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FABIO ROGÉRIO DEICKE

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a

promoverem as transformações futuras”

CARACTERIZAÇÃO DOS QUINTAIS PRODUTIVOS NA CIDADE DE ITAIPULÂNDIA

FABIO ROGÉRIO DEICKE

Foz do Iguaçu - PR 2019

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FABIO ROGÉRIO DEICKE

CARACTERIZAÇÃO DOS QUINTAIS PRODUTIVOS NA CIDADE DE ITAIPULÂNDIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agronômico.

Orientadora: Drª Edneia S. O. Lourenço

Foz do Iguaçu – PR 2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me ceder sabedoria e determinação para seguir até o final.

Agradeço a minha família pelo incentivo e apoio nesse trajeto.

Agradeço em especial a minha querida professora e orientadora Edneia Santos de Oliveira Lourenço, por todo o auxílio prestado para a conclusão deste trabalho. Ao professor Fábio Palczewski Pacheco, pelas dicas de como proceder na estatística deste trabalho, pela atenção e disposição dada.

A TODOS os professores do curso de engenharia agronômica que através dos seus ensinamentos permitiram que eu pudesse hoje estar concluindo esse trabalho.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Divisão de Bairros no Município de Itaipulândia, Paraná. ... 211 Figura 2: Escolaridade dividida por bairros na cidade de Itaipulândia, Paraná. ... Erro! Indicador não definido.6

Figura 3: Distribuição dos indivíduos amostrados dentro das principais famílias ... Erro! Indicador não definido.7

Figura 4: Quintal urbano no bairro Floresta na cidade de Itaipulândia, Paraná.... 268 Figura 5: Quintal urbano no bairro Belo Horizonte na cidade de Itaipulândia, Paraná. .... 279

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Número de Casas Entrevistadas por Bairro do Município de Itaipulândia, Paraná. ... 233 Tabela 2: Dados socioeconômicos nos bairros do município de Itaipulândia, Paraná. ... 25 Tabela 3: Espécies alimentares de quintais urbanos nos bairros de Itaipulândia, Paraná. ... 29 Tabela 4: Índices de diversidade de Shannon-Weaver (H’) por bairro. ... 311 Tabela 5: Índices de similaridade (Jaccard) entre os bairros estudados. ... 31

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DEICKE, Fábio Rogério. Caracterização dos Quintais Produtivos na Cidade de Itaipulândia. Foz do Iguaçu, 2019. Trabalho Final de Graduação Para Obtenção do Grau de Engenheiro Agrônomo – Centro Universitário Dinâmica das Cataratas.

RESUMO

O quintal é um elemento destacado em todos os períodos da história de formação dos conglomerados urbanos, sendo considerado elemento característico do habitat residencial brasileiro. Este estudo realizou uma investigação nos quintais urbanos identificando as espécies vegetais de uso alimentar, medicinal e ornamental. O estudo foi desenvolvido nos bairros Belo Horizonte, Pioneiros, Floresta e Centro, realizando entrevistas presenciais com uso de questionário específico registrando as espécies vegetais de uso alimentar, área do quintal e fatores socioeconômicos dos moradores, em 45 quintais urbanos. Os resultados apresentaram 195 plantas, distribuídos em 25 famílias e 42 espécies. As famílias mais ricas em espécies foram a Anacardiaceae (15%), Lamiaceae 14%), Rutaceae (14%), Myrtaceae (8%), tais famílias representam 51% do total de indivíduos ocorrentes. O bairro com menor índice de diversidade foi o bairro Pioneiros, entretanto o bairro Belo Horizonte teve o maior índice de diversidade. Os índices de similaridade variam de 0,23 (Centro e Belo Horizonte) a 0,54 (Floresta e Belo Horizonte), indicando que entre estes dois bairros o índice é alto, podendo considerar uma alta similaridade entre os bairros.

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DEICKE, FábioRogério. Characterization of Productive Yards in the City of

Itaipulândia. Foz do Iguaçu, 2019. Final Work For Graduate Engineer Degree Obtaining Agronomist – Centro UniversitárioDinâmica das Cataratas.

ABSTRACT

The backyard is a prominent element in all periods of the formation history of the urban conglomerates, being considered characteristic element of the Brazilian residential habitat. This study carried out an investigation in the urban backyards of four neighborhoods in the Municipality of Itaipulândia, western Paraná, identifying the vegetal species of alimentary, medicinal, and ornamental use among others. The study was carried out in the neighborhoods of Belo Horizonte, Pioneiros, Floresta and Centro, conducting face - to - face interviews with the use of a specific questionnaire, recording the plant species of food use, backyard area and socioeconomic factors of the residents, in 45 urban areas. The results presented 195 plants, distributed in 25 families and 42 species. The families most rich in species were Anacardiaceae (15%), Lamiaceae 14%), Rutaceae (14%), Myrtaceae (8%), such families represent 51% of the total occurring individuals. The neighborhood with the lowest diversity index was in the Pioneiros neighborhood, although the Belo Horizonte neighborhood had the highest diversity index. The similarity indexes vary from 0.23 (Centro and Belo Horizonte) to 0.54 (Floresta and Belo Horizonte), indicating that between these two neighborhoods the index is high, being able to consider a high similarity between the neighborhoods.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

1.1OBJETIVOS ... 10

1.1.1 Objetivo Geral ... 10

1.1.2 Objetivo Geral ... 10

2.1QUINTALAGROECOLÓGICOEMZONASPERIURBANAS ... 11

2.2AGROECOLOGIA ... 13

2.3ETNOBOTÂNICA ... 14

2.3.1 Importância das plantas na alimentação ... 15

2.3.2 Importância das espécies hortícolas ... 16

2.3.3 Importância das plantas frutíferas ... 17

2.4.PLANTASMEDICINAIS ... 18

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 20

3.1CARACTERIZAÇÃODAÁREAEMESTUDO ... 20

3.1.1 Caracterização do bairro Belo Horizonte ... 21

3.1.2 Caracterização do bairro Floresta ... 22

3.1.3 Caracterização do Bairro Pioneiro ... 22

3.1.4 Caracterização do Centro da Cidade ... 22

3.2DELINEMANETOEXPERIMENTAL ... 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 25

