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Academic year: 2021

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i T U 'i' 0 I ! . I ; k

••: ( ., :; li I r\ !*, C, E O Q U Í M I C A i.' O I.: M A .'* M C c E 3 EI (.: r. '. i; .) : 1 I, 1 C A 1 'A D i S 1 P 1 R A — B A H I A

W }<[!'. ' 1 i iv> i A! U I ; t.'i. iVWidA

(2)

TRABALHO APRESENTADO PARA CONCLUSÃO

DO MESTRADO EM GEOCIÊNCIAS

ESTE TRABALHO FAZ PARTE DO PROJETO DE GEOQÜIMICA,

FINANCIADO PELO CNPq. E RNEP

ORIENTADOR ••

Dr IAN McREATH

M-\>eui\jrq'&£.

mJ'£Jfí*fr\

UNIVERSIDAOE FEDERAL ÚA BAHIA \. INSTITUTO DE GEOC ENCIAS DEPARTAMENTO DE GEOQÜIMICA

MARIA ALBA FARIAS TANNER DE OLIVEIRA SALVADOR-1976 i

(3)

R E S U M O J

Os mármores e os diopsiditos da Serra das Panelas, Ipirã-Ba., foram submetidas a análises: petrográficas, químicas de ele-mentos maiores, traços eJferras_Raras, isotopicas de estrôn-cio, carbono e oxigênio além de determinações geocronológicas.

As idades determinadas correspondem ao Ciclo Orogenético Trans_ amazônico, quando deu-se as intrusões de pegmatitos alcalinos sieníticos, estos rcsponróvols pM,i formação dos dopfinitoa de apatita, migmatização das rochas de composição graniitica, meta-morfisrco a altura da fácies anfibolítica dos mármores, diopsi-ditosvbiotita-grafita xistos. Estas rochas ocorrem sob a forma de lentes alongadas e paralelas ã foliação dos granolitos e gra noblastitos, concluindo-se que as idades encontradas são do me- % tamorfismo trans amazônico, sendo fique Ias rochas polimetamõrfi-caá% cujo metamorfismo inicial atinciu a fácies granulítica,j de

18 idade Arqueana, confirmada pelos '/alorns ^ncjntrados; para O, ps quais conferem aos mármores idade absoluta em torno de

JI«500.._m._a.jL; j j

A mineralogia e as relações texturais conferem aos mármores as-pecto lnvulgar, chegando-se a pensar tratar-se de carbonatitps..

13 18 Os dados petroquímicos e a geoquímica de Isótopos de C e 0 i.ndicam que os mármores e os diopsiditos forarn^formados» a partir

de carbonatos marinhos antigos; a geoquímica das Terras Raras sugere que aquelas rochas estão muito mais relacionadas a rochas alcalinas e carbonatíticas que á qualquer outro tipo de rocha; já a geoquímica isotópica de Srr tirou a possibilidajde daquelas rochas serem carbonatitos verdadeiros.

Desta forma propõe-se origem híbrida para essas rochas, onde grupo lantanõide provém de fonte ígnea e o diõxído de carbon^ por remobilização de rochas catbonãticas antigas.

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Í B H !

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(4)

Í N D I C E pg. 1. I N T R O D U Ç Ã O | 1 2 . L O C A L I Z A Ç Ã O E A C E S S O 3 3. T R A B A L H O S A N T E R I O R E S 4 4 » M E T O D O L O G I A E M P R E G A D A 6 4.1. M a p e a m e n t o e a m o s t r a g e m 6 4.2. M é t o d o s p e t r o g r á f i c o s 6 4.3. Métodos químicos 7 4 . 4 . C á l c u l o s p e t r o q u í m i c o s 8 4.5. M é t o d o s radiornetricôs, 4.6. C i n t i l o m e t r i a . \

8

9Í 5 . F I S I O G R A F I A llj 6. G E O L O G I A R E G I O N A L '. . j . . . . j . 13Í 6.1. C o m p l e x o g r a n u l í t i c o |. ... i • 13J 6.2. Complexo migmatítico J. .. ., .14* í 6 . 3 . Ir.trsglvss ,' 14 6 . 4 . Formação Capim G r o s s o . ; 14 7 .• GEOLOGIA DA fâF.h 1 16 8 . GEOCROMOLOGIA i 18 i 9. P E T R O G R A F I A E M I N E R A L O G I A 20 9.1. Seqüência A n a t e x í t i c a j 20 9.1.1. M i g m a t i t o s h o m o g ê n e o s , 20 i 9.1.2. M i g n a t i t o s h e t e r o g ê n e o s .26 9,2. S e q ü ê n c i a e c t i n í t i c a 9.2 i l . D i o p s í d i o - h i p e r a t ê n i o - l a b r a d o r i t a g r a n o u t o . 27^ 9 . 2 * 2 . pi.opsídio-microclina-quartzo grano1>las;tito. .28

Ml!

27

(5)

pg

9 . 2 . 3 . H i p e r s t ê n i o hornblendito 30

9 . 2 . 4 . Rochas s \ l i cos as 3i 9 . 2 . 5 . Rochas s í l i c o - f e r r n g i n c s a s 34

9 . 2 . 6 . C a l c o s s l l i catadas 35 9 . 2 . 7 . Rochas carbonata cas 38 9 . 2 . 8 . Rocha carbonosa 44

•í. 3. Rochas intruslvas - pegmscito alcalino sienítico 45

"'.4. Depósitos de calcita e apatita «..47

9.4.1. Calcita 47 9.4.2. Apatita , 48

11 PETROQUÍMICA \ . . 51

10.1. Catanormas...- 51

10.2. Diagrama AC? 53

19.3. Yetraedro al-im-c-alk e representação no campo

Igneo. <• 56

i |

!*.. '-^OQUÍMICA E PETROGENESE.- , 58 11.1. Geoquimica dos-elementos traços.. [ 58

11.2. Geoquimica isotopica ^o Sr 60 ]3 18

J1.3. Geoquimica isotopica de C e 0 64 11.3.1. Composição isotopica de C s O e o giê*u de

metamoifismo ...67 11.3.2. Isótopos de C e 0 e tempo geológico. 69

11.3.3. IsótODOfi de C e O em carhonatitos..J 71 11.4. Geoquimica das "jrras Raras \ 72

\1. 1ETAH0RFISM0. i 82

12 1. Dlópsiditos... 83

u

, . s t z ;.:..:...«

(6)

pg. 13. CONCLUSÕES 87 14. BIBLIOGRAFIA 9 0 AGRADECIMENTOS 9 7 ANKVQS; I - Mapa de Situação

II - Mapa Geológico Regional

III- Mapa Geclogico d* Area

IV - Mapa de Amostragem

V - Descrição Sumária de Rochas e Minerais

(7)

1. INTRODUÇÃO

Na Serra das Panelas, Município de Ipira, Estado da 3ahia, ocor rem rochas que fazem parte do complexo migmatítico-granulítico considerado de idade Precambriana, onde se destacam lentes alon gadas de rochas carbonáticas e calcossilicatadas, compostas principalmente de caleita e diopsídio, respectivamente.

As rochas carbonáticas, por apresentarei»1 associação com depósi-tos de apatita e devido a sua própria mineralogia, levaram a crer, de início, que aquelas rochas eram carbonatitos.

"Estes são rochas eruptivas con mais de 80% de carbonatos, tem aspecto de calcário cristalino e, na sua composição entram al-guns minerais que não se encontram em rochas sedimentares e seus correspondentes metamorfisados (BROUSSE, 1968). Englobam-se nesta classificação tanto rochas dé composição simples como complexas, desde os tipos monominerãlicos, constituídos quase inteiramente de calcita ou dolomita, até variedades nas quais os carbonatos comuns são acompanhados por silicatos, fosfatos, sulfatos, minerais de oxido de ferro, carbonatos de Terras Ra-ras, sulfetos, fluoretos e óxidos especiais de niõbio

(HEINRICH, 1966). Quimicamente as calcitas de carbpnatitos dife-rem das calcitas sedimentares, metamõrficas e hidrotermais, par-ticularmente no seu alto teor de Ba, Sr e TR (QUON and HEINRICH, 1965, citado o» HEINRICH, op. cit.)."

As rochas carbonáticas em estudo apresentam mineralogia, textu-ra e química dos macro elementos que concordam maiá com mármore do que qualquer outro tipo de rocha, a despeito do quimismo das Terras Raras e de alguns elementos traços estarem muito ligados a carbonatito.

i

"Mármores são rochas que consistem predominantemente de calcita e/ou dolomita recristalizada, não enriquecidas em elementos ra-ros, sendo produtos de metamorfismo isoquímico". i j

(8)

As rochas calcossilicatadas, de composição diopsídica, que ocorrem em complexos Precambrianos associados a flogopita, apatita e magnetita, apresentam diversidade de nomenclatura e de origem. Assim, elas são chamadas piroxenito, diopsidito, me tassomatito etc., sendo formadas a partir de metamorfismo re-gional, ou por ação de soluções pôs-magmaticas sobre rochas carbonáticas, ou magmaticamente.

