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Influência de três diferentes tempos de intervalos de recuperação da força muscular no pico de torque em idosos

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PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO FISÍCA

INFLUÊNCIA DE TRÊS DIFERENTES TEMPOS DE INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR NO PICO DE TORQUE EM IDOSOS

André Faria Russo

(2)

II

ANDRÉ FARIA RUSSO

INFLUÊNCIA DE TRÊS DIFERENTES TEMPOS DE

INTERVALOS DE RECUPERAÇÃO DA FORÇA

MUSCULAR NO PICO DE TORQUE EM IDOSOS

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB) para obtenção do Grau de Mestre.

Orientador: Profº Dr. Martim Bottaro Marques.

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III

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IV

AGRADECIMENTOS

A meus pais, Paulo Russo e Avany Auxiliadora Faria Russo, que estiveram ausentes apenas na distância, mas muito presente de coração e pensamentos durante estes oito anos de muito sacrifício, suor e lágrimas, e agradeço principalmente por nunca pouparem esforço para a realização dos meus objetivos

e sonhos.

A meus irmãos Paulo Russo Segundo e Lya Faria Russo, que são e sempre serão

meus eternos amigos e companheiros.

Aos meus amigos, que aqui não vou me arriscar citar todos os nomes, mas sei que sempre acreditaram no meu potencial, sempre estiveram ao meu lado nos

momentos mais difíceis, pois nunca me abandonaram, e que, acima de tudo, foram a minha segunda família.

Ao Professor Drº. Martim Bottaro Marques, que me nego aqui a apenas chamá-lo de meu orientador, pois hoje tenho a liberdade de chamá-lo de amigo, aos conhecimentos que me foram passados e principalmente pela presença constante

durante toda minha formação de mestre.

Ao Professor Drº. Demóstenes Moreira, pela presença durante toda minha formação acadêmica e pelo incentivo ao crescimento profissional, e, acima de

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V

Ao Professor Drº. Marco Antonio Guimarães, pela presença e auxilio em minha

qualificação para defesa da dissertação do mestrado, e pelo incentivo ao crescimento dos meus conhecimentos científicos.

A Professora Ms. Renata Carneiro Barbosa, pelo auxilio na coleta de dados dos resultados desta pesquisa, mas principalmente pelo bom relacionamento profissional e de amizade que mantivemos.

A toda equipe de pesquisadores do Laboratório de Avaliação Física e Treinamento-LAFIT, aos nomes de: Carlos Ernesto Santos Ferreira, Kelly Gomes dos Reis, Thiago Athayde, Professores: Ricardo Mayolino e Roberto Landwehr,

pela ajuda e, principalmente, pela paciência na coleta dos resultados desta pesquisa.

A todos os colegas de Mestrado, que, durante estes dois anos, estiveram auxiliando-me no crescimento profissional e humano, e, principalmente, pelo companheirismo demonstrado em todos os momentos.

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VI

A todos os idosos, que me nego aqui a chamar de velhos, pois os espíritos são de jovens que iniciam uma nova etapa de suas vidas, agradeço pela experiência

impar que adquiri durante a coleta dos resultados desta pesquisa.

Agradeço por último, mas que está em primeiro lugar na minha vida, a Deus, por todas as oportunidades colocadas no meu caminho, e, principalmente, pelas

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VII

“A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda”.

(8)

VIII RESUMO

Estudos que utilizam testes musculares isocinéticos geralmente requerem que o

indivíduo realize duas a quatro contrações máximas, utilizando três a cinco velocidades diferentes. Porém, dados apresentados na literatura demonstram que o intervalo de descanso entre as séries durante a avaliação isocinética influencia a

produção de força da série subseqüente. Períodos de intervalo, utilizados na literatura, variam entre 30 a 180 s. O objetivo desta investigação foi o de determinar o tempo mínimo de período de recuperação durante um protocolo de

teste de força isocinética em idosos. Para determinar o pico de torque a 60o/s,

90o/s e 120o/s, vinte homens idosos (66,30 ± 3,92 anos) realizaram

individualmente duas séries de extensão isocinética (Biodex System 3) unilateral do joelho. As velocidades de contração e os períodos de intervalo entre as séries (30, 60, e 90 segundos) foram realizados de forma aleatória em três dias distintos

com um intervalo mínimo de 48 horas. Para a análise dos dados, foi utilizada, como tratamento estatístico, a análise de variância one-way (ANOVA) para medidas repetidas. Não foram encontradas diferenças significativas (p > 0,05) na média do pico de torque entre todos os períodos de recuperação (30, 60, e 90 s)

(9)

IX ABSTRACT

Studies that make use of isokinetic muscular tests generally require that individuals

make two to four maximum contractions at three to five different speeds. However, literature data show that the rest period between sets during isokinetic assessment has influence on the force output in the subsequent set. Rest periods reported in

literature range from 30 to 180s. Thus, the aim of this study was to determine the minimum rest period while appling an isokinetic peak torque testing protocol on

twenty elderly men with mean age of 66,30 ± 3,92 years. To determine the peak

torque at 60o/s, 90o/s and 120o/s, each individual underwent to a two sets unilateral

isokinetic knee extension (Biodex System 3). The contraction speeds and the rest

periods between sets (30, 60 and 90s) were randomly performed in three different days with a minimum rest period of 48 hours. In the data analysis, one way analysis of variance (ANOVA) with repeated measures was used as a statistical

treatment. There were no significant differences (p > 0,05) between mean peak torque among all resting periods (30, 60 and 90s) at angular velocities of 60, 90 and 120º/s. These results showed that while applying an isokinetic test protocol, the period of 30 seconds between the sets might be sufficient to recover the

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X SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO---1

1.2- OBJETIVO---4

1.3- HIPÓTESES---4

1.4- JUSTIFICATIVA---5

2- REVISÃO DA LITERATURA---7

2.1-Alterações Fisiológicas do Envelhecimento--- 7

2.1.1-Alterações Musculoesqueléticas no Envelhecimento---9

2.2-Força Muscular---11

2.3- Treinamento de Força e Envelhecimento---13

2.4-Fadiga Muscular---15

2.5-Avaliação da Força---18

2.5.1- Avaliação do Pico de Torque---19

2.6-Tempo de Intervalo de Recuperação Muscular---21

3- METODOLOGIA---24

3.1-Delineamento da pesquisa---24

3.2-Amostra---24

3.3-Local---24

3.4-Procedimentos Utilizados---24

3.4.1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido---24

3.4.2- Avaliação antropométrica---25

3.4.3- Aquecimento e Familiarização---25

3.4.4- Avaliação do Pico de Torque---26

(11)

XI

4- RESULTADOS---29

5- DISCUSSÃO---35

6- CONCLUSÃO---39

6.1- Sugestões de estudo---39

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---41

ANEXOS---48

Anexo I. Autorização de Comitê de Ética em pesquisa---48

Anexo II. Termo de Consentimento---49

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XII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Aquecimento prévio em bicicleta ergométrica---25 Figura 2- Posicionamento inicial do teste no dinamômetro isocinético---27 Figura 3- Médias dos picos de torque, na velocidade angular de 60°/s, a 30, 60 e 90s de recuperação---31