4.1RESULTADOSSÓCIOECONÔMICOS ... 25

4.2 RESULTADO DAS ESPÉCIES OU INDIVÍDUOS...26

5 CONCLUSÕES ... 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 34

APÊNDICE ... 38

APÊNDICE I ... 39

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1 INTRODUÇÃO

A produção de alimentos sempre esteve associada às áreas rurais, restando aos centros urbanos o papel de grandes consumidores de produtos agrícolas produzidos no campo. No entanto, a cada dia se observa um aumento no uso agrícola da área nos quintais domésticos e hortas comunitárias urbanas, notadamente nas zonas periféricas das grandes e médias cidades, para a produção de alimentos (AQUINO; ASSIS, 2007).

O quintal é um elemento destacado em todos os períodos da história de formação dos conglomerados urbanos, sendo considerado elemento característico do habitat residencial brasileiro, tanto nos seus aspectos físicos quanto simbólicos (MEDEIROS, 2015). Os quintais são espaços de fácil acesso para os moradores cultivarem uma diversidade de espécies e funções como: estética, lazer, alimentação e medicinal.

Em alguns casos, os quintais urbanos representam intensa ligação com atividades próprias das sociedades agrícolas, que ao se transferirem para o meio urbano passaram a reproduzir práticas do meio rural em dimensões territoriais reduzidas sendo considerados espaços de resistência, verdadeiros bancos de recursos genéticos (CARNIELLO et al., 2010).

Os quintais residenciais podem assumir papéis importantes relacionados à segurança alimentar, melhorando a qualidade da alimentação em zonas carentes dos grandes centros urbanos nacionais através de fontes suplementares de vitaminas e carboidratos vegetais. Isto é especialmente ressaltado nas periferias dos centros urbanos amazônicos, onde o planejamento é quase sempre precário na maioria das cidades e não acompanha o movimento migratório derivado das zonas rurais (CARNIELLO et al., 2010).

Os quintais urbanos podem ser considerados como sistemas agroflorestais que desempenham função ecológica, conservam alta diversidade de plantas na sua composição, asseguram variabilidade genética, constituindo importantes bancos de germoplasma, representando sistemas sustentáveis com maior resistência a doenças, pragas e adaptabilidade (AMARALet al., 2008).

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1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral

Realizar uma investigação nos quintais urbanos de bairros identificando as espécies vegetais de uso alimentares, medicinais, ornamentais nos quintais urbanos do município de Itaipulândia, situado no oeste do Paraná.

1.1.2 Objetivo Geral

 Conhecer os mantenedores e a utilização destes espaços;

 Analisar as famílias botânicas que se encontram no quintal, desde sua origem, suas formas de uso, nome comum e nome cientifico;

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 QUINTAL AGROECOLÓGICO EM ZONAS PERIURBANAS

O uso de quintais tem sido uma estratégia de subsistência empregada desde o período histórico denominado neolítico, e sua forma e funções estão intimamente relacionadas à evolução da sociedade, cultura e à agricultura (Carneiro et al, 2013). No geral consiste, em uma combinação de árvores, arbustos, trepadeiras, herbáceas, algumas vezes em associação com animais domésticos, crescendo adjacentes à residência.

Para Pedrosa (2016) os Quintais Produtivos fazem parte da paisagem de uma pequena propriedade baseada na produção familiar. No quintal próximo a casa a família planta e cultiva plantas alimentícias, frutíferas, ornamentais, leguminosas e medicinais, porém quando se fala em cultivo, o que vem à cabeça é a produção no meio rural.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017), um país menos urbano, porém atualmente 76% da população ainda se concentram em áreas predominantemente urbanas. Portanto começou a se associar não apenas entre agricultura e meio rural, mas também entre agricultura e meio urbano. Entretanto, a agricultura urbana não é uma atividade recente.

A agricultura urbana é uma forma de ocupação sensível do espaço, um resgate da nossa humanidade, pelo desejo de uma alimentação saudável. E trata-se de um ciclo virtuoso: as famílias se alimentam melhor, convivem mais em comunidade, multiplicam a experiência. A cidade, por sua vez, respira um ar melhor, absorve melhor as águas que recebe das chuvas, fica mais bonita (Ministério do Meio Ambiente, 2018).

De acordo com Drescher (2001), o início da atividade de produção agrícola nas cidades se deve principalmente à crise econômica global, ao rápido crescimento populacional, aliado ao êxodo rural. Além disso, existe uma escassez de oportunidades adequadas e acessíveis para obtenção de renda, aliada a uma demanda não satisfeita nas áreas urbanas de produtos agrícolas em quantidades e qualidade suficientes.

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O uso produtivo de espaços urbanos proporciona a limpeza destas áreas e uma melhoria considerável ao ambiente local, com impacto positivo na sanitização pública. Materiais como embalagens, pneus e entulhos são utilizados para a contenção de pequenas encostas e canteiros e, resíduos orgânicos domiciliares são aproveitados na produção de composto utilizado como adubo (ALMEIDA, 2004).

Para Madaleno (2002), a promoção da agricultura no meio urbano tem contribuído para tornar as cidades mais produtivas e autossuficientes, isto aliado ao apelo ambiental que esta atividade apresenta, resgatando a comunhão do ser humano com a biodiversidade natural e a agricultura, mesmo em tempo parcial.