As rochas calcossilicatadas da área em estudo, são diopsiditos, por vezes cortados por falhas onde se encaixam pegmatitos

alca-linos de composição sienítica, em cujas proximidades ocorrem depósitos de apatita e calcita associadas a flogopita e magnetic . ta; aquelas rochas foram denominadas rochas piroxênicas por

VEIGA e COUTO (1971).

P*elo exposto, a origem dos mármores e diopsiditos é a finalidade* principal desta monografia.

(9)

2. LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A área em estudo localiza-se na porção centro-Iaste do Esta-do da Bahia, na zona fisiográfica de Feira de Santana, estan do compreendida entre as coordenadas de 11°00' a 13°00' de latitude sul e 39°00' a 40°00' de longitude oeste, abrangen-do parcialmente os municípios de Riachão abrangen-do Jacuípe e Ipirá. A cidade de Ipirá dista de Salvador 184 km por rodovias pavi-mentadas, da seguinte forma: 106 km através da BR-324 e 78 km através da BA-052, a "Estrada do Feijão".

A Serra das Panelas, onde foi realizado o mapeamento geológico de-detalhe, está, aproximadamente, a 30 km a norte de Ipirá, cujo acesso é feito por estrada carroçavel (vide Mapa de

(10)

;

3 . TRABALHOS ANTERIORES 4

(11)

Os autores estudam doze ocorrências de apatita e concluem, por um controle litologico,'rochas piroxênicas e pegmatlto sienítico em todas as ocorrências da área, atribuindo, desta forma, uma origem sedimentar para as rochas piroxênicas.

(12)

4. METODOLOGIA EMPREGADA

4.1. Mapeamento e amostragem

O mapeamento foi feito ã prancheta e alidade, em escala 2

1:2.000, abrangendo uma area aproximada de 1 km , englobando a Serra das Panelas (vide Mapa Geológico - Anexo III e Mapa de Amostras - Anexo I V ) .

Não se fez altimetria na parte sul da área mapeada.

Coletou-se amostras de rochas e minerais em todos os aflora-mentos encontrados, num total de 110.

4.2. Métodos petrogrãficos ^

•Apôs a análise macroscópica, selecionou-se 66 amostras para estudos cm scçiio delgada. Utilizou-se o microscópio potrogrfi-fico marca Carl Zeiss, modelo S Standard WL, pol.

Sempre que a micrçscopia estabelecia dúvida na identificação de algum mineral, este era determinado por difratometria de raios X.

As modas foram calculadas de acordo com o método CHAYES (1949), contando-se, em média, três mil c quinhentos pontos por lâmi-na. Com o intuito de utilizar a dolom;Lta como geotermômetro conforme CAPEDRI et ai (1974) , assim como para a moda, fez-se teste de coloração de acordo com as técnicas citadas em

• FRIEDMAN (1959).

i,

A composição dos plagioclaslos foi determinada pelo mctodo de...,., ,. ângulo de extinção dos grãos geminados, segundo a lei de albd

ta em secçõeo normais a (010), (MICHEL LEVY, citado cm \

ROGERS et ai, 1942). |

j .

i. 4 Ô

(13)

-Nas rochas onde os feldspatos aparecem sem geminação fez-se testes de coloração, seguindo .as técnicas descritas por CHAYES (1952) para posterior determinação modal.

Os índices de refração das apatitãs (NO e NE) foram obtidos utilizando-se o método de imersão, sendo o índice de cada óleo aferido através do refratômetro tipo Abbé", ma^na Bausch

& Lomb, usando-se a luz de sódio a uma temperatura de 25°C.

*As densidades das apatitas foram encontradas usando-se picnô metro, conforme as normas descritas em KRAUS et ai (1951).

4.3. Métodos químicos

No Laboratório de Geoquímica da Universidade Federal da Bahia, foram feitas as determinações dos macro e micro elementos das rochas, pelo método de espectrofotometria de absorção atômica, em aparelho Perkim-Elmer modelo 403, seguindo as têchicas j descritas por BERNAS (1968), modificadas em alguns detalhes.

Os elementos traços dos minerais calcita e apatita foran obti-dos por Fluorescência de raios-X, através análises realizadas no Centro de Pesquisas Geocronologicas da Universidade de São Paulo; neste mesmo local fez-se as determinações dasj razões

87 86

isotõpicas de Sr/ SriftJ;&iàw, usando-se espectrfietro de mas-sa do tipo Varian-MAT C TH-5, normalizado para Sr/ Sr = 0,1194.

No Laboratório de Fraca Radioatividade da Universidade Federal da Bahia, realizaram-se as análises isotõpicas de carbono e oxigênio, num espectrômetro de massa de marca Nucleide (60),: ccguindo on tâcnlcae doecritao por McCREA, (1950). í

! • ' i ' i !!•

No Departamento de Geologia da,Universidade de Western jf Ontario - Canada, foram analisados os elementos de Terra» Raft ras das" a p a t i t a s , c a l e i t a s e b i o t i t a , p e l a t é c n i c a d|e trqca de íons emjpelícula fina-(FRYE^l, in p r e s s ) , i i t i i i z a r i d o - s e espectrômetro de f l u o r e s c ê n c i a de r a i o s - X , automático, marca

I I

(14)

Phillips-PW 1450 AHP, seqüencial.

A precisão das análises é a seguinte; La a Er + 10%, Yb + 2 0 % e Y + 10%, porém, quanto ao Y, é, sistematicamente, 25% mais

baixa. ;

': !' 4.4. Cálculos petroquímicos

A partir das análises de macroelementos, calcularam-se os para metros de NIGGLI e catanorm—s de acordo com as regras descri-tas em BURI, (1964).

Os valores ACF foram calculados de acordo com as regras -descil tas em WINKLER, (1967).

As normalizações das análises de elementos de Terras Raras em relação aos condritos foram feitas de acordo com AHREN&,

' ' ( 1 9 6 6 ) . ' ; ' - ,

4.5. Métodos radiométricos

(1 mm), flogopita grossa (8 mm) radiométricas pelo método] K/Ar,

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:i:

'I.

e a n ft Utilizou-se biotita fina

* t:

bõlio para determinações radiométricas pelo método' K/Ar, reali zadas.na Universidade de Leeds - Inglaterra. 0 K foi determina do por emissão de chama e o Ar num espectrômetro de massa AEI

MS 10. ' Fez-se, também, determinação no Centro de Pesquisas Gjeocronolo

gicas da Universidade de São Paulo, pelo método Rb/Sri, utili-.zando-se flogopita e carhonatos. Os teores de Kb e Srj foram

obtidos por fluorescência de raios~X, em aparelhos modelo Phillips-PW 1540, de açor3o com métodos descritos por REYNOLDS (1963).

Preparação das micas

Biotita fina: após a amostra ser reduzida a 6,4 mm foi tratada com ácido ;acético a frio, durante mais ou menos 15> hpjras. ;Em seguidp, foi la\ada com água destilada; depois de seca, foi

no-' fí : ' i '

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(15)

vãmente reduzida, em almofariz de ágata com álcool•, até uma granulometria limite de 0,64 mm, para evitar maior perda de argônio durante o processo de redução.

Posteriormente peneirou-se e, a fração mpreendida entre 0,?6 mm a 0,64 mm foi submetida a separação eletromagnética, num separador de marca Frantz, nas seguintes condições: incli^ nações horizontal e lateral de 15 e 20 , respectivamente. Se-parou-se as frações não magnéticas a 1,0 ampêre e magnética a 1,2 ampêre : a mica atingiu índice de pureza maior que 99%.

Flogopita grosseira: foi retirada com-..pinça da amostra de mão, depois cortada com lâmina "gillet" e tratada, por uma hora, com ácido acético a frio IN, em seguida levada ao liqüi-dificador com água para reduzir o tamanho, o material fino, em suspensão, foi desprezado; o restante, depois de seco, foi pe-neirado e, a fração compreendida entre 0,16 mm a 0,64 mm leya-%. da ao separador Frantz. Daí tomou-se duas alíquotas iguais. Uma delas foi levada ao moinho de bola "Spex-Mixer-Mill" car-boreto de tungstênio por 30 minutos, sendo depois analisada como no esquema geral. A segunda alíquota foi reservada para análise de K e Ar.

Preparação de anfibóllo

Apôs a desagregação da amostra, separou-se a hornblenda eletro magneticamente. Em seguida, o concentrado de anfibõlio foi le-vado a um separador vibratório c, depois, a uma scyunda separa ção magnética. A pureza do concentrado foi superior a 95%.

4.6. Cintilomctria

Utilizando cintilônetro modele SPP3, doteminou-se o

"back-ground" com a amostra afastada, bem como outros objetos que pudessem vir acusar medidas imprecisas, tais como: amos-tras com flogopita, pois a leitura seria devido 3 atividade 'do'"""" K.

(16)

.,9-í

Fez-se van "scan" vagaroso, distante um a dois centímetros da

superfície da amostra. Atividade máxima foi localizada em zo nas ao redor das apatitas. Nas amostras de caleita pura, re-duzida a pó, que ocorrem nas vizinhanças da apatita, o cinti. lômetro nada acusou.

