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115º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental ANÁLISE DE INUNDAÇÕES DO RIO DO MEL, AFLUENTE DO RIO URUGUAI (RS)

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115º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental ANÁLISE DE INUNDAÇÕES DO RIO DO MEL, AFLUENTE DO RIO

URUGUAI (RS)

Marcos Roberto Benso1; Cibele Zeni2; Jéssica Bonai²; Malva Andrea Mancuso3, Mariza Camargo4

Resumo – O Rio do Mel, afluente do Rio do Uruguai, vem, há anos, inundando no trecho em que passa pela cidade de Iraí, Rio Grande do Sul. Este estudo objetivou analisar a série histórica destas inundações e compará-las com os níveis do Rio Uruguai para, desta forma, obter uma melhor compreensão deste fenômeno. Foram coletados os níveis de inundação que ocorreram no Rio do Mel no período de 1950 a 2011 incluindo o nível da última que ocorreu em junho de 2014.

Foram, também, calculadas a frequência e o tempo de retorno das inundações. A partir das análises realizadas, observou-se que nos últimos 30 anos houve um aumento no número de inundações que superaram o nível médio. Em alguns eventos o nível do Rio do Mel se eleva proporcionalmente ao do Rio Uruguai, entretanto isso não é evidenciado em todos os eventos observados. Assim, constata-se que pode haver outros fatores influenciando para a ocorrência das inundações de níveis crescentes.

Abstract – Mel River, Uruguai River affluent, has been for several years inundating in the stretch that it passes by Iraí city, Rio Grande do Sul. This study aimed analyzes the historical series data of these inundations and make a comparison with the Uruguai River levels too, in this way, get a better comprehension of this phenomena. It was collected the inundation levels that occurred in Mel River in the period from 1950 to 2011 including the level of the last inundation that occurred on 2014 June. It was, also, calculated the frequency and the return period of the inundation. From analyzes realized, It was observed that in the last 30 years the occurrence of floods with levels higher than the mean have increased. In some events the Uruguai River level rises proportionally to Mel River, however, this is not evidenced in all events observed.

Furthermore, it is noted that the inundation can be influenced by other factors. Thus, it is noted that other factors may causes influence that contribute to inundation occurrence.

Palavras-Chave – Inundações; Tempo de Retorno; Impacto Ambiental;

INTRODUÇÃO

1Acadêmico do curso de Eng. Ambiental e Sanitária, Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen – RS.

2Acadêmica do curso de Eng. Ambiental e Sanitária, Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen - RS,

3Geografa, Profª Drª do Dep. de Ciências Agronômicas e Ambientais, Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen, - RS.

4Matemática, Profª Drª do Dep. de Ciências Agronômicas e Ambientais, Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico

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Os eventos de inundações fazem com que a população sofra diversas perdas, de acordo com Tucci e Bertoni (2003) podem ser citados as perdas econômicas com a interrupção de atividades nestes períodos e os danos sociais com contaminação por doenças de veiculação hídrica, por exemplo.

A cidade de Iraí, situada no estado do Rio Grande do Sul, se depara há décadas com a ocorrência de inundações do Rio do Mel. O Rio do Mel está situado na Região Hidrográfica do Uruguai que segundo a Agência Nacional de Águas (2014), possui grande importância para o país em função das atividades agroindustriais desenvolvidas, além do notável potencial de geração de energia, pesca e navegação, dentre outros.

De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitica (IBGE) 2010, Iraí possui 8.078 habitantes dentre os quais 4.457 vivem na zona urbana e 3.621 na zona rural.

Os níveis de inundação em Iraí foram gravados na estrutura física do Balneário Oswaldo Cruz que fica nas proximidades do Rio do Mel. Essas anotações demonstram que estes eventos vêm ocorrendo com certa periodicidade, como foi o caso da última grande inundação que ocorreu em junho de 2014 e deixou cerca de mil e trezentas pessoas desabrigadas causando inúmeras perdas materiais (G1a, 2014).

