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Caderno de Apoio Ao Professor -Manual Interações

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Academic year: 2021

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(1)

Propostas de planificação

Situações de aprendizagem

Recursos de apoio

à aprendizagem

Testes de avaliação

com tipologia de exame

CADERNO

DE

APOIO

AO

PROFESSOR

– 11.

o

ANO

Português

(2)

NOTA INTRODUTÓRIA. . . 3

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS. . . . 4

AULA DIGITAL. . . 8

CONTRIBUTOS PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR. . . 10

Finalidades da disciplina de Português . . . 10

Objetivos da disciplina de Português . . . 10

EXPLORAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS DE ENSINO Sequência de ensino-aprendizagem n.o1 A. Planificação . . . 12

B. Em interação: Situações de aprendizagem . . . 13

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações de aprendizagem . . . 17

D. Recursos de apoio à avaliação das situações de aprendizagem . . . 24

E. Teste de avaliação n.o1. . . . 32

Sequência de ensino-aprendizagem n.o2 A. Planificação . . . 43

B. Em interação: Situações de aprendizagem . . . 44

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações de aprendizagem . . . 46

D. Recursos de apoio à avaliação das situações de aprendizagem . . . 54

E. Teste de avaliação n.o2. . . . 59

Sequência de ensino-aprendizagem n.o3 A. Planificação. . . 72

B. Em interação: Situações de aprendizagem . . . 73

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações de aprendizagem . . . 76

D. Recursos de apoio à avaliação das situações de aprendizagem . . . 81

E. Teste de avaliação n.o3 . . . . 87

(3)

Sequência de ensino-aprendizagem n.o4

A. Planificação . . . 98

B. Em interação: Situações de aprendizagem . . . 99

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações de aprendizagem. . . 102

D. Recursos de apoio à avaliação das situações de aprendizagem . . . 115

E. Teste de avaliação n.o4. . . . 120

Sequência de ensino-aprendizagem n.o5 A. Planificação . . . 132

B. Em interação: Situações de aprendizagem . . . 133

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações de aprendizagem . . . 136

D. Recursos de apoio à avaliação das situações de aprendizagem . . . 143

E. Teste de avaliação n.o5 . . . . 146

SOLUÇÕES DOS RECURSOS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO E À AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM . . . 157

(4)

NOTA INTRODUTÓRIA

O Caderno de Apoio ao Professor (CAP) do Interações do 11.oano pretende ser um instrumento de apoio à

ativi-dade dos docentes na promoção de uma aprendizagem significativa e contextualizada. As propostas apresentadas configuram um paradigma fundamentado num modelo dinâmico de aprendizagem, no qual o aluno (re)constrói o saber, partindo de um significado contextual e interacional e buscando a transformação para intervir na realidade. Sem este propósito de intervenção, qualquer aprendizagem é inócua.

Mais do que um momento em que se apresentam conceitos, a aula de Português deve provocar aprendizagens. Daí que este CAP proponha um trabalho em torno de situações de aprendizagem globais, progressivamente mais complexas e que exigem um olhar do aluno sobre os seus limites e potencialidades, criando novas relações com o conhecimento.

No desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, o professor busca formas criativas e estimulantes para desafiar as estruturas cognitivas dos alunos, procurando, simultaneamente, avaliar os procedimentos adota-dos na resolução das atividades. A avaliação é diversificada e emerge das situações de aprendizagem, apresentando o CAP instrumentos auxiliares da prática avaliativa, sob a forma de grelhas simplificadas, onde se procura averi-guar do grau de desenvolvimento das competências preconizadas pelo Programa. A avaliação mais formal surge em testes globais, no final de cada sequência, procurando familiarizar os alunos com o modelo de exame de final de ciclo.

Todas as propostas aqui apresentadas foram construídas na convicção de que a aprendizagem constitui um processo dialógico problematizador e que só é possível em sintonia e conexão com os outros. A língua portuguesa pode ser, afinal, o veículo de todas as interações!

(5)

O novo acordo ortográfico no sistema educativo português

Principais alterações

Por Paulo Feytor Pinto

A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em 2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anos durante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portugueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.

Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasileira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português. Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologia utilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.

As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes: 1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).

2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX). 3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).

4. Supressão de acento em palavras graves (Base IX).

5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (Bases XV-XVII).

A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia, em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução da Assembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em:

http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf

A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de 2011, adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince desenvolvidos pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que o texto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:

www.portaldalinguaportuguesa.org

Alfabeto

k w y

As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utilização mantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias de outras lín-guas e seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait, km ou watt.

(6)

Minúsculas

sábado agosto verão sul senhor Silva

A letra minúscula inicial é obrigatória nos:

– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira… – nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro… – nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…

– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci-dente europeu, mas o Ocioci-dente.

A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, cardeal Santos…

A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em:

– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição. – nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.

– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade. – designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.

C & P

ação facto ótimo apto

As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conce-ção, letivo, noturno, perentório, sintático…

As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, contacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…

Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio.

Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor. Já existiam em português outras palavras com mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.

As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…

A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega, mulher, vinho.

(7)

Acento

joia heroico leem veem pera para

O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se portanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide, para-noico…

O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas em eem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem…

O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas da mesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo já podia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ou nome), fora (verbo ou advérbio)…

O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoa do plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos, andámos, comprámos…

Hífen

autoavaliação paraquedas semirrígido suprassumo fim de semana hei de

O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento não autónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, anti-americano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo…

O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido de vogal ou n, pan seguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter: pós --graduação, pan-americano, sub-região…

O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, man-tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…

O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pontapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…

O hífen é substituído por r ou s, duplicando-o, nas palavras derivadas e compostas acima referidas em que a última letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s : semirrí-gido, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…

O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho…

(8)

O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidas da preposição de: hei de, hás de, há de e hão de.

Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano, cor-de-rosa… O hífen mantém-se em todos os restantes casos:

– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…

– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti-ibé-rico, hiper-realista…

– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei… – encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niterói…

(9)

AULA DIGITAL

A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Interações, através das novas tecnologias em sala de aula. Utilize uma ferramenta inovadora que lhe permitirá tirar o melhor partido do seu projeto escolar, simplificando o seu trabalho diário.

Explore e vá mais longe

Projete e explore as páginas do manual na sala de aula e aceda a um conjunto de conteúdos multimédia inte-grados com o manual, para tornar a sua aula mais dinâmica:

Vídeos – documentários de divulgação científica, biografias dos autores abordados no Programa ou anúncios publicitários são alguns dos vídeos disponibilizados na Aula Digital, que permitem explorar, de forma original e criativa, os diferentes conteúdos programáticos.

Áudios – gravações de leituras expressivas de diversos textos do manual.

PowerPoint – apresentações multimédia sobre as principais obras e autores abordados no manual (Um olhar sobre…) e temas como publicidade, discurso político ou dramatização.

Testes Interativos – extenso banco de testes interativos personalizáveis e organizados de acordo com os diversos temas do manual.

Links Internet – sugestões de endereços de páginas na Internet com conteúdos de apoio às matérias explo-radas em contexto de sala de aula, com vista a complementar informação e a alargar conhecimento.