(17)

5. FISIOGRAFIA

Situada numa zona de transição entre a planície do embasamen-to cristalino e pedimonte da Chapada Diamantina, a área apre-senta extensas planícies e planaltos pouco elevados. Sobre as planícies observam-se "inselbergs" que se encontram mais ou menos orientados com a estrutura regional.

A ãrea apresenta uma variação de altitude entre 200 e 500 m e, de acordo com KING (1965), é identificada como superfície de amplainamento que corresponde ao ciclo "Velhas", Pig.* 1.

w IPIRA + + Ciclo Velhos 4 \ + t" FEIRA OE SANTANA F I C - 1 >

Gr ótico compilado de (King-1956)

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1 « • ; i ' : '

Qs r i o s p r i n c i p a i s da ãrea são: r i o Jacuípe e r i o S n.<o, que e s t ã o mais ou menos a 40 km de I p i r ã , são pais a f l u e n t e s do r i o Paraguaçu, que compõe a bacia nome;'jâ os r i o s Utiriga e São!José são a f l u e n t e s do Antonio,

Na ãrea predomina um s o l o arenoso ácido sobre as rochas de composição g r a n í t i c a e a r g i l o s o sobre as rochas c a l c o s s i l i c a -t a d a s , |'ricas em piroxênio. ! •' ,

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li: M - I ' ^

O clima da área é do""t"ipò B s í i d e Kopperi, conforme Ê \NTO$

e r í s t i c a s : o regime pluvijpmitri r i •• • . . . » an t o Antô cs p r i n c i -de.mesmo r i o Santo

I

I

(18)

co anual oscila nm torno do 600 mm, as chuvas ocorrem de no-vembro a abril, a temperatura varia de 13 a 36°C, tendo média compensada de 28 C, sendo, portanto, um clima semi-árido. A vegetação é controlada por parâmetros morfo e pedolóçico, vez que a área está sob _afluência do mesmo clima.

Ipirá está inclusa na região ecológica da caatinga, onde os representantes principais da vegegaçao são catingueira, jurema, -ouricuri, macambira e angico. Sobre os solos das rochas

carbo-náticas aparecem as cactãceas xiquexique e mandacaru.

(19)

fi. v"!^ iLOGIA REGIONAL

A -jfiologia regional e^ui c'escrita ê um resumo da compilação co.~ trabalhos realizados pelos seguintes autores: SEIXAS 9t ai, vl976), MASCARENHAS et ai, (1975), PEDREIRA et ai,

Í1S75J, DULTRA et ai, (1975), NUNES et ai, (1975), (vide

Ma-pa Geológico Regional - Anexo III). !

I ^ i:

Regionalmente as. rochas fazem parte do embasamento Pre-Espi-nhaçu, de idade Precairbriana, cujo grau de metamorfismo est'.

compreendido desde a fácies almandina anfibolito até a fãcies granulitica da série barroviana.

6.1. Complexo Granulltico

ten

Compreende a unidade p£gl, que e a predominante na área,' es ten dendo-se numa larga faixa de direção NS, ocupando aí porção les_ te da área. Esta unidade (p£gl) é formada por piroxênio jfgrânu

• • * ' -•: r MI

lito", chamoquitos e enderbitos com intercalaçoes ae r^** calcossilícataclas - em forma de lentes na direção Nff - dj posição principalmente diopsídica, as quais estãp lLgad

a Serra das Altas nas tamente â mineralização de apàtita ocorrendo desde

Panelas, ao norte de Ipirã, até o povoado de Pedras proximidades da estrada Pedras Altas-Alecrim.

Ainda nesta unidade ocorrem as intrusivas: biotita jgranito (pfjbgr) , hornblenda granito (pShgr) e hornblenda biotita grani-to (pfcbhgr).

A borda oeste está em contato com os diatexltos a biotita (dtxb) é a piroxênio (dtxp); no contato leste ocorrem cnarn< quitos> piroxênio "granulitos?, biotita gnaissíis, (p|í

hornbléndá-piroxênio "granúlito" comtextura aüg^mí

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-ech) (pCadr) i! !i

(20)

6.2. Complexo Migmatlnico

E constituído de diatexitos e metatexitos. Os diatexitos (pEdtx) ocorrem com direção NS estando concentrados na parte sudoeste da área estudada. São rochas ã hornblenda e ã bioti ta com níveis de anfibolitos (af); aí se encontra grande nú-mero de falhas em várias direções, sendo predominante a dire_ ção N30°W.

Na parte norte da área 05 diatexitos passam n mctatcxito3 (p£mtx), a hornblenda e/ou biotita gnaisses também com níveis do anfibolitos (af) o cnlconsi]icatadas (cn) além du interca-lações de gnaisses quartzo-feldsnaticos (p£gf). !

6.3. Intrusivas

As intrusivas, que ocorren no coirplexo migratítico, são rochaS ultrabãsicas em forma de lentes, controladas pelo sistema de falhas de direção N30°W a N45°W.

Os complexos granulítico e nigrr.atítico foram considerados como grupo Caraíba de idade Precarabriana Média a Inferior, por

MASCARENHAS et ai, (1973); NUNES et ai, (1975) consideram io Complexo Caraíba de idade Precambriana Inferior As idades serão discutidas no capítulo 8 deste trabalho. j

6.4. Formação Capim Grosso í

A Formação Capim Grosso (TQcg) recobre o complexo metamorfico, principalmente nas extremidades da área a N-NW e a SVJ. Esta Formação c c o n s t i t u í d a por ura conglomerado banal sobre o qual jazem a r e i a s quartzosas mal s e l e c i o n a d a s . Sua idade é conside

rada Q u a t e r n á r i o - T e r c i á r i o .

Estruturalmente parece e x i s t i r concordância e n t r e dos complexos g r a n u l í t i c o e migmatítico.

1

as fo l i ações

(21)

-Ocorrem dobras normais - apertadas - de pequenos raios de cur

vatura; a orientação geral da foliaçao ê noroeste-sudeste com

forte inflexão para nordeste.

A foliaçao do coirplcxo mstartórfico está truncacia oo norte pelo

grupo Jacobina através das falhas de I t a i t u e Jacobina.

(22)

7. GEOLOGIA DA AREA

L i t o l o g i c a m e n t e , a Serra das Panelas ê muito semelhante ã área de L u c l i d e s da Cunha, onde s e encontram d i o p s i d i t o s c o -muns, d i o p s i d i t o s a e s c a p o l i t a , mármores, m e t a j a s p i l i t o s e t c . As rochas da Serra das Panelas podem s e r assim agrupadas: Seqüência a n a t e x í t i c a

- Migmatitos homogêneos (P£migho): Granito c i n z a Granito rosa

Brecha c a t a c l á s t i c a • Augem-gnaisse g r a n í t i c o Augem-gnaisse s i e n X t i c o - Migmatitos heterogêneos (P£might) : Neossoma -

quarjtzo-fèlds-p á t i c o Paleossoma b i p t i t a d l o p -c í t l i -c o Seqüência e c t i n í t i c a - D i o p s í d i o - h i p e r s t ê n i o - l a b r a d o r i t a g r a n o l i t o (p£glb) - D i o p s í d i o - m i c r o c l i n a - q u a r t z o g r a n o b l a s t i t o (P6gla) - Hiperstênio h o r n b l c n d i t o (P£hyh) - Rochas s i l i c o s a s (PCq): Cumingtonita q u a r t z i t o _ Quartzito c a l c e d o r ' c o Quartzito f e l d s p á t i c o - Rocha s í l i c o - f e r r u g i n o s a (s-hm): M e t a j a s p i l i t o - Rochas c a l c o s s i l i c a t a d a s ( c s ) : D i o p s i d i t o s - Rochas c a r b o n á t i c a s : Mármores (m) ! Metamicrito - Rocha carbonosa: Grafita xisto (gx)

Rochas intrusivas

•- Pegmatitos Alcalinos Sienítícos

(23)

Nos migmatltos homogêneos (Pfcmigho), na direção NW-SE, inter-calam-se faixas contínuas de*granoblastito«(P£gla), granoli-tos (P£glb) e quartzigranoli-tos (P£q).

Principalmente na parte central da área mapeada (vide mapa, Anexo III) ocorrem lentes de: mármore ( m ) , calcossilicatadas

(cs), grafita xisto (gx), metamicrito e migmatito heterogêneo (Pfmight). Essas lentes estão dispostas de forma regular, guardam paralelismo, obedecem a mesma direção das rochas supra-citadas, levando-nos a admitir a hipótese de que elas tenham sido formadas durante o processo de migmatização onde teriam sido tensionadas.

