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Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS - nº Abril de E D B R I L

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ED. 408 | BRIL 2019

Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS - nº 408 - Abril de 2019

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ED. 408 | ARIL DE 2019

E X P E D I E N T E

BOLETIM MENSAL DO SINDICATO DOS TRABALHADORES

DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO RS • FILIADO À FENAJUFE

COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO: Rafael Scherer | EDIÇÃO: Rosane Vargas | REDAÇÃO: Alexandre Haubrich e Rosne Vargas | PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO: Zap Multimídia APOIO: Daniel Borges | Sintrajufe RS: Rua Marcílio Dias, 660 - Menino Deus - Porto Alegre/RS | CEP 90130-000 Fone/Fax: 51 3235-1977 E-mail: imprensa@sintrajufe.org.br | Site: www.sintrajufe.org.br | Facebook: www.facebook.com/sintrajufers

Juntos, podemos derrotar a reforma

da Previdência!

O Sintrajufe/RS divulga os nomes dos novos sindicalizados entre 22/02/2019 e 05/04/2019. Bem-vindos!

Adriana Basso Degani, TRF4; Adriane Pinto Rodrigues Da Fonseca Pires,TRF4; Alecio Pereira de Souza, MPT Santa Maria; Alex Dobler, JF Gravataí; Ana Luiza Schaeffer, JT São Sebastião do Caí; Anderson Eduardo Dos Santos Magine, MPF Canoas; Andre Felipe da Silva, TRF4; Andrea Regina da Cunha Lemos Fabiane, JT Estrela; Anelisa Maristela Althaus, JT Sapiranga; Bruno Martins Melo, JT Porto Alegre; Carla Adriana Moraes Coelho, pensionista JT; Carmen Rita de Lima Blanco, JT Sapiranga; Carolina Mousquer Lima, JF Porto Alegre; Cesar Augusto Feijo Moreira, MPF Porto Alegre; Daniel Cristiano Arnold, JT Rio Grande; Daniele das Neves Alves, JT Porto Alegre; Denise da Cruz Antunes, MPF Porto Alegre; Denise Umann Ladeira, JT Porto Alegre; Diego Pereira Agnes, MPF Porto Alegre; Diego Sudikum Fagundes Ruas, MPM; Elisane Pierotto, TRF4; Elma Maria Aguilheira Romagnoli, JT Pelotas; Eva Maria Mota, JT Porto Alegre; Everton dos Santos Machado, JT Rio Grande; Felipe Alves Rocha, JT Porto Alegre; Fernanda Prestes Pedroso, JT Porto Alegre; Flavio Demetrius Bettio Ramos, JT Porto Alegre; Francine Costa Weege, JT Porto Alegre; Frederico Petter, TRF4; Idelon Correa da Silva Junior, JT Pelotas; Iliane Beheregaray Sanchotene, JT Porto Alegre; Jean Paulo Loiola Lima, MPT Gramado; Juciane Speck, JT Porto Alegre; Julia Barros Schirmer, TRE; Jussinara Magda Pilau, JF Porto Alegre; Lenia Regina Rodrigues Moraes, TRF4; Lize Carolina Barmann, JT Porto Alegre; Liziane Correa da Silva, JT Pelotas; Luis Fernando Pontello, JT Porto Alegre; Luis Henrique Padilha Vilande, JF Santiago; Maria da Graça Pias Cabral, JF Santa Maria; Maria Jose Costa de Almeida, pensionista JF; Marina Andre Gonzalez, JT Porto Alegre; Marly Figueiredo da Rocha, JT Pelotas; Mauro Sergio da Rosa Amaral, TRF4; Moises Trisch, JT Torres; Pedro Armando Kolberg, JT Santa Cruz do Sul; Pedro Francisco Hartmann, JT Canoas; Sergio Medeiros Rodrigues, JF Porto Alegre; Silvia Regina das Neves Girotto, JF Ijuí; Sonia Andrade Vieira, JT Rio Grande; Sonia Mariza Oliveira Fabricio, JF Ijuí; Thomaz da Costa Farias, JT Canoas; Viviane Figueiro Velho, JT Porto Alegre; William Oliveira, aposentado JT.

EDITORIAL

Não é preciso ir muito longe no tempo para saber que a reforma da Previdência que ameaça a apo-sentadoria dos brasileiros pode ser barrada. Há apenas dois anos, em 2017, conseguimos algo que, para muitos, parecia impossível: com uma grande luta que teve como ponto alto a realização de dois dias de greve geral, conseguimos derro-tar proposta semelhante que vinha do governo de Michel Temer (MDB). A lição dessa e de outras tantas vitórias dos trabalhadores deve ser lembrada agora para ser repetida: com mobilização e se cada um fizer a sua parte, podemos vencer.

O governo de Jair Bolsona-ro (PSL) vê, nestes primeiBolsona-ros três meses de governo, sua estabilidade

esperada após a vitória eleitoral de-sabar. A cada dia uma nova crise irrompe no Palácio do Planalto, nos ministérios e entre os mais próximos aliados do governo. Prisões, vincu-lações com milícias, denúncias de corrupção, falta de diálogo, intran-sigência e declarações desastradas são apenas parte do caldo de crise que, a cada dia, enfraquece o gover-no e suas propostas de ataque aos trabalhadores. A reforma da Pre- vidência não foge a essa regra. Os tropeços e as fugas do ministro da Economia, Paulo Guedes, na CCJ, são novas demonstrações da inabi-lidade e do desinteresse do governo em estabelecer qualquer nível de diálogo com o parlamento ou com a sociedade.

Do lado dos trabalhadores, te-mos conseguido construir mobi-lizações crescentes. A população rejeitava a reforma de Temer e rejeita a de Bolsonaro. Ampliar a consciência sobre os males que a proposta pode causar é o dever de todos neste momento. O Sintra-jufe/RS, assim como muitas enti-dades e movimentos, está fazendo sua parte (veja as páginas 5, 8 , 9 e 10), mas é fundamental que cada trabalhador se mova, dentro das possibilidades de cada um, para derrotar a reforma, nas ruas, nas redes sociais, nos locais de tra-balho. Impedir esse terrível ataque ao presente e ao futuro do país é um direito e um dever de cada um de nós.

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ED. 408 | BRIL 2019

MESA DE NEGOCIAÇÃO

Sintrajufe cobra de Toffoli instalação

de mesa de negociação; diálogo

sobre reposição salarial é urgente

No dia 11 de março, o Sintrajufe/ RS aproveitou uma oportunidade e conseguiu, por alguns minutos, vencer a resistência das últimas administrações do Supremo Tri-bunal Federal em receber os tra-balhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. Em uma passagem do presidente do Supremo, Dias Toffoli, por Por-to Alegre, representantes do sindi-cato estiveram na sede do TRF4 e, durante algumas horas, aguarda-ram uma chance de entregar a Toffoli a pauta de reivindicações da categoria, o que foi possível já na parte da noite.

Entre as reivindicações prin-cipais, está a instalação de mesa permanente de negociação do STF com a Fenajufe para debate sobre pautas como jornada de trabalho, saúde dos servidores, carreira e, es-pecialmente, política salarial. Ou- tra pauta levantada pelo Sintra-jufe/RS foi o julgamento do recur-so extraordinário 565.089/SP, que trata da indenização por ausência de data-base, direito constitucional sonegado dos servidores governo após governo, processo esse já pau-tado pelo Supremo para junho de 2019. Os representantes do sindica-to também manifestaram

preocu-pação com a MP 873, que ataca a autonomia e procura estrangu-lar financeiramente os sindicatos (veja na página 16). Toffoli não deu resposta definitiva sobre nenhu-ma das denenhu-mandas, comprometen-do-se, em todos os casos, a avaliar as solicitações do Sintrajufe/RS.

