AUTORA
Mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFPE na linha de pesquisa Formação de Professores, tendo desenvolvido a pesquisa “A construção da Pro-fissionalidade Docente: Professor Substituto na UFPE em Foco”. Pedagoga pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora do Programa de Pós-Graduação da UNIFIP e con-cursada da Rede Municipal de Ensino. É Professora da disciplina de Conhecimentos Peda-gógicos em cursos preparatórios para concursos públicos. Durante a graduação foi bolsista do Programa de Iniciação Científica e exerceu monitoria acadêmica. É integrante do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Representações Sociais e Educação (GIERSE) e revisora do periódico Educação e (Trans)formação. Desenvolve estudos ligados à profissão docente, profissionalidade, representações sociais, professores substitutos e docência no Ensino Su-perior. Tem publicações nacionais e internacionais sobre Educação. Obteve diversas apro-vações em concursos públicos na área de Educação, contemplando a Educação Básica e o Ensino Superior. Atua como professora universitária no curso de Pedagogia.
CAPÍTULO
Da Educação aos
Princípios e Fins da
Educação Nacional
1
Neste capítulo, mergulharemos no conceito de Educação, suas
finalida-des e princípios, contemplando as alterações recentes da Lei 9394/96.
Co-meçaremos trazendo o âmbito semântico da educação e sua abrangência.
Neste campo tão abrangente, é importante saber que a Lei 9394/96 legisla
a educação escolar, que acontece nas instituições educativas. Em
segui-da, compreenderemos quais os fins e princípios que norteiam a educação
brasileira.
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
de-creta e eu sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I
Da Educação
CAPÍTULO 1
§ 2º
A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Comentário
Percebam que a educação acontece de modo amplo e em ações coletivas, como na família, trabalho, instituições. Falamos, também, por exemplo, em educação formal, educação a distância, educação profissional, educação ambiental etc. É importante salientar que a LDB legisla sobre a educação escolar, que acontece em ambientes específicos, a saber: escolas, creches universidades, faculdades etc.
Dica da autora: Recomenda-se que a leitura deste artigo seja feita de forma
articu-lada ao Art. 205 da Constituição Federal, o qual esclarece o direito social à educação.
Cuidado: Algumas bancas costumam colocar que a LDB legisla além da educação escolar.
Veja como o artigo 1º foi trabalhado em concursos na área de educação
01
. (PROFESSOR – IFPA – FADESP – 2018)
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.
9.394/1996), o conceito de Educação é:
Ⓐ a formação necessária para o desenvolvimento das potencialidades do
indivíduo, para o mercado de trabalho e para uma cidadania ativa.
Ⓑ a preparação do indivíduo no domínio dos recursos científicos e
tecno-lógicos, que permitam a ocupação de um lugar no mercado de trabalho.
Ⓒ a formação que se desenvolve na vida em família, na convivência
hu-mana, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais, na
participação na sociedade civil e nas manifestações culturais.
Ⓓ a formação que permite ao indivíduo a compreensão de seus direitos
e deveres, seu lugar na sociedade, sua vocação e habilitação profissional
para o exercício da cidadania.
Ⓔ a preparação para o exercício da cidadania, dos valores da moral e ética
que devem ser levados para a vida e para o mercado de trabalho.
DA EDUCAÇÃO AOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
TÍTULO II
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Alternativa A: INCORRETA.
Na Lei de Diretrizes Bases da Educação
Na-cional, encontramos o conceito de Educação no Art. 1º. No entanto, tal
artigo não conceitua a Educação como formação necessária para o
desen-volvimento das potencialidades do indivíduo, para o mercado de trabalho
e para uma cidadania ativa.
Alternativa B: INCORRETA.
No Art. 35-A da LDB, §8, encontramos que
no ensino médio “os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação
processual e formativa serão organizadas nas redes de ensino por meio de
atividades teóricas e práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos
e atividades online, de tal forma que, ao final do ensino médio, o
educan-do demonstre: I - educan-domínio educan-dos princípios científicos e tecnológicos que
presidem a produção moderna” (incluído pela Lei nº 13.415, de 2017).
