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É só pela graça! Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.

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Academic year: 2021

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A GRAÇA DE CONVIVER

Efésios 5.22-33

22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27 e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28 Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29 Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30 pois somos membros do seu corpo. 31 “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33 Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.

“É só pela graça!”

Quando as coisas não estão bem, geralmente nós costumamos brincar e dizer: “É só pela graça!”… nós perguntamos a alguém: “E aí, está tudo bem? Como vai?” e a resposta já vem pronta: “Ah! É só pela graça!”. Fica ainda mais constrangedor para quem indaga, quando a pergunta é sobre o casamento: “Como estão você e a esposa?” ou “Como estão você e o marido?”. Resposta: “Ah! É só pela graça!”. Ou seja: “Está tudo muito mal, está insustentável!”

É uma pena que esse tipo de resposta, geralmente, expressa muito mais um desabafo carregado de chateação, de insatisfação ou de revolta do que uma confissão de fé e de esperança na ação de Deus “para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28).

Realmente, é só pela graça que nós seremos capazes de atravessar os momentos difíceis da vida e também do casamento, pois é a graça que nos sustenta em todos os momentos: na alegria e na tristeza, na

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saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe ou Cristo volte para buscar a Igreja. É como nós costumamos cantar:

É Tua graça que liberta, É Tua graça que me cura, É Tua graça que sustenta minha vida.

Por Teu sangue tenho acesso A Tua graça preciosa

Te louvo, Te amo Jesus.

Tua graça é melhor que a vida Tua graça é o que me basta

Favor imerecido Do céu, do céu pra mim.

“É tua graça” - Vencedores por Cristo

Vitrine da graça

Verdade! É só pela graça! O casamento e a família estão ancorados na base sólida da graça de Deus. Há uma razão para isso. Deus planejou e projetou o casamento para ser uma vitrine da sua graça. Dissemos noutra ocasião o seguinte:

Uma vez que a aliança de Cristo com a Igreja é estabelecida e sustentada pela graça comprada pelo sangue, os casamentos foram por Deus planejados para projetar essa mesma graça entre marido e mulher, e também entre os demais. Em outras palavras, nós nos apropriamos, pela fé, do evangelho da graça e, também pela fé, destilamos nos outros da mesma graça que nós recebemos. Recebemos para repartir!

Vimos isso na semana passada, quando nós estudamos dois textos de Colossenses (Cl 2.13-15 e Cl 3.12-13). Isso significa que, mais do que para nos fazer felizes, o casamento existe para revelar a graça de Deus derramada a nós em Cristo Jesus.

Devemos, portanto, perdoar e suportar uns aos outros, exercitar profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência, assim como Deus, em Cristo faz conosco. Só assim os casamentos sobreviverão, serão felizes e, principalmente, glorificarão a Deus.

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Graça na prática

Na prática, o que significa receber e repartir graça?

Durante a semana, recebi um email muito interessante. É o tipo de mensagem que todo pastor precisa e faz bem em ouvir. Pedi permissão à pessoa que escreveu e aqui o compartilho, pois entendo ser essa uma questão latente no coração de muitos, além de servir muito bem para ilustrar o que significa receber e repartir graça. Veja…

Bom dia, graça e paz! Pastor, tenho uma pergunta que não quer calar, ela surgiu das mensagens matinais em Efésios 5, que tem sido de grande edificação para mim e para a igreja: “Dentro do lar, quando um dos membros da família não cumpre o seu dever, como devemos proceder? Deve se sobrecarregar e fazer o que o outro não faz ou deixa sem fazer?” Sei que cada caso é um caso, mas a Bíblia tem algo a dizer sobre isso? Sabemos que Jesus carregou um peso que não era dele, o peso do pecado, isso diz muito. Mas dentro de um lar, às vezes a convivência se torna insustentável por passarem os anos e as coisas não mudarem - fica alguém carregando sozinho, na maior parte do tempo, o peso das responsabilidades do outro ou dos outros. Entre marido e mulher isso é ainda mais agravante... Um abraço.

E aí? Quem deseja responder? Bem, deve ser o pastor. Então vamos lá…

Ofereça perdão

Primeiramente, eu diria: “Ofereça perdão!” Veja que não é um caso extremo. Não coloca o outro, necessariamente, numa situação de risco, não há traição irreversível, etc. Logo, a princípio, não há motivo para divórcio ou expulsão de casa. Trata-se de ter que perdoar e suportar o outro (Cl 3.12-13). Sobre perdão, Jesus disse assim:

Mt 18.21-22 | 21 Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” 22 Jesus respondeu: “Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete.” Aplica-se, inclusive, aos cônjuges. Não é mesmo?

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Derrame graça

Em segundo lugar, eu diria: “Derrame graça sobre a vida do outro.” Desde que não te comprometa com Deus, continue fazendo o que está ao seu alcance, o que você consegue, na força que o Senhor lhe deu, está dando e ainda dará (1Pe 4.11).