(13)

XIII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Características descritivas da amostra---29

Tabela 2- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 60°/s---30

Tabela 3- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 90°/s---32

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XIV

LISTA DE ABREVIATURAS

ADP- Adenosina Difosfato ATP- Adenosina trifosfato ATPase- Adenosinatrifosfatase CQ- Creatina Quinase

LAFIT- Laboratório de Atividade Física e Treinamento Nm- Newton- metro

PCr- Creatina Fosfato Pi- Fosfato Inorgânico PT- Pico de Torque RM- Repetição Máxima s- Segundos

(15)

1 - INTRODUÇÃO

O declínio da força e da massa muscular (Sarcopenia), ocasionado pelo

envelhecimento, pode ter como conseqüência uma diminuição da qualidade de vida dos idosos. Essa condição pode levá-los a uma dependência funcional (KAMEL, 2003). Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM, 2002), a

força muscular juntamente com a hipertrofia são componentes fundamentais na qualidade de vida do idoso, pois, otimizando a força, as atividades de vida diária dessa população seriam realizadas com maior facilidade.

Mudanças fisiológicas nas fibras musculares, com relação à diminuição

do número e tamanho destas, principalmente as do tipo II (fibras glicolíticas), são alterações esperadas nos idosos (KAMEL, 2003). As fibras glicolíticas possuem características de contração rápida e são as mais solicitadas ao realizarem tarefas

que exijam maior força ou velocidade de contração muscular, assim sendo a capacidade de desenvolver força muscular diminui nas pessoas idosas (THORSTENSSON et al., 1976).

Os testes de avaliação de força muscular têm sido bastante utilizados,

como um fator fundamental na performance humana. Identificar a força individual é um parâmetro para prescrição de exercícios, tanto com características de ganho de performance atlética quanto de reabilitação. Os modelos de avaliação da força

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isocinéticas, e, com exceção da isometria, estes modelos podem ser avaliados de forma concêntrica ou excêntrica (BROWN e WEIR, 2001).

O uso de dinamômetros isocinéticos, em trabalhos científicos, vem sendo utilizado de uma forma bastante confiável, nos estudos da força muscular dinâmica, tanto na forma concêntrica quanto excêntrica (TERRERI, et al., 2001;

KANNUS, 1994), como também, com diferentes velocidades de contração e tempos de recuperação (PARCELL et al., 2002), com grande confiabilidade, inclusive na população de idosos (DAVIES e DALSKY, 1997). Dentre algumas

variáveis de força e potência que os dinamômetros isocinéticos conseguem mensurar, destaca-se o Pico de Torque (PT). O PT pode ser definido como o produto da massa, aceleração e tamanho do braço de alavanca, e sua unidade é expressa em Newtons por metros-N/m (BROWN e WEIR, 2001). A relação do PT

com a força muscular pode ser descrita pela força que um músculo ou grupo muscular exerce para causar uma rotação em um eixo, que no sistema músculo - esquelético é representada por uma articulação (JARIC, 2002).

Em relação ao intervalo de recuperação entre as séries de exercícios resistidos, CARPINELLI et al. (2004) propõem que intervalos com tempos de recuperação insuficientes não auxiliam no ganho de força do individuo. Quanto às contrações musculares isocinética, PINCIVERO et al. (1998) propõem um

intervalo com um tempo de aproximadamente 160 segundos, para que haja uma recuperação da força muscular ou pico de torque dos extensores do joelho, em homens jovens que se submeteram a avaliações em dinamometria isocinética.

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joelho em adultos, jovens, do sexo masculino que se submeteram a testes em dinamômetros isocinéticos, avaliando-se o pico de torque.

Portanto, devido às controvérsias na literatura, sobre o tempo necessário na avaliação de pico de torque, e à carência desses tipos de estudos em idosos, observa-se à necessidade de melhor avaliar o tempo mínimo necessário de

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1.1-OBJETIVO

O objetivo desta pesquisa foi verificar a influência de três intervalos de

recuperação (30, 60 e 90 segundos) no pico de torque na extensão de joelho em idosos.

1.2-HIPÓTESES

I- Não haverá diferença significativa (p > 0,05) entre as médias dos picos

de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 60°/segundo, nos diferentes intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em idosos.

II- Não haverá diferença significativa (p > 0,05) entre as médias dos picos de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 90°/segundo, nos diferentes intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em

idosos.

III- Não haverá diferença significativa (p > 0,05) entre as médias dos picos de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 120°/segundo, nos diferentes

intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em

(19)

1.3-JUSTIFICATIVA

O Brasil, atualmente, desponta como um país onde a população se

encontra em rápido envelhecimento. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2000) apontam que 8,6% de sua população ultrapassou a faixa etária dos 60 anos, no Distrito Federal esse percentual é 5,3%. No ano de 2020,

seus habitantes com 60 anos ou mais irão compor um contingente estimado em 31,8 milhões de pessoas. Essa população, ao crescer quinze vezes no período de 1950 a 2020, em contraste com a população total que terá crescido apenas cinco

vezes, situará o Brasil como o sexto país do mundo em termos de população de idosos (VERAS, 1999).

Com o aumento da expectativa de vida em países desenvolvidos e países em desenvolvimento, essa tendência global tem cativado pesquisadores e a

população em geral a procurarem, cada vez mais, alternativas para tentar minimizar, ou, se possível, evitar os efeitos deletérios do avanço da idade cronológica no organismo. As pesquisas procuram retardar o processo de

envelhecimento ou estratégias que garantam uma manutenção da capacidade funcional e da autonomia nas atividades da vida diária do idoso.

Indicações da literatura (NAIR, 1995) revelam que a força muscular tem seu pico entre a segunda e terceira década de vida e permanece a mesma

aproximadamente por mais 20 anos. Após esse período, ocorre uma redução de 12 a 15% na força e na massa muscular, por década até os 80 anos. A perda de massa muscular e, conseqüentemente, da força muscular é a principal causa da

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Não se têm na literatura achados concretos quanto ao intervalo de tempo de recuperação muscular entre as séries de exercícios resistidos, tão pouco na

avaliação de força, através de dinamômetros isocinéticos, ao se tratar da população idosa. Atualmente, são feitas algumas recomendações na literatura (American College of Sports Medicine, 2002), porém estas ainda são

contraditórias. Portanto conhecendo-se qual o tempo mínimo de intervalo de recuperação muscular poderá auxiliar os profissionais da área da saúde, nas recomendações e prescrições de exercícios com pesos, e na avaliação de força

muscular isocinética, das pessoas idosas.

(21)

2-REVISÃO DE LITERATURA 2.1 – Alterações Fisiológicas do Envelhecimento.

A literatura não traz um consenso a respeito do processo de envelhecimento humano, o que ainda é alvo de preocupação e interesse por parte dos estudiosos. O interesse por tal conhecimento visa principalmente retardar os

efeitos deletérios desse fenômeno. BERGER e MAILLOUX-POIRIER (1995) sugerem duas principais teorias para o envelhecimento biológico: 1) Teoria Genética, que afirma que o envelhecimento seria programado biologicamente, no

qual se tem uma seqüência rigorosa de embriogênese, puberdade e maturação e envelhecimento; 2) Teoria dos radicais livres, que provocam a peroxidação dos lipídeos não saturados e transformam-nos em substancias que envelhecem as células. Segundo os mesmos autores ainda existem outras teorias, porém estas

não parecem ser muito plausíveis.

