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Contra arena vazia, promoções viram regra no Brasileirão

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Academic year: 2021

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Contra arena vazia, promoções

viram regra no Brasileirão

O F E R E C I M E N T O

S E X TA - F E I R A , 1 0 D E J U L H O D E 2 0 1 5

US$ 1,6 bi

foi o quanto os turistas do

exterior deixaram no Brasil na

Copa de 2014, segundo o BC

N Ú M E R O D O D I A

E D I Ç Ã O • 2 9 3

Parece não ter jeito. Com média de 15 mil pagantes, mesmo com novos estádios, os clubes brasilei-ros têm recorrido a promoções de ingressos sistematicamente.

Atualmente, só um clube do Campeonato Brasileiro, o Palmei-ras, obt´´em média superior a 30 mil pessoas. A equipe, juntamen-te com o Corinthians, é a única que consegue arrecadação de mais de R$ 1 milhão por partida.

Na última quarta-feira, o agora líder Atlético-MG bateu o Sport em um Mineirão lotado. Mais de 50 mil torcedores acompanharam a partida. Foi o segundo maior público da competição, atrás ape-nas da partida anterior da equipe na arena de Belo Horizonte.

Em comum, nas duas oportuni-dades, uma promoção do clube: o sócio-torcedor pôde levar um acompanhante gratuitamente.

Em Porto Alegre, o mau mo-mento vivido pelo Internacional impediu um público superior a 11 mil pessoas no estádio do

Beira--Rio. Mas não foi por falta de esforço: o clube fez promoção de ingressos e reduziu o valor a R$ 20 para associa-dos. Com a má atuação diante do

Flamengo, o presidente colora-do, Vitorio Piffero, fez promessa: quem compareceu ao estádio terá entrada liberada na próxima partida do time, contra o Goiás.

Na capital paulista, o São Paulo anunciou nesta semana que vol-tará a fazer preços promocionais. Contra o Coritiba, no próximo domingo, os torcedores poderão entrar no Morumbi com tíquetes a R$ 10 para sócio-torcedor.

Neste Campeonato Brasileiro, o clube mantém média de 15 mil pessoas por partida. O cenário é parecido com o de 2013. Na

ocasião, o São Paulo, em péssima fase dentro de campo, jogou o ingresso a R$ 2 para seus sócios--torcedores. Como consequência, passou a ter mais de 30 mil pesso-as no estádio e ainda aumentou o faturamento com bilheteria.

Para o próximo fim de semana, nada menos do que oito dos dez mandantes de jogos do Campeo-nato Brasileiro irão realizar algum tipo de promoção de ingressos.

Até o Flamengo, que jogará um clássico nacional contra o Corin-thians, resolveu associar vendas de produtos da Adidas, sua forne-cedora esportiva, a ingressos.

POR DUDA LOPES

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diretor de conteúdo da Máquina do Esporte

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

Há pouco mais de um mês,

noti-ciei aqui na Máquina do Esporte,

que Toronto e Rio de Janeiro iriam

se tornar cidades-irmãs.

Esportiva-mente falando, a cidade canadense e

a capital fluminense têm mais coisas

em comum que a distância de mais

de 8.000 km não consegue afastar.

Toronto, que dá início oficial hoje

aos Jogos Pan-Americanos, buscou

estreitar relações com o Rio para

troca de know-how sobre

organiza-ção de megaeventos esportivos.

Há oito anos, o Rio sediou o Pan

mais caro da história. O custo

su-biu quase 1.000%, atingindo R$ 4

bi (valor atualizado). Houve várias

críticas ao gasto de dinheiro público

e uma CPI chegou a ser aventada.

Toronto, assim como o Rio,

tor-nou-se o Pan mais caro de todos. O

orçamento estourou mais de 150%

e as despesas chegaram a R$ 6,5 bi.

Dez novas arenas foram erguidas.

Até o Pan-07, o Rio vinha de duas

candidaturas frustradas à

Olimpía-da: 2004 (Atenas) e 2012 (Londres).

