordeste ... 44

ANEXO G – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Centro - Oeste ... 45

ANEXO H – Conceito Mínimo do ENADE – 2007 – Centro - Oeste. ... 45

ANEXO I – Conceito Maxímo do ENADE - 2007 - Norte ... 46

ANEXO J – Conceito Mínimo do ENADE - 2007 - Norte ... 46

ANEXO K– Conceito Maxímo do ENADE - 20 10 - Sudeste ... 46

ANEXO L – Conceito Mínimo do ENADE - 2010 - Sudeste ... 48

ANEXO M – Conceito Maxímo do ENADE - 2010 - Sul ... 50

ANEXO N – Conceito Mínimo do ENADE - 2010 - Sul ... 52

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ANEXO Q - Conceito Maxímo do ENADE – 2010 – Centro - Oeste. ... 54

ANEXO R – Conceito Mínimo do ENADE – 2010 – Centro-Oeste ... 54

ANEXO S – Conceito Maxímo do ENADE – 2010 - Norte ... 55

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INTRODUÇÃO

A partir da década de 80, diversas políticas começaram a ser criadas com o objetivo de avaliar o ensino superior no Brasil. Tais iniciativas passaram pelo processo de desenvolvimento entre 1983 e 1995 e se concretizaram por meio da Lei de no. 9.131/95, que estabeleceu o Exame Nacional de Cursos – (ENC), mais conhecido como Provão, implantado no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Em 2003, com a entrada do governo de Inácio Lula da Silva, foi criado um novo processo de avaliação para o ensino superior, por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – (SINAES), estabelecido em 14 de abril de 2004 sob a Lei no 10.861 (BRASIL). Entre as principais ferramentas de avaliação encontrava-se o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – (ENADE), cujo objetivo consiste em avaliar o desempenho dos alunos com relação aos conteúdos programáticos, estabelecidos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação.

O ENADE consiste em uma avaliação aplicada pelo Ministério da Educação e Cultura – (MEC) aos alunos ingressantes e concluintes dos cursos superiores, cujo processo é coordenado pela Comissão Nacional de Avaliação Superior – (CONAES) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – (INEP), responsável pela parte operacional.

No período de 2004 a 2008, o exame era realizado por amostragem, o INEP fazia seleção da amostra e o aluno selecionado era obrigado a fazer o exame, pois tratava-se de uma condição indispensável para que este recebesse seu histórico escolar, onde se fazia o registro da data, na qual o estudante havia realizado o exame. Os alunos não selecionados para tal processo recebia em seu histórico escolar o seguinte registro, “dispensado do ENADE pelo MEC nos termos do artigo 5o da Lei no 10.861/2004”.

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alunos é possível aferir o Indicador de Diferença entre o Desempenho Observado e o Esperado – (IDD).

Para atribuir o Conceito Preliminar de Cursos – (CPC), que utiliza também um índice com escala de 1 a 5, soma-se os resultados do ENADE mais o IDD a um componente de insumos, que orienta os avaliadores institucionais nas avaliações in loco para a construção do Conceito de Curso. No caso de um resultado maior que 2,

a Instituição é dispensada da avaliação in loco. Contudo, mesmo que os cursos

recebam conceito 3 e 4, e querem melhorar esse resultado, podem solicitar a visita dos avaliadores, mas, caso não estejam de acordo com o CPC recebido, é necessário justificar tais motivos.

A avaliação é um instrumento criado para dar sustentação à qualidade do ensino superior no Brasil. E nas reformas educacionais, se tornou a principal ferramenta na produção de mudanças nos currículos, metodologias de ensino, conceitos, práticas de formação, gestão, dentre outros, uma vez que promove transformações não apenas na educação superior, mas também na sociedade.

Por outro lado, a avaliação e sua efetividade como política pública, talvez se encontre no contexto das reformas do país para obtenção de eficiência e eficácia por parte das ações governista, subsidiadas na idéia de liberdade de escolha, individualismo e competitividade, que faz parte das características do mundo ocidental.

Sob a luz desse contexto, em busca de respostas, esse estudo procurou responder o seguinte questionamento: quais fatores influenciam a performance das

instituições de ensino superior no ENADE?

Nesse sentido, propôs analisar o perfil da Avaliação do Ensino Superior no Brasil e mostrar suas implicações na performance das instituições no ENADE. Para

isso, traçou os seguintes objetivos específicos: mostrar as características da Avaliação do Ensino Superior no Brasil; mostrar os resultados do ENADE no período de 2007 e 2010 e apontar fatores que podem influenciar a performance das

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL

O ensino superior no Brasil passou por profundas mudanças na última década. E o que vem se destacando é o expressivo aumento da demanda por vagas e seu atendimento por um crescente e pouco controlado número de instituições particulares e a redução da participação das universidades públicas na formação de pessoal de nível superior (PIRES, 2004).

Dias Sobrinho (2010) ressalta a expansão do sistema de educação superior brasileiro e fornece alguns números que confirmam esse crescimento. Em 1996, havia 922 Instituições de Ensino Superior; em 2004, eram 2013 e, em 2007, somavam 2.281. De modo proporcional, cresceu o número de matrículas: 1.868.529, em 1996; 4.163.733, em 2004, e 4.880.381, em 2007. Dentre as explicações para tal expansão, o autor cita o movimento de modernização e globalização, o aumento do contingente de jovens formados nas etapas escolares anteriores, os fenômenos de urbanização e de globalização, a ascensão das mulheres na sociedade, as crescentes exigências de maior escolaridade e qualificação profissional no mercado de trabalho e as mudanças culturais, em grande parte, impulsionadas pelos sistemas de informação.

Conforme Dias Sobrinho (2010), a partir de 1996, a expansão do mercado de educação superior produziu importantes transformações no cenário brasileiro, antes liderado pela universidade pública, com isso foi observado:

diversificação de modelos organizacionais (diversos tipos de provedores, estilos administrativos, tamanhos, finalidades, compromissos etc.);

diferenciação dos perfis estudantis (democratização do acesso, aumento de matrículas e titulação de mulheres, ampliação das faixas etárias dos estudantes;

incremento da formação profissionalizante (ênfase no setor de serviços, em detrimento da formação para a cidadania crítica e participativa);

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improvisação do corpo docente e desprofissionalização do magistério superior;

deslocamento da autonomia dos fins para os meios e da universidade para as agências de controle ministeriais;

crescente controle dos fins e flexibilização dos meios diversificação das fontes de financiamento;

aumento dos mecanismos de prestação e vendas de serviços e “quasemercado”.

