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PREVIDÊNCIA PRIVADA: ESTUDO DE OFERTAS DE PRODUTOS DE RENDAS DE APOSENTADORIA

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Academic year: 2018

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

SIMONY GOMES SILVA

PREVIDÊNCIA PRIVADA: ESTUDO DE OFERTAS DE PRODUTOS DE RENDAS DE APOSENTADORIA

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SIMONY GOMES SILVA

PREVIDÊNCIA PRIVADA: ESTUDO DE OFERTAS DE PRODUTOS DE RENDAS DE APOSENTADORIA

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação em Administração do

Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Orientador: Professor Dr. Jocildo Figueiredo Correia Neto.

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SIMONY GOMES SILVA

PREVIDÊNCIA PRIVADA: ESTUDO DE OFERTAS DE PRODUTOS DE RENDAS DE APOSENTADORIA

Monografia apresentada ao Curso de

Graduação em Administração do

Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Aprovado em____de_____________ de 2018.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________-Prof. Dr. Jocildo Figueiredo Correia Neto. (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

________________________________________________-Prof. Me. João da Cunha Silva

Universidade Federal do Ceará (UFC)

________________________________________________-Profª. Drª. Alane Siqueira Rocha

Universidade Federal do Ceará (UFC)

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AGRADECIMENTOS

Sou grata primeiramente a Deus. Expresso a minha gratidão aos meus familiares que me apoiam desde o meu início acadêmico, principalmente a minha mãe, Albeny. Aos meus professores que foram fundamentais para a minha formação acadêmica e para meu crescimento pessoal.

Agradeço ao meu orientador Jocildo, seus ensinamentos foram essenciais para o desenvolvimento deste estudo.

(6)

RESUMO

O sistema de previdência complementar tem por objetivo garantir a qualidade de vida do trabalhador em sua fase de inatividade, a partir da complementação de renda da previdência social. Este trabalho acadêmico tem como objetivo comparar produtos previdenciários de Entidades Abertas de Previdência Complementar, a partir de parâmetros definidos para a realização das projeções dos saldos dos participantes na data de concessão do benefício de aposentadoria. A fundamentação teórica aborda as principais características da previdência privada e expõe os produtos comercializados pelas entidades. Utilizaram-se estudos de casos múltiplos, com pesquisa de natureza descritiva, abordagem qualitativa, e análise dos dados de forma quantitativa para a resolução da problemática apontada no trabalho. Os resultados obtidos permitiram uma análise do comportamento dos planos de previdência privada de três entidades em diferentes perfis de participantes, sendo possível constatar que quanto mais expressivos os valores de aplicações, maiores as vantagens comerciais cedidas aos contratantes. As condições comerciais dos produtos das entidades em estudo divergiram-se em diversos aspectos, tais como taxa de carregamento de entrada e saída. As projeções foram essenciais para observar seu impacto ao longo dos anos e assim determinar o produto mais atrativo, em um perfil definido.

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ABSTRACT

The purpose of the supplementary pension system is to guarantee the worker’s quality of life during his / her downtime due to the supplementation of income from social security. This academic work aims to compare social security products of Open Entities of Complementary Pension Plans, based on parameters defined by the realization of projections of participants' balances on the date of granting the retirement benefit. The theoretical rationale addresses the main characteristics of private pension and exposes the products marketed by entities. Multiple case studies were used, with descriptive research, qualitative approach, and quantitative data analysis to solve the problems identified in the study. The results obtained made possible an analysis on the behavior of the private pension plans of three entities in different profiles of participants, and it is possible to verify that the more expressive the values of applications, the greater the commercial advantages given to the contractors. The commercial conditions of the entities’ products under study diverged in several aspects, such as input and output charging rate. The projections were essential to observe their impact over the years and thus to determine the most attractive product, in a defined profile.

(8)

LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Brasil: Expectativa de Vida ao Nascer 2000 - 2030 ... 16

GRÁFICO 2 – Entidades Abertas de Previdência Complementar ... 22

GRÁFICO 3 – Estruturação das contribuições ... 28

GRÁFICO 4 – Simulação A1: Contribuições mensais de R$ 120,00 por 5 anos ... 52

GRÁFICO 5 – Simulação A2: Contribuições mensais de R$ 120,00 por 15 anos ... 52

GRÁFICO 6 – Simulação A3: Contribuições mensais de R$ 120,00 por 25 anos ... 53

GRÁFICO 7 – Simulação B1: Contribuições mensais de R$ 360,00 por 5 anos ... 54

GRÁFICO 8 – Simulação B2: Contribuições mensais de R$ 360,00 por 15 anos ... 55

GRÁFICO 9 – Simulação B3: Contribuições mensais de R$ 360,00 por 25 anos ... 55

GRÁFICO 10 – Simulação C1: Contribuições mensais de R$ 1.080,00 por 5 anos ... 56

GRÁFICO 11 – Simulação C2: Contribuições mensais de R$ 1.080,00 por 15 anos ... 57

GRÁFICO 12 - Simulação C3: Contribuições mensais de R$ 1.080,00 por 25 anos ... 57

GRÁFICO 13 – Simulação D1: Contribuições mensais de R$ 2.400,00 por 5 anos ... 59

GRÁFICO 14 – Simulação D2: Contribuições mensais de R$ 2.400,00 por 15 anos ... 59

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Planos com cobertura por sobrevivência ... 30

Quadro 2 – Composição do FIE ... 31

Quadro 3 – Planos passíveis de resgate ... 35

Quadro 4 – Tipos de benefícios ... 36

Quadro 5 – Sistema Previdenciário Brasileiro ... 37

Quadro 6 – VGBL SOBMEDIDA Renda Fixa ... 47

Quadro 7 – PGBL SOBMEDIDA Renda Fixa ... 48

Quadro 8 –Produtos Itaú Vida e Previdência... 49

(11)

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Simulação de Imposto de Renda sem Previdência Complementar ... 26

TABELA 2 – Simulação de Imposto de Renda com Previdência Complementar ... 27

TABELA 3 – Parâmetros das simulações ... 45

TABELA 4 – Taxa de carregamento de entrada... 50

TABELA 5 – Características dos fundos previdenciários do Grupo A ... 51

TABELA 6 – Características dos fundos previdenciários do Grupo B ... 54

TABELA 7 – Características dos fundos previdenciários do Grupo C ... 56

TABELA 8 – Características dos fundos previdenciários do Grupo D ... 58

TABELA 9 – Projeções consolidadas ... 60

TABELA 10 – Tabela anual de Imposto de Renda ... 62

TABELA 11 – Alíquota Regressiva ... 62

(12)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 14

1.1 Problema de pesquisa ... 15

1.2 Objetivos da pesquisa ... 15

1.2.1 Objetivo Geral... 15

1.2.2 Objetivos Específicos ... 16

1.3 Justificativa ... 16

1.4 Metodologia utilizada ... 17

1.5 Organização do trabalho ... 18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 19

2.1 Previdência Complementar ... 19

2.1.1 Previdência Complementar no Brasil ... 20

2.1.2 Previdência Complementar Aberta ... 22

2.2 Órgãos Normativos e Executivos ... 23

2.2.1 CNSP ... 23

2.2.2 SUSEP ... 24

2.3 Produtos comercializados pelas EAPC ... 25

2.3.1 PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre ... 25

2.3.2 VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre ... 27

2.3.3 PRGP Plano Com Remuneração Garantida e Performance ... 28

2.3.4 FAPI Fundo de Aposentadoria Programada Individual ... 29

2.3.5 Planos com cobertura por sobrevivência ... 29

2.4 Carteira de Investimento ... 31

2.5 Taxas incidentes ... 31

2.5.1 Taxa de Administração ... 31

2.5.2 Carregamento de entrada e saída ... 32

2.6 Tributação de Imposto de Renda ... 32

2.6.1 Progressivo ... 33

2.6.2 Regressivo ... 34

2.7 Institutos ... 35

2.7.1 Resgate ... 35

2.7.2 Portabilidade ... 35

2.8 Benefícios ... 36

2.9 Tipos de rendas ... 38

(13)

