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RESUMÃO DO DIA. aviso importante

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aviso importante

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DIREITO CIVIL

Resumão do ponto do dia: para não esquecer mais

Pontos abordados:

1 Lei de introdução às normas do direito brasileiro. 1.1 Vigência, aplicação, obrigatoriedade, interpretação e integração das leis. 1.2 Aplicação das leis no tempo. 1.3 Aplicação das leis no espaço. 2 Pessoas naturais. 2.1 Conceito. 2.2 Início da personalidade. 2.3 Personalidade. 2.4 Capacidade. Incapacidade. Suprimento da incapacidade. Tutela. Curatela. Internação psiquiátrica involuntária. 2.5 Direitos da personalidade. 2.6 Nome civil. 2.7 Estado civil. 2.8 Domicílio. 2.9 Ausência

3 Pessoas jurídicas. 3.1 Disposições Gerais. 3.2. Conceito e elementos caracterizadores. 3.3 Constituição. 3.4 Extinção. 3.5 Capacidade e direitos da personalidade. 3.6 Domicílio. 3.7 Sociedades de fato. 3.8 Associações. 3.9 Fundações. 3.10 Grupos despersonalizados. 3.11 Desconsideração da personalidade jurídica. 3.12 Responsabilidade da pessoa jurídica e dos sócios. 3.13. Pessoas Jurídicas como titulares de Direitos Fundamentais

4 Bens. 4.1 Diferentes classes. 4.2 Bens Corpóreos e incorpóreos. 4.3 Bens no comércio e fora do comércio.

1 Lei de introdução às normas do direito brasileiro. 1.1 Vigência, aplicação, obrigatoriedade, interpretação e integração das leis. 1.2 Aplicação das leis no tempo. 1.3 Aplicação das leis no espaço.

A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB) é uma norma sobredireito, ou seja, visa a regulamentar outras normas do ordenamento jurídico e não só do ramo do Direito Civil.

» Vacatio Legis: Período entre a publicação e a vigência da lei. Caso a lei nada disponha a respeito, a

vacatio legis será de 45 dias.

No exterior o período de vacatio legis da lei brasileira é de 03 meses. Cuidado para não confundir em provas objetivas: o período previsto na LINDB é de 03 meses e não 90 dias. Pode parecer a mesma coisa, mas para o examinador, não é!

Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo de vacatio começará a correr da nova publicação. Todavia, se a republicação for parcial, haverá

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um duplo vacatio legis, um para a parte republicada e outro para o restante da lei.

#OUSESABER: “Apenas leis de pequena repercussão estão autorizadas a utilizar a cláusula “entra

em vigor na data de sua publicação”. Resposta: CERTO. Não obstante possa-se notar, atualmente, uma verdadeira generalização do uso da referida cláusula, há previsão legal expressa LIMITANDO sua utilização às normas de ‘pequena repercussão’. Trata-se do art. 8º da Lei Complementar 95/98, o qual prevê que: ‘a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, RESERVADA A CLÁUSULA “ENTRA EM VIGOR NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO” PARA AS LEIS DE PEQUENA REPERCUSSÃO’. A regra, portanto, é que seja estabelecido um prazo de vacatio legis, a fim de que a população possa tomar conhecimento da norma jurídica que entrará em vigor.

Contagem do prazo de vacatio legis: Art. 8º, §1º, LC 95/98 → a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do

último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.

As normas jurídicas administrativas (portarias, decretos, regulamentos, resoluções) sempre entrarão em vigor na data de sua publicação (Decreto nº 572/1890).

» Repristinação: consiste na restauração de lei revogada, por ter a lei revogadora perdido vigência. Em

regra, é vedada no ordenamento jurídico brasileiro, sendo permitida apenas quando expressamente prevista em lei. (art. 2º, §3º).

#ATENÇÃO: Efeito Repristinatório Tácito: Difere da repristinação tácita, que é vedada no Brasil. O

efeito repristinatório tácito ocorre em sede de ações direta de inconstitucionalidade.

OBS.: é possível que algumas provas tragam esse efeito como sinônimo dessa “repristinação tácita”. Gilmar Mendes, por exemplo, não faz distinção entre os institutos.