Prepare as suas aulas em pouco tempo

A Aula Digital simplifica a preparação de aulas com as novas tecnologias. Prepare facilmente sequências pla-neadas e personalizadas de recursos digitais, para exploração no quadro interativo ou com o projetor simples.

Avalie os seus alunos de forma fácil

Utilize os testes predefinidos ou crie um à medida da sua turma, a partir de uma base de mais de 300 ques-tões.

Imprima os testes para distribuir, projete em sala de aula ou envie aos seus alunos com correção automática.

Acompanhe o progresso dos alunos através de relatórios de avaliação detalhados.

Comunique e interaja

Tire partido das funcionalidades de comunicação e de interação que lhe permitem trocar mensagens e parti-lhar recursos com os seus alunos.

(10)

Sequência CD Áudio Vídeos PowerPoint Outros recursos

1

Singlese publicidade

radiofónica

Vídeo Tvnet sobre

a enzima protetora da malária

Eles andam aí

(vídeos 1 e 2) Ler um artigo de apreciação crítica Um olhar sobre a publicidade Código da Publicidade (documento) Formulário de Reclamação do Consumidor (documento) A retórica ou a arte de convencer (documento) Testes interativos 2 Um mundo multirriscos A herança de Padre António Vieira Sermão de Santo

António aos Peixes – Capítulo I

Sermão de Santo

António aos Peixes –

Capítulo V(excerto)

Sermão de Santo

António aos Peixes – Capítulo IV

Pluralidade cultural –

índios no Brasil, quem são eles A arquitetura barroca O problema da história única Argumentar para convencer

Um olhar sobre o Sermão

de Santo António aos Peixes Educação, um tesouro a descobrir, de Jacques Delors (documento) Testes interativos 3 Memória ao Conservatório Real de Lisboa

Frei Luís de Sousa, ato

I, cena VIII

Frei Luís de Sousa, ato

III, cena IV

Frei Luís de Sousa, ato

III, cena XI

Louvor a Garrett, de

António Mega Ferreira

Tragédia e Drama

Um olhar sobre Frei Luís

de Sousa

Testes interativos

4

Os Maias,capítulo VIII

(excerto)

Os Maias, capítulo XVII

(excerto)

Os Maias, capítulo IV

(excertos)

Eça de Queirós,

realidade e ficção

Conhecer Eça de Queirós

Um olhar sobre Os Maias

Testes interativos

5

«Num bairro moderno»

«Cristalizações»

«Deslumbramentos»

«Contrariedades»

«De tarde»

«Provincianas»

Nas nossas ruas,

ao anoitecer

Um olhar sobre a poética

de Cesário Verde

Testes interativos

Materiais multimédia

(11)

CONTRIBUTOS PARA

O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

«O programa de Português valoriza o exercício do pensamento reflexivo pela importância de que se reveste no desenvolvimento de valores, capacidades e competências decorrentes do processo de ensino formal, atribuindo à escola a função de incrementar a capacidade de compreensão e expressão oral e escrita do aluno.»1

Finalidades da disciplina de Português:

«Assegurar o desenvolvimento das competências de compreensão e expressão em língua materna.

Desenvolver a competência de comunicação, aliando o uso funcional ao conhecimento reflexivo sobre a língua.

Formar leitores reflexivos e autónomos que leiam na Escola, fora da Escola e em todo o seu percurso de vida, cons-cientes do papel da língua no acesso à informação e do seu valor no domínio da expressão estético-literária.

Promover o conhecimento de obras/autores representativos da tradição literária, garantindo o acesso a um capi-tal cultural comum.

Proporcionar o desenvolvimento de capacidades ao nível da pesquisa, organização, tratamento e gestão de infor-mação, nomeadamente através do recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivo das poten-cialidades da língua.

Contribuir para a formação do sujeito, promovendo valores de autonomia, de responsabilidade, de espírito crítico, através da participação em práticas de língua adequadas.

Promover a educação para a cidadania, para a cultura e para o multiculturalismo, pela tomada de consciência da riqueza linguística que a língua portuguesa apresenta.»2

Objetivos da disciplina de Português:

«Desenvolver os processos linguísticos, cognitivos e metacognitivos necessários à operacionalização de cada uma das competências de compreensão e produção nas modalidades oral e escrita.

Interpretar textos/discursos orais e escritos, reconhecendo as suas diferentes finalidades e as situações de comu-nicação em que se produzem.

Desenvolver capacidades de compreensão e de interpretação de textos/discursos com forte dimensão simbólica, onde predominam efeitos estéticos e retóricos, nomeadamente os textos literários, mas também os do domínio da publicidade e da informação mediática.

1 Programa de Português do 10.o, 11.oe 12.oanos dos Cursos Científico-Humanísticos e Cursos Tecnológicos do Ensino Secundário, páginas 2 e 3. 2 Idem, página 6.

(12)

Desenvolver o gosto pela leitura dos textos de literatura em língua portuguesa e da literatura universal, como forma de descobrir a relevância da linguagem literária na exploração das potencialidades da língua e de ampliar o conhecimento do mundo.

Expressar-se oralmente e por escrito com coerência, de acordo com as finalidades e situações de comunicação.

Proceder a uma reflexão linguística e a uma sistematização de conhecimentos sobre o funcionamento da língua, a sua gramática, o modo de estruturação de textos/discursos, com vista a uma utilização correta e adequada dos modos de expressão linguística.

Utilizar métodos e técnicas de pesquisa, registo e tratamento de informação, nomeadamente com o recurso às TIC.

Desenvolver práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício da autonomia, da cidadania, do sen-tido de responsabilidade, cooperação e solidariedade.»3

(13)

Competências transversais

Comunicação: Componentes linguística, discursiva/textual, sociolinguística, estratégica.

Estratégica: Estratégias de leitura e de escuta adequadas ao tipo de texto e à finalidade; seleção e organização de infor-mação; operações de planificação, execução e avaliação da escrita e da oralidade; pesquisa em vários suportes; conce-ção e utilizaconce-ção de instrumentos de análise; elaboraconce-ção de ficheiros; utilizaconce-ção das TIC.

Formação para a cidadania: Tomada de consciência e exercício de direitos e deveres; apresentação e defesa de opi-niões; desenvolvimento do espírito crítico.

Tipos de texto: Artigos científicos e técnicos, artigos de apreciação crítica, textos publicitários, reclamação/ protesto

COMPREENSÃO ORAL

Testes de compreensão oral (CD áudio/ manual):

Documentário de índole científica:

A árvore genealógica da humanidade.

Publicidade (comercial e institucional):

Jogos Santa Casa; Eles andam aí...; Água

das Pedras.

Escuta/visionamento:

Documentário de índole científica:

A árvore genealógica da humanidade.

Publicidade (comercial e institucional):

Jogos Santa Casa; Eles andam aí...;

Água das Pedras.

Outros documentários e exemplos de publicidade selecionados na comunica-ção social por professores e alunos.

EXPRESSÃO ORAL

Textos de apreciação crítica. Textos publicitários.

Descrição e interpretação de imagens.

EXPRESSÃO ESCRITA

Artigos de apreciação crítica. Texto publicitário.

Reclamação/Protesto.

