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ADÉLIA LUCI RIBEIRO TRABALHANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO COTIDIANO ESCOLAR: BRINCADEIRAS CANTADAS E LÚDICAS PARA ALUNOS SURDOS

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ADÉLIA LUCI RIBEIRO

TRABALHANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO

COTIDIANO ESCOLAR: BRINCADEIRAS CANTADAS E

LÚDICAS PARA ALUNOS SURDOS

RIO DE JANEIRO

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

TRABALHANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO

COTIDIANO ESCOLAR: BRINCADEIRAS CANTADAS E

LÚDICAS PARA ALUNOS SURDOS

Monografia apresentada para a Conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”, na Universidade Cândido Mendes - Instituto a Vez do Mestre.

RIO DE JANEIRO

2009

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AGRADECIMENTOS

A todos que me ajudaram neste trabalho. Aos alunos que contribuíram diretamente para o término desta pesquisa.

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DEDICATÓRIA

Dedico a todos que me ajudaram nesta pesquisa, contribuindo para que esta fosse concluída.

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RESUMO

Estudos mostraram que a inclusão é para todos, tendo o direito à igualdade, visando o pleno desenvolvimento do cidadão, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho.

Surdo é o termo usado para quem tem déficit auditivo, podendo esta surdez, ser parcial, total e congênita. O grau de deficiência é validada em decibéis (dB), como leve, moderada, severa e profunda.

E para se expressar, a pessoa surda comunica-se através da libras, linguagem visual que é comunicada através de gestos, com expressões faciais e por pequenos movimento do corpo.

A educação física foi área escolhida para estar trabalhando com alunos surdos, pois na sua prática exerce o papel fundamental do brincar com a música, a qual nos permite falar dos desejos, sentimentos, afetos, convivência social, harmonia do ciclo natural da vida, possibilitando a criança usar toda a sua capacidade para aprender de acordo com seu ritmo.

A música tem o dom de envolver, unir, encantar e despertar emoções e desejos, fazendo com que a criança extravase suas angustias, medos, demonstrando seu potencial criativo.

O trabalho com a música permite também o brincar, onde a criança desenvolve suas habilidades, conhece as regras e dominam seu próprio comportamento e, é através do brincar que a criança terá condições de construir sua identidade, socializar-se, ser integrante de um grupo, conhecer e reconhecer, amar e ser amada.

Sendo assim, é através da música e do lúdico que crianças surdas foram trabalhadas e motivadas.

No entanto, o objetivo da pesquisa é mostrar através de estudos de casos como trabalhar a música e o lúdico com crianças surdas.

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METODOLOGIA

A pesquisa foi desenvolvida numa sala de alunos surdos, num total de 12 meninos de uma escola especial da cidade de Três Corações/MG. Desenvolvida em quatro meses, foi sendo executada uma vez por semana. As atividades trabalhadas foram através de brincadeiras cantadas e lúdicas explicadas em Libras, para que tivesse a participação dos alunos nas aulas de Educação Física e interação entre os alunos no âmbito escolar. As brincadeiras cantadas foram as mais diversas possíveis, abrangendo vários temas. Antes do inicio das atividades o avaliador comunicava com os avaliados através da Libras. Todos sentiam a vibração do som, colocando a mão no alto-falante do aparelho de som. Logo após esse contato inicial, o avaliador demonstrava os gestos e dava-se inicio a atividade. Assim se decorria as atividades. No inicio da pesquisa, era visível e notório o comportamento dos alunos. Eram agressivos, desmotivados, não se relacionavam bem como uns com os outros e principalmente com o professor, desinteressados entre outros aspectos negativos. A maior barreira a ser vencida entre uma pessoa surda é a comunicação, e esse obstáculo foi vencido, pois o avaliador estava em formação do curso de interprete de Libras. Após os 4 meses de avaliação através da aplicação das brincadeiras cantadas a professora de sala como o avaliador, subjetivamente, notaram uma melhoria gradativa da turma quanto ao: comportamento interesse em participar das aulas, melhor relacionamento e até um melhor convívio social.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I 11

INCLUSÃO ESCOLAR 11

1.1 Inclusão 12 1.2 Construção de uma Escola Inclusiva 13 1.2.1 Papel da Escola Frente à Inclusão 14

1.3 Educação Física Inclusiva 15

CAPÍTULO II 17

SURDEZ 17 2. 1 Como identificar a Surdez 17

2.1.1 Causas 18

2.1.2 Diagnóstico 18

2.1.3 Exames 19

2.2 Surdez na Concepção Clínica Terapêutica 20

2.3 Surdez na Perspectiva Pedagógica Social 21

2.4 Quem é o Sujeito Surdo? 22

2.5 Perda Auditiva 23

2.5.1 Tipos, causas e grau de perda Auditiva 23

2.6 O Uso da Língua de Sinais 24

2.7 Cultura e Comunidade Surdas no Brasil 25

2.8 Espaço Para Atendimento Educacional Especializado 27

2.8.1 Sala recurso 28

CAPÍTULO III 30

BRINCADEIRAS COM MÚSICAS LÚDICAS 30

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3.2 O Lúdico 31

3.3 Trabalhando a Música e o Lúdico no Contexto Escolar 32

Conclusão 40

Bibliografia 41

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INTRODUÇÃO

A literatura relata que a inclusão é para todos, que todos têm o direito a igualdade, visando assim o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho. A inclusão está em todos os momentos, e principalmente na escola, pois ela é o melhor lugar para as pessoas com necessidades especiais.

Entretanto algumas escolas estão longe de se tornarem inclusivas, pois são associadas a projetos que visam à inclusão, pois a inclusão depende de uma rede de apoio, serviço especializados com elaboração do PPP, dos pais, planejamento.

A escola e a sala de aula são os melhores ambientes para reforçar os pontos fortes, recolher as dificuldades e adaptar as necessidades de cada aluno, podendo assim desenvolver a elaboração de um currículo que reflita o meio social e cultual.

Segundo a SEESP/MEC (2006) surdos, são pessoas que não ouvem ou ouvem pouco e sua comunicação é a visão. Surdo, é um termo usado para quem tem déficit auditivo, podendo esta surdez, ser parcial, total e congênita. O grau de deficiência é validada em decibéis (dB), como leve, moderada, severa e profunda.

Segundo o INES (1997), só é possível detectar a surdez numa criança, se avaliar a capacidade de ouvir dela ainda na maternidade. Algumas causas, que poderão ocorrer à surdez ou perda auditiva: durante a gestação, hereditariedade ou má formação, podem também através de doenças, como: rubéola, toxoplasmose, meningite, sarampo, etc.

Quanto mais cedo diagnosticado, mais cedo à criança terá um acompanhamento, junto com os pais, para que eles possam saber o que fazer e acolher o filho, sabendo lhe dar com a situação.

Para detectar a surdez, é através de um exame audiométrico, que analisa a medida do som em decibéis (0 a 40 dB), só assim será identificado e medido o grau de audição de uma pessoa.

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Para se expressar a pessoa surda comunica-se através da libras, linguagem visual que é comunicada através de gestos, com expressões faciais e por pequenos movimento do corpo. (FERREIRA (1994); ADAMS (1985).

Existem comunidades surdas no Brasil, que é um grupo de pessoas que compartilham em comum e trabalham para alcançar metas.