Exemplo 01: Ocorre quando é concedida medida cautelar declarando a inconstitucionalidade da lei

X que revogou a lei Y. Nesse caso volta a ter vigência a lei Y revogada.

- Lei n.º 9868/1999 no art. 11, §2º: A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação

anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

Exemplo 02: Ocorre quando a decisão definitiva do STF declara uma lei inconstitucional. Essa

decisão tem efeito erga omnes, vinculante e, em regra, ex tunc. Entende-se que a Lei tem um vício de origem (e já nasceu morta). Logo, uma lei com vício de origem não poderia ter revogado a Lei anterior.

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OBS.: Deve-se ter em mente que o efeito repristinatório tácito apenas é possível em controle

abstrato que ocorra com declaração ex tunc de inconstitucionalidade. Isto é, o mesmo não ocorre quando há modulação de efeitos, pois nesse caso há declaração com efeito EX NUNC (inicia-se com a decisão) ou pro futuro (inicia-se em um momento posterior à decisão).

» Dessuetudo: consiste na revogação da lei pelos costumes (uma lei que não conseguiu “pegar”, por

exemplo). Não é admitido no Brasil.

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

Lembrar que em uma visão clássica deveria ser observada essa ordem dos métodos de colmatação: analogia, costumes e princípios gerais do direito. Todavia, atualmente, devido à grande importância dada aos princípios, notadamente os de ordem constitucional, a visão moderna entende que nem sempre essa ordem deve ser observada. 1

ANALOGIA¹ INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA

Rompe-se com os limites do que está previsto na

norma. (Integração). Apenas amplia-se o sentido da norma, havendo a subsunção. (Conhecimento). Parte da comparação entre dois casos Não há comparação entre casos

É forma de integração É forma de interpretação

» Costumes: usos cotidianos locais, ou seja, os usos reiterados de uma comunidade. Podem ser de 3

espécies:

1) costumes contra legem: materializam uma prática cotidiana atentatória à lei. No Direito Brasileiro não se admitem os costumes contra legem, pelo simples motivo de que isso, na prática, implicaria admitir o dessuetudo, o que não é possível.

2) costumes secundum legem: são os costumes determinados na lei. A sua utilização vem expressa na própria lei. Nessa espécie, o próprio ordenamento jurídico diz que o juiz deve julgar pelos costumes naqueles casos determinados. Assim, vê-se que não são hipóteses de lacunas no sistema, pois o próprio ordenamento é que remete aos costumes. Nesses casos, portanto, não há integração, mas sim subsunção. Ex: Art. 445, §2º, CC → tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo

1 (Procurador do Município – Fortaleza/CE – CESPE) A seguinte alternativa foi considerada incorreta: Utiliza a analogia o juiz que estende a companheiro(a) a legitimidade para ser curador conferida a cônjuge da pessoa ausente.

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antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.

3) 3) costumes praeter legem: costumes que não foram previstos em lei, sendo utilizados para preencher lacunas. É a única forma de costumes que serve como forma de colmatação.

» Interpretação da lei:

Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do

bem comum.

» Princípio da Obrigatoriedade Relativa/Mitigada: a presunção de conhecimento da lei não é

absoluta, uma vez que existem situações excepcionais expressamente previstas em lei em que se admite a alegação de erro de direito.

Casos em que a LINDB determina a aplicação da lei estrangeira independentemente do domicilio do interessado:

1- Conflito sobre bens imóveis: aplica-se a lei do lugar em que está situado o imóvel. Art. 23, NCPC/2015. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

2- Lei sucessória mais benéfica ao cônjuge ou aos filhos.

3- Lugar da obrigação: no caso de contratos internacionais se aplica a lei de residência do

proponente (art. 9º, §2º, LINDB). Já em relação aos contratos internos aplica-se a lei do lugar onde foi feita a proposta (art. 435, CC).

Art. 9º, §2º, LINDB → a obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que RESIDIR o proponente.

Art. 435, CC → reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi PROPOSTO.