LEITURA Textos informativos(páginas 15 a 28)

Leitura seletiva:

Loucos por anúncios, página 51.

A arte de chamar a atenção, página 52.

A retórica ou a arte de convencer

(Aula Digital).

COMPETÊNCIAS NUCLEARES

SEQUÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM N.

o

1

10 blocos 90 minutos (20 aulas)

A. Planificação

(14)

LEITURA

Artigos científicos e técnicos.

Artigos de apreciação crítica (socieda-de, economia, política, cultura); edito-rial.

Reclamação/Protesto.

Leitura analítica:

Jovens cientistas europeus em Lisboa

Pura adrenalina

Está aí alguém?

Lugar ao sol

Direito à esperança

O meu avô, o meu pai e eu

As salas de aula, 50 anos depois

Cinema e democracia

Sistemas quânticos e eterna juventude

Leitura global: Textos do manual e outros selecionados pelo(a) professor(a) e pelos alunos em revistas e jornais da atualidade. Leitura recreativa: Contrato de Leitura.

Imagem fixa e em movimento: Imagens de publicidade comercial e institucional.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

Tempo, aspeto e modalidade. Tropos e figuras retóricas.

Consolidação dos conteúdos de morfologia, classes de palavras, sintaxe.

AVALIAÇÃO Avaliação das competências e avaliação do Webfólio/Portefólio (facultativo). Autoavaliação e coavaliação para regulação das aprendizagens.

COMPETÊNCIAS NUCLEARES

B. Em interação: situações de aprendizagem

Situação de aprendizagem n.o1

Visionamento de documentário de índole científica (manual); tomada de notas.

Interação verbal em torno das ideias expressas no documentário.

Identificação de vocabulário específico e construção de glossário de termos científicos.

Deteção da estrutura do documentário.

Oficina de escrita (planificação):

– Planificação de texto a partir das ideias expressas no documentário: construção do universo de referência/ tópico; determinação da situação e objetivos de comunicação; construção de um plano-guia.

Documentário de índole científica.

Artigos científicos e técnicos.

Artigos de apreciação crítica (sociedade, economia, política, cultura); editorial.

Publicidade (comercial/institucional); texto publicitário.

(15)

Avaliação:

Avaliação da interação verbal.

Participação ativa no trabalho da oficina de escrita.

Avaliação do plano construído.

Balanço individual do trabalho desenvolvido e das aprendizagens realizadas.

Situação de aprendizagem n.o2

Pesquisa e constituição de Webfólio/Portefólio de artigos científicos e técnicos.

Seleção dos artigos por área de ciência/técnica.

Constituição de pequenos grupos por área científica/técnica de interesse dos alunos.

Leitura dos artigos selecionados para levantamento de vocabulário específico e informação.

Elaboração de glossário de termos científicos.

Produção de um PowerPoint com informação relevante extraída dos artigos para ser apresentado à turma.

Alargamento do conhecimento: pesquisa de um termo/experiência apresentado(a) nos artigos que suscite a curiosidade intelectual do grupo.

Apresentação à turma do resultado da pesquisa.

Avaliação:

Auto e coavaliação do trabalho em grupo.

Produção de um texto individual, a partir de um dos artigos analisados e da informação recolhida, utilizando vocabulário específico.

Balanço individual do trabalho desenvolvido e das aprendizagens realizadas.

Situação de aprendizagem n.o3

Leitura, em trabalho de pares, de um editorial apresentado pelo professor:

– Deteção da opinião do meio de comunicação – ponto de vista da entidade/instituição.

– Modo como influencia a opinião pública a tomar aquele posicionamento como verdadeiro ou certo. – Relevância do tema tratado.

– Afirmações que conferem ao editorial um estatuto de autoridade.

– Enquadramento no género de discurso jornalístico que é persuasivo por natureza e visa orientar os indivíduos e a sociedade em geral.

Apresentação oral e registo de conclusões.

Leitura analítica individual de um editorial trazido pelo par com quem o aluno trabalhou inicialmente – registo escrito.

Avaliação:

Avaliação da interação verbal e da apresentação oral.

Auto e coavaliação do trabalho em pares.

Leitura analítica individual de um editorial.

(16)

Situação de aprendizagem n.o4

Constituição de quatro grandes grupos para leitura de artigos de apreciação crítica (sociedade, economia, políti-ca, cultura).

Procedimentos de leitura para cada grupo:

– Identificação de sequências informativas e de sequências argumentativas. – Identificação da tese defendida.

– Registo de argumentos que revelem a apreciação crítica do autor do artigo.

– Levantamento de exemplos utilizados para comprovar a tese e ilustrar os argumentos. – Registo da utilização de linguagem valorativa ou depreciativa.

– Identificação do tom utilizado, de acordo com a intenção da crítica.

– Verificação da consecussão do objetivo de atingir a eficácia persuasiva, isto é, de influenciar o leitor.

Apresentação oral e registo de conclusões.

Oficina de escrita (planificação, textualização e revisão): – Elaboração de um artigo de apreciação crítica (manual):

– Estrutura. – Características.

– Expressão de pontos de vista e de juízos de valor. – Estratégias argumentativas.

– Vocabulário (valorativo ou depreciativo). Avaliação:

Auto e coavaliação do trabalho em grupo.

Avaliação da interação verbal e da apresentação oral.

Participação ativa no trabalho da oficina de escrita.

Elaboração individual de um artigo de apreciação crítica.

Balanço individual do trabalho desenvolvido e das aprendizagens realizadas.

Situação de aprendizagem n.o5

Trabalho em pequenos grupos em torno de anúncios publicitários escritos e audiovisuais.

Leitura de imagem.

Identificação de características da linguagem publicitária/dos mecanismos de persuasão.

Levantamento dos recursos expressivos que suportam a informação/crítica/argumentação.

Ficha de funcionamento da língua a partir do anúncio.

Produção de um anúncio publicitário que evidencie a relação entre o verbal e o visual, com recurso à função informativa, crítica e argumentativa da imagem e a figuras de estilo/tropos adequados.

Avaliação:

Auto e coavaliação do trabalho em grupo.

Anúncio publicitário produzido.

(17)

Situação de aprendizagem n.o6

Leitura, em pares, de textos onde seja evidente a reclamação/o protesto: levantamento de factos/situações, razões apresentadas, argumentação evidenciada, soluções alternativas propostas, linguagem que suporta a reclamação/o protesto.

Ficha de funcionamento da língua a partir do texto.

Elaboração, em pares, de reclamação/protesto sobre tema à escolha.

Avaliação:

Produção individual de reclamação/protesto.

(18)

C. Recursos de apoio ao desenvolvimento das situações

de aprendizagem

Jovens identificaram espécie de rã-de-focinho-pontiagudo

Três alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves conseguiram identificar, na região de Odemira, uma espécie de rã da família Discoglossidae – também chamada de rã-de-focinho-pontiagudo –, consi-derada espécie protegida, mas atualmente ameaçada por destruição de habitat. A descoberta valeu-lhes o tercei-ro lugar no Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores e a participação na Semana Internacional de Investigação, na Suíça, que vai decorrer entre 27 de junho e 3 de julho.