As inundações podem ser características naturais da bacia hidrográfica em épocas de chuvas intensas ou pela forma como se dá a atuação antrópica sobre a área da bacia. Para Souza e Garcias (2013) a má ocupação do solo, impermeabilização de áreas e outras causas humanas dão margem para a ocorrência de inundações.

Tucci e Bertoni (2003) comentam que a forma como é realizada o gerenciamento de tais áreas não possui um caráter de prevenção pois quando ocorrem tais eventos os municípios em geral declaram situação de calamidade pública e recebem recurso a fundo perdido, porém não realizam conferências públicas para avaliação de como gastá-lo, ou seja, a situação momentânea é controlada, mas logo se tem outros eventos como estes.

A análise dos dados históricos se faz necessário para identificar padrões e relações entre dados hidrológicos do Rio Uruguai, ou seja, torna-se um passo importante para criar mecanismos que visam minimizar os danos materiais e humanos aos moradores da cidade de Iraí bem como demais municípios da região.

OBJETIVO

Analisar as inundações do Rio do Mel identificando a frequência das inundações severas bem como a sua variabilidade temporal comparando com os níveis do Rio Uruguai.

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA

Caracterização da bacia do Mel

O Rio do Mel nasce na cidade de Gramado dos Loureiros passa por Planalto, Ametista do Sul e por fim, desemboca no Rio Uruguai, em Iraí, totalizando 65 km de extensão.

A atividade antrópica vem atuando no comportamento do Rio do Mel por diversas formas.

Observam-se elevação nos níveis, registradas pelos moradores e funcionários do Balneário Osvaldo Cruz, desde a instalação da barra da Usina Hidrelétrica de Itá (UHE Itá) localizada no Rio Uruguai, na divisa dos municípios de Itá em Santa Catarina e Aratiba no Rio Grande do Sul.

A UHE Itá começou a ser construída na década de 80 e teve o enchimento do seu reservatório iniciado no ano de 2000 (KÖLLN e SILVA, 2010).

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Características da última inundação

Na última semana de junho de 2014 os níveis do Rio do Mel se elevaram acima do normal.

É importante salientar que os níveis críticos atingiram, principalmente, a zona urbana de Iraí e alguns pontos da área rural. A elevação do nível do rio culminou no dia 27 de junho, quando o rio chegou a 18 metros de elevação se igualando a última cheia que ocorreu em julho de 1983 (G1b., 2014).

Por causa disso, cerca de 400 pessoas ficaram desabrigadas e 900 pessoas desalojadas.

Os níveis do Rio do Mel atingiram casas e prédios comerciais causando diversos danos materiais (Figura 1a.). As chuvas intensas provocaram o desabastecimento de água na cidade. Uma das consequências mais graves decorrente desta cheia foi à interdição da ponte que liga o município de Iraí no RS e Palmitos em SC.

Outros municípios que se situam nas proximidades do Rio Uruguai também apresentaram inundações causando danos materiais (G1a., 2014).

Figura 1 - (a) Foto da cidade de Iraí na última grande inundação em 27 de jun. de 2014 (SUCULOTTI, 2014). (b) Ponte que sobre o Rio Uruguai que liga Iraí, RS a Palmitos, SC (WH3, 2014).

É importante destacar que, diferentemente dos outros municípios onde o próprio Rio Uruguai ocasionou a inundação, em Iraí foi à cheia Rio do Mel que inundou áreas ocupadas causando impactos a cidade.