3.1 Caracterização da pesquisa ... 40

3.2 Instrumento de Coleta ... 41

3.3 Coleta de Dados ... 42

3.4 Tratamento de Dados ... 43

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 44

4.1 Definições dos parâmetros das simulações ... 44

4.2 Disposições sobre as EAPC ... 45

4.2.1 BrasilPrev Seguros e Previdência ... 45

4.2.2 Bradesco Vida e Previdência ... 46

4.2.3 Itaú Vida e Previdência ... 48

4.3 Simulações ... 50

4.3.1 Perfil A ... 51

4.3.2 Perfil B ... 53

4.3.3 Perfil C ... 56

4.3.4 Perfil D ... 58

4.4 Resultados ... 60

5. CONCLUSÃO ... 64

REFERÊNCIAS ... 66

(14)

1. INTRODUÇÃO

As discursões na esfera governamental com relação à aprovação da reforma na Previdência Social, no início do ano de 2018, pauta temporariamente suspensa pelo Presidente da República, cujo principal objetivo seria a reformulação e instituição de novas regras ao modelo atual vigente, evidenciaram a instabilidade no sistema previdenciário e, por conseguinte, a necessidade dos indivíduos buscarem, com recursos próprios, a contratação de uma previdência complementar em uma entidade privada para assegurar a tranquilidade familiar e estabilidade financeira.

De acordo com o relatório de análise e acompanhamento de mercado, emitido pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP em 2017, órgão que controla e fiscaliza as entidades de previdência privada abertas, o mercado de produtos de acumulação, apresentou forte crescimento no período entre 2014 e 2016. Reforçando a busca pelo produto entre a população, mesmo diante de uma crise econômica que afeta o país.

O governo brasileiro instituiu a Previdência Privada pela Lei 6.435, de 15 de julho de 1977, regulamentada pelos decretos nº 81.240/78 e nº 81.402/78. Sendo revogada pela Lei Complementar n° 109, de 29 de maio de 2001, que hoje encontra-se vigente.

São classificadas como: Entidades Abertas de Previdência Privada (EAPC) e Entidades Fechadas de Previdência Privada (EFPC). Os art. 26 e 31 dispõem da sua destinação e seu público alvo.

Segundo o Art. 26 da Lei Complementar n° 109.

Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas poderão ser: I- Individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou

II- Coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante.

De acordo com o Art. 31 da Lei Complementar n° 109.

Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma regulamentada pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente:

I - Aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e

(15)

O presente estudo explana sobre as Entidades Abertas, as quais comercializam seus produtos a qualquer pessoa física, que tenha o interesse em contratar a previdência privada para constituir reserva, e utilizá-la para complementação à aposentadoria.

Conforme dados estatísticos divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – FenaPrevi, associação civil sem fins lucrativos que representa as entidades atuantes, houve um aumento de 7,2% nas contribuições para planos de previdência privada, no período compreendido entre janeiro e novembro de 2017, quando comparado ao mesmo período de 2016.

1.1 Problema de pesquisa

A previdência privada tornou-se um importante aliado para assegurar o padrão de vida dos indivíduos no momento de sua aposentadoria, através da complementação da renda, pagas pelas entidades particulares.

Identificar o plano de investimento que melhor atenda um determinado perfil, e que lhe propicie melhores retornos financeiros, não é uma tarefa fácil, devido ao elevado número e aumento de ofertas no mercado.

Então, como diferenciar estas ofertas e identificar o melhor fundo de aplicação de recursos, no qual apresentará melhores retornos à curto, médio e longo prazo?

1.2 Objetivos da pesquisa

Tem por finalidade responder ao questionamento levantado como tema central deste estudo, norteando o que se almeja esclarecer nesta pesquisa.

1.2.1 Objetivo Geral

(16)

1.2.2 Objetivos Específicos

a) expor as principais características da previdência complementar; b) apresentar os órgãos regulamentadores;

c) dispor sobre os produtos ofertados pelas EAPC;

d) demonstrar os tipos de rendas disponíveis para aposentadoria.

1.3 Justificativa

A previdência social foi instituída em um sistema de repartição simples, ou seja, os trabalhadores ativos custeiam os benefícios pagos aos trabalhadores que estão inativos. Esse tipo de sistema pode provocar um desequilíbrio ocasionado por problemas administrativos, conjunturais e estruturais. Dentre os problemas administrativos, é possível destacar a sonegação de contribuição por parte de empresas, e fraudes de trabalhadores para iniciar o recebimento da aposentadoria, sem ter os requisitos mínimos necessários.

Os conjunturais podem ser devido a encargos sociais e aumento da economia informal, reduzindo a arrecadação. Quanto aos estruturais, estão a baixa fecundidade aliada ao aumento da expectativa de vida, que é uma realidade preocupante, e que gera diversas discussões sobre a necessidade de reformular a previdência social.

Conforme o Gráfico 1, a projeção para os próximos anos é de aumento na expectativa de vida, fato devido às melhorias na saúde e avanços medicinais.

Gráfico 1 – BRASIL: Expectativa de Vida ao Nascer 2000-2030.

(17)

Conforme evidenciado pelo IBGE (2018), até o ano de 2030 a tendência é de haver redução no número de jovens de 0 a 14 anos, e aumento da população idosa (65 anos ou mais). Este cenário é desfavorável para a sustentabilidade do sistema previdenciário, os usuários ativos não serão suficientes para custar o pagamento de aposentadoria aos usuários inativos, ocorrendo um déficit orçamentário, que já é uma realidade no sistema.

Segundo a Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda (2018), o déficit orçamentário na Previdência no ano de 2017, somente no INSS, subiu de R$ 149,73 bilhões, em 2016, para R$ 182,45 bilhões no ano de 2017, representando um crescimento de 21,8%.

Outro ponto que corrobora com a necessidade da previdência complementar, é a defasagem salarial no momento da habilitação do benefício, que ocorre ao trabalhador que possui renda mensal superior ao teto da aposentadoria do INSS. Após a realização do cálculo de aposentadoria, conforme as regras atuais vigentes, o máximo que o segurado poderá receber é R$ 5.645,81, de acordo com a tabela do INSS de 2018. Se o indivíduo possui um padrão de vida mais elevado, este valor não será suficiente para mantê-lo, desta forma, a previdência privada viria para completar esta renda.

