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A Inquisição Não Está Aqui? A presença do Tribunal do Santo Ofício no Extremo Sul da América Portuguesa ( )

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Academic year: 2021

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A Inquisição Não Está Aqui?

A presença do Tribunal do Santo Ofício no Extremo Sul da América Portuguesa (1680-1821)

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©2015 Lucas Maximiliano Monteiro Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor. M765 Monteiro, Lucas Maximiliano.

A Inquisição não está aqui? A presença do Tribunal do Santo Ofício no extremo sul da América Portuguesa (1680-1821)/Lucas Maximiliano Monteiro. Jundiaí, Paco Editorial: 2015.

284 p. Inclui bibliografia, inclui figuras, inclui tabelas. ISBN: 978-85-8148-422-8

1. Historiografia 2. Inquisição – Tribunal do Santo Ofício 3. América Portuguesa 4. Inquisição no Brasil. I. Monteiro, Lucas Maximiliano.

CDD: 900

IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal Índices para catálogo sistemático:

História do Brasil 981

História da América do Sul 980 Conselho Editorial

Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna Prof. Dr. Carlos Bauer

Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias

Profa. Dra. Thelma Lessa

Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt

Av. Carlos Salles Block, 658 Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21

Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100 11 4521-6315 | 2449-0740 contato@editorialpaco.com.br

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AGRADECIMENTOS

Um trabalho de pesquisa historiográfico se faz do contato e diálogo solitários do historiador com suas fontes. Embora sem-pre tenha achado esta afirmação, de alguma forma, chavão em todos os agradecimentos, foi com a experiência de pouco mais de dois anos nessa jornada que tive a certeza desta solidão que muitas vezes coloca, nós historiadores, com a tarefa de transferir para escrita todas as interpretações e leituras de nossas fontes.1

O mesmo chavão presente em agradecimentos de monografias, dissertações e teses afirma que, mesmo havendo tal solidão, a pesquisa sempre se apoia nos auxílios fundamentais de amigos e familiares, os quais, de uma forma ou outra, facilitam o trabalho de pesquisa. Se talvez fosse possível concluir este trabalho sem a “ajudinha” de meus amigos, com esta o mesmo trabalho foi facilitado, prazeroso e muito menos chato.

Minha formação como historiador não seria a mesma sem a ajuda e amizade do pessoal do Instituto de Biociências da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), onde por vá-rios anos trabalhei como bolsista e fiz muitas amizades. O com-panheirismo deste pessoal e o exemplo, em matéria de servidores públicos, sempre me inspiraram a seguir meus estudos e a fazer o melhor que posso. A ajuda de pessoas marcantes (Cleusa, Alber-to, Lislaine, Édson, Mariath, João IAlber-to, Tiago) foi fundamental na minha formação pessoal. Destaco a minha Jóia, Vera Cami-solão, sempre atenta, amiga, paciente e preocupada. Sem ela, eu talvez não tivesse tido fôlego nos cinco anos de graduação e nos anos que antecederam ao meu ingresso no mestrado.

Durante a minha graduação sempre contei com amizades im-portantes que mantenho até hoje e que me auxiliaram muito nes-1. Este trabalho, originalmente, é minha dissertação de mestrado apresentada ao Pro-grama de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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tes anos de mestrado. Ao Jocelito, meu primeiro amigo de gradu-ação e único que mantenho apreço e dedicgradu-ação até hoje, agradeço as companhias nos Restaurantes Universitários, as dicas teóricas, os conselhos desastrados em questões amorosas, a união e respeito que sempre teve comigo, a camaradagem da trajetória no Centro Acadêmico de História, as presenças em congressos e muitas fes-tas (quando ele pode deixar de lado um livro em francês). A Va-leska, a grande pequena amiga, companheira de centro acadêmi-co e para o restante da vida, amiga sempre presente e atualmente colega da grande jornada, que é ensinar jovens e adolescentes nas escolas, sempre me pedindo ajuda com seus problemas de infor-mática. Sem ela eu não teria uma ótima companhia para teatro, cinema e festas. O Sandro, excelente assador, boleiro, historiador e parceiro de uma cerveja bem gelada. Dentre meus amigos não poderia estar de fora aquela pessoa que eu nem considero como tal, já que, para mim, é minha irmã: Letícia. Sempre presente até morando em Bento Gonçalves, ela esteve ao meu lado em todos os momentos de minha formação. Curou minhas dores de cotovelo, me fez rir muito com a sua maneira meio desajeitada, me obrigava a fazer a sua matrícula todo o semestre por nunca conseguir vagas nas disciplinas que queria, me colocou meio sem querer na comissão de formatura, pois nunca deu um passo sem antes perguntar a minha opinião, ou seja, sempre deixou o meu dia, de alguma forma, mais interessante.

