Atuarial: o que é isso,
afinal?!
Atuarial: o que é isso,
afinal?
Uma introdução à Ciência Atuarial
Vamos entender, de uma vez por todas, o que é a área ATUARIAL. Saiba qual o papel dessa área, como ela se insere em EFPC (Entidade Fechada de Previdência Complementar) e em RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) e, como a Data A, uma empresa completa em soluções em Previdência, utiliza e põe em prática os conhecimentos atuariais.
O atuário como analista de risco
De acordo com a legislação:Decreto nº 806/1969, Art. 1º– Entende-se por atuário o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas.
IBA (Instituto Brasileiro de Atuária): O Atuário é o profissional preparado para mensurar e administrar riscos, sendo exigido em sua carreira profissional conhecimentos em teorias e aplicações matemáticas, estatística, econômica, probabilística e financeira.
Os principais campos de atuação
Fundos de Pensões (Entidades Fechadas de Previdência Complementar);
Entidades Abertas de Previdência Complementar; Instituições Financeiras;
Seguradoras;
Órgãos Oficiais de Previdência (Municipal, Estadual e Federal);
Previdência Social;
Perícia Atuarial em Processos Judiciais; e Operadoras de Planos de Saúde.
Risco Atuarial
O risco atuarial corresponde à possibilidade de as hipóteses atuariais não acontecerem como o previsto no estudo atuarial. Subestimar essas variáveis pode gerar frustrações e perdas no futuro, assim como superestimar pode trazer um excesso de segurança e tornar os custos elevados.
O estudo atuarial nas Entidades de Previdência
A ciência atuarial é a responsável para avaliar os planos de Previdência Complementar, verificando se o plano de custeio praticado é suficiente para fazer face aos compromissos assumidos no Plano de Benefícios, perante seus participantes. Nos estudos realizados pelo atuário – um exemplo é a Avaliação Atuarial, um procedimento anual e obrigatório a todas as EFPC --, é tomado como base um cenário de longo prazo, no qual são inseridas as movimentações de contribuições e despesas previdenciais.
Para elaborar esse cenário, o atuário precisa considerar as regras do plano de benefícios e as hipóteses atuariais.
Hipóteses Atuariais
São premissas adotadas pelo atuário para elaborar estudos e avaliações, dependendo da modalidade do plano de benefícios
ser de Benefícios Definidos (BD) ou de Contribuição Definida (CD).
Há quatro tipos de hipóteses:
Hipóteses biométricas: mortalidade, invalidez, morbidez; Hipóteses Demográficas: composição familiar, rotatividade, geração futura;
Hipóteses Econômicas: crescimento salarial, inflação; Hipóteses Financeiras: taxa de juros.
Tábuas Biométricas
O estudo atuarial utiliza muito as tábuas biométricas. Vamos usar de exemplo uma tábua de mortalidade geral para explicar. Essas tábuas (de mortalidade) fornecem, para cada idade, a probabilidade de um indivíduo falecer antes de atingir a idade seguinte. Uma aplicação dessa tábua é calcular a expectativa de vida para cada idade representada: para a idade “zero”, calcula-se a expectativa de vida ao nascer; para qualquer outra idade, pode ser calculada a sua respectiva expectativa de vida.
Veja um exemplo de uma tábua de mortalidade geral, representada em gráfico:
Esta tábua de mortalidade AT-2000-Masculina é uma tábua americana bastante utilizada no segmento de previdência complementar fechada no Brasil. Podemos verificar que até a idade de 55 anos, a probabilidade de morrer em cada idade fica muito próximo de “zero” e somente nas idades seguintes essa probabilidade vai crescendo mais rapidamente. Para ilustrar, uma pessoa com 97 anos de idade tem, em média, 20% de probabilidade de falecer antes de atingir a idade de 98 anos.
Conclusão
De fato, os atuários são muito importantes para a Previdência. Eles elaboram muitos estudos e avaliações que facilitam a g e s t ã o d a s E n t i d a d e s d e P r e v i d ê n c i a . E m b r e v e , disponibilizaremos mais conteúdos sobre a área Atuarial. Fique de olho nas nossas redes sociais.
Obrigada por ler até aqui. Ficou alguma dúvida? Deixe nos comentários e…
…junte-se a nós!
Data A participa de ciclo de
palestras sobre Previdência
Nos dias 28, 29 e 30 de maio, alguns dos profissionais da Data A Soluções Previdência serão os palestrantes do TENX FUTURO?!. O evento – que tem um toque divertido da cultura de Florianópolis em seu título – ocorrerá no auditório do CSE (Centro Socioeconômico) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a partir das 18h30.