As dificuldades da Fenajufe e do conjunto das entidades represen-tativas da categoria em estabelecer diálogo com o STF não são novi-dade. A busca por reposição salarial já vem sendo construída pelo Sin-trajufe/RS e por outras entidades desde a gestão anterior, da

presi-Até agora sem resposta, STF?

Foram muitas as tentativas das entidades representativas da categoria de estabelecer diálo-go com o STF em torno da pauta de reivindicações e, especifica-mente, da reposição salarial:

- 12 de setembro de 2016: Cár-men Lúcia assume Presidência do STF

- 19 de dezembro de 2017: mais de um ano após assumir a Presidência, Cármen Lúcia reúne-se pela primeira e única vez com a Fenajufe; o diretor do Sintra-jufe/RS Cristiano Moreira par-ticipa da reunião

- 13 de setembro de 2018: ato unificado em Brasília, com par-ticipação do Sintrajufe/RS, marca posse de Dias Toffoli como presiden-te do STF; Fenajufe entrega pauta de reivindicações

- 27 de setembro de 2018: Sintrajufe/RS adere a abaixo-as-sinado por data-base e nego-ciação salarial

- 7 de novembro de 2018: Sena-do aprova reajuste para ministros do STF

F

o

to: Daniel Bor

ges/Especial

dente Cármen Lúcia, consideran-do-se que a categoria já acumula perdas salariais de mais de 40%, mesmo considerando a reposição mais recente, encerrada em janei-ro. As entidades têm buscado pres-sionar o Supremo diretamente e por meio dos tribunais locais a fi-nalmente iniciar o diálogo com os servidores – vale lembrar que, em novembro do ano passado, o Sena-do aprovou reajuste Sena-dos subsídios dos ministros do STF, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil, o que provocou um efeito cascata de aumentos para a magistratura.

- 12 de dezembro de 2018: após diversas tentativas de dar con-tinuidade às negociações, a Fe-najufe reúne-se com Dias Toffoli pela primeira vez e reitera pauta de reivindicações

- Janeiro de 2019: servidores recebem última parcela da re-posição salarial conquistada em 2016, já tendo acumulado mais de 40% de perdas

- 11 de março de 2019: Sintra-jufe/RS cobra novamente Toffoli, em Porto Alegre, sobre instalação de mesa de negociação.

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ED. 408 | ARIL DE 2019

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO

MPU: em primeiras atividades após

unificação, Sintrajufe coloca reforma da

Previdência em debate

No final do ano passado, a categoria aprovou o in-gresso dos servidores do Ministério Público da União como parte da base do Sintrajufe/RS. Com isso, o sindi-cato ganha em corpo, em força, em capacidade de luta, mas também cresce a responsabilidade de dialogar e estar lado a lado com um novo grupo de trabalhadores. Assim, nestes primeiros meses de 2019 já começaram a acontecer atividades do Sintrajufe/RS junto aos colegas do MPU em Porto Alegre.

Reuniões com administrações

Durante o mês de fevereiro, o Sintrajufe/RS reuniu-se com as administrações do MPT-RS, da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul (PRRS) e da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4). O objetivo de fundo das conversas foi apresentar a entidade, tendo, nos três casos, sido explicado o processo de unificação e a tra-jetória do Sintrajufe/RS em defesa dos servidores do Judi-ciário Federal. Também nos três encontros, foi solicitado o acesso do Sintrajufe/RS aos locais do trabalho para pas-sagens nos setores a fim de conversar com os servidores e distribuir materiais. Foi tema das conversas, ainda, o acer-to sobre o desconacer-to das mensalidades sindicais dos filiados.

Debates sobre a reforma da Previdência

Já em março, foram realizadas as primeiras atividades que ligaram diretamente o sindicato ao novo segmento da categoria. Duas palestras sobre a reforma da Previdência foram realizadas, primeiro na Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região (PRT4) e, depois, na Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4). Os dois even-tos abriram o ciclo de palestras “Reforma da Previdên-cia: como te afeta e por que enfrentá-la”, que também está acontecendo nos locais de trabalho do Judiciário Federal e tem como palestrante a advogada especialista em di-reito previdenciário Marilinda Marques Fernandes. Houve grande participação dos colegas do MPU nas atividades.

Primeira atividade foi realizada na PRT4

F o to: R osane V ar gas

“A questão da unificação não é tão recente, já foi discuti-da e pensadiscuti-da antes mesmo discuti-da unificação que deu origem ao Sintrajufe/RS, mas só foi levada em frente quando nós, da seção sindical do SindMPU no RS, optamos por renuncia para trabalhar pela unificação. No meu entender, a unifi-cação foi um a grande vitória; se a gente for analisar, nossas conquistas sempre vieram juntas ou em trabalho conjunto com as do Judiciário Federal. Agora, juntos na prática e for-malmente, vai trazer muitos benefícios para nós, do MPU, que, em contrapartida, fortaleceremos ainda mais o sindica-to. E isso será fundamental diante dos enfrentamentos que estão postos.”

Rodrigo Navarro, Procuradoria da Justiça Militar, POA

F o to: Ale x andr e H aubrich F o to: Di vulgação

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ED. 408 | BRIL 2019

Ato no Dia Nacional de Luta aponta

greve geral para derrotar reforma

No dia 22 de março, em todo o país, os trabalhadores foram às ruas no Dia Nacional de Luta contra a Refor-ma da Previdência. No interior do estado, colegas par-ticiparam de atos unificados. Em Porto Alegre, o Sin-trajufe/RS integrou manifestação que se encerrou com uma caminhada de milhares de pessoas pelo Centro da cidade. Unidade, luta e greve geral foram palavras pre-sentes em quase todas as falas.

Assim como em 2017, com a maior greve geral da história da classe trabalhadora no Brasil, foi pos-sível barrar a reforma de Michel Temer (MDB), os tra-balhadores preparam uma grande greve geral para enterrar de vez a proposta de Bolsonaro, que pretende jogar milhões na miséria justamente na velhice, período da vida em que as pessoas mais precisam de suporte e estabilidade. A greve está sendo construída em cada as-sembleia, cada ato público ou atividade de mobilização e formação, e a participação de cada um é fundamental.

Rodada de assembleias

Durante a tarde do dia 22, o Sintrajufe/RS realizou rodada estadual de assembleias. Foi aprovado que a categoria participe de todas as atividades unificadas

chamadas contra a reforma e que o sindicato enviasse às administrações ofícios solicitando que se posicionas-sem oficialmente contra a PEC 6/2019.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

JF Bagé F o tos: Di vulgação JT Canoas JT Taquara F o to: Leandr o Dor o/Especial

Colegas avaliam participação nas

atividades do dia 22

“O dia 22 foi muito importante, mostrou que há mobilização, mas a categoria precisa se unir mais. Os servidores não estão se dando conta da gravidade da reforma e da importância da nossa união, da importância de fortalecer o sindicato neste momento. A reforma fere nossos direitos adquiridos constitucionalmente. Nossa luta, todos os nossos esforços têm que se voltar para evitar que nossos direitos sejam surrupiados.”