A concepção terapêutica e pedagógica mostra a necessidade de reconhecer o potencial de cada ser humano, que os surdos têm direito a uma educação bilíngüe de qualidade, que existem leis e decretos que reconhecem a Língua Brasileira de Sinais, que regulamenta a libras, incluindo-a no conteúdo curricular nos cursos de formação de professores e fonoaudiólogos. FENEIS (1996)

Segundo o SEESP/MEC (1996) afirma que salas de recurso devem ser montadas nas escolas que possuem alunos surdos ou com deficiência auditiva, pois é o lugar especializado para o atendimento educacional especializado, contando com um professor de preferência bilíngüe.

Portanto a Educação Física é a área a qual foi escolhida para estar trabalhando com alunos surdos, pois na sua prática exerce o papel fundamental do brincar com a música, a qual nos permite falar dos desejos, sentimentos, afetos, convivência social, harmonia do ciclo natural da vida, já a educação musical possibilita a criança usar toda a sua capacidade para aprender de acordo com seu ritmo.

No entanto, a música faz com que a criança extravase suas angustias, medos, a demonstrar seu potencial criativo, pois a música tem o dom de envolver, unir, encantar e despertar emoções e desejos.

Trabalhar a música permite também o brincar, onde a criança desenvolve sua habilidade de conhecer regras e a dominar seu próprio comportamento, dando condições a criança de construir sua identidade, socializar-se, ser integrante de um grupo, conhecer e reconhecer, amar e ser amada.

Sendo assim, é através da música e do lúdico que crianças surdas foram trabalhadas e motivadas.

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CAPÍTULO l

Inclusão Escolar

A inclusão é um desafio que ao ser enfrentado pelas escolas comum, provoca a melhoria da qualidade da educação, onde os alunos com e sem deficiência possam exercer o direito à educação em sua plenitude, e as escolas aprimorem suas práticas, a fim de atender às deferências. Esse aprimoramento é necessário, para que os alunos passem por uma experiência educacional, sendo valioso e irreversível em suas vidas: o momento do desenvolvimento.

A transformação da escola não pode ser resumida em uma simples exigência da inclusão escolar, de pessoas portadoras de deficiências ou dificuldades de aprendizado, por este motivo ela dever ser encarada como um compromisso inadiável pelas escolas, que terá a inclusão como conseqüência.

Atualmente as escolas estão longe de se tornarem inclusivas, o que ocorre são projetos que parcialmente visam à inclusão, os quais não estão associados às mudanças de base nas referidas instituições e que continuam atuando em espaços reservados e em horários diferenciados.

O despreparo profissional dos professores é o principal fator que a maioria das escolas utilizam como argumento para o não atendimento de alunos com deficiências.

Segundo a SEESP/ MEC (2006), existem instituições que não acreditam que esses alunos possam tirar algum proveito destas novas situações, especialmente nos casos mais graves, devido as suas complicações, e não acompanhariam os avanços dos demais colegas e seriam discriminados das classes e escolas especiais.

Com isso fica evidenciada a necessidade de redefinir e de colocarem em ação, novas alternativas e práticas pedagógicas, com novos conceitos metodológicos educacionais compatíveis com esse desafio.

Transformações devem ser feitas, e, conseqüentemente, muito trabalho surgirá para que essa escola tenha um ensino de qualidade mais adequado e compatível com a necessidade de inclusão.

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1.1 Inclusão

Inclusão é um fenômeno individual e social que faz parte de cada comunidade, em diferentes gerações e pelo nível de desenvolvimento científico, político ético e econômico.

Deficiência é um termo que sempre foi marcado por forte rejeição, discriminação e preconceito. (BAGATINI, 1987).

Segundo a SEESP/MEC, no Brasil, a primeira escola especial foi criada em 1854. Em 1957, o Instituo Imperial de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro.

A educação especial surgiu por enfoque médico e clínico, com o método de ensino para crianças com Deficiência Mental.

DIEHL (2006) conceitua inclusão como a necessidade de aprofundar o debate sobre a diversidade, onde busca compreender a heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as especificidades do ser humano e sobre tudo as diferentes situações vividas na realidade social e no cotidiano escolar.

Inclusão também é definida como Declaração Mundial de Educação para todos, ou seja, direito à igualdade que visa o “Pleno Desenvolvimento da Pessoa, seu preparo para o Exercício da Cidadania e sua Qualificação para o Trabalho”.

A definição de inclusão significa: convidar, aproximar aqueles que estiveram historicamente excluídos ou deixados de lado, pois é esta inclusão que nos dá a postura de saber quem é o outro, ou seja, conhecer o diferente. Ela não se restringe somente às pessoas com deficiência, mas diz respeito a todas as diferenças.

Segundo WERNECK (1997) a construção de uma sociedade inclusiva exige mudanças de idéias e práticas e assim sendo, o Ministério da Educação apóia a implementação de uma nova prática social que viabilize escolas inclusivas que atendam a todos, independentes das suas necessidades educacionais especiais, de forma a garantir a participação de todos.

Por mais que estudamos sobre a deficiência, não conseguiremos saber tudo sobre a criança especial. O que nos fará conhecer de fato como trabalhar com elas, serão a convivência e as experiências que iremos adquirir. Sendo assim, nós educadores, não estamos preparados para trabalhar com estes

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alunos, se não experimentarmos e vivenciarmos tal situação, não saberemos quem são nossos alunos, porque muita das vezes não os conhecemos e só a explicação das teorias não é suficiente.

Os desafios da inclusão estão em todos os momentos, nos espaços, na escola, onde todos têm que aprender buscar aquele ideal do conhecimento, que o professor tem que dominar e aprender junto com os alunos, pois a escola é o melhor lugar para as pessoas com necessidades especiais, havendo ressignificação dos processos pedagógicos e educacionais e mudança da postura dos educadores.

No entanto, a escola não educa para a vida, ela é a vida e sendo assim, a inclusão só acontece quando está nas vozes do cotidiano, ou seja, no nosso dia-a-dia, a inclusão é tão agregadora que seus benefícios não são somente sentido pelas pessoas que estão excluídas, mas, por toda sociedade.

1.2 Construção de uma Escola Inclusiva

A inclusão é um processo que abrange diferentes dimensões ideológica, sociocultural e econômica.

Portanto a Educação Inclusiva deve ter um ponto de partida, sendo o coletivo, a escola e a classe comum, onde todos os alunos com necessidades especiais educacionais ou não, precisarão ter acesso ao conhecimento, ao aprender, à cultura e progredir no aspecto pessoal e social.

Estudos e experiências realizadas em escolas regulares, com o projeto de inclusão e com alunos portadores de necessidades especiais apontam alguns princípios e fundamentos: o de identidade, construção de todos os aspectos físicos, afetivos, intelectual, moral e ético, valorização da diversidade para conviver com as diferenças, trabalho coletivo e principalmente transformação da prática pedagógica, ou seja, professor aluno, família-professor, professor comunidade escolar. (BAGATINI, 1987)

Inclusão depende de uma rede de apoio, ajuda mútua entre escolas, pais e serviços especializados para a elaboração do PPP, que deve garantir adaptação necessária ao currículo, apoio didático especializado, planejamento e valorização das possibilidades das aptidões de interesse e de empenho dos

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alunos, para realização de atividades, com participação nos projetos e trabalhos coletivos, considerando todos os alunos.

Acesso à cultura, ao conhecimento para o desenvolvimento da autonomia e independência e auto-conceito positivo pela participação social.

A escola e a sala de aula devem ser um espaço acolhedor inclusivo, ambiente estimulante que reforça os pontos fortes, para recolher as dificuldades e adaptar as necessidades de cada aluno.