GNAU (2002) já nos traz a definição de agricultura urbana sendo como a produção de alimentos dentro do perímetro urbano e periurbano, aplicando métodos intensivos e as facilidades da infraestrutura urbanística que propiciam a estabilidade da força de trabalho e a produção diversificada de cultivos e animais durante todo o ano, baseadas em práticas sustentáveis que permitem a reciclagem dos resíduos.

A Resource Centre on Urban Agriculture and Food Security (2011) nos traz outra definição para agricultura urbana como o cultivo de plantas e a criação de animais dentro ou ao redor das cidades. As características mais marcantes da agricultura urbana, é que esta é diretamente ligada a um novo ecossistema gerado pelas atividades da cidade, e também ligado à economia da cidade. Por isso, o manejo dos produtos agrícolas quando ligados à cidade, é totalmente diferente do manejo rural de grande escala (RUAF, 2011).

É próximo à casa que o solo tem melhor fertilidade, pois recebe todo o material orgânico que é proveniente das sobras de alimentos e também pela ciclagem de nutrientes das folhas de árvores que se decompõem logo se pode dizer que a produção dos Quintais Produtivos é uma produção que segue os princípios da produção agroecológica (PEDROSA, 2016).

Medeiros (2015) evidenciou, que os quintais podem também ser responsáveis por ligações entre relações interpessoais, que acontecem entre vizinhos, amigos, agricultores, consumidores e produtores, estas ligações muitas vezes podem ser intensas e que as espécies e famílias cultivadas no local contribuem para a manutenção das características culturais da região.

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No Brasil, define-se quintal como “pequena quinta, pequeno terreno com jardim ou horta, junto a uma casa de habitação, montureira quintal é o termo utilizado para se referir ao terreno situado ao redor da casa.” (Dicionário Aurélio, 2018).

Oklay (2004) relata que nos quintais produtivos encontram-se adaptadas espécies subutilizadas ou não domesticadas e uma enorme variedade de espécies locais. Essa diversidade contribui não somente para a segurança alimentar e estabilidade econômica dos agricultores familiares, mas para o equilíbrio do sistema agroecológico como um todo (OKLAY, 2004).

Geralmente as espécies selecionadas pelos agricultores para esses espaços são espécies nativas, que apresentam um alto índice de produtividade e uma baixa necessidade de utilização de agroquímicos (VOGT et al., 2004).

Os quintais urbanos ainda podem promover a reprodução das práticas sociais, o prazer de cultivar, e também de garantir um espaço de lazer, por estar associado a melhoria do ambiente e da paisagem proporcionada pelas espécies cultivadas (AQUINO E ASSIS, 2007).

Ainda segundo Aquino e Assis (2007), o cultivo das espécies frutícolas e hortícolas e até mesmo as medicinais em quintais urbanos, acaba auxiliando diretamente na dieta alimentar dos seus consumidores finais. Pois, como visto anteriormente, estes quintais buscam utilizar a agricultura orgânica embasada na agricultura familiar em seus cultivos, gerando uma maior segurança alimentar.

2.2 AGROECOLOGIA

O conceito de agroecologia passou a ser empregado em 1980, com a aplicação dos princípios e conceitos da ecologia ao desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis (GLIESSMAN, 2001).

A agroecologia pode ser definida como o estudo da agricultura a partir de uma perspectiva ecológica. Trata-se de um tipo de prática agrícola que prioriza a utilização dos recursos naturais com mais consciência, respeitando e mantendo o que a natureza oferece ao longo de todo o processo produtivo desde o cultivo até a circulação dos produtos (FRAGMAQ, 2016).

Tal pode ser compreendida como a agricultura livre do veneno ou como agricultura orgânica, porém, não se podem reduzir o conceito de agroecologia essas

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duas denominações, sendo um estilo de agricultura ecológica. Pois seu real potencial tem como enfoque científico baseado em premissas filosóficas alternativas e como estratégia para o desenho de programas de desenvolvimento rural sustentável (MOREIRA, 2004).

Apesar da agroecologia ser uma ciência, não é esperado que a mesma solucionasse todos os problemas socioambientais vivenciados na área rural, mas, é nesta área que os pesquisadores buscam as mudanças almejadas em questões de utilizações de insumos e na priorização da agricultura orgânica (BORSATTO; DO CARMO, 2013).

Para Altieri (1998) a preservação e ampliação da biodiversidade dos agroecossistemas é o primeiro princípio utilizado para produzir auto regulação e sustentabilidade. Quando a biodiversidade dos agroecossistemas retorna, interações passam a estabelecer- se entre o solo, as plantas e os animais.

Para tal estudo, a agroecologia se torna de extrema importância, pois resulta em benefícios como:

 Cria uma cobertura vegetal contínua para a proteção do solo;

 Assegura constante produção de alimentos, variedade na dieta alimentar e produção de alimentos e outros produtos para o mercado;

 Fecha os ciclos de nutrientes e garante o uso eficaz dos recursos locais;

 Contribui para a conservação do solo e dos recursos hídricos através da cobertura morta e da proteção contra o vento.

Agroecologia fornece as ferramentas metodológicas necessárias para que a participação da comunidade venha a se tornar a força geradora dos objetivos e atividades dos projetos de desenvolvimento. O objetivo é que os camponeses se tornem os arquitetos e atores de seu próprio desenvolvimento (CHAMBERS, 1983).

2.3 ETNOBOTÂNICA

O primeiro a abordar o termo etnobotânica foi Harshberger em 1985, não trouxe uma definição, porém, apresentou como o estudo poderia ser útil à investigação científica (MACIEL, 2002).