O sistema nervoso do idoso sofre algumas alterações em relação ao de um jovem adulto, tais como: redução do peso e da espessura dos giros e um

aumento do tamanho dos ventrículos do encéfalo. Com o envelhecimento, ainda ocorrem perda da velocidade de condução nos neurônios sensoriais e motores dos sistemas nervosos central e periférico e perda das bainhas de mielina das grandes fibras mielinizadas (UMPHRED e LEWIS, 2001).

No sistema cardiovascular, pode-se destacar como a principal alteração o enrijecimento das artérias centrais, tem-se como conseqüências dessa alteração um aumento da pressão arterial e pressão diferencial, aumento na velocidade de

(22)

ainda alterações anatômicas como: aumento do tamanho do átrio e ventrículo esquerdo, causando uma diminuição da velocidade da contração miocárdica,

prolongando essa contração (COHEN, 2001).

Ao contrario do sistema cardiovascular, o sistema pulmonar de um idoso tem grandes reservas ventilatórias que compensam as conseqüências estruturais

e fisiológicas do envelhecimento, porém encontram-se alterações nas vias aéreas (rigidez da traquéia e dos brônquios e diminuição da elasticidade das paredes bronquiolares); pulmões (aumento das glândulas produtoras de muco, diminuição

da superfície respiratória e interface alvéolo-capilar e aumento da complacência pulmonar); músculos respiratórios (diminuição das proteínas contrateis e número de capilares e aumento das proteínas não contrateis, tecido conjuntivo e tempo de contração e relaxamento); e estruturas ósseas relacionadas com a respiração

(diminuição da mineralização óssea, dos espaços discais e movimentos dos arcos costais; aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax e da cifose torácica) (COHEN, 2001).

Com a idade, o sistema endócrino perde sua concentração hormonal, principalmente os hormônios anabólicos (estrogênio, progesterona, testosterona, hormônio do crescimento e a insulina) que ajudam na manutenção e ganho de massa e força muscular. O processo de envelhecimento parece ser mais rápido

nas mulheres do que nos homens, devido, principalmente, à baixa produção hormonal após a menopausa, pois a progesterona e principalmente o estrogênio auxiliam na prevenção dos efeitos deletérios do envelhecimento (HURLEY, 1995).

(23)

2.1.1- Alterações Musculoesqueléticas no Envelhecimento

Dentre os sistemas fisiológicos, talvez o sistema muscular esquelético

seja um dos que mais se modifiquem com o passar dos anos. O envelhecimento causa uma diminuição da massa óssea e muscular também conhecida como Sarcopenia, que genericamente é um termo utilizado para a perda de massa, força

e qualidade muscular (DUTTA, 1997), sendo caracterizada por uma diminuição da quantidade e da habilidade das proteínas contrateis exercerem tensão de força e resistência nos músculos esqueléticos (KAMEL, 2003). A baixa taxa de produção

de hormônios anabólicos nos idosos está associado em grande parte com o decréscimo da síntese de proteína e conseqüentemente, com a diminuição da massa e força muscular (PROCTOR et al., 1998).

Segundo BASU et al. (2002) e SINGH (2002), as principais mudanças

anatômicas e fisiológicas no envelhecimento que acometem no sistema músculo - esquelético são: infiltrações de gordura e tecido conectivo; diminuição do tamanho e número das fibras rápidas; diminuição do tamanho das fibras lentas; desarranjos

dos miofilamentos de actina e miosina, na contração muscular, e decréscimo no número de unidades motoras. FRONTERA et al. (2000) em um estudo longitudinal de 12 anos verificaram as principais alterações no sistema músculo - esquelético de idosos sedentários, além da diminuição no número e tamanho das fibras

musculares, principalmente as rápidas, diminuição na área de secção transversal, foi encontrado também uma diminuição na capilarização dessas fibras, além da diminuição da força isocinética desses idosos. Segundo VANDERVOORT e

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Em um estudo comparativo entre adultos jovens e idosos de ambos os sexos e que não praticam nenhum tipo de atividade física, FRONTERA et al.

(2000) analisaram a área de secção transversal muscular e a força das fibras do tipo I e tipo IIA. Seus resultados comprovam que há uma diminuição nesta área juntamente com a diminuição da força em ambos os tipos de fibras na população

de idosos, porém as fibras do tipo IIA ainda foram capazes de realizar maior tensão de força muscular. Apenas o grupo de mulheres idosas não tiveram diferenças significativas entre a força imposta por essas fibras. Os autores

justificam a diminuição da força nos idosos talvez por uma perda na qualidade dos mecanismos de excitação-contração da célula muscular; baixa no metabolismo bioenergético da célula muscular e dificuldades na interação dos filamentos de actina-miosina.

LYNCH et al. (1999) analisaram a qualidade muscular, definido como Pico de Torque por unidade de Massa Muscular de jovens adultos e idosos, em que seus resultados concluíram um decréscimo na qualidade muscular dos idosos,

maior nos grupos musculares dos membros inferiores, quando comparados com os grupos musculares dos membros superiores em idosos de ambos os sexos. O autor afirma que a diminuição da qualidade muscular dos membros superiores dos homens idosos foi maior quando comparados à qualidade muscular das mulheres

idosas. Quanto aos membros inferiores, não foram verificadas diferenças significativas entre os gêneros.

A força muscular é uma das mais importantes qualidades físicas no

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prevenir doenças osteomioarticulares, melhora as condições metabólicas do organismo e proporcionar melhorias no aspecto psicológico do idoso (ACSM,

2002).

2.2- Força Muscular.

Força pode ser definida como a máxima força que o músculo pode

produzir a uma velocidade e direção específica (KNUTTGEN e KRAEMER, 1987). Nas ações motoras, segundo TRICOLI (1994), a capacidade de força exprime-se de forma diferenciada, estando sempre em relação recíproca com outras

capacidades motoras. Assim, podemos subdividir a capacidade de força: em força rápida ou potência (relação com a velocidade); e força resistente (relação com resistência).

A quantidade de força gerada durante a contração muscular depende dos

seguintes fatores: os tipos e quantidade de unidades motoras recrutadas; o comprimento inicial do músculo; a natureza da estimulação nervosa das unidades motoras (POWERS e HOWLEY, 2000).

Na força muscular, a contração do músculo é o fenômeno essencial para o desenvolvimento desta ação motora. Sendo assim, podemos afirmar que existem três tipos de contrações musculares: 1) isométricas, 2) isotônicas e 3) isocinéticas. A isometria se caracteriza pela não existência de movimentos

articulares durante a contração muscular, também denominadas de contração estática. As contrações isotônicas se caracterizam por contrações que são realizadas com movimento articular e podem ser subdivididas em: contrações

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ângulo articular e o músculo ativado se alonga. O terceiro tipo é a contração isocinética que se caracteriza pela velocidade constante durante todo o ângulo do

movimento articular, sendo necessário o uso de dinamômetros isocinéticos, em que esta, também, pode ter características de concentricidade e excentricidade (HAMIL e KNUTZEN, 1999).

