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RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS GA DAS AVALIAÇÕES

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Academic year: 2021

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R E S U L T A D O S   D O S   Q U E S T I O N Á R I O S  

A P L I C A D O S   A O S   G A   D A S   A V A L I A Ç Õ E S  

 

0. INTRODUÇÃO  

O  Plano  Global  de  Avaliação  do  QREN  e  dos  PO  (PGA),  elaborado  e  aprovado  em  2008,  constitui  um  instrumento de referência no processo de monitorização estratégica e avaliação da aplicação dos fundos  estruturais  em  Portugal  durante  o  período  de  programação  2007‐2013.  Este  Plano  dá  uma  resposta  cabal  às  exigências  nacionais  e  comunitárias  nesta  matéria,  assegurando  os  princípios  e  as  regras  definidos no Regulamento Geral dos Fundos1, bem como as orientações plasmadas no Decreto‐Lei de  Governação do QREN2 onde é clara a necessidade de “Elaborar o plano global de avaliação do QREN e  dos PO […] que engloba avaliações de âmbito estratégico e operacional e inclui uma lista indicativa dos  exercícios de avaliação previstos para o período 2007‐2013, a sua natureza e calendário respectivos”.  O  PGA  define  a  realização  de  vários  ciclos  de  avaliação,  sendo  que  o  primeiro  (em  larga  medida  associado  à  perspectiva  operacional  dos  PO  e  do  QREN)  se  encontra  actualmente  em  fase  de  encerramento.  Trata‐se  da  primeira  experiência  avaliativa  durante  o  período  de  programação  2007‐ 2013 que, pelas experiências e aprendizagens que permitiu desenvolver, tem vindo a merecer por parte  da  Rede  de  Avaliação  do  QREN  em  geral,  e  do  Observatório  do  QREN  em  particular,  uma  atenção  redobrada no sentido de criar uma base de trabalho sólida, crítica e reflexiva, que apoie com informação  relevante o planeamento do segundo ciclo de avaliações do QREN e dos PO (avaliações intercalares).  Esta  base  de  trabalho  enquadra‐se  no  objectivo,  igualmente  vertido  no  PGA,  de  estabelecer,  pela  primeira  vez  na  história  dos  fundos  estruturais  em  Portugal,  um  processo  de  meta‐avaliação  que  permita  acompanhar  os  processos  avaliativos,  segundo  uma  lógica  de  melhoria  contínua  do  seu  planeamento, implementação e resultados. 

Para que este esforço de meta‐avaliação seja desenvolvido na sua plenitude, importa dar continuidade à  cultura de parceria e colaboração que tem vindo a ser implementada no contexto da Rede de Avaliação.  Por conseguinte, considerou o Observatório do QREN fundamental auscultar os membros dos Grupos de  Acompanhamento  das  avaliações  já  terminadas,  de  forma  a  sistematizar  e  compreender  os  principais  pontos fortes e pontos fracos do primeiro ciclo de avaliações, bem como as oportunidades de melhoria  que se verificam para o próximo ciclo de avaliações intercalares. Este trabalho surge na sequência de um  outro, já concluído e apresentado à Rede de Avaliação, onde o Observatório do QREN desenvolveu um  balanço interno, baseado na análise de documentos relevantes, sobre os Procedimentos Conducentes  às Avaliações e as Opções Metodológicas do 1.º ciclo de avaliações.  Com o documento que agora se apresenta, pretende‐se alargar a base de informação existente sobre o  1.º  ciclo  de  avaliações  do  QREN,  tendo  sido  auscultados,  por  via  da  aplicação  de  um  questionário,  os  membros de 6 Grupos de Acompanhamento. Os principais resultados desta auscultação estão vertidos  neste  documento  e  organizados  em  função  dos  aspectos  que  seguem,  correspondentes  à  própria  estrutura  do  questionário:  i)  planeamento  do  processo  avaliativo;  ii)  a  implementação  do  processo  avaliativo; iii) os resultados e produtos das avaliações; iv) apreciação global do 1.º ciclo de avaliações do  QREN e dos PO.           1  Regulamento (CE) Nº 1083/2006, de 11 de Julho ‐ e posteriores alterações.  2 

Decreto‐Lei  nº  312/2007  de  17  de  Setembro  (D.R.  nº  179,  1ª  série,  17‐09‐2007),  alterado  e  republicado  no  Decreto‐Lei  nº 74/2008 de 22 de Abril e alterado no Decreto‐Lei nº 99/2009 de 28 de Abril. 