Previdência social, Previdência Complementar, reforma Previdenciária e investimentos para o futuro serão alguns dos temas abordados durantes esses três dias, que visam transformar as percepções de futuro daqueles que assistirem. Dada a importância e abrangência do assunto, haverá uma
transmissão ao vivo através do canal de Youtube da Data A, onde a audiência on-line poderá participar com perguntas e comentários.
Para participar, basta se inscrever em nosso canal, definir os lembretes e acessar as palestras em seus respectivos horários. Dia 28
– Palestra: Como funciona a Previdência Social? Com Marina Vieira Fabro.
– Palestra: Vamos falar da Reforma? Com Alex Lemos Kravchychyn
Link de transmissão Dia 29
– Painel: O que é atuarial, afinal?
Com Tulnê Vieira, Altair Doerner Hoepers e Karoline Santos de Araújo.
– Palestra: Como funcionam os planos VGBL e PGBL. Com Arlete Nesse.
Link de transmissão Dia 30
– Palestra: O que preciso saber para decidir? Com Sandra Blatt Pontin.
– Palestra: Busque Alpha em seus Investimentos Com Gianluca Dalzotto e Nicole Chierighini. Link de transmissão
20 anos de experiência
Com mais de duas décadas no ramo de soluções inteligentes para previdência, a Data A não poderia deixar de ser parte dessa discussão. Ao disponibilizar alguns de seus profissionais para o TENX FUTURO?!, é fixado um compromisso com a transparência e a democratização do conhecimento.
Marina Vieira Fabro, a diretora executiva, trará uma discussão sobre a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 6/2019 da reforma da Previdência do Brasil, no dia 28, às 20h30.
“Como trabalho com isso há mais de 12 anos e tenho me atualizado ainda mais para fazer o Canal Marina Sobre
Previdência, me sinto na obrigação de compartilhar aquilo que sei. Aproveito para convidá-los a olhar na fonte (PEC 6/2019) para conversarmos ao vivo este tema tão importante”
No dia 29, haverá um painel sobre a área atuarial, que é uma das bases mais importantes para a gestão do sistema de aposentadoria, através da análise de riscos e expectativas, comandada pelos especialistas Tulnê Sebastião Velho Vieira (diretor comercial e técnico), Altair Doerner Hoepers e Karoline Santos de Araújo (atuariários).
Conheça mais sobre os profissionais da Data A aqui;
Marina Sobre Previdência no Instagram.
Brindes aos participantes
Quem comparecer ao evento – tanto os presencialmente, quanto o on-line -, estarão concorrendo a prêmios exclusivos. Basta participar!
– 3 consultorias de previdência GênioPrev;
– Livro “Finanças Públicas” de Felipe Salto e Mansueto Almeida; e
– 1 Caixa de Chocolates da Rafaela Doces.
Palestrantes do futuro
Além dos especialistas da Data A, fazem parte do time de palestrantes:
– Alex Lemos Kravchychyn, Advogado, Auditor Fiscal de Controle Externo do TCE/SC, Conselheiro de Entidades de Previdência, ex-membro suplente da Câmara de Recursos da Previdência Complementar, consultor jurídico com experiência em constituição de Regimes Previdenciários e modelagem de Planos
de Benefícios. Mestre em Administração pela UDESC/ESAG e Coordenador do Curso de Pós Graduação em Gestão da Previdência Complementar do CESUSC. Aprovado em Certificações na ANCORD, AMBIMA e ICSS.(Dia 28)
– Arlete Nesse, Doutora em Administração pela FEA-USP, Mestre pelo Insper e graduada pelo Centro Universitário Sant’Anna na mesma área. Pós-graduada em Contabilidade e Finanças pela FGV EAESP, MBA executivo pelo Ibmec/SP (Atual Insper) com extensão internacional pela UCI, EUA e especialização em Inovação pela Tel Aviv University, Israel. Atuou na gestão de investimentos de fundo de pensão patrocinado pelo Santander. Previamente, coordenou o projeto de IPO da JSL. É Sócia da ON Valor, consultoria especializada em governança e é Administradora de Carteiras de Ativos autorizada CVM. (Dia 29)
– Sandra Blatt Pontin, Gerente de clientes e negócio do segmento exclusivo da Caixa formação Ciências contábeis, pós Graduação em economia monetária e MBA em finanças empresariais pela FGV. Certificações: CPA 20-Ambima e CFP-Certified Financial Planner. (Dia 30)
– Gianluca Dalzotto, Engenheiro de produção, especializou-se em “customer success”, criando e desenvolvendo com o Time de Entregas Inteligentes da Par Mais, uma jornada inovadora de fluxo de recepção de novos clientes. Certificado pela Universidade de Michigan em “liderança e gestão de pessoas” e em “Sales Mastership” pela Winning by Design. (Dia 30)