Alternativa C: CORRETA.
Esta alternativa está conforme a LDB, Lei
9394/96, Art. 1º: “A educação abrange os processos formativos que se
de-senvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
ins-tituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais”.
Alternativa D: INCORRETA.
O conceito educação tem sido abrangente.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o termo aparece com
significa-ções potencializadas, todas elas como desdobramentos da educação
es-colar. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases, à educação é dado um atributo
de ação coletiva, nas mais diversas ambiências humanas, como na família,
no trabalho, nas organizações sociais etc.
Alternativa E: INCORRETA.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
atri-bui à educação um processo formativo sobre o qual se forma a cidadania.
No entanto, a referida Lei não faz menção aos valores da moral e da ética.
CAPÍTULO 1
Comentário
A educação, que por sua vez é dever da família, conta com a colaboração do Esta-do para que em parceria zelem pelos princípios da educação. Percebam que a fina-lidade da Educação é de natureza tríade: o pleno desenvolvimento do educando (revela que educar é uma ação intencional), seu preparo para o exercício da cida-dania (condição básica de ter direitos e deveres) e sua qualificação para o trabalho (relação educação-trabalho).
Dica da autora: Neste artigo, a responsabilidade da família e do Estado com a
Educação é posta em foco. Percebam que há uma parceria entre eles. Recomenda--se que a leitura deste artigo seja feita de forma articulada ao Art. 226 da Constitui-ção Federal, para que se entenda como a família é protegida pelo Estado.
Cuidado: Algumas questões de concurso colocam que a responsabilidade é
exclu-sivamente da família ou excluexclu-sivamente do Estado.
Veja como o artigo 2º foi trabalhado em concursos na área de educação
02
. (ANALISTA LEGISLATIVO – ALE/RO – FGV – 2018)
Leia o fragmento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a seguir:
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
li-berdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho”.
De acordo com a legislação citada, o ensino na Educação Básica é
orien-tado por alguns princípios norteadores. As opções a seguir apresentam
alguns desses princípios, à exceção de uma. Assinale-a.
Ⓐ Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
Ⓑ Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Ⓒ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
Ⓓ Gestão centralizada do ensino público, na forma desta Lei e da
legisla-ção dos sistemas de ensino.
DA EDUCAÇÃO AOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 3º
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: CORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, a igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola constitui-se como um
dos princípios do ensino.
Alternativa B: CORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, o pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas constitui-se como um dos princípios
do ensino.
Alternativa C: CORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, a gratuidade
do ensino público em estabelecimentos oficiais constitui-se como um dos
princípios do ensino.
Alternativa D: INCORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, a gestão
de-mocrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
siste-mas de ensino, é um dos princípios do ensino. Não há na LDB a defesa de
uma gestão centralizada do ensino público.
Alternativa E: CORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, a valorização do
profissional da educação escolar constitui-se como um dos princípios do
ensino.
Resposta:
Ⓓ
CAPÍTULO 1
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
Comentário
O ponto essencial do trabalho pedagógico consiste em articular o itinerário educa-tivo com a pluralidade ideológica e cultural às práticas pedagógicas.
Comentário
Respeitar a liberdade e ter apreço à tolerância demandam uma abertura à sensibi-lidade e às diferenças culturais.
Comentário
A coexistência dessas instituições colabora para uma sociedade de cunho plura-lista.
Comentário
Este princípio revela que através da gratuidade o Estado almeja abrandar as desi-gualdades sociais.
Comentário
A valorização do profissional da educação escolar é tema recorrente em discussões educacionais, no entanto, ainda temos um alcance operacional limitado no Brasil.
Comentário
Hoje, a escola pública é um espaço institucional de gestão compartilhada que zela por ações de cunho coletivo.
Comentário
Para que haja um padrão de qualidade, é preciso que se tenha, por exemplo, insu-mos necessários à aprendizagem e receptividade à diversidade dos alunos.
