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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL E BRINCADEIRA: ASPECTOS DA CONSTITUIÇÃO DE UM CAMPO DE ESTUDOS ENTRE AS DÉCADAS DE 1990 E

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL E BRINCADEIRA: ASPECTOS DA CONSTITUIÇÃO DE UM CAMPO DE ESTUDOS ENTRE AS DÉCADAS DE 1990 E 2010

Elieuza Aparecida de Lima (FFC-Unesp-Marília, SP) aelislima@ig.com.br Rosane Michelli de Castro (FFC-Unesp-Marília, SP)

rosanemichelli@marilia.unesp.br Jeniffer de Arruda (FFC-Unesp-Marília, SP)

je_arruda@hotmail.com

Eixo temático: História da Educação das crianças, jovens e adultos no Brasil.

RESUMO

Esta exposição retrata parte dos nossos trabalhos de pesquisa desenvolvidos com o objetivo de reunir e analisar aspectos da constituição de um campo de estudos em História da Educação Infantil no Brasil, entre as décadas de 1990 e 2010, mediante as produções acadêmicas produzidas nesse período, sobretudo centrada na temática “brincadeira na Educação Infantil”. Tal temática e período para a realização da pesquisa foram privilegiados, considerando-se que, entre 1990 e 2010, na história da educação no Brasil, particularmente na história da Educação Infantil, podemos perceber um crescente número de pesquisas e publicações centrados na “brincadeira na Educação Infantil”, com destaque para os trabalhos com base em autores da denominada Teoria Histórico-Cultural. Tratou-se de pesquisa de abordagem histórica, bibliográfica, quanto às fontes, cuja primeira etapa de levantamento bibliográfico foi realizada em fontes de informação de digitais, a partir do qual se constituiu um instrumento de pesquisa sobre a produção científica sobre a temática estudada nas décadas de 1990 a 2010. Nesse instrumento de pesquisa foram reunidas as informações bibliográficas dos trabalhos, acompanhadas de nomes dos autores, títulos, tipo de material, onde se encontra disponível, palavras-chaves e resumos, com o objetivo de possibilitar consultas posteriores, além de se tornarem instrumento para novas pesquisas. Dos trabalhos localizados, são recorrentes as formulações sobre o papel da brincadeira como uma atividade propulsora de desenvolvimento infantil, considerando que, a partir da Teoria Histórico–Cultural, cada momento desse desenvolvimento deve ser respeitado por sua especificidade e atividade principal, tal como a brincadeira, entre os três e seis anos de idade. Os estudos sugerem que essas considerações podem ser ampliadas a partir de estudos vigotskianos, em defesa da ideia de que, para o pleno desenvolvimento da criança, são essenciais vivências de atividades por meio das quais haja a apropriação de capacidades tipicamente humanas. Nesse sentido, a brincadeira, com seu papel único e atividade principal da criança pequena, poderia provocar avanços significativos no desenvolvimento das capacidades infantis. A localização recorrente dessas formulações indica uma possível tendência da pesquisa em História da Educação Infantil, ao lado de outros campos de pesquisa educacionais, em prol da constituição da

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valorização da brincadeira na Educação Infantil não como passatempo no cotidiano das crianças nas escolas, mas como momento-tempo privilegiado de expressão, aprendizagem e desenvolvimento pleno infantil.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. História da Educação. Brincadeira.

1 - Introdução

Com a perspectiva de atingir o objetivo proposto de “reunir e analisar aspectos da constituição de um campo de estudos em História da Educação Infantil no Brasil, entre as décadas de 1990 e 2010, mediante as produções acadêmicas produzidas nesse período, sobretudo centrada na temática “brincadeira na Educação Infantil”, foi efetivada uma revisão da literatura sobre o tema, em fontes de informações digitais, a partir do qual localizamos, reunimos e selecionamos dados, sistematizados em quadros, em conformidade ao apresentado mais adiante neste item do relatório. Esse levantamento se pautou na localização, reunião e sistematização de produções acadêmicas e teóricas, elaboradas no Brasil, no período de 1990 a 2010, sobre “brincadeira na Educação Infantil”, para composição de um quadro teórico para estudos em encontros coletivos com as profissionais parceiras da pesquisa e para contribuição nas análises dos dados produzidos ao longo do estudo.

Para as buscas, definimos como eixos norteadores as palavras-chave: brincadeira,

brincadeira na Educação Infantil (com e sem aspas) e brincar. Pela dispersão das

informações e grande repetição de referências encontradas, essa fase do trabalho demandou mais tempo do que o esperado.