Os planos disponíveis no mercado possuem diversas características como: modalidade de aplicação, regime de tributação, taxa de administração, taxas de carregamentos e fundo de aplicação. Reconhecê-los é importante para utilizá-los da forma mais adequada, e obter o máximo de vantagens. Pois, tais atributos irão influenciar diretamente na rentabilidade da reserva, identificar o mais atrativo representará resultados consideráveis a longo prazo.

1.4 Metodologia utilizada

Como procedimento de pesquisa, foram realizados estudos descritivos. Através de pesquisa bibliográfica, o assunto foi desenvolvido e embasado para que, posteriormente, as informações fossem utilizadas para realizar as análises dos objetos de estudo.

(18)

investimentos, levando-se em consideração o seu desempenho sob diversos parâmetros.

1.5 Organização do trabalho

O trabalho está estruturado em cinco seções. Inicia-se com a introdução, abordando as principais informações referente ao tema em estudo, e dispondo do que será apresentado na monografia.

Na segunda seção, foi abordado o referencial teórico, unindo os principais conceitos da previdência social e previdência privada. Foram dispostas as informações essenciais para o entendimento da previdência complementar, tais como modalidades de planos, regimes de tributações, taxas de carregamento de entrada e saída, tipos de fundos de investimento, tipos de aposentadoria disponíveis, prazos para resgates, portabilidades, além de legislações e órgão regulamentadores.

Na terceira seção, é tratada a metodologia que foi aplicada ao presente trabalho, para a obtenção dos resultados. A quarta seção apresenta o estudo comparativo, que a partir das projeções, conclui-se a melhor alternativa para aplicação entre as entidades abertas de previdência privada.

(19)

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta seção contempla os conceitos relativos ao tema proposto e objetivos anteriormente definidos, para fundamentar e nortear o presente estudo.

2.1 Previdência Complementar

Segundo a Comissão Nacional de Bolsas (2005) a previdência complementar consiste em um sistema de complemento das aposentadorias do serviço público, recebidas por trabalhadores, desde que eles tenham contribuído de forma voluntária para essa modalidade de previdência. As contribuições do participante constituem-se de uma reserva para proporcionar um benefício de aposentadoria (SILVA NETO, 2003).

De acordo com a ABRAPP (2018), a Previdência Complementar apresenta as seguintes características:

 Caráter complementar e facultativo (voluntário), organizado de forma autônoma em relação aos regimes de previdência social e próprios.

 Baseado na constituição de reservas (poupança) que garantem o benefício contratado.

 É operado pelas Entidades Fechadas ou Abertas de previdência complementar.

As entidades de previdência privada costumam oferecer diversos planos aos participantes, o mais conhecido é a arrecadação de parcelas mensais por certo período, prevendo ao final, pagamentos de benefícios ao participante. O benefício a ser pago é calculado de acordo com o tipo de renda definido pelo participante (ASSAF NETO, 2003).

As entidades recebem contribuições dos empregados e empregadores, ou apenas dos participantes, e seus benefícios visam complementar aqueles oferecidos pela Previdência Social (ANDREZO, 2007). Sendo o objetivo básico da previdência privada, a manutenção do padrão de vida dos indivíduos ao deixar o mercado de trabalho (ASSAF NETO, 2003).

(20)

Para que se mantenha, na inatividade, um padrão de vida igual, ou melhor, ao da fase laborativa, ou, simplesmente, um padrão melhor do que se dependesse apenas do INSS. Com a previdência complementar, em média, o trabalhador consegue manter cerca de 60% do nível de renda que possuía até o momento da aposentadoria.

Segundo a Secretaria de Políticas de Previdência Complementar – SPPC (2011), os planos previdenciários destinam-se as pessoas físicas, com ou sem intermédio de pessoa jurídica, que anseiam acumular reserva financeira em um fundo previdenciário. Os recursos serão aplicados em Fundo de Investimento Especial – FIE, podendo optar por renda fixa, balanceado ou multimercado (renda fixa e variável), para, posteriormente, habilitar um tipo de renda mensal ou resgatar o montante, respeitando as carências determinadas pelas entidades (ASSAF NETO, 2003).

2.1.1 Previdência Complementar no Brasil

Conforme o Anuário Estatístico da SUSEP (1997), o sistema de previdência privada foi introduzido no Brasil em 1835 com a criação do Mongeral Montepio Geral da Economia dos Servidores do Estado, instituição sem fins lucrativos que ofertava planos de previdência privada, aberta a qualquer pessoa física com contribuição facultativa.

O surgimento da previdência complementar no Brasil foi anterior à previdência social. Somente em 1923 houve a aprovação da 1ª legislação da previdência social, mediante criação da Caixa de Pensões e Aposentadoria, conhecida como Lei Eloy Chaves (Lei n° 4.682), conforme dispõe a SUSEP (1997).

A Previdência Privada passou a ser difundida por diversas entidades sem que fosse legalmente reconhecida. Então, visando garantias e segurança para os participantes, o governo regulamentou a Previdência Privada pela Lei 6.435 em 15 de julho de 1977, sendo revogada pela Lei Complementar n° 109, de 29 de maio de 2001, como os principais objetivos:

I - Formular a política de previdência complementar;

II - Disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas por esta Lei Complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciária e de desenvolvimento social e econômico-financeiro;

(21)

IV - Assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos de benefícios;

V - Fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas operações e aplicar penalidades; e

VI - Proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios.

De acordo com a LC 109/2001, as entidades de previdência privada têm por objetivo instituir planos privados de concessão de pecúlios, ou de rendas, de benefícios complementares ou assemelhados aos da Previdência Social, mediante contribuição dos participantes.

A Figura 1 apresenta o Sistema Previdenciário Brasileiro. A previdência social divide-se em Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), enquanto que a previdência complementar se segmenta em entidades abertas de previdência complementar (EAPC), e entidades fechadas de previdência complementar (EFPC). Diferenciam-se quanto ao público alvo de seus produtos.

Figura 1 – Sistema Previdenciário Brasileiro

Fonte: Elaborado pela autora.

De acordo com Assaf Neto (2003), as EAPC são organizações de iniciativa privada que colocam seus planos de previdência no mercado, os quais podem ser adquiridos pelo público e empresas em geral, apresentado um caráter mais individual. Segundo a Comissão Nacional de Bolsas (2005, p. 246), as EFPC também denominadas fundo de pensão, são patrocinadas por uma empresa ou grupo de empresas, as quais apenas seus funcionários têm acesso aos planos de benefícios

Regimes de Previdência

Regime Geral

Regime Próprio da União

Previdência Complementar

EAPC

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tendo por finalidade a complementação dos benefícios oferecidos pela Previdência Social.

2.1.2 Previdência Complementar Aberta

A Lei complementar n° 109/2001 define as EAPC:

Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.

Em concordância com a Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (2011), as entidades abertas são sociedades anônimas com fins lucrativos de natureza privada, geralmente bancos e seguradoras, seu vínculo é instituído via contrato com filiação facultativa.

As maiores entidades atuantes no mercado, estão relacionadas no Gráfico 1, classificadas de acordo com prêmios e contribuições pagas pelos participantes.

Gráfico 2 – Entidades Abertas de Previdência Complementar

Fonte: SUSEP, 2018.

(23)

A figura 2 demonstra a distribuição dos adeptos à previdência privada aberta no Brasil.