» Antinomia: situação em que se têm duas ou mais normas incompatíveis, pertencentes ao mesmo

ordenamento jurídico e tendo o(s) mesmo(s) âmbito(s) de validade. Esses âmbitos de validade podem ser temporal, espacial, pessoal ou material.

As antinomias podem ser classificadas como aparentes ou solúveis, que são passíveis de solução por meio dos critérios elencados por Bobbio, e as antinomias reais ou insolúveis, que se referem a casos

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em que não há critérios para a solução das antinomias ou há conflito entre os critérios possíveis.

As antinomias podem ser resolvidas pelos critérios cronológico, hierárquico ou de especialidade, assim definidos pelo autor:

• Cronológico: entre duas normas incompatíveis, prevalece a posterior.

• Hierárquico: entre duas normas incompatíveis, prevalece a norma hierarquicamente superior ( já que a norma superior é fundamento de validade da norma inferior).

• Especialidade: entre duas normas incompatíveis, a norma especial prevalece sobre a norma geral (por efeito da lei especial, a lei geral decai parcialmente – antinomia total parcial).

As antinomias podem ainda ser classificadas em antinomia de 1º grau, quando o conflito entre normas envolve apenas UM dos critérios acima expostos, e antinomia de 2º grau quando o conflito envolve DOIS dos critérios analisados, ou, quando não houver a possibilidade de solucionar um conflito pelos critérios acima, haverá uma antinomia de 2º grau.

• Hierárquico x Cronológico = VENCE HIERÁRQUICO. • Especialidade x Cronológico = VENCE ESPECIALIDADE.

• Hierárquico x Especialidade = Não há vencedor, dependerá do intérprete. (Mas se pode afirmar

que no Brasil prevalece o Hierárquico).

» Vedação ao reenvio: reenvio consiste na remissão feita por uma lei internacional a outra lei. De

acordo com o art. 16 da LINDB, quando for aplicada uma norma internacional não será considerada qualquer remissão feito por ela a outra lei, ou seja, a LINDB veda o reenvio.

2 Pessoas naturais. 2.1 Conceito. 2.2 Início da personalidade. 2.3 Personalidade. 2.4 Capacidade. Incapacidade. Suprimento da incapacidade. Tutela. Curatela. Internação psiquiátrica involuntária. 2.5 Direitos da personalidade. 2.6 Nome civil. 2.7 Estado civil. 2.8 Domicílio. 2.9 Ausência

» Início da personalidade civil:

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

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NATALISTA PERSONALIDADE CONDICIONAL CONCEPCIONISTA A personalidade jurídica só se

inicia com o nascimento. O nascituro não pode ser considerado pessoa. Só será

pessoa quando nascer com vida.

A personalidade civil começa com o nascimento com vida,

mas o nascituro titulariza direitos submetidos à condição suspensiva (ou

direitos eventuais).

A personalidade jurídica se inicia com a concepção, muito embora alguns direitos

só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento.

O nascituro é pessoa desde o momento em que ele é concebido (o nascituro é um

sujeito de direitos). O nascituro tem apenas

expectativa de direitos. O nascituro possui direitos sob condição suspensiva. O nascituro possui direitos.

Sílvio Rodrigues, Caio Mário,

Sílvio Venosa. Washington de Barros Monteiro, Arnaldo Rizzardo. Silmara Chinellato e a grande maioria da doutrina.

#DEOLHONAJURIS #IMPORTANTE O STJ decidiu que, se uma gestante envolve-se em acidente

de carro e, em virtude disso, sofre um aborto, ela terá direito de receber a indenização do DPVAT pela morte do feto. (INFO 547 DO STJ).

» Direitos da personalidade: Os direitos da personalidade são direitos subjetivos, de índole existencial,

estabelecendo uma proteção fundamental para toda e qualquer pessoa em face de sua essência de ser pessoa. O rol é apenas exemplificativo (não é taxativo).

#SELIGANAJURIS: São constitucionais o art. 28, § 1º e o art. 30 da Lei nº 13.146/2015, que determinam

que as escolas privadas ofereçam atendimento educacional adequado e inclusivo às pessoas com deficiência sem que possam cobrar valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas para cumprimento dessa obrigação. STF. (Info 829).