Segundo SOLER (2005), o processo de aprendizagem e inclusão dependem da formação continuada do professor, de grupo de estudos com os profissionais da educação e professores, dando oportunidade de estarem refletindo os conceitos, fundamentos, princípios e práticas pedagógicas para a educação inclusiva no cotidiano escolar e em situações vividas na sala de aula.

Ensinar é um ato de risco, pois não sabemos o que o conhecimento vai nos ensinar, por isso para quem gosta de ensinar, corre sempre o risco de conhecer o outro. Entretanto, o educar na perspectiva da educação inclusiva, é ir de encontro com o conhecimento, é buscar o espírito que tem que reinar na escola, criar ambiente e espaços de aprendizagens possíveis, adequados e organizados para todos, inclusive para atender os portadores de necessidades especiais.

1.2.1 Papel da Escola frente à Inclusão

Uma das mudanças mais importantes da escola visa estimular e elaborar com autonomia e de forma participativa o seu (PPP) Projeto Político Pedagógico, diagnosticando a demanda.

A sistematização de objetivos, conteúdos, processo de ensino aprendizagem e avaliação têm como meta a inclusão do aluno na cultura corporal do movimento, por meio da participação e reflexão concreta e afetiva. Busca-se reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultante da valorização exacerbada do desempenho.

É importante verificar quem é, e quantos são os alunos, onde estão, e quais têm dificuldades de aprendizagem. Elaborar um planejamento que envolva todos os que compõem a comunidade escolar, com o objetivo de

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estabelecer prioridades de atuação, objetivos, metas e responsabilidades que vão definir o plano de ação das escolas, de acordo com o perfil de cada uma: as especialidades do alunado, equipe de professores, funcionários, num espaço de tempo no decorrer do ano letivo.

A escola deve conhecer seus alunos e os que estão a sua volta, para que seja possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se insere.

Os conhecimentos e as peculiaridades éticas, gênero, cultura, etc., são respeitadas pelas propostas curriculares. Suas realidades de vida e suas experiências, seus saberes e fazeres, vão sendo tramadas em redes de conhecimento que superam a tão decantada sistematização do saber.

A implantação de ciclos nas escolas tem sido outra solução que pode ser adotada como uma novidade e ainda pouco difundida e aplicada nas redes de ensino. A educação física escolar apresenta-se como disciplina extremamente excludente, onde os alunos são excluídos por diversos motivos: fracos, baixos, gordos, deficientes físicos, lentos, mulher, enfim... Sendo assim, incluir a todos nas atividades, tem que fazer parte, dando oportunidade de aprendizagem, respeitando o tempo e a forma de aprender de cada criança.

1.3 Educação Física Inclusiva

A Educação Física é nada mais que o desenvolvimento da criança, com essas suas necessidades mudam e surgem novos interesses e maneiras de relacionar com o mundo.

Na sua prática a Educação Física tem seu papel de brincar, dando oportunidade aos alunos de aprenderem, adquirirem autoconfiança, auto-estima e o seu desenvolvimento físico emocional e intelectual.

A Educação Física é um dos meios para se buscar possibilidades de ensino-aprendizagem e também como forma de inclusão. A tarefa do professor de Educação Física é complexa e busca compartilhar os interesses do grupo com aqueles que apresentam dificuldades ou que sejam diferentes.

Segundo SOLER (2005, p.117), o professor de Educação Física deve estar muito bem preparado para sumir tal tarefa. Outro fator importante que o

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professor deve possuir é saber conhecer o aluno com o qual irá trabalhar: tipo de deficiência, idade com que apareceu, as funções prejudicadas e seu processo de desenvolvimento como: biológico, cognitivo, afetivo, motor, interação e social.

O profissional de educação física deve passar por um processo de formação para que adquira conhecimento do assunto e incorpore-o no seu dia-a-dia, para que suas aulas sejam respeitadas como as outras.

A participação do aluno com necessidade especial nas aulas de Educação Física é muito importante para desenvolver suas capacidades perceptivas, afetivas de integração com a inclusão social, favorecendo sua autonomia e independência.

Ao planejarem as aulas, fazer adequação necessária nas regras, nas atividades, na utilização do espaço, materiais para estimular, podendo assim serem usadas por todos, favorecendo sua formação e integração.

A aula deve ser um exercício de convivência, que faça com que os alunos aprendam a construir uma nova sociedade, sem discriminação, com atitudes solidárias, respeito, aceitação, não havendo preconceito e exclusão.

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CAPÍTULO II

Surdez

Surdo é um termo usado ao tratar pessoas com déficit auditivo. Esta expressão é adotada pela comunidade surda, comunidade que possui identidade própria caracterizada pela existência de uma específica comunicação. (INES, 1997)

Surdez é a perda total ou parcial, congênita ou adquirida da capacidade de compreender a fala através do ouvido. De acordo com o grau de perda auditiva, avaliada em decibéis (dB), ela se manifesta em Leve, moderada, severa e profunda, impedindo o indivíduo de ouvir a voz humana e adquirir, espontaneamente, o código da modalidade oral da língua.

Segundo o INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos, pelo menos uma em cada mil crianças nasce profundamente surda. Muitas desenvolvem problemas auditivos ao longo da vida, por causa de acidentes ou doenças. A surdez traz limitações apenas para o desenvolvimento lingüístico do individuo, mas não cognitivo.

2.1. Como identificar a surdez?

Só é possível detectar uma criança com perda auditiva, se avaliar a capacidade auditiva do bebê ainda na maternidade. Há alguns sinais que podem ser observados logo nas primeiras semanas de vida, se o pediatra e os familiares estiverem atentos às reações:

• O bebê não acorda ou se assusta com um barulho forte e súbito;

• O bebê não pára de chorar, quando a mãe usa apenas a voz para acalmá-lo;

• O bebê procura a origem do barulho, virando a cabeça para a fonte sonora, isso já numa fase posterior do desenvolvimento;

• O bebê é exageradamente quieto.

Alguns sinais podem ser observados, na criança que tem mais de um ano:

• Aquisição da fala tardio;

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• Quando de costas, não se volta para a pessoa que lhe dirige a palavra; • Apresenta excesso de comunicação gestual e pouca emissão de

palavras;

• Fala extremamente alto ou baixo; • Vira a cabeça para ouvir melhor;

• Olha para os lábios de quem fala e não para os olhos; • Troca à emissão de fonemas na fala e na escrita;

É mais fácil descobri uma perda auditiva de nível severo ou profundo do que de uma leve ou moderada.

2.1.2 Causas

Ela pode ser congênita nas fases pré-natal e Perinatal (durante a gestação ou no parto). Pode ser adquirida ao longo da vida, ouve já, na fase pós-natal.

As causas Perinatais, são aquelas que surgem durante a gestação, de forma hereditária ou por má formação, portanto, surgem problemas em decorrência da dificuldade, ocorrida durante o parto, como: doenças, traumatismos que podem levar a um indivíduo a manifestar a deficiência.

Segundo, FERREIRA (1994); OLIVEIRA (1994); ADAMS (1985); as causas mais comuns são:

• Pré Natal: rubéola, toxoplasmose, herpes incompatibilidade de Rh, sífilis, ingestão de determinados medicamentos (durante a gestação);

• Peri natal: anóxia, hipóxia, prematuridade, traumatismos obstétricos, icterícia neonatal (no parto);

• Pós Natal: meningite, sarampo, traumatismo craniano, encefalite.

Os exames pré-natais são muito importantes para a prevenção, assim como o aprendizado de formas de tratar e atender o bebê.

A criança que apresentar o comprometimento auditivo podem, muitas vezes, necessitar da comunicação visual, através da libras.

