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Análise experimental da resistência do concreto leve produzido com resíduo de pedra basáltica

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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo ISBN 978-65-86753-13-4

EIXO TEMÁTICO:

( x ) Ambiente construído e sustentabilidade ( ) Cidade e saúde: desafio da pandemia de covid-19 ( ) Cidades inteligentes e sustentáveis

( ) Engenharia de tráfego, acessibilidade e mobilidade urbana ( ) Meio ambiente e saneamento

( ) Memória, patrimônio e paisagem

( ) Projetos, intervenções e requalificações na cidade contemporânea

Análise experimental da resistência do concreto leve produzido com

resíduo de pedra basáltica

Experimental analysis of the resistance of lightweight concrete

produced with basaltic stone waste

Análisis experimental de la resistencia del hormigón ligero producido con residuos de

piedra basáltica

Claudio Nelson Mateus Lucas

Mestrando, UNESP, Brasil mateus.lucas@unesp.br

Maximiliano dos Anjos Azambuja

Professor Doutor, UNESP, Brasil m.azambuja@unesp.br

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RESUMO

O aproveitamento de resíduos como agregados para o concreto é relevante, pois diminui a extração de recursos naturais, por exemplo, areia natural. É embrionário o estudo de resíduos de pedra basáltica para produção de concretos leves, entretanto, é uma alternativa, pois a areia, é produzida a partir do resíduo de rochas basáltica triturada, chamada areia de britagem. A argila expandida é tradicionalmente utilizada por diversos pesquisadores para produção de concreto leves. O presente trabalho estudou a resistência mecânica de concreto leve produzido com argila expandida com substituição parcial de 20% de areia natural pela areia de britagem, com aditivo plastificante

.

Foram elaborados dois traços, o primeiro Traço 1 de referência (AN100%) e o segundo Traço 2 com a substituição de 20% da areia natural por areia de britagem (AB20%). A resistência a compressão e resistência à tração por compressão diametral foi analisada. Os resultados mostram que o concreto produzido na pesquisa é promissor, pois cumpriu com as especificações da NBR NM 35, 1995, e os resultados de resistência a compressão, aos 7 dias, foram de aproximadamente 23,1MPa (T1) e 22,5MPa (T2), valores maiores que 17MPa, aos 28 dias,

mínimo estabelecido para concretos leves estruturais na NBR NM 35, 1995. A substituição de 20% da areia natural pela areia de britagem provocou uma redução de 9% da resistência a tração por compressão diametral e uma redução de 10% da resistência a compressão em relação ao traço (T1) que não contem areia de britagem.

PALAVRAS-CHAVE: Concreto leve. Argila Expandida. Areia de Britagem.

ABSTRACT

The use of waste as aggregates for concrete is relevant, as it reduces the extraction of natural resources, for example, natural sand. The study of basaltic stone residues for the production of light concrete is embryonic, however, it is an alternative, since the sand is produced from the crushed basaltic rock residue, called crushing sand. Expanded clay is traditionally used by several researchers for the production of lightweight concrete. The present work studied the mechanical strength of light concrete produced with expanded clay with partial replacement of 20% of natural sand by crushing sand, with plasticizer additive. Two lines were prepared, the first line 1 of reference (AN100%) and the second line 2 with the replacement of 20% of natural sand by crushing sand (AB20%). Compressive strength and tensile strength by diametrical compression were analyzed. The results show that the concrete produced in the research is promising, as it met the specifications of NBR NM 35, 1995, and the results of compressive strength, at 7 days, were approximately 23.1MPa (T1) and 22.5MPa ( T2), values greater than 17MPa, at 28 days, minimum established for structural lightweight concrete in NBR NM 35, 1995. The replacement of 20% of natural sand by crushing sand caused a 9% reduction in the tensile strength by diametrical compression and a 10% reduction in compressive strength compared to the line (T1) that does not contain crushing sand.