Jusilda Pedrollo, JF Santa Maria

“Em Taquara fizemos nossa as-sembleia de base com presença con-siderável de colegas. Cada vez mais, vamos precisar estar mobilizados, em conjunto com a classe trabalhadora.”

Máximo dos Santos Neto, JT Taquara

“As atividades do dia 22 foram muito positivas, o povo foi às ruas e demonstrou sua insatisfação com a proposta de reforma. Não deixou dúvidas de que há disposição para lutar e resistir. No entanto, é preciso ampliar ainda mais as mobilizações, construir a greve geral para barrar de vez a reforma.”

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ABRIL08 | MARÇO 2019

Reforma de Bolsonaro destrói a

Previdência pública e o direito à

aposentadoria

Reforma de Bolsonaro destrói a

Previdência pública e o direito à

aposentadoria

ENTREVIST

A

“A classe trabalhadora não

tem outra forma de garantir

direitos senão com sua

própria luta”

Caracteriza-se como contrar-reforma para diferenciarmos daquilo que agrega direitos ao mundo do trabalho. Em 1988, a Con-stituição foi um marco de reformas porque instituiu seguridade, que são as políticas de saúde, previdên-cia e assistênprevidên-cia, instituiu também educação pública universal. Então essas são reformas. Tudo aquilo retira direitos, que rebaixa direitos e que exclui políticas sociais – que são os mecanismos que realizam os direitos sociais – chamamos de contrarreformas. Contrarreforma porque elas desmontam aquilo que foram as reformas instituidoras de direitos.

A PEC 6/2019 é uma proposta de contrarreforma que atinge toda a seguridade: a política de saúde, a política de assistência, a política de previdência. Ademais, ela atinge também, nos seus artigos, os

direit-Por que caracterizas

a proposta de reforma

da Previdência do

governo como uma

“contrarreforma”? Como

essa proposta se alinha

com um projeto de país

que inclui congelamento

de investimentos

sociais, reforma

trabalhista e aumento

da terceirização? Para

que futuro esse projeto

nos leva?

O governo e seus apoiadores apresentam a proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019 como se fosse a “salvação” da Previdência, e não um brutal ataque a direitos. Em entrevista ao T-Liga a professora da UFRJ Sara Granemann explica como a PEC busca desmontar toda a seguridade social e que as mudanças só

beneficiarão grandes empresários e o sistema financeiro, reduzindo drasticamente o valor dos benefícios e jogando na miséria milhões de brasileiros.

Entrevista com Sara Granemann

os de PIS e Pasep, os diretos denom-inados de saúde do trabalhador e o direito do FGTS. e o próprio finan-ciamento do BNDES. Ela, portanto, não pode ser pensada só como con-trarreforma da Previdência – e isso já seria bastante brutal –, mas ela é uma contrarreforma global que está absolutamente articulada com a contrarreforma trabalhista, com a política de austeridade da emen-da constitucional 95/2016, com a lei da terceirização e toda essa ofen-siva sobre os direitos de trabalho. O futuro que se desenha com esse conjunto de reformas é, em muito, parecido com aquele que a Grécia viveu quando da crise e as imposições da Troika –

grupo formado por FMI,

Comissão Europeia e Banco Cen-tral Europeu – e que levou o país a caracterizar o período de crise e de miséria que se abateu sobre as populações trabalhadoras como um período de austericídio, ou seja, de ajuste fiscal tão austero que leva a mortes generalizadas dos mais frágeis – os idosos, os mais pobres, os mais desamparados. E outra chave de comparação é que a im-plementação dessas propostas no Brasil levará a uma situação de vida da população como aquela que foi imposta pelo decreto de 1981, sob a ditadura de Pinochet, que hoje faz com que 44% dos que recebem

benefícios – idosos, aposen-tados e pensionistas – vi-vam abaixo da linha

de pobreza no Chile.

Por

Ale

xandr

e

H

aubrich

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ED. 408 | MARÇO 2019

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07

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

ENTREVIST

A

O governo e a grande

mídia são unânimes em

afirmar que a reforma da

Previdência é inevitável

para solucionar a crise

brasileira e que, com ela,

sobrarão mais recursos

para saúde, educação e

segurança. O que pensas

sobre isso?

É absolutamente irresponsável afirmar que essa contrarrefor-ma trará melhoria de vida para a população brasileira e mais dire-itos. Os únicos beneficiários dessa contrarreforma serão os capitais, especialmente o capital bancário e financeiro, que centralizam cap-ital monetário, capcap-ital moeda e o empresta para amealhar juros. Só os grandes capitais serão ben-eficiários dessa contrarreforma. A classe trabalhadora será quem transferirá seus sacrifícios para se tornarem lucros para os capitais.

Por que essa unanimidade en-tre a grande mídia e os grandes capitais bancário e financeiro? Porque a previdência privada, a capitalização – que são sinôni-mos –, é vista como o recurso que poderá frear a queda da taxa de lu-cro decorrente das crises dos cap-itais. Por que o governo se soma a esta proposta e apresenta a PEC 6/2019 ao Legislativo? Porque este Estado e este governo represen-tam os capitais, embora falem que representam os trabalhadores. Isso é muito nítido; do contrário, não fariam uma proposta que só vai penalizar a classe trabalhado-ra e ninguém mais.

A proposta do governo

combate privilégios

ou retira direitos

justamente dos mais

pobres?

A proposta do governo não com-bate privilégios, porque privilégio é os capitais terem, todos os anos, uma transferência de bilhões de reais sob a forma de remuneração dos títulos do Estado brasileiro que eles detêm. Privilégio é também não ser cobrada a dívida ativa da Previdência, é o Estado conceder

isenções fiscais aos capitais – que são o direito de não recolher a sua parte à Previdência –, direito de não pagar impostos que vão formar o fundo previdenciário público. Dou os números dos privilégios desses capitais, recolhidos pela pesqui-sa da professora Denise Gentil, da UFRJ. Diz ela, a partir de seu estudo de relatórios do Banco Central, do Tribunal de Contas e do orçamen-to do Estado brasileiro: em 2018, foram concedidas isenções, na matéria seguridade, de R$ 287 bil-hões; foram sonegados, ao longo de 2000 até agora, R$ 500 bilhões ao ano; a DRU (Desvinculação das Re-ceitas da União) atingiu, em 2007, R$ 100,4 bilhões; e a dívida ativa previdenciária, no ano de 2018, al-cançou o valor de R$ 427,4 bilhões. Os privilégios estão aí, não nas previdências da classe trabalha-dora brasileira – nem aquela que está no Regime Geral nem aquela que está nos regimes próprios de previdência, dos trabalhadores e das trabalhadoras do Estado. Não há privilégio entre os trabalhares; o privilégio está nas transferências de recursos estatais aos capitais, conforme o demonstram os própri-os dadprópri-os disponíveis no Estado bra-sileiro.

Para buscar a aprovação

da proposta, podemos

considerar que o

governo utiliza os

servidores públicos

como bodes expiatórios?

Sim, este governo – e antes dele outros – usa os servidores públi-cos como bodes expiatórios porque quer imputar aos civis os privilé-gios que, verdadeiramente, nós não temos; os privilégios talvez estejam nesses governos que representam

os capitais. Querem que nós, os tra-balhadores e as trabalhadoras, pa-guemos pelos negócios de risco e pela boa vida dos capitalistas. E nós não devemos aceitar esses riscos para a nossa velhice. Qual é o sen-tido em fazermos mais sacrifícios para enriquecer uma centena de boas-vidas, os grandes capitalistas?

