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AS REDES TEMÁTICAS EQUAL

Janeiro 2006

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ÍNDICE

Pàg.

1. As Redes Temáticas (RTs) como instrumento de mainstreaming 3 2. Aprender com a experiência da 1ª Fase – o que deve mudar nas RTs 3 3. Objectivos e resultados esperados das RTs 5

4. As RTs como “Comunidades de Prática” 7

5. Composição das RTs 10

6. Modo de funcionamento 11

7. Duração e etapas indicativas 13

8. Recursos técnicos e tecnológicos 14

9. Proposta de Redes 17

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1. As Redes Temáticas (RTs) como instrumento de mainstreaming

As RTs a desenvolver em 2006 e 2007 serão necessariamente marcadas pela etapa final do Programa EQUAL e pelo relevo que nela terá a disseminação dos resultados.

Sendo as RTs importante instrumento de mainstreaming, elas deverão assumir na 2ª Fase as seguintes grandes linhas de acção:

- reforço da partilha dos resultados dos projectos (mais do que das experiências dos participantes), numa óptica de mainstreaming;

- maior ênfase na identificação, selecção e validação dos produtos e práticas de sucesso, fazendo emergir evidências do seu valor acrescentado e das suas vantagens;

- maior abertura ao “exterior”, com envolvimento de responsáveis da administração, de decisores políticos, parceiros sociais e actores-chave do mundo associativo, potenciando as RTs como espaço privilegiado de disseminação e encontro entre autores de produtos EQUAL e potenciais incorporadores;

- extrair dos resultados dos projectos e da reflexão em rede temática ilações para as políticas no quadro das prioridades nacionais.

A constituição no âmbito da Comissão de Acompanhamento do Programa EQUAL de um Grupo de Trabalho para o Mainstreaming, onde participarão representantes das RTs a par de representantes da administração e de parceiros sociais, com o objectivo de incorporar nas politicas e nas organizações do mainstream os resultados testados na EQUAL, é mais uma aposta no importante papel que as Redes Temáticas devem ter nesta 2ª Fase da EQUAL.

2. Aprender com a experiência da 1ª Fase – o que deve mudar nas RTs

A avaliação das Redes Temáticas (RTs) da 1ª Fase da EQUAL, quer a efectuada por animadores e coordenadores quer pelos próprios participantes, foi muito positiva no que respeita aos objectivos relacionados com a validação dos produtos, a partilha de conhecimento e experiências e o desenvolvimento das competências dos participantes. Por outro lado, a adopção do método

“comunidades de prática” influenciou muito positivamente a coesão e dinâmica das RTs, reforçou a cultura de confiança e de cooperação dos participantes, e contribuiu em muito para que as redes fossem um espaço privilegiado de debate e de partilha induzindo uma cultura de aprendizagem permanente e de abertura à crítica construtiva, ao aprofundamento de questões relacionadas com os

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projectos e ao acolhimento do feedback de pares e de especialistas, em particular no caso da validação de produtos.

Menos conseguidos foram os objectivos de produzir novo conhecimento/novos produtos, de influenciar as políticas e o de facilitar a construção de parcerias e alianças estratégicas, ainda que seja visível o impacto das redes no surgimento de novas parcerias quer da Acção 3 quer da 2ª Fase da EQUAL.

Poder-se-á dizer que as Redes Temáticas constituíram na 1ª Fase da EQUAL importante instrumento de “gestão do conhecimento” mais centrado nos projectos e na resolução dos seus problemas, importando agora, na 2ª Fase, evoluir para uma dimensão mais estratégica e de maior abertura ao exterior, em que seja possível alcançar os objectivos de mainstreaming para as políticas com a formulação de recomendações e propostas, e também gerar novo conhecimento, a concretizar através da produção de produtos próprios das RTs ou de produtos síntese dos projectos participantes.

A presente proposta tentou integrar as sugestões provenientes dos exercícios de avaliação efectuados, bem como minimizar as fragilidades apontadas e reforçar os pontos fortes das redes da 1ª Fase.

O que deve mudar na 2ª Fase

São as seguintes as linhas-chave da mudança nas RTs:

Ö

Maior orientação para resultados tangíveis, objectivos mais precisos e prévio planeamento de actividades

Importará que logo nas primeiras reuniões, os participantes delimitem domínios temáticos de trabalho, consensualizem objectivos específicos e estabeleçam um plano de actividades realista.