De acordo com Verhine e Dantas (2009), as primeiras discussões sobre políticas de avaliação da educação superior no Brasil surgiram ainda na década de 80, por meio de iniciativas como, o Programa de Avaliação da Reforma Universitária e o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – (PAIUB), desenvolvidas entre os anos de 1983 e 1995. O processo dessas políticas implantadas se concretizou em 1995 com a Lei no 9.131/95 (BRASIL), que estabeleceu o Exame Nacional de Cursos – (ENC), popularmente conhecido como Provão e detalhado por meio do Decreto no 2.026/96 (BRASIL)

Segundo Paiva (2008), o governo brasileiro começou a implantar políticas públicas de avaliação, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação superior, desde meados da década de 90. A aplicação pioneira do Provão ocorreu em novembro de 1996 com a participação de 55.526 concluintes no segundo semestre letivo. Nos anos seguintes a sua aplicação ocorreu no mês de junho, e o último ano de sua aplicação foi 2003.

Conforme Cunha (2003), contrário a proposta de governo de FHC, o foco da avaliação do ensino superior passou do elemento institucional para o individual, com isso, ocorreu uma desaceleração no Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – (PAIUB), e se instituiu os Exames Nacionais de Cursos – (ENC), os quais passaram a ser obrigatórios para todosos estudantes do último ano dos cursos superiores de graduação do país. Tais exames eram facultativos, mas para obter o diploma, era necessário que o aluno o fizesse.

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Direito, Administração e Engenharia Civil, e a cada ano, eram incluídos mais quatro novos cursos no processo, na expectativa de que todos viessem a ser objeto do Exame Nacional de Cursos – (ENC).

Em novembro de 1996, 55 mil estudantes de 616 instituições foram chamados ao Provão, mas, pelos cálculos do MEC, 4% entregaram a prova em branco, apoiando, assim, o boicote defendido pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Como se computou nota zero para os alunos que entregaram a prova em branco, o resultado da avaliação, divulgado em abril de 1997, mostrou cursos de excelência com nota média inferior à de outros de duvidosa qualidade. Diante das críticas que o processo recebeu nos meios de comunicação de massa, o ministro anunciou que as faculdades posicionadas na faixa de notas mais baixas seriam visitadas por comissões de especialistas (estes, então, é que disporiam de critério decisivo) para recomendarem ou não seu descredenciamento ao Conselho Nacional de Educação (CUNHA, 2003, p. 50).

Segundo Verhine e Dantas (2009), em 1996, foram lançados também a Avaliação das Condições de Ensino e o Censo de Educação Superior, contudo, o Provão já recebia maior atenção por parte da mídia e das instituições. No início, em 1995, o Provão testava três áreas do conhecimento, em 2003, passou a testar 26 áreas, e apesar de seu papel central e da sua larga aceitação, foi criticado por muitos, dentre esses, os membros da comunidade acadêmica e especialistas em avaliação. Entre as críticas ao exame destacavam-se: ser referenciado a norma, ser obrigatório, ter um viés “conteudista”, apenas avaliar os alunos concluintes (não captando, portanto, a contribuição do curso na sua formação), e promover (o risco de) uma unificação de currículo (uma vez que o Exame era aplicado a partir de uma única base para todo o país), dentre muitas outras.

Verhine et al., (2006), explicam que a Medida Provisória 147(BRASIL), aprovada no final de 2003, mudou a legislação que regia a avaliação da educação superior. Com isso, o MEC publicou e divulgou um documento detalhando todos os aspectos da nova abordagem de avaliação, visando identificar as diversas deficiências do Provão, como também fundamentar os conceitos, princípios e características da nova proposta.

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e propor alternativas ao modelo existente. No mesmo ano em 27 de agosto, a Comissão publicou uma proposta preliminar para uma nova rede de avaliação, com componentes articulados e integrados, chamada Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – (SINAES).

De acordo com Brito (2008), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – (SINAES) foi implantado em 2004, considerando que cada instituição de ensino superior tem suas próprias peculiaridades, dessa forma, buscou estabelecer elementos que pudessem ao mesmo tempo atender o sistema como um todo e as particularidades de cada Instituição de Educação Superior. A avaliação contemplaria uma análise global e integrada das dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades, finalidades e responsabilidades sociais tanto das escolas de ensino superior como de seus cursos.

Segundo Brito (2008), o SINAES, por meio da Lei 10.861(BRASIL) de 2004, teve como proposta avaliar três vertentes que são a instituição, o curso e os estudantes.

Avaliação da Instituição: autoavaliação pela Comissão Própria de Avaliação – (CPA) e avaliação externa in loco, desenvolvida pelos avaliadores

institucionais capacitados pelo INEP nos moldes do SINAES.

Avaliação de Curso: pelos pares na avaliação in loco, pelos estudantes,

através do questionário de Avaliação Discente da Educação Superior – (ADES) que é enviado aos estudantes da amostra do ENADE, pelos coordenadores de curso, mediante questionário dos coordenadores e avaliações realizadas pelos professores dos cursos e a CPA.

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exame dos ingressantes e concluintes permite analisar o progresso dos estudantes em vários itens.

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituído pela Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, apresentou um novo modelo de avaliação do desempenho acadêmico, como metodologia hábil à solução dos problemas imputados ao ENC. Desde 2004, quando foi instituído, ao Sinaes é atribuída a responsabilidade pela proposição e implantação de metodologias de avaliação que possam cumprir a atual política de avaliação da educação superior brasileira (PAIVA, 2008, p. 33).

Segundo Barreyro e Rothen (2006), a avaliação do ensino superior pode ter funções distintas, considerando os valores do sistema no qual está inserida, pois “diferentes paradigmas epistemológicos a fundamentam, segundo a educação seja concebida como bem público ou com uma lógica de mercado” (p. 957). A avaliação tem a finalidade de oferecer parâmetros para garantir a qualidade da educação, favorecer a melhoria da qualidade dos serviços, servir de instrumento de prestação de contas, estimular e regular a concorrência entre instituições, implantar mecanismos de controle do investimento dos recursos públicos, supervisionar a iniciativa privada na provisão de um bem público, reconhecimento de créditos entre programas e aptidão para receber recursos públicos.

No Brasil, o SINAES estabelece que a avaliação externa seja um importante instrumento cognitivo, crítico e organizador, exigindo a sistematização e o inter-relacionamento de um grande conjunto de informações, obtidas por meio de dados quantitativos e juízos de valor, dizendo respeito à qualidade das práticas e da produção teórica das IES (MARCHELLI, 2007, p. 353).

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Ensino Superior, Cadastro de Perfil Institucional e Desempenho do Estudante (ENADE).