2.1.3 Diagnóstico

É de grande importância que a surdez seja diagnosticada o mais cedo possível, pois só assim será possível dar início ao seu acompanhamento, que

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inclui não só a criança, mas também pais, para que eles saibam o que fazer e que possam acolher o filho, sabendo lhe lidar com a situação.

A estimulação precoce realizada em casa junto ao trabalho educacional permitirá com que a criança adquira condições de comunicar-se melhor de maneira possível, situando-se melhor na sociedade. Após o médico diagnosticar a perda auditiva e o grau, a família deve tomar algumas decisões importantes como:

• Procurar orientação com profissionais capacitados sobre abordagem educacionais para surdos, a libras e a língua portuguesa.

• Procurar o atendimento educacional especializado, proporcionando trabalho de estimulação precoce.

• Utilizar o aparelho auditivo (A.A.S. I – Aparelho Ampliação sonora Individual) se for adequado para o caso.

2.1.4 Exames

A audiometria analisa a freqüência do som medido por decibéis (dB varia de 0 dB a 140 dB).

Através de testes audiométricos podemos medir e identificar o grau de audição de uma pessoa, que é ilustrada em um gráfico da freqüência e intensidade do som.

Uma pessoa será considerada com deficiência auditiva se possuir perda de audição acima de 25 dB, ou seja, conseguem ouvir apenas sons acima de 25 dB, em ambos os ouvidos, onde o grau de perda é analisado conforme o melhor resultado do testes audiométrico do melhor ouvido.

O indivíduo pode ter perda auditiva acima de 55 dB em um ouvido, não apresentando perda auditiva no outro, então não é considerado surdo, ou seja, não precisa usar libras.

Níveis de limiares auditivos

Deficiência Auditiva Limiar auditivo Exemplos Aproximados

Leve 16 a 40 dB Sussurro/cochicho

Moderada 41 a 55 dB Voz fraca

Acentuada 56 a 70 dB Voz normal

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forte

Grave 86 a 90 dB Liquidificador, voz muito

forte.

Profunda Superior a 91 dB Trem, britadeira, buzina de automóvel, turbina de avião,

Sons que causam dor. Tabela 1 – Fonte: Saberes e práticas da inclusão

São considerados com deficiência leve pessoas com perda em ambos os ouvidos, que escuta de 16 a 40 dB, eles conseguem ouvir o som de conversa em sussurros.

Os que possuem deficiência auditiva moderada não escutam sussurros, mas conseguem ouvir vozes de uma conversa normal. A partir desse nível, poderão ter a necessidade de usar libras, entre o entendimento de falas e falta de sensibilidade para ouvir sons.

A deficiência auditiva acentuadas, a pessoa não consegue distinguir sons de uma conversa normal, eles escutam a partir de 71 até 85 dB, enquadrados na deficiência auditiva severa. Portanto, a aprendizagem da libras é muito importante.

É considerado surdo profundo a pessoa com perda auditiva acima de 90 dB.

2.2 Surdez na Concepção Clínica Terapêutica

A surdez é a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons. Portanto é considerado surdo à pessoa cuja audição não é funcional na vida comum e, parcialmente surdo, aquele com audição mesmo deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

Em decorrência desta dificuldade em desenvolver normalmente a linguagem oral, os surdos podem apresentar um atraso intelectual de 2 a 5 anos, dificuldade de abstração, generalização, raciocínio lógico, simbolização e outros.

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Assim como as demais pessoas, essa incapacidade de se comunicar, de modo significativo, atua em sua personalidade, fazendo com que manifeste tendências de introspecção, imaturidade emocional, rigidez de juízos e opiniões, prejudicando o desenvolvimento do sujeito em sua globalidade.

Para que estes problemas sejam evitados é aconselhável que a criança surda seja encaminhada o mais cedo possível a uma escola especializada para que possa receber estimulação auditiva e oral adequada, adquirindo um desenvolvimento próximo aos padrões de normalidade.

O domínio da linguagem oral permitirá sua plena integração à sociedade, sendo esta sua forma usual de comunicar-se com pessoas. Sendo assim, o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem está subordinado ao aprendizado da linguagem oral.

A valorização da pluralidade cultural no convívio social fez surgir à necessidade de reconhecer o potencial de cada ser humano, a fim de que possamos ter relações sociais mais justas e humanas. Dessa forma, não se nega que a surdez seja uma limitação auditiva, mas com essa nova concepção valorizam-se as potencialidades dos surdos, traduzidas por construções artísticas, lingüísticas e culturais, representativas dessa comunidade, que compartilha a possibilidade de conhecer e aprender, tanto mais por meio de experiência visual do que pela possível percepção acústica. Em outras palavras, em Educação não se pretende falar de ausências e de limitações, mas de novas possibilidades de construção; não se trata apenas do que nós pensamos sobre os surdos, mas se trata, sobretudo, do que os surdos pensam sobre si.

2.3 Surdez na Perspectiva Pedagógica Social

Surdez é a experiência que traz aos surdos a possibilidade de constituir sua subjetividade por meio de experiências cognitivo lingüísticas, mediadas por formas alternativas de comunicação simbólica, encontrado na libras. A surdez é realidade heterogênea e multifacetada e cada sujeito surdo é único, sua identidade se constituirá a depender de experiências socioculturais compartilhados ao longo da vida.

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Os surdos têm direito a uma educação bilíngüe de qualidade, sendo fundamento no exercício de sua cidadania, permitindo-lhe acesso aos conteúdos curriculares, leitura e escrita não dependam do domínio da oralidade.

A presença de educadores surdos é imprescindível no processo educacional, atuando no modelo de identificação lingüístico-cultural e exercendo funções e papéis significativos.

Muitas pesquisas demonstram que crianças surdas, filhas de pais surdos, desde o nascimento estiveram expostas à língua de sinais, obtiveram um desenvolvimento lingüístico, cognitivo, afetivo e social adequados.

Atualmente a língua de sinais é uma disciplina em expansão no mundo, pesquisam demonstram a importância dessa língua na constituição do sujeito surdo, afirmam que as etapas de aquisição da Libras são semelhantes àquelas apresentadas por crianças ouvintes com linguagem oral.

2.4 Quem é o sujeito surdo?

É a pessoa destituída da audição. Como não tem comunicação auditiva usa-se da visão. A estimativa do número de surdos no Brasil é de mais ou menos 2,5 milhões, (segundo dados da revista Integração) a pessoa surda tem uma cultura visual elaborada e o ouvinte tem uma cultura auditiva. Como diferença, a maneira que as pessoas surdas percebem o mundo em que vivem, possibilita ao surdo desenvolver sua autonomia.

Para interagir com eles, é preciso conhecer ou usar sua forma de comunicação. A língua dos surdos é visual-gestual, forma de comunicar-se visualmente. A língua brasileira de sinais é sua língua materna, que poderá se aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. A comunidade surda é constituída por pessoas que usam a comunicação visual-gestual. Estão presentes nela, estudantes, alfabetos, profissionais, letrados, trabalhadores, desempregados. Alguns surdos lutam por seus direitos dentro do movimento surdo, outros vivem na acomodação.

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2.5 Perda Auditiva

As classificações mais utilizadas vão desde a localização da lesão causadora da surdez e do grau de perda auditiva, que é definida pelos testes audiométricos até a classificação que leva em consideração do comportamento do indivíduo.

No entanto a deficiência auditiva caracteriza-se pela perda total ou parcial na conduta ou percepção de sinais sonoros (FERREIRA (1994); ADAMS (1985).