KEYWORDS: Lightweight concrete. Expanded clay. Crushing sand. RESUMEN

El uso de residuos como agregados para el hormigón es relevante, ya que reduce la extracción de recursos naturales, por ejemplo, arena natural. El estudio de los residuos de piedra basáltica para la producción de hormigón ligero es embrionario, sin embargo, es una alternativa, ya que la arena se produce a partir del residuo de roca basáltica triturada, llamado arena trituradora. La arcilla expandida es utilizada tradicionalmente por varios investigadores para la producción de hormigón ligero. El presente trabajo estudió la resistencia mecánica del hormigón ligero producido con arcilla expandida con sustitución parcial del 20% de arena natural por arena triturada, con aditivo plastificante. Se prepararon dos líneas, la primera línea 1 de referencia (AN100%) y la segunda línea 2 con la sustitución del 20% de arena natural por arena triturada (AB20%). Se analizaron la resistencia a la compresión y la resistencia a la tracción por compresión diametral. Los resultados muestran que el hormigón producido en la investigación es prometedor, ya que cumplió con las especificaciones de NBR NM 35, 1995, y los resultados de resistencia a la compresión, a los 7 días, fueron aproximadamente 23.1MPa (T1) y 22.5MPa (T2), valores superiores a 17MPa, a los 28 días, mínimo establecido para hormigón ligero estructural en NBR NM 35, 1995. La sustitución del 20% de arena natural por arena triturada provocó una reducción del 9% en la resistencia a tracción por compresión diametral. y una reducción del 10% en la resistencia a la compresión en comparación con la línea (T1) que no contiene arena trituradora.

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1. INTRODUÇÃO

A descoberta do concreto teve seu início no final do século XIX, mas seu uso constante foi

apenas no início do século XX que se tornou o material mais usado pelo homem depois da

água. O concreto revolucionou a maneira de construir e sempre esteve presente no

desenvolvimento das civilizações até os dias de hoje (HELENE, ANDRADE, 2007, p. 905).

Durante os anos de 1824 até 1970 o concreto foi basicamente a mistura de cimento, água e

agregados simples, com poucas mudanças em suas propriedades. Nos últimos 40 anos com os

grandes avanços tecnológicos e com a necessidade de melhorar a forma de elaborar e aplicar o

concreto foram surgindo novos materiais como agregados para o concreto (ROSSIGNOLO,

2009).

O sector da construção é um dos principais agentes que degradam o meio ambiente, razão

pela qual se tem inovado e procurando novos materiais e técnicas de construção para então

acabar com este impacto negativo na natureza. O surgimento de novos agregados para o

concreto tem proporcionado o reuso dos materiais deixados pela construção e a utilização

agregados artificiais que não infectem de maneira negativa o meio ambiente. Cabe destacar

que para a produção de 1 tonelada de clinquer de cimento são necessárias 0,5 toneladas de

dióxido de carbono por causa da calcinação de calcário e 0,45 toneladas de combustível,

transformando assim a indústria do cimento comum (Cimento Portland) uma das que mais

polui o meio ambiente (HELMY, 2016 e WANDERLEY, 2018).

Segundo VIERE (2019) apesar dos grandes avanços na construção ainda assim o consumo de

matérias primas da natureza utilizada para elaborar os principais elementos construtivos como

no concreto provoca grandes problemas na natureza. Problemas tais como extração da areia

do leito dos rios razão pela qual o setor da construção vem procurando alternativas ao uso da

areia natural na elaboração de concretos estruturais. Uma dessas alternativas que se vem

estudando é o uso de areia produzida a partir das rochas basáltica triturada chamada areia de

britagem.

Segundo AQUINO (2013) a substituição da areia natural pela areia de britagem no concreto

tem grandes benefícios ao meio ambiente ao se reduzir a extração da areia natural nos rios.

Cabe ressaltar que o resíduo do processo de britagem das rochas basálticas é utilizado para

produção da areia de britagem, portanto, um benefício ecológico para este subproduto.

Segundo ANGELIN (2014) a evolução tecnológica mundial tem proporcionado novos métodos

construtivos no ramo da construção originando assim a utilização dos concretos especiais,

sobretudo os concretos elaborados com agregados leves, por possuírem massa específica

inferiores aos concretos convencionais, consequentemente, desempenho térmico superior.