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1. O PLANEAMENTO DO PROCESSO AVALIATIVO 

O primeiro dos aspectos sobre os quais os membros dos Grupos de Acompanhamento se pronunciaram  diz  respeito  ao  processo  de  planeamento  da  própria  avaliação.  Neste  quadro,  e  tendo  em  conta  que  muitos  dos  membros  do  GA  não  estiveram  presentes  nesta  fase,  verificam‐se  várias  “Não  respostas”  decorrentes,  naturalmente,  da  falta  de  informação  sobre  os  aspectos  associados  quer  à  fase  de  elaboração dos Termos de Referência das avaliações, quer à fase de selecção das equipas de avaliação.  No entanto, o peso das “Não respostas” não inviabiliza uma análise robusta destes dois aspectos.  Assim sendo, e no que se reporta à elaboração dos Termos de Referência das avaliações, os inquiridos  consideram que, na sua generalidade, os TdR são de grande qualidade, encerrando em si mesmos um  forte  potencial  de  garante  da  qualidade  das  avaliações  a  apreender.  O  item  dos  TdR  que  recolheu  o  maior número de respostas positivas prende‐se com a adequação do preço base proposto no caderno  de encargos com as exigências técnicas, questões e objectivos definidos para as avaliações.  

Pelo contrário, o item que reuniu menos respostas positivas (apesar de as mesmas representarem 86%  do total de respostas) foi o da conformidade entre o tempo previsto para a realização dos estudos de  avaliação  e  as  exigências  técnicas,  questões  e  objectivos  definidos  para  as  avaliações,  o  que  remete,  apesar  de  tudo,  para  um  esforço  de  aperfeiçoamento  desta  matéria  no  próximo  ciclo  de  avaliações  intercalares do QREN e dos PO.  Figura 1: Termos de Referência (%)   89 86 93 94 100 11 14 7 6 As questões de avaliação foram claras, pertinentes e coerentes (RV=18) O calendário proposto no caderno de encargos estava em  conformidade com as exigências técnicas, questões e objectivos  definidos para as avaliações (RV=14) A forma como os requisitos metodológicos estavam descritos no  caderno de encargos assegurou a mobilização e descrição, em sede  de propostas de avaliação, dos métodos de recolha e tratamento de  informação mais relevantes (RV=14) A estrutura e conteúdo do caderno de encargos (nomeadamente na  componente das especificações técnicas) foram globalmente  coerentes e adequados aos objectivos gerais das avaliações (RV=18) O preço base proposto no caderno de encargos estava em  conformidade com as exigências técnicas, questões e objectivos  definidos para as avaliações (RV=14)

Parcialmente Não Sim

N = 20

 

No que diz respeito ao processo de selecção das equipas de avaliação, os membros dos GA consideram‐ no globalmente satisfatório, nomeadamente no que se reporta ao alinhamento dos critérios de selecção  das  propostas  com  os  objectivos  das  avaliações  (a  totalidade  das  respostas  é  positiva),  bem  como  ao  grau de clareza e detalhe dos critérios de selecção, o qual permitiu uma análise objectiva das propostas  (92% de respostas positivas) e a adequabilidade do procedimento contratual utilizado (87% de respostas  positivas). 

