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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO CONFERÊNCIA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

CONFERÊNCIA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

Grupo de Trabalho 3: Fortalecendo medidas para viabilizar o acesso a água potável e saneamento básico1

Estabelecido em 19662 como parte do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) tem como objetivo ser uma “rede de desenvolvimento global”3, buscando atuar na sociedade civil de forma a melhorar a qualidade de vida da população. Com esse mandado de atuações na esfera social, o PNUD realiza parcerias com projetos locais dos mais de 170 países em que está presente4 para potencializar e garantir bons resultados.

Na marca dos 34 anos de atuação, durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas, o PNUD cria um marco em sua atuação com a adoção de oito objetivos que todos os 189 países signatários deveriam cumprir até o ano de 2015 para acelerar o desenvolvimento humanitário5. As oito metas que, em conjunto, abordam todas as deficiências sociais trabalhadas pelo PNUD são6:

1. Redução da Pobreza

2. Atingir o Ensino Básico Universal

3. Igualdade entre os Sexos e a Autonomia das Mulheres 4. Reduzir a Mortalidade na Infância

5. Melhorar a Saúde Materna

6. Combater o HIV/AIDS, a Malária e Outras Doenças 7. Garantir a Sustentabilidade Ambiental

1

Texto desenvolvido por Victor Dias Grinberg, graduando em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP.

2 ______. A world of development experience. UNDP [online]. Disponível em: <http://www.undp.org/content/undp/en/home/operations/about_us.html>. Acessado em 21/06/2014.

3

______. Sobre o PNUD. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/SobrePNUD.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

4 idem

5 ______. Declaração do Milênio. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

6 ______. 8 Objetivos para 2015. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

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8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento

Tratando do 7o Objetivo – “Garantir a Sustentabilidade Ambiental” -, o PNUD estabeleceu 4 alicerces de atuação para garantir a obtenção do níveis esperados para 2015. São eles7:

1. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.

2. Reduzir a perda de diversidade biológica e alcançar, até 2010, uma redução significativa na taxa de perda.

3. Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura e esgotamento sanitário.

4. Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados.

Por meio de seus escritórios regionais, além de parcerias governamentais e com o terceiro setor, o PNUD coordena e auxilia com cooperação técnica os países que se comprometeram aos índices dos Objetivos propostos na Declaração do Milênio8.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

Apesar de ter ganhado espaço na agenda internacional recentemente, o Meio Ambiente ganhou força rapidamente devido aos impactos imediatos que são perceptíveis pela sociedade civil. Dentre as diversas vertentes relativas ao fenômeno da “sustentabilidade ambiental”, as questões da água potável e do saneamento básico vêm demandando certa atenção dos países signatários pela complexidade na atuação.

Como qualquer recurso limitado, a água potável é escassa em determinadas regiões do planeta e fatores como localização dos lençóis freáticos, desperdício ou mal uso dos recursos hídricos fazem com que haja desproporcionalidade em sua disponibilidade9. Atualmente, com alguns países iniciando o estado de extrema escassez, a disponibilidade hídrica do país equivale a poder para o mesmo e, em função disso, o tema acaba gerando maiores preocupações para os líderes mundiais quando se avaliam a deterioração das reservas

7

______. Metas para o Objetivo 7. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM7.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

8 ______. Como o PNUD opera no País. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ObjetivosPNUD.aspx?indice=2>. Acessado em 21/06/2014.

9

______. O problema de escassez de água no mundo. CETESB [online]. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3%81guas-Superficiais/37-O-Problema-da-Escassez-de-%C3%81gua--no-Mundo>. Acessado em 21/06/2014.

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mundiais de água doce. A partir do sistema AQUASTAT da Organização para Alimentos e Agricultura (FAO, da sigla em inglês), é possível dimensionar a disponibilidade de água renovável pelo mundo em 2011, medida em m3 per capita no ano10:

Fonte: WWAP, preparado com informações do AQUASTAT da FAO

Em termos de saneamento básico, os esforços estão alinhados para atingir os principais problemas decorrentes dessa deficiência, que seriam a propagação de doenças e possível contaminação de recursos naturais limitados – com ênfase, como mencionado anteriormente, à água. Por ser uma questão prioritariamente de saúde pública e, de forma secundária, relacionada a afetar os reservatórios subterrâneos de água potável, sua abordagem é menos político-social e depreende mais investimentos em infraestrutura; neste quesito o PNUD recursos financeiros são indispensáveis para se resolver efetivamente o problema.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Entende-se o desafio do PNUD quando são mensurados os principais afetados, neste caso, pela escassez de água ou sistema de saneamento básico inadequado. Em 2013, como parte do estudo anual para comparar os avanços regionais frente à meta estabelecida, percebe-se que em 21 anos (1990-2011), apesar de avanços, a Oceania e a África Subsaariana ainda percebe-se

10 Informações complementares se encontram no Relatório sobre Água e Energia, da UNESCO. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002257/225741E.pdf. Acessado em 21/06/2014.