Compreendendo Marinho - Araújo (2004), o Exame Nacional de Desempenho – (ENADE) é um instrumento com maiores possibilidades de concretizar as ações dos processos avaliativos e de desenvolvimento das potencialidades dos atores envolvidos, especialmente os estudantes. Seu foco se encontra no perfil profissional que se deseja formar e a trajetória acadêmica da formação dos estudantes, como também, além do domínio do conteúdo programático, conhecimento e habilidade, abrange o desenvolvimento de competências necessárias à formação profissional e à compreensão integrada, crítica e contextualizada de diversos temas.

Assim como o Provão, o ENADE se utiliza de quatro diferentes instrumentos para a coleta de dados: 1) os testes; 2) um questionário para levantar a percepção dos alunos sobre o teste (que faz parte do caderno de prova); 3) um questionário sobre o perfil socioeconômico-educacional do aluno (em caderno próprio, de preenchimento voluntário, e que deve ser entregue no dia da prova); e 4) um questionário a ser respondido pelo coordenador de curso sob avaliação, no qual se pedem suas impressões sobre o projeto pedagógico e as condições gerais de ensino de seu curso (VERHINE et al., 2006, p. 299).

Segundo Marinho-Araújo (2004, p. 86), na aferição quantitativa por meio do ENADE serão apontados os erros e acertos dos alunos nas questões da prova. Na dimensão qualitativa poderá indicar o “não sei” ou do “ainda não sei” como potenciais indicadores de redefinições político-pedagógico aos cursos e percursos de formação. Com isso, se torna um desafio a construção de métodos e procedimentos para a interpretação e análise dos conhecimentos adquiridos e da visão ampliada do mundo, da teoria aprendida, criatividade, ética, preferência pela negociação, pelo espírito coletivo, dentre outros.

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Contudo, Dias Sobrinho (2008, p. 821), discorda em relação a algumas medidas do INEP para avaliação da educação superior brasileira, e afirma que a avaliação está “deixando de ser uma produção de significados, questionamento sobre a pertinência e a relevância científica e social da formação e dos conhecimentos”, para se limitar à medida e ao controle. Para o autor, a educação plena se reduz a ensino e os processos formativos se anulam perante os resultados quantificáveis, a valoração dá lugar a exames que medem desempenhos estudantis, que servem de informação básica aos índices, que se transformam em classificações e rankings e representam numericamente a “qualidade” dos cursos e

das instituições.

Dias Sobrinho (2008) cita também que a avaliação institucional, antes centralizada no SINAES, se tornou periférica. As Comissões Permanentes de Avaliação – (CPAs) deixaram de exercer sua função, pois as instituições ficam desmotivadas com os processos avaliativos. O ENADE e o aluno passam a ser as principais fontes de informação para se mensurar os índices de qualidade. Os órgãos do governo são os principais proprietários e destinatários. E os conceitos principais passam a ser eficiência, competitividade e desempenho, onde os objetivos

esperados consistem em controlar, hierarquizar e comparar. A avaliação parece isenta de valores e interesses e os números, notas e índices passam a ser a própria avaliação.

O INEP destituiu a avaliação institucional e erigiu o ENADE – agora um exame estático e somativo, não mais dinâmico e formativo – como centro de sua avaliação, atribuindo-lhe um peso muito maior do que ele tinha antes. Isso não é uma simples mudança de metodologia. É, sim, uma mudança radical do paradigma de avaliação: da produção de significados e reflexão sobre os valores do conhecimento e da formação, para o controle, a seleção, a classificação em escalas numéricas (DIAS SOBRINHO, 2008, p. 821).

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que, haveria redução de custos, por não haver aplicação do ENADE a alunos ingressantes. O indicador seria mais eficiente e eficaz pois o aluno recebe incentivo para realizar a prova, por tratar-se de um critério para o processo seletivo de várias universidades no país, como também para programas que concedem bolsas de estudo, principalmente o ProUni.

Tuttman (2009) defende a ideia do Enem como legítima referência de avaliação para o acesso único ao ensino superior, e se mostra contrária ao acesso à universidade pública por meio de processos seletivos sob a responsabilidade da própria instituição ou de fundações contratadas. A democratização do acesso ao ensino superior seria por meio de um único exame, pois não haveria discriminação a candidatos por condições geográficas, econômicas e/ou culturais, uma vez que, os aspectos universais seriam priorizados num processo seletivo único nacional.

Lima et al., (2008) escrevem que a garantia da qualidade da educação superior, se encontra na base da publicação de diversos sistemas de avaliação, conselhos e agências nacionais, dos cursos ou programas, da pesquisa, das instituições ou mesmo dos sistemas nacionais ou regionais.

Na ótica de Polidori (2009), a evolução do desenvolvimento do processo avaliativo em nível nacional no Brasil pode-ser dividido em quatro fases:

Primeira fase (1986 a 1992) - várias iniciativas de organização de um processo de avaliação, e a existência de avaliações isoladas no país não se constituindo em uma avaliação de caráter nacional (PARU, GERES);

Segunda fase (1993 a 1995) - denominado de formulação de políticas. Instalação do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – (PAIUB);

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Quarta fase (2003 a atual) - denominado de construção da avaliação emancipatória, com a implantação do SINAES, numa proposta de se desenvolver uma avaliação formativa e que considerasse as especificidades das IES do país.

Os decretos de no 2.306/97 e 3.860/01(BRASIL) projetaram mudanças no cenário do ensino superior. As Instituições de Ensino Superior passaram a adotar quatro formatos distintos: universidades; centros universitários; faculdades integradas; faculdades, institutos superiores ou escolas superiores. Surgiram então os centros universitários, definidos como instituições de ensino pluricurriculares, e pela sua qualidade de ensino, comprovada por meio das avaliações coordenadas pelo MEC, receberam autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior, além de outras atribuições definidas em seu credenciamento pelo Conselho Nacional de Educação (CUNHA, 2004).

Em relação a evasão de alunos no ensino superior brasileiro, Silva Filho et al., (2007) desenvolveram uma pesquisa em 2005 no país sobre o tema e concluíram que na Região Norte, a média de alunos matriculados em Instituições públicas foi de 60%, e de acordo com os dados do INEP observados no período de 2000 a 2005 a evasão média da Região Norte foi a menor do Brasil. Na Região Nordeste os dados do INEP revelaram que todos os estados do Nordeste tiveram a taxa de evasão anual oscilante ao longo do período em análise, e nos estados do Piauí e Maranhão o número de alunos evadidos foi maior em relação a outros estados do Nordeste.

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pouco acima da regional e da nacional. O Distrito Federal manteve taxas mais altas, em torno de 28%, em relação as regionais e nacionais.