– Nicole Chierighini, Graduada em Economia pela UFSC, pós-graduanda em Mercados Financeiros e Mercados de Capitais, com certificação profissional ANBIMA série 20. Expert em relacionamento com os investidores e mercado financeiro para desenvolvimento de estratégias personalizadas de alocação. Atua como especialista de investimentos, atendendo os clientes investidores da Par Mais. (Dia 30)
Palestrantes Data A
– Marina Vieira Fabro, Administradora de empresas pela ÚNICA, é GDista e pós-graduada em Gestão da Previdência Complementar pela CESUSC, com certificado em gestão de operações pela universidade de Warton, em gestão de pessoas pelo IBMEC. Liderou projetos de governança e equipes de gestão de passivo para mais de 12 EFPCs, bem como times de tecnologia, pós-vendas e atenção a clientes (B2B e B2C). Atuou no conselho fiscal do maior fundo instituído do país e coordenou edição do Feirão do Imposto ACIF Jovem.
– Tulnê Vieira, Diretor Comercial & Técnico. Administrador pela ESAG/UDESC, é ex-dirigente de fundo de pensão e consultor especialista em previdência. Atua há mais de 40 anos no setor, implantando e apoiando a gestão entidades e planos de previdência complementar fechada e RPPSs. É palestrante de legislação, direitos e benefícios previdenciários e de seguros, tendo lecionado tais temas também em cursos de graduação e MBA. Pioneiro na criação de planos instituídos, incluindo todas as OABPrevs do país, estruturou mais de 20 Entidades e planos de previdência. Foi membro da comissão técnica de atuária da ABRAPP responsável pela revisão das leis
108/109 e da comissão federal da OAB para estudo da previdência complementar do advogado.
– Altair Doerner Hoepers, Atuarial. Matemático pela UFSC e atuário pela UFRJ. Pós-graduado em Finanças pela UFSC e Gestão Previdenciária pela UDESC. Experiência internacional no curso Fundamentals of Private Retirement Systems pela Warton Scholl da University of Pensilvânia. Possui 29 anos de experiência em previdência complementar e 10 anos em regimes previdenciários para servidores públicos. Atuou como membro da Comissão Técnica de Estatísticas e Atuária da ABRAPP e da Comissão Técnica de Benefícios Previdenciários. Também foi professor de matemática, estatística e atuária.
– Karoline Santos de Araújo, Gerente Atuarial. Graduada em Ciências Atuariais pela PUC MINAS e pós-graduada em Gestão Financeira e Controladoria pelo SENAC MG. É membro do Instituto Brasileiro de Atuária – IBA pelo registro MIBA 2274 e tem o curso de Estudo de Gestão de Ativos e Passivos (ALM) – Conceitos e abordagens pelo IBA. Possui 13 anos de experiência na área de seguros, previdência e estudos atuariais. Desde 2011 atua como consultora atuarial de planos de benefícios de Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC, com desenvolvimento de avaliações atuariais, auditorias atuariais e perícias judiciais, e de unidades gestoras de Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS.
Avaliação
Atuarial
como
ferramenta de Compliance
A avaliação atuarial tem como principal objetivo dimensionar o valor das reservas matemáticas dos fundos previdenciais e de outros compromissos do plano de benefícios, de forma a estabelecer o adequado plano de custeio.
E como operacionalizá-la? Recomenda-se a avaliação atuarial anual e, principalmente, o acompanhamento mensal das provisões matemáticas.
Ambos são considerados instrumentos hábeis para ações remediáveis e imediatas em situações de desequilíbrios ou “simples” erros humanos relativos à administração (alterações cadastrais inexatas, por exemplo) que podem se tornar uma bola de neve para o plano de benefícios.
Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de Benefício Definido (BD) e Contribuição Variável (CV), a elevação da expectativa de vida implica a elevação dos compromissos assumidos pelo plano, podendo resultar em desequilíbrios financeiros e atuariais.
Nos planos de benefícios estruturados, na modalidade de Contribuição Definida (CD), o aumento na sobrevida dos participantes pode resultar em esgotamento prematuro de suas reservas individuais ou redução significativa do valor de seus benefícios.