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Várias definições podem ser encontradas para etnobotânica, uma das definições mais ampla é do antropólogo Posey (1986) onde etnobotânica é o estudo do conhecimento e das conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito da biologia.

Contudo etnobotânica tenta se comprometer com o mundo em desenvolvimento, adotando uma posição estratégica com seu foco integrativo (ALCORN, 1995).

Experiências populares juntamente com as investigações científicas sobre a utilização e a eficácia de plantas medicinais mantêm a prática do consumo de fitoterápicos (ALBUQUERQUE, 2005).

Segundo Brasileiro et al. (2008), o estudo de plantas medicinais a partir de seu emprego pelas comunidades podem fornecer informações úteis para a elaboração de estudos farmacológicos e fitoquímicos sobre tais plantas, visando o desenvolvimento de fitoterápicos, ou isolamento de substâncias ativas passíveis de síntese pela indústria farmacêutica.

Esta área de pesquisa enfoca dois fatores fundamentais: coleta e utilização medicinal da planta. O primeiro fator implica na região, época e estágio de desenvolvimento preferido para coleta (MACIEL, 2002).

2.3.1 Importância das plantas na alimentação

O estudo científico sobre todas as plantas, sua utilização e finalidades acontecendo através do tempo. Civilizações primitivas identificaram a existência de plantas comestíveis, mas também algumas com toxicidade que podem ser utilizadas no combate a doenças, sendo assim, mostrando um forte potencial curativo (BARROS, 2008).

Sabe-se que existem diversos conhecimentos relacionados à importância das plantas na alimentação humana. Normalmente plantas são utilizadas de várias maneiras na culinária mundial, como temperos, fontes medicinais ou saladas (AQUINO; ASSIS, 2007; HILL, 2015).

Grande parte da obtenção dos conhecimentos sobre as plantas e sua importância na alimentação acontece através da relação entre o homem e o ecossistema, e disseminação destes saberes é realizada por tradição oral

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(GLIESSMAN, 2013). Tais estudos são de bastante relevância, pois, tem acrescentado conhecimentos imprescindíveis nas áreas farmacológicas, fitoquímicas e agronômicas (BORSATTO E DO CARMO, 2013).

O interesse por parte da população humana a respeitos da alimentação, produção, consumo e meio ambiente, causando uma grande reflexão a respeito da qualidade que os alimentos são cultivados e isto envolve o tipo de agricultura que é desenvolvida (PRIMO et al., 2014). Segundo Neves (2013) há duas linhas de agricultura familiar apoiada em formas de produção e cultivo mais sustentáveis, sem insumos tóxicos, e a agricultura tradicional, responsável por grandes áreas em terra, produtora de commodities e que é totalmente dependente de insumos químicos e substâncias sintéticas.

2.3.2 Importância das espécies hortícolas

Segundo a ABCSEM (2016), 20 milhões de toneladas de 18 hortaliças diferentes são produzidas por ano no Brasil. Tomate, cebola, melancia e alface são responsáveis por 50% desse total.

As hortaliças são fontes de antioxidantes, minerais e compostos funcionais, além de ter uma baixa caloria com vasta variedade de cores e opções. Podem ser definidas como plantas herbáceas, sendo classificadas como verduras e legumes (PEREIRA e FONTES, 2005).

Para proporcionar saúde ao ser humano compreender a particularidade das hortaliças, levando em consideração os costumes e tradições de cada pessoa, promovendo assim uma boa qualidade alimentar e consequentemente uma melhor qualidade de vida (SOUZA, 2013).

A produção de hortaliças é bastante complexa, englobando desde práticas agrícolas de tecnologias mais simples empregadas na agricultura familiar, urbana e periurbana até as mais complexas com utilização de maquinários, utilizada por horticultores empresariais (BRANCO; BLAT, 2014).

A produção orgânica de hortaliças é um sistema sustentável de modelo agrícola que atende plenamente as exigências da sociedade por produtos saudáveis e com menor impacto ao ambiente e a saúde do trabalhador rural (BRANCO; BLAT, 2014).

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O produtor que deseja comercializar deve levar em consideração que deve plantar e colher as hortaliças que os consumidores finais têm de preferência (PEREIRA E FONTES, 2005).

Silviero et al.(2011) em suas pesquisas de quintais urbanos concluíram que das 77 espécies encontradas (pertencentes a 34 famílias botânicas), teve destaque para as famílias Solanaceae (12,6%) e Myrtaceae (11,3%), sendo 62,0% de espécies frutíferas e 38,0% de hortaliças. Do total de espécies registradas 82,3% são exóticas, sendo 34,1% e 18,9% associadas ainda ao uso medicinal e ornamental.

Batista et al. (2014), realizaram estudos em quintais produtivos, em 60 quintais amostrados, resultou na observação de 4197 indivíduos dispersos em 77 famílias botânicas e 424 espécies. As famílias mais abundantes foram Asparagaceae, Araceae e Rubiaceae. As formas de vida não arbórea apresentaram maior diversidade, indicando maior nível de complexidade neste grupo.

2.3.3 Importância das plantas frutíferas

As plantas frutíferas são do grupo das angiospermas, estas produzem sempre frutos, porém, nem sempre estes são comestíveis. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com 42 milhões de toneladas produzidas de um total de 340 milhões de toneladas colhidas em todo o mundo, anualmente (FACHINELLO; NACHTIGAL, 2010).

É importante entender também que não somente as partes vegetais das plantas que são importantes como os frutos derivados por elas. Estes possuem nutrientes que complementam a saúde humana e animal e seu consumo deve ser frequente devido aos benefícios que apresentam para seu consumidor final (SOUZA

et al., 2013).

Inúmeras frutas ajudam o homem hidratando e nutrindo o organismo. As maiorias das frutas são saborosas e possuem propriedades ativas para a saúde humana, estas propriedades são conhecidas como vitaminas (TRANI et al, 2013).