A partir de 2009, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – (ENADE) passou a ser universal e não mais amostral. Todos os alunos ingressantes e concluintes dos cursos de graduação que fazem parte das áreas avaliadas na edição farão a prova. O ENADE, componente curricular obrigatório dos cursos de graduação é realizado em ciclos avaliativos com duração de três anos. A mudança metodológica foi alterada atendendo pedidos das Instituições de Ensino Superior - IES, que solicitaram ampliação do número de alunos que prestam o exame, em razão do surgimento de novos indicadores educacionais calculados a partir das médias do ENADE, como IGC - Índice Geral de Cursos de Graduação e CPC - Conceito Preliminar de Curso (INEP, 2012).

2.2 ESTUDOS SOBRE AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Nos aspectos teóricos da metodologia utilizada para conhecer a efetividade do ensino superior brasileiro, Diaz (2007) explica que foi identificada nas diversas áreas das ciências sociais a necessidade de incluir nas análises os efeitos das conexões existentes entre os indivíduos e as características de seu ambiente de morada e de suas atividades laborativas. Na área de economia, a relação acontece entre o indivíduo e as características das instituições às quais ele pertence, e a utilização de metodologia nas análises realizadas, que permitam identificar, de forma precisa, os impactos resultantes de aspectos específicos do ambiente, seja ele físico ou institucional.

Segundo a análise de Diaz (2007) sobre os impactos das características socioeconômicas dos indivíduos sobre o rendimento no Provão, encontrou em seu estudo que o ambiente em que o indivíduo se formou contribui de maneira significativa para o seu desempenho. Esse efeito foi captado pela variável contextual relativa ao percentual de pais com escolaridade superior existente na instituição em que o aluno está se formando.

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que incluía, nota bruta e ponderada. O desenvolvimento da base de dados se deu a partir de dados geral, onde as informações do questionário socioeconômico sobre os alunos de bacharelado e licenciatura serviram de instrumento.

Nesse estudo de Brito (2007) alguns resultados são bastante preocupantes e, dentre estes, podemos destacar o baixo número de professores sendo formados nos cursos de Matemática, Física e Química e, além da questão do pequeno número de estudantes que concluem o curso deve ser destacado também o baixo desempenho dos estudantes na parte de Formação Geral da prova (por enquanto, única parte da prova que permite comparações por ser feita por todos os participantes).

Segundo Pederneiras et al., (2011), o estudo sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes na visão de líderes formais, consistiu em uma pesquisa de natureza qualitativa de caráter exploratória realizada por meio de entrevistas e observações, buscando conhecer a realidade da Instituição de Ensino Superior – IES. A avaliação da dinâmica interna de processos e atividades, considerando suas características educacionais, de enfoque exploratório-descritivo-explicativo, proporcionou maior conhecimento do problema com vistas a explicitá-lo, a descrever as características do objeto do estudo, bem como identificar os fatores ou variáveis que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos e suas causas.

O contexto possibilitou identificar alguns fatores que interferem no resultado do ENADE. Desta maneira, os achados reforçam que, dentre os muitos fatores importantes para obter-se um resultado satisfatório no ENADE, a sensibilização, a motivação e o compromisso dos alunos com o ENADE são tidos como os mais significativos na visão das líderes entrevistadas.

Leitão et al., (2010), objetivando analisar o boicote dos estudantes aos exames de avaliação da educação superior nos anos de 2005, 2006 e 2007, utilizando resultados do ENADE, realizaram uma análise econométrica por meio da metodologia de regressão logit, que permite identificar o impacto isolado de

determinada variável em relação à prática de boicote.

(24)

pessoais sobre o indivíduo (idade, gênero, estado civil, cor da pele, renda familiar, ocupação, escolaridade dos pais, tipo de escola em que cursou o ensino médio e assuntos que mais lê no jornal), bem como informações sobre a condição do indivíduo no curso (ingressante ou concluinte, região do curso que frequenta, se é ou foi bolsista, dedicação acadêmica, percepção dos aspectos físicos, pedagógicos e curriculares do curso, categoria administrativa da instituição e curso que frequenta) (LEITÃO et al., 2010, p. 31).

Ainda segundo Leitão et al., (2010) foram ser identificadas neste estudo as diferentes relações que algumas variáveis possuem com a probabilidade de o aluno boicotar. Observou-se que o curso que o aluno frequenta pode relacionar-se com essa probabilidade de forma muito variável. Assim, um aluno que frequenta o curso de Serviço Social, por exemplo, possui probabilidade de boicotar maior cerca de 13 pontos percentuais que um aluno do curso de Medicina Veterinária ou Ciências Contábeis. Além da variável “curso”, a categoria administrativa da instituição (pública ou privada), a renda familiar e a categoria administrativa da escola onde o estudante cursou o ensino médio se destacaram das demais na probabilidade de boicote dos alunos.

(25)

convivência no interior da universidade, aumentando as chances de sucesso acadêmico e fazendo com que aspectos da transição para a vida adulta vividas nesse ambiente, sejam considerados como centrais para o cumprimento da missão dessa instituição.

Na pesquisa sobre a evasão no ensino superior brasileiro, de acordo com Silva Filho et al., (2007), foi realizado um estudo macroscópico por meio de dados disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – (INEP). No entanto, por se tratar de dados obrigatoriamente agregados, não foi possível acompanhar a evasão representada pelo acompanhamento individual dos alunos. Sendo assim, foi utilizada como cálculo básico, a comparação entre o número de alunos matriculados em um determinado ano, com a subtração dos concluintes, com a quantidade de alunos matriculados no ano seguinte, subtraindo-se deste último total os ingressantes do ano. Dessa forma, foi mensurada a evasão anual.

(26)

3. METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS

A metodologia utilizada nesse trabalho foi do tipo bibliográfica, descritiva, exploratória e explicativa, com um enfoque dedutivo e abordagem quantitativa, foi realizada uma análise comparativa descritiva dos resultados do ENADE nos anos de 2007 e 2010, para apontar possíveis fatores que influenciam no desempenho das instituições do ensino superior.

Os procedimentos utilizados consistiram em pesquisa nos dados do cadastro das Instituições de Ensino Superior do Ministério da Educação – MEC, por meio dos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Um banco de dados continha variáveis como: nome da Instituição de Ensino Superior (IES), Estado, Região, modalidade de ensino (presencial, semipresencial ou à distância), formação dos professores, formas de ingresso, número de alunos ingressantes e concluientes, organização acadêmica (universidade, faculdade, centro universitário, faculdades integradas ou instituto/escola superior), regime de trabalho dos professores, categoria administrativa (pública ou privada), conceito ENADE e avaliação do MEC nos anos 2007 e 2010, compilados em planilhas Excel que resultaram em 20 quadros com as IES que alcançaram os conceitos máximo e mínimo das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, 07 gráficos das variáveis acima citadas, 04 tabelas comparativas entre os conceitos e as regiões e 01 tabela geral que mostra o resultado final do estudo.