Com o projeto Anfíbios e répteis: completar o atlas para a região de Odemira, Francisco Silva, João Pedro Pereira e Rúben Gonçalinho, todos da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, conseguiram garantir a presença na Semana Internacional de Investigação que durante sete dias junta, na Suíça, mais de 20 jovens cien-tistas, entre os 17 e os 20 anos, de várias nacionalidades.

A ideia desta Semana é promover o contacto com a natureza, descobrir a vida selvagem alpina e, simultanea-mente, despertar os mais novos para os temas relacionados com a ecologia, a biodiversidade, o comportamento animal ou as diferentes espécies de plantas. O objetivo é que os participantes desenvolvam um trabalho de inves-tigação sobre uma área, podendo fazer análises de campo para obter as conclusões necessárias.

Em Portugal, os três alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves identificaram novas espé-cies de anfíbios e répteis da Região de Odemira, ajudando a valorizar o património natural daquela zona e, por outro lado, a promover a sua conservação efetiva. A ideia surgiu quando «nos deparámos, pela primeira vez, com o Atlas editado em 2008 pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade e percebemos que espécies que estávamos habituados a ver na zona de Odemira não se encontravam registadas nas respetivas quadrículas», explicam os alunos.

Orientados pela professora Paula Canha, calçaram as botas de borracha e os impermeáveis e durante alguns meses percorreram vários charcos, munidos de recipientes para a identificação das larvas de anfíbios, réguas, lanternas e máquina fotográfica.

De entre as espécies com maior número de novos registos, isto é, que foram encontradas em quadrículas nas quais a equipa do Atlas não as detetou, destacam-se: o tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai ), a rã-de-focinho -pontiagudo (Discoglossus galganoi ), a cobra-cega (Blanus cinereus ), a cobra-de-ferradura (Hemorrhois hippocrepis ) e a cobra-de-capuz (Macroprotodon brevis).

A presença dos «jovens investigadores» na Suíça conta com o apoio da Fundação da Juventude, entidade que vai promover a organização da Final Europeia para Jovens Cientistas, a decorrer em Lisboa, no próximo mês de setembro. Fonte: www.cienciahoje.pt 5 10 15 20 25

(19)

A dança das partículas fantasmas

O neutrino é uma partícula engraçada. Teorizada pelo físico austríaco Wolfgang Pauli, em 1930, só viria a ser detetada 30 anos mais tarde. Porém está em todo o lado: em cada segundo chegam até nós, vindas do Espaço, 65 mil milhões destas partículas por centímetro quadrado. As estrelas e as centrais nucleares produzem-nas, tal como a radioatividade natural e, até, o corpo humano.

Estas partículas mínimas são impercetíveis. Como só raramente interagem com a matéria, atravessam-na como fantasmas inofensivos, quer estejamos a falar de uma parede, de uma pessoa ou dos 732 quilómetros de subsolo que separam o CERN (Centro Europeu de Física das Partículas), em Genebra, do laboratório de Gran Sasso, perto de Roma.

Foram estes laboratórios a detetar a metamorfose da partícula, como anunciaram os cientistas da equipa internacional da experiência Opera, iniciada em 2006.

O neutrino apresenta-se sob três formas ou «sabores»: o neutrino do eletrão, o neutrino do muão e o neutrino do tau. Contudo, pode sofrer uma mutação brusca – oscilar, como dizem os físicos – de um tipo para outro.

A experiência Opera teve início no CERN, onde se procede à aceleração de protões – partículas elementares de carga positiva – contra um alvo de grafite. A colisão produz outras partículas elementares que se desintegram rapidamente, fazendo desaparecer, sobretudo, os neutrinos do muão.

Enterradas 1400 metros abaixo da superfície para ficarem protegidas dos raios cósmicos, as salas de teste do laboratório de Gran Sasso foram construídas viradas para Genebra. Dentro delas, um detetor, constituído por 150 mil tijolos de chumbo e por emulsões fotográficas, aguarda os biliões de biliões de neutrinos de muão envia-dos pelo CERN.

Foi no meio desta horda de partículas do tipo muão que os investigadores apanharam nas suas redes uma partícula tau. «É quase como se um cão tivesse ido dar um passeio e voltado transformado num gato», dizem os físicos.

Essa confirmação experimental é importante porque, segundo a teoria, para se poder transformar, o neutrino precisa de ter massa. Acontece que o Modelo-Padrão, o sustentáculo em que, desde há décadas, assenta toda a física das partículas, presume que o neutrino não tem massa – tal como o fotão, a partícula mensageira da luz.

Para Alain Blondel, estamos a aproximar-nos de uma coisa fundamental: a física dos neutrinos com massa poderá ter desempenhado um papel no desequilíbrio entre matéria e antimatéria, o desequilíbrio que possibilitou que as duas entidades não se tivessem aniquilado por completo depois do Big Bang. «Isso poderia permitir-nos compreender por que razão o mundo é feito de matéria e não de antimatéria.»

Lucia Sillig, in Courrier Internacional, n.o174, agosto de 2010 (texto com adaptações)

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(20)

Leitura interativa

1. Especifica o tema deste artigo.

2. Relaciona o título com o tema que indicaste na questão anterior.

3. Atenta nas seguintes afirmações:

a)«O neutrino é uma partícula engraçada» (linha 1).

b)«atravessam-na como fantasmas inofensivos» (linha 5-6).

c)«Essa confirmação experimental é importante» (linha 23).

3.1Explica cada uma delas, de acordo com o sentido do texto.

4. Explicita o facto que leva os físicos a afirmar: «É quase como se um cão tivesse ido dar um passeio e voltado transformado num gato.»

5. Faz três perguntas sugestivas a partir das informações contidas no artigo.

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Admirável mundo próprio

Assíduas e pontuais, as pessoas afetadas por síndroma de Asperger adaptam-se surpreendentemente bem ao mundo digital. História de sucesso numa empresa suiça onde estão em maioria.

Aos 37 anos, Susan Conza dirige, em Zurique, uma empresa de informática fora do comum: emprega técnicos com síndroma de Asperger, uma forma ligeira de autismo. Fundada há dois anos, a Asperger Informatik tem seis funcionários e dá lucro. «Não somos uma instituição social, mas uma sociedade anónima lucrativa», afirma a dire-tora que também sofre da doença.

Antes de se lançar no webdesign, a firma especializara-se em testes aos programas informáticos, uma tarefa meticulosa e repetitiva que se adequa na perfeição a um Asperger. Geralmente inteligentes, as pessoas com esta doença revelam competências em áreas técnicas, como a mecânica e a informática, as artes e as línguas.

A empresa emprega dois «neurotípicos», o nome que os Asperger dão às pessoas normais: o sogro da diretora é o responsável pelos recursos humanos e pela gestão de projetos. Susan Conza acompanha os funcionários nas des-locações aos clientes, para evitar percalços que possam inviabilizar o trabalho, nomeadamente em grandes gabi-netes por onde circulam dezenas de pessoas. «Compreendemos mal a linguagem corporal, as subtilezas da língua e as metafóras. A ambiguidade desestabiliza-nos: as coisas têm de ser claras, verdadeiras ou falsas. O aparecimen-to da Internet ajudou-nos imenso: sentimo-nos mais à vontade a comunicar por correio eletrónico do que por tele-fone. Estamos muito bem adaptados ao mundo digital e já me questionei se não seremos os representantes de uma nova etapa na evolução da espécie humana», diz a sorrir Susan Conza, a quem não faltam humor e encanto.