Com as crescentes

mobilizações dos

trabalhadores e as

constantes crises

do governo, é

possível derrotar a

contrarreforma?

As mobilizações e a organização da classe trabalhadora são os úni-cos instrumentos que temos para derrotar as propostas que querem nos de impor mais miserabilização, mais sofrimento. A classe trabalha-dora não tem nenhuma outra for-ma de garantir direitos no modo de produção capitalista senão com sua própria luta. É claro que esta-remos nas ruas, é claro que impe-diremos que esta nociva, brutal e injusta contrarreforma seja jogada sobre as nossas costas. A classe tra-balhadora saberá dizer não a essa contrarreforma. F o tos: R osane V ar gas

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ED. 408 | ARIL DE 2019

Capitalização transfere para os bancos o

dinheiro dos trabalhadores

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A introdução do regime de capitalização é o ataque central da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Guedes, pois representa o fim da Previdência pública no Brasil. Hoje as contribuições de trabalhadores, empresas e Estado, além de outras fon-tes determinadas na Constituição, são utilizadas para garantir bem-estar na velhice e outras ações de seguri-dade social. A proposta de Bolsonaro acaba com o atual modelo de repartição tripartite, solidário, ao introduzir a capitalização, que, diferentemente do que o governo ale-ga, não é previdência.

Na capitalização, os empresários e o Estado não contribuem, e o trabalhador fica jogado à própria sorte. Os benefícios previdenciários dos trabalhadores de-penderão única e exclusivamente de uma espécie de poupança forçada, que será aplicada no mercado finan-ceiro. Em um mercado sem estabilidade de emprego e com salários aviltados, existe a possibilidade de que o trabalhador não consiga acumular uma quantia sufici-ente para bancar sua aposentadoria. Ou seja, no modelo proposto por Bolsonaro e Guedes, a contribuição é defi- nida; porém, o benefício é incerto.

Vários especialistas em previdência têm alertado que os servidores públicos são um dos principais alvos para a implantação da capitalização, uma vez que ainda pos-suem estabilidade e uma renda capaz de capitalizar. O

resultado da capitalização enquanto alternativa de aposentadoria tem sido desastroso. O exemplo mais próximo é o do Chile, onde o sistema de capitalização foi implementado em 1981 sob a ditadura. Atualmente, os chilenos se aposentam recebendo o equivalente a 38% dos salários de quando estavam na ativa, segun-do o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A miséria fez com que o país registrasse o triste re-corde de maior número de suicídios entre idosos da América Latina.

Uma das principais bandeiras do governo para de-fender a reforma é a “redução de privilégios”. E, nesse discurso, os servidores públicos civis novamente foram eleitos como bode expiatório. Na PEC 6/2019, os servi-dores que ingressaram no serviço público até 2003 não possuem direito a uma regra de transição sem perda de direitos. O governo busca jogar trabalhadores da ini-ciativa privada contra servidores públicos para apro-var um desmonte da Previdência que prejudicará toda a população e só beneficiará o setor financeiro, que é o grande devedor da seguridade social e que terá um lu-crativo nicho de mercado a explorar.

Nas ruas, chilenos dizem não à Administradores de Fundos de Pensão (AFP), que gere as aposentadorias

Veja, nas páginas 10, 11 e 12, um quadro detalhado sobre como é a previdência dos servidores e o que está propos-to na PEC 6/2019.

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ED. 408 | BRIL 2019

Sintrajufe/RS faz reuniões de apresentação

com administrações do MPU

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Mais pobres serão mais prejudicados

com a proposta do governo

A propaganda do governo afirma que a reforma da Previdência acabará com “privilégios”. No entanto, os mais pobres serão os mais afetados. Não se trata apenas de aposentadoria.

O governo pretende cortar 90% dos trabalhadores do recebimento do abono do Programa de Integração So-cial (PIS). Isso porque a PEC determina que seja benefi-ciário apenas quem recebe até um salário mínimo (atu- almente, o limite são dois salários mínimos). Também serão afetados os já miseráveis: o Benefício de Proteção Continuada (BPC) garante o pagamento de um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência em situação de miséria; a PEC propõe pagar esse valor somente para idosos a partir dos 70 anos; antes disso, os idosos recebe-riam apenas R$ 400,00. Ou seja, vai tornar ainda mais precarizada a vida dos que mais necessitam da proteção do Estado.

Também os benefícios do Regime Geral sofrerão quedas se o texto enviado ao Congresso Nacional for aprovado. A idade mínima, que em princípio seria de 62 e 65 anos, terá gatilhos automáticos caso haja au-mento da expectativa de sobrevida. Para conseguir re-ceber 100% do benefício integral, serão necessários 40 anos de contribuição, um crime sobretudo contra os trabalhadores que possuem trabalhos mais precários e uma expectativa de vida menor. A proposta também

acaba com a norma constitucional que determina que o salário mínimo e os benefícios sejam reajustados para manter o poder aquisitivo dos brasileiros, ou seja, acompanhar a inflação. Se aprovada a PEC 6/2019, não haverá mais qualquer garantia de reajuste. Em suma, o governo quer obrigar quase todos os brasileiros a tra-balharem muito mais para receberem um benefício muito menor no futuro.

O governo também esconde que reformas na Pre- vidência dos servidores públicos civis já foram feitas. O governo Lula acabou com a integralidade e a paridade em 2003; Dilma criou, em 2013, o Regime de Previdên-cia Complementar para os Servidores, limitando os benefícios ao teto do RGPS. Em vez de retirar privilégios, para os militares, Bolsonaro apresentou uma “reforma da previdência” (projeto de lei nº 1645/2019) que se con-figura, na prática, um generoso plano de carreira com um belo aumento de remuneração, por meio da majo-ração e criação de “penduricalhos”. Isso torna evidente que a intenção nunca foi “retirar privilégios”, mas pena- lizar justamente os brasileiros mais pobres.

Os trabalhadores repudiaram e derrotaram o des-monte da Previdência proposto por Michel Temer. A proposta de Jair Bolsonaro é ainda pior. Será necessária muita mobilização e esforço coletivo para barrar esse crime contra o povo brasileiro.

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ABRIL08 | MARÇO 2019

Como a proposta de reforma da

Previdência do governo Bolsonaro

(PEC 6/2019) atinge os servidores

públicos federais

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

REGRAS ATUAIS

(Abril 2019)

REGRAS CASO SEJA

APROVADA A PEC 6/2019

SERVIDORES

QUE

INGRESSARAM

NO SERVIÇO

PÚBLICO ATÉ

31 dez. 2003

REQUISITOS

PARA

APOSENTA-DORIA

(cumulativos)

EC 41/2003

Idade: 60 anos (homem) e 55 anos (mulher);

Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 20 anos;

Tempo de carreira: 10 anos; Tempo no cargo: 05 anos.

EC 47/2005 (apenas para servidores que ingressaram no serviço público até o dia 16/12/1998)

Idade: 60 anos (homem) e 55 anos (mulher);

Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 25 anos;

Tempo de efetivo exercício: 15 anos;

Tempo no cargo: 5 anos; REDUTOR: a cada ano a mais de contribuição será abatido um ano da idade mínima exigida.