O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome retificado no registro civil do Brasil, desde que isso não cause prejuízo a terceiros, quando vier a sofrer transtornos no exercício da cidadania por força da apresentação de documentos estrangeiros com sobrenome imposto por lei estrangeira e diferente do que consta em seus documentos brasileiros. STJ. (Info 588).

Art. 12, parágrafo único Art. 20, parágrafo único Regra Geral. Trata de direito de prsonalidade

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descendentes, cônjuge e colaterais até o quarto grau.

morais do autor). Legitimados: ascendentes, descendentes e cônjuge.

Colaterais: Não! » Capacidade e incapacidade: A capacidade jurídica se desdobra em: (NÃO ESQUEÇA!)

1- Capacidade de direito (capacidade de gozo): a capacidade de direito confunde-se com o próprio conceito de personalidade, é a capacidade jurídica genericamente reconhecida a qualquer pessoa;

2- Capacidade de fato (capacidade de exercício): a capacidade de, pessoalmente, exercer os atos da vida civil. Nem todas as pessoas a possui.

3- Capacidade civil plena: é a soma dessas duas capacidades.

Com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/2015), passaram a ser considerados absolutamente incapazes apenas os menores de dezesseis anos.

» Emancipação:

• Emancipação voluntária: pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante

instrumento público, independentemente de homologação judicial. Apenas nessa modalidade

de emancipação os pais não se isentam da responsabilidade pelos danos causados pelo filho, respondendo solidariamente.

• Emancipação judicial: por sentença judicial ouvido o tutor.

• Emancipação legal (produz efeitos ex lege/automaticamente, não é necessário registro): pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo; pela colação de grau em curso de ensino superior; pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

» Alteração do gênero e prenome no registro público:

#DIZERODIREITO: “A segurança jurídica que os registros públicos buscam proteger deve ser

compatibilizada com o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana que constitui vetor interpretativo de toda a ordem jurídico-constitucional.

Assim em atenção à cláusula geral de dignidade da pessoa humana deve-se autorizar a retificação do sexo do indivíduo transexual no registro civil, independentemente da realização da cirurgia de adequação sexual, desde que dos autos se extraia a comprovação da alteração no mundo

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fenomênico, ou seja se na prática a pessoa já está fisicamente de acordo com o gênero para o qual deseja mudar seus documentos.” STJ. 4ª Turma. REsp 1.626.739-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 9/5/2017 (Info 608).

Os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou patologizantes, possuem o direito à alteração do prenome e do gênero (sexo) diretamente no registro civil. STF. Plenário. ADI 4275/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28/2 e 1º/3/2018 (Info 892).

» Alteração do nome da genitora no registro de nascimento do filho:

#DIZERODIREITO: Se a mãe se casar e alterar seu nome acrescentando o sobrenome do marido, é permitido que essa alteração do patronímico materno seja averbada no registro de nascimento de seus filhos. Isso está previsto no art. 3º, parágrafo único da Lei nº 8.560/92:

Art. 3º (...) Parágrafo único. É ressalvado o direito de averbar alteração do patronímico materno, em decorrência do casamento, no termo de nascimento do filho.

Para o STJ, à luz do princípio da simetria, é possível aplicar essa mesma norma à hipótese inversa, ou seja, quando, em decorrência do divórcio, um dos genitores deixa de utilizar o nome de casado. O princípio da verdade real norteia o registro público e tem por finalidade a segurança jurídica, razão pela qual deve espelhar a realidade presente, informando as alterações relevantes ocorridas desde a sua lavratura (...) (STJ. 4ª Turma. REsp 1.072.402⁄MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 04/12/2012).

» Exclusão do patronímico por abandono do genitor:

#DIZERODIREITO: Sendo assim, nos moldes preconizados pelo STJ, considerando que o nome é

elemento da personalidade, identificador e individualizador da pessoa na sociedade e no âmbito familiar, conclui-se que o abandono pelo genitor caracteriza o justo motivo de o interessado requerer a alteração de seu nome civil, com a respectiva exclusão completa dos sobrenomes paternos. STJ. 3ª Turma. REsp 1304718-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 18/12/2014 (Info 555). » Direito à imagem:

SÚMULA N. 403-STJ. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada

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#SELIGANAJURIS: A Súmula 403 do STJ é inaplicável para representação da imagem de pessoa

como coadjuvante em documentário que tem por objeto a história profissional de terceiro. STJ. 3ª Turma.REsp 1454016-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/12/2017 (Info 621).