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O  item  onde  os  inquiridos  se  mostraram  menos  confortáveis  com  as  soluções  adoptadas  durante  o  processo  de  selecção  das  equipas  prende‐se  com  a  quantidade  e  qualidade  das  propostas  recebidas,  factores que condicionaram a aplicação de uma efectiva selectividade no processo em questão (54% de  respostas “Parcialmente” e 15% de respostas negativas).  Figura 2: Selecção das equipas de avaliação (%)   31 87 92 100 15 13 54 8 As propostas recebidas, em quantidade e qualidade, deram  garantias da aplicação de uma efectiva selectividade (RV=13) O procedimento contratual utilizado (concurso ou ajuste directo)  foi o mais adequado (RV=15) O grau de clareza e detalhe dos critérios de selecção permitiu que a  análise das propostas fosse feita de forma objectiva (RV=13) Os critérios de selecção das propostas estavam devidamente  alinhados com os objectivos da avaliação (RV=13)

Parcialmente Não Sim

N = 20

 

2. A IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO AVALIATIVO 

O  processo  avaliativo  constitui  o  segundo  aspecto  sobre  o  qual  os  membros  dos  Grupos  de  Acompanhamento se pronunciaram, nomeadamente ao nível do domínio metodológico da avaliação.  Neste  contexto  os  inquiridos  sublinham  com  grande  ênfase  o  facto  de  as  metodologias  adoptadas  terem  seguido  uma  abordagem  multi‐método,  tal  como  foi  recomendado  no  documento  de  “Orientações  Gerais  para  a  Implementação  dos  Planos  de  Avaliação  do  QREN  e  dos  PO”  consensualizado  na  Rede  de  Avaliação  do  QREN  (95%)  e  terem  contemplado  tanto  métodos  quantitativos como qualitativos (90%). Estes são, aliás, os aspectos onde as respostas positivas são mais  significativas e onde existe menor dispersão de opiniões por parte dos membros dos GA. 

Em sentido contrário, ou seja, com uma avaliação claramente pouco positiva, estão os aspectos relativos  à  inovação  metodológica  (74%  das  inquiridos  referem  que  as  estratégias  metodológicas  não  foram  inovadoras), às estratégias de envolvimento dos stakeholders dos PO (50% dos inquiridas sublinham que  apenas  parcialmente  foram  desenvolvidas  estratégias  de  envolvimentos  dos  stakeholders)  e  à  conformidade entre os métodos de recolha de informação previstos no relatório inicial e efectivamente  implementados  durante  o  processo  avaliativo  (55%  dos  inquiridos considera  que  esta  conformidade  é  apenas parcial). 

De  sublinhar  que  nas  avaliações  da  operacionalização  dos  PO,  os  métodos  mais  utilizados  são  os  métodos clássicos de pesquisa social: i) entrevistas individuais; ii) inquéritos; iii) recolha de informação  documental; iv) recolha de informação estatística. Os estudos de caso e os focus group também foram  utilizados em algumas situações, mas em menor expressão. Ainda no quadro dos métodos de recolha de  informação accionados pelas equipas de avaliação, surgem referências pontuais de recurso a painéis de 

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peritos  e  painéis  de  discussão.  Algumas  equipas  de  avaliação  socorreram‐se,  ainda,  de  plataformas 

online e de TIC como forma de recolha de informação. No entanto, estes aspectos não foram totalmente 

explorados,  não  tendo  constituído  uma  real  mais‐valia  para  os  processos  avaliativos  em  que  foram  aplicados e não podendo ser considerados, de facto, inovadores do ponto de vista metodológico.  O envolvimento dos stakeholders dos Programas Operacionais não foi alvo, na maioria das avaliações,  de  uma  estratégia  pensada  em  função  desse  envolvimento,  tendo  os  stakeholders  apenas  sido  envolvidos no processo de recolha de informação, enquanto fontes e recursos de informação. 