Para proventos integrais (não existe regra de transição)

Idade: 65 anos (homem) e 62 anos (mulher);

Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 20 anos; Tempo no cargo: 5 anos.

Para proventos pela média

Idade: 61 anos (homem) e 56 anos (mulher);

Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 20 anos; Tempo no cargo: 5 anos;

Pontuação (idade + contribuição): 96 para homem e 86 para mulher.

PROVENTOS E

REAJUSTE

Integralidade: provento será

equivalente à última remuner-ação recebida em atividade e este valor sofrerá os mesmos reajustes concedidos aos servi-dores ativos (paridade).

OBSERVAÇÃO: Para

aposenta-doria com proventos proporcio-nais será feita média aritmética das 80% maiores contribuições. Será observado o reajuste conce-dido no Regime Geral de Previ-dência Social (RGPS).

Integralidade: provento será

equiva-lente à última remuneração recebida em atividade e este valor sofrerá os mesmos reajustes concedidos aos ser-vidores ativos (paridade).

Proventos pela média:

60% da média simples dos salários de contribuição (todos a contar de jul-ho/1994), acrescida de 2% para cada ano que exceder aos 20 anos de con-tribuição.

Exigem-se 40 anos de contribuição para atingir 100% da média das con-tribuições.

Será observado o reajuste concedido no Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

GATILHO PARA

ELEVAÇÃO DE

IDADE MÍNIMA

Não há.

• A partir de 2022, a idade mínima será elevada para 57 anos de idade, se mul-her, e 62 de idade, se homem;

• A partir de 2020, a pontuação (idade + contribuição) será elevada 1ponto ao ano, para ambos os sexos, até o limite de 100 pontos, se mulher, e 105 pontos, se homem;

• Lei complementar estabelecerá a forma como a pontuação será ajustada após o término do período de majoração.

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ED. 408 | MARÇO 2019

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MULHERES

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

REGRAS ATUAIS

(Abril 2019)

REGRAS CASO SEJA APROVADA A

PEC 6/2019

SERVIDORES DO

PJU/MPU QUE

INGRESSARAM

NO SERVIÇO

PÚBLICO ENTRE

1º jan. 2004 e 13

out. 2013

REQUISITOS

PARA

APOSENTA-DORIA

(cumulativos)

Idade: 60 anos (homem) e 55 anos (mulher); Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço públi-co: 10 anos;

Tempo no cargo: 5 anos.

Idade: 61 anos (homem) e 56 anos (mulher); Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 20 anos; Tempo no cargo: 5 anos;

Pontuação (idade + contribuição): 96 para homem e 86 para mulher.

PROVENTOS E

REAJUSTE

Proventos pela média:

será feita média aritmética das 80% maiores contribuições. Será observado o reajuste concedido no Regime Geral de Previ-dência Social (RGPS).

Proventos pela média: 60% da média

sim-ples dos salários de contribuição (todos a contar de julho/1994), acrescida de 2% para cada ano que exceder aos 20 anos de con-tribuição.

Exigem-se 40 anos de contribuição para atingir 100% da média das contribuições. Será observado o reajuste concedido no Re-gime Geral de Previdência Social (RGPS).

GATILHO PARA

ELEVAÇÃO DE

IDADE MÍNIMA

Não há.

A partir de 2022, a idade mínima será el-evada para 57 anos de idade, se mulher, e 62 de idade, se homem;

A partir de 2020, a pontuação (idade + con-tribuição) será elevada 1 ponto ao ano, para ambos os sexos, até o limite de 100 pontos, se mulher, e 105 pontos, se homem;

Lei complementar estabelecerá a forma como a pontuação será ajustada após o término do período de majoração.

SERVIDORES DO

PJU/MPU QUE

INGRESSARAM

NO SERVIÇO

PÚBLICO

APÓS 13 out.

2013 OU QUE

TENHAM FEITO

A OPÇÃO DE

MIGRAÇÃO PARA

O REGIME DE

PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

(RPC)

REQUISITOS

PARA

APO-SENTADORIA

(cumulativos)

Idade: 60 anos (homem) e 55 anos (mulher); Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço públi-co: 10 anos;

Tempo no cargo: 5 anos.

Idade: 61 anos (homem) e 56 anos (mulher); Contribuição: 35 anos (homem) e 30 anos (mulher);

Tempo de serviço público: 20 anos; Tempo no cargo: 5 anos;

Pontuação (idade + contribuição): 96 para homem e 86 para mulher.

PROVENTOS E

REAJUSTE

Proventos pela média:

será feita média aritmética das 80% maiores contribuições. Será observado o reajuste concedido no Regime Geral de Prev-idência Social (RGPS), divulgado em janeiro de cada ano.

Os proventos serão lim-itados ao teto do RGPS (R$5.839,45 em janei-ro/2019).

Proventos pela média: 60% da média

sim-ples dos salários de contribuição (todos a contar de julho/1994), acrescida de 2% para cada ano que exceder aos 20 anos de con-tribuição.

Exigem-se 40 anos de contribuição para atingir 100% da média das contribuições. Será observado o reajuste concedido no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), divulgado em janeiro de cada ano.

Os proventos serão limitados ao teto do RGPS (R$5.839,45 em jan. 2019)

GATILHO PARA

ELEVAÇÃO DE

IDADE MÍNIMA

Não há.

A partir de 2022, a idade mínima será el-evada para 57 anos de idade, se mulher, e 62 de idade, se homem;

A partir de 2020, a pontuação (somatória idade + contribuição) será elevada 1ponto ao ano, para ambos os sexos, até o limite de 100 pontos, se mulher, e 105 pontos, se homem; Lei complementar estabelecerá a forma como a pontuação será ajustada após o término do período de majoração.

*Quadros comparativos elaborados em abril de 2019, por Nathalie Chuy (assessora da Secretaria de Saúde e Relações de Trabalho do Sintrajufe/RS) e Gabriel Lemos Weber (advogado do escritório Young, Dias, Lauxen & Lima, Assessoria jurídica do Sintrajufe/RS).

ATENÇÃO: Servidores e servidoras que tenham preenchido/cumprido requisitos para obtenção de aposentadoria até a data de eventual promulgação da Reforma, terão direito adquirido às regras da legislação vigente na data de atenção dos requisitos, nos termos do artigo 9º da PEC 6/2019.

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ABRIL08 | MARÇO 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

REGRAS ATUAIS (Abril 2019)

REGRAS CASO SEJA APROVADA A

PEC 6/2019

ALÍQUOTA DE

CONTRIBUIÇÃO

PREVIDENCIÁRIA

Ativos: 11% sobre a totalidade da

remu-neração;

Inativos e pensionistas: 11% sobre os

valores que excederem o teto do RGPS (R$5.839,45 em jan. 2019).

Sistema de alíquota progressiva, partindo de 7,5% (proventos de até R$998) e chegando a 22%.

ATENÇÃO: Em caso de déficit atuarial,

per-mite-se, excepcionalmente e por prazo deter-minado, que o ente da federação fixe con-tribuição extraordinária incidente sobre os proventos que superem um salário-mínimo.

PENSÕES

HABILITAÇÃO DE MAIS DE UM TITULAR:

ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o valor do benefício será distribuí-do em partes iguais entre os beneficiários;

FORMA DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO: a

pensão será de 100% do benefício até o teto do RGPS (R$5.839,45 em janeiro/2019), mais 70% do valor que ultrapassar o teto;

REVERSÃO DE COTAS: as cotas por

dependentes cessarão com a perda des-sa qualidade, mas serão reversíveis aos demais dependentes.