O hiperstênio hornblendito (P£hyh) ocorre em contata com as calcossilicatadas, próximo a casa da Fazenda das Panelas, se-guindo o caminho no sentido sul; esta rocha é uma das

associa-das ã mineralização de apatita. ! i

A área encontra-se falhada transversalmente segundo duas dire-ções principais (N80 E e N63°E), em cujos planos de falhas se encaixam pegmatitos alcalinos de composição sienítica (Pfpegs) além de concentrações de metajaspilito (s-hm) , ambos também

ligados às mineraiizações de apatita;

Veios de quartzo lei toso ocorrem em contato com as : rochas

cal-ços si li ca tad as. i As unidades litoestratigrãficas encontradas, estão de acordo

com as descritas como complexos granulítico e migmatítico, do Grupo Caraíba, entretanto, os quartzitos e grafita xisto não foram citados na bibliografia.

(24)

8. GEOCRONOLOGIA

As determinações de idades radiométricas foram feitas em bio-tita de granulaçao fina, flogopita de granulaçao grossa e anfi-bólio de granulaçao fina. As micas foram coletadas num corpo pegmatítico, associadas a calcita e apatita, localizado numa trincheira, seguindo a picada ao sul da segunda casa da Fazen-da Fazen-das Panelas. 0 anfibólio (hornblenFazen-da) Fazen-da rocha hiperstênio hornblendito, também foi coletado no mesmo local, vez que é a rocha encaixante do pegmatito acima citado. As determinações apresentaram os seguintes resultados:

Método K/Ar

Ar radiogênico % Idade (m.a.)

> C,Bi-Biotita C,Flpg-Flogopi ta C?-Anfibolio Método Rb/Sr Vol cc/g x 10~4 K% 8,784 8,816 0,237 * 4Qx 40Ar Ar r R 11,9934 99,2 12,3872 98,6 0,3387 97,0 CjFlog-Calcita-Flogopita Rb ppm Sr ppm 87Rb/86Sr 87Sr/86Sr Idade (m.a.) 476,0 11,1 Íl3,l + 3,1 4,37 + 0,019 2165 4 60

Aqui se utilizou A.r^ = 1/47 x 10 ano" como constante de •desintegração e se admitiu um valor de 0,710 nos carbonatos.

As idades obtidas são aproximadamente concordantes, podendo-se concluir que os corpos discordantes (carbonatos e apatitas| e j o metamorfismo regional, relacionado com o Ciclo Orog^nético 1; Transamazônico, (CORDANI, 1973), sâo contemporâneos. Este Ciclo foi um evento importante não sõ com relação a intrusões asj | quais são bem datadas tendo 2000 m.a., mas também como evento

(25)

térmico devido ao reajuste das idades determinadas pelo pro-cesso K/Ar.

No Complexo Caralba, CORDAHI (1969) indica para rochas de Gavião 2090 + 60 m.a.. Ainda CORDANI (1973) determinou idade de 2700 m.a. para rochas de Jequié-Ba..

Nos migmatitos de Itaheraba, SA (1976) fez amostragem a peque-nas distâncias, obtendo variação peque-nas idades aparentes daquelas rochas.

Assim, a maioria das rochas datadas nelo método K/Ar, forneceu idades correspondentes ao Ciclo Orogenético Transamazônico; entretanto, as nesmas rochas datadas pelo método Rb/Sr, indica-ram idade mais velha,- ressaltando-se, todavia, a falta de equi líbrio isotõpico, o qual impede exatidão na interpretação das idades.

Pode-se sugerir que o Complexo Caraíba apresenta partes mais

velhas que as consideradas de idade correspondente ao Cie}.o

Orogenético Transamazônico. '!

!

(26)

9. PETROGRAFIA E MINERALOGIA

As rochas, em quase toda extensão, sofreram metamorfismo re-gional da série barroviana, atingindo características de alto grau.

Para a nomenclatura das rochas utilizou-se WINKLER (1974), on-de aparecem termos novos como granoblastito e granollto para rochas da fãcies granulltica.

As rochas situadas próximas ãs falhas, sofreram metamorfismo cataclãstico, cujos detalhes são dados nas descrições petrogra-ficas.

De caráter intrusivo aparecera os pegmatitos alcalinos encaixa-dos nos planos de falha, localizaencaixa-dos próximos ãs calcossilica-tadas e aos mármores, estando associados a depósitos de apatita e calcita.

'. t esen tam as médias das modas determinadas.

No Anexo V, sao dadas descrições microscópicas sumárias das^ amostras de rochas e"minerais, além da macroscopia destes.

9.1. Seqüência anatexitica

9.1.1. Migmatitos homogêneos (P£migho)

Os migmatitos homogêneos estão representados pelas seguintes fãcies: Granito cinza «Granito rosa ,' Brecha catadas A ca Augem-gnaisse granitico Augem-gnaisse1 sienltico "T . Ort_

(27)

Granito Cinza

A rocha i hiperleucocrãtica, de cor cinza, com textura xeno-blãstica; quanto â granulação, pode-se dividi-la em duas vari edades: fanerítioa média com os grãos minerais em torno de

2,6 mm, e fanerítica grossa com tamanho médio de 10,7 mm. A mineralogia, bem como a relação mútua entre os grãos, são se-melhantes nas duas variedades.

A microclina é anédrica, micropertítica a pertítica, com in-clusões de apatita euedrica e quartzo em forma de gotas metais somáticas; Fig. 2; está fraturada e alterada em argilo-minerais;

icm. Fig. 2 - Microclina com quortzo em

formo de gotos N +

esta alteração é também observada nos raros grãos de oligocla sio que ocorrem a ela associados. Por vezes a microclina apa-rece inclusa no plagioclasio sem, entretanto, caracterizar a textura "rapakivè". Interstieialmente observou-se quartzo em contato penetrante nos feldspatos indicando refusão. Raros grãos de diopsídio, alterados nos planos de c li vagem enj oxido de ferro amorno e traços de muscovita, foram, também, obscrVa dos.

I

*

(28)

Moda (%)

Microclina 75,2 Quartzo 23,7 Oligoclásio 0,7 Diopsídio, apatita e muscovita 0,4

Granito rosa

Da mesma forma que o grani to cinza, aqui ocorre du&:> varieda-des granulométricas: fanerítica média com grãos em;torno de 2,8 mm e fanerítica grossa com grãos de tamanho em•torno de 6,7 mm.

A rocha é hiperleucocrática, de coloração rosa e textura xeno-blãstica. Observou-se extinção ondulante na maioria dos grãos rtinerais; a microclina c pertítica e exibe feições de refusão em relação ao quartzo tais como: contato penetrante . ora inclu sa no quartzo em forma de meia lua ora é o quartzo que ê o in cluso, e o faz em forma de gotas, ou de vênulas, contornando-a, Fig. 3, muito embora apareça na sua forma típica irtersticial.

Fio. 3* Microclina ptrtítíco ore inclu -ia no quartzo em formo de meio lua, oro o quartzo e o in-cluso em forma de gotas ou vênulas. N +

(29)

-V-De maneira subordinada encontrou-se muscovita, biotita - em parte cloritizada - apatita euédrica e opacos possivelmente magnetita e ilmenita.

Moda (%)

Microclina 72,9 Quartzo 25,2 Biotita, muscovita, apatita e

magnetita/ilmenita 1,9

Brecha cataclãstica

A rocha ê hiperleucocrática de cor cinza claro, bastante fra-turada, com fenoclastos de forma angular, os quais estão imer-sos numa matriz subordinada de granulação afanítica,: Fig. 4.

Fig. 4 - Brecha CotoclóstícOj ospecto geral.

Os fenoclastoa exibem extinção ondulante, são constituídos de quartzo e microclina com planos de gemi nação encurvados e mi-crofalhados, tendo diâmetro maior variando entre 3,8!e 24,9 mm. Alguns £enoclastos de quartzo encontram-se sob a forma de; mi-croagregados, rcgistrando-se contato fortemente suturado.JA mi

croclina está alterada em argilo-minerais.

f

(30)

-2|-Moda (%}

Microclina I 79,6%

Quartzo 20,4-*

Augem-gnaisse nranítico

Ocorrem duas variedades granulométricas desse tipo de rocha: uma de granulação grosseira e outra de granulação fina, ambas • hiperleucocráticas, cor de rosa e com textura cataclástica. Os fcnoclastos com diâmetro médio de 7 mm, são constituídos de quartzo e microclina, ocorrendo como lentes alongadas em forma de olhos, Fig. 5, que se intercalam â matriz formando

bandamen-fig. 5 - Augen Gnoisse Gronítico, aspecto geral. N+

t o s . Estas feições sõ são observadas na variedade de granula-!

çâo fina ao microscópio; aqui, na maioria das vezes, o quartzo

apresenta-se rr.icrocristalino r e c r i s t a l i z a d o , constituindo jlen-|

t e s . d e

tamanho que varia de 0,7 a 1,4 mm; j á a microcLina vai

de 1,5 a 3,6 mm.

'

1

A matriz é f a n e r í t i c a f i n a , na fãcies mais g r o s s e i r a , e afanli

t i c a m i c r o c r i s t a l i n a , na fácies mais f i n a , cendo Jcomposta Süe !

microclina, Quartzo, alénrde- b i o t i t a e puscovita jeiji f:.nas pia-,

quetas que acompanham a orientação dos grãos minerais. e magn

t i t ã . • ! • . • . .