Quando há lesão localizada no ouvido externo ou médio, acarreta diminuição da audição na intensidade sonora de condução do som até o ouvido interno aonde chega de forma mais fraca.

Outra manifestação a surdez acarretada por lesão no ouvido interno, caracteriza por surdez neurosensorial, que é a perda e diminuição na intensidade sonora e na percepção do som, isso provoca dificuldades na discriminação auditiva, distorção na sensação sonora e no recrutamento, além de uma alteração quantitativa e também na alteração na qualitativa.

Surdez central é uma lesão que pode localizar-se a partir do tronco cerebral até região subcortecais e córtex.

2.5.1 Tipos, causas e grau da perda auditiva.

Tipos de Perdas Auditivas • Condutivas

• Sensório-neurais • Mista

• Central

• Funcional ou emocional Causas de Perdas Auditivas Pré-Natais

• Hereditárias • Não hereditárias

Infecções intra-uterinas: Sífilis, toxoplasmose, rubéola, etc. Drogas ototóxicas

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Irradiações

Toxemia gravídica

Perinatais

• Prematuridade, baixo peso ao nascimento. • Asfixia • Hemorragia intracraniana • Hiperbilirrubinemia Pós Natais • Genéticas • Não genéticas Infecções Drogas ototóxicas Traumas

Perda auditiva induzida por ruído

2.6 O Uso da Língua de Sinais

A libras é o meio de comunicar-se com pessoas surdas. Esta linguagem é estritamente visual e comunicada através de gestos codificados, tais como: expressões faciais, pequenos movimentos do corpo. Esta é uma forma de expressar a intensidade do que se conversa. Cada país possui a sua língua de sinais.

No Brasil, ela é chamada de libras, tendo sido oficializada em 2002, no entanto, esta língua, também é provinda de cada região, caracterizando ainda mais esta língua.

PERLIN (1999), afirma que cada sinal tem sua representatividade, que o surdo é capaz de conferir, entender e dar significado.

Pesquisas revelam que a língua de sinais é organizada no cérebro da mesma forma que a linguagem oral, o que se difere é que uma utiliza-se da fala e a outra dos gestos e da visão.

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A libras é utilizada de sinais, com um significado. Existem também palavras que não tem significado, então utiliza-se o alfabeto datilológico (manual), para auxiliar na comunicação.

PEREIRA (2006), “muitas pessoas acreditam que a libras é o português feito com as mãos, na qual o sinal substitui as palavras desta língua, outras pensam que esta língua é um conjunto de gestos que interpretam as línguas orais.”

No entanto, a libras como outra qualquer língua tem sua estrutura sintática, morfológica e semântica. A libras, não é universal: assim pessoas ouvintes de países diferentes, falam diferentes línguas, as pessoas surdas por toda parte do mundo, possuem sua própria línguas, independente das língua orais auditivas.

Parâmetros de língua de sinais

• Configuração das mãos: são formas das mãos feitas pela mão predominante;

• Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada;

• Movimento: os sinais podem ter movimento ou não

• Expressão facial ou e corporal: é um traço caracterizador; • Orientação/direcionalidade: sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima.

Princípios para o aprendizado de libras • Não tenha receio de errar;

• Use expressões corporais para se expressar; • Desperte a atenção e memória visual;

• Fixe o olhar no emissor da mensagem • Comunique-se com seus colegas em libaras • Envolve as com as comunidades surdas.

2.7 Cultura e Comunidades Surdas no Brasil

Segundo PADDEN (1989), “Uma cultura é um conjunto de comportamentos aprendidos de um grupo de pessoas que possuem língua própria, valores, regras, tradições e uma Comunidade é um sistema social

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geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas, compartilham metas em comum e partilham certas responsabilidades umas com as outras.”.

Uma comunidade surda é um grupo de pessoas que moram em uma localidade particular, compartilha metas em comum e, de vários modos trabalha para alcançar estas metas.

Membros de uma cultura surda comportam como pessoas surdas, usam a língua de pessoas surdas e compartilham entre si as crenças das pessoas surdas e com pessoas que não são surdas.

Mas ser uma pessoa surda não quer dizer que faça parte de uma cultura surda e de uma comunidade surda, porque a maioria dos surdos, 95% filhos de pais ouvintes, muitos destes não aprenderam a LIBRAS e não conhecem as Associações de Surdos, que são as comunidades Surdas, podendo tornar-se somente deficientes auditivos.

As pessoas surdas, que estão politicamente atuando para terem seus direitos de cidadania e lingüísticos respeitados, fazem uma distinção entre ser surdo e ser deficiente auditivo. A palavra deficiente estigmatiza a pessoa porque mostra sempre o que ela não tem, em relação às outras e, não o que ela pode ter de diferente e, por isso, acrescentar às outras pessoas. Ser surdo é saber que pode falar com as mãos e aprender uma língua oral-auditiva dessa, é conviver com pessoas, que num universo de barulhos, depara-se com pessoas que estão percebendo o mundo através da visão e isso, os torna diferentes e, não necessariamente deficientes.

A diferença está no modo de apreender o mundo, que gera valores, comportamento comum compartilhado e tradições sócias interativas e a este modo de vida está sendo denominada Cultura Surda.

A estimativa do número de surdos no Brasil é de mais ou menos 2,5 milhões (segundo dados da revista integração), mas ainda não se tem uma pesquisa para avaliar que o percentual de surdos inserido na cultura surda.

A cultura surda é muito recente no Brasil é a maneira que as pessoas surdas percebem o mundo em que vivem. Constitui essa cultura:

• A Família: diante da necessidade de comunicação os surdos estabelecem com a família, um sistema gestual que possibilita naturalmente a compreensão de coisas básicas. Por isso, é muito importante que a família aprenda a Língua de Sinais.

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• A Escola: é na escola que a criança surda, juntamente com outras crianças surdas, passa a conviver naturalmente com a Libras e vai de maneira natural enriquecendo e significando a própria linguagem. A criança surda é capaz de compreender e aprender todos os conteúdos assim como a criança ouvinte, basta que seja estimulada.

• Associação de Surdos: Nesse espaço, jovens e adultos surdos estabelecem intercâmbio cultural e lingüístico e fazem uso oficial da LIBRAS

• Mundo: lugar onde a linguagem é o fenômeno da comunicação, e onde a riqueza cultural é partilhada entre os envolvidos no processo de educação e comunicação.

• Diferença: do ponto de vista da saúde, não há problemas que diferenciem surdos de ouvintes. O erro social “surdo-mudo” é dado ao fato de que convivem num silêncio rotulado pela própria sociedade. Deficiente auditivo é o termo usado dentro das políticas educacionais, com os quais técnicos e profissionais se referem à pessoa surda, demonstrando a força do preconceito social.

2.8 Espaço para o Atendimento Educacional Especializado

“Segundo o Ministério da Educação - Secretária de Educação Especial”: a educação de pessoas surdas no Brasil realiza-se na concepção clínico-terpêutica e os professores tinham por objetivo fazer os alunos falarem, e com isso, a educação especial esteve voltada à reabilitação da audição e da fala, sendo sinônimo de linguagem.

Nos últimos anos, as práticas, as representações sociais e as novas concepções de surdez passaram a ser edificadas com respaldo nos avanços científicos e nos estudos lingüísticos e sócios antropológicos. Entretanto, essas concepções, negam que a surdez seje uma limitação auditiva, mas valorizam as potencialidades do surdo, expressos na construção artísticas, lingüísticas e culturais.