«A nossa franqueza total pode parecer brusca. Se pensamos que um chefe não tem razão, dizemos. Sem arro-gância, mas também sem rodeios...». Esta sinceridade e a criatividade podem ser uma vantagem na política e nas empresas. Damos connosco a sonhar: um mundo onde as manipulações dos políticos e as ligações de amizade darão lugar a trocas diretas, francas e unívocas... Medo da solidão, propensão para a mentira, hipersensibilidade e negação da realidade: os neurotípicos também têm alguns defeitos. Mas, ao contrário dos Asperger, nunca os reconhecem.

Daniel Saraga, in Courrier International, n.o174, agosto de 2010 (texto com adaptações)

Leitura interativa

1. A partir das ideias contidas no texto, caracteriza:

1.1 os Asperger;

1.2 os neurotípicos.

2. «(…) e já me questionei se não seremos os representantes de uma nova etapa na evolução da espécie humana» (linhas 16-17).

2.1 Explica o contexto em que surge esta afirmação.

3. Salienta as razões que permitem validar a opinião de que a sinceridade e a criatividade podem ser uma vanta-gem na política e nas empresas.

4. Trabalho de grupo: Imagina que vais constituir uma empresa. Elabora um breve estudo de implementação: – Indica o ramo de atividade. – Apresenta a tua visão de futuro, estabelecendo metas.

– Estabelece o horário de trabalho. – Perspetiva a rentabilidade. – Traça o perfil dos funcionários. – Sê criativo.

– Esboça a hierarquia.

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Compreensão oral

Filme publicitário

Jogos Santa Casa

Se eu ganhasse, a primeira coisa que fazia era comprar uma casa com piscina e com vista para o mar. Comprava um carro novo para a minha irmã e outro para o meu irmão. Comprava um barco para os meus pais. À Sara, comprava um colar de diamantes. Depois, pegava em todos os meus amigos e fazia uma festa numa ilha deserta.

Este é o outro lado dos jogos, sempre que apostar está a apoiar inúmeras instituições que todos os dias levam esperança e sorrisos a milhares de pessoas. Aposte nos jogos da Santa Casa. Se ganhar, vai fazer muita gente feliz; se não ganhar, também.

Filmes publicitários

Eles Andam Aí

a) Cheguei de manhãzinha. Já ali estava um objeto não identificado, parecia uma pipa serrada ao meio que fazia UUUUUUUUUUUUUU!!!! Com medo que me roubassem as ameixas soltei os cães – era só o que faltava, não haver ameixas para o novo néctar da Compal. Abalaram, não levaram uma ameixa!

A Compal orgulha-se de ter as ameixas mais procuradas de todas. Novo Compal Clássico Ameixa. Fruta que faz tão bem como sabe.

b) Olhe, era p’ra aí dez p’ras cinco quando comecei a sentir os cães alvoraçados. Abateu-se uma luz, ficou dia, assim p’ro vermelho, aquilo parecia um ovo estrelado de ferro, parado ali por cima daquele carreiro. Pensei logo, mais uns maganos que vêm roubar as ameixas, atão e depois, e se as roubam? O que é que digo aos senho-res da Compal? Eles precisam das ameixas para fazer o novo néctar. Vai daí, deitei unhas à enxada, sumiram-se de tal maneira, nunca mais os vi!

A Compal orgulha-se de ter as ameixas mais procuradas de todas. Novo Compal Clássico Ameixa. Fruta que faz tão bem como sabe.

(23)

Código da Publicidade1

Artigo 3.o

Conceito de publicidade

1. Considera-se publicidade, para efeitos do presente diploma, qualquer forma de comunicação feita por entidades de natureza pública ou privada, no âmbito de uma atividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objetivo direto ou indireto de:

a) Promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços; b) Promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições.

2. Considera-se, também, publicidade qualquer forma de comunicação da Administração Pública, não prevista no número anterior, que tenha por objetivo, direto ou indireto, promover o fornecimento de bens ou serviços.

3. Para efeitos do presente diploma, não se considera publicidade a propaganda política. (…)

Artigo 6.o

Princípios da publicidade

A publicidade rege-se pelos princípios da licitude, identificabilidade, veracidade e respeito pelos direitos do consumidor. Artigo 7.o

Princípio da licitude

1. É proibida a publicidade que, pela sua forma, objeto ou fim, ofenda os valores, princípios e instituições fundamen-tais constitucionalmente consagrados.

2. É proibida, nomeadamente, a publicidade que:

a) Se socorra, depreciativamente, de instituições, símbolos nacionais ou religiosos ou personagens históricas; b) Estimule ou faça apelo à violência, bem como a qualquer atividade ilegal ou criminosa;

c) Atente contra a dignidade da pessoa humana;

d) Contenha qualquer discriminação em relação à raça, língua, território de origem, religião ou sexo; e) Utilize, sem autorização da própria, a imagem ou as palavras de alguma pessoa;

f) Utilize linguagem obscena;

g) Encoraje comportamentos prejudiciais à proteção do ambiente; h) Tenha como objeto ideias de conteúdo sindical, político ou religioso.

3. Só é permitida a utilização de línguas de outros países na mensagem publicitária, mesmo que em conjunto com a língua portuguesa, quando aquela tenha os estrangeiros por destinatários exclusivos ou principais, sem prejuí-zo do disposto no número seguinte.

4. É admitida a utilização excecional de palavras ou de expressões em línguas de outros países quando necessárias à obtenção do efeito visado na conceção da mensagem.

Artigo 8.o

Princípio da identificabilidade

1. A publicidade tem de ser inequivocamente identificada como tal, qualquer que seja o meio de difusão utilizado. 2. A publicidade efetuada na rádio e na televisão deve ser claramente separada da restante programação, através

da introdução de um separador no início e no fim do espaço publicitário.

3. O separador a que se refere o número anterior é constituído, na rádio, por sinais acústicos e, na televisão, por sinais óticos ou acústicos, devendo, no caso da televisão, conter, de forma percetível para os destinatários, a palavra «publicidade» no separador que precede o espaço publicitário.

1 Decreto-Lei n.o330/90 de 23 de outubro (excertos), com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei n.o74/93, de 10 de março, n.o6/95, de 17 de janeiro e n.o

(24)

A retórica ou a arte de convencer

O político quer mostrar a relevância das suas ideias. O publicitário quer promover um produto.

O advogado de defesa deve demonstrar a inocência do seu cliente. O adolescente quer convencer os pais a deixá-lo sair à noite.

O intelectual quer convencer o mundo da relevância da sua visão do mundo.

A retórica está em toda parte e muito para além das suas áreas tradicionais (política, publicidade ou barra do tribunal). Considera-se mesmo que ela está na base do discurso científico (persuasão implícita sob o disfarce de demonstração) e que está na linguagem comum do dia a dia. Somos todos retóricos.

Sempre que surge um problema na comunicação, as pessoas afirmam a sua posição ou tentam diminuir a dis-tância que as separa. Neste sentido, a retórica não se limita às alegações jurídicas ou ao discurso político.

