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Produção e Sabor de Tomate em Função da Desponta e Desbaste de Cachos em Tomateiro do Grupo Santa Cruz.

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Academic year: 2021

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Produção e Sabor de Tomate em Função da Desponta e Desbaste de

Cachos em Tomateiro do Grupo Santa Cruz.

Marcelo A. Guimarães; Fabiano Ricardo Brunele Caliman; Derly J. H. Silva; André Pugnal Mattedi; Bruno G. Marim¹.

¹ Departamento de Fitotecnia/UFV – Viçosa – MG, 36571-000, email: derly@mail.ufv.br

RESUMO

Com o objetivo de avaliar o efeito da desponta e desbaste de cachos na produção e sabor dos frutos de tomateiro do grupo salada (cultivar Kindyo), comparou-se 5 formas de condução: A – Retirada do 1º cacho e desponta acima do 7º cacho; B – Igual ao A, porém sem desponta e com retirada dos cachos acima do 7º; C - Sem retirada do 1º cacho e com desponta acima do 6º cacho; D – Igual ao C, porém sem desponta e com retirada dos cachos acima do 6º; E – Sem desponta e sem retirada de cachos, porém com avaliação apenas dos 6 primeiros cachos. Dentre os cinco tratamentos o que produziu a maior quantidade de frutos de tamanho grande foi o D (sem retirada do primeiro cacho e sem poda apical acima do sexto cacho, porém com retirada dos cachos acima deste). As produções totais entre os tratamentos e as características de sabor de frutos não apresentaram diferença significativa.

PALAVRAS-CHAVES: Lycopersicon esculentum, produtividade, brix e pH.

ABSTRACT

Production and flavor of tomato in function of the it blunts and rough-hewing of bunches in the tomato crop of the Santa Cruz group.

With the objective of evaluation the effect of the it blunts and rough-hewing of bunches in the production and flavor of the fruits of tomato of the group salad (to cultivate Kindyo), it was compared 5 conduction forms: A - Retreat of the 1st bunch and it blunts above the 7th bunch; B - Equal to the A, however without it blunts and with retreat of the bunches above the 7th; C - Without retreat of the 1st bunch and with it blunts above the 6th bunch; D - Equal to C, however without it blunts and with retreat of the bunches above the 6th; E - Without it blunts and without retreat of bunches, however with evaluation just of the first 6 bunches. Among the five treatments that it produced the largest amount of fruits of big size it was D (without retreat of the first bunches and without blunt above the sixth bunches, however with retreat of the bunches above this). The total productions between the treatments and the characteristics of flavor of fruits didn't present significant difference.

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KEYSWORD: Lycopersicon esculentum, productivity, brix and pH.

O cultivo do tomateiro está presente em diversas regiões agrícolas do país destacando-se os estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com uma demanda de mercado sempre crescente, mostrando que sua expansão ainda não atingiu o ponto máximo, tendo em vista a crescente produção inclusive em ambiente protegido (Agrianual 2001).

Segundo Tanaka et al. (1974) a planta de tomate é dividida em unidades fonte-dreno. As folhas são fontes de fotoassimilados e os frutos seus principais drenos. Exceção deve ser feita às folhas da base, que contribuem para o desenvolvimento do sistema radicular. Nesta cultura, parece não existir divisão entre as folhas que serão fontes para os frutos de inflorescências individuais. Os fotoassimilados de uma folha podem ser translocados para qualquer fruto, dependendo das condições da planta. Como os frutos são drenos metabólicos fortes, os fotoassimilados são translocados preferencialmente para estes órgãos (Peluzio et al., 1995).

Alterações na relação fonte/dreno podem influenciar variações na produção total por planta, bem como no tamanho e peso individual dos frutos (Peluzio et al., 1999). Estas alterações, como, poda apical, muito realizada por produtores e retirada de cachos, são manejos que podem ser adotados visando modificação nesta relação.

A retirada de cachos visa o retranslocamento de fotoassimilados para outros cachos objetivando aumento dos frutos dos cachos restantes. De acordo com Oliveira et al. (1995), os frutos maiores, estão nos primeiros cachos, com a retirada do primeiro cacho, objetiva-se obter frutos maiores nos cachos acima.

Atualmente os consumidores não apenas se preocuparem com o tamanho dos frutos, mas também com outras qualidades, como por exemplo, o sabor.

De acordo com Dorais et al. (2001) e Caliman (2003) a produtividade é inversamente proporcional à produção do tomateiro. Portanto, se faz necessária a obtenção de cultivares e ou técnicas de cultivo que visem à melhoria ou manutenção do sabor com aumento da produção, tanto para o consumo “in natura” como processado. Dentre as características relacionadas ao sabor dos frutos, os teores de sólidos solúveis, ph, acidez total e cor, se destacam.

O aumento na produtividade, com a melhoria ou a não alteração de sabor dos frutos de tomate, através da aplicação de tratamentos diferenciados do que rotineiramente é utilizado nos campos de cultivo, pode representar não apenas razoável aumento na lucratividade do produtor, diminuição no uso de defensivos com o aumento de qualidade dos frutos e

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também menor necessidade de se incorporar novas áreas de cultivo para suprir a fome em nosso país.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na área de pesquisa do Setor de Olericultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa no período de junho a novembro de 2002. As mudas do cultivar Kindyo (Grupo Santa Cruz) de hábito de crescimento indeterminado foram produzidas em ambiente protegido mediante utilização de bandejas de isopor e substrato comercial.