Lembre-se, o que o Senhor te pede, ele, antes, já te deu. Portanto, todos nós que recebemos graça conseguiremos, pela fé, repartir graça. Mas, o que significa graça? Graça é tratar as pessoas melhor do que eles merecem, é favor imerecido.

Esta é uma das peças centrais da ética cristã:

Lc 6.27-31; 35-36 | 27 “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. 30 Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. (…) 35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. 36 Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. Derrame graça “com a força que Deus provê” (1Pe 4.11).

Ande outra milha

Perdoe, aja com graça e, em terceiro lugar, ande outra milha.

Mt 5.38-42 | 38 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. 39 Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. 40 E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. 41 Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. 42 Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado.

O objetivo da segunda milha, o propósito da segunda chance (e da terceira, e da quarta, até 70 x 7 chances) é lutar pela transformação do outro no casamento e no lar.

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Tais transformações que o outro precisa (e nós também!) nunca acontecerão do nosso jeito. Ou seja:

Zc 4.6 | ‘Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos.

Perdão, graça e segunda milha servirão para demonstrar o nosso amor pelo outro. Afinal, somente quando a esposa ou o marido sente que o outro está totalmente comprometido, mesmo se ele ou ela não muda, só então o apelo por mudanças soará como graça, ao invés de um ultimato. É assim que Deus faz conosco.

Rm 2.4 | Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento. Deus sempre nos perdoa, ele sempre derrama graça, está o tempo todo andando uma milha extra conosco, até que a sua bondade, a sua tolerância e a sua paciência, pelo seu Espírito, nos constranjam ao arrependimento.

E se ele ou ela não mudar?

E se mesmo assim o outro continuar abusando da graça? E se mesmo assim ele ou ela não mudar? Paulo diria assim: “Amontoe brasa sobre a cabeça dele ou dela!”

Rm 12.18-21 | 18 Façam todo o possível para viver em paz com todos. 19 Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. 20 Ao contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. 21 Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.

Aplicando ao casamento e ao lar, Paulo está dizendo o seguinte:

“No que depender de você, faça todo o possível para haver reconciliação e paz entre você e o seu cônjuge (filho, pai, mãe). Aja com amor e com gentileza. Isso deverá constrangê-lo, fazendo-o se queimar de vergonha, levando-o a se arrepender. Agora, se não houver mudança no indivíduo, se ele se endurecer ainda mais (o que mais comumente acontece), ele acumulará mais e mais juízo e condenação sobre si mesmo no dia do juízo final.”

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No Antigo Testamento, essa imagem de brasa sobre a cabeça está relacionada ao juízo e à condenação de Deus sobre os impenitentes (veja, por exemplo, Salmo 11.6). O apóstolo, portanto, está ensinando que o mesmo amor que move para abençoar e para constranger ao arrependimento, quando não é recebido dessa maneira, serve também para aumentar o peso da ira de Deus sobre a cabeça do pecador.

Quanto mais amor, graça, misericórdia e bondade a pessoa rejeita, mais ira e juízo estará acumulando sobre a sua própria cabeça (Leia Romanos 12.20 à luz de Romanos 2.4-5).

Rm 2.4-5 | 4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? 5 Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento.

A graça de conviver

Conviver é graça de Deus, não apenas pelos prazeres que a convivência nos traz, mas também pela transformação que ela produz ao trazermos para dentro dela o evangelho.

Não há convivência mais apropriada do que a que nós temos no lar. Dessa forma, todos nós fomos chamados a conviver com graça, não para fazer papel de bobo nem para servir de capacho das pessoas, mas para ver o outro sendo transformado à imagem de Cristo.

Há três desafios:

1) Receba a graça de Deus

Receba salvação. Receba força para prosseguir. Receba porções dobradas do Espírito. Receba graça sobre graça.

Como? Palavra, oração e comunhão fortalecedora. 2) Reparta a graça de Deus

Ame. Perdoe. Sirva. Prossiga. Tenha sempre bondade, tolerância e paciência (Rm 2.4).

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3) Reaja com fé às promessas de Deus

Espere pela ação de Deus. Ele, no tempo dele, transformará ou julgará o outro. Nosso desejo, porém, é sempre pela restauração.

Próximos capítulos…

Encorajo você a continuar conosco, pois, a seguir, veremos: 1) Casados com graça

Como marido e mulher se ajudam na santificação? Qual é o papel do marido e da esposa?

O que significa autoridade e submissão? 2) Filhos da graça

Como pais e filhos crescem juntos na graça? O que significa educar no Senhor?

O que é provocar os filhos à ira? 3) Trabalhando com graça

Uma breve teologia do trabalho.

O que significa servir a Deus e não aos homens? A graça de Deus no mundo dos negócios.

Um parêntese na série em Efésios. Afinal, todos são e fazem parte do lar. 1) Solteiros pela graça

Recebendo e repartindo graça na vida solo. 2) Divórcio e novo casamento pela ótica da graça

Graça para seguir em paz.

Graça para reconstruir em amor. 3) A graça de não ter filhos naturais

Onde está a graça de não ter filhos naturais?

Referências

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