METODOLOGIA

Visando compreender a variabilidade das inundações do Rio Mel no município de Iraí este trabalho contou com as seguintes atividades:

Coleta dos níveis de inundação do Rio do Mel: atividade de campo nas proximidades do Balneário Osvaldo Cruz, Latitude -27º11’48,67’’ e Longitude -53º14’44,37’’. Neste Balneário estão gravadas as cotas e a data de inundação dos últimos 50 anos, algumas em um pilar (Figura 2a) e as maiores cotas na parede externa do balneário (Figura 2b). O Balneário Osvaldo Cruz está loca- lizado a 4 metros acima de um marco referencial o qual está situado a 220 metros acima do nível do mar;

Entrevista com os funcionários do Balneário;

Coleta de séries históricas referentes aos níveis do Rio Uruguai nos dias correspondentes as inundações no portal HidroWeb da Agência Nacional das Águas (ANA) da estação fluviométrica código 74100000 situada em Iraí, RS situada na Latitude -27º10’25’’ e Longitude -53º13’25’’ e alti- tude 200,5 m.

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Para o cálculo do tempo de retorno foi selecionado o maior evento de cada ano, e coloca- do esses valores em ordem decrescente, é importante destacar que em alguns anos não houve observação de inundação. Primeiro foi determinada a frequência (F) em que os eventos podem ocorrer (equação 1) para depois ser determinado o tempo de retorno (TR) (equação 2).

F= n

m+1 , onde: (1) F = frequência em porcentagem;

n = índice;

m = número de eventos observados.

TR=1

F , onde: (2) TR = tempo de retorno da inundação.

Elaboração de gráficos das séries históricas de inundação do Rio do Mel, e também a mé- dia móvel destes eventos fazendo a média de cada década, e a partir destes valores traçando uma linha de tendência através de uma regressão linear simples.

Figura 2 - (a) Pilar onde se encontram o nível da inundação bem como a data do evento. (b) Parte da parede externa do balneário onde se encontram os níveis maiores de inundação. Foto: os autores.

RESULTADOS

Análise Histórica das Inundações do Rio do Mel

Analisando a série histórica (Figura 3), é possível observar que os eventos acima da média estão ocorrendo com maior frequência. Entre 1950 e 1970, ocorreram 3 eventos acima da média.

Entre 1970 e 1990 ocorreram 3 eventos. Já entre 1990 e 2010 ocorreram 4 eventos acima da média.

Caso for considerada toda a série histórica (Quadro 1), nota-se que a frequência de inundações aumenta após 1990. Ocorrendo: 10 eventos no intervalo 1950-1960; 9 no intervalo 1960-1970; 10 no intervalo 1970-1980; 9 no intervalo 1980-1990; 15 no intervalo 1990-2000; e 16 no intervalo 2000-2010.

A UHE Itá teve o enchimento do seu reservatório no ano de 2000, o que, a princípio, pode justificar o aumento da frequência e intensidade de eventos. Entretanto, mais estudos precisam ser efetuados para compreender de forma mais clara esta relação.

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Outro aspecto que pode ser discutido, é que o nível médio de inundações vem aumentando no decorrer do tempo (Figura 3), isso pode ser concluído através da análise da média móvel cuja linha de tendência tem aumentado.

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Nível do rio do Mel Média Móvel

Data de ocorrência da inundação Nível de elevação do Rio do Mel

Figura 3 - Gráfico contendo altura do nível de água, a altura média e a mediana entre os anos 1950 a 2014.

Data Nível do Rio do Mel (m) Data Nível do Rio do Mel (m)