Durante muito tempo, a retórica foi mal vista. Associada à propaganda, à manipulação, à publicidade (muitas vezes enganosa) e a muitas outras formas de sedução, muitas vezes enganadora, a retórica gozava de pouca consi-deração. Foi necessário que a sociedade se liberalizasse e se abrisse à pluralidade de opiniões, para que se aceitasse como normal e saudável que houvesse debates contraditórios. Uma sociedade de comunicação, onde cada um tenta convencer, quando não seduzir, só pode ser dominada por uma retórica preocupada em criar acordos e con-sensos.

A retórica serve, então, não apenas para propor respostas, mas, sobretudo, para negociar o que pode separar cada pessoa de outra pessoa. E pode também servir não só para esbater diferenças, mas para as reforçar. Quando insultamos alguém que acaba de provocar um acidente de automóvel estamos a distanciarmo-nos desse compor-tamento. E isso também é retórica.

A retórica só adquire sentido em relação ao ato de questionar. Se assistimos a um debate sobre educação, ou entre dois adversários políticos ou simplesmente um casal que discute a decoração da sala, isso acontece porque uma questão se impõe: é preciso reformular programas ou repensar a noção de escola; é necessária ou não a ajuda externa para a crise financeira que o país atravessa; que tipo de materiais vamos privilegiar num espaço a ser usado por crianças pequenas.

Afinal, porque é que se diz, quando se fala de retórica, que a tónica deve ser colocada nas perguntas? Quando as opiniões e os pontos de vista se tornam problemáticos, pede-se para se justificarem as respostas para que elas sejam validadas (como respostas), o que obriga a encontrar argumentos. É esse o caráter racional da retórica.

Mas como as respostas caducam e as respostas válidas ainda fazem pouco eco, há a possibilidade de manipu-lar o auditório fazendo-o acreditar em respostas que não o são. A forma, o estilo, a elegância, as figuras (de retórica) servem pois para fazer passar as respostas sem argumentar a questão. A publicidade é disso um exemplo por exce-lência.

Texto adaptado de «La rhétorique d’Aristote à Obama» in Sciences Humaines, n.o209,

dossiê coordenado por Jean François Dortier, novembro de 2009 5 10 15 20 25 30

(25)

D. Recursos de apoio à avaliação das situações

de aprendizagem

Avaliação da competência de compreensão oral

Ouve, atentamente, o editorial «Lugar ao sol», da autoria de Rui Cardoso. Assinala com uma X a opção que te pare-ce correta.

1. O Sol tem sido tema de reflexão desde épocas remotas.

2. Para os gregos, o Sol era designado de deus Rá.

3. Os egípcios consideravam o sol como símbolo da vida.

4. Segundo a mitologia clássica, Apolo, deus do Sol, tinha uma dupla função.

5. Com o aparecimento das religiões monoteístas, o Sol ganha protagonismo como divin-dade.

6. No início do período do iluminismo, o rei Luís XVI passou a ser conhecido como o Rei-Sol.

7. O telescópio de Galileu trouxe a Terra para o centro do universo visível, em detrimento do astro-rei.

8. No contexto civilizacional atual, o homem faz o culto solar.

9. Atualmente, o Sol desencadeia apenas situações funestas no ser humano.

10. O desenvolvimento da tecnologia trouxe-nos privilégios, mas também graves prejuízos.

11. A libertação de elevadas quantidades de dióxido de carbono atenua os problemas ambientais.

12. A solução para alguns dos problemas ambientais pode vir do Sol.

13. O calor pode servir para obtermos água, através da dessalinização.

14. A ação do Sol na atmosfera terrestre impede a expansão das energias renováveis.

15. Na parte final do texto, o autor estabelece uma ligação entre o tema desenvolvido e outros assuntos da edição do jornal.

16. Para terminar o editorial, o autor referencia publicações de jornais da atualidade.

17. Um dos assuntos a abordar na edição é o dos protestos dos índios do Amazonas.

18. Charles de Gaulle e Winston Churchill viveram no século XVIII.

19. O editorial apresenta uma linguagem manifestamente objetiva.

20. Em geral, o editorial é um texto jornalístico bastante relevante.

(26)

Avaliação da competência de expressão oral

Interação verbal

Parâmetros

a)Intervém voluntária e pertinentemente, mostrando segurança e compreensão dos assun-tos colocados à discussão.

b)Pronuncia as palavras com clareza, exprimindo-se num tom de voz audível e conjugando adequadamente o acento, a entoação e o ritmo.

c)Textualiza com coesão, coerência e sequencialização.

d)Demonstra competência argumentativa na forma como sustém uma linha de argumentação.

e)Manifesta, através da comunicação oral, interesses, hábitos e atitudes de trabalho, interagindo, com todos os intervenientes, de forma crítica e solidária.

(27)

Avaliação da competência de leitura

Avaliação do trabalho de pesquisa de artigos científicos e técnicos em vários suportes

Parâmetros

a)Seleciona informação relevante.

b)Mobiliza a informação de forma correta e adequada.

c)Organiza de forma coerente e estruturada um glossário de termos científicos.

d)Produz um PowerPointde qualidade com a síntese da informação recolhida.

e)Apresenta de forma dinâmica e relevante os trabalhos realizados.

(28)

Textos científicos e técnicos

Parâmetros

a)Identifica as características específicas do tipo de texto.

b)Explicita as questões organizadoras do texto.

c)Salienta a relevância e a atualidade do tema.

d)Distingue factos de opiniões.

e)Identifica o contributo para a difusão da cultura científica.

(29)

Trabalho de grupo: Leitura de artigos de apreciação crítica (sociedade, economia, política, cultura)

Grupos

a)Identifica sequências informativas/sequências argumentativas.

b)Identifica a tese defendida.

c)Seleciona os argumentos que revelam a apreciação crítica do autor do artigo.

d)Deteta os exemplos utilizados para comprovar a tese e ilustrar os argumentos.

e)Distingue a linguagem valorativa ou depreciativa utilizada.

f)Reconhece a intencionalidade crítica, identificando o tom utilizado.

g)Verifica a eficácia das estratégias persuasivas na receção textual.

a) b) c) d) e) f) g) Observações 1.o 2.o 3.o 4.o Grupos

a)Apresenta a tese defendida pelo autor.

b)Explicita os pontos de vista/argumentos evidenciados pelo autor.

c)Salienta a intencionalidade crítica.

d)Sintetiza as estratégias persuasivas utilizadas.

e)Usa um tom expressivo e um ritmo adequados.

f)Articula com clareza, rigor e correção.

g)Regista as conclusões enunciadas pelos colegas.

a) b) c) d) e) f) g) Observações

1.o

2.o

3.o

4.o

(30)

Publicidade

Parâmetros

a)Identifica a intencionalidade.

b)Descreve e analisa os constituintes verbais e visuais.

c)Interpreta a mensagem, relacionando imagem e texto.

d)Identifica os recursos expressivos (visuais e verbais) que servem a mensagem publicitária.

e)Avalia a eficácia persuasiva.