Estudos demonstram que vidas poderiam ser salvas todos os anos, se as pessoas ingerissem frutas, verduras e legumes com frequência. De fato, são alimentos capazes de auxiliar na manutenção da saúde, por possuírem vitaminas, fibras, proteínas, carboidratos, minerais, água, além de vitaminas, antioxidantes, entre

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outros nutrientes, que só fornecem benefícios reduzindo então os níveis de Low

Density Lipoproteins, (lipoproteínas de baixa densidade), tolerância a glicose e outras

possíveis doenças (SOUZA, 2013).

Ainda no âmbito referente aos benefícios, a fibra alimentar presente em frutas e hortaliças, auxilia no bom funcionamento do trato intestinal, reduzindo o risco de doença coronariana e câncer de cólon, com isso, um detalhe importante na hora da compra, são as escolhas de alimentos frescos e com a coloração realçada, de modo que esteja bem colorida, pois, quanto maior a obtenção destes aspectos, maior a riqueza de minerais, vitaminas e fibras (SOUZA, 2013).

O cultivo de frutíferas é desenvolvido em todas as regiões do estado e, por estar localizado em uma região de transição climática e com vários tipos de solo, as mais variadas espécies são cultivadas. Em 2015 a renda bruta gerada no segmento frutícola foi de R$ 1,4 bilhão, considerando-se o universo de 35 frutas exploradas no estado (ANDRADE, 2017).

Quando se consideram as cinco principais frutas produzidas no Paraná, em relação aos volumes colhidos em 2015, respectivamente, por ordem de importância, Laranja, Banana, Melancia, Tangerinas e Uvas responderam por 85,9% do total produzido (ANDRADE, 2017).

2.4. PLANTAS MEDICINAIS

A utilização de produtos naturais, com fins medicinais, vem desde o início da humanidade. Foram encontrados indícios do uso de plantas nas antigas civilizações, sendo considerada uma das práticas mais remotas utilizadas pelo homem para cura, prevenção e tratamento de doenças, servindo como importante fonte de compostos biologicamente ativos (ANDRADE; CARDOSO; BASTOS, 2007).

As plantas medicinais sempre foram utilizadas, sendo no passado o principal meio terapêutico conhecido para tratamento da população. A partir do conhecimento e uso popular, foram descobertos muitos medicamentos utilizados na medicina tradicional (BOTSARIS; MACHADO, 1999). Tal conhecimento é conservado por meio da tradição oral, porém, pouca informação é comprovada sobre os efeitos benéficos e maléficos (OLIVEIRA, ARAÚJO, 2007).

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O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto à espécie humana. Plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais (MACIEL, 2002).

Práticas relacionadas ao uso popular de plantas medicinais são o que muitas comunidades têm como alternativa viável para o tratamento de doenças ou manutenção da saúde da saúde (AMOROZO, 2002).

A planta medicinal pode ser definida como “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos” (OMS, 1998). Aproximadamente 25% de todas as prescrições medicamentosas são formulações baseadas em substâncias derivadas de plantas ou análogos sintéticos ou seus derivados (GURIB, 2006).

Os fitoterápicos foram regulamentados através da Resolução RDC N°14 em 31 de março de 2010, estão incluídos nesse grupo os medicamentos fitoterápicos obtidos exclusivamente por matérias-primas ativas vegetais, que possuam eficiência por meio de levantamentos farmacológicos de utilização e por evidências médicas (RIBEIRO BRUNING et al., 2012).

O SUS já oferece 12 fitoterápicos. São eles: Alcachofra, Aroeira, Babosa, Cascara Sagrada, Espinheira Santa, Garra do diabo, Guaco, Hortelã, Isoflavona de soja, Plantago habitual, Salgueiro e Unha de gato. Eles são ofertados na forma de xaropes, pomadas, comprimidos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

A pesquisa em quintais foi realizada no município de Itaipulândia, Paraná. A cidade possui uma extensão de 327,728 km², sendo que desta, 176,000 km² foram desapropriadas pela Itaipu, restando 151,728 km² de área útil. O município, após o Censo de 2010, passou a contar com mais de 9 000 Itaipulandienses, na sua maioria jovem numa faixa entre 20 a 40 anos. A maioria da população (52,5%) encontra-se na área urbana (IBGE; 2010).

Sua economia é baseada no setor agrícola, com o cultivo de fumo, soja, milho e mandioca, e também a criação de bovinos e suínos, sendo que atualmente investe-se também na indústria e no turismo.

Em Itaipulândia existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano, mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Sendo 24,8 °C a temperatura média do mês de janeiro o mês mais quente do ano e 15,4 °C a temperatura média de junho, temperatura média mais baixa de todo o ano.

O estudo foi realizado nos bairros Belo-Horizonte, Floresta, Pioneiros e centro (figura 1).

A Figura 1 mostra a localização dos bairros estudados, o bairro Belo Horizonte, em vermelho, em verde, temos o bairro Floresta, bairro Pioneiro (verde claro), o Centro de cor amarela.

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Figura 1: Divisão de Bairros no Município de Itaipulândia, Paraná.

Fonte: Autor, 2019.

3.1.1 Caracterização do bairro Belo Horizonte

O bairro Belo Horizonte, é um conjunto habitacional, localizado ao lado Oeste do munícipio, atualmente apresenta 100 residências, atividade sócia econômica baixa.

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3.1.2 Caracterização do bairro Floresta

Bairro fundando recentemente, atualmente possui 260 residências, população predominante de classe média baixa, faz divisa com o bairro Belo Horizonte.