HABILITAÇÃO DE MAIS DE UM TITULAR: a

pensão será equivalente a uma cota familiar de 50% e cotas adicionais de 10% para cada dependente, até o limite de 100%. A base de cálculo para o benefício dependerá da situ-ação do servidor no momento do falecimen-to, se em atividade ou não;

FORMA DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO: se a

pensão se der em razão de morte de servidor aposentado, a pensão será calculada sobre 100% do valor dos proventos, até o limite do teto do RGPS (R$5.839,45 em janeiro/2019), mais 70% do valor que ultrapassar o teto. Se a pensão se der em razão de morte de ser-vidor(a) da ativa, o valor da pensão terá como base de cálculo o valor do dos proventos a que o(a) servidor(a) teria direito se fosse apo-sentado(a) por invalidez permanente na data de seu óbito; exceto se o óbito for causado por acidente de trabalho ou doença profissional, situação em que a base será a totalidade da remuneração do cargo efetivo, até o limite do RGPS, mais 70% da parcela excedente;

NÃO REVERSÃO DE COTAS: as cotas por

dependentes cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes.

ATENÇÃO: Beneficiários que já recebam pensão, no momento da eventual promulgação da Reforma, terão direito adquirido à manutenção do benefício nos termos em que o percebem, conforme artigo 9º da PEC 6/2019.

*Quadros comparativos elaborados em abril de 2019, por Nathalie Chuy (assessora da Secretaria de Saúde e Relações de Trabalho do Sintrajufe/RS) e Gabriel Lemos Weber (advogado do escritório Young, Dias, Lauxen & Lima, Assessoria jurídica do Sintrajufe/RS).

Outros pontos da PEC 6/2019

que atingem os servidores

públicos federais

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ED. 408 | BRIL 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Sintrajufe em defesa do direito à aposentadoria

Mês das Mulheres: em defesa de

direitos e contra a reforma

Desde antes da tramitação proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência, quando o governo já anunciava a intenção de atacar a aposentadoria dos brasileiros, o Sintrajufe/RS já se colo-cava na linha de frente da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. No Rio Grande do Sul e em Brasília, mobi-lizações, debates e ações institucionais marcam o cres-cente enfrentamento à proposta de reforma da Previdên-cia, que visa apenas beneficiar os banqueiros e jogar os trabalhadores na miséria (veja as informações comple-tas sobre todas as atividades no site do sindicato: www. sintrajufe.org.br).

No dia 15 de março, no auditório Ana Terra, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira representou o Fórum Gaúcho em De-fesa da Previdência em audiência pública sobre a refor-ma, organizada pela Frente Gaúcha em Defesa da Pre-vidência. O auditório Ana Terra também foi espaço, no dia 30 de março, do “Seminário contra o fim da Previdên-cia soPrevidên-cial e pública”, organizado pelo Fórum Gaúcho em

Auditório da Câmara de Vereadores ficou lotado em seminário sobre a reforma

F o tos: R osane V ar gas

Defesa da Previdência, do qual o Sintrajufe/RS faz parte. Outra atividade importante foi a realização, no dia 18 de março, na sede do Sintrajufe/RS, de reunião aberta com o tema “A previdência dos servidores com deficiên-cia”. O advogado Gabriel Weber, do escritório Young, Dias, Lauxen & Lima, que presta assessoria jurídica ao sindica-to, e o colega cadeirante aposentado Ari Heck, da Justiça do Trabalho, fizeram parte da mesa.

Seminário contou com especialistas em dívida pública e Previdência Auditório da Câmara de Vereadores ficou

lotado em seminário sobre a reforma

Servidores com deficiência debateram questões específicas em reunião no sindicato

“O mês de março foi marcado por intensa mobilização nas ruas, culminando com três grandes atos. Marchamos contra as opressões e as violências que diariamente atingem as mulheres, para cobrar justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes e contra o projeto de desmonte da rede de seguridade social. Demos uma nítida demonstração da força que os movimentos sociais organizados têm e seguiremos mobilizados contra a política de atraso que representa o governo Bolsonaro.”

“Além do já tradicional 8M, que unifica internacionalmente as pautas das mu- lheres, o 14 de março ecoou no Brasil e no mundo a pergunta: ‘Quem mandou matar Marielle Franco?’. Fechando o mês, no dia 22, grande ato contra a reforma da previdência do Bolsonaro, mostrou ao Brasil que os trabalhadores não aceitarão passivamente a retirada de direitos que lhes pretendem impor.”

Alessandra Krause, diretora do Sintrajufe/RS

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ED. 408 | ARIL DE 2019

Sintrajufe terá presença permanente em

Brasília para barrar reforma

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

F

o

tos: Di

vulgação

Desde o final de março, quando a proposta de reforma começou a tramitar no Congresso, o Sintrajufe/RS tem es-tado em Brasília para, juntamente com outras categorias de trabalhadores, pressionar os deputados pela rejeição total da proposta do governo. Enquanto o governo demon-stra enormes dificuldades para se articular com os depu-tados, a direção do Sintrajufe/RS busca conversar com os parlamentares para discutir os efeitos nefastos que uma possível aprovação da reforma teria para os brasileiros.

Em reunião da direção executiva do Sintrajufe/RS, os dirigentes deliberaram pela presença permanente da di-reção em Brasília ao longo da tramitação da reforma da Previdência, para pressão junto aos parlamentares. O di-retor do sindicato Cristiano Moreira acompanhou, no dia 26, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara que começaria a discutir a proposta, discussão impedida pela ausência do ministro da Economia Paulo Guedes, cuja presença estava confirmada para que pudesse explicar o projeto. Neste e nos dias se-guintes, Cristiano conversou com diversos parlamentares, em um trabalho que terá prosseguimento ao longo de toda a tramitação da reforma da Previdência.

Com luta e unidade em Brasília e nos estados, é possível derrotar a reforma!

Diretor do Sintrajufe/RS em conversa com Talíria Petroni (Psol-RJ)

Pompeo de Mattos (PDT-RS)

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ED. 408 | BRIL 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Desde o início de abril, o Sintrajufe/RS passou a instalar bancas nos locais de trabalho para construir junto à categoria ações contra a reforma. A primeira delas é a difusão de um abaixo-assinado lançado nacionalmente pelas centrais sindicais, no dia 3; a segunda é tirar dúvidas sobre a reforma com a direção e com a assessoria jurídica do sindicato.

Confira o calendário das bancas:

Porto Alegre:

23/4, Anexo JE – das 13h às 16h 24/4, JF – das 11h às 16h

25/4, varas trabalhistas – das 10h às 15h 2/5, TRF4 – das 11h às 16h

3/5. TRE Duque – das 13h às 16h 3/5, TRT4 – das 11h às 16h

Região metropolitana

8/5, JT Novo Hamburgo – das 10h às 13h 8/5, JF Novo Hamburgo – das 14h às 17h 15/5, JT Taquara – das 11h às 15h

22/5, JT Canoas – das 10 às 15h 22/5, JF Canoas – das 14h às 17h 29/5, JT São Leopoldo – das 11h às 15h

Sintrajufe na mídia: sindicato contesta

reforma em programas de TV

Bancas para tirar dúvidas e fortalecer

abaixo-assinado

Um dos grandes desafios na luta contra a reforma da Previdência é ampliar o diálogo das organizações com a população. Para fortalecer o enfrentamento à reforma, é urgente que o conjunto da sociedade tenha todas as informações sobre o que de fato essa propos-ta significa: a extinção da Previdência pública no Brasil e o fim do direito à aposentadoria para milhões de brasileiros. Para cumprir essa tarefa necessária, o Sintrajufe/RS vem ocupando todos os espaços pos-síveis para debater a reforma, inclusive nos meios de comunicação.