(31)

Moda (%)

Microclina '. 78,2 Quartzo 20 ,6

Mi cas e magneti ta 1,2

Augem-gnaisse sienítico

A rocha é leucocrãtica, de cor cinza escuro, granulação afa-nítica, com extinção ondulante na maioria dos grãos maiores, apresenta planos de deslizamento onde se concentram oxido de ferro amorfo, biotita o serieita; esses planos, por vezes, con tornam os fenoclastos de tamanho que varia entre 0,9 e 1,5 mm, os quais exibem textura augem, imprimindo ã rocha estrutura gnãissica, Fig. 6.

Fig. 6 " Augem Gnoisse Sienítico, ospecto geral Nil

~ /

* A composição mineralogies e ortoclasio e andesina alterados em argilo-minerais, e um material não identificado decor escura, sob a forma de minúsculas inclusões orientadas.

Os constituintes menores são: biotita em finíssimas piaque-tas, hornblenda verde, e algumas concentrações de opaco, pro-vavelmenv magnetitã.

(32)

Moda (%) Ortoclãsio....'. 72,5 Andesina 12,1 Biotita 9,2 Hornb lenda 4,8 Esfeno e magnetita 1,4

9.1.2. Migmatitos heterogêneos (P&night)

Ocorrem sob a forma de lentes, quantitativamente insignifican tes em relação aos migmatitos homogêneos. Em afloramento obser vam-se feições estruturais distintas, Fig. 7.

T^^- - ^^'^^'^r^^^-/^/^

~

7.--Z x**-rt Neossomo -;=^_ —^i

0 30cm

i

(33)

i f

O neossoma apresenta estrutura de dilatação (surreica) 1 MEHNERT (1971) muitas vezes chegando a formar boudinagem , indicando um estágio piático durante sua formação; por vezes o neossoma corta a foliação do paleossoma. A composição é essencialmente quartzo-feldspática.

O paleossoma tem textura orientada, havendo locais onde se observa maxor mobilização, em estrutura dobrada, muitas ve-zes chegando a formar pequenas dobras de arrasto; a composição i principalmente biotita com forte pleocroísmo e diopsídio es-verdeado.

9r2. Seqüência ectínxtica

9.2.1. Diopsídio-hiperstênio-labradorita granolito (P£glb)

Esta rocha á da subfacies ortopiroxenio-plagioclasio granulito (WINCLER op. cit.); é mesocrãtica, de cor verde acinzentado e tem granulação fanerítica média com textura granul£tica, Fig. 8,

Fig. 6 - Diopsídio - híperslênio-lobro-doríto gronoljto, aspecto fltrol N* i ! I

; Í

(34)

-27-O plagioclâsio é labradorita com An = 61%, geminado segunde as leis albita e albita-Carlsbad, com ângulo óptico 2V *= 85°. Alguns grãos aparecem 2onados com o núcleo de composição

An = 63% e a periferia tendo An - 58%; os minerais ferromagne-sianos presentes são hiperstênio com pleocroísmo X = rosa, Y = esverdeado e Z = verde muito claro, com ângulo óptico 2V = 70 . Associado, ocorre diopsídio, com extinção z A c = 40 e ângulo óptico 2V = 60 , ora incluso no plagioclâsio, ora in-cluindc-o. Ambos os piroxênios tem diâmetro maior em torno de 1,4 mm.

Como acessórios ocorrem: apatita euédrica, inclusa na labrado-rita e opaco provavelmente iragnetita, subédrica, inclusa nos piroxênios.

A alteração é incipiente. Assim, observa-se oxido de ferro

amorfo nos planos de clivagem dos piroxênios e argilo-minerais * na labradorita. Moda (%) L a b r a d o r i t a 50,2 H i p e r s t ê n i o 127,3 Diops"ídio : 21,4 j Apatita, magnetita 1,1 '

9.2.2. Diopsídio-microclina-quartzo granoblastito (p£gla)

Esta rocha é da subfácies clinopiroxêrio-almandina-granulito (WINKLER, 1967)"; é leucocrática, de cor cinza claro esverdea-do e tem granulação fanerítica média com textura granulítica.

Ao microscópio, o quartzo aparece em forma de placas, ãs vezes reagindo com a microclina, Fig. 9, ora incluso nela, ora inclu-indo-a; seu diâmetro maior varia de 0,4 a 7,1 mm com predominân cia de 2,8 mm; sua extinção e dos demais minerais éjbastante ondulatória; associada ocorre microclina pertitica. O mineral ferromagnesiano ê diopsídio subedrico; tem o mesmo tamanho da

(35)

-microclina (0,9 mm), é esverdeado quando i n a l t e r a d o e os

*

g r ã o s , que encontram-se parcialmente alterados era t r e m o l i t a , são i n c o l o r e s .

Fíg. 9" Diopsidio-microclina'quartzo granoblastito, exibindo quartzo em forma de placas N+

Rara apatita ocorre inclusa no quartzo.

ri-

d • Moda {%) Quartzo 49,5 MjLcroclina 25,4 Diopsidio 25 ,1 Apatita traços ..;.._ ..i i í - 2 0 .

(36)

9.2.3. Hiperstênio hornblendito (P£hyh)

A rocha é hipermelanocrática, de granulaçao fanerítica fina, com orientação incipiente e textura granoblãstica. Fig. 10.

icm. Fig. 10-Hiperstênio Hornblendito, aspecto

gerol. Nil

A ndneralogia é muito restrita. Constitui-se de hornblenda de tamanho variando entre 0,4 e 2,5 mm, predominando 0,9 mm, fortemente pleocróica, tendo X = verde amarelado, Yi= verde e Z = verde escuro, extinção Zf\c = -29 e ângulo óptico 2V = 85°. Associado ã hornblenda está o hiperstênio de tama-nho em torno de 0,9 mm, com pleocroísmo distinto, sendo X B rosa, Y = osverdcado c Z = verde claro; a sua forma c anédrica e o ângulo óptico 2V = 65 . Digno de nota á a ausen cia de minerais acessórios.

Moda (%) Hornblenda 90,1 Hiperstênio .9,9 atH •Jfm iim * * 1-30-mãíÊÊÊÊÊB

(37)

9.2.4. Rochas si li cos as (Pfq).

Na área ocorrem três tipos de quartzitos: um com granulaçao fina, acinzentado e quantidade razoável de cumingtonita;i

t

outro de cor rosa atingindo um teor de sílica superior a 95% e o terceiro com granulaçao média, acinzentado, tendo microclina em sua composição.

1

Macroscopicamente a orientação é incipiente.

I i li Cuminqtonita quartzito i — a i - - I

. :; ' - |- í

Os grãoslimites inferior e superior sao, respectivamente, 0,4mm á ôe quart, i, com tamanho predominante 1,4 mm, cujos 2,8 mm, ligam-se através de contatos reentrantes, sendo por além de vezes suturado; ele exibe fraca extinção ondulante ajlim certa orientação dos seus eixos ópticos.

A cumingtonita, guardando um certo paralelismo, é incoloií, anédrica, de tamanho que varia entre 0,4 mm a 1,1 mm

ligei

tem 130 %

A

ramente a l t e r a d a em mineral não i d e n t i f i c a d o (argilol-mine^ r a l ? ) ; opticamente p o s i t i v a com ângulo ó p t i c o 2V = 75 , ângulo de ejxtinção Zftc « 416° e b i r r e i r i n g ê n c i a i g u a l a 0 , 0 2 5 . Estais p r o p r i e d a d e s indicam que a cumingtonita

da molécula da " k u p f g e r i t e " e 70% da molécula de gruneritia (WINCHELL e t a i , 1951). I | En menor quantid*ad2 aparece m i c r o c l i n a <üe tamanho medio { 1,4 mm com geminação t í p i c a a l b i t a p e r i c l i n a , por vezes i h -t e r e r e s c i d a oonT cuming-toni-ta, sem c o n -t i n u i d a d e ó p -t i c a , onde a cumingtonita a t i n g e 21,3 mm e a m i c r o c l i n a v a r i a de 0 , 7 a 3,6 mm, P i g . 1 1 . \ \

'•\ í

Esfeno, z i r e ã o arredondado e opaco, provavelmente m a g n e t i t a ,

são os c o n s t i t u i n t e s menores. '

(38)

Fig. I I - Intercrescimenlo de microclr no com cumingtonilo sem conti-nuidade optica. N+

Moda (%)

Quartzo 85,4 Cumingtonita.. 11,8

Microclina |.1,9 Esfeno, zircão, opaco .0,9

Quartzito calcedõnico

Os grãos de quartzo, de tamanho predominante 1,1 mm, cujos 1:L mites inferior e superior são 0,1 e 2,3 mm respectivamente,

apresentam contato fortemente reentrante sem, entretanto, che-gar a suturado; a extinção é ondulante e intergranularir.ente en contram-se faixas de calcedônia de forma maciça, com núcleo fi broso, cujas fibras tem opticnmente o comprimento lento, sendo

i :

identificadas como quartzina; as faixas de calcedônia dispoem-se de forma paralela, e imprimem ã* rocha uma certa orientação, Fig. 12. j

Em q u a n t i d a d e i n s i g n i f i c a n t e o c o r r e m i c r o c l i n a , parlei almente í

a l t e r a d a em a r g i l o - m i n e r a i s , de tamanho em torno de 1,3 mm, e < geminfida alcgundo on loin do nlhi l.o o p o r i c l i n n j uTui vnni t i t u i n *

(39)

-Fig. 12 - Foixos de Colcêdonio intercala-dos a quartzo. N+

tes menores: biotita e muscovita, en finíssimas plaquetas * mais ou menos orientadas, além de apatita cuédrica e zireão

arredondado.