3.1.3 Caracterização do Bairro Pioneiro

Localizado ao sul da cidade, é composto por 40 residências. Bairro recente da cidade, muitos lotes sem residências, atividade sócia econômica média.

3.1.4 Caracterização do Centro da Cidade

Por fim, foi realizado o estudo no centro da cidade, onde é predominante o comércio, no total são 50 residências, bairro com economia mais alta, porém com lotes menores, se trata do bairro mais antigo da cidade.

3.2 DELINEMANETO EXPERIMENTAL

A quantidade de casas entrevistadas foi determinada por amostragem definindo 10% da população, conforme Tabela 1,realizado sorteio das casas a serem entrevistada. Este trabalho foi auxiliado com uso de mapas cartográficos e imagens de satélite.

A escolha das residências em cada bairro será feita pelo método de amostragem sistemática de pontos de amostragem, partindo da escolha de uma quadra central do bairro afastada de vias de grande circulação de veículos.

Uma vez escolhida, aleatoriamente, a primeira residência da quadra para entrevista, o próximo ponto de amostragem escolhido foram as duas casas situadas após o primeiro ponto e assim sucessivamente, circundando todo o perímetro da quadra. A Tabela 1 mostra o número de casas entrevistadas em cada bairro.

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Tabela 1: Número de Casas Entrevistadas por Bairro do Município de Itaipulândia, Paraná.

Bairro Número de casas

Belo Horizonte 10 Pioneiros 4 Centro 5 Floresta 26 Fonte: Autor, 2019. 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O entrevistado foi um membro designado pela família no momento do primeiro contato estabelecido pelo entrevistador. Cada entrevista foi realizada após a assinatura pelo entrevistado de um termo de consentimento aceitando participar da pesquisa e autorizando a divulgação dos resultados do estudo (APÊNDICE I), além de preencher os dados da pessoa entrevistada (APÊNDICE II).

Posteriormente realizou-se o levantamento do quintal da residência, relatando na ficha dados como: espécies de plantas encontradas na residência, olericultura e as frutíferas. As plantas encontradas foram categorizadas da seguinte maneira: nome comum, nome cientifico, origem e família dessas espécies.

Quanto às espécies encontradas nos quintais foi realizada uma análise qualitativa e quantitativa, de forma que possa ser elaborada uma análise socioeconômica relacionando os locais pesquisados com as características de seus quintais.

Depois de realizado este procedimento, foi contabilizado as espécies vegetais encontradas em cada uma das residências analisadas e as mesmas identificadas.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Para análise dos dados encontrados foram utilizados dados estatísticos, para análise da diversidade das espécies em cada bairro e outro estudo para indicar a similaridade entre os bairros.

Os índices de diversidade de espécies referem-se à variedade de espécies de organismos vivos de uma determinada comunidade, habitat ou região. A diversidade pode ser subdividida em dois grupos: Riqueza e Uniformidade (MATA NATIVA, 2016).

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O índice de diversidade é conhecido como índice Shannon-Weaver onde considera igual peso entre as espécies raras e abundantes (MAGURRAN, 1988).

Para cálculo do índice de similaridade, foi utilizada a Equação 1.

𝐻

=

𝑁×ln(𝑁)−∑𝑆𝑖=1𝑛𝑖×ln⁡(𝑛𝑖)

𝑁

⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ (1)

Quanto maior o H’ encontrado, maior é a diversidade da população estudada, expressando maior riqueza e uniformidade.

Onde:

H’= Índice de Shannon-Weaver;

ni= Número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie;

N= número total de indivíduos amostrados; S= Número total de espécies amostradas;

A comparação entre os bairros estudados foi feita por meio do índice de similaridade de Jaccard que expressa à semelhança entre ambientes, baseando-se no número de espécies comuns.

Compara qualitativamente a semelhança de espécies que existe entre amostras sucessivas retiradas em intervalos espaciais e temporais ou ao longo de uma gradiente ambiental.

É um coeficiente binário baseado, unicamente, na relação presença-ausência das espécies nas amostras comparadas. Quantitativamente, o índice de Jaccard varia entre 0 (comunidades totalmente diferentes quanto à composição de espécies) e 1 (comunidades totalmente semelhantes quanto à composição de espécies) e é dado pela Equação 2 (ZANZINI, 2005).

𝑆

𝑗

=

𝑐

𝑎+𝑏−𝑐(2) (2) Onde:

SJ = índice de similaridade de Jaccard;

a = número total de espécies presentes na amostra “a”; b = número total de espécies presentes na amostra “b”; c = número total de espécies comuns às amostras “a” e “b”.

(25)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 RESULTADOS SÓCIOECONÔMICOS

O resultado do estudo socioeconômico (Tabela 2) dos entrevistados revelou que a maioria dos responsáveis pela condução e manejo do quintal e do gênero feminino (65%) e casado (53%). Cerca de 60% dos entrevistados apresentam baixa escolaridade (37%). Os aposentados e as donas de casa somam juntas 36% da ocupação dos moradores. Quanto ao tempo mínimo de residência a maioria (49%) mora na casa a mais de 10 anos, sendo que tem casa própria.

Tabela 2: Dados socioeconômicos nos bairros do município de Itaipulândia, Paraná.

Dados

Socioeconômicos Categorias

Belo

Horizonte Pioneiros Centro Floresta

Gênero Masculino 2 2 1 11 Feminino 8 2 4 15 Estado Civil Solteiro 4 2 2 4 Casado 4 2 2 16 Divorciado 1 1 Amasiado 1 Outros 1 4 Escolaridade N alfabetizado 1 Ensino básico 1 3 12 Ensino médio 5 2 2 4 Ensino superior 5 10 Ocupação Aposentado 3 7 Doméstica 2 1 3 Estudante 2 1 1 1

(26)

Outros 5 2 1 15 Tempo mínimo de residência menor 5 anos 2 1 4 2 entre 5 a 10 anos 4 3 1 5 maior 10 anos 3 19 Residência Fixa 6 2 4 22 Alugada 3 2 1 4 Fonte: Autor (2019).