3.2 UNIVERSO E AMOSTRA

(27)

O universo dessa pesquisa perfaz um total de 4.659 Instituições do Ensino Superior do Brasil, sendo 2.281 do ano de 2007 e 2.378 do ano de 2010 e tem como amostra o numero de 629 IES divididas pelas regiões do país que obtiveram os maiores e os menores conceitos do ENADE nos anos de 2007 e 2010.

4. RESULTADOS

4.1 Conceito ENADE 2007 por Região

Na base de dados referentes a 2007, conforme o INEP (2012), na Região Sudeste 64 instituições de ensino superior receberam conceito máximo do ENADE, das quais, 54 eram públicas e 10 privadas. Os cursos de Agronomia e de Educação Física foram os que mais se destacaram no conceito máximo, perfazendo um total de oito cada. Todos os cursos de Agronomia fazem parte de instituições públicas, onde quatro deles ficam localizados no estado de Minas Gerais, três em São Paulo e um no Espírito Santo. Dos cursos de Educação Física, cinco fazem parte de instituições públicas e três de instituições privadas, sendo que das cinco instituições públicas, quatro ficam localizadas no estado de Minas Gerais e uma em São Paulo, das instituições privadas, duas ficam localizadas em Minas Gerais e uma em São Paulo, como pode ser observado no quadro1(em anexo).

Em relação ao conceito mínimo do ENADE em 2007, de acordo com os dados do INEP (2012), a Região Sudeste teve 50 instituições que receberam conceito mínimo, e entre estes, se encontram dez cursos de Farmácia de instituições privadas, em sua maioria, localizadas no estado de São Paulo, três no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais, como mostra o quadro 2 (em anexo). Dentro desse conceito mínimo, também se encontram nove cursos de Nutrição, oito de Biomedicina, cinco de Medicina, cinco de Enfermagem e cinco de Serviço Social, dois de Odontologia, dois de Tecnologia de Radiologia, dois de Educação Física, um de Medicina Veterinária e um de Fonoaudiologia.

(28)

3 (em anexo). Em seguida aparece seis cursos de Agronomia, quatro de Farmácia, três de Medicina, três de Enfermagem, três de Fonoaudiologia, três de Serviço Social, dois de Fisioterapia, dois de Tecnologia de Radiologia, um de Medicina Veterinária, um de Nutrição, um de Zootecnia, um de Biomedicina e um de Terapia Ocupacional.

Quanto aos cursos que receberam conceito mínimo na Região Sul em 2007, de acordo com os dados do INEP (2012), do total de 14 instituições, dez ficam localizadas no estado do Paraná, três em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul. A maioria, um total de nove, faz parte da rede privada, e quatro são instituições públicas. Os cursos que mais receberam conceito mínimo foram Farmácia, Serviço Social e Biomedicina, como mostra o quadro 4 (em anexo).

Na Região Nordeste, segundo os dados do INEP (2012), 12 cursos de instituições públicas receberam conceito máximo no ENADE em 2007 conforme o quadro 5 (em anexo), entre esses cursos estão: dois de Odontologia, dois de Educação Física, dois de Fisioterapia, um de Medicina, um de Enfermagem, um de Fonoaudiologia, um de Serviço Social, um de Biomedicina e um de Tecnologia de Radiologia.

De acordo com os dados do INEP (2012), 22 instituições da Região Nordeste receberam conceito mínimo em 2007, das quais, cinco são cursos de Educação Física, onde três são de instituições públicas localizadas na Bahia e dois de instituições privadas, uma localizada na Bahia e outra na Paraíba, quatros cursos são de Enfermagem, onde três são de instituições privadas e um é de instituição pública, como pode ser observado no quadro 6 (em anexo).

Na Região Centro Oeste, conforme dados do INEP (2012), todos os 16 cursos que receberam conceito máximo em 2007 são de instituições públicas federais, e o curso de Medicina foi o que mais se destacou, com três cursos, cada, um localizado no estado do Mato Grosso, estado de Goiás e Distrito Federal. Os cursos fazem parte da Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal de Goiás e Escola Superior de Ciências da Saúde, como mostra o quadro 7(em anexo).

(29)

anexo), dos quais, nove são da área de Farmácia, sendo que, três se encontram no Distrito Federal, dois no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás respectivamente. Três cursos de Medicina Veterinária também receberam conceito mínimo, onde dois estão localizados em Goiás e um no Mato Grosso do Sul. Dois cursos de Medicina também foram avaliados com a nota mínima, dois de Nutrição, dois de Enfermagem, dois de Biomedicina, um de Odontologia, um de Fonoaudiologia e um de Zootecnia localizado no Distrito Federal.

Conforme dados do INEP (2012), a Região Norte teve sete instituições avaliadas com conceito máximo em 2007 conforme o quadro 9 (em anexo), onde seis fazem parte da rede pública federal e uma faz parte da rede privada. O estado do Amazonas conta com duas instituições, uma pública e outra privada, cujos cursos são Ciências Sociais e Computação e Informática respectivamente. O estado do Acre também teve dois cursos, Química e Pedagogia, avaliados com conceito máximo, que fazem parte da Universidade Federal do Acre. Os cursos de Pedagogia da Fundação Universidade Federal de Rondônia e Fundação Universidade Federal do Tocantins receberam nota máxima, como também o curso de História da Universidade Federal do Pará.

De acordo com os dados do INEP (2012), em 2007 a Região Norte teve 12 cursos avaliados com o conceito mínimo, dos quais sete são do estado do Amazonas e fazem parte da rede privada. Entre os cursos estão Odontologia, Medicina, Farmácia, Enfermagem e Nutrição, como apresenta o quadro 10 em anexo.

4.2 Conceito ENADE 2010 por Região

(30)

instituições de ensino superior com seis cursos, Agronomia, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Zootecnia.

Referente ao conceito mínimo do ENADE, 72 cursos da Região Sudeste receberam nota mínima conforme quadro 12 (em anexo), destacando a Universidade Vale do Rio Verde do Estado de Minas Gerais com cinco cursos, Medicina Veterinária, Medicina, Enfermagem, Nutrição e Tecnologia em Radiologia, e a Universidade José do Rosário Vellano de Minas Gerais Também com quatro cursos, Odontologia, Farmácia e Tecnologia em Radiologia, todos da rede privada de ensino superior (INEP, 2012).