Figura 2 – Distribuição de contratantes no Brasil

Fonte: SUSEP. Outubro, 2017

A região Norte possui o menor percentual de adeptos à previdência complementar aberta, em contraposição, a região Sudeste lidera o ranking,

representando 61% da população brasileira que possui planos de previdência complementar.

2.2 Órgãos Normativos e Executivos

Conforme a Lei Complementar 109/2001, as funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador serão exercidas pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. Por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em relação, respectivamente, à regulação e fiscalização das entidades abertas.

2.2.1 CNSP

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1. Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados;

2. Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas;

3. Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro;

4. Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 5. Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB;

6. Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;

7. Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.

É composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da SUSEP, representante do Banco Central do Brasil, e representante da Comissão de Valores Mobiliários.

2.2.2 SUSEP

Conforme o Relatório de Gestão do Ministério da Fazenda (2003), a Superintendência de Seguros Privados SUSEP, autarquia especial vinculada ao Ministério da Fazenda, tem por finalidade, na qualidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, exercer as atribuições previstas nos Decretos-Leis nº 73, de 21 de novembro de 1966, e 261, de 28 de fevereiro de 1967, na Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, e demais atos normativos aplicáveis, tendo como principais atribuições:

1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;

2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; 5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;

6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

(25)

9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.¹

As entidades de previdência complementar aberta, somente poderão atuar no mercado se autorizadas pela SUSEP.

2.3 Produtos comercializados pelas EAPC

Segundo a ABRAAP (2018), os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual por pessoa física ou coletiva por pessoa jurídica, na modalidade averbada ou instituída.

A SUSEP (2018) esclarece em seu site, a diferença entre as duas modalidades; na modalidade averbada, a empresa possui o papel apenas de representação, as contribuições são pagas exclusivamente pelos funcionários que adquirem ao produto. Na modalidade instituída, há a participação da empresa nas contribuições à previdência, o percentual de participação é definido na abertura do contrato, a empresa poderá deduzir as contribuições no seu Imposto de Renda, na declaração de Lucro Real.

2.3.1 PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre

Conforme a SUSEP (2018), o plano tem por objetivo conceder os benefícios da previdência complementar aberta. Durante o período de diferimento, intervalo compreendido entre a data de início de contratação, até a data definida para recebimento do benefício, não há garantia de remuneração mínima, a rentabilidade do fundo será determinada pela carteira de investimentos do FIE (Fundo de Investimento) que constitui o plano. Fortuna (2004, p. 413) “o modelo do PGBL é inspirado no Plano 401K dos EUA, sem garantia mínima de rendimento, e que permite ao cliente escolher o perfil do risco desejado em função de seu horizonte de investimento” Sua carteira de investimentos pode ser estruturada nas modalidades: soberano, renda fixa e ou composto (CNB, 2005).

(26)

Art. 11. As deduções relativas às contribuições para entidades de previdência privada, a que se refere à alínea e do inciso II do art. 8o da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - Fapi, a que se refere a Lei no 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos.

As Tabelas 1 e 2 comparam hipóteses de tributação de imposto de renda de um contribuinte, que possui renda mensal de R$ 15.000,00. Será necessário realizar a declaração de imposto de renda na modalidade completa, pois excede o limite estipulado pela Receita Federal. Pode-se observar que, se o contribuinte possui previdência privada, irá pagar R$ 3.960,00 de IR a menos na declaração.

Tabela 1 – Simulação de Imposto de Renda sem Previdência Complementar

Fonte: Elaborado pela autora.

180.000,00 R$

4.550,16 R$

6.850,56 R$

168.599,28 R$

Alíquota Valor do Imposto

1ª Faixa 22.847,76 Isento 0

2ª Faixa 11.072,04 7,5% 830,4 3ª Faixa 11.092,80 15,00% 1.663,92 4ª Faixa 10.963,56 22,50% 2.466,80 5ª Faixa 112.623,12 27,50% 30.971,36

Total 168.599,28 --- 35.932,48

Renda bruta anual

( - )Dependentes (2*189,59*12) ( - )INSS (570,88*12)

( = )Salário Base Cálculo IR

CONTRIBUINTE SEM PREVIDÊNCIA

Faixa da Base de Cálculo

(27)

Tabela 2 – Simulação de Imposto de Renda com Previdência Complementar

Fonte: Elaborado pela autora.

No momento do resgate ou habilitação da aposentadoria, haverá a incidência de Imposto de Renda sobre o valor total, conforme opção do regime de tributação do IR.

Na contratação do plano o participante pode optar por contribuir ao plano com pagamento único ou pagamentos mensais. O valor aplicado será rentabilizado até o prazo determinado para concessão do benefício.

2.3.2 VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre

Este é um plano similar ao PGBL, que permite ao contratante a acumulação de reserva, que poderá ser habilitada para a sua aposentadoria ou resgatar em qualquer período de sua vida, uma parte ou a totalidade do montante aplicado com seus rendimentos, após um período de carência definido pela EAPC (ASSAF NETO, 2003).

As contribuições durante o período de diferimento ao produto VGBL não são dedutíveis do Imposto de Renda. No momento da habilitação do benefício de aposentadoria, ou resgate da reserva, será cobrado imposto de renda apenas sobre os rendimentos (CNB, 2005).

O plano é indicado a pessoas físicas, em especial a quem é isento de declaração de imposto de renda, que utiliza a declaração simplificada de IR (CNB, 2005), ou que declara na modalidade completa, porém já utiliza o limite máximo de

180.000,00 R$ 4.550,16 R$ 6.850,56 R$ 14.400,00 R$ 154.199,28 R$

Alíquota Valor do Imposto

1ª Faixa 22.847,76 Isento 0

2ª Faixa 11.072,04 7,5% 830,4 3ª Faixa 11.092,80 15,00% 1.663,92 4ª Faixa 10.963,56 22,50% 2.466,80 5ª Faixa 98.223,12 27,50% 27.011,36

Total 154.199,28 --- 31.972,48

Demonstrativo da Apuração do Imposto Faixa da Base de Cálculo

Renda bruta anual

( - )Dependentes (2*189,59*12) ( - )INSS (570,88*12)

( - )Previdência Privada

( = )Salário Base Cálculo IR

(28)

dedução de 12% da renda bruta anual do PGBL, ou outro plano de previdência complementar.

Segundo o relatório de acompanhamento de mercado da SUSEP (2018), entre janeiro a novembro de 2017, 91% dos recursos aplicados em fundos da previdência complementar estão em VGBL, enquanto que apenas 8% encontram-se em PGBL.

Gráfico 3 – Estruturação das contribuições

Fonte: SUSEP (2017).

O participante poderá realizar aportes em sua proposta de inscrição, obedecendo ao limite mínimo determinado por cada instituição, quando houver disponibilidade para tal, poderá reduzir o valor de contribuição mensal ou paralisar as contribuições sem perdas, pois a proposta continuará ativa.

Difere-se do PGBL na forma de cobrança do Imposto de Renda, no PGBL a alíquota do imposto incidirá sobre o valor total do resgate ou valor da aposentadoria, enquanto que no VGBL haverá a incidência do imposto apenas sobre os rendimentos. No VGBL não há o benefício fiscal, as contribuições realizadas não poderão ser utilizadas para dedução da base de cálculo do Imposto de Renda (CNB, 2005).

