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Como combater a Tillandsia Usneoides

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Academic year: 2021

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Como combater a Tillandsia Usneoides

Philipe W. C. de Vasconcellos

Heitor W. S. Montenegro da Seção Técnica de Horticultura da

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo

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Insistentes pedidos feitos por fazendeiros de Capivari e ou-tras regiões do estado, levaram-nos a estudar um combate efi-caz e sobretudo econômico à Tillandsia usneoides, mais conhe-cida vulgarmente por "barba de velho". (Figs. 1 e 2).

Esta planta é da família Bromeliaceae, epífita, isto é, ela não parasita a planta hospedeira, tendo apenas ação puramen-te mecânica de agarrar-se, por inpuramen-termédio de suas raízes, à mesma.

Muitos botânicos são de opinião que ela não prejudica a planta que a hospeda. Somos, porém, de parecer, que a T . us-neoides, prejudica demasiadamente as plantas hospedeiras chegando a causar-lhes a morte quando em grande número. Chegámos a esta conclusão quando observamos que suas raízes, penetrando profundamente na casca, formam um verdadeiro anel em torno dos ramos, dificultando a circulação da seiva.

Sem combate, esta plantinha se propaga com vertiginosa rapidez, principalmente nas árvores de casca um tanto áspera, onde as sementes da T. usneoides, levadas pelo vento, se alojam e aí germinam.

Até então, o método aconselhado era o da retirada manual daquela bromeliácea, processo êste, muito fácil de se aconselhar, porém, pouco viável na prática, especialmente nas g r a n -des árvores.

Em agosto d e 1946 resolvemos aplicar uma calda mista cuja composição era a seguinte :

Emulsão de óleo Diesel e sabão 2 quilos Po bordalez 1 quilo Arseniato de cálcio . 250 grs. Nicotina de 20 grs. de turno Á g u a 100 litros

Esta experiência foi realizada em dois Ipês do parque da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Pig. 3) que nessa época se apresentavam completamente despidos dc fôlhas.

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Num período de observação de 2 meses, pudemos constatar que aquela praga sofreu superficialmente, isto é, apenas as par-tes mais tenras, com as extremidades de suas filamentosas fo-lhas tinham, side queimadas. Outro inconveniente era a proprie-dade que possui o pó bordalez de ser preservativo da matéria orgânica, no caso da Tillandsia, de suas raízes presas às árvores. Dai tirámos a conclusão que a percentagem usada (2% de emul-são) ainda era pequena, e ao mesmo tempo resolvemos simpli-ficar a calda, aplicando apenas a emulsão, com a seguinte f ó r m u l a :

óleo Diesel 8 lts. Sabão 2 ks. Á g u a . . . 4 lts. Modo de preparar a emulsão : —

P a r a que h a j a um bom emulsionamento é imprescindível proceder da seguinte maneira : — colocam-se em uma vasilha os 8 litros de óleo levando-se em seguida ao fogo; ao mesmo tempo, em outra vasilha, aquecem-se os dois quilos de sabão comum dissolvidos em 4 litros dágua. Quando os dois estiverem bem aquecidos mistura-se o óleo ao sabão, despejando-o em fio fino e agitando concomitantemente, e com força até produzir-se o emulsionamento do óleo. Pode-produzir-se também usar uma bom-ba aspirante-premente, na trasfega da mistura quente, de um para outro recipiente, por duas ou três vezes. Deixa-se, em se-guida, esfriar A pasta resultante pode ser usada na concen¬ tração desejada.

Nesta época (Out.) as plantas se a c h a v a m completamente cobertas com sua roupagem verde o que nos impossibilitava de continuar com a experiência, pois, a emulsão usada em per-centagem mais elevada poderia ser prejudicial as plantas de-vido a seu alto teor, determinando talvez, o crestamento das folhas.

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R e s o l v e m o s m u d a r o r u m o de n o s s a e x p e r i ê n c i a c o m o fito de g a n h a r m o s t e m p o . C o r t á m o s e n t ã o 6 g a l h o s d e l , m 5 d e c o m p r i m e n t o , b a s t a n t e i n f e s t a d o s d e T . u s n e o i d e s e a m a r r á m o s c a -d a u m -d ê l e s a u m a v a r a -de b a m b í , p r ê s a a -dois e u c a l i p t o s . Como e s t a p r a g a é e p i f i t a e m n a d a a l t e r a r i a que o r a m o e s t i v e s s e ou n ã o c o m v i d a . Os g a l h o s r e c e b e r a m o s e g u i n t e t r a t a m e n t o : — O l .c g a l h o — e m u l s ã o a 2 % O 2.° g a l h o — e m u l s ã o a 4 % O 3.° g a l h o — e m u l s ã o a 6% O 4 . ° g a l h o — e m u l s ã o a 10% O 5.° g a l h o — e m u l s ã o a 1 5 % O 6.° g a l h o — t e s t e m u n h a . Ê s s e s t r a t a m e n t o s f o r a m feitos, c o m u m p u l v e r i z a d o r de c o s t a s m a r c a D o b b i n s , ( n ã o se deve u s a r p u l v e r i z a d o r c o m v á l -v u l a de b o r n c h a p o i s a e m u l s ã o a e s t r a g a ) , n o d i a 30-10-46 e 3 m e s e s d e p o i s p u d e m o s ver c o r o a d a d e ê x i t o n o s s a e x p e r i ê n -c i a -com o s e g u i n t e r e s u l t a d o d a s u s -c e p t i b i l i d a d e d a Tillandsia : No 1 0 g a l h o — c / e m u l s ã o a 2 % — n ã o houve alteração.

No 2.° g a l h o — c / e m u l s ã o a 4 % — parte morreu, parte n ã o No 3.° g a l h o — e / e m u l s ã o a 6% — m o r r e u c o m p l e t a m e n t e . No 4 . ° g a l h o — c / e m u l s ã o a 1 0 % — i d e m .

No 5.° g a l h o — c / e m u l s ã o a 1 5 % — i d e m .

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Com estes resultados tirámos as seguintes conclusões:

a ) que a partir de 6% a emulsão acima usada, combate eficaz-mente a praga T . usneoides.

b) que também os liquens foram fortemente afetados a essa percentagem.

c) não se conhecendo ainda a resistência das folhas às diver-sas percentagens de emulsão, convém fazer o tratamento, p a r a as hibernantes, quando despidas.

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