Ö

Influenciar qualitativamente os produtos e as práticas dos projectos, influenciar as PD e as entidades parceiras

Levar mais longe o impacto das RTs nos produtos, nas práticas dos projectos e nas próprias organizações parceiras, implicará elevar o nível de representação dos projectos nas redes e envolver os responsáveis das entidades parceiras em momentos críticos, como são o da validação dos produtos e o dos encontros com decisores políticos.

Ö

Influenciar as políticas

Adoptar uma abordagem “mais política” e uma atitude mais proactiva, que obrigará a:

- identificar com precisão os domínios temáticos, “alinhando-os” com as prioridades das políticas nacionais (o conhecimento só tem interesse se for utilizado);

- identificar nos projectos as “soluções” de qualidade a que chegaram e com potencial para promover a mudança;

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- operacionalizar formas de suscitar a “procura” das novas soluções EQUAL (por parte dos decisores, de organismos do mainstream);

- convidar responsáveis e decisores, departamentos da administração, parceiros sociais, gestores de POs etc., a participar em sessões ou workshops organizados pelas RT.

Ö

Destacar e dar ênfase aos princípios EQUAL

O contributo das RTs para as políticas deve passar também por destacar em cada produto/prática/recomendação, aquilo que de mais distintivo têm a nível dos princípios EQUAL: trabalho em parceria, empowerment, inovação, igualdade, cooperação transnacional, mainstreaming. Haverá, também que reforçar os princípios EQUAL no próprio funcionamento das RTs (Ver ponto 6.)

Ö

Afirmar as RT como estruturas facilitadoras da disseminação

Importará que as RTs se assumam como espaços de convergência entre entidades conceptoras e incorporadoras de produtos, de construção de parcerias de disseminação, de afirmação de compromissos, de reflexão e concepção de estratégias de disseminação. O convite a peritos, a facilitadores de disseminação, a parceiros sociais, a decisores e a organismos públicos etc., é imperioso, particularmente em momentos críticos como são os da validação e apresentação de produtos.

Ö

Maior abertura ao exterior

Muitas das orientações anteriores requerem que as RTs convoquem para as suas reuniões, workshops e eventos que organizem, actores-chave, decisores e responsáveis, parceiros sociais, empresas, peritos, destinatários dos projectos EQUAL, etc. Esta abertura ao exterior é condição indispensável ao enriquecimento do debate, à obtenção de feed back crítico às suas propostas, e também à captação de potenciais incorporadores de resultados dos projectos e das RTs.

Ö

Dimensão e composição das RTs

ƒ Grupos mais pequenos e homogéneos

A experiência da 1ª Fase aconselha a constituição de redes de pequena dimensão (15, máximo 20 participantes), compostas por participantes com afinidades “temáticas” e/ou territorial (que facilita encontros presenciais) e com maior homogeneidade de “estatuto”.

ƒ Participantes com nível de responsabilidade elevada e com disponibilidade

Participantes motivados, com competências técnicas adequadas, disponibilidade, e com nível de responsabilidade elevada é indispensável para assegurar um maior impacto das RTs nos projectos e nas próprias entidades onde trabalham.

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ƒ Um núcleo central activo e dinâmico

Cada rede deve ter um “núcleo” central de 2/3 elementos com iniciativa, capazes de entusiasmar, criar dinâmicas de trabalho conjunto e de mobilizar os outros.

Ö

Modo de funcionamento

ƒ As RTs devem ter encontros presenciais, pelo menos um em cada 2 meses (de 1 ou 2 dias), e devem recorrer mais a contactos “virtuais” entre as reuniões presenciais. Esta dinâmica dependerá muito do interesse e motivação dos participantes, mas também vai depender da capacidade de mobilização do animador que deverá ter um papel mais orientador;

ƒ As reuniões presenciais devem “deslocar-se” mais pelos projectos, permitindo um contacto e um conhecimento mais profundo do projecto anfitrião – as jornadas “Portas Abertas” devem passar a ser uma prática dos projectos e um “recurso” das RTs;

ƒ É indispensável encontrar uma nova plataforma tecnológica de comunicação, entre e intra RTs, mais funcional e sobretudo mais amigável e estimulante que o CIRCA.