2.3.3 PRGP Plano Com Remuneração Garantida e Performance

(29)

provisão matemática de benefícios a conceder, por taxa de juros efetiva anual e índice de atualização de valores, os quais deverão estar previstos em seu regulamento.

Segundo Fortuna (2004, p. 416) o objetivo PRGP “é garantir uma taxa de remuneração, associada a uma correção por índices de preços além do excedente financeiro”. A concessão dos excedentes financeiros é facultativa, podendo ser utilizado o mesmo Fundo de Investimento do período de diferimento. O percentual de reversão de resultados financeiros estará previsto no regulamento, assim como a data de concessão de benefícios escolhida pelo participante (SUSEP, 2018).

O valor do benefício será calculado em função da provisão matemática de benefícios a conceder na data da concessão do benefício e do tipo de benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na proposta de inscrição. (SUSEP, 2018).

2.3.4 FAPI Fundo de Aposentadoria Programada Individual

O Plano apresenta similaridades ao PGBL. Em ambos, as contribuições desembolsadas, com teto de 12% da renda bruta anual, poderão ser deduzidas na declaração de Imposto de Renda (ASSAF NETO, 2003).

O fundo de pecúlio para aposentadoria que tem como objetivo a acumulação de recursos, instituído pela Lei 9.477 em 24/07/1997, possui características em comum com os demais planos de previdência privada, a tributação de imposto de renda poderá ser progressiva ou regressiva, dependendo do caso em questão.

O FAPI pode ser instituído e administrado por instituições financeiras, por sociedades seguradoras e corretoras autorizadas pela SUSEP (ASSAF NETO, 2003). É aplicado diretamente em um fundo de investimento, sem incidência de taxa de carregamento (TOLEDO FILHO, 2006), porém diferentes dos demais produtos, no FAPI há a cobrança de imposto de renda sobre os ganhos de capital (ASSAF NETO, 2003).

2.3.5 Planos com cobertura por sobrevivência

(30)

Quadro 1 – Planos com cobertura por sobrevivência

PLANO CARACTERÍSTICAS

VRGP

Vida com Remuneração Garantida e Performance: planos que garantam aos segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de índice de atualização de valores e de taxa de juros e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros;

VAGP

Vida com Atualização Garantida e Performance: planos que garantam aos segurados, durante o período de diferimento, por meio da contratação de índice de preços, apenas a atualização de valores e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros;

VRSA

Vida com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização: planos que, sempre estruturados na modalidade de contribuição variável, garantam aos segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de taxa de juros e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros;

Dotal Puro

Planos que, sempre estruturados na modalidade de benefício definido e no regime financeiro de capitalização, garantam aos segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de índice de atualização de valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua biométrica, sem reversão de resultados financeiros, sendo o capital segurado pago ao segurado sobrevivente ao término do período de diferimento;

Dotal Misto

Planos que, sempre estruturados na modalidade de benefício definido e no regime financeiro de capitalização, garantam aos segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de índice de atualização de valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua biométrica, sem reversão de resultados financeiros, sendo o capital segurado pago em função da sobrevivência do segurado ao período de diferimento ou de sua morte ocorrida durante aquele período;

Dotal Misto com Performance

Planos que, sempre estruturados na modalidade de benefício definido e no regime financeiro de capitalização, garantam aos segurados, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de índice de atualização de valores, taxa de juros e, opcionalmente, tábua biométrica, com reversão, parcial ou total, de resultados financeiros, sendo o capital segurado pago em função da sobrevivência do segurado ao período de diferimento ou de sua morte ocorrida durante aquele período;

VRI Vida com Renda Imediata: Planos que, mediante prêmio único, garantam o pagamento de capital segurado sob a forma de renda imediata.

(31)

2.4 Carteira de Investimento

As reservas constituídas pelos participantes, mediantes suas contribuições, são aplicadas em fundos de investimentos e os rendimentos auferidos são creditados aos participantes (ASSAF NETO, 2003).

Os Fundos de Investimento Especialmente Constituídos – FIE podem ser divididos em três grupos que compõem a carteira de investimento: soberano, renda fixa e composto, este último não poderá ultrapassar o percentual de 49% em renda variável (CNB, 2005).

Quadro 2– Composição do FIE

Soberano Unicamente composto por títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco

Central do Brasil e créditos securitizados do Tesouro Nacional.

Renda Fixa

Composto por títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central do Brasil, por créditos securitizados do Tesouro Nacional e por investimentos de renda fixa, nas modalidades e dentro dos critérios, diversificação e diversidade admitidos pela regulamentação vigente.

Composto

Nas modalidades, critérios de diversificação, diversidade e demais aspectos contidos na regulamentação vigente, sendo estabelecidos percentuais mínimos e máximos para aplicação em renda variável.

Fonte: SUSEP (2018).

2.5 Taxas incidentes

Sobre os valores aplicados na previdência complementar aberta, haverá a cobrança de taxas pelas entidades aos participantes. Sendo elas: taxa de administração do fundo, taxa de carregamento de entrada, e taxa de carregamento de saída.

2.5.1 Taxa de Administração

(32)

A taxa de administração incide sobre o patrimônio líquido do fundo, a cobrança será independentemente da rentabilidade.

2.5.2 Carregamento de entrada e saída

De acordo com a Resolução Nº 29, de 31 de agosto de 2009 do CGPC (Conselho de Gestão da Previdência Complementar), a taxa de carregamento é o percentual incidente sobre a soma das contribuições, e dos benefícios dos planos no exercício a que se referir.

A Circular n° 339, de 31 de janeiro de 2007 da SUSEP, no capítulo II determina:

Art. 11. O valor ou percentual de carregamento, o critério e a forma de cobrança deverão constar na proposta de contratação e adesão, no regulamento, na nota técnica atuarial e, no caso de planos coletivos, no contrato.

O carregamento de entrada é o percentual que incide sobre as contribuições pagas, para atender as despesas administrativas, de corretagem e colocação do plano, descontado diretamente no valor das contribuições e aportes.

O carregamento na saída incide no resgate ou portabilidade, sobre o valor nominal dos prêmios pagos, sendo reduzido a zero quando o segurado completar a carência de permanência no Plano.

A SUSEP (2007) afirma que o percentual máximo de carregamento permitido pela legislação vigente é de 10%, para os planos estruturados na modalidade de contribuição variável, e de 30% para aqueles estruturados na modalidade de benefício definido.

2.6 Tributação de Imposto de Renda

A Lei n° 11.053 de 29 de dezembro de 2004. Dispõe sobre a tributação dos planos de benefícios de caráter previdenciário:

(33)

Os participantes que fazem contribuições para a previdência privada (PGBL), ou Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), e que também contribuem com o INSS ou RPPS, podem deduzir essas contribuições na declaração do imposto de renda, respeitando o limite de 12% do total dos rendimentos considerados para base de cálculo, de acordo com a LEI N° 10.887 de 18 de junho de 2004:

“... o contribuinte só poderá deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda as contribuições para entidades de previdência privada e para o FAPI se recolher, também, as contribuições para o regime geral de Previdência Social (INSS) ou, no caso dos servidores públicos, para o regime próprio de previdência social”

A Receita Federal disponibiliza duas modalidades ao contribuinte para a declaração anual de ajuste do Imposto de Renda pessoa física: simples ou completa. A simplificada, de acordo com o disposto no site da Receita Federal, é a declaração em que um desconto de 20% da renda bruta anual, limitado a R$ 16.754,34 (calendário de 2018) substitui todas as deduções legais, sem a necessidade de comprovação. Nesta declaração, não é possível deduzir as contribuições feitas à Previdência Privada (PGBL e FAPI).