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A experiência visual traz as pessoas surdas à possibilidade de construir sua subjetividade por meio de experiência visual possibilitando-a de construir formas alternativas de comunicação simbólica, que encontram na Libras seu principal meio de concretização.

O Brasil reconheceu a Língua Brasileira de Sinais, por meio da Lei nº. 10.436/02 (Lei de Libras), que determinou a inclusão desse conteúdo curricular em todos os cursos de formação de professores e de fonoaudiólogos, definindo que a Libras não substitui a Língua Portuguesa (escrita).

O Decreto nº. 5.626/05, que regulamentou a Lei de Libras, definiu, entre outros aspectos, que os sistemas de ensino devem garantir a inclusão de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio da organização de escolas e classes bilíngües, nas quais a Libras e a Língua Portuguesa sejam línguas de instrução. Definiu também, que além da escolarização esses alunos têm o direito ao atendimento educacional especializado em turno diferenciado, para o desenvolvimento de complementação curricular.

[...] Mudanças introduziram a Libras no currículo tornando seu ensino obrigatório. No entanto, se os pais ou os próprios alunos optarem pelo não uso da Libras, deverão formalizar essa preferência junto à escola. (MEC/SEESP)

A sala recurso multifuncional para os alunos surdos ou com deficiência auditiva é o espaço organizado para o atendimento educacional especializado, necessários aos alunos que apresentam condições de comunicação e de sinalização diferenciadas dos demais colegas. Esses alunos podem demandar, ao longo de sua aprendizagem, o desenvolvimento de instrumentos lingüísticos (língua brasileira de sinais e língua portuguesa), necessários para sua inclusão educacional e social.

2.8.1 Sala Recurso

As salas recursos para alunos surdos ou deficiência auditiva são espaços educacionais destinados à realização da complementação curricular específica, em turno contrário ao da classe comum.

Nessas salas recursos, o professor, de preferência bilíngüe, com conhecimentos acerca da metodologia para o ensino de língua deve:

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• Complementar os estudos referentes aos conhecimentos construídos nas classes comuns de ensino regular;

• Ofertar suporte pedagógicos aos alunos, facilitando-lhes o acesso a todos os conteúdos curriculares;

• Promover o aprendizado da Libras para o aluno que optar pelo seu uso; • Utilizar as tecnologias, informação e comunicação para a aprendizagem

da Libras e da Língua Portuguesa;

• Desenvolver a Libras como atividade pedagógica, instrumental, dialógica e de conversação;

• Promover a aprendizagem da Língua Português para alunos surdos, como segunda língua, de forma instrumental, dialógica e de conversação;

• Aprofundar os estudos relativos à disciplina da Língua Portuguesa, principalmente na modalidade escrita;

• Produzir materiais bilíngües (Libras – Português-Libras):

• Favorecer a convivência entre os alunos surdos para o aprendizado e desenvolvimento da Libras;

• Utilizar equipamento de amplificação sonora e efetivar interface com a fonoaudiologia para atender alunos com resíduos auditivos, quando esta for à opção da família ou do aluno.

O objetivo da organização dessas salas é viabilizar condições para o acesso aos níveis mais elevados de ensino, considerando que esses alunos tenham condições de comunicação diferenciada.

A sala recursos multifuncionais para os alunos surdos ou deficiência auditiva é o espaço organizado para o atendimento educacional especializado, necessários aos alunos que apresentam condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais colegas.

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CAPÍTULO III

Brincadeiras com músicas lúdicas

Segundo MOYLES (2002), brincar é sem dúvida um meio pelo quais os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos. Brincar em situações educacionais proporciona não só o meio real de aprendizagem, mas promove novas aprendizagens nos domínios cognitivos e afetivos.

Acima de tudo, o brincar motiva, proporciona um clima especial para a aprendizagem, sejam os aprendizens: crianças ou adultos, o brincar fora da escola motiva a criança a explorar, experimentar: a casa, o jardim, a rua, as lojas, a vizinhança. O brincar na escola necessariamente motiva uma aprendizagem diferente e é caracterizado por maior fragmentação e por estar compactado em segmentos de tempo.

Vygotsky (2002) atribui importante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. Diz ele, que através da brincadeira, o educando reproduz o discurso externo e o internaliza construindo seu próprio pensamento.

Brincar com música significa permitir falar sobre os desejos, sentimentos, afetos, convivência social e harmonia do ciclo natural da vida.

Segundo YOGI (2003) toda criança tem uma visão mágica do mundo, crê em seu pensamento, com o poder de transformá-lo em realidade, mundo da fantasia, da imaginação, onde as músicas nos encantam falando de animais com ações reais e imaginárias de fenômenos da natureza, de emoções e de uma infinidade de assuntos comuns à criança.

No entanto, quando associadas a movimentos corporais coordenados, agradam às crianças e é uma excelente estratégia, que o educador pode usar para o desenvolvimento de seu trabalho, sendo assim, a criança sente prazer em ouvir, sendo estas por meio das cantigas e das ações, aprendem que alegrias e tristezas, conquistas e perdas, coragem e medo podem ocorrer, mas também podem ser resolvidos.

A inclusão do nome da criança nas cantigas leva-a a aceitar de si mesma e dos outros, na construção de sua auto-estima.

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A música é um importante mediador do desenvolvimento das crianças nas suas habilidades físicas, verbais, sociais e emocionais. Proporciona liberdade de criar e adaptar, mediante a qual atividades se tornam atraentes aos olhos das crianças que buscam incansavelmente novidades, descobertas e vivências que satisfaçam à curiosidade. A música proporciona um trabalho de desenvolvimento global que possibilita à criança usar toda sua capacidade para uma aprendizagem de acordo com seu ritmo. A música faz com que as crianças extravasem suas angústias e medos, contribuindo assim no desenvolvimento do seu potencial criativo, que incide diretamente na sua aprendizagem.

Portanto, a música tem o dom de envolver, unir, encantar, despertar emoções e desejos nas crianças.

3.1 Educação Musical

Na Educação Musical, os conteúdos são desenvolvidos em forma de projetos, brincadeiras e jogos, fazendo da aprendizagem escolar uma atividade prazerosa.

Educar significa buscar o sentido do que nos rodeia não permitir que o péssimo e a baixa estima tomem conta de nossas crianças, capacitá-las a sentir e perceber as coisas importantes do viver cotidiano.

Paralelamente, devera ocorre a formação de hábitos, regras sociais e fundamentais para convivência na sociedade, tais como: respeito ao outro, esperar a vez e saber ouvir. Com ajuda constante da música, a criança aprende pela própria ação, observação, tentativas e experiências concretas.

Para a educação musical, o próprio corpo é o ponto de partida, onde a sua voz é um precioso instrumento que tem dentro de si, portanto, a criança, é levada a praticar, reconhecer e a descobrir ritmo e o som de maneira livre e organizada, apartir de movimentos corporais e depois fora dele. (YOGI, 2003, p.12)

3.2 O Lúdico

O lúdico é o principal agente na construção do conhecimento, utilizando a recreação como veículo para o desenvolvimento da criança, atuando em três

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níveis: o primeiro é o conhecimento pleno do seu corpo (limitações e possibilidades de superação), o segundo é o reconhecimento do espaço que a cerca, bem como sua capacidade de manipulação de diverso s tipos de objetos, e o terceiro é a sua capacidade de relacionar com o outro e o aprendizado da convivência em grupo. O lúdico é uma atividade constante no cotidiano das crianças, pois o brincar se faz presente nos primeiros anos de vida da criança. “A ludicidade e a aprendizagem podem ser considerada como ações com objetivos distintos”. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além de habituais.