(31)

Avaliação da competência de expressão escrita

Texto de apreciação crítica

Parâmetros

a)Evidencia uma estrutura formal (título/introdução/desenvolvimento/conclusão).

b)Expressa um juízo de valor fundamentado em argumentos válidos.

c)Articula com coerência, continuidade e progressão temática.

d)Mobiliza recursos adequados à intenção comunicativa.

e)Utiliza, com correção linguística, uma linguagem valorativa/depreciativa.

(32)

Reclamação/Protesto

Parâmetros

a)Aplica a estrutura da reclamação/do protesto.

b)Expõe com clareza e pertinência o(s) motivo(s) da reclamação/do protesto.

c)Apresenta argumentação consistente para fundamentar a reclamação/o protesto.

d)Demonstra capacidade crítica e interventiva, propondo soluções pertinentes.

e)Redige com correção linguística.

(33)

GRUPO I A

Lê, atentamente, o seguinte editorial, da autoria de José Carlos Vasconcelos. Se necessário, consulta o vocabulário que se apresenta nas notas de rodapé.

A procura de «respostas»

Portugal, a Europa e o mundo em geral passam por um momento especialmente difícil, para não dizer, em mui-tas circunstâncias, dramático. Aliás, miséria, fome, injustiça, iniquidade1, corrupção, tirania – às vezes, mormente em

alguns países africanos, até massacres, genocídios –, têm sido e continuam a ser, em várias latitudes, tristes realida-des do nosso tempo. De resto, isso não é de agora – e não convém esquecer o passado e suas lições: estudos credíveis (por exemplo do PNUD2) mostram que, apesar de tudo, a miséria e a pobreza têm diminuído a nível mundial.

No entanto, não sendo de agora, é cada vez mais incompreensível e insuportável que, apesar de todos os avan-ços e progressos globais, sobretudo a nível científico e tecnológico, ainda em tanto sítio se mantenham aquelas situações. E que o progressivo desenvolvimento de regiões, países, territórios, não seja acompanhado de uma melhor distribuição da riqueza, antes amiúde, apesar de diminuir a miséria, ou aumentar o rendimento per capita, ainda cresçam as tremendas desigualdades sociais. Aliás, a nível europeu, Portugal é o país da UE em que as desi-gualdades sociais são maiores. (…)

Algumas daquelas situações levaram ao promissor triunfo, na Tunísia e no Egito, de revoluções populares que já afastaram ditadores corruptos e, embora subsistam perigos, ameaças, abriram as portas a regimes mais demo-cráticos e sérios. Enquanto serviram de exemplo, foram detonadores da contestação a regimes iguais ou piores – na Líbia, no Iémen, no Barém, etc. Veremos como tudo vai terminar, designadamente na Líbia, onde a ONU, muito bem, decidiu intervir para evitar o bombardeamento e o extermínio de civis.

Acrescendo à grave crise económica e financeira ainda não superada, e em Portugal muito grave, há ainda outras «desgraças»: desde a subida em flecha do preço do petróleo e dos alimentos até ao terrível sismo e tsunami no Japão, mais o subsequente acidente nuclear em Fukushima, que mostrou à exuberância a justeza do «nuclear não» e sobre cujos efeitos ainda há imensas dúvidas.

Em Portugal estamos, aliás, à beira de uma crise política, com queda de governo e eleições antecipadas. Desconhecem-se as consequências, sabe-se a extrema dificuldade da situação. Este não é o local próprio para aná-lises e comentários políticos. Creio, no entanto, não haver nenhuma resposta de fundo capaz e com resultados satisfatórios, perduráveis, dentro do atual modelo de sociedade. As muitas dezenas de milhares de pessoas, sobre-tudo jovens, que há uma dúzia de dias encheram ruas e praças de Lisboa e do Porto, clamando contra a situação atual e reclamando melhores condições de vida, num misto de protesto e festa, com exemplar civismo, terão de procurar novas respostas. Todos teremos de as procurar. Quando às vezes já nem se sabe quais são as perguntas.

Entretanto, é saudável e indispensável que, com esse mesmo civismo e sem violência, os cidadãos se indignem. Dos mais jovens aos mais velhos, como o resistente ao nazismo Stephane Hessel, de 93 anos, que publicou em França o opúsculo Indignai-vos, que rápida e muito significativamente vendeu ali 1 milhão e 300 mil exemplares – e que foi agora editado em Portugal (pela Objetiva) com um certeiro prefácio de Mário Soares. A indignação como primeiro passo para a(s) mudança(s) necessárias – eis o que poderá ser o início de um bom caminho, mesmo igno-rando se alcançamos a meta...

José Carlos de Vasconcelos, in Jornal de Letras, 23 de março de 2011

1 Iniquidade – injustiça.

2 PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

TESTE DE AVALIAÇÃO N.

o

1

5 10 15 20 25 30

(34)

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem.

1. Esclarece a situação socioeconómica de Portugal no contexto europeu.

2. Justifica a opinião do autor face aos problemas que aborda no texto, relacionando-a com aspetos da linguagem valorativa e subjetiva presentes no editorial.

3. Explica a estruturação lógica do editorial em análise.

4. Explicita as razões que possibilitam classificar o texto transcrito como um editorial.

B

«1. Considera-se publicidade, para efeitos do presente diploma, qualquer forma de comunicação feita por enti-dades de natureza pública ou privada, no âmbito de uma atividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objetivo direto ou indireto de:

a) Promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços; b) Promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições.»

N.o1 do artigo 3.odo Código da Publicidade

Fazendo apelo à tua experiência de leitura e de visionamento/audição de textos publicitários, comenta, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, as estratégias publicitárias que causam maior impacto no interlocutor/potencial consumidor.

Observações relativas ao item B

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quan-do esta integre elementos ligaquan-dos por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independen-temente dos algarismos que o constituam (ex.: /2011/).

(35)

GRUPO II

Lê atentamente o texto seguinte.

Fomento de vocações científicas

Uma sociedade desenvolvida necessita de atrair para a ciência e tecnologia alunos em quantidade e qualidade suficientes. Isso pressupõe o fomento de vocações científicas, o que significa não só vocações para a criação da ciência, mas também para a aplicação da ciência na vida prática.

Tem-se assistido em todo o mundo a um declínio do número de jovens que procuram cursos e carreiras de ciên-cia e tecnologia, no sentido estrito, em favor da procura de cursos de ciênciên-cias sociên-ciais, artes, etc. E o problema atin-ge-nos também. Precisamos de mais cientistas e engenheiros, se compararmos os nossos índices dessas profissões com os índices dos países mais desenvolvidos da Europa, a que pertencemos. Toda a Europa, para se desenvolver rumo à «economia mais desenvolvida do mundo» (um objetivo da Estratégia de Lisboa do ano 2000, cuja concreti-zação ficou bastante aquém do previsto), necessita de mais pessoas com formação em ciência e tecnologia.