Moda (%)

'Quartzo. 86,8 CalcedÔnia , 8,0

Microclina 4,7 Biotita, muscovita, zireão e

apatita. '..0,5

Quartzito feldspãtico

Os grãos de quartzo,, de tamanho que varia entre 3,6 e 12,8 mm, predominando 10,3 mm, encontram-se fraturados, seus conjtatos são curvos e a extinção forteirente ondulente.

A microclina de aspecto metassomãtico, Fig. 13, estando; em contato reentrante no quartzo, ora inclusa nele, ojjra incluin-dc-o em forma de gotas, Esta geminoda segundo as leis de albi ta e periclinr. e sua granulacão varia entre 0,4 e 1,8 mm, com predominância de 0,7 mm. Como" acessório ocorre raro zireão ar redondado.

• 'i

..i.,- i

(40)

Fig. 13 * Microclino exibindo reação com quartzo. N"* Moda (%) Quartzo 84,8 Microclina 15,2 9.2.5. Rochas sílico-ferruginosas (s-hn) Metajaspilito

Ocorre sob a forma de pequenas concentrações nos migmatitos homogêneos e diopsiditos; tem granulação afanítica, onde fi-níssimos "estratos" de hematitã intercalam-se a icêntícos es-tratos de sílex; este aspecto não é constante, pois há ocorrên cia onde a hematita aparece disccicinada ou sob a forma de len-tes, as quais atingem até 2 cm. 0 sílex é de coloração cinza

í '

claro a cinza escuro contrastando com o castanho avermelhado

da hematita. 1

Ao micro3<iõpio observou-se calcedônia que se disbõe sob ia forma

i f 1

de e s f e r u l i t o s e de bandas fibrosas cujas fibras' apreserjtam, opticamente,-comprimento rápido (alongaçâo negativa); a t a , vermelha em luz r e f l e t i d a , encontra-se parcialmente n l t i z a d á , Pig. 14. * ]''""" . • hemoti-

limo-:í

! I i \ | 3 4

(41)

-ht wall to

Fig. 14-Espirulitos de colcedõnio e con centrações de hematita. N1" Associada ao m e t a j a s p i l i t o a c h a - s e a p a t i t a c r i s t a l i z a d a , de tamanho g r o s s e i r o de 0,5 a 3 cm; e l a é m i c r o f r a t u r a d a , tendo calcedônia preenchendo as f r a t u r a s . i . 9 . 2 . 6 . C a l c o s s i l i c a t a d a s (cs) Pi ops i dl t o s I São rochas hipermelanocrâticas, de cor verde escuro quando

frescas, e verde claro, exibindo certa orientação quando alte-rada, sugerindo acamãmento relíquia (?); a textura e xenoblás-tica com granulação fanerÜxenoblás-tica fina a média.

Algumas amostras., tem caráter monomineralico sendo compostas de diopsídio com raro plagioclãsio por vezes associado ã clinozoí-clta e escapolitizado; nas amostras mais inalteradas o diopsí-dio apresenta pleocroísmo distinto, onde X = verde amarelado, Y » esverdeado e Z = verde claro; nas ar..ostras alteradas ele é incolor a ligeiramente esverdeado.. com impregnação da óxitlo de ferro amorfo nos planos de clivagem; observou-se variação no tamanho dos grãos os quais medem 0,4 a 3/4 mm, com predominân-cia de l,2|mm; o ângulo de extinção Z A c = -38° e o| 2V /=' 60°.

Nas várias Cantinas dolgadas estudadas encontrou-sà: CG capo lit a do tipo meionitâ, metassomática, com birrefringêneia maior qije .,

' J '

&''

'

0,04, com cor de interferência variando de vermej.no de 3-» ordem

•• íi ' •; ! i ' í \ i

(42)

a verde de 4- ordem; nos planos de clivagem observa-se ligei-ra alteligei-ração paligei-ra argiio-mineligei-ral; a meionita foi confirmada por difratometria de raios-X. Nos contatos diopsídio-meionita ocorre esfeno anédrico por vezes arredondado. Fig. 15.

Fig.15 * Esfeno arredondado no contoto escopolifo-díopsidio N U

Flogopita de tamanho que varia de 1,1 a 2,8 mm, é pleocrõica com X = incolor e Y = Z = amarelo acastanhado e Engulo óptico 2V = 5 ; esta -ligeiramente alterada em material amorfo de cor • amarelada, não identificado, além de oxido de ferroí amorfo nos

planos de clivagem; a olivina (Fo = 80%) ocorre associada, in tergranularmenue e em pequena quantidade.

Nas amostras mais alteradas aparece tremolita, Fig. 16, substi-tuindo o diopsídio qua.se totalmente; este por vezes em inter-crescimento com quartzo, o qual também ocorre intersticial.

Apatita euédrica, aparece inclusa no diopsídio, sen<3o envolvida por filme dü oxido de ferro amorfo.

Nos locais onde as calcossilicatadas ocorrem em contato com quartzitos e migmatitos homogêneos de fãcies granitica, elas apresentam mineralogia bastante diversa; assim, quando em con-tato com quartzito, a rocha 5 composta de diopsídio, quartzo em grande quantidade, este de forma anédrica, tamanl>o quç varia

(43)

Fig. 16 " Diopsídio tremolitizodo com quartzo no contato N i l

entre 0,7 a 9,2 mm, incluindo diopsídio, Fig. 17, e associado a plagioclásio por vezes sob a forma de intercrescimento;; o plagioclásio alterado em argilo-minerais, um ou outro grão !

1

' I '

apresenta geminaçao albita incipiente, daí não ter sido possí vel sua determinação exata. Quando em contato com rocha grarií

- i I i,

tica, a composição mineralogica é restrita a diopsídio ei mi7

_ j ( i '"•""

croclina onde esta atinge uma quantidade superior a 30%;| tem

] 1 í [

Fig. 17 ' Diopsídio incluso no quort-zo e ologioclosfo, este em inter-crescimento com o quortzo Ht

11 í

í!

.< f

l f-.:

(44)

forma anédrica i n t e r s t i c i a l , seu tamanho v a r i a entre 0,8 a

2,1 mm, apresenta geminação 'combinada segundo as l e i s de alb^L

t a e p e r i c l i n a ; ora ela ocorre inclusa no diopsídio, ora é o

diopsídio que ocorre i n c l u s o .

Nas amostras estudadas foi possível d i s t i n g u i r as seguintes .

associações mineralógiccs:

Associações metamõrficas

Diopsídio » > f o r s t e r i t a

D i o p s í d i o » flògòpita> forsteritíi

D i o p s í d i o » plagioclásio

D i o p s í d i o plagioclásio = quartzo

Diopsídio? microclina

Associações metassomáticas

Diopsídio ?>>escapolita

Diopsídio>> escapolita> esfeno

Diopsídio?^>escapolita>flogopita = a p a t i t a

Diopsídio> escapolita >flogopita = a p a t i t a = tremolita

T r e m o l i t a J ^ e s c a p o l i t a - quartzo > flogopita

! •

Na tabela li são dadas as modas encontradas.

9 . 2 . 7 . Rochas ^arbonáticas

Mármores (

m

)

A rocha tem granulaçao fanerítica média a fina, coloração rosa, verde claro ou escuro e cinza esverdeado; essas cares são controladas pela presença de minerais ferromagnesianes e pela cor da caleita; a textura ê granoblástica não se obser-vando macroscópica ou microscopicamente , qualquer orientação. Os minerais comuns em todas as lâmi:ias estudadas! são calei ta e diopsídio. A calcita varia de 0,5 a 4,9 mm, com

predomlnân-|

(45)

T A B E L A . I ''VsAMOSTRA M I N E R A L ^ V ^ Diopisidio Escopolíto P l o g i o c l ó s i o M i e r o c t t n a Q u a r t z o T r e m o lit o Flo go p i t a O l i v i n o Hor n b l e n d a C l i n o z o í c i t a Esfeno A p o t i t o H-18 IOO.O $ t C-18-b 98,1 1.9 i t -t C - 9 98,2 1.8 -C-IO 91,5 7.8 0.7 t C - l l 9 0 . 2 8.9 0.9 H-13 94.5 5.5 t t 1 1 5 9 , 2 4 0 . 8 t t t C-16 89,5 8 , 2 2 , 3

97.6 t 2 . 4 ; ; j C-18-o t 4,4 1.4 94,2 t t t t 10 6 9 . 5 14.1 16,4 3 65 3 4 «.