Segundo a Receita Federal (2018), a declaração na modalidade completa é utilizada quando o valor das despesas comprovadas ultrapassam 20% da renda bruta anual, ou quando a soma dos rendimentos tributáveis supera o valor de R$ 28.559,70, definido pela Receita Federal para o ano de 2018. Nesta modalidade, podem ser utilizadas as deduções e incentivos legais, desde que comprovados. É permitido deduzir as contribuições feitas à Previdência Privada, PGBL e FAPI, até o limite de 12% da renda bruta (CNB, 2005).

2.6.1 Progressivo

Conforme a Lei n° 11.053 de 29 de dezembro de 2004, os participantes de planos de previdência complementar têm duas opções de tributação, e podem escolher a que for mais adequada às suas necessidades.

(34)

de renda ou ser ajustado conforme tabela progressiva de IR vigente na época, com base na lei n° 11.053, art. 3°:

Art. 3o A partir de 1o de janeiro de 2005, os resgates, parciais ou totais, de recursos acumulados relativos a participantes dos planos mencionados no art. 1o desta Lei que não tenham efetuado a opção nele mencionada sujeitam-se à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15% (quinze por cento), como antecipação do devido na declaração de ajuste da pessoa física, calculado sobre:

I - os valores de resgate, no caso de planos de previdência, inclusive FAPI; II - os rendimentos, no caso de seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência.

2.6.2 Regressivo

Conforme a Lei 11.053/2014, a alíquota de tributação de imposto de renda será definida, de acordo com o tempo decorrido de cada aporte até o momento de seu resgate. Essa alíquota incidirá sobre os valores pagos aos próprios participantes ou aos assistidos, a título de benefícios ou resgates de valores acumulados, o 1° artigo da lei 11.053/2014 define:

I - 35% (trinta e cinco por cento), para recursos com prazo de acumulação inferior ou igual a 2 (dois) anos;

II - 30% (trinta por cento), para recursos com prazo de acumulação superior a 2 (dois) anos e inferior ou igual a 4 (quatro) anos;

III - 25% (vinte e cinco por cento), para recursos com prazo de acumulação superior a 4 (quatro) anos e inferior ou igual a 6 (seis) anos;

IV - 20% (vinte por cento), para recursos com prazo de acumulação superior a 6 (seis) anos e inferior ou igual a 8 (oito) anos;

V - 15% (quinze por cento), para recursos com prazo de acumulação superior a 8 (oito) anos e inferior ou igual a 10 (dez) anos; e

VI - 10% (dez por cento), para recursos com prazo de acumulação superior a 10 (dez) anos.

A presente Lei afirma que, nos casos de portabilidade e transferência de planos, será computado o prazo de acumulação do Plano originário. A opção pelo Regime de Tributação é irretratável. A antecipação de 15% não se aplica aos planos da modalidade regressiva definitiva, o imposto retido na fonte é definitivo, ou seja, não existe compensação na declaração anual de ajuste. Os valores pagos serão calculados em função do prazo de acumulação, ponderado entre o aporte e o pagamento da renda.

(35)

2.7 Institutos

A Lei Complementar n° 109, em seu art. 14, determina que os planos de benefícios devem, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador, prever os seguintes institutos:

2.7.1 Resgate

O resgate consiste na retirada dos valores aplicados no plano de previdência complementar, antes do evento gerador, respeitando o período de carência, com os devidos rendimentos decorrentes do período em que a reserva esteve ativa, descontadas as taxas e tributações de IR previstas na proposta de contratação. Segundo a SUSEP (2018) não são todos os benefícios que proporcionam ao participante o direito ao resgate.

Quadro 3 – Planos passíveis de resgate

BENEFÍCIOS Repartição Simples

Repartição de Capitais de

Cobertura Capitalização Direito a Resgate? Direito a Resgate? Direito a Resgate?

Pecúlio por Morte NÃO NÃO EXISTE FACULTATIVO

Pecúlio por Invalidez NÃO NÃO EXISTE FACULTATIVO

Renda de Aposentadoria NÃO EXISTE NÃO EXISTE OBRIGATÓRIO

Renda de Pensão NÃO EXISTE NÃO FACULTATIVO

Renda por Invalidez NÃO EXISTE NÃO FACULTATIVO

Fonte: SUSEP (2018).

Conforme indicado, se o plano for estruturado no regime financeiro de repartição, não há o direito ao resgate. Porém, se o plano for instituído no regime financeiro de capitalização, haverá a possibilidade de resgate, obrigatoriamente, nos planos de renda por sobrevivência (aposentadoria). Será somente devido nos planos de pecúlio, pensão e invalidez se estiver previsto no contrato.

2.7.2 Portabilidade

(36)

A LC 109, no art. 2, determina que, no processo de portabilidade, os recursos financeiros não transitem pelos participantes, e proíbe a transferência de recursos entre participantes. Afirma também que a portabilidade não caracteriza resgate. Logo, sobre as portabilidades de reservas técnicas, fundos e provisões dos planos de benefícios de entidades de previdência complementar, não haverá incidência de tributação e contribuições de qualquer natureza.

2.8 Benefícios

Os bancos e seguradoras podem oferecer, juntos ou separadamente, aos produtos de previdência, benefícios que serão devidos ao participante, ao fim do prazo determinado na proposta de contratação, ou em decorrência de invalidez ou morte do participante (SUSEP, 2018). Os tipos básicos são:

Quadro 4 – Tipos de benefícios

TIPO DE BENEFÍCIO CARACTERÍSTICAS

Renda por sobrevivência Renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo

de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria.

Renda por invalidez Renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez

total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.

Pensão por morte Renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de

inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano

Pecúlio por morte Importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s)

beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.

Pecúlio por invalidez Importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio

participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.

Fonte: SUSEP (2018), adaptado.

(37)

ao participante que desistir do plano, no valor correspondente ao montante acumulado em sua provisão matemática de benefícios a conceder. Nos demais benefícios, o resgate é facultativo, será determinado pela entidade, que deverá dispor tal informação na proposta de contratação do plano.

Para cada tipo de benefício existente, há um regime financeiro de sustentação das reservas técnicas necessárias ao atendimento das obrigações. O quadro 5 detalha estes sistemas financeiros, em conformidade com a SUSEP (2018).

Quadro 5 – Regimes financeiros

BENEFÍCIOS REPARTIÇÃO SIMPLES REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA CAPITALIZAÇÃO

Pecúlio por Morte SIM NÃO SIM

Pecúlio por Invalidez SIM NÃO SIM

Renda de Aposentadoria NÃO NÃO SIM

Renda de Pensão NÃO SIM SIM

Renda por Invalidez NÃO SIM SIM

Fonte: SUSEP, 2018.