O concreto leve estrutural elaborado com argila expandida apresenta grandes vantagens com

respeito ao conforto térmico em relação aos concretos convencionais, e cabe destacar que o

seu uso constante nas vedações e coberturas é devido a redução da absorção e a transferência

de calor transmitida pelas radiações solares (EUROLIGHT, 1998; HOLM, BREMMER, 2000 e

ANGELIN 2014).

A massa específica seca abaixo de 2000 kg/m

3

é uma das características dos concretos leves

em comparação aos concretos convencionais e apresentam significativas mudanças em

algumas propriedades, como trabalhabilidade, resistência mecânica, modulo de deformação e

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retração. As propriedades térmicas dos concretos leves são expressivamente diferentes das

analisadas nos concretos tradicionais, sobretudo devido à quantidade de vazios na estrutura

celular dos agregados leves, como a argila expandida, que reduz a transferência e a absorção

de calor em relação aos agregados tradicionais (ROSSIGNOLO, 2009).

A partir do exposto, a presente pesquisa avaliou as propriedades mecânicas de concreto leve

produzido com argila expandida como agregado graúdo e a substituição de 20% da areia

natural por areia de britagem. Foram feitos ensaios de resistência à tração por compressão

diametral e de resistência à compressão com finalidade de qualificar os concretos leves

estruturais produzidos em laboratório.

2. OBJETIVOS

A presente pesquisa teve como objetivo avaliar as propriedades de resistência mecânica de

concretos leves elaborados com argila expandida (agregado graúdo) com substituição de 20%

da areia natural pela areia de britagem, com adição de superplastificante.

3. METODOLOGIA

A pesquisa de caráter experimental e exploratória planejou os ensaios preliminares para

produção de concretos leves estruturais, com argila expandida, com definição dos

quantitativos dos insumos necessários para dosagem experimental. No Traço 1 (T

1

), de

referência, foi produzido com areia natural (100%), enquanto, no Traço 2 (T

2

), com

substituição de 20% de areia natural pela areia de britagem.

O agregado leve de argila expandida é utilizado por vários pesquisadores na produção de

concretos leves com resultados adequados para resistência mecânica, por este motivo, sua

escolha como traço padrão (referência).

A dosagem e os ensaios foram realizados no Laboratório de Construção Civil da

UNESP/FEB/DEC e os ensaios preliminares foram realizados com 6 repetições de corpos de

prova para cada avaliação aos 7 dias de idade, totalizando 24 corpos de prova cilíndricos.

Os ensaios realizados foram no concreto no estado fresco (slump test) e no estado endurecido

(resistência à tração diametral e a resistência à compressão) embasados nas normas técnicas

da ANBT.

3.1 MATERIAIS

3.1.1. Cimento

Para produção dos concretos foi utilizado o cimento Portland CPII-E-32 Votoran, com

características em conformidade com a ABNT NBR 11578:1991.

3.1.2. Agregados

Areia Natural: Foi utilizada a areia quartzosa de graduação media, isenta de materiais

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tabela 1 apresenta as características da areia natural segundo as prescrições da ABNT NBR

7211/2009.

Tabela 1: Granulometria da Areia Natural Composição granulométrica- ABNT NBR 7211/2009

Peneira % Retida % Acumulada

4,8 0,65 0,65 2,4 6,83 7,48 1,2 21,93 29,41 0,6 24,08 53,48 0,3 23,32 77,30 0,15 14,24 91,54 Fundo 8,26 100

Dimensão Máxima característica 4,8 mm

Modulo de finura 2,6

Fonte: Autor, 2020.

Areia de britagem: o material utilizado foi o resíduo proveniente da pedra basáltica, cujo local

de extração foi na Pedreira Nova Fortaleza, localizada no município de Pederneiras, estado de

São Paulo. A tabela 2 apresenta as características granulométricas da areia de britagem.

Tabela 2: Granulometria da Areia de Britagem Composição granulométrica- ABNT NBR 7211/2009

Peneira % Retida % Acumulada

4,8 5,09 5,09 2,4 47,81 52,90 1,2 27,31 80,21 0,6 9,07 89,28 0,3 3,71 92,99 0,15 2,16 95,15 Fundo 4,85 100

Dimensão Máxima característica 4,8 mm

Modulo de finura 4,2

Fonte: Autor, 2020.