Treinos, que enfatizam as contrações musculares excêntricas, têm conseguido melhores resultados no ganho de força muscular. SEGER et al. (1998), em estudos com uma população de adultos jovens que se submeteram a

testes isocinéticos com contrações excêntricas e concêntricas, mostrou que o grupo que realizou um treinamento de contrações excêntricas obtiveram um maior ganho de força nos músculos extensores do joelho. Os autores justificam esse aumento devido a uma preferência no recrutamento das fibras do tipo II.

PADDON-JONES et al. (2001) também mostraram em treinamentos isocinéticos que o músculo bíceps braquial teve um aumento maior de força muscular nos indivíduos que realizaram um treinamento de contração excêntrica, quando

comparado com outro grupo de treinamento concêntrico, e, por meio de biopsias musculares, observaram uma diminuição das fibras do tipo I e um aumento das fibras do tipo II, ratificando que estas são as maiores responsáveis pelo aumento da força muscular.

BEHM e SALE (1993) afirmam que os treinamentos que visam ganho de resistência muscular têm demonstrado um aumento na força e hipertrofia muscular, não existindo ainda um consenso no que se refere à velocidade de

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180º/segundo, realizados em dinamômetros isocinéticos, obtiveram um ganho maior de força, além do aumento das fibras de contração rápida, quando

comparados ao treinamento mais lento, 30°/segundo. SIGNORILE et al. (2002) obtiveram resultados diferentes, mulheres idosas que realizaram um treinamento a 60°/segundo tiveram um ganho maior nos músculos que realizam a flexão plantar,

quando comparado com outro grupo similar que realizou contrações a 180°/segundo.

2.3- Treinamento de Força e Envelhecimento

Normas de prescrição de treinamento de força e resistência muscular na população idosa devem ser bem estabelecidas, de acordo com MATSUDO et al. (2001); FEIGENBAUM e POLLOCK (1999) estes treinamentos devem estar

dirigidos aos grandes grupos musculares, que são importantes nas atividades de vida diária do idoso. Os treinamentos de força são os que realmente podem parar ou reverter de alguma forma à perda de massa muscular (American College of

Sports Medicine, 1998), sendo, portanto as atividades de preferência na manutenção da capacidade funcional e independência (EVANS, 1999). Alguns estudos revelam que, quando a limitação funcional foi analisada, levando-se em consideração o nível de força muscular, os idosos, que apresentaram maiores

níveis, também mostraram uma menor prevalência de limitações funcionais, concluindo que a força muscular na terceira idade é de fundamental importância na manutenção ou menor declínio da capacidade funcional que surge com o

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FIATARONE (1996) relata que o treinamento com pesos tem se demonstrado um meio efetivo de incremento de força muscular e melhora do

estado funcional do idoso. FRONTERA et al. (1988) sugeriram um protocolo de exercícios resistidos e verificaram um incremento de 107,4% na capacidade de produção de força muscular dos extensores do joelho e um aumento de 226,7%

nos flexores de joelho, após um treinamento de 12 semanas, com uma freqüência de três vezes semanais, a uma carga de 80% de uma repetição máxima, em homens idosos. Assim como, RASO et al. (1997) que verificaram que exercícios

realizados com pesos a 50% de uma repetição máxima incrementaram significativamente a força muscular em mulheres idosas, após um treinamento de 8 semanas, no qual o aumento mais proeminente foi verificado nos membros inferiores (135,2%) em relação aos membros superires (66,8%), que segundo

esse autor se deve ao fato dos membros inferiores sofrerem maior deterioração neuromuscular do que os membros superiores, sendo assim o aumento de força muscular se torna mais proeminente.

Velocidades moderadas na contração muscular, não ultrapassando três séries de exercícios, com uma variação de 60 a 80% da carga máxima são algumas recomendações do American College of Sports Medicine, 2002. O incremento da força nos idosos segundo CONNELLY e VANDERVOORT (2000),

pode ser mais efetivo se suas características forem de excentricidade e concentricidade, ao fazer sua pesquisa no desenvolvimento de força nos músculos dorsiflexores do tornozelo. Alguns estudos mostram que não existem diferenças

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treinamento para ganho de força nos extensores do cotovelo, tríceps braquial, os idosos tiveram ganho de força semelhante aos jovens.

EVANS (1999) faz algumas recomendações de prescrições de exercícios resistidos para os idosos tais como: a) o tempo ideal de contração concêntrica muscular seria de 2 a 3 segundos e nas contrações excêntricas o ideal seria uma

duração de contração de 4 a 6 segundos; b) os programas de exercícios devem dar ênfase ao ganho de força e hipertrofia em grandes grupos musculares; c) cada série de exercício deve ter entre 8 e 12 repetições para se evitar uma fadiga

muscular intensa; d) para um aumento na densidade mineral óssea é necessário uma que a prática de exercícios seja de no mínimo duas vezes por semana.

Embora o exercício regular não possa eliminar completamente a perda muscular que está relacionada à idade, este pode aumentar o endurance e a força

muscular nos idosos de maneira similar à observada nos indivíduos jovens, (SULLIVAN et al., 1995).

2.4- Fadiga Muscular.

Fadiga muscular pode ser definida como uma redução de produção de força máxima do músculo e caracterizada pela capacidade reduzida de realizar um trabalho. Geralmente a fadiga pode se elevar durante as contrações musculares,

quando há um acúmulo de metabólitos que interagem com as proteínas contráteis, reduzindo assim a produção de força. Em exercícios prolongados pode-se obter uma falha do acoplamento excitação-contração, presumindo-se que isso se deve a

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cálcio resulta numa menor quantidade de pontes cruzadas da miosina e, conseqüentemente, na redução de produção de força (FITTS, 1994).

A fadiga pode ser vista como resultado de um simples desequilíbrio entre a demanda da molécula Adenosina Trifosfato (ATP) de um músculo e a sua capacidade de produção do mesmo ATP. O ATP que é a fonte imediata de

energia para contração muscular, embora não seja a única molécula transportadora de energia da célula, ela é a mais importante (TULLSON e TERJUNG, 1991). A molécula de ATP precisa sofrer uma hidrólise, com auxílio da

enzima Adenosinatrifosfatase (ATPase), para se transformar em Adenosina Difosfato (ADP) e um fosfato inorgânico (Pi). A célula do músculo esquelético transforma essa energia química, gerada pela hidrólise do ATP em mecânica, para que ocorra a contração muscular. Segundo McMAHON e JENKINS (2002)

podemos simplificar estas reações, com a seguinte equação:

ATP + H2O → ATPase → ADP + Pi + H + energia.