A SUSEP (2018), define os regimes financeiros como:

I.Regime Financeiro de Capitalização: a estrutura técnica em que as

contribuições são determinadas de modo a gerar receitas capazes de serem capitalizadas durante o período de cobertura, produzir montantes equivalentes aos valores atuais dos benefícios a serem pagos aos beneficiários no respectivo período;

II.Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura: a estrutura

técnica em que as contribuições pagas por todos os participantes do plano, em um determinado período, deverão ser suficientes para constituir as provisões matemáticas de benefícios concedidos, decorrentes dos eventos ocorridos neste período;

III.Regime Financeiro de Repartição Simples: a estrutura técnica em que as

contribuições pagas por todos os participantes do plano, em um determinado período, deverão ser suficientes para pagar os benefícios decorrentes dos eventos ocorridos nesse período.

(38)

2.9 Tipos de rendas

Os planos VGBL e PGBL possuem a característica em comum de transformar a reserva acumulada, no período de deferimento, em rendas mensais. No ato da subscrição do produto, somente será comercializada a renda vitalícia. Porém, quando o participante entrar no período de concessão de benefício, data definida pelo participante na contratação do produto, poderá optar por qualquer uma das rendas disponíveis, que segundo a SUSEP (2018) poderá ser:

I. Renda Vitalícia (atuarial): Consiste em uma renda paga vitaliciamente

ao participante, a partir da data de concessão do benefício (mínimo 50 anos).

II. Renda Temporária (atuarial): Consiste na renda paga temporária e

exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou o fim da temporariedade contratada. O prazo de recebimento deste benefício poderá ser de: 60, 120, 180 e 240 meses.

III. Renda Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido (atuarial): Consiste em uma renda vitalícia paga ao participante a partir da data de concessão do benefício (mínimo de 50 anos), sendo garantida aos beneficiários conforme o segue: No momento da inscrição, o Participante escolherá um prazo mínimo de garantia que deve ser de 60, 120, 180 e 240 meses. - Se durante o período de recebimento do benefício, ocorrer o falecimento do participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na proposta de inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia. No caso de um dos beneficiários falecer antes de ter sido completado o prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre os beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido. Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos sucessores legítimos do participante, pelo prazo restante da garantia.

IV. Renda Vitalícia Reversível ao Beneficiário Indicado (atuarial):

Consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício escolhido. Ocorrendo o falecimento do participante, durante o recebimento dessa renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado (beneficiário é de livre indicação do participante). Esse percentual poderá ser de 50%, 60%, 70% e 80%. No caso de o beneficiário falecer, antes do participante e durante o período de recebimento da renda, a reversibilidade do benefício estará extinta.

V. Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Cônjuge com Continuidade

(39)

indenização, sob a forma de renda, e após o menor mais jovem ter atingido a idade de 24 anos, a renda estará extinta.

VI. Renda Mensal por Prazo Certo (financeira): Consiste em uma renda

(40)

3. METODOLOGIA

Esta seção dispõe sobre os procedimentos metodológicos utilizados para a obtenção dos resultados. Metodologia, literalmente, refere-se ao estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas (OLIVEIRA, 2011, p. 8).

3.1 Caracterização da pesquisa

O estudo realizado é caracterizado como de natureza descritiva, nesse tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem a interferência do pesquisador (ANDRADE, 2010, p. 112).

Gil (2008, p.28), destaca o objetivo das pesquisas descritivas:

As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Segundo Rodrigues (2006, p. 90), na pesquisa descritiva, o pesquisador estuda as relações entre as variáveis de um determinado fenômeno, realiza a avaliação das relações à medida que as variáveis se manifestam espontaneamente. Procura descobrir também a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, características, causas e relações com outros fatos (PRADANOV, 2013, p. 52).

Como procedimento para a obtenção dos dados necessários, é utilizado o estudo de caso, de acordo com Yin (2005, p. 32), é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade. O autor complementa que quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas, o estudo de caso utiliza várias fontes de evidência para a compreensão do objeto de estudo.

Gil (2002, p. 54), define os diferentes propósitos para a utilização do estudo de caso, são eles: explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos, descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação, formular hipóteses ou desenvolver teorias.

(41)

de casos múltiplos, um dos objetivos que se tem em mente é elaborar uma explanação geral que sirva a todos os casos, particularmente, embora possam variar em seus detalhes (YIN, 2005, p. 142).

O levantamento bibliográfico preliminar irá possibilitar que a área de estudo seja delimitada e que o problema possa finalmente ser definido (GIL, 2002).

A abordagem metodológica do estudo é qualitativa, utilizada para investigar problemas que os procedimentos estatísticos não podem alcançar ou representar, em virtude de sua complexidade, cabendo ao pesquisador, descrever a complexidade de uma determinada hipótese, analisar a interação entre as variáveis e ainda interpretar os dados fatos e teorias (RODRIGUES, 2006, p. 90).

Para delimitar o universo do estudo de caso, foram definidos três perfis de clientes que irão contribuir para a previdência complementar, os produtos analisados são o PGBL e VGBL. O melhor fundo de investimento é definido com base na maior provisão matemática de benefício a conceder para cada perfil na data de concessão do benefício.

Foram escolhidas, como objetos de estudos, as três maiores instituições financeiras em volume de recursos aplicados pelos participantes, para realizar a comparação e definir a melhor alternativa disponível no mercado, conforme o relatório de acompanhamento de mercado emitido pela SUSEP em 2017 disponibilizado no item 2.1.2, sendo elas: BrasilPrev Seguros e Previdência, Bradesco Vida e Previdência LTDA e Itaú Vida e Previdência LTDA.

3.2 Instrumento de Coleta

O instrumento de coleta de dados utilizado, foi o Registro Institucional (Análise Documental), segundo Pimentel (2001, p. 2) são estudos baseados em documentos como material primordial, que extraem deles toda a análise, organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da investigação proposta. A análise documental nessas instituições foi realizada com o intuito de descobrir as seguintes informações sobre os produtos previdenciários em estudo para comparações posteriores:

(42)

e) rentabilidade nos últimos 12 meses f) tipo de carteira de investimentos g) confiabilidade da instituição h) transparência

i) facilidade de acesso às informações

O instrumento de coleta foi definido em concordância os objetivos definidos no presente estudo acadêmico.

3.3 Coleta de Dados

Os dados necessários ao estudo comparativo foram coletados no site das entidades, ao qual o público possui livre acesso e, a partir do material disponibilizado pelas EAPC nas agências bancárias que dispõem das principais características e condições comerciais dos produtos previdenciários que não estão detalhados em sua página na internet.

Na Bradesco Vida e Previdência, os dados foram coletados durante uma semana, em arquivos internos e documentos disponíveis no site da seguradora. Ao selecionar o produto Previdência Privada, em seu site, foi possível ter acesso às principais informações relativas aos seus produtos, sendo complementada com manuais internos que dispõem sobre as condições comerciais de seus fundos previdenciários.

No Itaú Vida e Previdência, os dados imprescindíveis à análise foram coletados inicialmente no site da entidade, posteriormente foi necessário deslocar-se à uma agência bancárias para ter acesso a dados adicionais, uma vez que as informações contidas no site não foram suficientes para a realização do estudo, todo o processo foi realizado por um período de uma semana.