No respeitante à adequação, relevância e correcta aplicação dos métodos de recolha e tratamento de  informação  accionados  durante  o  processo  avaliativo,  não  existe  um  consenso  entre  os  membros  dos  Grupos de Acompanhamento, na medida em que aproximadamente 60% dos inquiridos considera que  “Sim” e cerca de 40% considera que apenas “Parcialmente” foi conseguida essa adequação, relevância e  correcta aplicação.  Figura 3: Metodologia (%)   5 39 45 58 60 70 75 90 95 74 11 5 21 50 55 42 40 25 25 10 5 A avaliação adoptou estratégias metodológicas inovadoras (RV=19) A avaliação desenvolveu estratégias metodológicas que estimulassem o  envolvimento de todos os stakeholders (RV=18) Os métodos de recolha de informação implementados estavam em  conformidade com os previstos no Relatório Inicial (metodológico) (RV=20) Os métodos de recolha e tratamento de informação foram aplicados de forma  correcta (RV=19) As fontes, os métodos de recolha e tratamento de informação utilizados na  avaliação foram adequados e relevantes (RV=20) Se respondeu "Sim" ou "Parcial/" na resposta anterior, considera que as opções  metodológicas tomadas na implem. dos diferentes mét. tratamento e análise da  informação foram descritas de forma suficiente/ detalhada (RV=20) Os métodos de tratamento e análise da informação que estiveram na base dos  resultados obtidos foram claramente identificados no Relatório Final de  avaliação, para cada método de recolha (RV=20) No conjunto dos métodos de recolha de informação accionados foram  contemplados métodos quantitativos e qualitativos (RV=20) A metodologia seguiu uma abordagem multi‐método, tal como recomendado no  doc. Orientações Gerais para a Implementação dos Planos de Avaliação do QREN  e dos PO consensualizado na Rede de Avaliação do QREN (RV=20)

Parcialmente Não Sim N = 20

 

3. OS RESULTADOS E PRODUTOS DAS AVALIAÇÕES 

Os  membros  dos  Grupos  de  Acompanhamento  das  avaliações  que  responderam  ao  questionário  consideram  que  os  resultados  e  recomendações  das  avaliações  que  acompanharam  estão,  genericamente, em linha com as exigências de rigor, clareza e utilidade expostas nos TdR.  

No entanto, a avaliação que é desenvolvida pelos inquiridos sobre estes aspectos é aquela que, apesar  de positiva, apresenta uma maior dispersão de respostas e um consequente menor grau de consenso  entre os membros dos GA. 

De facto, apenas 3 dos 7 itens sob análise mereceram uma percentagem de respostas positivas igual ou  superior  a  70%  ‐  “As  recomendações  estavam  suportadas  pelas  conclusões”  (80%),  “Foi  possível 

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compreender  o  encadeamento  lógico:  "objectivo  da  avaliação"  ‐‐‐>  "questão  de  avaliação"  ‐‐‐>  "evidências"  ‐‐‐>  "conclusões"  ‐‐‐>  "recomendações"”  (79%)  e  “As  recomendações  estavam  de  acordo  com a natureza do exercício de avaliação” (70%).  Dos restantes 4 itens, sublinha‐se que:  • 45% dos inquiridos consideram que as conclusões tiradas a partir dos resultados da recolha e  tratamento de informação apenas estavam parcialmente suportadas pelas evidências;  • 40% dos inquiridos referem que as recomendações foram parcialmente claras e objectivas, o  que condiciona o seu entendimento e futura implementação. Neste aspecto, 6% dos inquiridos  consideram mesmo que as recomendações não foram de todo claras e objectivas. 

• 40%  dos  inquiridos  assinalam  que  as  conclusões  tiradas  a  partir  dos  resultados  da  recolha  e  tratamento de informação apenas foram parcialmente relevantes. 

A análise das respostas qualitativas dadas pelos inquiridos permite concluir que, de facto, se registam  problemas a dois níveis: por um lado ao nível da resposta cabal a cada uma das questões de avaliação, o  que depende do rigor, consistência e robustez dos processos de recolha e tratamento de informação e,  por  outro  lado,  no  que  diz  respeito  à  concretização,  objectividade  e  aprofundamento  das  recomendações. Estes são aspectos críticos e decisivos para a qualidade das avaliações, bem como para  a  utilização  e  integração  dos  seus  resultados  nos  processos  de  gestão,  monitorização  e  aprendizagem  contínua definidos em cada Programa Operacional.  Figura 4: Resultados e recomendações (%)   55 55 60 65 70 79 80 0 5 45 40 40 35 30 16 20 As conclusões tiradas a partir dos resultados da recolha e  tratamento de informação estavam suportadas pelas evidências (RV=20) As recomendações foram suficientemente claras e objectivas,  facilitando o seu entendimento e futura implementação (RV=20) As conclusões tiradas a partir dos resultados da recolha e  tratamento de informação foram relevantes (RV=20) Foram dadas respostas fundamentadas às questões de avaliação  que foram colocadas, e quando não o foram a equipa de avaliação  justificou a situação (RV=20) As recomendações estavam de acordo com a natureza do exercício  de avaliação (RV=20) Foi possível compreender o encadeamento lógico: "objectivo da  avaliação" ‐‐‐> "questão de avaliação" ‐‐‐> "evidências" ‐‐‐>  "conclusões" ‐‐‐> "recomendações" (RV=19) As recomendações estavam suportadas pelas conclusões (RV=20)