Portanto, é através do lúdico que ela abandona o seu mundo de necessidades e constrangimento e se desenvolve, criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A infância É, portanto, um período de aprendizagem necessária à idade adulta, sendo assim, é nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de seu “eu”.

Brincando a criança se torna espontânea, desperta sua criatividade e interagem com seu mundo interior e exterior, e é também através de atividades lúdicas que podemos perceber as dificuldades motoras, intelectuais e afetivas, sendo assim, as brincadeiras irão proporcionar no educando criar, imaginar, fazer de contas, funcionam como laboratório de aprendizagem, que permitam-lhe experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender.

Segundo Aléxis (1988), atividade lúdica desenvolve no educando sua habilidade de subordina-se a uma regra, mesmo quando o estimulo direto impele a fazer algo diferente, pois dominar as regras domina seu próprio comportamento, aprendendo a controlá-lo, a subordiná-lo a um propósito definido.

3.3 Trabalhando a música e o lúdico no contexto escolar

Na escola, as crianças participantes de atividades baseadas no prazer, com certeza conseguem transcender a simples repetição de gestos e a mecanização dos movimentos.

Segundo Vygotsky (2002), “o brinquedo, ou situação de brincadeira parece pouco estruturada e sem função explícita na formação dos processos de desenvolvimento, portanto, o brinquedo também cria uma zona de

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desenvolvimento proximal na criança, tendo enorme influência em seu desenvolvimento.” O brincar evidencia à medida que as crianças em geral estão apartadas ao brinquedo. Representa um fator de grande importância na socialização da criança, pois é brincando que o ser humano se torna apto a viver numa ordem social e num mundo cultural. Brincar exige concentração durante um grande intervalo de tempo, desenvolve iniciativa, imaginação e interesse.

No entanto, os jogos e brincadeiras infantis nos acompanham da infância desde os primeiros anos de vida até a fase adulta, pois a brincadeira e o jogo são elementos de suma importância na infância.

É através do brincar, que a criança terá condições de construir sua identidade, socializar-se, enquanto parte integrante de um grupo, conhecer e reconhecer-se, amar e ser amada.

O brinquedo nos faz refletir o passado, o presente e o futuro, sendo assim, os jogos e os brinquedos tradicionais infantis resgatam um passado valiosíssimo, lembranças jamais esquecidas de um tempo de criança, com descobertas, aprendizagem, amizade, de afetividade e de dificuldade.

Entretanto, o jogo é a ação da criança. Vivências lúdicas possibilitam a criança desenvolver a expressão verbal e gestual rica, aumentando a espontaneidade criadora, auxiliando no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Já as vivências corporais, através dos jogos, expressam um nível de comportamento afetivo, motor e lingüístico que irão possibilitar às crianças efetuarem novas sínteses, explorarem no plano mental, novas possibilidades de ação.

Nos jogos, as crianças jogam sempre apartir de algo que ela viu ou ouviu, e é aquilo que ela vive. Na utilização de atividades com características lúdicas, através da brincadeira, busca-se o prazer como elemento fundamental, não existindo a possibilidade do lazer estar desvinculado do prazer. A construção desse saber através da linguagem corporal é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, sendo através da cultura corporal do movimento que a Educação física se torna o principal veículo.

1- Bola ao Alto

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O professor, no centro do círculo, atirará a bola para o alto, chamando um dos números, “cinco”, por exemplo; o aluno assim indicado deverá pegar a bola antes que ela toque o chão, caso consiga ou não, inicia-se de novo a brincadeira.

2- Queimando do centro da quadra

Um aluno dentro do círculo central da quadra, disposto de uma bola. Este tentará atingir seus colegas com a bola, podendo acertar qualquer parte do corpo. Quem for atingido, deverá também ir para o centro do círculo e ajudar seu colega a atingir os que ainda não foram.

3- Pegou a bola, abaixou

Alunos divididos em números iguais formarão duas fileiras, onde cada fileira terá um aluno com a bola, de frente. Este terá que jogar a bola para o primeiro em seguida devolvê-la sem cair, devolveu abaixa. Novamente o segundo este devolve e abaixa, para o terceiro e assim sucessivamente, até que todos tenham ido e abaixado. A fileira que terminar primeiro, vence, marcando ponto.

4- Amarrar a fita na trave do gol

Estafeta. Feito duas fileiras, com números iguais de alunos, de frente para a trave do gol, o primeiro com a fita leva e amarra na trave, vem correndo e bate na mão do segundo, este desamarra, volta correndo e entrega para o terceiro e assim sucessivamente até que todos tenham ido. A fileira que terminar primeiro vence.

5- Rouba-rabo com fita

Utilizando a mesma fita da atividade acima.

Todos os alunos devem pega-la e colocar atrás, com a ponta dentro da roupa, sobrando um pedaço grande que será o rabo. Dado o sinal todos devem correr pela quadra, tentando pegar o rabo do outro, mas protegendo o seu, para que ninguém o pegue. O aluno que conseguir pegar mais rabos será o vencedor.

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6- Música: Olá como vai?

A música é cantada assim: olá, como vai? Eu vou bem

E você vai bem também Legal, legal, legal, legal...

Os alunos estarão em duplas, aonde um vai cumprimenta o outro, em seguida aponta para si mesmo e logo após para o colega. Bate palma, sua mão direita com a direita do seu colega, outra palma e bate as mãos esquerdas, logo após canta novamente, fazendo os mesmos gestos.

7- Bola ao Guarda

Os alunos formam um círculo, um deles fica no centro com a bola, dentro do bambolê. Dado o sinal de início, esse jogador arremessa a bola para algum colega e foge para fora do círculo. O jogador que receber a bola tem que deixá-la no centro do bambolê e perseguir o guarda que tentará voltar e tocar a bola sem ser pego. Caso consiga, continua como guarda. Se for tocado antes, troca de lugar com o colega. Ganha o jogo quem ficar mais tempo como guarda.

8- Música: Sai o piaba Sai, sai , sai o piaba Saia da lagoa,

Sai, sai, sai o piaba Saia da lagoa,

Põe a mão na cabeça A outra na cintura

Da um remelexo no corpo

E da... (indica qualquer parte do corpo)

Mexendo as mãos, como se estivessem expulsando alguém, põe a mão na cabeça e na cintura, da uma rebolada e em seguida bate a parte do corpo indicada uma na outra.

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Este jogo é uma queimada individual, onde o jogador que estiver de posse da bola tentará queimar qualquer um dos participantes. Para queimar, a bola deve encostar-se a qualquer parte do corpo da pessoa e, em seguida, cair ao chão. Caso toque no corpo, mas a pessoa segure-a antes que caia, não é considerado queimado.

O aluno de posse da bola não pode andar, enquanto os outros poderão deslocar-se livremente, andando, correndo, saltando, rolando etc.

Quem for queimado deverá sentar-se no local onde isso aconteceu, e continuará participando, pois, se a bola chegar ao seu alcance, poderá pegá-la e levantar-se para continuar queimando. Algumas vezes as crianças pedem para quem for queimado não poder mais levantar, apenas continuar a jogar sentado. Sendo assim, será vencedor o último que ficar em pé, caso contrário, pode-se combinar um tempo, e vencerá quem for menos queimado.

O jogo pode ser dificultado, colocando outras regras. Exemplo: quem está sentado e conseguir tocar naquele que esta em pé pode levantar automaticamente, dificultando a vida de quem está em pé, ou colocando mais bolas no jogo, o que exigirá.

Maior concentração dos alunos.