A Região Sul teve 63 cursos avaliados com conceito máximo em 2010 conforme quadro 13 (em anexo), conforme os dados do INEP (2012), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul se destacou com sete cursos, Medicina Veterinária, Odontologia, Medicina, Agronomia, Farmácia, Nutrição e Biomedicina. A Universidade Estadual de Londrina aparece em seguida com cinco cursos, Medicina Veterinária, Medicina, Farmácia, Fisioterapia e Biomedicina.

17 cursos da Região Sul recebeu conceito mínimo do ENADE conforme quadro 14 (em anexo). A Universidade Paranaense da rede privada teve três cursos, Medicina Veterinária, Enfermagem e Biomedicina avaliados com nota mínima.

Com base nos dados do INEP (2012), a Região Nordeste teve 42 cursos avaliados com conceito máximo conforme o quadro 15 (em anexo). A Universidade Federal do Rio Grande do Norte se destacou com cinco cursos, Odontologia, Medicina, Farmácia, Enfermagem e Biomedicina. Entre todos os cursos, o de Enfermagem foi o que mais recebeu nota máxima, em segundo aparece o de Medicina com oito, todos da rede pública.

Por outro lado, os cursos que foram avaliados com a nota mínima na região Nordeste em 2010, totalizaram 20, e o curso de enfermagem foi o mais citado, sendo, três da rede pública e dois da rede privada, como pode ser observado no quadro 16(em anexo).

(31)

Dos 13 cursos da Região Centro-Oeste que recebeu conceito mínimo do ENADE, os mais citados foram Enfermagem e Fisioterapia, e a maioria faz parte da rede privada, como pode ser observado na tabela 18.

De acordo com os dados do INEP (2012), a Região Norte teve 11 cursos avaliados com conceito máximo. A Universidade do Estado do Pará se destacou com os cursos de Fisioterapia e Tecnologia em Agroindústria. Em seguida aparece a Fundação Universidade Federal de Rondônia com os cursos de Agronomia e Enfermagem. Dez cursos fazem parte da rede pública e apenas um faz parte da rede privada, como ilustra o quadro 19 em (anexo).

Referente ao conceito mínimo do ENADE recebido pelos cursos da Região Norte em 2010, pode ser observado por meio do quadro 20 em anexo, que dos 12 cursos, 11 fazem parte do ensino superior da rede privada e apenas um faz parte da rede pública. A Faculdade Presidente Antônio Carlos do Estado de Tocantins teve quatro cursos com nota mínima, Odontologia, Medicina, Enfermagem e Fisioterapia. Dentre todos os cursos que receberam nota mínima, os cursos mais citados foram Odontologia e Fisioterapia (INEP, 2012).

Só para exemplo, em 2011 foram avaliadas 2,176 instituições de ensino superior pelo Ministério da Educação – (MEC), destas, 229 eram públicas e 1.947 privadas, entre universidades, centros universitários e faculdades. As notas obtidas pelas 2.176 instituições se apresentaram da seguinte forma, 27 alcançaram nota cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 receberam nota quatro, dentre estas foram 65 públicas e 66 privadas; 985 obtiveram nota três, onde 90 foram públicas e 895 privadas; 674 tiveram nota dois, sendo 41 públicas e 633 privadas; nove receberam nota um, das quais, duas eram públicas e 335 privadas. Outras 350 instituições participaram também da avaliação, porém, os cursos não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso - CPC por não atender a um ou mais itens dos oito, medidas de cálculo ficaram sem conceito (INEP, 2012).

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Tecnologia em Agronegócio e Universidade Estadual do Pará com maior incidência em 2010, conforme as figuras 1 e 4.

A região Nordeste mostra um aumento de 12 para 42 instituições, em relação ao conceito máximo nos anos de 2007 e 2010 , sendo que em 2007 nenhuma instituição privada aparecia nessa relação e em 2010 aparecem 02, já nas instituições públicas ocorreu um aumento de 28, mostra os cursos de odontologia e educação física e a Universidade Federal de Pernambuco com maior incidência em 2007, e os cursos de enfermagem e medicina, e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte com maior incidência em 2010.

A região Centro-Oeste mostra um aumento de 16 para 25 instituições, em relação ao conceito máximo nos anos de 2007 e 2010 , sendo que em 2007 nenhuma instituição privada aparecia nessa relação e em 2010 aparecem 08 , já nas instituições públicas houve o acréscimo de 01; mostra os cursos de medicina e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul com maior incidência em 2007, e os cursos de medicina e nutrição, e a UNIP – GO com maior incidência em 2010.

A região Sudeste mostra um aumento de 64 para 97 instituições, em relação ao conceito máximo nos anos de 2007 e 2010 , aumento este de 01 instituição pública e 32 privadas; mostra os cursos de agronomia e educação física e a Universidade Julio de Mesquita Filho com maior incidência em 2007, mostra os cursos de medicina e enfermagem e as Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Espírito Santo e UNIP-SP com maior incidência em 2010.

(33)

Figura 1. MAPA DO CONCEITO MÁXIMO DO ENADE EM 2007

Figura 2. MAPA DO CONCEITO MAXÍMO DO ENADE EM 2010 07 IES (06 PÚBLICAS, 01

PRIVADA). PEDAGOGIA *

12 IES PÚBLICAS. (EDUCAÇÃO FÍSICA E ODONTOLOGIA)*

64 IES (54 PÚBLICAS, 10 PRIVADAS). AGRONOMIA E EDUCAÇÃO FÍSICA* 16 IES PÚBLICAS.

MEDICINA*

38 IES ( 36 PÚBLICAS, 02 PRIVADAS).

(34)

A região Norte mostra uma estagnação em relação ao conceito mínimo nos anos de 2007 e 2010 , com 12 instituições sendo 01 pública e 11 privadas, mostra os cursos de enfermagem e nutrição e as Faculdades Nilton Lins – AM e SEAMA – PA com maior incidência em 2007, e os cursos de odontologia e a Faculdade Presidente Antonio Carlos – TO com maior incidência em 2010.

A região Nordeste mostra uma redução de 22 para 20 instituições, em relação ao conceito mínimo nos anos de 2007 e 2010 , redução nas instituições públicas de 12 para 06 e aumento nas privadas de 10 para 14; mostra os cursos de educação física e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia com maior incidência em 2007, e os cursos de enfermagem e a Universidade Federal da Bahia com maior incidência em 2010.