A figura 1 mostra os agregados miúdos utilizados na pesquisa e a figura 2 apresenta as curvas

granulométricas dos agregados miúdos.

Figura 1: Agregados miúdos (areia natural e areia de britagem) e agregado graúdo.

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Fonte: Autor, 2020.

Figura 2: Granulometria dos agregados miúdos

Fonte: Autor, 2020.

Argila Expandida: como agregado graúdo usado foi a argila expandida 1506 produzida pela

empresa brasileira Cinexpan. A tabela 3

apresenta as propriedades do agregado graúdo.

Tabela 3: Propriedades do agregado graúdo

Propriedade da Argila Expandida Cinexpan 1506

Densidade Aparente (Kg/m3) 600±10%

Massa Específica (Kg/m3) 1,11

Variação Granulométrica (mm) 6-15

Resistência Mecânica (MPa) 2,3

Condutividade Térmica (W/m. k) 0,10 a 0,16

Absorção da água nas 24 horas (%) 7

Isolamento Acústico (dB) 44

Fonte: Catalogo Cinexpan, 2020.

Água: na produção dos concretos foi utilizada água potável proveniente da rede de

abastecimento local-Bauru/SP.

Aditivo Plastificante: foi usado o aditivo plastificante lignosulfonatos, cujas características são

apresentadas na tabela 4.

Tabela 4: Características do Aditivo

Aditivo: CEMIX 2000

Densidade Aparente (g/cm3) 1,22

Aparência Liquido marrom escuro, isento de cloretos Composição básico Variação Lignosulfonatos

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Odor Característico

Faixa de temperatura de ebulição 1000C

Ponto de fulgor 1000C

Fonte: Vedacit, 2020.

3.3. DOSAGEM DOS CONCRETOS

A tabela 5 apresenta os traços dos concretos leves produzidos na dosagem experimental.

Tabela 5: Dosagens dos concretos leves

Traços Cimento (kg/m3) Areia Natural (Kg/m3) Areia de Britagem (kg/m3) Argila Expandida (Kg/m3) Água (Kg/m3) Aditivo (%) 1-AN100% 400 840 - 320 155,73 1,50 2-AB20% 400 672 168 320 183,80 1,50 Fonte: Autor, 2020

3.4. PRODUÇÃO DOS CONCRETOS

O processo de mistura dos materiais ocorreu com colocação dos materiais na betoneira, de

capacidade de 350 litros, de forma sequencial, antes se fez a imprimação. Primeiro foi

colocada a argila expandida, depois água e com o aditivo superplastificante, com a betoneira

em movimento, e por fim o cimento e a areia. Em seguida ocorreu a mistura dos materiais na

betoneira por aproximadamente 5 minutos. Após o processo de amassamento do concreto em

betoneira a mistura apresentou-se homogênea. Realizou-se o ensaio de abatimento do tronco

de cone de acordo a ABNT NBR 67: 1998, na qual se verificou a consistência e plasticidade do

concreto. A moldagem do concreto foi realizada em corpos-de-prova cilíndricos de 100 mm de

diâmetro e 200 mm de altura e o processo de adensamento mediante mesa de vibração. Após

24 horas de cura do concreto, foram desmoldados os corpos-de-prova e em seguida colocados

na câmera úmida para processo de cura úmida. Os corpos-de-prova permaneceram na câmera

úmida por 7 dias, depois, foram desmoldados e ensaiados.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Resistência à tração compressão diametral

Os resultados de resistência a tração por compressão diametral foram determinados na idade

de 7 dias, utilizando-se 6 corpos-de-prova cilíndricos de 100 mm de diâmetro e 200 mm de

altura para cada traço, conforme prescrito na ABNT NBR 7222:2001. A figura 2 ilustra o ensaio

realizado de resistência à tração por compressão diametral. A figura 3 ilustra os

corpos-de-prova após a ruptura por tração diametral, que não houve segregação do agregado leve. A

tabela 6 apresenta os resultados do traço 1 (AN100%) e a tabela 7 apresenta os resultados do

traço 2 (20%).

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Figura 3: Ensaio de resistência à tração por compressão diamentral

Fonte: Autor, 2020.

Figura 4: Corpos-de-prova após ruptura

Fonte: Autor, 2020.