Parcialmente Não Sim

N = 20

 

Em matéria de produtos  das  avaliações, designadamente no que diz respeito aos Relatórios Finais de  Avaliação,  os  membros  dos  GA  consideram‐nos  globalmente  bons,  com  respostas  positivas  (“Bom”  e  “Muito bom”) sistematicamente acima dos 70%. 

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A  maioria  dos  inquiridos  (88%)  considera,  ainda,  que  a  qualidade  dos  produtos  finais  resulta  de  um  processo em crescendo de incremento da qualidade dos diversos produtos intercalares das avaliações  (relatórios iniciais metodológicos, relatórios intermédios e relatórios preliminares). 

Para  este  processo  de  crescente  qualificação  dos  produtos  das  avaliações,  é  considerado  decisivo  o  trabalho desenvolvido pelos Grupos de Acompanhamento, nomeadamente ao nível de: i) clarificação de  expectativas e exigências sobre os resultados das avaliações; ii) análise crítica e orientação da reflexão  para os objectivos e âmbitos das avaliações; iii) partilha de ideias/experiências nas reuniões dos GA com  as equipas de avaliação; iv) emissão de pareceres formais por parte dos GA sobre os diversos relatórios,  com recomendações claras de melhoria dos conteúdos dos relatórios. 

No  entanto,  existem  algumas  margens  de  melhoria  nesta  matéria  que  incidem,  sobretudo,  no  que  se  refere à informação disponibilizada (utilidade) e à dimensão dos relatórios (equilíbrio).  Figura 5: Relatório Final de Avaliação (%)   0 0 6 6 12 71 76 82 82 82 18 18 12 12 6 Utilidade, no que se refere à informação disponibilizada (N=17) Equilíbrio, no que se refere ao número de páginas (N=17) Clareza, no que se refere à linguagem utilizada (N=17) Coerência, no que se refere à articulação e consistência da  informação (N=17) Aparência, em termos de forma (N=17)

4 ‐ Muito bom 3 ‐ Bom 2 ‐ Insuficiente 1 ‐ Muito insuficiente

N = 20

 

4. APRECIAÇÃO GLOBAL DO 1.º CICLO DE AVALIAÇÕES DO QREN E DOS PO 

A apreciação global que os membros dos Grupos de Acompanhamento auscultados por via da aplicação  do questionário fazem dos processos e resultados das avaliações é bastante positiva. 

Esta  apreciação  é  especialmente  positiva  no  que  diz  respeito  ao  “Contributo  do  Grupo  de  Acompanhamento  para  a  qualidade  do  processo  e  dos  resultados  da  avaliação”, sendo este o único  item onde a classificação “Muito bom” (com 55% das respostas) surge com um peso superior a todas as  outras classificações da escala. Tal facto reforça a ideia já existente na Rede de Avaliação do QREN de  que  o  trabalho  desenvolvido  até  ao  momento  pelos  Grupos  de  Acompanhamento  das  avaliações  tem  sido  importante,  nomeadamente  ao  nível  do  contributo  para  a  qualidade  dos  diversos  relatórios  de  avaliação, bem como sustenta o objectivo de reforçar esta experiência de trabalho colaborativo (interno  aos GA e entre estes e as equipas de avaliação) no próximo ciclo de avaliações intercalares do QREN e  dos PO. 