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encontram relativamente distantes de atingirem a meta estabelecida; em contrapartida, o Sudeste Asiático, o Sul da Ásia, a Ásia Oriental e a América Latina e Caribe já conseguiram, como região, atingir o esperado. Regiões como a Ásia Ocidental e o Norte da África apresentam porcentagens absolutas muito altas – na casa das 90% -, mas ainda não chegaram ao patamar esperado. O Cáucaso e a Ásia Central foram as únicas regiões em que houve piora no período estudado.

Analisando em termos macro, as Regiões Desenvolvidas como um todo conseguiram nesse período ampliar em mais um por cento a porcentagem da população que utiliza uma fonte de água potável melhorada, atingindo a impressionante marca de 99% - como estabelecido. As regiões em desenvolvimento, de forma igualmente impressionante, passaram de 70% para 87% - ultrapassando a meta estipulada. A porcentagem mundial é alavancada positivamente em 2,1 bilhões11, tanto pela melhora relativa dos países desenvolvidos quanto pelo crescimento dos países em desenvolvimento, indicando que 89% da população utiliza uma fonte de água potável melhorada.

11 ______. Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milênio. UNIC Lisboa [online]. Disponível em: <http://www.unric.org/html/portuguese/mdg/MDG-PT-2013.pdf>. Acessado em 21/06/2014.

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Esses resultados, apesar de significativos, não eximem o fato de 768 milhões (2011)12 de pessoas não estarem consumindo água de fontes melhoradas; para uma ação mais focada em como resolver o problema, o estudo analisa aonde estão essas pessoas.

Segundo o relatório do PNUD, em 2011, 83% desse número – que representa cerca de 636 milhões pessoas13 - se encontram nas zonas rurais. Ainda segundo esse estudo, 38% da população mundial urbana não estão satisfeitas com seu acesso à água encanada14, preferindo coletar em outras fontes públicas. Paralelemente a esses dados, indicadores sociais apontam que a população urbana insatisfeita com o seu acesso à água é a periférica, que paga caro por uma qualidade inferior à esperada15.

Fonte: PNUD

Os altos índices referentes à falta de acesso a água tratada na zona rural é extremamente alarmante, principalmente quando se leva em consideração os dados sobre as formas de saneamento básico que ainda são empreendidas. Segundo dados do relatório do

12 idem 13 idem 14 idem 15 idem

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PNUD16, apesar de uma redução entre o período de 1990-2011, a prática de defecar a céu aberto ainda tem muita incidência e, por sua vez, acaba colocando em risco a saúde pública.

Fonte: PNUD

O atual panorama, apesar de ainda demandar atenção, representa uma melhora de relativa de 1,9 bilhões que agora tem acesso a sistemas de latrina, esgoto ou outros tipos de melhorias17. Esse cenário impulsiona as políticas sociais implementadas pelos países em desenvolvimento, marginalizando a prática de defecar a céu aberto, auxiliando a redução porcentual18.

DIPLOMACIA NAS NEGOCIAÇÕES

 América Latina e Caribe

A Organização Pan-Americana da Saúde (PAHO, da sigla em inglês) é responsável por centralizar e, regionalmente, coordenar os esforços políticos e técnicos, de forma análoga à que a Organização Mundial da Saúde faz para todas regiões.

16 idem 17 idem 18 idem

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Nessa medida, em 2003, os países membros realizaram no Brasil uma reunião para reafirmar seu compromisso com os ODM e estabelecer as formas de parceria que seria intermediada pela PAHO19.

A ação conjunta, em termos de saúde, permite, segundo a PAHO, “facilitar o crescimento econômico, reduzir a pobreza, avançar na educação, preservar o ambiente, promover a democracia, e garantir as liberdades essenciais para dignidade humana”20

.  América Anglo-Saxônica

Sem uma estrutura regional de cooperação, os Estados Unidos e o Canadá contribuem individualmente para o desenvolvimento de outros países ao tratar dos ODM, uma vez que ambos já ultrapassaram suas metas.

