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PROJETO DE EXTENSÃO E ENSINO DO MZFAP NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL NÃO-FORMAL

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Academic year: 2021

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PROJETO DE EXTENSÃO E ENSINO DO MZFAP NO

DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL NÃO-FORMAL

TEODORO, J. A.; VILELA, V. L. D.; CARDOSO, C. F.; SILVA, C. V. da.

RESUMO

Muitas mudanças vêm sendo propostas acerca da finalidade inicial dos museus, dos quais se sinaliza a valoração como espaços de ativa aprendizagem. A educação que se mostra hoje tão carente necessita de instrumentos que possam facilitar a aquisição de conhecimentos. O MZFAP – Museu de Zoologia da FAP trabalha com esse intuito promovendo o desenvolvimento do aprendizado, por meio do ensino não-formal, utilizando seu acervo como ferramenta atrativa para seus visitantes.

Palavras-Chave: Conhecimento; Escola; Museu de Zoologia. ABSTRACT

Many changes have been proposed about the initial purpose of museums, of which signals the valuation as spaces for active learning. The education that shows today so lacking needs instruments that may facilitate the acquisition of knowledge. The MZFAP - Museum of Zoology FAP works to this end by promoting the development of learning through non-formal education, using their collections as attractive tool for your visitors.

Keywords: Knowledge; School; Museum of Zoology. INTRODUÇÃO

Os museus de história natural tem ampla importância e não somente pelos fosseis em si, mas neles também é armazenada uma ampla coleção taxonômica que é utilizada para o estudo dessas espécies, para a compreensão

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de sua importância para o meio ambiente e para proteção e conservação das mesmas. Graças a esses e outros diversos fatos, os museus ganham aos poucos um enorme espaço como ferramenta de aprendizagem. (FALCÃO, 2009 apud VILELA; FERREIRA, 2012). Com isso são procurados como modos distintos de educação informal. Zoologia é a ciência que estuda os animais e as suas relações com o ambiente em que vivem.

A zoologia é uma disciplina oferecida nos cursos superiores de ciências biológicas, e outros afins. A disciplina é de total importância, pois tem caráter multidisciplinar, e disponibiliza para os futuros profissionais diversos campos para futuras pesquisas que venham a contribuir para a manutenção e conservação da fauna, e meio ambiente como um todo.

O Museu de Zoologia da FAP (MZFAP) foi implantado na instituição desde 2002 (VILELA; FERREIRA, 2012), onde a formação de seu acervo se deu graças aos esforços de coletas locais realizadas por professores e acadêmicos, como ainda por doações recebidas de outras entidades.

Hoje, o MZFAP conta com um acervo biológico singelo, mas diversificado, que é empregado adicionalmente nos estudos das aulas práticas, bem como nas visitas didáticas promovidas por meio do projeto extensão e ensino voltado ao atendimento de alunos de escolas públicas e particulares de Apucarana e região. Por conseguinte aqui é demostrado o intuito e a abordagem do projeto de organização e Manutenção do Museu de Zoologia da FAP, como meio de desenvolvimento do conhecimento, de caráter não-formal.

REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Durante 600 milhões de anos de história muitas espécies foram extintas e suas existências são apenas comprovadas através de fosseis obtidos pelos muitos esforços de pesquisadores (ZAHER; YOUNG, 2003), esses resquícios de história nos possibilita criarmos muitas hipóteses de como era a vida desses seres, seus hábitos, alimentação, seu possível caminho evolucionário, mas é claro que não de maneira exata. Os exemplares assim que obtidos são armazenados em museus de história natural, sem eles não saberíamos muito a respeito destas espécies.

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As espécies descritas em nosso planeta são as mais diversas possíveis, tanto que cientistas descreveram que até o momento existem cerca de 1,7 milhões de espécies descritas, mas estima-se que este o número de espécies viventes girem em torno de 10 a 100 milhões. (ZAHER; YOUNG, 2003).

A esse fato se torna relevante que locais com acervos biológicos restritos a espaços institucionais, devem se destinar não somente ao aprendizado acadêmico, mas também devem se estender ao público em geral, onde se possa atribuir outras finalidades compartilhadas como a educação ambiental, conhecimento sobre o papel da fauna nos ecossistemas e a conscientização da necessidade da conservação e sustentabilidade.

É oferecido mediante o projeto de Extensão e Ensino “Organização e Manutenção do Museu de Zoologia”, a oportunidades de agendamento de visitas com propostas didáticas ou somente a título de curiosidade em conhecer o acervo do local.

O museu conta com um número razoável de exemplares, desde pequenos invertebrados até vertebrados de médio porte. O acervo da Coleção Entomológica é mais elaborado, e contêm as mais variadas espécies de insetos da região, coletados por alunos do curso de Biologia no período em que são abordados os conteúdos dessa natureza.