Durante a minha jornada no mestrado contei com outros amigos que auxiliaram a minha pesquisa. Com as transcrições, pude contar com o Marcos que transcreveu os livros de batismo de Colônia de Sacramento. Pietro me forneceu suas transcrições de alguns documentos do Arquivo Ultramarino. Embora minha pesquisa tenha se apoiado na documentação retirada dos sites da Internet da Torre do Tombo, o acesso aos processos de ha-bilitação dos Comissários do Santo Ofício só foi possível com a ajuda fundamental de Adriano Comissoli e Gabriel Beirute. O primeiro, quando esteve em Lisboa fez o pedido de digitalização

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das fontes e o acerto financeiro,e, o segundo, teve a perspicácia de verificar se o cd estava realmente gravado, percebendo que os funcionários haviam se esquecido de realizar a gravação, resol-vendo a situação e me enviando o cd pelo correio.

Durante a minha presença na Cidade Maravilhosa contei com o fundamental apoio de uma família gaúcha: Eliana e Cila me receberam de braços abertos sem nunca terem me conhecido. Deram-me todo o apoio de uma moradia por vinte dias, a com-panhia em passeios turísticos e cuidado maternal, fazendo eu me sentir em casa. Nas viagens que se seguiram ao longo destes últimos dois anos, conheci pessoas com as quais não gostaria nunca de perder o contato. No Recife, conheci uma dupla de pa-raibanos, Mayara e Inaldo. Estes dois tornaram a minha semana em Pernambuco muito mais divertida e produtiva.

Por fim, quero agradecer a minha família e seu apoio, mesmo não entendendo o motivo de dedicar dois anos a novos estudos após a graduação. Também quero agradecer àqueles que torna-ram estes dois anos mais prazerosos: meus amigos do Centro, com os nossos encontros futebolísticos, alcoólicos e musicais, que me fizeram relaxar nos momentos de maior tensão.

Meu mestrado não poderia ser concluído sem uma ajuda fun-damental que foi a do meu orientador, o professor Fábio Kühn. Este professor cumpriu muito mais do que seu papel de orienta-dor de dissertação, orientou-me também para minha profissão. Sempre dedicado, me deu todo o suporte teórico e material, com muitos empréstimos de livros, para que eu pudesse concluir esta pesquisa. Agradeço profundamente toda a colaboração de-dicada e me sinto orgulhoso de ter sido seu aluno.

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SuMáRIO

ABREVIATuRAS...13

INTRODuÇÃO...15

Capítulo 1 A MAlhA INquISITORIAl - AS lIGAÇõES ENTRE O TRIBuNAl DE lISBOA E A ESTRuTuRA EClESIáSTICA lOCAl...23

1: As Estruturas Inquisitoriais e Eclesiásticas – união de longa data...24

2: A Ação Repressiva da Igreja – As Visitas Pastorais...31

3: As Visitas Pastorais no extremo sul da América Portuguesa...51

Capítulo 2 AGENTES DE FÉ? OS FAMIlIARES DO SANTO OFÍCIO...71

1: Os Familiares do Santo Ofício: requisitos e deveres...72

2: Os Familiares e a historiografia...77

3: uma questão de prestígio social e privilégios...81

4: O número de Familiares na América Portuguesa...96

5: Perfil dos Familiares em Rio Grande de São Pedro e Colônia de Sacramento...101