DA EDUCAÇÃO AOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
X. valorização da experiência extra-escolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
XIII. garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018)
Comentário
Este inciso faz uma relação com o art.1º da LDB, que nos mostra um conjunto as-pectos extraescolares (a vida familiar, a convivência humana, o trabalho, os mo-vimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais).
Comentário
Há uma relação direta entre educação, práticas sociais e o mundo do trabalho. O trabalho produz cultura, saberes e valores. Tudo isso potencializa sua relação com a educação.
Comentário
A consideração com a diversidade étnico-racial está presente na Constituição Fe-deral, Art. 3º, inciso IV.
Comentário
Este inciso revela que o conceito de educação e aprendizagem ao longo da vida, insere-se como direito no contexto, por exemplo, da educação de jovens e adultos (EJA) e da educação especial, as quais constituirão instrumentos para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
Dica da autora: Recomenda-se que a leitura destes princípios do artigo 3º seja
CAPÍTULO 1
Veja como o artigo 3º foi trabalhado em concursos na área de educação
03
. (PROFESSOR – IFPA – FADESP – 2018)
Bases da Educação Nacional, Lei n. 9.394/1996, constitui-se como um
princí-pio da Educação Nacional:
Ⓐ o proselitismo educacional.
Ⓑ a singularidade de ideias e de concepções pedagógicas.
Ⓒ a valorização das experiências intra-escolares.
Ⓓ a gestão democrática do ensino público.
Ⓔ a existência de Instituições públicas de ensino.
GRAU DE DIFICULDADEAlternativa A: INCORRETA.
O proselitismo educacional não se constitui
como um princípio da Educação Nacional. Proselitismo significa converter
uma ou várias pessoas a uma determinada religião, portanto tal conceito
não se encaixa como um princípio educacional.
Alternativa B: INCORRETA.
O Art. 3º, inciso III da lei 9394/96 destaca o
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e não sua singularidade.
Alternativa C: INCORRETA.
O Art. 3º, inciso X da Lei 9394/96 destaca a
valorização da experiência extraescolar e não intraescolar.
Alternativa D: CORRETA.
De acordo com a LDB, Lei 9394/96, Art. 3º, “O
ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de
apren-der, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
sa-ber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito
à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas
e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em
estabelecimen-tos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII -
ges-tão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização
da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o
trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade
étnico--racial”; XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da
vida” (incluído pela Lei nº 13.632, de 2018).
Alternativa E: INCORRETA.
O Art. 3º, inciso V da lei 9394/96 destaca a
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
MAPAS MENTAIS
A Educação
desenvolve-se
nas
manifestações
culturais
na
convivência
humana
no trabalho
nas
instituições
de ensino e
pesquisa
nos
movimentos
sociais
nas
organizações
da sociedade
civil
na vida
familiar
Art. 1º
MAPAS MENTAIS
Art. 2º
Educação
Tem por
finalidade
Dever do Estado
Dever da família
pleno desenvolvimento
do educando
preparo para o
exercício da cidadania
qualificação para
o trabalho
ideais de solidariedade
humana
inspirada nos
princípios de liberdade
GLOSSÁRIO PEDAGÓGICO
Aprendizagem
Fenômeno ou um método relacionado com o ato ou efeito de aprender. Nos concursos públicos, quando um dos assuntos cobrados são as teorias da aprendizagem, há dois autores importantes, são eles: Piaget e Vygotsky. Para Piaget, o nosso desenvolvimento é linear e acontece por meio de estágios. Piaget apresenta dois conceitos muito importantes, são eles: assimilação (processo mental pelo qual o indivíduo integra um novo dado aos esquemas já existentes) e acomodação (criar ou transformar esquemas através de rea-justes). Para Vygotsky, todas as atividades cognitivas do sujeito são influen-ciadas por sua história social. Vygotsky nos apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, que é a distância entre o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial.
Bases São os fundamentos que remetem a uma função substantiva da educação.