Analise modal dos d i o p s i d i t o s Minerais são dados em

percentaoens-Amostra|lO> Contato colcossilicatodo-quort z i t o A m o o t r o l l ' Contoto c o l c o s s i l i c o t o d a - g r a n l t o

(46)

cia de 1,4 mm; em sua maioria, apresenta-se geminada segundo as duas diagonais; os grãos não geminados, ocorrem em cris-tais tabulares que se dispõem em padrão triangular ou angular, indicando formação de alta temperatura (ZHABIN, 1971), e como grãos isolados ou, ainda, de forma intersticlal. Nas rochas que ocorrem próximo aos planos de falha, a caleita apresenta planos de gemi nação encurvados, microfraturamento, extinção ondulante e, por vezes, aparece inclusa no piroxenio em forma arredondada ou de meia lua. Fig. 18.

Fig. is ~ Colcito orredondodo e em formo de meio lua incluso no diopsidlo. Da mesmo forma o diopsidio está incluso

•na colcito- N l t

I:

0 diopsidio, de tamanho que varia de 0,5 a 6,0 mm, cóm pre-dominância de 2,-6 mm e raros grãos atingindo 8,5 mm, 5 pleo-crôico, tendo X = verde, Y ~ verde claro e Z = esverdcádo, com ângulo de extinção 'l(\ c = -38°; este mineral foi confir-mado por difratometria de raios-X. Está associado ã magnetí-ta incluindo-a e ã calcimagnetí-ta onde exibe conmagnetí-tato côncavo-con-vexo, sugerindo reação metassomática; ocorre por vezes intjer-crescido ou envolvido por labradorita, com geminação segundo a lei da albita, tendo composição An..; nja maioria das vestes, a labradorita aparece como grãos isolados

... í! i •• ; • •! I ' |:' , .• >

' , • • ' • • i. j ' i' . ' • í í

r40-F

(47)

Observou-se anfibolização do diopsídio, quando este fassa a hornblenda verde azulada, Fig. 19, indicando reação autometas; somática.

Fig. 19" Oiopsidio onfibolitizodo. N +

Algumas amostras exibem granada bastante fraturada, de cor amarelo-castanho, forma irregular, exibindo alguma bírrefrin-gencia; é poiquiloblãstica incluindo calcita; foi identifica-da como grossularita-andradita. Nas lâminas onde ocorre grana da, também ocorro olivina de composição Fo «= 80%, de cor ver-de-r limão, forma mais ou menos granular equidimensional, com dispersão fraca r< v. A microclina está presente em algumas amostras, de forma anédríca, não geminada, tendo, um ou outro grão, geminação incipiente albita-periclina; também epidoto ocorre em algumas amostras, sendo esverdeado, opticamente

% negativo, com 2V = 80°, identificado como pistaclta. A sua

granulação é geralmente fina, ocorre de forma intergrânula^ com calcita e, por vezes, envolvendo não só a granada, como também a labradorita,

Escapolita tipo meionitá, apatita, quartzo, monazita, zireão, esfeno e magnetita constituem os acessórios, ocorrendo em pe-quena quantidade ou raros grãos. Estes minerais estão dissenti-nados na rocha, inclusos ou ainda intersticiais.

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Uma das amostras encontra-se turmalinizoda. Nesta, a turma-lina apresenta forma subédrica e anédrica, com pleocroísmo forte tendo 0 = verde escuro azulado e E = rosa acastanha^o, identificada como shorlita-dravita.

Além de anfibolização e turmalinização, observou-se labrado-rita alterada em epidoto, diopsídio em clolabrado-rita mais oxido de

ferro amorfo e forsirrita em clinocloro

Os mármores foram submetidos a testes de coloração, não se re gistrando a presença de outro carbonato além da caleita.

Nas amostras estudadas foi possível distinguir as seguintes associações:

Associações metamõrficas

Calcita5^diopsídio>>quartzo> (apatita = magnetita) . . Caleita^ diopsídio> microclina> labradorita.

Caleita> diopsídio3> grossularita *= epidoto> microclina>

labrado-rita. 1 | Caleita^diopsídio^>grossularita> forsterita = epidoto !

Caleita> diopsídio^ forsterita> (magnetita) i

Associações metassomaticas

Calcita^ diopsídio)^ hornblenda^ labradorita.

Calcita^) diopsídio ~ microclinaJ> labradorita> (grossularita -hornblenda) .

Caleitayy diopsídio = turmalina) epidoto = hornblenda? magnetita. Na tabela II são dadas as modas encontradas,

(49)

-42-" -42-" ^ ^ A M O S T R A MINERAL ^ " \ c o l c l t o dtopsidfo 1 o b r o d o r i t o grossttlorlto f o r t t o r i t a h o r n b l o n d a m l c r o c l l n a • p l d o t o o p a r l t o g u o r t t o m o n o i l t o zlre'STo e s f o n o • s c o p o l l t o » ttirmalino m o a n o f l f a C - 8 8 0,5 16,5 0 , 9 1,5 0 , 9 0 , 2 * 0 , 0 '" C - 1 3 5 9 , 2 3 9 , 3 ' . 2 3 , 6 0 , 3 '::• 0 , 4 Ana I I M mo • M i n e r a l * oft '• i ! • ! : ! • • ' V i i • 'v.. L U ^ v - r . i , . , i J TABELA I I t 8 9 , 8 3 > 1,8 0 , 9 0 , 4 0 , 5 3 , 1 t t f t i r 8 9 , 0 11,9 «," 0 , 3 2 . 1 t f 1 6 - 1 3 4 , 9 37,8 3,1 2 , 2 t 2 , 0 t •' • t 1 6 - 2 3 7 , 5 31, 8 0 , 8 4 , 2 ' . 9 3 , 8 t t » 1 6 - C 5 4 , 2 17,3 5 , 4 9 , 6 t 15,2 2 , 3

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(50)

Metamicrito

A rocha é afanítica, de cor cinza claro, com textura maciça, apresentando alguns vazios; em uma das amostras encontrou-se apatita nodular. £ constituída quase totalmente de calcita microcristalina de tamanho predominante 0,09 mm.

Nas paredes dos vazios ocorrem concentrações ferruginosas; âs vezes aqueles vazios são preenchidos por calcita recristaliza da em forma de lentes irregulares, outras incluindo quartzo, ambos com extinção ondulante, Fig. 20.

Fig. 20-Lentes de colcito e quartzo re-cristalizados. N *••

Raros grãos de apatita microfraturada aparecem dispersos na rocha. ___

Devido à granulação não se determinou a moda.

9.2.8. Rocha carbonosa

* i !

Grafita xisto !

A rocha tem granulação fanerítica fina, estrutura xistosa, tex tura lepdoblástica.

í A composição mineralógica ê principalmente grafita a qual oeor re como flocos çscamosos orientados, ou sob a forma de

(51)

-44-trações irregulares, ou, ainda, como pequenos filonetes; está intimamente associada ã biotita 'com planos de clivagem encur-vados, extinção ondulante, pleocróica, tendo X = amarelo acas-tanhado, Y = Z = castanho escuro. Quartzo, com granulação em torno de 0,6 mm, aparece intercalado aos minerais acima cita-dos. Nos planos de falhas a rocha apresenta-se como um matiz de cor cinza-branco, formado por grafita e calcita. Esta pre-enche fraturas ou substitui minerais preexistentes, neste ca- , so adquirindo formas micro-oolíticas, Fig. 21.

Fig. 2l-6rofita Xisto, ealcito oolítíco * preenchendo a fratura. NU

Moda (%)

Grafita 40 ,9

Biotita 38,8 Quartzo 20 ,3

$.3, Rochas intrusivas - pegmatito alcalino sienítico (p£pegs)

A rocha tem granulação muito grossa, maior que 2,5 cm, é hiper leucocrática e tem cor cinza claro. As lâminas delgadas foram

i

feitas em amostras que apresentavam granulação inferior; a

2,5 cm. I

Ao microscópio observou-se que a rocha é c o n s t i t u í d a , pprínci

H-4.

(52)

palmente, de microclina; esta apareço dominada segundo ar» leis de albita e periclina, havendo grãos sem geminarão e, neste ca so, ocorre extinção ondulante; está microfraturada e as fraturas encontram-se preenchidas por quartzo, que também aparece em in-ter crês ei men to grosseiro sem continuidade óptica e extinção on-dulante. Em algumas amostras, a microclina inclui apatita eué-drica, está com minúsculas inclusões de caleita, e plagioclãsio totalmente sericitizado.