Segundo relatório de 2010 da Agência Internacional de Desenvolvimento Canadense (CIDA, da sigla em inglês), por meio de investimentos de 209 milhões de dólares canadenses entre os anos de 2006 e 2009, progressos foram feitos em regiões rurais e urbanas em Moçambique, Gana, Haiti e República Dominicana21. Em 2009, na reunião da cúpula do G-8, ficou acordado entre os líderes africanos e os líderes G-8, que haveria uma presença maior destes países por meio da “Parceria África G-8 para Água e Saneamento”22

.

As contribuições do Estados Unidos, por meio da US Aid, também se focaram mais em casos específicos. Por meio de parcerias, a intervenção americana no Quênia vem ajudando quase 4,5 milhões de pessoas23.

 Europa

Com uma postura de pregar o desenvolvimento sustentável, a União Europeia (UE) passou a investir externamente para auxiliar outros países a alcançarem os mesmos resultados

19

______. Political Commitments. PAHO [online]. Disponível em:

<http://www.paho.org/mdg/index.php?option=com_content&view=article&id=74&Itemid=57&lang=en>. Acessado em 21/06/2014.

20 ______. Health and Economic Development. PAHO [online]. Disponível em: <http://www.paho.org/mdg/>. Acessado em 21/06/2014.

21 ______. Canada’s Contribution to the Global Effort to Reach the Millennium Development Goals. CIDA [online]. Disponível em: <http://www.acdi-cida.gc.ca/INET/IMAGES.NSF/vLUImages/MDGpdf/$file/10-206%20MDG%20Report-E.pdf>. Acessado em 21/06/2014.

22 idem

23 _____. Case Study: LifeStraw® Carbon for Water Program, Western Kenya. USAid [online]. Disponível em: <http://www.usaid.gov/unga/mdg-countdown-2013/mdg-7>. Acessado em 21/06/2014.

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que a região vem obtendo. Segundo relatório da UE, “desde 2004, a UE ajudou a conectar 70,2 milhões de pessoas à água potável e 24,5 milhões a estações de saneamento.”24

Um caso específico que mostra esse apoio são os trabalhos do bloco com a Bolívia. Com o investimento de 24,9 milhões de euros, as cidades de Potosi e Tarija receberam 39 sistemas de distribuição de água potável e 11 estações de esgoto25, o que efetivamente impactou positivamente a vida de centenas de pessoas.

 África

Apesar de seus sucessivos avanços nos últimos anos, a África ainda é a região que mais encontra dificuldades em atingir as metas dos ODM. Por meio de investimentos de outros países – como é o caso do Estados Unidos, Canadá e os países membros da União Europeia -, os governos locais e o PNUD desenvolvem trabalhos que visam ter impactos sociais visíveis.

Os trabalhos na África são parte da pauta do “pós-2015” – prazo quando as metas devem ser concluídas e os líderes mundiais devem rever o desenvolvimento humanitário.

 Ásia e Oceania

As regiões da Ásia e Oceania, separadas por diversas sub-regiões nos estudos do PNUD, encontram dificuldades de lidarem com pontos de desenvolvimento sustentável e adequação de infraestrutura, principalmente por dois fatores: a grande densidade populacional da região – entre Índia e China apenas, sem contar os outros países da região, temos 2,7 bilhões26 de pessoas ou 36,4% da população mundial – e a dificuldade de acesso a certas regiões do país, impossibilitando melhorias sucessivas.

Os esforços vêm mostrando resultados positivos, principalmente quando se percebe o crescimento em regiões como Sudeste Asiático e Ásia Oriental – regiões conhecidas pelo seu desenvolvimento econômico.

BIBLIOGRAFIA

______. Sobre o PNUD. PNUD [online]. Disponível em:

<http://www.pnud.org.br/SobrePNUD.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

24 ______. EU Contribution to the Millennium Development Goals. EU [online]. Disponível em: <http://ec.europa.eu/europeaid/documents/mdg-brochure-2013_en.pdf>. Acessado em 21/06/2014. 25 idem

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______. Nosso Trabalho pelo Objetivo. PNUD [online]. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM7.aspx>. Acessado em 21/06/2014.

______. Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milênio. UNIC Lisboa [online]. Disponível em: <http://www.unric.org/html/portuguese/mdg/MDG-PT-2013.pdf>. Acessado em 21/06/2014.

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Referências

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