Toronto também soma duas

de-cepções na eleição do COI. Em

1996, perdeu para Atlanta. Doze

anos depois, derrota para Pequim.

O Pan catapultou as pretensões

cariocas na eleição seguinte. Em

2009, o Rio surpreendeu e triunfou

na eleição do COI. Nove anos após

o Pan, a cidade será sede olímpica.

Toronto quer usar o evento para

mostrar excelência. Almeja, como

o Rio, abrigar a Olimpíada. A

pri-meira data disponível é 2024, nove

anos após o Pan. Se a história irá se

repetir, só o tempo dirá. Mas a

ex-periência carioca mostra que o Pan

não é um evento tão desprezível no

mundo olímpico como pode parecer.

Pan e Olimpíada aproximam

e afastam Toronto do Rio

D A R E D A Ç Ã O

O Campeonato Brasileiro obteve sua melhor audiência do ano no Rio de Janeiro. E o responsável pelo feito foi Guerrero, estreante no Flamengo, que quebrou um jejum de mais de uma déca-da e venceu o Internacional, em Porto Alegre (RS).

O novo atacante do time fez um gol e deu uma assistência. Com a empolgação dos torcedores, a partida chegou a 28 pontos de média no Rio. Só a Globo bateu os 26 pontos com o jogo.

No Brasileirão, a melhor partida até então fora Cruzeiro x Flamengo, também em uma noite de quarta-feira, quando o Ibope marcou 24 pon-tos de média, com 23 para a Globo. Neste ano, apenas as finais do Estadual do Rio conseguiram

audiências mais altas.

Em São Paulo, o desempe-nho da audiência não foi tão positivo. O São Paulo goleou o Vasco por 4 a 0, mas o Ibo-pe marcou só 22 pontos de média, um a menos do que o jogo da semana passada.

Na última quarta-feira, o time paulista havia enfrentado o Atlético-PR, e o Ibope marcou 23 pontos de média. Quem perdeu foi a Bandeirantes, que caiu de 4 para 3 pontos. Vale a ressaltar que, em São Paulo, a quarta-feira foi véspera de um feriado estadual.

Cada ponto no Ibope equivale a 67.113 domi-cílios sintonizados em São Paulo e 42.292 no Rio de Janeiro, ambos apenas nas regiões metropo-litanas, referências para o mercado publicitário.

Estreia de Guerrero no Flamengo tem

recorde de audiência no Rio de Janeiro

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A boa fase que atravessa o surfe brasileiro no exterior começa a render frutos para o esporte dentro do país. Após seis anos, voltará a ser realizado no Brasil o Super Surf, espécie de Campeo-nato Brasileiro da modalidade.

Nesta quinta-feira a Abrasp (As-sociação Brasileira de Surfe Profis-sional) confirmou a realização de quatro etapas do circuito, sendo a primeira já na semana que vem, em Maresias (SP), de 15 a 19.

Além de confirmar a volta do circuito, a Abrasp anunciou que as etapas terão o patrocínio da Oi, que abraçou a modalidade e hoje é “mecenas” do surfe no país.

A empresa apoia os quatro prin-cipais nomes da modalidade e, agora, banca o Nacional de surfe.

O esporte foi abraçado pela em-presa de telefonia em busca de uma aproximação com o público jovem. O investimento come-çou com Medina e já se estendeu a Adriano de Souza e Filipinho, hoje líder e vice-líder do ranking mundial,

além de Silvana Lima, única brasi-leira que é a atual número 12 do circuito feminino de surfe.

A Oi, porém, não poderá contar com seus expoentes mundiais na competição brasileira. Pelas re-gras da World Surf League (WSL), os atletas só podem disputar as

competições mundiais. A crença dos organizadores é de que o circuito permitirá descobrir novos talentos para o esporte no Brasil.

A primeira etapa terá participa-ção de 160 atletas. A previsão é de que as próximas também reú-nam vários surfistas. Só em 2016 a Abrasp limitará a 44 participantes.