16/10/1950 4,81 02/08/1983 4,77

21/05/1953 5,01 18/08/1983 5,46

18/06/1954 5,1 25/09/1983 4,5

13/09/1954 4,79 06/08/1990 14,4

23/09/1954 5,14 06/07/1994 4,93

19/10/1954 4,94 03/02/1997 4,73

23/10/1954 5,42 04/08/1997 4,975

10/05/1955 4,8 06/10/1997 4,87

19/08/1957 4,69 12/10/1997 11

09/09/1957 4,54 16/10/1997 4,84

14/03/1961 5,28 06/11/1997 4,55

28/09/1961 5,17 24/02/1998 5,19

08/11/1963 4,6 01/04/1998 5,25

12/08/1965 16,1 29/04/1998 4,66

07/09/1965 5,075 15/05/1998 4,66

16/05/1966 5,22 16/08/1998 5,04

26/08/1967 4,76 19/08/1998 4,6

10/01/1969 4,77 03/07/1999 4,56

09/11/1969 5,4 02/06/2000 13,4

05/07/1971 4,7 15/09/2000 5,52

22/09/1972 4,65 21/10/2000 4,91

28/09/1972 11,5 03/10/2001 5,5

29/09/1972 4,59 08/10/2001 5,47

23/07/1973 5 07/11/2002 4,63

15/08/1973 4,71 20/05/2005 5,5

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03/10/1975 5,08 18/06/2005 4,58

19/08/1977 5,22 25/07/2007 5,45

25/06/1978 5,35 13/09/2009 5,335

09/05/1979 4,97 29/09/2009 10,2

30/06/1982 5,15 27/04/2010 10

25/10/1982 4,8 22/06/2011 5,32

14/06/1983 4,9 21/07/2011 4,7

08/07/1983 18,3 10/08/2011 5,05

11/07/1983 15,9 31/08/2011 10,5

25/07/1983 5,01 27/08/2014 18

Quadro 1 – Série histórica dos níveis de inundação do Rio do Mel entre 1950 a 2014 sendo o nível de referencia 220 metros a cima do nível do mar.

Esses dados históricos permitem ter uma ideia de como estes eventos estão sendo distribuídos no decorrer do tempo. Os eventos registrados nos últimos 60 anos no Rio do Mel foram também agrupados levando em conta o número de ocorrências de inundações segundo os meses de cada ano (Figura 4).

Figura 4 - Distribuição do número de inundações por meses do ano no Rio do Mel.

Os meses em que ocorreram os maiores números de inundações foram entre julho e outubro, ressaltando que no mês de dezembro não foi registrado nenhum evento. Tais dados são semelhantes aos encontrados por Kurek (2012), e podem ser justificados pelo fato que neste período atua sobre o estado do Rio Grande do Sul sistemas frontais e o desenvolvimento de complexos convectivos de mesoescala, o que leva a uma maior ocorrência fluviométrica.

Através da Figura 4 demonstra-se que nos meses de julho, agosto, setembro e outubro o risco de ocorrência de inundações é maior que nos outros meses.

O cálculo do período de retorno mostra uma informação importante, que todos os anos há no mínimo 97% de chance de uma inundação de cerca de 4,5 metros ocorrer. Mesmo sendo um nível baixo em comparação com os demais, um evento desta magnitude já é capaz de gerar danos econômicos em alguns setores da sociedade como agricultura e comércio.

Data Nível do rio do Mel

(m) Frequência Tempo de Retorno

(anos) Data Nível do

rio do Mel

(m) Frequência Tempo de Retorno

(anos)

08/07/1983 18,30 3% 35,00 14/03/1961 5,25 51% 1,9

27/06/2014 18,00 6% 17,50 01/04/1998 5,22 54% 1,8

12/08/1965 16,10 9% 11,70 16/05/1966 5,22 57% 1,8

06/08/1990 14,40 11% 8,80 19/08/1977 5,15 60% 1,7

(7)