Segundo LAMBERT e FLYNN (2002) alguns fatores multifatoriais contribuem e estão relacionados com a fadiga, tais como: degradação da creatina fosfato (PCr), acidose intramuscular, e uma redução do glicogênio muscular

durante os exercícios, principalmente os de alta intensidade. Para BRUTON et al. (1998); WESTERBLAD (2002), em temperaturas fisiológicas a acidose muscular teria um efeito não muito influente na fadiga muscular, quando comparado com o

(31)

fator mais importante na fadiga muscular, o que contradiz o estudo de FAVERO et al. (1997), que sugerem que o aumento na concentração de lactato, poderia

direcionar um decréscimo no Ca² transitório, promovendo um declínio na tensão muscular, contribuindo na fadiga. Estudos mais recentes reforçam que em exercícios de alta intensidade e de curta duração o aumento do Pi seria o principal

e mais importante fator na causa de fadiga muscular (DAHISTEDT e WESTERBLAD, 2001; KABBARA e ALLEN, 2001).

A degradação da PCr é regulada pela atividade da Creatina Quinase

(CQ), que por sua vez é ativada quando as concentrações de ADP sarcoplasmático aumentam e é inibida por níveis elevados de ATP (POWERS e HOWLEY, 2000), sendo assim a CQ é um importante fator na prevenção da fadiga em exercícios de alta intensidade. Porém em exercícios de longa duração a CQ

pode contribuir no processo de fadiga e no aumento da concentração mioplasmática do Pi (DAHLSTED et al., 2000).

Não existe ainda um consenso da relação entre fadiga muscular e força.

Para SMITH e RUTHERFORD (1995), a acumulação de metabólitos durante o exercício induzido à fadiga é um benefício significativo no ganho de força. Contrariamente FOLLAND et al. (2002), em uma pesquisa usando dinamômetros isocinéticos, verificaram que os treinamentos, que induziram a fadiga muscular,

não necessariamente tiveram um ganho de força.

Outro aspecto que tem sido discutido é o relacionado à fadiga muscular e sua relação com o avanço da idade. Entretanto, as pesquisas, nestas áreas, têm

(32)

que pode limitar o desempenho, depende de variáveis ligadas a tarefa executada, o padrão de ativação muscular, como a motivação do indivíduo e a intensidade e

duração em que a atividade contínua for mantida (MATSUDO et al., 2000).

BALAGOPAL et al. (1997) indicaram que um dos fatores, para uma maior fadiga muscular nos idosos, seria atribuído ao declínio na síntese de miosina e

proteína mitocôndrial, reduzindo a capacidade de força muscular. A miosina seria uma das proteínas responsáveis pela contração muscular, convertendo energia química em energia mecânica, por meio da hidrolise de ATP em ADP.

KENT-BRAUN et al. (2002) constataram que não há diferenças significativas entre idosos e jovens e entre homens e mulheres no ganho de força. Todos os grupos foram induzidos à fadiga durante seus treinamentos de resistência muscular, ou seja, o efeito da fatigabilidade parece não ser

influenciado com o aumento da idade.

2.5 – Avaliação da Força Muscular.

A mensuração da força muscular é uma prática comum na avaliação dos programas de treinamento, para prescrição mais adequada dos exercícios físicos, principalmente os resistidos. A força muscular pode ser avaliada de três formas: teste isométrico, teste isotônico, teste isocinético (POWERS e HOWLEY, 2000).

A mensuração isométrica é tipicamente realizada em vários ângulos articulares. O teste isométrico em cada ângulo articular usualmente consiste em três máximas contrações voluntárias, com duração entre quatro e seis segundos,

(33)

O método de avaliação mais comum de força isotônica é a Força Máxima Dinâmica Isotônica ou popularmente conhecida como teste de 1 Repetição

Máxima (1-RM). Neste teste o individuo deve realizar apenas uma execução de movimento em toda amplitude articular, em um determinado exercício resistido. O teste de 1-RM pode ser realizado com peso livre (barras ou halteres) ou em

máquinas de exercício de resistência ajustável (ABERNETHY et al., 1995). Algumas etapas devem ser obedecidas para a realização do teste de 1- RM. Inicia-se o teste com um aquecimento de 5 a 10 repetições com 40 a 60% da

possível carga máxima; em seguida o individuo faz 3 a 5 repetições com 60 a 80% da possível carga máxima; na etapa seguinte é acrescentada uma pequena quantidade de peso e posteriormente será tentado o levantamento deste peso em uma única tentativa. Se o levantamento for bem sucedido, proporciona-se um

período de repouso de 3 a 5 minutos, em seguida é acrescentada mais uma pequena quantidade de peso, onde a 1-RM será relatada como o peso, do último levantamento completado com sucesso (American College of Sports Medicine,

2000). O teste de 1- RM também vem sendo utilizado com sucesso na avaliação de força de idosos (ROTH et al., 2000).

2.5.1- Avaliação do Pico de Torque

Os dispositivos computadorizados, desenvolvidos nos últimos anos para mensurar força muscular dinâmica, têm se tornado uma rotina nos laboratórios e centros de pesquisa, e o tipo mais comum é o dinamômetro isocinético, que

(34)

dinamômetro isocinético, tais como: Pico de Torque, Ângulo Especifico de Torque, e Pico de Trabalho e Trabalho Total, Média e Pico de Potência, Índice de

Endurance e Pico de Energia de Aceleração de Torque (KANNUS, 1994), esses parâmetros podem ser avaliados também nos idosos (DAVIES e DALSKY, 1997).

O pico de torque (PT), ou momento máximo, talvez seja a mensuração

mais freqüentemente avaliada, devido à íntima relação com a força produzida na contração muscular durante os testes isocinéticos. O PT representa o ponto de maior torque ou momento de força na amplitude de movimento, este torque é o

resultado da força aplicada no sensor do dinamômetro pelo segmento distal da articulação do corpo, multiplicada pela distância do ponto de aplicação dessa força ao centro de rotação do eixo de movimento (articulação a ser testada), o resultado é dado em Newton-metro – N/m, (TERRERI et al., 2001)

De acordo com DVIR (2002), o potencial mecânico do músculo é mais estimado do que medido diretamente pelo dinamômetro isocinético, algumas considerações mecânicas indicam que a quantidade de força exercida no sensor

de força é inversamente proporcional à distância entre o eixo da articulação e o ponto de aplicação de força, assim sendo deve-se ter o cuidado ao repetir sempre o mesmo posicionamento do sensor que será aplicado a força. Um desvio de 1 cm do posicionamento original do sensor pode, na repetição do teste, apresentar

erros de aproximadamente 2,5 a 5%, com um efeito correspondente na reprodutibilidade dos resultados do teste.

De acordo com SPENDIFF et al. (2002), o PT e a velocidade angular (VA)

(35)

Sugere-se que existe uma fadiga das fibras glicolíticas ou do tipo II maior em altas velocidades, já que estas fibras são as maiores responsáveis pela força dinâmica

do músculo. Os autores sugerem que ao se avaliar o PT, velocidades angulares menores ou iguais a 180°/segundo sejam utilizadas.