Coexistência Algo que existe de maneira simultânea. Na educação, por exemplo, temos a coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. Concepções
Pedagógicas
Expressão que se correlaciona com as ideias pedagógicas que sustentam as práticas do educador. Dermeval Saviani (2013, p. 6), consagrado autor na área da educação, defende que “Por idéias pedagógicas entendo as idéias educa-cionais, não em si mesmas, mas na forma como se encarnam no movimento real da educação, orientando e, mais do que isso, constituindo a própria subs-tância da prática educativa”. Tal explicação é essencial, pois, à luz do referen-cial teórico-metodológico desse autor, a prática educativa é a expressão de uma forma concreta de trabalho.
Diretrizes
São orientações, delineiam um caminho a seguir. Nesse caso, as expressões diretrizes e bases presentes na LDB são conceitos que se integram e deli-neiam a organização educacional.
Étnico Relativo à etnia, grupo étnico.
Fins São responsáveis por orientar e organizar o funcionamento dos sistemas educativos, não perdendo de vista o cidadão que a escola pretende formar. Pluralismo Aquilo que não é único, mas múltiplo.
Princípios
São os elementos que fundamentam as formas da educação se organizar. A LDB apresenta no artigo 3º que o ensino será ministrado com base nos se-guintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pe-dagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação
LDB
Título I
Definição
de Educação
Princípios
e fins
Organização da
Educação Nacional
Composição dos
níveis escolares
Capítulo 2
Educação Básica
Educação escolar
bilíngue e intercultural
aos povos indígenas
Capítulo 3
Profissional e
Educação
Tecnológica
Dia da Consciência
Negra no calendário
escolar
Estágio
Capítulo 4
Educação Superior
Ensino a distância
Ensino militar
Capítulo 5
Educação Especial
Ensino experimental
Aspectos das IES
Profissionais
da Educação
Recursos
financeiros
Disposiçõs gerais
Dever de educar
Princípios
e fins
Ensino Médio
Educação
Profissional
Técnica de E. M.
Educação de
Jovens e Adultos
Educação Infantil
Ensino
Fundamental
Título II
Título III
Título IV
Título V
Título VI
Título VII
Título VIII
CAPÍTULO
Do Direito à Educação
ao Dever de Educar
2
Neste capítulo, veremos qual é o dever do Estado com a educação
es-colar pública, o acesso à educação básica, o dever dos pais ou
responsá-veis de efetuar a matrícula das crianças na educação básica e as condições
do ensino na iniciativa privada.
TÍTULO III
Do Direito à Educação e do Dever de Educar
Art. 4º
O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I. ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
CAPÍTULO 2
II. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
II. universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Neste inciso, cabe ter atenção sobre o aspecto da idade de atendimento – crianças de zero até cinco anos. Tal idade está relacionada à oferta do Ensino Fundamental aos seis anos.
Dica da autora: Sugere-se a leitura da lei 11.114/05, que amplia a duração do
En-sino Fundamental para nove anos.
III. atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Lembre-se que o atendimento educacional especializado acontece através de al-gumas características institucionais: matrícula dos alunos preferencialmente na rede regular, docentes capacitados, adaptações curriculares, metodologias de en-sino diferenciadas, avaliação adequada.
Dica da autora: leitura dos artigos 1º e 5º da Constituição Federal de 1988. A
es-cola tem o dever de atender adequadamente os educandos com deficiência; este dever decorre do que está posto na Constituição Federal, que defende igualdade e liberdade aos sujeitos.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
IV. atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
O acesso para todos os que não concluíram os estudos na idade própria tem cla-ra articulação com o artigo 5º da Constituição Fedecla-ral ao afirmar que “todos são iguais perante a lei”. Portanto, a educação é um direito de todos.