Por fim, buscou-se os dados dos produtos previdenciários da BrasilPrev, assim como no Itaú, além da coleta dos dados na página da internet, foi necessário desloca-se a uma agência bancária para buscar mais informações, esta última empresa foi a mais deficiente em relação a facilidade de acesso à informação. Assim como as demais o período para coleta foi de uma semana.

(43)

3.4 Tratamento de Dados

(44)

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta seção, estão os resultados dos estudos de caso, realizados com as Entidades Abertas de Previdência Complementar selecionadas, conforme objetivos inicialmente traçados.

4.1 Definições dos parâmetros das simulações

Os estudos de casos múltiplos, realizados com as instituições BrasilPrev, Bradesco Vida e Previdência, e Itaú Vida e Previdência, limitaram-se de acordo com perfis de cliente definidos. Desta forma, os produtos selecionados para a realização de projeções e comparações, são os que se enquadram nestes perfis.

O primeiro perfil (A) é de indivíduos que possuem renda mensal de R$ 1.000,00, que desejam realizar a contribuição de 12% de seu salário bruto à previdência complementar em uma carteira de renda fixa, por todo o período de contribuição. Nesse perfil, há 3 grupos, indivíduos que contribuirão por 5 anos (A1), indivíduos que contribuirão por 15 anos (A2), e indivíduos que contribuirão por 25 anos (A3).

O segundo perfil (B) é constituído por indivíduos que possuem renda mensal do R$ 3.000,00, e que desejam realizar a contribuição de 12% de seu salário bruto à previdência complementar em uma carteira de renda fixa, por todo o período de contribuição. Nesse perfil, há 3 grupos, indivíduos que contribuirão por 5 anos (B1), indivíduos que contribuirão por 15 anos (B2), e indivíduos que contribuirão por 25 anos (B3).

O terceiro perfil (C) é formado por indivíduos que possuem renda mensal de R$ 9.000,00, que desejam realizar a contribuição de 12% de seu salário bruto à previdência complementar em uma carteira de renda fixa, por todo o período de contribuição. Nesse perfil, há 3 grupos, indivíduos que contribuirão por 5 anos (C1), indivíduos que contribuirão por 15 anos (C2), e indivíduos que contribuirão por 25 anos (C3).

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indivíduos que contribuirão por 15 anos (D2), e indivíduos que contribuirão por 25 anos (D3).

O valor de contribuição mensal, 12% da renda bruta, foi assim estabelecido, pois é o valor máximo que o participante poderá utilizar para a dedução da base do Imposto de Renda na declaração anual.

Os parâmetros definidos são apresentados na tabela abaixo:

Tabela 3 – Parâmetros das simulações

PERFIL RENDA BRUTA À PREVIDÊNCIA PRIVADA CONTRIBUIÇÃOMENSAL PERÍODO EM ANOS

1 2 3

A R$ 1.000,00 R$ 120,00 5 15 25 B R$ 3.000,00 R$ 360,00 5 15 25 C R$ 9.000,00 R$ 1.080,00 5 15 25 D R$ 20.000,00 R$ 2.400,00 5 15 25 Fonte: Elaborado pela autora.

4.2 Disposições sobre as EAPC

As Entidades de Previdência Complementar, autorizadas pela SUSEP a comercializar produtos previdenciários, assim como os fundos de cada uma dessas instituições, que atendem aos perfis dos participantes traçados, são descritos nos itens a seguir. As informações foram extraídas das páginas institucionais.

4.2.1 BrasilPrev Seguros e Previdência

Com 24 anos de atividades, e situada em São Paulo, a BrasilPrev é líder do mercado de previdência privada no Brasil. A companhia assumiu seu protagonismo fazendo lançamentos pioneiros no setor em que atua, como fundos diferenciados e produtos inovadores.

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Líder global em gestão de investimentos financeiros, com US$ 668,6 bilhões em recursos sob sua administração. Está presente em 19 países e tem participação no capital social da BrasilPrev desde 1999. A BrasilPrev possui 16 administradores e conselheiros de administração, e cada um deles possui uma ação ordinária.

Em 2017, os ativos sob gestão da BrasilPrev indicaram um crescimento de 18,7%, quando a companhia geriu R$236,4 bilhões em comparação aos R$199,1 bilhões, durante o ano de 2016. Montante que garante a liderança de mercado neste segmento, com 30,5% de participação.

Esse desempenho, fez com que a empresa apresentasse um lucro líquido ajustado de R$1.09 bilhão, valor 8,1% superior ao registrado em 2016.

Produtos em estudo

Os produtos da BrasilPrev, que atendem aos perfis definidos, são pertencentes a família BRASILPREV RT FIX Renda Fixa, que, conforme as condições gerais dos produtos, tem os recursos alocados taticamente em exposições, em papéis prefixados e inflação.

O fundo destina-se, exclusivamente, à aplicação dos recursos financeiros oriundos das provisões dos planos de previdência complementar, e seguros de pessoas com cobertura de sobrevivência, instituídos pela BRASILPREV SEGUROS E PREVIDÊNCIA S/A, estruturados na modalidade de contribuição variável, com remuneração baseada na rentabilidade da carteira de fundos de investimento específicos.

Nos planos de PGBL, as contribuições poderão ser utilizadas para benefícios fiscais até o limite de 12% da renda bruta tributável anual na declaração.

4.2.2 Bradesco Vida e Previdência

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Conta, no segmento de previdência complementar, com quase 2 milhões de participantes individuais, e cerca de 40 mil planos empresariais. No segmento de seguros de pessoas, possui mais de 10 milhões de segurados, e quase 70 mil empresas clientes. Focada nos fatores fundamentais, para quem cuida da acumulação de recursos para o futuro, a Bradesco Vida e Previdência é pioneira em uma ampla gama de produtos do seu segmento de atuação.

Produtos em estudo

Os Quadros 6 e 7 apresentam as características gerais dos produtos VGBL e PGBL SOBMEDIDA.

Quadro 6 - VGBL SOBMEDIDA Renda Fixa

Para quem é Para você que é isento de IR, ou usa o modelo simplificado de declaração, ou já

utiliza todo o teto de dedução fiscal do PGBL ou de um outro plano de previdência privada (de até 12% da renda bruta anual tributável).

Taxa de Administração

A cada faixa de saldo atingida sua reserva migra automaticamente para um fundo com menor taxa de administração.

Taxa de Carregamento

O carregamento é cobrado somente na saída do plano, em resgates e/ou portabilidades e não mais no momento da adesão ou das contribuições mensais; é calculado sobre o valor de cada contribuição nominal e não sobre o valor da reserva. É decrescente em função do tempo: quanto maior o período de permanência no plano, menor o carregamento, a partir do 61º mês a taxa chega a 0,00%.

Resgate

Há um período de carência (contado a partir da sua primeira contribuição) de 6 meses para quem optou pela Tabela Progressiva, e de 12 meses se a escolha foi pela Tabela Regressiva. Em caso de resgate parcial, só poderá ser realizado um novo saque após um intervalo de 60 dias.

Imagem

Gráfico 1  –  BRASIL:  Expectativa de Vida ao Nascer 2000-2030.
Figura 1 – Sistema Previdenciário Brasileiro
Gráfico 2 – Entidades Abertas de Previdência Complementar
Figura 2 – Distribuição de contratantes no Brasil
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Referências

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