No dia 22 de março, o diretor Cristiano Moreira es-teve no programa “Cruzando as Conversas”, da RDC

Cristiano Moreira debateu a reforma no

programa Cruzando as conversas

A reforma e o servidor público foi tema do Boca

no trombone, com participação de Ruy Almeida

Uma das bancas ocorreu na Justiça Federal

F

o

to: Daniel Bor

ges / Especial

TV. Na ocasião, junto com a advogada Marilinda Fer-nandes, Cristiano apresentou argumentos contra a reforma e destacou as crescentes mobilizações em defesa do direito à aposentadoria, confrontando ar-gumentos de economistas defensores da reforma.

Já na TV Bandeirantes, no dia 7 de abril, o Sintra-jufe/RS participou do programa Boca no Trombone, representado pelo diretor Ruy Almeida. Também nesse caso o foco do debate foi a reforma da Pre- vidência, contra a qual o sindicalista apresentou os argumentos que vêm sendo levantados pelos tra-balhadores na defesa do direito à aposentadoria.

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ED. 408 | ARIL DE 2019

DIREITOS

MP 873: por que defender os sindicatos é

fundamental?

Em março, Jair Bolsonaro (PSL) assinou uma medida provisória (MP) que busca estrangular finan-ceiramente todos os sindicatos. A MP 873 proíbe desconto em folha de contribuições de trabalhadores filiados a sindicatos, dificultando os pagamentos e, como consequência, prejudicando a estabilidade finan-ceira dos sindicatos. Ataca-se o exer- cício de um direito fundamental dos trabalhadores e fere-se a au-tonomia sindical consagrada na Constituição. Muitas entidades já ingressaram com ações judiciais contra a MP. O Sintrajufe/RS foi uma das que obtiveram decisão liminar favorável.

O ataque aos sindicatos é, não coincidentemente, coordenado com uma série de projetos que buscam retirar direitos dos trabalhadores,

como a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita de Michel Temer (MDB) e as propostas de reforma da Previdência e “carteira de trabalho verde-amarela”, além de outros absurdos propostos por Bolsonaro. O motivo é claro: enfra-quecer um dos principais espaços de resistência dos trabalhadores.

Os sindicatos são fundamentais para o equilíbrio entre as forças do capital e os trabalhadores. É nos sindicatos que a luta coletiva per-mite a organização da indignação individual. Os sindicatos não se fazem sem os trabalhadores, mas é com a luta da classe trabalha-dora organizada em suas enti-dades que todos os direitos tra-balhistas foram conquistados. Foi com abaixo-assinados, passea-tas, piquetes e greves que

sindica-tos conquistaram, em 1962, o 13º salário, apesar da resistência dos grandes empresários e de parte dos parlamentares e do governo. O mesmo aconteceu com o direito a férias, em 1925, e com muitos dire-itos conquistados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a partir de 1943.

Quando os governantes atacam os sindicatos, atacam também os trabalhadores e procuram, assim, abrir caminho para que direitos já consolidados sejam retirados e direitos reivindicados sejam bar-rados. A MP 873 nada mais é do que uma expressão dessa dinâmi-ca e, como tal, deve ser comba- tida coletivamente por todos os trabalhadores interessados nos próprios direitos e no futuro da população brasileira.

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ED. 408 | BRIL 2019

JUSTIÇA DO TRABALHO

Sindicato e servidores na luta para

evitar retrocessos nas condições

de trabalho na JT

Em meio à defesa conjunta da existência da Justiça do Trabalho, os servidores e o Sintrajufe/RS se veem obrigados a defender também as condições de tra-balho, ameaçadas por medidas que a administração pretende implementar sem qualquer diálogo. A ad-ministração do TRT4 está discutindo, até o momento sem consulta aos servidores e a seus representantes, a reestruturação das secretarias do órgão. Essa propos-ta, em vez de resolver problemas, levaria à preca- rização do trabalho tanto nas secretarias quanto nos próprios gabinetes.

Presidente admite reestruturação

e critica servidores

Com essa preocupação, o Sintrajufe/RS reuniu-se, no dia 19 de março, com a presidente do TRT4, de-sembargadora Vania Cunha Mattos, que confirmou a intenção de redistribuir nos gabinetes servidores das secretarias, ao que os representantes do sindicato res- ponderam que essa medida apenas redirecionaria para os gabinetes mais trabalho do qual as secreta- rias, esvaziadas, não dariam conta. A desembarga-dora criticou reiteradamente os servidores, chegan-do a insinuar que não há esforço em aprender nem em trabalhar. O Sintrajufe/RS defendeu como única solução real a nomeação de servidores. O sindicato cobrou ainda que qualquer mudança seja precedida de diálogo com os maiores afetados, os servidores, pela via de sua representação no sindicato.

Reunião com corregedor

No dia 27, o Sintrajufe/RS reuniu-se com o cor-regedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa, sendo entregue um ofício requeren-do a nomeação imediata de novos servirequeren-dores; o so-brestamento de medidas de reestruturação de cargos, funções, unidades judiciárias e lotações; e o enfrenta-mento do quadro de adoecienfrenta-mento, ocasionado muitas vezes pela sobrecarga de trabalho, metas abusivas e assédio moral.

Sindicato reuniu-se com corregedor-geral da Justiça do Trabalho

F o to: R osane V ar gas

Em reunião com presidente do TRT4, sindicato cobrou respeito aos servidores

F o to: Ale x andr e H aubrich

Colegas iniciam mobilização contra reestruturação F o to: Leandr o Dor o / Especial

Mobilizações dos servidores e

abaixo-assinado contra reestruturação

Nesse difícil contexto, o Sintrajufe/RS convocou uma reunião com os colegas da Justiça do Trabalho. No dia 29 de março, dezenas de servidores estiveram no saguão do TRT4 debatendo a situação. A luta cole-tiva foi apontada como único caminho para enfren-tar as ameaças, e foi lançado um abaixo-assinado que pede à administração diálogo sobre a proposta de reestruturação.

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ED. 408 | ARIL DE 2019

JUSTIÇA FEDERAL

Desconto em folha, saúde e capacitação

foram tema de reunião do Sintrajufe

com presidente do TRF4

Os diretores do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira e Rodrigo Mér-cio reuniram-se com o presidente do TRF4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, no dia 14 de março. Os assuntos tratados foram a MP 873/19, com a qual o governo de Jair Bolsona-ro (PSL) quer obrigar que as con-tribuições sindicais não possam ser pagas via desconto em fo- lha; a retomada dos trabalhos da comissão de saúde; e capacitação.