Os trabalhos encontrados foram copiados em pastas separadas por base de dados e pelos eixos norteadores. Obtivemos mais de 500 títulos, incluindo os repetidos, encontrados nas diferentes bases de dados. Concomitantemente, realizamos filtragem, extraindo as informações repetidas e organizando em novas pastas por base de dados, das quais descartamos aqueles dados que não contemplavam o eixo principal deste estudo: brincadeira

na Educação Infantil.

Para as buscas nas fontes de informações digitais, definimos como eixos norteadores as palavras-chave: “brincadeira”, “brincadeira na Educação Infantil” e “brincar”, no período de 1990 a 2010. Este trabalho foi desenvolvido pela pesquisadora principal e pelas bolsistas

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envolvidas, em diferentes momentos, em trabalhos de iniciação cientifica: Soraia Andréia dos Santos (Primeiros Projetos, 2010), Ana Laura Santos de Abreu (Primeiros Projetos 2010-2011), Mariana Sampaio (Primeiros Projetos, 2010-2011), Jeniffer de Arruda (Pibic – Reitoria, 2011), Guilherme César de Lima (Pibic Júnior, CNPq, 2010-2011), Meryéllen de Almeida Oliveira Alves (Pibic – Reitoria, 2012-2013), Renata Soares Amorim (Pibic – Reitoria, 2012; Pibic – CNPq, 2013), Ariadni da Silva de Oliveira (Iniciação Científica sem Bolsa, Pibic – Reitoria, 2012-2013) e Júlia Élise de Souza (Iniciação Científica sem Bolsa, Pibic, Reitoria, 2012-2013). Além disso, nessa elaboração, houve a colaboração voluntária de Érica Lumi Orimoto, Rita de Cássia Martins e Valéria Cristina de Camargo Assuíno, que, em 2010, eram formandas do Curso de Pedagogia da FFC – Unesp – Marília, SP e participantes de projetos de extensão relacionados à temática ora pautada. Além delas, houve colaboração de pesquisadoras nas discussões e sistematizações dos dados produzidos.

De acordo com o já mencionado, as informações obtidas foram dispersas e houve uma grande repetição de alguns títulos em mais de um quadro. Os trabalhos encontrados foram copiados em pastas separadas por base de dados. No início eram 14 quadros. Ao percebermos repetição de dados oriunda de referências de mesma base de dados (por exemplo, os quadros das fontes digitais Dedalus - USP e Teses USP, e aqueles das fontes digitais Acervus - Unicamp e Libidig da Unicamp), optamos por juntar referências das mesmas bases de dados digitais. Articulamos quadros que eram da mesma fonte digital. Nesses quadros, descartamos aqueles dados que não contemplavam o eixo principal deste estudo e também trabalhos repetidos. Ao final, restaram oito quadros, uma de cada fonte de informação digital.

As fontes de informação digital consultadas foram:

 Acervus - catálogos do acervo de Livros e Teses da Unicamp.  Scielo (Brasil) - Site de Periódicos Científicos Nacionais.

 Athena – Catálogos do acervo de Livros, Teses e coleções de periódicos da Rede de Bibliotecas da Unesp.

 Dédalus – catálogos do acervo de Livros e Teses da USP.  FCC – Fundação Carlos Chagas.

 BDTD – Biblioteca digital.  Cruesp – Base digital.

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 Sapientia – Base digital.

Esse levantamento bibliográfico foi, assim, de modo geral, baseado em algumas delimitações:

 Escolha das bases de busca de informações digitais;

 Delimitação das expressões de busca dos dados: “brincadeira”, “brincadeira na

Educação Infantil” e “brincar”, no título;

 Os materiais localizados serem publicações brasileiras;

 Data de publicação dos trabalhos: de 1990 (devido à recente produção acadêmica sobre o tema da investigação) a 2010 (o ano de início da pesquisa);

 Material: Dissertações, Teses, Artigos, Livros e capítulos de livro.

A partir dessas delimitações, foi feito um levantamento bibliográfico que buscou verificar a produção acadêmica nessas fontes de informação digitais sobre brincadeira na Educação Infantil, e quais desses trabalhos têm como fundamentação teórica a Teoria Histórico-Cultural ou outras teorias.