POR ERICH BETING

“Uma coisa já concluí: carro e cidade não dão certo”. A frase foi dita pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em evento do Lide, há um mês. E ela reflete o momento vivido pelo mercado de bicicletas nas cidades brasileiras. A produção nacional teve aumento após anos de quedas.

Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), a produção de bikes teve alta nos primeiros meses de 2015. Entre janeiro e maio, 316 mil unidades foram fabrica-das no Brasil, o que representou um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Por outro lado, as importações tiveram queda.

Foram 76 mil unidades enviadas ao exterior, um número 7,9% inferior ao do ano passado.

Em resumo, a associação avaliou a produção nacional acima dos 4 milhões. Em comparação, em 2013, último levantamento, o número foi de 3,9 milhões. O mercado sofreu seguidas quedas desde 2007, quando a produção foi 5,3 milhões.

Hoje, a frota de bicicletas no país está em 70 milhões. Rio e São Paulo têm apoiado o uso do transporte. No início do ano, a capital paulista fez até lei de incentivo, com desconto no IPTU para empresas que derem espaço ao veículo. A cidade já conta com 300 km de ciclovias.

Mercado de bicicleta aquece após sequência de baixas

Com “mecenas”, Brasil volta a

ter Nacional de surfe após 6 anos

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Após o tsunami que sacudiu a Fifa no final de maio, o presiden-te da entidade, Joseph Blatpresiden-ter, culpou as confederações con-tinentais pela crise de imagem sofrida pelo futebol. Em entrevis-ta ao jornal suíço “Weltwoche”, o dirigente eximiu a Fifa de culpa nos escândalos da modalidade.

Blatter disse que a federação que preside não fez nada errado e que não pode ser responsabi-lizada por ações de dirigentes das entidades da América. “Não há irregularidades sob influência direta da Fifa. Nossa participação nos contratos assinados pelas confederações é praticamente zero”, destacou ele.

Questionado se tem alguma responsabilidade como presiden-te da Fifa, Blatpresiden-ter respondeu que os delitos acontecem em todas as esferas. “É impossível eliminar totalmente o roubo e o assassina-to, mesmo com sistemas judiciais que funcionam bem”, afirmou.

A Fifa viu sua imagem ser arra-nhada depois que 14 executivos de marketing e altos dirigentes do futebol mundial, entre eles alguns membros da entidade, serem acusados de corrupção, la-vagem de dinheiro e fraude fiscal pela Justiça dos Estados Unidos.

Ontem, Chuck Blazer, que ocupou por 21 anos o cargo de secretário-geral da Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e do Caribe), foi expulso da Fifa pelo Comitê de

Ética da entidade. O norte-ameri-cano foi uma das principais fontes da Justiça dos Estados Unidos para a prisão de sete dirigentes.

Blatter, por sua vez, dá nova-mente mostras de que pode vol-tar atrás na decisão de renunciar ao cargo de presidente. O suíço afirmou que “a princípio” não é possível permanecer à frente da Fifa, mesmo se pedirem que fique. O dirigente também afir-mou que muitas das críticas que recebeu se devem a inveja.

A Copa do Mundo representou 84% do turismo no Brasil em 2014, segundo a Embratur. Dos 6,4 milhões de estrangeiros que visitaram o país, 5,4 milhões passaram por Estados que receberam jogos, número 13,85% maior do que o registrado na temporada anterior. “É um recorde no país e a Copa foi a maior responsável por este salto”,

disse Vinícius Lummertz, presidente da Embratur. Os Estados anfitriões foram os que mais se beneficiaram. O Anuário Estatístico de 2015 do Ministério do Turismo mostra que em junho e ju-lho, os meses da Copa do Mundo, a chegada de turistas internacionais quase triplicou, passando de 350 mil, em 2013, para 1,08 milhão, em 2014.

Sedes da Copa representaram 84% do turismo no Brasil

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

Blatter exime Fifa e culpa

confederações por escândalo

Referências

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