A manutenção e conservação do acervo são realizadas através de um projeto e é disponível aos alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da FAP. Os mesmos desenvolvem diversas atividades como manutenção dos materiais e do local onde está inserido o acervo. Coletas, identificação, produção de instrumentos de coleta, bem como atividades de apresentação do acervo a comunidade escolar e leiga também fazem parte das atividades propostas pelo projeto.

As exposições do acervo não são realizadas somente na instituição, quando solicitado pode até mesmo se apresentar de forma itinerante, onde estagiários e coordenador do projeto expõem o acervo nas localidades, como escolas, feiras, mostras profissionais, entre outros.

O MZFAP, portanto se coloca como ferramenta de aprendizagem não-formal, onde alunos visitantes das escolas do ensino fundamental e médio sejam elas públicas ou particulares de Apucarana e região, possam usufruir do seu

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acervo. Deste modo é possibilitado a eles o contato direto com diversos materiais biológicos que estão presentes no contexto do seu cotidiano ou não, fazendo com que sejam estimulados de forma que gerem questionamentos reflexões e ou discussões.

Por outro lado os acadêmicos envolvidos nas atividades do projeto se fortalecem e observam cada vez mais os fortes vínculos afetivos criados com a disciplina de zoologia, e o ato de poder desenvolver e não testar o conhecimento a partir da promoção das atividades para ambas as partes, já que as formas de educação associada aos museus oferecem uma forma de ensino participativa e descentralizada.

Os alunos que visitam o museu podem compreender como as espécies se encaixam na natureza e qual seu papel (CHAGAS, 1993), e por mais que em sala o aluno tenha assistido a uma excelente aula expositiva sempre restam dúvidas, e isso muitas vezes pode ser esclarecido em locais de ensino não- formal. Isso porque o aluno não aprende somente na escola como também fora dela, e em muitos outros lugares devido ao fato de uma experiência vivenciada.

Gaspar (1992) enfatiza que centros de ciências podem auxiliar no ensino informal, e que um povo culto não deve apenas basear seu conhecimento na permanência em uma sala de aula, e que receber estímulos culturais em diferentes locais é muito importante. Esse, portanto é um dos fatores que pode tornar uma visita ao um museu interessante, e que a busca do conhecimento é produzida pelo próprio visitador.

O que pode ilustrar a eficácia da forma de ensino não-formal por meio do museu seria o fato de que, os visitantes não se sentem na obrigação de ouvir determinado conteúdos ensaiados pelos apresentadores, devido a liberdade que o visitante tem de procurar o que mais lhe chame a atenção diante da exposição, e que Marandino (2005) reforça que o visitante escolhe, determina e segue sob sua vontade o que lhe é apreciável.

CONCLUSÃO

A obrigatoriedade de estarem em uma sala de aula tendo apenas o livro como base de pesquisa pode ser bastante monótona para os alunos, e atividades

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complementares alternativas pode trazer maior prazer na aquisição do aprendizado.

As atividades educativas não-formais decorrentes do projeto MZFAP são apreciadas, pois possibilitam a vivência prática e real do que até então havia sido considerado apenas teoricamente para muitos dos seus visitantes.

Para os estagiários do projeto, a experiência é muito apropriada e valiosa, pois se tratando de um curso de licenciatura gera motivação para o autodesenvolvimento na busca de sua autonomia e competências para o êxito na vida acadêmica e profissional.

REFERÊNCIAS

CHAGAS, I. Aprendizagem não formal/formal das ciências: Relações entre museus de ciência e escolas. Revista de Educação; Lisboa; 1993.

GASPAR, A. O Ensino Informal De Ciências: De Sua Viabilidade E Interação Com O Ensino Formal À Concepção De Um Centro De Ciências; Cad. Cat. Ens. Fis.; Florianópolis; 1992.

MARANDINO, M.; Museus de Ciências como Espaços de Educação; In: Museus:

dos Gabinetes de Curiosidades à Museologia Moderna. Belo Horizonte:

Argumentum; p. 165-176; 2005. Disponível em:

<http://www.disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/46114/mod_resource/content/1/T exto/Educa%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20formal%20e%20museus.pdf> . Acesso em: 04 de outubro de 2013.

VILELA, V. L. D.; FERREIRA, S. A. Apresentação do Projeto de Extensão do Museu da Fap Como Instrumento de Ensino Não Formal. Revista Eletrônica de

Educação; Ano V; n. 10; 2012.

ZAHER, H.; YOUNG, S. P. As Coleções Zoológicas Brasileiras: Panoramas e Desafios; Ciência Cultura; vol.55; n 3; São Paulo. 2003.

Referências

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