2 – Metodologia e discussão dos dados e informações

Inicialmente, os dados foram distribuídos em quadros com as seguintes informações: tipo (artigo, capítulo, dissertação, livro e tese), título, autor, assunto, resumo, ano e local. No entanto, para melhor apresentação dos dados encontrados, estruturamos os quadros finais com as seguintes informações: indicadores numéricos de ordem de apresentação (revelando tipos de documentos localizados: A – artigo; C - capítulo de livro; D – dissertação; L – livro; e T – tese), referências (completas), tema, resumo e palavras-chave.

Dos textos encontrados, a partir da leitura dos resumos, localizamos referências essenciais para a composição de um quadro teórico para a formação continuada dos professores parceiros da investigação, enfatizando o referencial teórico utilizado em tais pesquisas, dando enfoque para os trabalhos que tinham como base a Teoria Histórico-Cultural.

Em relação aos temas abordados nos trabalhos encontrados (num total de 108 sistematizados nos quadros), é possível afirmar que a produção científica localizada resulta de

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pesquisas desenvolvidas com foco na Educação Infantil, a partir de encaminhamentos metodológicos reveladores de investigações bibliográficas e de campo.

No período estudado (de 1990 a 2010), as produções são tradutoras de uma tendência de pesquisas marcadas pelas contribuições da Pedagogia (27), Psicologia (25 trabalhos), Educação Física (04), da História (02) e de outras tais como das Políticas Públicas/Educacionais, da Odontologia, Música, para a constituição e contribuição ao campo de estudos relativos à Educação de Crianças no Brasil, conforme foi possível perceber pela leitura de cada um dos resumos dos trabalhos localizados, bem como a leitura, na íntegra, de mais de uma dezena das produções reunidas na revisão bibliográfica.

Ao lado dessa evidência, é possível assinalar, também, indícios de temas afetos à Educação Infantil com base nas discussões sobre o papel e o valor da Brincadeira no Desenvolvimento de Crianças, incluindo os bebês, como um dos estudos nos revela. Verifica-se, ainda, poucos estudos, nesse período, cujo foco seja a “brincadeira de papéis sociais” ou “brincadeira de faz de conta” e seu valor para a formação plena de crianças pequenas (apenas dois trabalhos). No entanto, foram localizados 84 temas, em diferentes trabalhos científicos, indicadores de fortalecimento de estudos referentes à “brincadeira na Educação Infantil”, a partir de expressões tais como: brincar, jogos educacionais ou educativos, brincadeira com/de papéis sociais, faz de conta, brincadeira, brincadeira infantil, jogo, recreação, lúdico, cultura lúdica, brinquedotecas e brinquedos. Sobretudo, fica evidente nos temas localizados uma prevalência de estudos que evidenciam como palavras-chave a brincadeira (28 trabalhos) e a Educação Infantil/educação de crianças/educação pré-escolas (60 menções), dentre outros menos frequentes.

Uma vez que um dos objetivos da pesquisa foi a constituição de um quadro teórico para a formação das professoras parceiras da investigação, foi possível notar, ainda, 08 (oito) menções nos temas indicados, em articulação com a questão da brincadeira na Educação Infantil, referentes à “formação de professores” (06), “professores de pré-escola” (01) e “educadores de creche” (01). Embora o número seja reduzido, vislumbra-se o surgimento de pesquisas e estudos focados na formação de professores de crianças pequenas, contribuindo para reflexões sobre especificidades da constituição da docência para/na Educação Infantil.

Com base nos dados localizados, reunidos e sistematizados em quadros são possíveis algumas considerações, a título de resultados encontrados:

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a) Dos 108 trabalhos localizados e organizados com informações pertinentes aos nossos estudos e posteriores análises, 39 destes têm como um dos elementos teóricos das discussões pressupostos da Teoria Histórico-Cultural.

b) Desses 39 trabalhos organizados em referências completas em quadros, foi possível verificar, uma prevalência de teses e dissertações (33 referências) em relação aos artigos, livros e capítulos de livros (06). Conforme pudemos verificar nos resumos localizados, trata-se de trabalhos de cunho qualitativo, referentes a estudos e pesquisas envolvendo questões educacionais e aspectos do desenvolvimento infantil com base em discussões sobre jogos e brincadeiras na Educação Infantil.

c) Os dados encontrados apontam, também, um número considerável de trabalhos com base em teorias diversas (69 referências), com maior número de livros, artigos e capítulos de livros (36 títulos) do que aqueles relacionados a teses e dissertações (33 títulos). Trata-se, também, de uma tendência de estudos e pesquisas de cunho qualitativo, com temas recorrentes relacionados a aspectos educacionais e psicológicos da brincadeira, do brincar e do brinquedo na Educação Infantil.

d) O total de trabalhos reunidos e sistematizados autoriza algumas conclusões: dentre elas que os 10 últimos anos (1990-2010) são reveladores de um crescente número de pesquisa, estudos e, portanto, produção de saberes científicos na Educação Infantil, focados no tema “brincadeira na Educação Infantil”, constituindo possibilidades para a construção de um quadro teórico para a formação de professores atuantes na educação de crianças pequenas.