A Figura 2 mostra o grau de escolaridade por bairro.

Figura 2: Escolaridade dividida por bairros na cidade de Itaipulândia Paraná.

Fonte: Autor, 2019.

4.2 RESULTADOS DAS ESPÉCIES OU INDIVIDUOS

A Figura 3 mostra o gráfico da distribuição dos indivíduos dentro das principais famílias. 0 2 4 6 8 10 12 14 Não alfabetizado Ensino basico Ensino medio Ensino superior

(27)

Figura 3: Distribuição dos indivíduos amostrados dentro das principais famílias.

Fonte: Autor, 2019.

Neste trabalho foram entrevistadas 45 residências no município de Itaipulândia em quatro diferentes bairros. Dentre as casas pesquisadas 58% eram do bairro Floresta, 9% do bairro Pioneiros, 11% do Centro da cidade e 22% do bairro Belo Horizonte.

Os resultados deste apresentaram 195 plantas, distribuídos em 25 famílias e 42 espécies. Em estudos realizados em Marcelândia, Mato Grosso, Júnior et al. (2008), identificou 33 famílias e 92 espécies.

As famílias mais ricas em espécies (Figura 3) foram Anacardiaceae (15%), destacando para a árvore de manga, Lamiaceae (14%), sendo o principal o hortelã,

Rutaceae (14%), destaque para o limão, Myrtaceae (8%), tais famílias representam

51% do total de indivíduos ocorrentes, indicando predomínio destas famílias na área. A arvore de manga foi muito utilizada na cidade como árvore para sombra, por este motivo uma incidência tão grande nas residências, além de ser uma fruta produzida em clima tropical, tendo ótimas condições para o cultivo na cidade de Itaipulândia. A Figura 4 ilustra uma árvore de manga em um quintal urbano do bairro Floresta. 7% 7% 8% 14% 14% 15% 35%

Apiaceae Alliaceae Myrtaceae Rutaceae Lamiaceae Anacardiaceae Outros

(28)

Figura 4: Quintal urbano no bairro Floresta na cidade de Itaipulândia, Paraná.

Fonte: Autor (2019).

Resultado semelhante ao encontrado por Queiroz et al. (2019), onde realizou estudos na Zona Norte de São Paulo, onde as principais famílias encontradas foram:

Araceae (9%); Lamiaceae (8%); Rutaceae (6%) e Myrtaceae (3%), somando juntas

26% das plantas totais.

Silviero et al. (2011), em seu estudo de cultivo de espécies alimentares em quintais urbanos de Rio Branco, Acre, teve um resultado semelhante, com destaque para as famílias Solanaceae (12,6%) e Myrtaceae (11,3%).

O limão e o hortelã também tiveram destaque nesta pesquisa, duas plantas de fácil cultivo e muito utilizadas pelos moradores de Itaipulândia, para o preparo de uma bebida conhecida popularmente como “terere”, tradicional no município. A Figura 5 ilustra uma árvore de limão no bairro Belo Horizonte.

(29)

Figura 5: Quintal urbano no bairro Belo Horizonte na cidade de Itaipulândia Paraná.

Fonte: Autor (2019).

A Tabela 3 apresenta os resultados, espécies encontradas quantitativamente nos quatro bairros de Itaipulândia.

Tabela 3: Espécies alimentares de quintais urbanos nos bairros de Itaipulândia, Paraná.

Família Nome Nome Científico Belo

Horizonte Pioneiros Centro Floresta

Alliaceae Cebolinha AlliumFistolosum 3 2 9

Anacardiaceae Caju AnacardiumOccidentale 1

Anacardiaceae Manga Mangifera Indica 2 2 3 17

Anacardiaceae Seriguela SpondiasPorpure 1 1

Annonaceae Araticum Annona Montana 2 1 2

Annonaceae Graviola AnnonaMuricata 1 2

Anonaceae Fruta Do

Conde AnnonaSquamosa 1

Apiaceae Erva-Doce PimpinellaAnisum 1

Apiaceae Salsinha PetroselinumCrispum 2 3 1 6

Asphodelaceae Babosa Aloe Vera 1 2 1 1

(30)

Brassicaceae Rúcula Eruca Vesicaria 1

Bromeliaceae Abacaxi AnanasSativus 2

Cactaceae Ora Pro

Nobis PereskiaAculeata 1 1

Cactaceae Pitaya HylocereusPolyrhizus 1 1

Caricaceae Mamão CaricaPapaya 1 4

Convolvulaceae Bata Doce Ipomeas Batatas 1

Curcuma Longa Açafrão Curcuma Longa 1 1 1

Ebenaceae Caqui DiospyrosKaki 4

Lamiaceae Poejo MenthaPulegium

Lamiaceae Erva -

Cidreira Melissa Officinalis 3 5

Lamiaceae Hortelã Mentha 5 1 8

Lamiaceae Manjerona OriganumMajorana 1 2

Lamiaceae Menta Mentha 1 1

Lythraceae Romã Punica Granatum 1

Malpighiaceae Acerola Malpighia Glabra 3 1 4

Malvaceae Quiabo AbelmoschusEsculentus 1 1

Musaceae Banana Musasp 3

MyrciariaJaboticaba Pitanga EgeniaUnifloria 2 1 3

Myrtaceae Goiaba PsidiumGuayava 1 1

Myrtaceae Jabuticaba MyrciariaJaboticaba 1 2 3 7

Poaceae Capim

Limão CymbopogonCitratus 1

Rosaceae Ameixa Prunus Domestica 1 1

Rosaceae Morango Fragaria Spp 1

Rosaceae Pessêgo PrunusPersia 1 3

Rutaceae Arruda RutaGraveolens 1

Rutaceae Laranja CitrusChinensis 2 2

Rutaceae Limão CitrusLemonum 4 2 16

Rutaceae Tangerina Citrus Reticulada

Blanco 1

Rutáceas Bergamota CitrusBergamia 3

Sapindaceae Lichia LitchiChinensis 1

Solanaceae Pimentão CapsicumAnnuum 1

Vitaceae Uva VitisVinifera 1 1

(31)