A região Centro-Oeste mostra uma redução de 21 para 13 instituições, em relação ao conceito mínimo nos anos de 2007 e 2010 , sendo que em 2007 nenhuma instituição pública aparecia nessa relação e em 2010 aparecem 04 , já nas instituições privadas houve uma redução de 21 para 09; mostra os cursos de Farmácia e a UNIP-GO com maior incidência em 2007; os cursos de enfermagem e fisioterapia, e a Faculdade Alvorada – DF com maior incidência em 2010.

11 IES (10 PÚBLICAS, 01 PRIVADA). TECNOLOGIA DO AGRONEGÓCIO*

42 IES (40 PÚBLICAS, 02 PRIVADAS). MEDICINA E ENFERMAGEM*

97 IES ( 55 PÚBLICAS , 42 PRIVADAS). MEDICINA E ENFERMAGEM* 25 IES (17 PÚBLICAS,

08 PRIVADAS). MEDICINA E NUTRIÇÃO*

63 IES ( 48 PÚBLICAS E 15 PRIVADAS).

(35)

A região Sudeste mostra um aumento de 50 para 73 instituições, em relação ao conceito mínimo nos anos de 2007 e 2010 , aumento de 40 para 62 nas instituições privadas e de 10 para 11 nas instituições públicas; mostra os cursos de farmácia, biomedicina e nutrição e a UNIBAN-SP com maior incidência em 2007; mostra os cursos de fisioterapia e medicina veterinária e a Universidade Vale do Rio Verde –MG com maior incidência em 2010.

A região Sul mostra um aumento de 14 para 17 instituições, em relação ao conceito mínimo nos anos de 2007 e 2010 , aumento este de 05 para 06 nas instituições públicas e de 09 para 11 nas instituições privadas; mostra os cursos de farmácia e serviço social e a Universidade Paranaense com maior incidência em 2007; mostra os cursos de enfermagem e a Universidade Paranaense com maior incidência em 2010.

Figura 3. MAPA DO CONCEITO MÍNIMO DO ENADE EM 2007

12 IES (01 PÚBLICA, 11 PRIVADAS). ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO*

22 IES (12 PÚBLICAS, 10 PRIVADAS). EDUCAÇÃO FÍSICA*

50 IES (10 PÚBLICAS, 40 PRIVADAS).

BIOMEDICINA,

NUTRIÇÃO E FARMÁCIA*

14 IES (05 PÚBLICAS, 09 PRIVADAS). FARMÁCIA E SERVIÇO SOCIAL* 21 IES PRIVADAS.

(36)

Figura 4. MAPA DO CONCEITO MÍNIMO DO ENADE EM 2010

Só para exemplo, em 2011 foram avaliadas 2,176 instituições de ensino superior pelo Ministério da Educação – MEC, destas, 229 eram públicas e 1.947 privadas, entre universidades, centros universitários e faculdades. As notas obtidas pelas 2.176 instituições se apresentaram da seguinte forma, 27 alcançaram nota cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 receberam nota quatro, dentre estas foram 65 públicas e 66 privadas; 985 obtiveram nota três, onde 90 foram públicas e 895 privadas; 674 tiveram nota dois, sendo 41 públicas e 633 privadas; nove receberam nota um, das quais, duas eram públicas e 335 privadas. Outras 350 instituições participaram também da avaliação, porém, os cursos não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso – (CPC) por não atender a um ou mais itens dos oito, medidas de cálculo ficaram sem conceito (INEP, 2012).

A tabela 01 mostra um percentual de variação para cada indicador apresentado e destaca redução do regime de trabalho horista em 20,21% e um aumento de 24,28% de professores trabalhando no regime de tempo integral, destaca também uma redução no número de graduados como docentes no ensino superior e um aumento no número de doutores, registro interessante foi o aumento de 276,70% do número 12 IES (11 PRIVADAS,

01 PÚBLICA) . ODONTOLOGIA*

20 IES ( 14 PRIVADAS, 06 PÚBLICAS). ENFERMAGEM*

73 IES (11 PÚBLICAS, 62 PRIVADAS). FISIOTERAPIA E MEDICINA

VETERINÁRIA*

17 IES (06 PÚBLICAS, 11 PRIVADAS). ENFERMAGEM* 13 IES (04

(37)

de professores sem graduação, tais resultados são altamente relevantes como possíveis fatores que influenciaram no resultado positivo das IES no ENADE comparando o ano de 2007 e 2010.

Tabela 1. Resultado das variáveis no Brasil

INDICADORES CARACTERISTICAS 2007 2010 % DE VARIAÇÃO

TIPO DE INSTITUIÇÃO

UNIVERSIDADES 183 190 3,83

CENTROS UNIVERSITÁRIO

120 126 5,00

FACULDADES INTEGRADAS

1.774 2025 14,15

CET/FAT 204 37 -81,86

REGIME DE TRABALHO DOS PROFESSORES

TEMPO INTEGRAL 125818 156370 24,28

TEMPO PARCIAL 68647 77088 12,30

HORISTA 1402232 111877 -20,21

FORMAÇÃO ACADEMICA DOS

PROFESSORES

SEM GRADUAÇÃO 103 388 276,70

GRADUAÇÃO 38573 20020 -48,10

ESPECIALIZAÇÃO 99104 106036 6,99

MESTRADO 120348 138526 15,10

DOUTORADO 76560 101912 33,11

N° DE CURSOS PRESENCIAIS

CAPITAL 8159 10689 31,01

INTERIOR 15329 17888 16,69

FORMAS DE INGRESSO PROCESSO SELETIVO (1) 1481955 1590212 7,31

OUTRAS FORMAS (2) 327015 211689 -35,27

ALUNOS MATRICULADOS

CAPITAL 2211982 2590888 17,13

INTERIOR 2668399 2858232 7,11

CONCLUINTES CAPITAL 323513 379204 17,21

INTERIOR 433286 450082 3,88

1. Processo seletivo ( vestibular, enem, entrevistas, avaliação de curriculos) 2. Outras formas (admissão de diplomados, reingresso e transferências)

(38)

Mostra o regime de trabalho dos professores e aponta para a mudança do regime horista para o regime integral que contemplava 125.818 professores em 2007 para 156.370 professores em 2010.

Mostra a formação acadêmica dos professores e aponta para redução do número de professores graduados atuando no ensino superior de 38.573 em 2007 para 20.020 em 2010 e o aumento de professores doutores atuando no ensino superior de 76.560 em 2007 para 101.912 em 2010.

Mostra a quantidade de cursos presenciais na capital e no interior e aponta um aumento no número de cursos presenciais nas capitais que passou de 8.159 em 2007 para 10.689 em 2010 e o aumento dos cursos presenciais no interior que passaram de 15.329 em 2007 para 17.888 em 2010.