Esse levantamento resultou na constituição de um Banco de Dados com informações bibliográficas dos trabalhos, acompanhadas de nomes dos autores, títulos, tipo de material, onde se encontra disponível, palavras-chave e resumos, com o objetivo de possibilitar consultas posteriores, além de se tornar instrumento para novas pesquisas.

Em síntese, destacamos, na sequência, as tendências em relação à fundamentação teórica e o período de produção dos trabalhos localizados e sistematizados.

Em relação à Fundamentação Teórica, os dados apresentados revelam que os estudos localizados na fonte digital (Acervus – Unicamp) estão fundamentados por abordagens teóricas tais como a Psicologia Genética de Piaget (04 trabalhos) e a Teoria Histórico-Cultural e Materialismo Dialético (08 trabalhos). Como é possível perceber ao longo das discussões feitas neste item, na maioria dos resumos, não se localiza elementos

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centrais tais como a fundamentação teórica da investigação/estudo. Nessa fonte digital, em especial, doze (12) resumos não apresentam essa especificação.

Com relação à fonte digital da Unesp (Athena), a maioria dos trabalhos encontrados têm como fundamentação teórica a Teoria Histórico-Cultural e a Psicologia Sócio-Histórica (05). Apenas um (01) trabalho fundamenta-se na perspectiva Psicanalítica e três (03) resumos não apresentam informações suficientes. A maioria dos trabalhos encontrados na fonte digital BDTD está fundamentada na Teoria Histórico-Cultural e Materialismo Dialético de Vygostky (14 trabalhos). Somente duas (02) pesquisas têm como uma de suas bases teóricas, Piaget, sendo que, doze (12) resumos não apresentam informações suficientes quanto à fundamentação teórica de seus trabalhos.

Os trabalhos selecionados na fonte digital Cruesp têm como fundamentação teórica: Teoria Histórico-Cultural (06 trabalhos), Psicologia Genética (01 trabalho) e autores como Saviani, Guenther, Gardner, dentre outros (01 trabalho). Vale ressaltar que em sete (07) resumos não foi possível encontrar elementos referentes à fundamentação teórica. Em relação aos dados apresentados referentes à fonte digital da Usp (Dédalus), pode-se constatar que os trabalhos têm como fundamentação teórica diferentes abordagens e autores: Teoria Histórico-Cultural e Sociointeracionismo (02 trabalhos); Teoria de Piaget (01 trabalho); Teoria Pós-Estruturalista Feminista (01 trabalho); Perspectiva da Nova Sociologia da Educação (01 trabalho); Revista do Jardim da Infância (1896 e 1897) e RCNEIs (1998) (01 trabalho); autores como Johan Huizinga, João Batista Freire, Lino de Macedo, Clarice Cohn, Adriana Friedmann e André Trindade (01 trabalho); Alysson Carvalho, Brenda de Faria, Cibele Aguiar, Elizabeth Martins, entre outros (01 trabalho). Vale destacar que, em quinze (15) resumos, não foram encontrados dados referentes à fundamentação teórica dos trabalhos.

Os dados do resumo localizado na base de dados da Fundação Carlos Chagas não permitiram que localizássemos aspectos referentes à fundamentação teórica. Na fonte de pesquisa Sapientia, quanto à fundamentação teórica das pesquisas, vale destacar que dois (02) resumos não apresentam tais especificações, enquanto um (01) fundamenta-se em autores como Johan Huizinga, Walter Benjamin e Philippe Ariès e em uma perspectiva psicanalítica. Do conjunto de trabalhos localizados e reunidos a partir da fonte de dados digital “Scielo”, em relação à fundamentação teórica desses trabalhos, apenas um (01) deles tem sua abordagem especificada (Teoria Histórico-Cultural).