V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capaci-dade de cada um;
Neste inciso, tem-se uma clara preocupação com uma educação para todos os pú-blicos, retomando o que está posto no art. 3º da LDB, que menciona igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
Há programas governamentais cujo intuito é garantir a educação para todos os públicos; são exemplos de programas: Programa Educação em Prática (2019), Pro-grama Ciência na Escola (2019), ProPro-grama de Apoio à Implementação da Base Na-cional Comum Curricular (2018), Programa NaNa-cional do Livro e do Material Didá-tico (2017), programa de Fomento à Implementação de Escolas em tempo Integral (2016), etc.
VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
CAPÍTULO 2
Dica da autora: Para melhor compreender o termo “oferta de ensino regular”,
con-sulte o artigo 24 da LDB. Lá, você terá acesso às regras de organização da Educação Básica. Este artigo, que também será comentado neste livro, trata das regras co-muns de organização da Educação Básica.
VII. oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
Neste inciso, temos um público diferenciado, pois falamos de jovens e adultos que já têm uma relação com o mundo do trabalho. A Lei de Diretrizes e Bases, neste inciso, destaca a importância de considerar as necessidades e disponibilidades do aluno trabalhador. É certo que alunos adultos têm necessidades, demandas e ex-pectativas diferentes do público da escola regular. Portanto, cabe à escola levar em conta as demandas dos alunos, contexto social, considerar a bagagem de saberes que o público adulto carrega. Perceba que a Lei busca garantir a esse público não apenas condições de acesso à escola, mas também de permanência. A escola pre-cisa ser um local atrativo para os jovens e adultos.
Dica da autora: Para entender melhor sobre a Educação de Jovens e Adultos,
reco-menda-se a leitura do livro Sete Lições Sobre Educação de Adultos (2011), de Álvaro Vieira Pinto.
VIII. atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplemen-tares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de pro-gramas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
Neste inciso, fica claro que há um alargamento de atendimento obrigatório do Es-tado, implicando que agora, o Estado passa a dar conta de todas as etapas da edu-cação básica.Observe que esses programas estão direcionados para estudantes de todas as etapas da educação básica. Então, esteja atento, pois, para confundir o candidato a banca pode afirmar por exemplo que a oferta de programas suple-mentares acontece apenas para estudantes do ensino fundamental.
Dica da autora: recomenda-se leitura do art. 208 da Constituição Federal de 1988,
o qual detalha todo o dever do Estado com a educação. No conjunto desses deve-res, está assegurado no inciso VII “o atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático--escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde”.
IX. padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
Este inciso faz menção aos padrões mínimos de qualidade. Por padrões mínimos, deve-se entender que sejam as condições mínimas para que as escolas desempe-nhem a função do ensino. Além disso, há um financiamento para a manutenção das instituições. Sobre os padrões mínimos de qualidade na educação é funda-mental, compreender que há dimensões extraescolares e intraescolares inerentes à qualidade da educação. Na dimensão extraescolar temos o contexto socioeconô-mico e cultural dos sujeitos, a participação do Estado nas obrigações e garantias com a Educação. Na dimensão intraescolar, há fatores como: as condições de ofer-ta do ensino; a gestão e organização do trabalho escolar; a formação continuada; a profissionalização e ação pedagógica.
CAPÍTULO 2
Este inciso revela que escola e família devem ter uma aproximação social e geográ-fica. A preocupação em assegurar vaga na escola pública mais próxima da residên-cia revela que o Estado tem valorizado esse vínculo geográfico e soresidên-cial. A família é peça fundamental no processo educativo, pois é onde a criança tem seu primeiro processo de socialização, tornando-se espaço de referência para o sujeito. Sendo assim, a parceria entre escola e família é de suma importância para o desenvolvi-mento intelectual do aluno. Atenção: ao que diz respeito à vaga perto de casa, vale para os casos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Art. 4º-A
É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar
por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018).
Este inciso revela que ao estudante, durante o período de internação, deverá ser prestado atendimento educacional, ou seja, enquanto este estiver sob tratamento de saúde, deverá ser assistido pelos seus educadores. A escola não poderá esquivar--se da responsabilidade de acompanhamento pedagógico neste período.