10- Música: “Eu conheço um Jacaré”. Eu conheço um jacaré,

Que gosta de comer,

Esconde a (parte do corpo).

Se não o jacaré, come (parte do corpo). E o dedão do pé.

A música ensina a esconder as partes do corpo. Fazer um círculo, cada aluno após terminar a música, irá falar qual parte do corpo que quer esconder.

11- Música: “Se você está feliz”.

Se você está feliz, bata palma, Se você está feliz, bata palma,

Se você está feliz com vontade de sorrir, Se você está feliz, bata palma...

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Fazer os gestos (palmas, espirro, estalar o dedos, comprimento), cada hora utiliza estes gestos, ao final terão que fazer os quatros, de uma vez.

12- Música: “O Jipe do Padre”. O Jipe do padre

Fez um furo no pneu. Consertamos com chiclete.

Ensinar a música, em seguida, ensinar os gestos da música, onde as partes do jipe, padre, furo e pneu somem e não canta; somente fazer os gestos, com sinais sonoros.

13- Bola errante

As crianças deverão formar um círculo e uma ocupará o centro do círculo com uma bola.

A criança do centro lançará a bola para um dos coleguinhas do círculo, que lançará para outro, e assim sucessivamente, sempre evitando que o companheiro do círculo torne a pegá-la. Se isto acontecer, o responsável pela perda da bola trocará de lugar com um colega do centro.

13- Esquiva da bola

Os alunos em círculo.

Apenas uma ou dois estarão dentro dele. As crianças de fora do círculo tentarão acertar a bola nos colegas do centro do círculo e estas deverão fugir. Quem acertar uma delas irá tomar seu lugar.

14- Pique Cola

Um aluno será o pegador e o restante do grupo serão os perseguidos. O pegador de posse de uma bola terá que acertar o colega em qualquer parte de seu corpo, menos na cabeça e no rosto.

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O aluno que for acertado terá que ficar parado e será salvo com um abraço de algum colega.

Depois de algum tempo, troca-se o pegador.

15- Gato e rato por entre as pernas

Todos os alunos de pé, em círculo, em afastamento lateral, mãos dadas. Um aluno no interior do círculo, representando o rato, e outra fora, sendo o gato.

Ao sinal, o “gato” perseguirá o “rato”, ambos terão necessariamente que passar por entre as pernas dos companheiros para perseguir ou fugir. Inverter-se-ão as posições, ou trocar-Inverter-se-ão as crianças, quando o “gato” pegar o “rato”.

16- Pique Cor

Os alunos devem estar espalhados na quadra, somente na parte de dentro da linha branca.

Os alunos devem estar no fundo da quadra. Um aluno estará no centro da quadra como pegador.

O que está no centro dirá uma cor. Os colegas que tiverem a cor podem passar andando e não podem ser pegos, mas, os que não tiverem têm que atravessar correndo e fugir do pegador.

Os alunos que forem pegos devem ficar no centro e ajudar o pegador a pegar o restante dos colegas que não forem pegos.

* Obs.: Quando todos já tiverem atravessado, muda-se a cor.

17- Estafeta

Fazer duas filas, conforme o número de alunos, tamanho e estrutura física.

Cada fileira terá o mesmo número de alunos, os primeiros estarão com uma bola na mão.

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Dada à partida os primeiros terão que levar a bola até o gol, deixá-la, sair correndo bater na mão do segundo e este vai buscá-la, levá-la até o terceiro, que a levará o gol novamente. E assim até que todos da fileira tenham ido e quando chegar no primeiro e o último tiver deixado a bola ou tocado na sua mão vence.

18- Rouba bola com números

Dividir os alunos em grupos com números iguais. Desenhar no fundo da quadra números de acordo com o número de alunos.

E no centro da quadra um círculo onde a bola estará.

O número que for dito, imediatamente deverá sair os alunos que vão estar neste número e ir ao encontro da bola, o que pegá-la primeiro deverá sair correndo e voltar para o seu número.

Enquanto o que ficou sem a bola deverá sair correndo e tentar pegar o que está com a bola. Marca ponto o grupo que chegar primeiro com a bola dentro do número ou o que pegou o colega com a bola antes dele entrar no número.

19- Cabeça do Dragão

Todos formando um grande círculo, menos dois alunos, que serão escolhidos para iniciar como dragão. Um será a cabeça e o outro, o rabo do dragão. A cabaça na frente e o rabo arás, segurando o primeiro pela cintura.

Os alunos do círculo devem passar primeiro uma bola entre o grupo, tentando acerar o rabo do dragão, que não pode soltar a sua cabeça. A cabeça, por sua vez, defende o rabo, utilizando as mãos. Os dois podem se movimentar livremente.

Quando alguém, do círculo acera o rabo, passa a ser o novo rabo. O antigo rabo passa a ser cabeça e a antiga cabeça volta para o círculo.

Depois de algum tempo, será introduzida oura bola, e assim por diante, até que o jogo fique muito dinâmico. Quanto mais bola, mais chance de todos vivenciarem os papéis de cabeça e rabo do dragão.

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20 - Brincando com o Jornal

Fazer duas filas, conforme o número de alunos, tamanho e estrutura física.

Cada fileira terá o mesmo número de alunos, todos os alunos estarão com uma folha de jornal na mão.

Dada à partida os primeiros terão que sair correndo, até a trave do gol, colocando a folha de jornal em qualquer parte do corpo, voltar e bater na mão do segundo e este vai com a folha de jornal equilibrando em uma parte do corpo, leva até o terceiro, e assim vai até que todos da fileira vão até chegar no primeiro.

A equipe que chegar primeiro vence.

• Variação: Após a estafeta de jornal, os alunos irão fazer bolinhas com sua parte do jornal, bem amassadas, em seguida, irão jogar para cima com qualquer uma das mãos.

Depois de um tempo, será definida qual mão deverá ser usada: direita, esquerda, depois joga para cima com a mão direita e pega com a esquerda e vice-versa.

E por último joga com as duas e bate palma, etc...

As atividades com música foram conversadas e mostradas os gestos. Depois foi colocado o CD, quando começou a tocar a música os alunos ficaram quietos. Então peguei as mãos deles e fui colocando em cima do aparelho de som, onde sentiriam somente a vibração, conversei com eles e mostrei como deveriam fazer com suas mãos e de início iriam um por um fazer comigo, depois de certo tempo, eles iriam com outros colegas.

As outras atividades, sem música, também foram mostradas como seriam executadas.

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CONCLUSÃO

Os educadores devem estar cientes e preparados, para todas as circunstâncias, pois ao propormos as brincadeiras lúdicas e cantadas,

A partir do momento em que comecei a aprender a língua, ficou mais fácil, comecei a por em prática o que havia aprendido. Tudo mudou, todos já interagiam com os colegas, a se sentirem mais felizes e pude perceber que são outras crianças.

Entretanto, está sendo uma lição de vida propor atividade nesta sala, pois todos os alunos são seres humanos igual a nós, que tem sentimentos, dificuldades, mas, sobretudo vontade de aprender, principalmente quando vem estimulado por nós professores de educação física, que na maioria das vezes somos seu espelho.

Sendo assim, os educadores devem ser exemplos para a sociedade, fazendo-a entender que ser diferente é ser uma pessoa normal e que este deve ser tratado com muito amor, dedicação, carinho e afeição.

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YOGI, Chizuki. Aprendendo e brincando com música e com jogos. Belo Horizonte. FAPI. 2003.

(44)

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1>>

Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005

;

Anexo 2>> Fotos;

Anexo 3>> Alfabeto em Libras;

Referências

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