3. Objectivos e resultados esperados das RTs

São objectivos das RT: Objectivos de 1º nível

ƒ elaborar recomendações aos projectos, tendo por base as dinâmicas de cooperação criadas entes os participantes e os actores relevantes que sejam convidados a nelas participar, de forma a contribuir para a melhoria da acção dos projectos e dos seus produtos;

ƒ elaborar propostas para a inovação das políticas e das práticas, em particular dos serviços da administração, parceiros sociais, e mundo associativo, com responsabilidades nas “respostas” aos grupos-alvo em causa;

ƒ proceder à validação de produtos e práticas dos projectos, assumindo o processo de validação como uma oportunidade de reflexão e melhoria dos produtos em fase precoce da sua elaboração e como uma oportunidade de promover a sua disseminação, convidando peritos e actores relevantes, nomeadamente públicos;

ƒ contribuir para a definição da estratégia e mecanismos de disseminação dos projectos participantes, facilitando a constituição de novas parcerias e alianças estratégicas, e envolvendo potenciais “alvos” de disseminação;

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Objectivos de 2º nível

ƒ desenvolver dinâmicas de cooperação e aprendizagem que induzam novas competências nos participantes, nas parcerias e nos projectos;

ƒ definir as áreas temáticas relevantes a debater a partir das preocupações dos participantes, das prioridades políticas nacionais e do debate europeu, assumindo-as como alvo de influência política;

ƒ desenvolver “produtos” específicos da RT, desde que constituam valor acrescentado relativamente aos produtos dos projectos participantes;

ƒ interagir com os Grupos e Eventos Temáticos Europeus que vierem a ter lugar na 2ª Fase EQUAL, nomeadamente neles participando e recolhendo novas ideias e propostas de politica e de acção e contribuindo com os “casos de sucesso” nacionais.

Cada Rede Temática deve definir os seus objectivos temáticos específicos, tendo em conta o que são as prioridades políticas a nível nacional e europeu e as preocupações dos projectos participantes, e estabelecer um Plano de Acção realista.

São resultados tangíveis esperados das RT:

ƒ Enriquecimento da carteira de competências dos participantes

ƒ Recomendações aos projectos participantes

ƒ Práticas e produtos validados

ƒ Produtos da própria rede ou produtos síntese dos projectos participantes

ƒ Pospostas de medidas de política e para as organizações do mainstream (administração pública, associações sindicais e patronais, universo associativo)

ƒ Publicações de artigos e de documentos-síntese de divulgação dos resultados da Rede Temática para difusão pública (living document)

ƒ Propostas ao Gabinete de Gestão EQUAL, nomeadamente quanto a processos de disseminação a eleger na Acção 3

ƒ Realização de encontros temáticos que podem assumir a forma de workshops formativos, grupos de acção-pesquisa e workshops de disseminação

ƒ Estabelecimento de novas parcerias

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4. As RTs como “Comunidades de Prática”

A metodologia de “comunidades de prática” na 1ª Fase da EQUAL teve resultados muito positivos na dinâmica das redes, pelo que será também adoptada na 2ª Fase.

São três os elementos que, segundo Wenger, estruturam as “Comunidades de Prática”: O que são as Redes Temáticas EQUAL

São comunidades de técnicos(as) e coordenadores(as) de projectos EQUAL com afinidades temáticas, que decidem partilhar as suas experiências e conhecimento e cooperar entre si, num processo dinâmico de interacção e de aprendizagem contínua, de descoberta de novas soluções para os problemas dos seus projectos e seus destinatários, e de influência política nos domínios em que trabalham.

Adaptado de Wenger, E; McDermott, R; Snyder,W (2002) Cultivating Communities of Practice, Harvard Business School Press, Boston, Massachusetts.

Domínio – é o tema de enfoque da comunidade, o seu campo de interesse e de conhecimento, o que confere identidade aos seus membros

Comunidade – é o que cria o tecido social da aprendizagem, são as relações que se estabelecem entre as pessoas do grupo e que encorajam a partilha de ideias. Uma comunidade forte tem subjacente o respeito e a confiança mútuos.