2.6- Tempo de Intervalo de Recuperação Muscular

O intervalo de tempo utilizado entre uma série e outra de exercícios resistidos, ainda são um fator não conclusivo dentro da literatura atual. Estudos

tentam definir qual o tempo mínimo necessário, para que a geração de força não fique prejudicada ao se realizar uma série subseqüente de exercícios. Os dinamômetros isocinéticos são os aparelhos mais utilizados na verificação do tempo de intervalo para recuperação muscular. DELITTO et al. (1991) afirmam

que a escolha inadequada dos tempos de intervalo de recuperação da força muscular, entre as séries de exercícios, principalmente os isocinéticos, podem resultar em fadiga, e comprometer os resultados obtidos.

Para LAMBERT e FLYNN (2002), na realização de exercícios resistidos de alta intensidade seria necessário um tempo mínimo de 120 segundos entre a séries, para recuperação da concentração de glicogênio intramuscular, e um tempo mínimo de 60 segundos de recuperação para que a acidose intramuscular,

um dos fatores que causam a fadiga, produzida durante o exercício não interfira na performance.

BILCHECK et al. (1993) demonstraram em ambos os tipos de contrações:

(36)

mulheres jovens. TOUEY et al. (1994), propõem um tempo de recuperação de 120 segundos para recuperação dos músculos extensores do joelho, utilizando-se de

velocidades de 60 e 180°/segundo em adultos jovens, o autor usou um protocolo de quatro séries de dez repetições.

PINCIVERO et al. (1999) propuseram dois protocolos de avaliação de

força do músculo quadríceps, através do dinamômetro isocinético. A amostra era composta por 14 jovens adultos, do sexo masculino. Um dos grupos teria um intervalo de 40 segundos, e o segundo grupo teria um intervalo de 160 segundos

entre uma serie e outra, ambos os grupos realizaram os testes a uma velocidade de 180°/segundo em 4 séries de 20 repetições. O grupo com maior tempo de intervalo obteve uma recuperação de força maior que o grupo de menor intervalo, tendo um menor decréscimo no pico de torque.

Estudos com apenas um grupo experimental, testando-se vários tempos de intervalo de recuperação, são escassos, porém PARCELL et al. (2002) investigou em onze adultos jovens do sexo masculino, vários tempos (15, 60, 180

e 300 segundos) de intervalo de recuperação muscular para obtenção de pico de torque em dinamômetros isocinéticos. Com o objetivo de investigar o mínimo tempo necessário para esta recuperação, o autor afirma que 60 segundos seria um tempo mínimo para que houvesse tal recuperação, sem que houvesse

decréscimos significativos no pico de torque muscular.

A literatura pouco explora a questão dos tempos de intervalo de recuperação de força muscular, no que diz respeito aos idosos apenas

(37)
(38)

3-METODOLOGIA 3.1- Delineamento da pesquisa

Este estudo foi caracterizado como uma pesquisa descritiva de desenvolvimento transversal (THOMAS e NELSON, 2002).

3.2-Amostra

A amostra foi composta por 20 voluntários do gênero masculino, com

idade entre 60 e 74 anos (66,30± 3,92), que tinham como característica principal à

prática de exercícios físicos, com uma freqüência de no mínimo três vezes semanais. Foram excluídos deste estudo, voluntários com história de doença cardiovascular não controlada por medicamentos, ou doenças osteomioarticulares

de qualquer segmento dos membros inferiores que impedissem a realização dos exercícios propostos neste estudo. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética da Universidade Católica (ANEXO I).

3.3-Local

As avaliações foram realizadas no Laboratório de Atividade Física e Treinamento-LAFIT, localizado na Universidade Católica de Brasília.

3.4-Procedimentos Utilizados

3.4.1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

(39)

diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Antes da assinatura de termo de consentimento, todos os indivíduos foram

informados dos propósitos, riscos e benefícios do estudo. 3.4.2- Avaliação antropométrica

Todos os voluntários fizeram uma avaliação antropométrica no primeiro

dia de testes, os dados foram coletados pelo mesmo técnico treinado. Foram coletados os seguintes dados: estatura, peso, percentual de gordura (JACKSON e POLLOCK, 1978).

3.4.3- Aquecimento e Familiarização

Todos os voluntários realizaram um aquecimento em bicicleta ergométrica numa potência de 25-50W durante aproximadamente 5 minutos (Figura 1). Uma familiarização prévia no dinamômetro isocinético foi feita por todos os voluntários,

fazendo duas séries de dez repetições submáximas de extensão do joelho direito no dinamômetro isocinético.

Figura 1- Aquecimento prévio em bicicleta ergométrica

(40)

3.4.4- Avaliação do Pico de Torque.

Com objetivo de evitar comprometimentos de validade interna deste

estudo, todos os testes foram realizados pelo mesmo técnico treinado, e antes de cada teste, o dinamômetro isocinético foi calibrado conforme as especificações e recomendações do fabricante.

Os voluntários desta pesquisa foram avaliados pelo dinamômetro isocinético, Biodex Systen 3 (Biodex Medical Shirley, NY). Antes de iniciar o teste, o individuo senta-se numa cadeira ajustável do dinamômetro. Após sentar-se na

cadeira, optou-se pela a avaliação do joelho direito, pois segundo AQUINO et al. (2002) não há diferenças significativas entre os picos de torque do quadríceps entre o membro inferior dominante e o não dominante, em indivíduos idosos. A coxa do membro inferior direito foi presa por uma cinta de velcro, assim como

foram colocados cintos de estabilização pélvica e tronco para minimizar qualquer outro movimento do corpo. O encosto foi ajustado até que a fossa poplítea do joelho esteja apoiada na parte inferior do assento. O eixo de rotação do aparelho

foi alinhado com o epicôndilo lateral do fêmur (eixo de rotação anatômico do joelho). O braço de alavanca foi ajustado e fixado aos maléolos do tornozelo direito. A gravidade da perna (fator de correção realizado pelo próprio dinamômetro) avaliada foi corrigida pelo peso do membro inferior relaxado em

completa extensão do joelho. Uma vez o indivíduo posicionado da forma adequada (Figura 2), foi realizado o movimento de extensão de joelho direito numa faixa de 90°, partindo da flexão até a extensão completa do joelho. Ao final

(41)

Figura 2- Posicionamento inicial do teste no dinamômetro isocinético

Fonte: Pesquisa do autor

Os picos de torque isocinético dos músculos extensores do joelho foram

avaliados pelo dinamômetro isocinético na fase concêntrica da contração destes músculos, em velocidades angulares de 60°, 90º e 120 por segundo, entre cada velocidade foi dado um tempo de intervalo de 5 minutos. Esses testes foram

realizados em três dias diferentes com intervalo de 48 horas entre as sessões de teste. Durante os três testes foram aplicados diferentes tempos de intervalo entre as séries de contração isocinética 30, 60 e 90 segundos. Os intervalos de recuperação e as velocidades angulares foram realizados de forma randomizada.

Cada série teve uma quantidade de três repetições (BROWN e WEIR, 2001), na qual o indivíduo foi instruído a realizar uma máxima contração muscular durante todo o movimento angular da extensão do joelho. O maior valor de torque obtido

(42)

foram instruídos para se absterem de qualquer atividade física durante o período de realização dos 3 testes.