Como superar este evidente desfasamento entre oferta de jovens e procura pela sociedade e pelo mercado? Porque é que os jovens se afastam, pode mesmo dizer-se, se autoexcluem, da ciência e da tecnologia? As causas são várias, mas entroncam todas no distanciamento entre ciência e sociedade. Se é verdade que a ciência é impul-sionadora do progresso social, proporcionando aos cidadãos níveis de conforto inalcançáveis sem o seu concurso (em múltiplos fatores: na saúde, alimentação, habitação, transportes, comunicações, lazer, etc.), não é menos certo que parte importante da sociedade receia a ciência, chegando mesmo em alguns casos extremos a recusá-la limi-narmente. A ciência, depois dos desastres de Bhopal e Chernobyl (para não falar de outros mais recentes, como o derrame petrolífero no golfo do México), está associada a perigos, não se encontrando interiorizada a noção de que o risco é inerente a qualquer atividade humana e que a própria ciência, mais e melhor do que ninguém, poderá pre-ver, evitar e diminuir os riscos.

Carlos Fiolhais (2011), A ciência em Portugal, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, páginas 63-64

1. Seleciona, em cada um dos itens de 1 a 7, a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção correta.

1. Segundo o autor do texto…

a) há muitos jovens com grande vocação científica. b) os jovens revelam reduzida vocação científica.

c) é necessário desenvolver a vocação científica nos jovens. d) é imperativo inibir a vocação científica nos jovens.

2. Para atingir um dos objetivos da Estratégia de Lisboa 2000, é prioritário… a) reduzir o tempo dos cursos para algumas profissões.

b) circunscrever os currículos de alguns cursos superiores. c) diminuir o número de cientistas e de engenheiros. d) incrementar a formação em ciência e em tecnologia.

5

10

(36)

3. A superação do desfasamento entre a lógica da procura de jovens com formação científica e a respetiva oferta poderá residir…

a) na total ausência de progresso social. b) na aproximação entre ciência e sociedade. c) no distanciamento entre ciência e sociedade. d) nas lacunas da sociedade do conhecimento.

4. No discurso parentético (linha 14), encontramos… a) uma personificação.

b) uma sinestesia. c) uma gradação. d) uma enumeração.

5. A forma verbal «compararmos» (linha 6) encontra-se no… a) futuro do modo indicativo.

b) presente do modo indicativo. c) futuro do modo conjuntivo. d) presente do modo conjuntivo.

6. Em «a recusá-la liminarmente» (linhas 15-16), o constituinte «-la» desempenha a função sintática de… a) complemento do adjetivo.

b) complemento oblíquo. c) complemento indireto. d) complemento direto.

7. Em «não se encontrando interiorizada a noção» (linha 17), o pronome encontra-se anteposto ao verbo, porque… a) o texto é de um autor brasileiro.

b) a frase se encontra na negativa. c) há uma incorreção sintática. d) a oração é subordinada.

2. Faz corresponder a cada segmento textual da coluna A um único segmento textual da coluna B, de modo a obteres uma afirmação adequada ao sentido do texto. Escreve, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

1. Com a expressão entre aspas «economia mais desenvolvida do mundo» (linha 8),

2. Com o advérbio «liminarmente» (linhas 15-16)

3. Ao usar os parênteses (linha 14)

4. Com a expressão «o risco é inerente a qualquer ati-vidade humana» (linha 18)

5. Com o segmento «a própria ciência, mais e melhor do que ninguém, poderá prever, evitar e diminuir os riscos» (linhas 18-19)

a)o enunciador recorre à ironia.

b)o enunciador introduz um modificador do predicado.

c)o enunciador introduz um modificador restritivo.

d)o enunciador recorre ao aspeto gramatical genérico.

e)o enunciador recorre à modalidade deôntica.

f)o enunciador demarca uma citação.

g)o enunciador faz uso da modalidade epistémica.

h)o enunciador explicita a possibilidade de existirem outros exemplos.

(37)

GRUPO III

Imagina que os laboratórios da tua escola se encontram desprovidos de materiais essenciais para a rea-lização de experiências.

Escreve uma carta de reclamação, correta e bem estruturada, com um mínimo de duzentas e um máxi-mo de trezentas palavras, dirigida à Direção da escola, aduzindo argumentos que sustentem a tua contesta-ção e propondo uma solucontesta-ção para o problema.

Respeita os aspetos formais da carta.

Observações

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independente-mente dos algarismos que o constituam (ex.: /2011/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras –, há que atender ao seguinte:

A um texto com extensão inferior a oitenta palavras é atribuída a classificação de zero pontos.

Nos outros casos, um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até cinco pontos) do texto produzido.

(38)

Critérios específicos de classificação

GRUPO I A

1.... 15 pontos

Critérios específicos de classificação

Aspetos de conteúdo (C) ... 9 pontos

Aspetos de organização e correção linguística (F) ... 6 pontos

– Estruturação do discurso ... 3 pontos

– Correção linguística ... 3 pontos

Níveis

de desempenho Descritores Pontuação

4 Apresenta, com pertinência e rigor, todos os aspetos inerentes à

situação do país no contexto europeu. 9

3 Apresenta, com pertinência e rigor, dois dos aspetos referentes à

situação do país no contexto europeu. 7

2 Apresenta, com imprecisão, dois dos aspetos relativos à situação

do país no contexto europeu. 5

1 Apresenta, com acentuadas imprecisões, um ou dois aspetos

referentes à situação do país no contexto europeu. 3

Cenário de resposta

A resposta deve contemplar os aspetos que a seguir se enunciam, ou outros considerados relevantes:

Situação difícil de toda a Europa.

Portugal é o país da UE que apresenta maiores desigualdades sociais.

Crise económica e financeira muito grave.

Crise política, com eleições antecipadas.

(39)

Níveis

de desempenho Descritores Pontuação

4 Explicita, com clareza e pertinência, a opinião do autor,

desta-cando evidências da linguagem valorativa e subjetiva. 12

3

Explicita, com clareza e pertinência, a opinião do autor, mas não destaca evidências da linguagem valorativa e subjetiva.

Ou

Destaca aspetos da linguagem valorativa e subjetiva, mas não explicita a opinião do autor, com clareza e pertinência.

9

2 Expõe, com imprecisão, a opinião do autor, transcrevendo alguns

exemplos da linguagem valorativa e subjetiva. 6

1

Expõe, com muita imprecisão, a opinião do autor. Ou

Transcreve alguns exemplos da linguagem valorativa e subjetiva.

3

Cenário de resposta

A resposta deve contemplar os aspetos que a seguir se enunciam, ou outros considerados relevantes:

Desencanto do autor perante as dificuldades que assolam a humanidade («miséria, fome, injustiça, iniquidade, corrupção, tirania»; «massacres, genocídios»), ideias marcadas pela subjetividade da expressão «tristes realidades do nosso tempo».

Consciência de que esta situação tem abrangido várias gerações.

Recurso à expressão valorativa e subjetiva «incompreensível e insuportável», para salientar que, numa sociedade caracterizada pelo progresso científico e tecnológico, permanecem as desigualdades sociais.

Triunfo das revoluções em países subjugados a regimes ditatoriais («promissor triunfo»).

Aprovação, através da expressão «muito bem», da operação da ONU na Líbia.

Apologia da intervenção dos cidadãos em defesa do interesse coletivo.

...

2.... 15 pontos

Critérios específicos de classificação

Aspetos de conteúdo (C) ... 12 pontos

Aspetos de organização e correção linguística (F) ... 8 pontos

– Estruturação do discurso ... 4 pontos – Correção linguística ... 4 pontos

Referências

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