Dica da autora: Para saber mais sobre tratamento de saúde em regime hospitalar,
recomenda-se a leitura do livro Pedagogia Hospitalar: A Humanização
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
Veja como o artigo 4º foi trabalhado em concursos na área de educação
01
. (PEDAGOGO – IFBAIANO – CSUFG – 2019)
De acordo com a Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013, que altera a Lei n.
9.394, de 20 de dezembro de 1996, a educação básica, obrigatória e
gra-tuita dos 4 aos 17 anos de idade, deverá se organizar da seguinte forma:
Ⓐ educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Ⓑ educação infantil, pré-escola e ensino fundamental.
Ⓒ pré-escola, ensino médio e ensino profissionalizante.
Ⓓ pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.
GRAU DE DIFICULDADEAlternativa A: INCORRETA.
De acordo a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Artigo 4º inciso I, a educação infantil não está inclusa
nessa organização.
Alternativa B: INCORRETA.
De acordo com o artigo 4º da Lei de
Dire-trizes e Bases da Educação Nacional, a educação infantil não está inclusa
nessa organização. Destaco que na alternativa não se faz menção ao
ensi-no médio, que deveria estar incluso.
Alternativa C: INCORRETA.
A pré-escola e o ensino médio estão
inclu-sos na organização. O ensino profissionalizante, porém, não se encaixa
como forma de organização da educação básica.
Alternativa D: CORRETA.
De acordo com o artigo 4º da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, “a educação básica obrigatória e gratuita
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, [é] organizada da
seguin-te forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola;
(Inclu-ído pela Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Inclu(Inclu-ído pela Lei
nº 12.796, de 2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)”.
CAPÍTULO 2
Art. 5º
O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, gru-po de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra
legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra
legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Direito público subjetivo significa que qualquer cidadão, grupo de cidadãos, as-sociação comunitária, ou até mesmo o Ministério Público poderá acionar o Poder Público para exigi-lo. O direito público subjetivo caracteriza-se como um meca-nismo jurídico de controle da atuação do Estado, permitindo ao titular intimidar judicialmente a executar o que se deve. É importante destacar que a partir do con-ceito “direito público subjetivo” tem-se o reconhecimento de que existem situações jurídicas que o Poder Público tem a missão de fazer ou não fazer uma ação em benefício do sujeito.
§ 1º
Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I. I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
Perceba que se fala em um recenseamento anual. O recenseamento escolar da po-pulação brasileira auxilia as estatísticas educacionais e é uma condição para que o Estado possa adequar as políticas públicas. As políticas públicas educacionais constituem um sistema de ações que contempla um esforço da sociedade para ga-rantir, de forma permanente, os direitos de cidadania e educação a todos. Daí a necessidade da promoção de políticas publicas adequadas à realidade dos sujeitos cognoscentes.
Dica da autora: Para aprofundamento na temática do recenseamento, leia o
arti-go 208 da Constituição Federal.
II. fazer-lhes a chamada pública;
A chamada pública revela que há um mecanismo de cobrança às famílias sobre a responsabilidade de realizar a matrícula dos filhos.
III. zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Além de matricular os filhos na escola, o núcleo familiar tem a responsabilidade de zelar pela frequência escolar.
§ 2º
Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis
CAPÍTULO 2
§ 4º
Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
§ 5º
Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alter-nativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
Veja como o artigo 5º foi trabalhado em concursos na área de educação
02
. (PROFESSOR – IFPA – FADESP – 2018)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/1996) define
educação como um direito, entendido como
Ⓐ civil, quando garante a plena permanência dos sujeitos no processo escolar.
Ⓑ político, pois permite a ampla participação do sujeito nos processos sociais.
Ⓒ nato, pois ao nascer o sujeito já o tem garantido.
Ⓓ público subjetivo, pois afirma o sujeito como cidadão pleno de direitos
individuais e coletivos.
Ⓔ político-pedagógico, pois garante o atendimento nas instituições de ensino.