3.5- Análise Estatística

Foi utilizada uma estatística descritiva de análise de variância One-Way ANOVA de medidas repetidas, no tratamento estatístico dos resultados da média

do PT obtido nos diferentes tempos de intervalo de recuperação muscular. A análise dos dados foi feita no pacote estatístico SPSS for Windows, versão 10,0.

(43)

4- RESULTADOS

Para melhor visualização dos resultados, os dados serão apresentados

da seguinte forma: a) características descritivas da amostra; b) médias dos picos de torque na velocidade angular de 60°/segundo; c) médias dos picos de torque na velocidade angular de 90°/segundo; d) médias dos picos de torque na

velocidade angular de 120°/segundo.

a- Características descritivas da amostra

As características físicas da amostra deste estudo estão apresentadas na

tabela 1. Como pode ser observado (tabela 1), a amostra apresentou uma média

de idade de 66,30 ± 3,92 anos, uma estatura média de 165,46 ± 6,38 cm, uma

massa corporal média de 73,03 ± 10,70 Kg, e uma gordura relativa média de

17,36 ± 3,21%.

Tabela 1- Características descritivas da amostra (n=20).

Variável Média ± DP Amplitude

Idade (anos) 66,30 ± 3,92 60 a 74

Estatura (cm) 165,46 ± 6,38 151,10 a 179,40

Massa Corporal (kg) 73,03 ± 10,70 57,40 a 90,05

Gordura (%) 17,36 ± 3,21 10,35 a 21,74

b- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 60°/segundo

Os resultados encontrados dos picos de torque, em contrações isocinéticas concêntricas do joelho, na velocidade de 60°/segundo, não

(44)

de 3,45 N/m para 30s de intervalo, 0,85 N/m para 60s de intervalo, 0,90 N/m para 90s de intervalo.

Tabela 2- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 60°/s (n=20). Variável Média ± DP(N/m) (N/m) Valor de p

PT1-30s 116,30 ± 28,92 3,45 0,824

PT2-30s 119,75 ± 27,28

PT1-60s 117,15 ± 29,24 0,85 0,824

PT2-60s 116,30 ± 28,26

PT1-90s 117,20 ± 27,96 0,90 0,824

PT2-90s 118,10 ± 29,06

Onde: (PT1) pico de torque na 1º série; (PT2) pico de torque na 2º série; =PT1-PT2; *p≤0,05

A figura 3 mostra as médias dos picos de torque, obtidos em três diferentes tempos de intervalos de recuperação (30, 60 e 90s) na velocidade

(45)

60°/segundo

116,3 119,75 117,15 116,3 117,2 118,1 114 115 116 117 118 119 120 121 122

1º30s 2°30s 1°60s 2º60s 1°90s 2°90s

Tempo de intervalo

P ic o d e to rq u e( N /m )

1º e 2º séries- intervalo de 30s 1º e 2º séries- intervalo de 60s 1º e 2º séries- intervalo de 90s

Figura 3- Médias dos picos de torque, na velocidade angular de 60°/s, a 30, 60 e 90s de recuperação.

c) Médias de picos de torque na velocidade angular de 90°/segundo

Os resultados encontrados dos picos de torque, em contrações isocinéticas concêntricas do joelho, na velocidade de 90°/segundo, não

apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre as médias da primeira série em relação à segunda série, nos intervalos de recuperação de 30, 60 e 90 segundos. Como pode ser visualizado na tabela 3, a diferença entre as séries foi

(46)

Tabela 3- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 90°/s (n=20). Variável Média ± DP(N/m) (N/m) Valor de p

PT1-30s 98,80 ± 24,96 7,15 0,311

PT2-30s 105,95 ± 24,99

PT1-60s 98,50 ± 25,88 3,35 0,311

PT2-60s 101,85 ± 26,15

PT1-90s 95,55 ± 29,29 5,80 0,311

PT2-90s 94,85 ± 30,23

Onde: (PT1) pico de torque na 1º série; (PT2) pico de torque na 2º série; =PT1-PT2;p≤0,05

A figura 4 mostra as médias dos picos de torque, obtidos em três diferentes tempos de intervalos de recuperação (30, 60 e 90s) na velocidade

angular de 90°/segundo.

90°/segundo

98,8

105,95

98,5

101,85

95,55 94,85

85 90 95 100 105 110 115

1º30s 2°30s 1°60s 2º60s 1º90s 2º90s

Tempo de intervalo

P ic o d e to rq u e( N /m )

1º e 2º séries- intervalo de 30s 1º e 2º séries- intervalo de 60s 1º e 2º séries- intervalo de 90s

Figura 4- Médias dos picos de torque, na velocidade angular de 90°/s, a 30, 60 e

(47)

d- Médias de picos de torque na velocidade angular de 120°/segundo.

Os resultados encontrados dos picos de torque, em contrações

isocinéticas concêntricas do joelho, na velocidade de 120°/segundo, não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre as médias da primeira série em relação à segunda série nos intervalos de recuperação de 30, 60 e 90

segundos. Como pode ser visualizado na tabela 4, a diferença entre as séries foi de 5,15 N/m para 30s de intervalo, 5,15 N/m para 60s de intervalo, 6,75 N/m para 90s de intervalo.

Tabela 4- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 120°/s (n=20). Variável Média ± DP(N/m) (N/m) Valor de p

PT1-30s 88,95 ± 20,01 5,15 0,109

PT2-30s 94,10 ± 21,03

PT1-60s 86,75 ± 20,89 5,15 0,109

PT2-60s 91,90 ± 22,61

PT1-90s 84,05 ± 24,85 6,75 0,109

PT2-90s 90,80 ± 24,75

Onde:(PT1) pico de torque na 1º série; (PT2) pico de torque na 2º série; =PT1-PT2; p≤0,05

A figura 5 mostra as médias dos picos de torque, obtidos em três

(48)

120°/segundo

88,95

94,1

86,75

91,9

84,05

90,8

75 80 85 90 95 100 105

1º30s 2º30s 1º60s 2º60s 1º90s 2°90s

Tempo de intervalo

P ic o d e to rq u e( N /m )

1º e 2º séries- intervalo de 30s 1º e 2º séries- intervalo de 60s

1º e 2º séries- intervalo de 90s

Figura 5- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 120°/s, a 30, 60 e 90s de recuperação.

Em resumo, os resultados deste estudo demonstraram que 30 segundos de intervalo de recuperação entre as séries de contração isocinética são

(49)

5- DISCUSSÃO

O principal objetivo deste estudo foi verificar qual tempo de recuperação

adequado da força isocinética do quadríceps de idosos em três tempos distintos de intervalos de recuperação, 30, 60 e 90 segundos.

A análise estatística do estudo (One-Way ANOVA) demonstrou que os

resultados obtidos com a manipulação dos intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), entre as séries de contração isocinética na extensão de joelho em idosos, não teve diferença significativa (p > 0,05), na obtenção dos picos de

torque, independente da velocidade angular utilizada (60, 90 ou 120°/segundo). Uma adequada recuperação da força muscular, em treinos de exercícios com pesos e na própria avaliação isocinética de pico de torque, é um pré-requisito essencial, para a geração de tensão muscular adequada na série subseqüente de

contração muscular. Os resultados agudos das contrações musculares são, a degradação das fontes energéticas, e acúmulo de metabólitos que interagem com as proteínas contráteis, reduzindo assim a produção de força muscular (FITTS,

1994). SMITH e RUTHERFORD (1995) propõem que a fadiga muscular é um benefício significativo em treinamentos de ganho de força. Quanto à fadiga muscular no idoso ainda não se têm respostas conclusivas, se essas são similares as que acontecem com a população jovem (PORTER e VANDERVOORT, 1995).