Prática – são os referenciais, as ferramentas, a informação, as ideias, as boas práticas, os produtos, as propostas de política que a comunidade vai partilhar e elaborar. É o conhecimento específico que a comunidade desenvolve, partilha, acumula e dissemina. Este “reservatório” de conhecimento constitui base de aprendizagem futura.

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Os domínios

Os participantes de cada Rede Temática devem questionar:

Que temas e assuntos nos preocupam? Como é que esses domínios se articulam com a estratégia de cada organização envolvida? O que é que vamos retirar dos temas a debater? Que questões importantes merecem ser aprofundadas? Que liderança estamos dispostos a assumir quando promovemos e desenvolvemos o nosso domínio? Que tipo de influência pretendemos ter? Que políticas pretendemos influenciar? etc.

Ao colocar este tipo de questões, cada rede desenvolve uma melhor compreensão do seu respectivo domínio, consensualiza interesses, encontra a sua própria legitimidade e envolve e implica melhor os seus membros.

Adaptado de Wenger, E; McDermott, R; Snyder,W (2002) Cultivating Communities of Practice, Harvard Business School Press, Boston, Massachusetts.

Uma comunidade

Cada Rede Temática só se constituirá como uma verdadeira “comunidade” se os seus elementos criarem relações sólidas e uma confiança mútua, que lhes permita interagir de forma dinâmica. Constituir uma “comunidade” requer organização e investimento, em particular na fase de arranque.

Que papel vai desempenhar cada um de nós? Como e quando nos vamos encontrar, como vamos contactar de forma continuada? Que tipo de actividades serão capazes de gerar energia e desenvolver a confiança? Como conseguir um equilíbrio entre as necessidades dos vários segmentos de pessoas que compõem a rede? Como introduzir novos elementos na rede?

Responder a este tipo de questões permitirá a cada rede encontrar o seu modelo específico de funcionamento, construir relações e desenvolver-se.

Adaptado de Wenger, E; McDermott, R; Snyder,W (2002) Cultivating Communities of Practice, Harvard Business School Press, Boston, Massachusetts.

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As práticas

Uma rede para se constituir como uma efectiva “comunidade de prática” deve responsabilizar-se pelo desenvolvimento do domínio que definiu como seu.

Que estratégia e acções deve a comunidade desenvolver? Que conhecimento partilhar, desenvolver, documentar? Como criar hábitos de consulta mútua? Que apoio útil deve ser mutuamente prestado em cada momento? Que tipo de actividades organizar? Como organizar o repositório de conhecimento de forma a reflectir a “prática” dos seus membros e estar facilmente acessível? Onde existem, fora da comunidade, fontes de conhecimento e benchmarks? Como tornar útil o nosso conhecimento? Que actores convidar?

São questões deste tipo que ajudam uma comunidade a tornar-se intencionalmente um recurso de conhecimento efectivo para os seus próprios membros e para outras entidades que queiram beneficiar da sua expertise.

Adaptado de Wenger, E; McDermott, R; Snyder,W (2002) Cultivating Communities of Practice, Harvard Business School Press, Boston, Massachusetts.

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5. Composição das RTs

As Redes Temáticas são constituídas por profissionais envolvidos nos projectos EQUAL, especialistas dos respectivos domínios técnicos, com vontade de partilhar as suas experiências e conhecimentos e capazes de se empenhar na procura de novas soluções.

É o grau de implicação dos elementos da Rede nos temas a tratar que confere coesão e intencionalidade à própria rede. Neste sentido, é importante a adesão voluntária dos seus membros. Cada Rede Temática deve acolher elementos provenientes dos diferentes “sectores” representados nos projectos, sejam do sector privado, com ou sem fins lucrativos, ou do sector público, para que as diferentes ópticas destes “parceiros”, que têm perfil distinto, estejam presentes no debate e nas soluções a que se chegar. A experiência das RTs da 1ª Fase aconselha uma dimensão que não exceda os 20 elementos e participantes com um perfil mais homogéneo e um estatuto mais elevado.

É desejável que, de acordo com os temas em debate, as soluções em pesquisa ou em disseminação/partilha, sejam chamados a dar o seu contributo à Rede, ou até a nela se integrarem, profissionais e especialistas dos domínios em causa, representantes de parceiros sociais, de organismos públicos responsáveis pelas políticas sociais, de emprego e de formação, e até entidades susceptíveis de incorporar práticas bem sucedidas validadas pela Rede Temática.