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Outros  itens  onde  os  inquiridos  estão  particularmente  satisfeitos  são  a  “Descrição  do  objecto  de  avaliação” (90% de “Bom”), a “Descrição do contexto em que o objecto é desenhado e é implementado”  e a “Clareza e objectividade das questões de avaliação constantes das especificações técnicas”, cada um  com uma percentagem de respostas de 85% na classificação “Bom”.  Por oposição, os aspectos onde os inquiridos registam uma menor satisfação são o “Cumprimento do  cronograma” por parte da equipa de avaliação e a “Mais‐valia das recomendações”, ambos com uma  percentagem de respostas negativas de 30%, bem como a “Consistência das evidências” e a “Descrição  dos procedimentos adoptados ao longo do estudo de avaliação”, com 20% de apreciações insatisfatórias  cada.  Neste quadro global surge como evidente que os membros dos GA de avaliação que responderam ao  questionário estão fundamentalmente  satisfeitos  com  aspectos  que  dependem  maioritariamente  do  trabalho  desenvolvido  pela  Rede  de  Avaliação  e  pelos  PO  (note‐se  que  os  três  aspectos  que  não  registam qualquer  resposta insatisfatória  são  “Utilização das  orientações  técnicas  consensualizadas na  Rede de Avaliação do QREN na redacção do caderno de encargos, bem como na organização de todo o  processo de avaliação”, “Contributo do Grupo de Acompanhamento para a qualidade do processo e dos  resultados  da  avaliação”  e  “Descrição  do  objecto  de  avaliação”  –  este  último  apesar  de  ser  da  responsabilidade das equipas de avaliação, vai recolher grande parte da informação aos textos dos PO).  Os níveis de insatisfação mais elevados estão associadas a aspectos críticos dos processos avaliativos  que condicionam largamente a sua utilização e que dependem, sobretudo, do trabalho das equipas de  avaliação. 

Pese  embora  as  diversas  oportunidades  de  melhoria  decorrentes  dos  níveis  da  apreciação  global  dos  inquiridos,  nomeadamente  aquelas  que  se  prendem  com  a  necessidade  de  recomendações  mais  concretas, dirigidas e sustentadas em evidências, as quais deverão ser discutidas e validadas em sedes  próprias, bem como as que se prendem com a necessidade de uma maior robustez metodológica e um  maior  rigor  no  cumprimento  de  calendários  (de  forma  a  que  os  resultados  da  avaliação  sejam  efectivamente úteis e contribuam para apoiar com informação relevante o debate público e a tomada  de  decisão  sobre  a  gestão  e  desempenho  dos  PO),  a  maioria  dos  inquiridos  (95%)  considera  que  as  avaliações operacionais desenvolvidas no quadro do Plano Global de Avaliação do QREN e dos PO foram  úteis ou muito úteis para o trabalho das Autoridades de Gestão.                     

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Figura 6: Apreciação global do processo e dos resultados da avaliação (%)    5 5 10 30 30 5 20 15 20 15 11 5 5 10 45 50 55 60 63 70 75 75 75 79 80 80 85 85 90 55 35 10 10 32 10 10 5 10 11 20 15 10 5 10 Contributo do Grupo de Acompanhamento para a qualidade do processo e dos  resultados da avaliação (N=20) Interacções entre o Grupo de Acompanhamento e a equipa de avaliação (N=20) Cumprimento do cronograma (N=20) Mais valia das recomendações (N=20) Independência do avaliador face ao objecto e interesses envolvidos na avaliação  (N=19) Consistência das evidências (N=20) Relevância e legitimidade das conclusões (N=20) Descrição dos procedimentos adoptados ao longo do estudo de avaliação (N=20) Adequabilidade das fontes de informação (N=20) Identificação e envolvimento das partes interessadas (N=19) Utilização das orient. técnicas consensualizadas na Rede de Avaliação na redacção  do cad. encargos, bem como na org. do processo de avaliação (N=20) Oportunidade da avaliação (N=20) Clareza e objectividade das questões de avaliação constantes das especificações  técnicas (N=20) Descrição do contexto em que o objecto é desenhado e é implementado (N=20) Descrição do objecto de avaliação (N=20)