Não se tem evidencias cientificas consistentes sobre o assunto, e uma breve revisão na literatura revela que os estudos relacionados ao tempo de intervalo de recuperação muscular, entre as séries de contrações isocinéticas na

(50)

Neste estudo, o protocolo adotado, duas séries de três contrações concêntricas isocinéticas, na extensão de joelho, revelou que há um declínio nos

picos de torque, quando se aumentam as velocidades angulares, esses resultados são similares aos resultados de SPENDIFF et al. (2002). Esse fenômeno pode ser explicado principalmente pelos tipos de fibras que serão recrutados, pois em

velocidades angulares mais baixas existe uma maior produção de força muscular, e as fibras do tipo II ou glicolíticas são recrutadas em maior número quando comparada as fibras do tipo I, resultando em um pico de torque maior

(THORSTENSSON et al., 1976).

No presente estudo, os tempos de intervalo de recuperação de 30, 60 e 90 segundo foram adotados entre as duas séries de contração isocinética de extensão do joelho, em idosos, onde foi verificado que o tempo de 30 segundos foi

suficiente para que não houvesse declínio no pico de torque.

Os resultados do presente estudo vão de encontro aos de PINCIVERO et al. (1997), onde os autores verificaram um aumento de força no quadríceps, com o

tempo de 40 segundos de intervalo entre as séries. O estudo foi realizado com dois grupos experimentais, com amostra do sexo masculino (n=15), e em cada grupo foram usados dois tempos de intervalos entre as séries, 40 e 160 segundos, quatro séries de dez repetições, e velocidades angulares de 60 e 180°/segundos.

BILCHECK et al. (1993) analisaram dois grupos, um controle (n=6) e outro experimental (n=10), ambos do sexo feminino, manipulando três tempos distintos de recuperação muscular (2.5, 5 e 10 minutos), em uma avaliação da fadiga

(51)

indicaram que, um tempo de 2,5 minutos (150 segundos) são suficientes para recuperação da força muscular isocinética do quadríceps.

Em estudos mais recentes PINCIVERO et al. (1998) e PINCIVERO et al. (1999), analisaram dois grupos experimentais, do sexo masculino (n=14), em velocidades angulares de 90 e 180°/segundo, respectivamente. Em ambos os

estudos foram utilizados tempos distintos de intervalo de recuperação muscular, 40 e 160 segundos para cada grupo experimental, e foram realizadas quatro séries de 20 repetições, os autores concluíram, que é necessário um tempo de

160 segundos, para que não haja declínio no pico de torque do quadríceps. Os resultados diferenciam-se do presente estudo, por alguns motivos metodológicos, além da utilização de dois grupos experimentais, a quantidade de repetições em cada série de contrações isocinéticas do joelho (20 repetições) não são

adequadas para se avaliar força ou pico de torque, pois segundo BROWN e WEIR (2001) não se deve ultrapassar o número de cinco repetições em cada série. Nesta pesquisa utilizou-se um protocolo com três repetições em cada série.

Similar ao presente estudo, PARCELL et al. (2002) realizaram uma pesquisa, com um grupo experimental, manipulando quatro intervalos de recuperação (15, 60, 180 e 300 segundos), utilizando cinco velocidades angulares (60, 120, 180, 240 e 300°/s), e um protocolo de cinco séries de quatro repetições.

A investigação foi realizada em uma amostra do sexo masculino (n=11), e os resultados demonstraram que um tempo mínimo de 60 segundos é suficiente para que não ocorram perdas significativas no pico de torque do quadríceps. Os

(52)

sido suficiente para uma recuperação adequada do pico de torque, o que não foi possível com o tempo de 15 segundos, escolhido por PARCELL et al. (2002) como

tempo mínimo a ser manipulado.

Possivelmente, a discordância dos resultados do presente estudo em relação a outras pesquisas, se devem as metodologias utilizadas, principalmente

quanto ao número de repetição em cada série. Neste estudo foi usado um protocolo de três repetições em cada série de contrações isocinéticas, obedecendo as recomendações de TERRERI et al. (2001) que afirmam que são

necessários de três a cinco repetições para se avaliar o pico de torque, em velocidades abaixo de 180°/segundo, além de seguir o protocolo de AQUINO et al. (2002), que ao avaliar o pico de torque dos idosos faz-se o uso, de séries de três repetições.

Segundo BROWN e WEIR (2001), na utilização de testes de força não é necessário que se ultrapassem cinco repetições em uma série de contrações musculares, a justificativa dos autores se baseiam em um estado de pré-ativação

neural das unidades motoras, ou seja, uma primária ativação neural do movimento, que afeta as variáveis da força muscular, e que deixam aptos os músculos para uma grande produção de força ou torque, a partir da segunda repetição. Segundo KUSHMERICK e MEYER (1985) as atividades contráteis

ocorrem em duas fases, uma rápida e outra lenta, onde a primeira tem a sua recuperação da Creatina Fosfato (PCr) intramuscular em torno de 20 a 30 segundos, parecendo ser similar ao intervalo de 30 segundos de intervalo de

(53)

6- CONCLUSÃO

Baseado nos resultados deste estudo, as seguintes conclusões são

apresentadas:

1) Não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05) entre as médias dos picos de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 60°/segundo,

nos diferentes intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em idosos. Portanto a hipótese I deste estudo foi aceita.

2) Não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05) entre as

médias dos picos de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 90°/segundo, nos diferentes intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em idosos. Portanto a hipótese II deste estudo foi aceita.

3) Também não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05)

entre as médias dos picos de torques obtidos na velocidade angular (VA) de 120°/segundo, nos diferentes intervalos de recuperação (30, 60 e 90 segundos), na extensão de joelho em idosos. Portanto a hipótese III foi aceita.

Em resumo foi observado que em avaliações com dinamômetro isocinético (Biodex Systen 3) em idosos, um tempo de 30 segundos parece ser suficiente para recuperação da força muscular, seguindo um protocolo de duas séries de três repetições, na extensão de joelho.

6.1- Sugestões de estudo

Sugere-se que sejam realizados novos estudos em populações idosas de

(54)

isocinéticas, quanto entre séries de exercícios resistidos. Sugerem-se também novos protocolos de avaliação no dinamômetro isocinético, não apenas na

avaliação de pico de torque, mas também de outros parâmetros como: resistência muscular, índice de fadiga, trabalho e etc.

(55)

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Figura 1- Aquecimento prévio em bicicleta ergométrica
Tabela 1- Características descritivas da amostra (n=20).
Tabela 2- Médias dos picos de torque na velocidade angular de 60°/s (n=20).
Figura 3- Médias dos picos de torque, na velocidade angular de 60°/s, a 30, 60 e  90s de recuperação
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