Sobre a MP 873 (ver página 12), os dirigentes explicaram que o foco do governo é enfraquecer os sindicatos e a organização dos trabalhadores e impedir, princi-palmente, as mobilizações contra a reforma da Previdência. Eles lembraram que a Constituição Fe- deral garante o desconto em folha, assim como a resolução 4/2008 do Conselho Nacional de Justiça (CJF), que, entre outros pontos,

regulamenta consignações em folha de pagamento. Informaram também que o sindicato havia in-gressado com pedido liminar para garantir o desconto (a decisão fa-vorável foi divulgada no próprio dia 14, pouco depois da reunião). Os diretores pleitearam que, inde-pendentemente do que viesse a ser decidido em nível judicial, fossem mantidos os descontos em folha, uma vez que são garantidos pela Constituição. O desembargador afirmou que iria seguir o que fosse decidido no âmbito judicial ou de-terminação superior, do Supremo ou do CJF.

Saúde

No dia 28 de janeiro, o Sintra-jufe/RS protocolou ofício cobrando da administração a retomada dos trabalhos da Comissão para Estu-dos sobre o Programa de Assistên-cia à Saúde da JF e do TRF4 que

visam discutir melhorias no plano de saúde dos servidores na Justiça Federal e no tribunal. Em agosto, o sindicato havia sido comunica-do de que estava em andamen-to um estudo sobre a viabilidade das propostas apresentadas, mas desde então não houve retorno. O presidente do TRF4 pediu ao sindi-cato que encaminhe a ele o ofício. Até o fechamento desta edição, não havia sido recebido retorno da ad-ministração.

Capacitação

Thompson Flores informou que em breve haveria decisão sobre re-querimento do Sintrajufe/RS, de abril de 2018, para que haja trata-mento isonômico entre servidores e magistrados para acesso a trei- namentos e licenças de capa- citação. Até o fechamento desta edição, o sindicato não havia recebido novas informações sobre o assunto.

F o to: R osane V ar gas

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19

ED. 408 | BRIL 2019

JUSTIÇA ELEITORAL

Sintrajufe reitera reivindicação de

jornada de 6 horas e passa a ocupar

vaga em comitê do TRE

Mais de 15 tribunais eleitorais já

adotam 6 horas de jornada

O Sintrajufe/RS reuniu-se, no dia 28 de fevereiro, com a administração do TRE-RS, tendo como pauta geral a busca por melhorias nas condições de trabalho e de saúde dos servidores. Participaram da reunião os dire-tores do sindicato Rodrigo de Mello Mércio e Ruy Almei-da, além do presidente do TRE, desembargador Jorge Luís Dall’Agnol, do diretor-geral do TRE, Josemar Riesgo, e do secretário de gestão de pessoas, Gustavo Stradolini.

Com base nas “10 medidas contra o adoecimento e o assédio moral”, oriundas da Pesquisa de Saúde do Ser-vidor 2016, o sindicato tem buscado junto às

adminis-Destacando que a jornada de 6 horas está diretamente ligada à questão da saúde dos servidores, o diretor Rodri-go Mércio lembrou que, atualmente, mais de 15 TREs do Brasil já adotam essa jornada e propôs à administração um encaminhamento em conjunto para a questão. O di-retor-geral e o presidente do TRE fizeram, então, um con-vite para que o Sintrajufe/RS passe a integrar o Comitê de Gestão de Pessoas do Tribunal – é a primeira vez que o sindicato recebe convite da administração para partic-ipar de uma comissão de gestão interna no TRE-RS, e a primeira comissão relativa à gestão de pessoas em que o sindicato ocupará assento em sua história.

F o to: T hais Seganfr edo / Especial

trações soluções para diversos problemas identificados – e que voltaram a aparecer na pesquisa mais recente, realizada em 2018. Uma das 10 medidas é justamente a regulamentação da jornada de 6 horas, pauta histórica da categoria. No caso da Justiça Eleitoral, a demanda foi indeferida pelo Pleno do TRE em 2017. Na ocasião, foi sugerida, pelo desembargador Paulo Afonso Brum Vaz, a criação de uma comissão para tratar do assun-to. Com o fim do ano eleitoral, o Sintrajufe/RS voltou a abordar a proposta com a administração na reunião realizada em fevereiro.

O órgão, de caráter propositivo, é responsável por criar e sugerir, à administração, medidas que mel-horem as condições de trabalho dos servidores. A di-reção do tribunal garantiu aos diretores que a pauta das 6 horas será a primeira a ser trabalhada pelo comi-tê. O Sintrajufe/RS contará com um representante e um suplente no colegiado, que é composto, ainda, por representantes da Presidência, da Corregedoria, da Direção-Geral e da Secretaria de Gestão de Pessoas do TRE-RS. O Sintrajufe/RS participa, ainda, da comissão de combate ao assédio moral do TRE, com um servidor indicado pelo sindicato

(20)

I COPA

libertadores

sintrajufe

de futebol society

18 e 19

de maio

inscricoes

fem e masc.

em breve

|

20

ABRIL08 | MARÇO 2019

CULTURA E L

AZER

I Copa Libertadores Sintrajufe/RS de

futebol society acontece em maio;

inscreva-se já!

Será realizada nos dias 18 e 19 de maio a I Copa Libertadores Sintrajufe/RS de futebol society. O evento será mais uma oportunidade de confraterni-zar e unir os colegas em uma atividade saudável e divertida. Haverá modalidades masculina e femini-na, e as inscrições já estão abertas.

Nos dois dias de jogos, as partidas acontecem en-tre as 9h e às 19h, no Planet Ball (Av. Professor Cris-tiano Fischer, 1341, Porto Alegre). Podem se inscre-ver servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União de todo o estado, familiares as-cendentes, descendentes e/ou cônjuges (maiores de 18 anos), bem como estagiários(as), advogados(as), magistrados(as), procuradores(as), trabalhadores(as) terceirizados e funcionários(as) do Sintrajufe/RS, desde que devidamente comprovado o vínculo com as respectivas instituições.

22 de abril, 13h: abertura da exposição de fotos

do calendário 2019 do Sintrajufe/RS no saguão do restaurante do TRF4

24 de abril, 19h: Assembleia geral estadual.

Pauta: eleição da Comissão Eleitoral 2019

25 de abril, 15h: Reunião do Núcleo de

Aposentados e Pensionistas (NAF)

27 de abril a 1º de maio: 10º Congrejufe, em

Campinas (SP)

A

GEND

A

2 de maio, 15h: reunião ordinária do Núcleo de

Aposentados e Pensionistas (NAF)

16 de maio, 15h: Reunião ordinária NAF

18 e 19 de maio, das 9h às 19h: I Copa

Libertadores Sintrajufe de futebol Society

30 de maio: Quintativa do Núcleo de

Aposentados e Pensionistas (NAF)

Veja o calendário das bancas do Sintrajufe/RS nos locais de trabalho na página 10.

Como se inscrever

As inscrições devem ser feitas com o preenchimen-to e o envio da ficha de inscrição, disponível no site do Sintrajufe/RS, para o e-mail cultura@sintrajufe.org. br. Também deve ser enviado o comprovante de pag-amento da taxa de inscrição, no valor de R$ 50,00 por pessoa (sindicalizados e dependentes são isentos e, se residentes no interior, terão despesas de hospedagem e transporte ressarcidas). Ambos os documentos também podem ser entregues diretamente na sede do Sintrajufe/ RS (Marcílio Dias, 660, bairro Menino Deus, Porto Alegre). Haverá premiação para as equipes campeã, vice-campeã e terceiro lugar nas modalidades masculino e feminino.

Veja o regulamento completo no site do

Sintrajufe/RS, reúna seu time e participe!

Referências

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