4 ‐ Muito bom 3 ‐ Bom 2 ‐ Insuficiente 1 ‐ Muito insuficiente N = 20   5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PASSOS SUBSEQUENTES  Da análise dos 6 processos de avaliação dos PO (5 de operacionalização dos Programas e um referente  aos regulamentos específicos FEDER), desenvolvida a partir das opiniões dos membros dos respectivos  Grupos de Acompanhamento recolhidas através de questionário (num total de 20 respostas), é possível  concluir que:  1) De uma forma global, os níveis de satisfação dos membros dos GA face às diferentes fases do  processo  avaliativo  são  bastante  positivos,  o  que  denota  um  reconhecimento  do  trabalho  desenvolvido pela Rede de Avaliação do QREN e pelas entidades nela representadas, com vista  à qualificação dos exercícios do 1.º ciclo de avaliações previstas no PGA. 

2) Estes níveis de satisfação são particularmente favoráveis no que diz respeito aos processos de  preparação  (guidelines  para  a  elaboração  dos  TdR  e  para  a  selecção  das  equipas  e  sua  efectivação  prática)  e  acompanhamento  da  implementação  das  avaliações  (trabalho  desenvolvido pelos Grupos de Acompanhamento). 

3) No  que  diz  respeito  aos  aspectos  metodológicos  das  avaliações,  as  equipas  de  avaliação  seguiram  abordagens  multi‐método,  onde  foi  possível  aplicar  efectivamente  um  conjunto  alargado  de  métodos  de  recolha  de  informação  e  abarcar,  por  essa  via,  um  vasto  leque  de  sensibilidades,  opiniões  e  stakeholders  chave.  No  entanto,  a  aposta  das  equipas  de  avaliação  incidiu  em  métodos  clássicos  de  pesquisa  social,  pouco  inovadores  neste  aspecto.  O  recurso,  em algumas avaliações, a TIC e plataformas online de recolha, armazenamento e divulgação de 

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informação  não  produziu  os  efeitos  esperados,  tendo  denotado  uma  fraca  adesão  por  parte  dos seus destinatários. 

4) Em matéria de resultados, os membros dos Grupos de Acompanhamento salientaram algumas  fragilidades,  nomeadamente  na  sustentação  factual  dos  mesmos,  e  ao  nível  das  recomendações  sublinharam  o  grau  pouco  significativo  de  concretização,  clareza  e  operacionalidade com que as mesmas foram apresentadas. 

5) O balanço sobre os produtos de avaliação foi bastante positivo, sendo os mesmos considerados  úteis, mas com algumas margens de melhoria, designadamente ao nível de uma redução das  suas  dimensões  bem  como  no  que  se  prende  com  uma  maior  incidência  nos  aspectos  mais  relevantes do estudo, em detrimento de informações acessórias. 

 

Estas  conclusões  ilustram  a  perspectiva  dos  Grupos  de  Acompanhamento  sobre  o  trabalho  em  que  estiveram envolvidos durante o 1.º ciclo de avaliações do QREN e dos PO e complementam o estudo já  desenvolvido  pelo  Observatório  do  QREN  (de  cariz  interno  e  baseado  essencialmente  em  análise  documental  e  na  perspectiva  dos  seus  representantes  nos  GA)  e  apresentado  à  Rede  de  Avaliação  na  sua 9.ª reunião, realizada a 05.07.2010. 

Tendo  em  conta  o  quadro  mais  amplo  de  meta‐avaliação  em  que  estes  dois  estudos  se  enquadram,  importa estabelecer as próximas etapas deste esforço de análise da qualidade das avaliações com vista à  obtenção  de  lições  para  o  futuro  e,  em  última  instância,  de  melhoria  contínua  dos  processos  de  planeamento  e  implementação  das  avaliações  no  contexto  do  QREN  e  dos  PO.  Neste  âmbito,  está  prevista a dinamização de dois tipos de acções: i) auscultação das equipas de avaliação, no sentido de  aferir as suas opiniões e sensibilidades sobre os processos avaliativos em que participaram; ii) realização  de um estudo de meta‐avaliação externa. 

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