Tabela 6: Resultados para o Traço 1 (AN100%)

Força de ruptura (KN) Tensão de ruptura (MPa)

Valor mínimo 4265 13,58 Valor Maximo 7865 25,03 Media 5850 18,62 Desvio Padrão (S) 1480 4,712 Coeficiente (%) 25,31 25,31 Fonte: Autor, 2020

Tabela 7: Resultados para o Traço 2 (AB20%)

Força de ruptura (KN) Tensão de ruptura (MPa)

Valor mínimo 4589 14,61 Valor Maximo 6057 19,28 Media 5377 17,11 Desvio Padrão (S) 503,04 1,602 Coeficiente (%) 9,362 9,362 Fonte: Autor, 2020

A figura 5 apresenta os valores de resistência à tração por compressão diametral dos dois

traços na idade de 7 dias.

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Figura 5: Resultado da resistência à tração por compressão diametral

Fonte: Autor, 2020

Como se pode observar nos resultados apresentados na figura 4, houve um decréscimo de 9%

do traço com 20% de substituição da areia natural pela areia de britagem em relação ao traço

de referencia (AN100%).

4.2. Resistência à compressão

Os resultados de resistência à compressão foram determinados na idade de 7 dias,

utilizando-se 6 corpos-de-prova cilíndricos de 100 mm de diâmetro e 200 mm e altura para cada traço,

seguindo a prescrição da ABNT NBR 5739:2007. A figura 6 ilustra o ensaio realizado de

resistência à compressão e figura 7 ilustra os corpos-de-prova após a ruptura por compressão,

na qual é possível observar os tipos de ruptura. As tabelas 8 e 9 apresentam os resultados de

resistência à compressão para os traços estudados. Figura 8 apresenta os resultados de

resistência à compressão dos traços.

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Figura 6: Ensaio de Resistência à compressão

Fo nte: Autor, 2020

Figura 7: a) Tipo D – Cônica e Cisalhada e b) Tipo E - Cisalhada

(A) (B) Fonte: Autor, 2020

Tabela 8: Resultados para o traço 1 (AN100%)

Força de ruptura (KN) Tensão de ruptura (MPa)

Valor mínimo 15550 19,41 Valor Maximo 21360 26,57 Media 18620 23,08 Desvio Padrão (S) 2554 3,258 Coeficiente (%) 13,72 14,12 Fonte: Autor, 2020

Tabela 9: Resultados para o traço 2 (AB20%)

Força de ruptura (KN) Tensão de ruptura (MPa)

Valor mínimo 16760 20,83 Valor Maximo 21730 25,27 Media 18580 22,53 Desvio Padrão (S) 1842 1,787 Coeficiente (%) 9,913 7,933 Fonte: Autor, 2020

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Figura 8: Resultados da resistência à compressão

Fonte: Autor, 2020

Como se pode notar a substituição de 20% da areia natural pela areia de britagem resultou

uma redução da resistência à compressão em 10% em relação ao traço que não contem areia

de britagem. Embora haja esta redução na resistência à compressão, a areia de britagem

apresentou resultados adequados para produção de concretos leves, pois os valores de

resistência a compressão para todos os traços aos 7 dias, superam o valor mínimo de 17 MPa

aos 28 dias, estabelecido pela NBR NM 35, 1995 no item 4.3.1.1.

6. CONCLUSÃO

A pesquisa apresentou resultados aceitáveis para os parâmetros avaliados de resistência a

compressão diametral e resistência à compressão, aos 7 dias de idade, para o estudo

exploratório de dosagem experimental de concreto leve produzido com argila expandida com

substituição do agregado miúdo de areia natural por 20% de areia de britagem. A sequência

dos estudos avaliará os parâmetros aos 28 dias, para afirmar, a potencialidade de uso

estrutural do concreto leve produzido. Ressalta-se que os traços produzidos, nos 7 dias de

idade, já atingiram as resistências mínimas sugeridas nas normas técnicas brasileiras.

6. AGRADECIMENTO

Os autores agradecem ao Instituto Nacional Angolano de Gestão de Bolsas de Estudos

(INAGBE) pelo apoio financeiro e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

(UNESP – Campus de Bauru).

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7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Referências

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