Capítulo 3 A MAIOR AuTORIDADE INquISITORIAl DA COlôNIA: OS COMISSáRIOS DO SANTO OFÍCIO...121

1: Os requisitos para se tornar um comissário e seus deveres...121

2: O número de Comissários na América Portuguesa...127

3: Os Comissários do Santo Ofício em Colônia de Sacramento e Rio Grande de São Pedro...134

Capítulo 4 SER AGENTE INquISITORIAl: RElAÇõES SOCIAIS DE FAMIlIARES E COMISSáRIOS EM RIO GRANDE DE SÃO PEDRO E COlôNIA DE SACRAMENTO...151

1: Os agentes inquisitoriais e seus vínculos com a sociedade local...152

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3: uma família a serviço da Inquisição: os Almeida Cardoso...186

Capítulo 5 A INquISIÇÃO EM AÇÃO: O FuNCIONAMENTO DO SANTO OFÍCIO NO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO E COlôNIA DE SACRAMENTO...197

1: Os processos inquisitoriais: fonte para o estudo da Inquisição no Brasil...198

2: As denúncias nos Cadernos do Promotor...212

3: Os desvios religiosos no extremo sul: bígamos e feiticeiros...217

3.1: O sacramento do matrimônio ameaçado...217

3.2: Manuel, inglês e feiticeiro...235

4: O Tribunal de lisboa atuando contra os desviantes...242

CONCluSÃO...255

REFERÊNCIAS...261

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ABREVIATuRAS

ACMRJ: Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro ADRG: Arquivo da Diocese de Rio Grande

AHCMPA: Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de

Porto Alegre

AHRS: Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul AHU: Arquivo Histórico Ultramarino

ANTT: Arquivo Nacional da Torre do Tombo BNRJ: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro HSO: Habilitações do Santo Ofício

Mç: Maço Proc: Processo

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INTRODuÇÃO

Em 23 de maio de 1536, através da assinatura da bula papal Cum ad nihil magis, foi fundada a Inquisição em Portugal. A criação da nova instituição portuguesa sofreu influência do Rei-no da Espanha, onde o poder inquisitorial operava desde 14782.

Assim como ocorreu com o país vizinho, toda a responsabilidade da implantação da Inquisição portuguesa fora do rei, envolvendo-se, inclusive, na apresentação da bula e na organização de seu fun-cionamento. Bethencourt (2000, p. 26) vê através da presença ativa do monarca luso nos ritos de fundação inquisitorial um reflexo da “centralização política do Reino”. Novinsky (1996, p. 36-37) afirma que, do mesmo modo como ocorreu na Espanha, o controle da instituição nas mãos do rei “está ligado às ambi-ções de centralização do poder”. Ainda segundo a autora, esta seria uma maneira de os soberanos da península possuírem “uma arma a mais para fazer se dobrarem as posições a seu favor”3.

A justificativa para a fundação de tribunais inquisitoriais em território luso era combater, principalmente, a propagação do judaís-mo por meio da perseguição dos cristãos-novos. Segundo Novinsky (1972, p.34) a introdução do Tribunal do Santo Ofício em Portugal é resultado de um “amadurecimento de todo um processo responsá-vel pelo desencadeamento da luta contra os cristãos-novos”4.

A Inquisição em Portugal contou com três tribunais atuan-tes até o século XIX em Coimbra, Évora e Lisboa. Este último 2. Bethencourt, História das Inquisições, p. 17-24.

3. Novinsky, A Inquisição, p. 36-37.

4. Ver também: Vainfas, Trópico dos Pecados e Bethencourt, op.cit., p. 17. As obras clássicas sobre os cristãos-novos brasileiros, além do trabalho de Novinsky, são: Lipiner, Os judaizantes nas capitanias de cima; Salvador, Cristãos-novos

jesuítas e inquisição. Para a história cristã-nova em Portugal ver: Azevedo, His-toria dos christãos novos portugueses e Saraiva, Inquisição e cristãos-novos.

Referências

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