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No que se refere ao Período de produção dos dados, na fonte digital Acervus, nota-se que os trabalhos foram produzidos entre os anos de 1994 e 2009. Na fonte Athena, as pesquisas foram produzidas entre os anos de 2002 e 2008. Já na fonte BDTD, os dados revelam que a produção ocorreu entre os anos de 1991 e 2010. Na fonte Cruesp, o período de produção das pesquisas é de 1996 a 2010. O período de produção dos trabalhos na fonte digital da USP (Dedalus) é de 2001 a 2011. O único trabalho encontrado na fonte de pesquisa Fundação Carlos Chagas com a temática relevante para a pesquisa foi produzido no ano de 2006. Os trabalhos selecionados na fonte de pesquisa Sapientia, foram produzidos no período de 2006 a 2009. Os dados dos resumos selecionados na fonte Scielo mostram que, o período de produção das pesquisas é de 1997 a 2008.

Algumas considerações finais

A exposição anterior destacou, em linhas gerais, resultados e discussões das ações bibliográficas realizadas no percurso da pesquisa “Brincadeira, jogo e desenho na Educação

Infantil: Estudos, concepções, práticas e implicações para a aprendizagem da escrita”, com

foco no tema “brincadeira na Educação Infantil”.

Os dados localizados, reunidos, sistematizados e analisados apontam que, nas produções teóricas encontradas, entre 1990 e 2010, na história da educação no Brasil, particularmente na história da Educação Infantil, podemos perceber um crescente número de pesquisas e publicações centrados na “brincadeira na Educação Infantil”, com destaque para os trabalhos com base em autores da denominada Teoria Histórico-Cultural.

Em particular, do trabalho de sistematização, alguns fatos valem ser destacados, dentre os quais a riqueza dos estudos elaborados pelos autores representativos das produções localizadas (ARCE; DUARTE, 2006; COUTO, 2007; ARAÚJO, 2008; BARROS, 2008; VALIENGO, 2008; CORREIA; MEIRA, 2009; MORAES, 2009; SILVA, 2010) e que, por meio dos temas escolhidos pelos autores, é possível localizar conceitos da Teoria Histórico-Cultural essenciais para refletirmos sobre o papel da brincadeira na Educação Infantil.

Compreendemos que esses estudos trazem aspectos que confirmam a existência de especificidades do trabalho com crianças pequenas, relativas também às escolhas didáticas, dentre as quais o lugar do faz de conta e de outras atividades essenciais na rotina diária e semanal da Educação Infantil e ao papel do professor nessas escolhas. Ao lado disso, as ideias

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sistematizadas abrem perspectivas para discutirmos acerca da apropriação de conhecimentos tais como a leitura e a escrita e o papel da brincadeira nesse processo; os trabalhos trazem questões históricas sobre a brincadeira na Educação Infantil: dados indispensáveis ao estudar o tema em questão; e as diferentes abordagens pelos autores com base no ideário da Teoria Histórico-Cultural.

Referências

ARAÚJO, V. de C. A brincadeira na instituição de educação infantil em tempo integral: o que dizem as crianças? Juiz de Fora: UFJF, 2008.138p. Dissertação (Mestrado) – Área de Linguagem, Conhecimento e Formação de Professores, Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2008.

ARCE, A.; DUARTE, N. (Orgs.). Brincadeira de papéis sociais na educação infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006.

BARROS, F. C. O. M. de. Cadê o brincar? Da educação infantil para o Ensino Fundamental. 2008, Dissertação (Mestrado em Psicologia). Faculdade de Ciências e Letras, Unesp, Assis, SP, 2008.

CORREIA, M. F. B.; MEIRA, L. R. L. Explorações acerca da construção de significados na brincadeira infantil. Psicol. Reflex. Crit. [online]. vol.21, n.3, p. 356-364, 2008.

COUTO, N. S. O faz-de-conta como atividade promotora de desenvolvimento infantil e algumas contribuições acerca de suas implicações para aprender a ler e escrever. Marília: Unesp, 2007. 192 p. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Marília: 2007.

MORAES, F. A. de. A mediação pedagógica como elemento potencializador dos

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Educação: Processos de Ensino e Aprendizagem), Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2009.

SILVA, E. A. da. O jogo na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural na Educação Infantil de Cuba. 2010, Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Unesp, Presidente Prudente, SP, 2010.

VALIENGO, A. Educação infantil e ensino fundamental: bases orientadoras à aquisição da leitura e da escrita e o problema da antecipação da escolaridade. 2008. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Filosofia e Ciências, Unesp, Marília, SP. 2008.

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