» Internação psiquiátrica:

Art. 6º, Lei 10.216/2001: A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: I — internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II — internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III — internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

A internação compulsória deve, quando possível, ser evitada, de modo que a sua adoção apenas poderá ocorrer como última opção, em defesa do internado e, secundariamente, da própria sociedade. Nesse contexto, resguarda-se, por meio da interdição civil com internação compulsória, a vida do próprio interditando e, secundariamente, a segurança da sociedade.

» Curatela e tomada de decisão apoiada:

O Estatuto da Pessoa com Deficiência trouxe importantes alterações na disciplina da curatela. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial, não alcançando o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto. (art. 85);

O Estatuto também acrescentou no CC a tomada de decisão apoiada que consiste no processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade. (art. 1.783-A).

» Direito ao esquecimento:

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1335153-RJ e REsp 1.334.097-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgados em 28/5/2013 (Info 527).

#DIZERODIREITO:

Caso célebre: O exemplo mais conhecido e mencionado é o chamado “caso Lebach” (Soldatenmord von Lebach), julgado pelo Tribunal Constitucional Alemão. A situação foi a seguinte: em 1969, quatro soldados alemães foram assassinados em uma cidade na Alemanha chamada Lebach. Após o processo, três réus foram condenados, sendo dois à prisão perpétua e o terceiro a seis anos de reclusão. Esse terceiro condenado cumpriu integralmente sua pena e, dias antes de deixar a prisão, ficou sabendo que uma emissora de TV iria exibir um programa especial sobre o crime no qual seriam mostradas, inclusive, fotos dos condenados e a insinuação de que eram homossexuais. Diante disso, ele ingressou com uma ação inibitória para impedir a exibição do programa.

A questão chegou até o Tribunal Constitucional Alemão, que decidiu que a proteção constitucional da personalidade não admite que a imprensa explore, por tempo ilimitado, a pessoa do criminoso e sua vida privada.

Assim, naquele caso concreto, entendeu-se que o princípio da proteção da personalidade deveria prevalecer em relação à liberdade de informação. Isso porque não haveria mais um interesse atual naquela informação (o crime já estava solucionado e julgado há anos). Em contrapartida, a divulgação da reportagem iria causar grandes prejuízos ao condenado, que já havia cumprido a pena e precisava ter condições de se ressocializar, o que certamente seria bastante dificultado com a nova exposição do caso. Dessa forma, a emissora foi proibida de exibir o documentário.

Obs.: alguns pesquisadores afirmam que o caso Lebach não poderia ser utilizado como exemplo de aplicação do direito ao esquecimento uma vez que teria havido outras decisões na Alemanha autorizando a exibição do documentário. Trata-se, contudo, de um debate mais aprofundado, sem tanta relevância para fins de concurso, sendo certo também que, na doutrina brasileira, o referido episódio é sempre lembrado como um caso de direito ao esquecimento.

No Brasil, o direito ao esquecimento possui assento constitucional e legal, considerando que é uma consequência do direito à vida privada (privacidade), intimidade e honra, assegurados pela CF/88 (art. 5º, X) e pelo CC/02 (art. 21). Alguns autores também afirmam que o direito ao esquecimento é uma decorrência da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF/88). Como conciliar, então, o direito ao esquecimento com o direito à informação?

Deve-se analisar se existe um interesse público atual na divulgação daquela informação. Se ainda persistir, não há que se falar em direito ao esquecimento, sendo lícita a publicidade daquela notícia.

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É o caso, por exemplo, de “crimes genuinamente históricos, quando a narrativa desvinculada dos envolvidos se fizer impraticável” (Min. Luis Felipe Salomão). Por outro lado, se não houver interesse público atual, a pessoa poderá exercer seu direito ao esquecimento, devendo ser impedidas notícias sobre o fato que já ficou no passado.