As áreas em estudo apresentaram índices de diversidade de Shannon-Weaver (H’) entre 0,872 e 1,373, indicando trata-se de uma área com diversidade relativamente alta (Tabela 4). O bairro com menor índice de diversidade foi o bairro Pioneiros com H’ = 0,872 enquanto o bairro Belo Horizonte apresentou maior índice de diversidade.

Tabela 4: Índices de diversidade de Shannon-Weaver (H’) por bairro da cidade de Itaipulândia, Paraná.

Bairro Índice de Shannon-Weaver

Belo Horizonte 1,373

Pioneiros 0,872

Centro 0,950

Floresta 1,353

Fonte: Autor, 2019.

É importante ressaltar que os índices devem ser comparados dentro de uma mesma região e pelo motivo deste trabalho ser pioneiro nesta modalidade de estudos na região, não existem trabalhos na literatura sobre índices de diversidade de espécies para o município de Itaipulândia, Paraná, para que se possam comparar valores com maior representatividade.

Os valores obtidos apresentam média e baixa diversidade de espécies, sendo que a diversidade é considerada alta para valores acima de 3,11 (SAPORETTI JÚNIOR et al., 2003), o que geralmente são encontrados em trabalhos descrevendo florestas e áreas de preservação (FERREIRA JÚNIOR, et al., 2008).

Os índices de similaridade florística calculados entre a área em estudo dos quatro bairros considerados estão expressos na Tabela 5.

Tabela 5: Índices de similaridade (Jaccard) entre os bairros estudados.

Bairro B. Horizonte Pioneiros Centro Floresta B. Horizonte 1

Pioneiros 0,24 1

Centro 0,23 0,42 1

Floresta 0,54 0,21 0,24 1

Fonte: Autor, 2019.

Os índices de similaridade variam de 0,23 (Centro e Belo Horizonte) a 0,54 (Floresta e Belo Horizonte), indicando que entre estes dois bairros o índice é alto,

(32)

podendo considerar uma alta similaridade entre os bairros. Tal grau pode ser explicado pela localização geográfica dos dois bairros, estão próximos, Floresta faz divisa com bairro B. Horizonte.

Em todos os quintais foi observado que o uso de espécies para alimentação tem papel importante na complementação da dieta alimentar. A manutenção do quintal na residência possui valores intangíveis e difíceis de serem mensurados, como o prazer de cultivar, espaço de lazer, bem estar proporcionado pela melhoria da ambiência (sombra) e da paisagem proporcionada pelas espécies arbóreas. Esta pesquisa pode servir de subsídio para formulação de políticas públicas de saúde pública, segurança alimentar, conservação de recursos genéticos e geração de renda por meio da agricultura urbana.

(33)

5 CONCLUSÕES

Os resultados da pesquisa mostraram que:

A maioria das residências de Itaipulândia possui quintais, as famílias botânicas mais cultivadas nesta região são Anacardiaceae, Lamiaceae, Rutaceae, Myrtaceae, dentre destas famílias destacamos a maga, hortelã e limão respectivamente possui alta diversidade.

Sugere-se que mais estudos sejam realizados, visando compreender como a população de Itaipulândia costuma utilizar seus quintais, e os fatores de não ter mais diversidades, para assim realizar práticas políticas incentivando o cultivo em quintais urbanos.

Entretanto, informações sobre a biodiversidade em áreas urbanas e a sua manutenção pela população são de grande importância, podendo contribuir para Programas de Educação Ambiental, visando à sustentabilidade urbana, além do resgate de conhecimentos tradicionais.

(34)

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(38)
(39)

APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado (a) Senhor (a)

Esta pesquisa é sobre CARACTERIZAÇÃO DOS QUINTAIS PRODUTIVOS NA CIDADE DE ITAIPULÂNDIA e está sendo desenvolvida pela aluna Jocieli Ferreira Costa do Curso de Agronomia do CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS, sob a orientação da Professora Edneia Santos de Oliveira Lourenço.

O objetivo deste estudo é Estudar a biodiversidade dos quintais na zona urbana da cidade de Itaipulândia.

Solicito a sua colaboração para a pesquisa, como também sua autorização para apresentar os resultados deste estudo. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo. Informamos que essa pesquisa não oferece riscos.

Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador(a).

O pesquisador estará a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em qualquer etapa da pesquisa.

Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido(a) e dou o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou ciente que receberei uma cópia desse documento.

______________________________________ Assinatura do Participante da Pesquisa

ou Responsável Legal

Atenciosamente, Fábio Rogério Deicke

APÊNDICE II QUESTIONÁRIO

(40)

Responsável do quintal Nome comum

Nome cientifico

Outros usos Origem

Telefone

Data

Gênero M F

Estado civil Solteiro

Casado Divorciado Amaciado Outros Escolaridade Não alfabetizado Ensino básico Ensino médio Ensino superior Ocupação Aposentado Domestica Estudante Outros Tempo mínimo de residência Menos de 5 anos Entre 5 a 10 anos Mas de 10 anos Número de moradores Presença de animais Gato Cachorro Presença de abelhas Africana Nativa Área do quintal ou casa m2

Referências

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