02/06/2000 13,40 14% 7,00 30/06/1982 5,08 63% 1,6

28/09/1972 11,50 17% 5,80 03/10/1975 5,01 66% 1,5

12/10/1997 11,00 20% 5,00 21/05/1953 5,00 69% 1,5

31/08/2011 10,50 23% 4,40 23/07/1973 4,97 71% 1,4

29/09/2009 10,20 26% 3,90 09/05/1979 4,93 74% 1,3

27/04/2010 10,00 29% 3,50 06/07/1994 4,81 77% 1,3

03/10/2001 5,50 31% 3,20 16/10/1950 4,80 80% 1,3

20/05/2005 5,50 34% 2,90 10/05/1955 4,76 83% 1,2

25/07/2007 5,45 37% 2,70 26/08/1967 4,70 86% 1,2

23/10/1954 5,42 40% 2,50 05/07/1971 4,69 89% 1,1

09/11/1969 5,40 43% 2,30 19/08/1957 4,63 91% 1,1

25/06/1978 5,35 46% 2,20 07/11/2002 4,60 94% 1,1

08/07/1983 5,28 49% 2,10 08/11/1963 4,56 97% 1,0

Quadro 2 – Tempo de retorno de inundações no Rio do Mel.

Constata-se que uma inundação de grande magnitude, como a ocorrida em 1983, com cota 18,3 metros tem 3% de chance de ocorrer a cada 35 anos. Eventos como esse são de grande impacto.

A estimativa do tempo de retorno dos meses de maior ocorrência e do aumento da média no decorrer do tempo, oferecem uma ideia de como as inundações tem se comportado e também serve como subsídio para evitar danos materiais e humanos, uma vez que, em posse destas informações a defesa civil pode criar um sistema de alerta mais eficiente.

Através de relatos dos funcionários do Balneário Oswaldo Cruz, que são responsáveis de avisar a defesa civil o nível de elevação do Rio do Mel, são realizadas ações para evacuar a população apenas quando o nível do Rio do Mel já apresenta elevações críticos, sendo que existe a necessidade de maior planejamento no sentido de avaliar o risco da ocorrência de inundações.

Neste caso, vale ressaltar a importância de uma coleta sistemática de dados de inundações para este local. Através destes será possível ter estimativas mais precisas sobre as ocorrências de inundações e desta forma a defesa civil e órgãos competentes podem agir com maior precisão no sentido de evitar e mitigar os danos à população.

Análise comparativa entre os níveis de cheias do Rio do Mel e as do Rio Uruguai

Através dos dados é possível observar que a elevação do nível do Rio Uruguai influenciou a elevação do nível do Rio do Mel, o que confirma o que foi relatado pelos funcionários do Balneário. Entretanto, esse fenômeno não ocorreu em todos os eventos analisados, como é possível visualizar na Figura 5, em alguns eventos os níveis dos dois rios não se relacionam, sendo que o nível do Rio Uruguai está mais alto que o do Rio do Mel, e vice e versa.

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Figura 5 - Comparação entre as cotas de inundação do rio do Mel e do rio do Uruguai.

Ao fazer uma análise de regressão linear entre as cotas de inundação a correlação é muito fraca, tendo um R² igual a 0,0337. Adotando apenas os eventos cujas cotas foram a cima da média a correlação é igualmente baixa com R² igual 0,0557.

Isso mostra que há mais fatores que estão influenciando as elevações dos níveis do Rio do Mel, entretanto não existem estudos feitos neste local na literatura que possam fornecer dados para endossar essa análise.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a estimação do período de retorno, dos meses de maior ocorrência de inundação e da tendência da média dos eventos é possível criar um hall de informações que podem ser usadas pelos órgãos competentes para buscar mecanismos que visam diminuir os danos a sociedade. Considerando que até o momento apenas existe um mecanismo de alerta quando o evento já ocorreu, e não há uma tentativa ou investigação para buscar formas de prever ou dimensionar o risco de inundações.

Analisando os níveis de inundação, observa-se que em muitos eventos, inclusive os críticos, o nível do Rio Uruguai influenciou o nível do Rio do Mel. Entretanto tal relação não é aplicável a todos os eventos, o que sugere que outros fatores estão atuando nessas inundações.

Deve-se levar em consideração que pode haver lacunas de eventos entre os dados registrados no Balneário, tendo em vista que estes não foram coletados de modo sistemático com instrumentos adequados e profissionais treinados, mas sim marcado de maneira aleatória nas paredes do Balneário.

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BIBLIOGRAFIA

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Referências

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