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Ciênc. saúde coletiva vol.14 número5

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Academic year: 2018

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risco para a morbimortalidade, não têm uma por-ta de entrada prioritária no sistema em todas as cinco capitais estudadas.

Na assistência pré-hospitalar, tanto a atenção dos serviços de atendimento móvel quanto o fixo, apresentaram avanços importantes possibilitando uma assistência mais rápida e articulada. Contudo, a integraçao com a assistência hospitalar ainda deixa muito a desejar.

Nos níveis de complexidade mais alta, o subsis-tema hospitalar e o de reabilitação têm ainda um longo percurso a percorrer, como o artigo aponta. Quanto à implementação da diretriz “Promo-ção da ado“Promo-ção de comportamentos e de ambientes seguros e saudáveis”, a PNRMAV deixa bem explí-cito o papel do sistema de saúde. Mas, segundo o artigo, a implementação dessa diretriz ainda está à mercê de poucas iniciativas pessoais por parte dos gestores e profissionais de saúde. Ademais, há um enorme descompasso entre a literatura científica e a práxis dos serviços. Estudos sobre resiliência, sobre empoderamento dos grupos sociais, sobre o papel da família e das redes sociais nos mecanis-mos pessoais e coletivo da promoção da saúde dos jovens, avaliação das experiências exitosas na pre-venção da violência, entre outros, vêm contribuin-do para subsidiar a reflexão sobre a mudança da práxis nos serviços.

Enfim, vivemos tempos difíceis, mas não im-possíveis para o enfretamento dos acidentes e vio-lências. E o artigo em debate possibilita nos situar-mos quanto a uma questão fundamental: como

está a PNRMAV em nosso país?

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Referências

Brasil. Ministério da Saúde.

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Política N acional de Re-dução de Morbim ortalidade por Acidentes e Violências.

Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Política N acional de

Aten-ção às Urgências. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. Costa COM, Bigras M. Mecanismos pessoais e coleti-vos de pr oteção e pr om oção da qu alidade de vida para a infância e adolescência. Cien Saude Colet 2007; 12(5):1101-1109.

Forget G. Lê role de la famille: perspectives pour dês mécanismes personnels et collectifs de promotion de la santé des jeunes. Cien Saude Colet 2007; 12(5):1121-1123.

1. 2. 3. 4.

Os autores respondem

The authors reply

Os debatedores do artigo que apresentou a síntese dos resultados de uma minuciosa avaliação diag-nóstica sobre o estado de implantação e desenvol-vimento da Política Nacional de Redução da Mor-bimortalidade sobre Acidentes e Violência foram, todos os quatro, participantes locais (Curitiba, Rio de Janeiro e Recife) dessa pesquisa. O que quer dizer que todos estão implicados nos êxitos e nas lacunas da investigação, assim como nos ganhos de conhecimento que essa experiência gerou.

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Luiza ressalta, entre as lacunas da avaliação e, obviamente do texto, o fato de não termos ouvido os usuários dos serviços. Realmente, a debatedora aponta uma falha que precisa ser sanada com es-tudos posteriores. Gostaríamos de dizer aos leito-res que constituiu uma longa, grande e complexa aventura o esforço coletivo realizado para conse-guirmos chegar ao ponto que alcançamos. Foi a primeira vez que nos aproximamos deste objeto e, certamente, não poderá ser a última e nem a única. Mesmo porque, nossa idéia sempre foi que outros pesquisadores pudessem questionar-se sobre o tema e dar continuidade ao processo de avaliação. Se for possível, sanando as deficiências que nosso estudo deixou.

Contextualizando as constatações que descre-vemos no parágrafo anterior, gostaríamos de con-cordar o com que disse Maria de Lourdes, ao afir-mar que o estado de implantação da PNRMAV ressalta os problemas do próprio SUS. O que a autora, a nosso ver, tentou dizer é que não há um setor isolado que possa estar bem quando o siste-ma apresenta dificuldades. Ou seja, embora tenha-mos feito um grande esforço para destacar a atua-ção do setor em relaatua-ção aos casos de acidentes e violências, – e consideramos que essa iniciativa te-nha sido útil e extremamente necessária – na ver-dade está em julgamento o quanto o nosso univer-sal Sistema Único de Saúde ainda é precário no cumprimento de suas cláusulas pétreas:

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Seus serviços de atenção básica se expandem para as camadas pobres da população, ou seja, universalizam-se, mas são de baixa qualidade e resolutividade;

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Seus serviços assistenciais de média e alta com-plexidade estão cada vez mais congestionados e insuficientes, reprimindo a oferta e a demanda de ações;

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Suas diretrizes de integralidade e de equidade pouco ou nada avançaram;

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O modo de produzir serviços e práticas de saú-de permanece centrado nos procedimentos médicos de diagnose e terapia, com pouca atenção à preven-ção das enfermidades e à promopreven-ção da saúde;

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Para completar, a formação do pessoal obe-cede ainda, em grande medida, à lógica flexneriana e ao modelo de atenção hospitalocêntrica;

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O financiamento público anual per capita do SUS é absolutamente insuficiente e está abaixo do que é praticado no Uruguai, na Argentina, no Chi-le e na Costa Rica e é cerca de quinze vezes menor que o vigente no Canadá, nos países europeus e na Austrália, por exemplo.

No entanto, entendemos, finalizando esta dis-cussão, que transformar a operacionalização da PNRMAV em normas e regras do SUS, não elimi-na a responsabilidade de atuarmos bravamente para a implantação efetiva dessa política, por dois moti-vos. Primeiro, porque ao fazê-lo estamos contri-buindo para promover ações que, em consequên-cia, revigorarão o SUS. Segundo, porque a PNR-MAV apresenta uma peculiaridade muito impor-tante ao interior do sistema: ela trata de um assun-to que há muiassun-to pouco tempo vem cavando sua legitimidade no setor saúde, um campo de práticas onde, muito lentamente, vamos relativizando a ló-gica biomédica, associando-a à lóló-gica social.

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