Mostra o número de alunos matriculados e aponta um aumento no número de alunos nas capitais que passou 2.211.982 em 2007 para 2.590.088 em 2010 e também um aumento no número de alunos no interior que passou de 2.668.399 para 2.858.232 em 2010.

Mostra as formas de acesso ao ensino superior e aponta o vestibular como maior meio para entrar no ensino superior em 2007 com 1.349.065 alunos aprovados, já em 2010 a forma de acesso mais utilizada foi o processo seletivo com 1.590.212 alunos aprovados.

A Tabela 2 mostra os percentuais de variação relativos ao numero de IES no Brasil, numero de IES com conceito máximo e mínimo nos anos de 2007 e 2010, apontando para um crescimento de 42% nas IES com conceitos máximos em detrimento de um crescimento de apenas 4% no número total de IES no Brasil.

(39)

Tabela 2. Desempenho das IES no Brasil no ENADE de 2007 e 2010

ANO

NÚMERO DE IES NO BRASIL

NÚMERO DE IES COM CONCEITO

MAXIMO

NÚMERO DE IES COM CONCEITO

MÍNIMO

% DE IES COM CONCEITO MÁXIMO

% DE IES COM CONCEITO MÍNIMO

2007 2.281 137 119 6,06 5,21

2010 2.378 238 135 10 5,67

(40)

CONCLUSÃO

Esse trabalho se propôs a analisar o perfil da Avaliação do Ensino Superior no Brasil e apontar fatores que podem influenciar a performance das instituições no

ENADE e constata um aumento de 4% no número de instituições de ensino superior no país, um aumento de 42% no numero de instituições com conceito máximo no ENADE e um aumento 11% no numero de instituições com conceito mínimo comparando o ano de 2007 e 2010, mostra que o numero de alunos participantes do Enade 2007 foi menor que em 2010, pois em 2007 a prova era realizada com uma amostra dos alunos, já em 2010 a participação era obrigatória de ingressantes e concluintes.

Aponta que a nível regional sobre os conceitos apresentados a região Norte apresenta pouca variação quanto ao numero de instituições tanto com conceitos 5 ou 1, no Nordeste aparecem só as públicas em 2007 com conceito 5 e em 2010 a um incremento de duas IES privadas e no conceito mínimo predominam as IES públicas com conceito mínimo, o Centro - Oeste apresenta um cenário semelhante ao Nordeste mas o surgimento das privadas com conceito 5 é maior com 08 IES, o Sudeste e Sul foram as regiões onde o numero de IES privadas aumentaram em mais de 50% tanto no conceito máximo como no mínimo, o que nos leva a deduzir que os possíveis fatores para essa evolução nos resultados foram:

a) Um aumento no número de instituições privadas principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país;

b) A mudança no regime de trabalho dos professores que passaram de regime horista para o regime de tempo integral;

c) A melhoria da formação acadêmica dos professores com o aumento de doutores e a redução do número de graduados atuando no ensino superior; d) O aumento na oferta de cursos presenciais nas capitais e no interior;

e) Consequentemente, o aumento no número de alunos matriculados em condições de participar do ENADE;

(41)
(42)

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(43)

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(45)

ANEXOS ANEXO A

Quadro 1 – Região Sudeste – Cursos com conceito máximo em 2007

CURSO INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ESTADO CATEGORIA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS SP PÚBLICA

AGRONOMIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA MG PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA MG PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

SP PÚBLICA AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA

FILHO

SP PÚBLICA AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS MG PÚBLICA AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ES PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS MG PÚBLICA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA MG PÚBLICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE SP PRIVADA EDUCAÇÃO

FÍSICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

SP PÚBLICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI MG PÚBLICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE MG PRIVADA EDUCAÇÃO

FÍSICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS MG PÚBLICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA MG PÚBLICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS MG PRIVADA Fonte: INEP (2012)

ANEXO B

Quadro 2 – Região Sudeste – Cursos com conceito mínimo em 2007

CURSO INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ESTADO CATEGORIA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE GAMA FILHO RJ PRIVADA

FARMÁCIA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA SP PRIVADA

FARMÁCIA CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO MG PRIVADA

FARMÁCIA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO SP PRIVADA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO SP PRIVADA FARMÁCIA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO SP PRIVADA FARMÁCIA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO SP PRIVADA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA RJ PRIVADA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA RJ PRIVADA

(46)

ANEXO C

Quadro 3 – Região Sul – Cursos com conceito máximo em 2007

CURSO INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR ESTADOO CATEGORIAA MEDICINA VETERINÁRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL RS PÚBLICA

ODONTOLOGIA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RG DO SUL RS PRIVADA ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PR PÚBLICA

ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PR PÚBLICA

ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL RS PÚBLICA ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA SC PÚBLICA

ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS RS PÚBLICA

ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA RS PÚBLICA MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL RS PÚBLICA MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA RS PÚBLICA MEDICINA FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS RS PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PR PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PR PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PR PÚBLICA

AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL RS PÚBLICA AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA RS PÚBLICA AGRONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA RS PÚBLICA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PR PÚBLICA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PR PÚBLICA

FARMÁCIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PR PÚBLICA FARMÁCIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA RS PÚBLICA ENFERMAGEM UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PR PÚBLICA ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA RS PÚBLICA ENFERMAGEM UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PR PÚBLICA

FONOAUDIOLOGIA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PR PRIVADA

FONOAUDIOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA RS PÚBLICA FONOAUDIOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE PR PÚBLICA NUTRIÇÃO FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS PR PÚBLICA FISIOTERAPIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PR PÚBLICA FISIOTERAPIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PR PÚBLICA SERVIÇO SOCIAL UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL RS PRIVADA SERVIÇO SOCIAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PR PÚBLICA SERVIÇO SOCIAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE PR PÚBLICA ZOOTECNIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA SC PÚBLICA TERAPIA OCUPACIONAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PR PÚBLICA BIOMEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL RS PÚBLICA TECNOLOGIA DE UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR PÚBLICA TECNOLOGIA DE CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE

SANTA CATARINA

SC PÚBLICA

Imagem

Figura 1. MAPA DO CONCEITO MÁXIMO DO ENADE EM 2007
Figura 3. MAPA DO CONCEITO MÍNIMO DO ENADE EM 2007  12 IES (01 PÚBLICA,  11 PRIVADAS)
Figura 4. MAPA DO CONCEITO MÍNIMO DO ENADE EM 2010
Tabela 1. Resultado das variáveis no Brasil

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