A constituição no âmbito da Comissão de Acompanhamento do Programa EQUAL de um Grupo de Trabalho para o Mainstreaming aconselha a que elementos daquele Grupo participem nas reuniões das RTs em momentos que sejam críticos para a elaboração de propostas políticas.

Espera-se dos participantes nas RTs:

ƒ Elevado grau de responsabilidade no projecto EQUAL (nível de coordenação);

ƒ Abertura à aprendizagem permanente;

ƒ Disponibilidade e vontade de investir no trabalho em rede;

ƒ Capacidade de comunicar à rede os sucessos e os insucessos do seu projecto;

ƒ Capacidade de incorporar e disseminar na sua organização os adquiridos nas reuniões da rede.

Cada RT deve ter um “núcleo central” de 2/3 elementos capazes de entusiasmar, de mobilizar os outros e de criar dinâmicas de trabalho conjunto.

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6. Modo de funcionamento

Embora cada Rede Temática possa encontrar o seu modo específico de funcionamento, os seguintes aspectos devem ser tidos em conta:

- Logo nos primeiros encontros de cada Rede, os participantes devem diligenciar por se conhecer mutuamente, conhecer os projectos uns dos outros, identificar os problemas comuns e os temas a tratar, definir os objectivos, a estratégia e estabelecerem um Plano de Acção de actividades da Rede e a sua calendarização;

- Os membros de cada rede devem encontrar-se com a regularidade necessária ao conhecimento mútuo e ao fortalecimento das suas próprias relações e interacções, indispensáveis à criação de um clima de confiança, e à aprendizagem. A par dos encontros formais, os encontros e visitas informais reforçam sempre as relações de uma comunidade;

- É importante que os membros de cada rede criem hábitos de se ouvirem mutuamente, de se consultarem e de encontrarem soluções colectivamente;

- As redes não devem fechar-se sobre si próprias, devendo ser convidados e ouvidos elementos exteriores que possam trazer uma perspectiva diferente ao debate ou até ajudar os seus membros a reconhecer o seu próprio potencial;

- O convite a peritos, a actores-chave e a responsáveis da administração e até a beneficiários dos projectos é desejável e aconselhável em momentos críticos da vida de uma rede (validação de produtos, elaboração de propostas políticas, etc.);

- As RTs devem cumprir mais os “princípios EQUAL”, nomeadamente o da parceria (ex.º envolver sempre que pertinente parceiros não representados na RT), o do empowerment (ex.º convocar para o debate destinatários finais e solicitar-lhes opiniões sobre as propostas em formulação), o do mainstreaming (preocupação que deve estar presente desde o inicio das RTs), o da cooperação transnacional (não haverá na “produção EQUAL” de outros Estados Membro trocas ou “importação” importante a efectuar?) e, também, o da igualdade introduzindo o tema de forma transversal nos debates das RTs;

- As RTs devem estabelecer “pontes” com as RTs e PD da 1ª Fase, nomeadamente integrando no seu debate e “produção” as conclusões e orientações contidas nos documentos síntese das RTs da 1ª Fase; deverão, também, desafiar as PD da 1ª Fase, e sempre que se reconheça interesse, a contribuir para o trabalho temático, dando a conhecer o (seu) “estado da arte”, e procedendo à demonstração dos seus produtos, etc.

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Cada RT deve ter em consideração no seu funcionamento o que foram tidos como factores de sucesso das RTs da 1ª Fase, nomeadamente:

- evitar a dispersão ou a mudança de tema de debate e focalizar o debate em questões de actualidade e relevantes para os projectos participantes; cumprir o Plano de Acção;

- ultrapassar questões meramente operativas dos projectos para uma reflexão mais “política” sobre os resultados;

- construir reflexão colectiva em torno do “sentido” dos resultados dos projectos no contexto da I.C. EQUAL;

- concretizar/formalizar resultados para a legitimação de recomendações;

- criar momentos estruturados para uma comunicação multiplicadora entre os participantes e outros elementos da equipa da PD, seja da entidade interlocutora seja das entidades parceiras; - assegurar a assiduidade e a regularidade na participação dos elementos das RTs;

- desenvolver relações interpessoais, a interacção do grupo e o seu sentido de pertença;

- reconhecimento das competências do(a) animador(a) e da sua capacidade de galvanizar o grupo.