Em que consiste o direito à memória?

Quando um país faz a transição de um regime ditatorial para um Estado democrático, ele deverá passar por um processo de mudança e adaptação, chamado pela doutrina de “Justiça de Transição”. A Justiça de Transição significa uma série de medidas que devem ser tomadas para que essa ruptura com o modelo anterior e inauguração de uma nova fase sejam feitas sem traumas, revanchismos, mas também sem negar a existência do passado.

Podemos citar como providências decorrentes da Justiça de Transição: a) a reforma das instituições existentes no modelo anterior;

b) a responsabilização criminal das pessoas que cometeram crimes; c) a reparação das vítimas e perseguidos políticos; e

d) a busca pela verdade histórica e a defesa do direito à memória.

Em se tratando de Brasil, podemos conceituar o direito à memória e à verdade histórica como sendo o direito que possuem os lesados e toda a sociedade brasileira de esclarecer os fatos e as circunstâncias que geraram graves violações de direitos humanos durante o período de ditadura militar, tais como os casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres etc.

O direito à memória também encontra fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana e no compromisso do Estado constitucional brasileiro de assegurar o respeito aos direitos humanos (art. 4º, II da CF/88).

O direito à memória foi regulamentado pela Lei nº 12.528/2011 que criou a Comissão Nacional da Verdade, destinada a apurar as circunstâncias em que ocorreram violações a direitos humanos durante o período de ditadura militar.

O direito ao esquecimento não tem o condão de impedir a concretização do direito à memória. Isso porque as violações de direitos humanos ocorridas no período da ditadura militar são fatos de extrema relevância histórica e de inegável interesse público. Logo, em uma ponderação de interesses, o direito individual ao esquecimento cede espaço ao direito à memória e à verdade histórica.

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3 Pessoas jurídicas. 3.1 Disposições Gerais. 3.2. Conceito e elementos caracterizadores. 3.3 Constituição. 3.4 Extinção. 3.5 Capacidade e direitos da personalidade. 3.6 Domicílio. 3.7 Sociedades de fato. 3.8 Associações. 3.9 Fundações. 3.10 Grupos despersonalizados. 3.11 Desconsideração da personalidade jurídica. 3.12 Responsabilidade da pessoa jurídica e dos sócios. 3.13. Pessoas Jurídicas como titulares de Direitos Fundamentais

» Capacidade e direitos da personalidade:

#DIZERODIREITO: A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos

morais relacionados à violação da honra ou da imagem. Não é possível pessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização por dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem. Não se pode admitir, contudo, o reconhecimento de que o Município pleiteie indenização por dano moral contra o particular, considerando que isso seria uma completa subversão da

essência dos direitos fundamentais. STJ. 4ª Turma. REsp 1258389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,

julgado em 17/12/2013 (Info 534).

» Desconsideração da personalidade jurídica:

Desconsideração INDIRETA Desconsideração INVERSA/INVERTIDA Desconsideração EXPANSIVA Uma empresa controladora

comete fraudes por meio de empresa controlada ou

coligada em prejuízo de terceiro.

Sócio esconde patrimônio na sociedade.

Atingir patrimônio do sócio oculto da sociedade.

LARANJA!

#OBS.: a lei aponta a necessidade de autorização judicial para desconsideração, com pedido do interessado ou do MP. É possível a desconsideração de ofício? No caso do CC, não. Porém, no caso da teoria menor (CDC e Meio Ambiente), é possível. No âmbito trabalhista também tem se admitido.

O encerramento irregular das atividades da empresa devedora autoriza, por si só, que se busque os bens dos sócios para pagar a dívida?

• Código Civil: NÃO • CDC: SIM

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• CTN: SIM

#SELIGA #NOVIDADELEGISLATIVA:

Fruto da conversão da Medida Provisória nº 881/2019, a Lei da Liberdade Econômica - LLE (nº

13.874/2019)2 alterou diversas leis, objetivando a proteção da livre iniciativa e o livre exercício da atividade

econômica. Em vigor desde 20 de setembro de 2019, possui apenas 19 artigos, sendo que apenas os 5 primeiros artigos trazem disposições normativas próprias, destinando-se os demais às alterações legislativas em outras leis.