O transplantio foi realizado quando as mudas apresentavam em torno de 4 folhas definitivas. O espaçamento entre plantas utilizado foi de 1,0 m x 0,5 m, sendo as mesmas tutoradas com fitilho e conduzidas com uma haste/planta.

Foi efetuada a adubação de acordo com o resultado da análise de solo realizada. A adubação foi realizada segundo Ribeiro (2001).

O experimento foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, com cinco tratamentos, sete repetições e seis plantas úteis por repetição, dando um total de 35 parcelas. Os tratamentos foram constituídos de: A - Retirada do primeiro cacho e poda apical acima do sétimo cacho; B - Retirada do primeiro cacho sem poda apical acima do sétimo cacho, porém com retirada dos cachos acima do sétimo; C - Sem retirada do primeiro cacho e com poda apical acima do sexto cacho; D - Sem retirada do primeiro cacho e sem poda apical acima do sexto cacho, porém com retirada dos cachos acima do sexto; E - Sem retirada do primeiro cacho e sem poda apical acima do sexto cacho, sendo avaliados apenas os frutos dos seis primeiros cachos.

Os caracteres analisados foram: número de folhas, produção de frutos de tamanho grande, produção de frutos de tamanho médio, produção de frutos de tamanho pequeno, produção de frutos com defeitos, produção comercial, produção não comercial, produção total, pH, sabor, acidez titulável e ºBrix, utilizou-se o teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E CONCLUSÃO

Os caracteres produção total de frutos, pH, sabor, acidez titulável e ºBrix não diferiram entre os tratamentos e por isto seus dados não foram mostrados.

Dentre os métodos de condução do tomateiro analisados, o que possibilitou a maior produção de frutos de tamanho grande foi o D (Tabela 1).

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Tabela 1. Média de produção de frutos de tamanho grande, médio e pequeno, produção comercial, produção de frutos com defeito e número de folhas dos de cinco métodos de condução da cultura do tomateiro - Cultivar Kindyo. Viçosa – MG 2002.

Tratamento * Fruto Grande Fruto Médio Fruto Pequeno Produção Comercial Defeito NFOL A 74,919 B 29,203 AB 1,654 AB 106,605 BC 46,062A 25,340 C B 71,374 B 20,928 B 1,716 AB 99,380 C 40,597AB 33,234 B C 80,336 B 32,870 AB 1,268 B 116,312 ABC 32,771 BC 23,243 C D 101,528 A 25,084 AB 0,571 B 127,673 A 29,139 C 35,474A E 78,863 B 34,980 A 3,319 A 119,140 AB 29,407 C 31,567 B C.V. (%) 14,468 26,511 74,491 9,596 18,519 4,559

A - Retirada do primeiro racimo e poda apical acima do sétimo racimo; B - Retirada do primeiro racimo sem poda apical acima do sétimo racimo, porém com retirada dos racimos acima do sétimo; C - Sem retirada do primeiro racimo e com poda apical acima do sexto racimo; D - Sem retirada do primeiro racimo e sem poda apical acima do sexto racimo, porém com retirada dos racimos acima do sexto; E - Sem retirada do primeiro racimo e sem poda apical acima do sexto racimo, sendo avaliados apenas os frutos dos seis primeiros racimos.

Houve diferença significativa para a produção comercial de frutos, sendo os tratamentos C, D e E com maiores produções comerciais, mostrando que a remoção do primeiro cacho parece não ser adequada para o aumento dos frutos dos demais cachos.

LITERATURA CITADA

CALIMAN, F. R. B. Produção e qualidade de frutos de genótipos de tomateiro em

ambiente protegido e no campo. Viçosa: UFV, 2003. 72p. (Tese de Mestrado).

DORAIS, M., GOSSELIN, A., PAPADOPOULOS, A.P., Greenhouse Tomato Fruit Quality.

Horticultural Reviews. v.26, p.239-306, 2001.

OLIVEIRA, V.R.; CAMPOS, J.P.; FONTES, P.C.R.; REIS, F.P. Efeito do número de hastes por planta e poda apical na produção de classificada de frutos de tomateiro (Lycopersicon esculentum MILL.). Ciênc. E Prát. Lavras, V.19, n.4, p.414-419, out./dez. 1995.

PELUZIO, J.M.; CASALI, V.W.D.; LOPES, N.F. Partição de assimilados em tomateiro após a poda apical. Hort. Bras., 13:41-43, 1995.

PELUZIO, J.M.; CASALI, V.W.D.; LOPES, N.F.; MIRANDA, G.V.; SANTOS, G.R. Comportamento da Fonte e do Dreno em tomateiro após a poda apical acima do quarto cacho. Ciênc. Agrotec., Lavras, v.3, p.510-514, jul./set., 1999.

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Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª

Aproximação / Antonio Carlos Ribeiro, Paulo Tácito Gontijo Guimarães, Victor Hugo

Alvarez V., editores. – Viçosa, MG, 1999. 359p.

TANAKA, A.; FUJITA, K. Nutrio-physiological studies on the tomato plant. IV. Source-sink relationship and structure of the source-sink unit. Soil Sci. Plant Nutr., 20:305-315, 1974.

AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente a DEUS, por minha vida, por meus familiares, pela capacidade de poder estudar, pela oportunidade concedida pelo Cnpq, que é a fonte financiadora desta bolsa de estudo. Agradeço ainda a Universidade Federal de Viçosa e a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.

Referências

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