GRAU DE DIFICULDADEAlternativa A: INCORRETA.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Na-cional, lei 9394/96, não entende a educação como direito civil, mas a
com-preende como direito público subjetivo.
Alternativa B: INCORRETA.
Sabe-se que o cidadão brasileiro tem
am-pla participação na sociedade. No entanto, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional define a educação como direito público subjetivo, o
qual se caracteriza como um mecanismo jurídico de controle da atuação
do Estado, permitindo ao titular intimidar judicialmente a executar o que
se deve.
Alternativa C: INCORRETA.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Na-cional, lei 9394/96 não faz menção à educação como direito nato. Quando
direito nato, ao nascer o sujeito já o tem garantido.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
Alternativa D: CORRETA.
De acordo com a lei 9394/96, art. 5o “O acesso
à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo
qual-quer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o
Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada
pela Lei nº 12.796, de 2013)”.
Alternativa E: INCORRETA.
A Lei 9394/96 não faz menção à educação
como um direito político pedagógico. O aspecto político pedagógico está
presente, por exemplo, no Projeto Político Pedagógico das escolas e, de
acordo com Veiga (1999), a dimensão política se cumpre à medida que se
cumpre a dimensão pedagógica.
Art. 6º
É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores,
a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Perceba que há uma obrigatoriedade e não uma faculdade em matricular as crian-ças na educação básica ao partir dos quatro anos. No que se refere à matrícula ini-cial na pré-escola, passou-se a adotar o dia 31 de março do ano em que a criança completasse quatro anos de idade para marcar o seu ingresso na pré-escola, bem
CAPÍTULO 2
Veja como o artigo 6º foi trabalhado em concursos na área de educação
03
. (PROFESSOR – PREF. DE CAXIAS/MA – IMA – 2018)
Sobre a redação correta e atual do artigo 6º da LDB nº 9394/96, que
con-sidera a participação e responsabilidade dos pais, marque a alternativa
CORRETA.
Ⓐ É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a
partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.
Ⓑ É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a
partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental.
Ⓒ É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
educação básica a partir dos 5 (cinco) anos de idade.
Ⓓ É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA.
De acordo com a Lei 9394/96, artigo 6º “É
dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
edu-cação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade”. De forma equivocada,
menciona-se que a matrícula é aos 7 anos e feita no ensino fundamental.
Alternativa B: INCORRETA.
O erro está em afirmar que a matrícula deve
ser feita a partir dos 6 anos e no ensino fundamental.
Alternativa C: INCORRETA.
A alternativa está equivocada, pois afirma
que a matrícula da criança deve ser feita a partir dos 5 anos. Porém, está
correta ao afirmar que deve ser feita na educação básica.
Alternativa D: CORRETA.
Em consonância com a Lei 9394/96, artigo 6º
“É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
edu-cação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade”.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
Art. 7º
O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I. cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
O ensino privado é livre desde que atenda as regras da educação nacional. Con-vém destacar que as “normas gerais da educação nacional” e de “autorização e avaliação de qualidade” da educação superior estão claramente delineadas na Lei nº 9.394, de 1996.
II. autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
Quando o Poder Público autoriza o funcionamento e atesta a qualidade do ensino.
III. capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal
O autofinanciamento é o grande fator que diferencia o público e o privado. As ins-tituições privadas terão que apresentar garantias e provar que têm capacidade de se autofinanciar para ofertar um ensino de qualidade.
Art. 7º-A
Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qual-quer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito de,
CAPÍTULO 2
Este inciso assegura ao aluno o direito de faltar a provas ou aulas marcadas para o dia em que, segundo sua crença, seja vedado o exercício de atividades. É relevante destacar que isso será sem custos para o estudante.
II. trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
Observe que neste inciso a lei apresenta os exemplos de atividades: prova, aula de reposição, trabalho escrito, pesquisa com tema, objetivo e data de entrega defini-dos pela instituição de ensino.
§ 1º
A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
§ 2º
O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do registro de frequência.
(Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
Observe que a realização das atividades de prestação alternativa substituirá e também regularizará o registro de frequência.
§ 3º
As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 (dois) anos, as pro-vidências e adaptações necessárias à adequação de seu funcionamento às medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2)
DO DIREITO À EDUCAÇÃO AO DEVER DE EDUCAR
§ 4º
O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência)
Aqui, cabe ter mais atenção. Observe que o disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar, visto que ele tem uma regulação própria. Mais à frente, no art. 83 da LDB, você encontrará que o ensino militar é regulado em lei específica, admiti-da a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixaadmiti-das pelos sistemas de ensino.
Veja como o artigo 7º foi trabalhado em concursos na área de educação
04
. (PSICOPEDAGOGO – PREF. DE JARU – IBADE – 2019)
De acordo com a LDB, Lei Federal no 9394/96, ao aluno regularmente
ma-triculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, é
assegurado, no exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito
de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou
de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião,
seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se lhe atribuir, a
crité-rio da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações
alternativas:
Ⓐ prova ou aula de reposição / trabalho escrito ou outra modalidade de
atividade de pesquisa.
Ⓑ abono de frequência e nota / trabalho escrito ou oral sobre o conteúdo
específico da data.
CAPÍTULO 2
Alternativa A: CORRETA.
De acordo a Lei de Diretrizes e Bases da
Educa-ção Nacional, artigo 7º-A, inciso I – “prova ou aula de reposiEduca-ção, conforme
o caso, a ser realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou
em outro horário agendado com sua anuência expressa; (Incluído pela Lei
nº 13.796, de 2019) (Vigência).”
Alternativa B: INCORRETA.
O artigo 7º-A não faz menção ao abono de
frequência.
Alternativa C: INCORRETA.
A expressão lançamento de presença não se
encaixa ao que está no artigo 7º-A.
Alternativa D: INCORRETA.
O artigo 7º-A não menciona a realização de
aula especial e individual.
Alternativa E: INCORRETA.
O artigo 7º-A não faz menção ao abono de
frequência.
MAPAS MENTAIS
Ensino
Médio
Educação Básica
obrigatória e gratuita
dos 4 aos 17 anos
Pré-escola
4º O dever
do Estado com
educação escolar
pública será
efetivado mediante
a garantia de:
Art. 4º
MAPAS MENTAIS
Dever dos pais
efetuar a matrícula das
crianças na educação básica
a partir dos 4 (quatro)
anos de idade
GLOSSÁRIO PEDAGÓGICO
Direitos coletivos
São interesses indivisíveis que pertencem a grupos ou categorias de pessoas determináveis, ou pessoas unidas pelo mesmo interesse jurídi-co, por exemplo: sindicato dos professores, atinge apenas aos professo-res e não aos médicos. Cabe destacar que os direitos coletivos nascem da Constituição Federal de 1988.
Direitos individuais
São limitações postas pela soberania popular aos poderes constituí-dos, para resguardar os direitos que são indispensáveis à pessoa hu-mana. Os direitos individuais nascem da Constituição Federal de 1988.
Educação Infantil
É a primeira etapa da Educação Básica. Composta por creches e pré--escolas. No Brasil, o atendimento é destinado para crianças de 0 (zero) até 5 (cinco) anos. Vários estudiosos têm tomado a Educação Infantil como objeto de estudo, como por exemplo Sônia Kramer, au-tora de grande destaque na área da educação infantil.
Ensino Fundamental de nove anos
Instituído através das Leis Federais nº. 11.114/05, que instituiu o início da obrigatoriedade do ensino fundamental aos 6 anos de idade, e a de nº 11. 274/06, que ampliou a duração do ensino fundamental para nove anos, mantido o início aos 6 anos.
Ensino Médio
É a última etapa da educação básica e tem duração de três anos. De acordo com o artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-cional, “sua finalidade é I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimen-to da audesenvolvimen-tonomia intelectual e do pensamendesenvolvimen-to crítico; IV - a compreen-são dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produti-vos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.”