No art. 7º da Lei nº 13.874, foram trazidas as mudanças no Código Civil, entre as quais se destaca o regramento da desconsideração da personalidade jurídica. Esse é um tema que as bancas gostam de explorar, seja entre as questões de direito civil (parte geral – pessoa jurídica), seja em direito empresarial (empresário – direito societário).

Foi acrescido ao Código Civil o ar. 49-A, que esclarece o que é autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a qual “não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores”, e alterou-se a redação do art. 50.

No caput do artigo 50, observamos a restrição da desconsideração da personalidade jurídica a fim de que atinja apenas o patrimônio do sócio que incorreu no abuso. Não se trata de novidade, pois o enunciado n.º 7 das jornadas de direito civil do CJF já diz que: “Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de ato irregular e, limitadamente, aos administradores

ou sócios que nela hajam incorrido”. #JÁCAIUCESPE/13/TRF1.

Consolidando o entendimento jurisprudencial sobre adoção da Teoria Maior, sob a perspectiva

subjetiva, o novo §1º do art. 50 diz que o desvio de finalidade tem natureza subjetiva, ou seja, exige

prova da intenção daqueles que abusam da personalidade da pessoa jurídica. Tal entendimento foi trazido no REsp 970.635/SP, da relatoria da Min. Nancy Andrighi, julgado pelo STJ em 10.11.2009.

No mesmo sentido de restringir o uso da desconsideração da personalidade jurídica, o novo §5º do art. 50 diz que não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou alteração da finalidade original da atividade econômica da PJ. Neste caso, não se pode presumir que a mudança na finalidade, ou ampliação, é, por si só, fraudulenta. Deve-se demonstra o intuito de lesar credores.

Pelo texto legal, há, com a alteração legislativa, 2 requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica prevista no CC:(a) o abuso da personalidade por meio de confusão patrimonial ou desvio de

2 Caso queira maiores comentários, sugiro o artigo disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com. br/2019/09/25/lei-da-liberdade-economica-diretrizes-interpretativas-da-nova-lei-e-analise-detalhada-das-mudancas-no-direito-civil-e-nos-registros-publicos/

(16)

FIXCICLANDO

20 TODO DIA

RESUMÃO DO DIA

finalidade e (b) o benefício direto ou indireto pelo sócio #NOVIDADELEGIS.

4 Bens. 4.1 Diferentes classes. 4.2 Bens Corpóreos e incorpóreos. 4.3 Bens no comércio e fora do comércio

• Bens de uso comum do povo: São aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público (uso coletivo). Exs.: ruas, praças, rios, praias etc.

• Bens de uso especial: São aqueles utilizados pela Administração para a prestação dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral, ou seja, utilizados pela Administração para a satisfação de seus objetivos. Exs.: prédio onde funciona um órgão público.

• Bens dominicais: São aqueles que não estão sendo utilizados para nenhuma destinação pública (estão desafetados), abrangendo o denominado domínio privado do Estado. Exs: terras devolutas, terrenos de marinha, prédios públicos desativados, móveis inservíveis, dívida ativa etc. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

STJ (Info 549): A desconsideração da PJ não implica, necessariamente, no afastamento da proteção

conferida

aos bens de família.

STJ (Info 543): É considerado bem de família o imóvel no qual reside o filho do dono.

STJ (Info 575): Quando a vítima executar o infrator criminal no juízo cível, ela pode penhorar o bem

de família adquirido com o produto do crime, ainda que tenha ocorrido a extinção da punibilidade do autor do crime pelo cumprimento da suspensão condicional do processo.

1) Particular invade imóvel público e deseja proteção possessória em face do PODER

PÚBLICO:

- Não terá direito à proteção possessória. - Não poderá exercer interditos possessórios

porque, perante o Poder Público, ele exerce mera detenção.

2) Particular invade imóvel público e deseja proteção possessória em face de outro

PARTICULAR:

- Terá direito, em tese, à proteção possessória. - É possível o manejo de interditos possessórios

em litígio entre particulares sobre bem público dominical, pois entre ambos a disputa será

Referências

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