Características invulgares são exibidas pelo pegmatito que ocor-re cortando o granoblastito próximo ao metamicrito, aqui são grãos grosseiros de microclina pertitizada em padrão losançular, formando ângulos de 64 e 116 , respectivamente, onde as fãculas de albita que se apresentam como cordões encontram-se sericitiza das, ocorrendo também vernáculas de quartzo; estes grãos são en-volvidos por microclina <?e granulação nenor, inalterada, uns com geminação em padrão'ortoconai e outros com padrão de geminação •losangular, porem, com ângulos de 57° e 123 , respectivamente!,

Fig. 22. |

Fig. 2 2 - Microclina pertítico eericítizodo incluindo vênulos de quartzo, en volvido por microclino com ge-minação em padrões losangutor e refgnaular . N t

4 6

(53)

A microclina, devido a quantidade de nertita e forma de ocor-rência, foi originada por exsoluçao do plagioclásio onde o sis tema deve ter ultrapassado, ou polo menos alcançado, a tempera tura do máximo do "solvus" ou seja 660° - 715°C (MEHNERT, 1971).

A microclina inalterada que também envolve raros grãos de quart zo com extinção ondulante, Fig. 23, 6 mais nova e deve ter sido originada por processo de recristalização com realimentação a uma temperatura mais baixa, quando da formação do pegmatito si-enítico, sendo, também, responsável pela serieitização da perti ta.

Fíg. 2 3 - Microclino envolvendo quortzo com extincõo ondulante. N *

9.4. Depósitos de caleita e apatita

9.4.1. Calcita

Próximo à casa antiga da Fazenda das Panelas, ocorre depósito de calcita, sob a forma de veios. i '

! .' v ; ; • • . : « I' A calcita ê de granulação muito grossa variando desde 4 mm até ^ 6 cm e de coloração esbranquiçada, alaranjnda ou averr.ielhadai ! por vezes estas variações encontram-se numa mesma amostra, Oçor; re associada a apatita, flogopita e magnetita.

tf* - —•" «" 4—

4 7

-.i.:!Ír_

(54)

Submetida a exame microscópico, a caleita mostra-se geminada de granulação cm torno de 2,7 cnl embora, nos contatos dos grãos ocorra uma granulação menor; inclui quartzo e apatita, apresenta vazios que estão totalmente ou parcialmente preen-chidos por minerais perfeitamente cristalizados, sob a forma de drusas, tais como: quartzo ou quartzina-quartzo-calcedõnia ou quartzina-apatita ou ainda quartzina-quartzo. Fig. 24.

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Fig. 24 * Colcíto exibindo vozio, parcialmente preenchido por quartzina-quartzo

9 . 4 . 2 . Apatita

A apatita está diretamente relacionada com os pegmatitos siel-níticos os quais se encaixam nos planos de falhas, muitas ve-zes cortando as roehas calcossilicatadas; ela varia desde di-mensões milimétricas (5 mm) até centimétricas (8 cm)i; à colo-ração varia de azulada a azul, esverdéada a verde; ocorre em cristais translúcidos e transparentes, alguns bastante fratura dos e outros com raras fraturas. Ocorre inclusa na calei ta cju incluindo-a, associada a rochas como mármore, diopsiditos e metajaspilito, e a minerais como escapou ta e principalmente

flogopita.

A microscopiá mostrou apatita com minúsculas inclusões,! tantjo de minerais transparentes como opacos e vazios.

-4

Haam •fea Msdàn -!•»

(55)

8-A fim do r e l a c i o n a r as a p a t i t ã s ,da Fazenda das Pane l a s com as que ocorrem em áreas próximas, c o l e t o u - s e amostras: na Fazen-da Retiro (amostra MAT-3) a mais ou menos 1 km ao s u l Fazen-da Fazenda das P a n e l a s , na mina João C a r r i l h o (amostra MAT5) a s u -doeste da Vila de Gavião, na l o c a l i d a d e de Pedra Branca (amos-t r a MAT-8-1) a 4 km a o e s (amos-t e da e s (amos-t r a d a de I p i r a - P é de S e r r a na a l t u r a de Bonfim de I p i r ã " e na mina Apolinário (amostra GI-2) ao s u l da Vila de Gavião.

Na Fazenda R e t i r o , e l a ocorre associada a um m a t e r i a l pbroso limonitizado, de tamanho em torno de 8 mm, de coloração a z u l ; na mina João C a r r i l h o a a p a t i t a também é de cor a z u l , e n t r e t a n t o , ocorre em c r i s t a i s g i g a n t e s 1 m x 0,35 m; em Pedra Branca e l a ê azul t r a n s p a r e n t e , a t i n g i n d o 2,5 cm, i n c l u s a na c a l e i t a c a s t a -nho escuro e , na mina A p o l i n á r i o , e l a é a z u l , de tama-nho 5 mm, i n c l u s a na e s c a p o l i t a .

Determinação por d i f r a t o m e t r i a de raios-X revelou t r a t a r - s e de •^ \ a p a t i t a c a r b o n ã t i c a .

Índices de refração NO e NE com p r e c i s ã o de + 0 , 0 0 1 , b i r r e f r i n -gencia e densidades são dados na t a b e l a I I I .

NO v a r i a de 1,629 a 1,635 e NE v a r i a de 1, 628 a 1,634; e s t a va-r i a ç ã o é independente da b i va-r va-r e f va-r i n g e n c i a , vez que e s t a ê constan t e e não mostra nenhuma r e l a ç ã o com as d e n s i d a d e s . e n c o n t r a d a s . A variação de densidade, provavelmente, deve-se mais â presença das inclusões e vazfos que â v a r i a ç ã o na composição química das a p a t i t ã s .

A associação íntima e n t r e os d i o p s i d i t o s e os depósitos de apa-t i ' apa-t a acompanhados por mica sugere que soluções p e g m a apa-t l apa-t i c a s foram responsáveis p e l a deposição daqueles minerais (CURRIE, 1951); trabalhos experimentais mostram que numa dada quantidade de f ó s foro, mais do que 2/3 s e r i a d i s t r i b u í da. nó. fração r i c a em s i l i -c a t o s ; d a í , fluidos pegmatíti-cos -carregariam grande quantidade de fósforo (CURRIE op. c i t . ) .

'• • i '

Evidências do quo ri uputita foi assim formada são tambómiac in- j clusões e vazios por ela epresentados. j j

V ! i.

-Í9-— < -Í9-— • -Í9-— t m \ in iiiii-Í9-—iii liiiiTWMiii'iifflinMmtLntii

(56)

TABELA H E

"**^s^PROPR 1EOADES LOCALIDADES'"'—^

AMOSTRAS ^ * - ^ _ SERRA DAS PANELAS

-MAT * 2 FAZ. RETIRO

-MAT- 3 FAZ. DAS PANELAS

-M A T - 4

MINA JOÃO CARRILHO -MAT-5

PEDRA BRANCA MAT-6-1 FAZ. OAS PANELAS

-MAT- 9 FAZ. DAS PANELAS

MAT-10 J MINA' APOLINARIO -3 1 - 2 NO 1.634 1,630 1,630 1,635 1,629 1,6 45 ' 1,631 1,630 NE 1,633 1,6 3 9 1,629 1.634 1,628 1,634 1,630 1,629 N O - N E 0,001 0,001 0,001 0 . 0 0 1 0,001 0,001 0,001 0,001 DENSIDADE • 2,618 3 , 6 6 4 2,555 3,606 2,611 3,821 2,725 índices de refrocõo NO e NE Blrrefrlginclo NO-NE

(57)

Densidade-10. PETROQUÍMICA

A partir de análises químicas de macroelementos no Anexo VI, calculou-se as catanormas, (BURI, 1964) e (BARTH, 1969), os parâmetros fundamentais de NIGGLI, citados em BURI op. cit. e os números ACF propostos por ESKOLA seguindo as regras ci-tadas em WINKLER (1964) e MIYASHIRO (1973).

10.1. Catanormas

As CATANORMAS foram determinadas para as seguintes rochas: migmatitos homogêneos, granolito, granoblastito e diopsiditos; os resultados são apresentados na tabela IV.

A composição normativa dos migmatitos é compatível com a compo-sição mineralógica encontrada,destacando-se, entretanto, o cara ter aluminoso da amostra c-12, onde ocorre corindom normativo. No diosidio-microclina- quartzo granoblastito aparece plagioclã t. sio normativo que pao foi observado na rocha como grãos minerais .isolados, entretanto,-a iiicroclina é pertítica; no

diopsídiof-hiperstênio-labradorita granolito há pequena quantidade de quart zo normativo, que não foi visto em lâmina delgada. 1

Quanto aos diopsiditos cabe criticar isoladamente as amostras analisadas quimicamente. As amostras C-17 e C-lÕ-b são rochas quase monominerãlicas onde o diopsídio atinge 97,6% e 98,1%, respectivamente; a composição normativa da C-18-b, apesar de nâo apresentar piroxênio em percentagem tão elevada, apresenta uma certa compatibilidade com a moda; jã a C-17 contem forste-rita « metassilicato de cálcio normativos, somando 15,t75%;. les-tes minerais não foram observadosiem lâmina delgada; a pobreza em sílica é responsável pela computação desses minerals. A amostra C-ÍO apresenta moda e catanonr.a concordantes; o plagio clásio normativo deve-se ã presença de escapolita na rocha.

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