As Redes Temáticas podem, para além das reuniões presenciais e contactos virtuais organizar e desenvolver:

- Workshops formativos focalizados em temas centrais para o desenvolvimento dos projectos e/ou produtos (ex.º marketing de produtos, processos de disseminação, etc.) e cujos conteúdos respondam a carências reconhecidas de uma ou de várias Redes;

- Workshops produtivos ou de acção-pesquisa, em que a RT, ou parte dos seus participantes, decide aprofundar um tema específico e produzir determinada proposta ou produto (ex.º os grupos de trabalho em que se desdobrou a RT6 – Trabalho em Parceria, na Fase 1);

- Workshops e eventos de disseminação orientados para a construção de convergências e compromissos entre autores e potenciais entidades incorporadoras ou responsáveis da administração visando a disseminação de resultados.

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7. Duração e etapas indicativas

As RT terão uma duração aproximada de 2 anos. Serão de prever as seguintes etapas indicativas:

ƒ Etapa I – Gerar uma cultura de confiança e cooperação (±6 meses) - Conhecimento mútuo dos participantes e dos projectos; - Identificação das práticas e produtos promissores;

- Identificação dos domínios temáticos a debater a partir das prioridades políticas e das preocupações dos projectos;

- Apropriação dos adquiridos na 1ª Fase da EQUAL - recomendações do “Living Document”, produtos em disseminação (apresentação pelas PD da 1ª Fase);

- Formação para (e na) acção (com a participação e os “casos práticos” das PD da 1ª Fase) – exºs. Como elaborar um produto? Como definir e incorporar uma estratégia de disseminação desde o início?;

- Estabelecer inter relação com o Grupo Temático Europeu; - Elaboração do Plano de Acção.

ƒ Etapa II – Produzir e abrir a RT ao exterior (± 6 meses)

- Identificar actores-chave e potenciais alvos de incorporação de produtos

- Debater estratégias de disseminação (novas alianças, mecanismos e actividades de disseminação, etc);

- Promover validações intercalares de produtos;

- Promover workshops para aprofundar determinados domínios temáticos com a participação de actores relevantes.

ƒ Etapa III – Validar e disseminar (±1 ano)

- Elaborar propostas concretas para a inovação das políticas;

- Grupos de acção-pesquisa ou “workshops produtivos” e apresentação de resultados; - Sessões de validação de produtos;

- Jornadas “Portas Abertas” nos projectos para a demonstração de produtos; - Workshops de disseminação (com actores-chave e potenciais incorporadores); - Elaborar documento síntese da RT.

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8. Recursos técnicos e tecnológicos

Cada Rede Temática deverá dispor de:

- Um(a) “animador(a)” com fortes competências pessoais e relacionais, que assegure a participação de todos, facilite a interacção e a dinâmica do grupo, fomente a autonomia dos participantes, e detenha competências técnicas no domínio da rede, capazes de assegurar a qualidade dos conteúdos do debate, estabelecer o “corpo” de conhecimento comum que permite trabalhar em conjunto e concentrar as energias do grupo em temas cada vez mais avançados.

São funções do(a) animador(a):

1. facultar informação sobre os progressos verificados no campo do conhecimento em questão e respectivos desenvolvimentos esperados; disponibilizar bibliografia e práticas de referência; 2. preparar documentos de trabalho que suportem e incentivem a discussão e as actividades da

Rede; elaborar sínteses técnicas do debate na Rede que realcem o seu valor acrescentado e tenham em conta o contributo dos princípios EQUAL;

3. orientar e apoiar os participantes na identificação de produtos e práticas bem sucedidas e transferíveis, e na validação dos resultados dos projectos;

4. sistematizar as soluções a que se chegar, redigir artigos e documentos técnicos que apoiem a disseminação e transferência de resultados;

5. identificar e, eventualmente, contactar/mobilizar as entidades e organizações que possam vir a beneficiar da disseminação de boas práticas;