Nos planos de benefícios estruturados nas modalidades CD e CV há expectativa do participante de que o valor de seu benefício futuro seja compatível com o tempo de acumulação e com as contribuições efetuadas.
Esse risco deve ser monitorado pela EFPC, por meio do acompanhamento de projeções dos benefícios futuros, como forma de evitar a frustração das expectativas dos participantes em relação ao seu benefício.
Baseado no Guia Previc de Melhores Práticas Atuariais, e de acordo com nossa experiência, os riscos de não se fazer um acompanhamento atuarial paulatino e constante estão listados abaixo com exemplos:
1. Concessão dos benefícios inadequados pela EFPC, em
virtude de possíveis erros de cálculo ou mesmo de
fraude.
Plano CD: um benefício mensal, de prazo certo por 10 anos, está registrado nos controles da EFPC, restando apenas uma parcela para pagamento e finalização do benefício. Porém, após o pagamento da última parcela, não é realizada a retirada do assistido da base de dados e o mesmo recebe mais uma parcela de benefício no mês seguinte. O erro pode impactar nos Saldos de Conta dos demais participantes, ou gerar um gasto para a EFPC a ser financiado pelas receitas administrativas.
Plano BD ou CV: a concessão de benefícios de maior ou menor valor correto impacta diretamente no resultado técnico do Plano, podendo ocasionar déficits ou indicar um falso superávit.
2. O não acompanhamento e controle da base cadastral em
conjunto com o registro contábil das provisões
matemáticas, atrapalha a integração e o sincronismo das
diversas áreas e agentes envolvidos da EFPC,
prejudicando a transparência das informações.
Planos CD e Misto: o somatório de todos os saldos de contas dos participantes da base de dados deve ser correspondente ao valor registrado nos balancetes contábeis. Os registros contábeis de contribuições no mês e rentabilidade também devem convergir com as movimentações mensais da base de dados.
divulgadas, em virtude da ausência de testes de
consistência da base de dados e da avaliação atuarial
anual.
Todos os tipos de Planos: O atuário deve realizar uma crítica detalhada da base cadastral utilizada na avaliação atuarial, emitindo opinião sobre a sua
qualidade e atualização, bem como recomendando os procedimentos para a sua adequação às necessidades do cálculo atuarial.
Todos os tipos de Planos: Os dirigentes e membros dos conselhos devem estar cientes de que o gerenciamento dos riscos inerentes ao cadastro de participantes, assistidos e beneficiários do plano de benefícios é de fundamental importância. Cabe aos órgãos de governança da EFPC garantir permanentemente a confiabilidade e atualização de seu conteúdo, de forma que a base cadastral contenha todas as informações com a qualidade necessária para a execução dos cálculos atuariais e para a realização de testes estatísticos de acompanhamento das respectivas hipóteses atuariais.
4. Estrutura de custeio inadequada, diante das
necessidades de pagamento dos compromissos do plano,
b e m c o m o d o s r e c u r s o s a d m i n i s t r a t i v o s p a r a
gerenciamento do plano.
O plano de custeio deve seguir o resultado da avaliação atuarial, definindo o valor das contribuições normais ou extraordinárias requeridas para o período a que se refere, necessárias à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas do plano de benefícios.
Todos os tipos de Planos: O plano de custeio deve identificar as fontes de onde se originarão os recursos necessários à cobertura dos custos do plano de benefícios e deve ser objeto de criteriosa análise por
diretores e conselheiros.
Todos os tipos de Planos: Sua definição deve contemplar o f l u x o d e c o n t r i b u i ç õ e s d e p a r t i c i p a n t e s e patrocinadores, bem como a eventual utilização de recursos internos ao plano de benefícios, tais como os provenientes de destinação de reserva especial ou os existentes em fundos previdenciais.
Todos os tipos de Planos: O plano de custeio deve seguir o resultado da avaliação atuarial, definindo o valor das contribuições normais ou extraordinárias requeridas para o período a que se refere, necessárias à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas do plano de benefícios.
5. Não planejamento financeiro no fluxo de caixa,
afetando a política de investimentos, de movimentos não
previstos em decorrência de opções pelos institutos da
portabilidade, do benefício proporcional diferido e do
resgate.
A Avaliação Atuarial é uma obrigação legal que precisa ser cumprida até o dia 31 de março de cada ano. Deste modo, evitando não estar em compliance com as regras da PREVIC e assegurando a efetividade e a legalidade de todas as ações em curso.