6. identificar pessoas-recurso e actores-chave capazes de trazer valor acrescentado à RT e mobilizá-los para a sua participação na Rede;

7. animar os encontros da RT, intervir em workshops e eventos públicos, com eventual preparação de intervenções que permitam evidenciar boas práticas, facilitar a sua incorporação nas políticas ou por terceiros, e disseminar os resultados dos projectos e da RT; 8. identificar temas-chave da política nacional e europeia, bem como de áreas potenciais de acção

e de debate, e promover a articulação entre os resultados dos projectos e da RT, e as políticas; neste âmbito, o(a) animador(a) pode ser chamado a participar no Grupo de Trabalho para o Mainstreaming a criar no âmbito da Comissão de Acompanhamento do Programa EQUAL; 9. participar no trabalho em rede virtual e na gestão de uma base de dados de conhecimento que

possa ser progressivamente gerado pela RT e que importe disseminar;

10. participar em reuniões e encontros que, no respectivo domínio temático, ocorram a nível europeu no âmbito da Iniciativa EQUAL, bem como a desenvolver actividades de interface entre os Grupos Temáticos Europeus e as Redes Temáticas nacionais.

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Perfil de competências do(a) “animador(a)” da Rede Temática

O(A) “animador(a)” de uma Rede Temática deve deter as seguintes competências técnicas, pessoais e relacionais:

1. conhecimento e domínio técnico das questões subjacentes à Rede Temática e sua permanente actualização, nomeadamente nas áreas abrangidas pela estratégia europeia para o emprego e pelas políticas sociais de emprego e formação a nível nacional;

2. capacidade de facultar o acesso à informação e conhecimento relevantes na área temática em questão;

3. capacidade de análise e de síntese e experiência de redacção de documentos e artigos técnicos; 4. capacidade de apoiar os participantes na RT a identificar, caracterizar e avaliar os produtos e

as práticas resultantes dos projectos;

5. capacidade de utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação e animar redes virtuais:

6. elevada responsabilidade e autonomia;

7. flexibilidade, criatividade e espírito de iniciativa;

8. capacidade de integração em grupos e de compreensão dos contextos em que actuam;

9. capacidade de animar reuniões, estimular dinâmicas de grupo e interacção dos participantes, incentivar o debate e a partilha de conhecimento;

10. domínio do inglês e/ou francês.

Uma rede de animadores

Os(as) animadores das diferentes Redes Temáticas reunirão periodicamente com o Gabinete de Gestão EQUAL (em principio cada dois/três meses) para partilha de problemas e soluções, afinar metodologias de trabalho em rede, troca de suportes de trabalho, definir intervenções conjuntas, etc., podendo constituir-se como uma “rede” de partilha com valor acrescentado para os próprios animadores, para as RTs e para o Gabinete de Gestão EQUAL.

As RTs podem ainda recorrer aos peritos externos cujo contributo seja essencial em momentos críticos, como é o da validação de produtos.

Recursos tecnológicos:

A avaliação das RTs da 1ª Fase aconselhou o recurso a meios tecnológicos mais funcionais e amigáveis que o CIRCA (plataforma disponibilizada pela Comissão Europeia na 1ª Fase).

As seguintes funcionalidades são necessárias: directório de participantes, biblioteca digital que armazene documentos e outros recursos, repositório das reflexões que possa ser partilhado e

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“acrescentado”pelos participantes, calendário de eventos internos e externos, fórum de discussão, chat, e-mail.

9. As Redes Temáticas da 2ª Fase:

Domínios Temáticos

Nº de Projectos I – EMPREGABILIDADE

RT 1 – Percursos integrados 12

RT 2 – Integração de imigrantes, refugiados e minorias étnicas 9 RT 3 – Capacitação de reclusos e ex-reclusos 4 II – ESPÍRITO EMPRESARIAL

RT 4 – Criação de empresas 10

RT 5 – Animação territorial e sectorial 8

RT 6 – Qualidade no 3º Sector 6

III – ADAPTABILIDADE

RT 7 – Reconversão e valorização dos saberes tradicionais 7

RT 8 – Inovação organizacional 9

RT 9 – Responsabilidade Social das organizações 9

RT – TIC para a Inclusão 6

IV – IGUALDADE

RT 11 – Conciliação trabalho-família 6

Referências

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