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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA ÉRICA DOS SANTOS BARRETO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA

ÉRICA DOS SANTOS BARRETO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO: MERI POBO AGROPECUÁRIA LTDA.

MOSSORÓ 2020

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ESTAGIÁRIO (A): ÉRICA DOS SANTOS BARRETO

ÁREA DE DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EMPRESA/INSTITUIÇÃO: MERI POBO AGROPECUÁRIA LTDA.

MERI POBO AGROPECUÁRIA LTDA.

Relatório de estágio apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para cumprimento dos Estágio Supervisionado e TCC.

Orientador (UFERSA): Rui Sales Júnior, Doutor em Fitopatologia.

Supervisor (Empresa): Fernando Ivo Holanda Frota Júnior, Engenheiro Agrônomo.

MOSSORÓ 2020

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©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo desta obra é de

inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

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ÉRICA DOS SANTOS BARRETO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO: MERI POBO AGROPECUÁRIA LTDA.

Relatório de estágio apresentado a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

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Ao José Francisco da Silva (In Memoriam) meu bisavô amado que sempre esteve presente em vida e hoje como lembrança, sendo a luz que sempre me guiará e abrilhantará meus caminhos.

A Hilda da Silva Barreto (In Memoriam) minha avó, pessoa que sempre tive como exemplo de força, determinação e de respeito. Sei que vibra comigo hoje por essa conquista.

A Deus pela proteção e bênçãos ao longo dessa caminhada.

A Francisca Ivoneide dos Santos Barreto, minha mãe, pelo incentivo, esforço e paciência ao decorrer de toda minha formação pessoal e intectual, meu exemplo de garra e força.

Ao Francisco Ivomar Barreto, meu pai, por todo o incentivo dado e por toda confiança depositada em mim durante toda minha formação, me proporcionando segurança para seguir em frente, meu exemplo de força e determinação. Ao Jefferson Francisco dos Santos Barreto, meu irmão, pelo apoio e confiança ao logo desses anos, sendo exemplo de determinação e honestidade.

A Aline Rocha Fernandes, aquela pela qual tenho imensa admiração, que contribuiu significativamente me apoiando e participando do fechamento desse ciclo tão importante, com quem aprendi a acreditar mais em mim.

Ao André Luiz de Freitas, meu amigo desde o primeiro semestre de graduação e que esteve comigo em todos os momentos, desde os mais difíceis até chegar aqui, sem dúvidas, alguém que já faz parte da família.

Ao João Victor Goulart, grande amigo que a UFERSA me deu e que levarei para vida, alguém que muito me ajudou e que me fez ver e viver a vida de forma mais leve.

Ao Rui Sales Júnior, meu orientador, que me proporcionou momentos de muito aprendizado dentro da pesquisa e muito apoio emocional ao longo dessa trajetória, alguém que fez a diferença na minha formação acadêmica e pessoal.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus por todos os anjos que colocou no meu caminho, por todos os desafios que enfrentei e me fizeram a mulher forte e determinada que sou hoje, por todas as bênçãos que derramou sobre mim e por me permitir viver momentos tão felizes como esse ao lado de pessoas que amo.

Agradeço aos meus Pais, Francisca Ivoneide dos Santos Barreto e Francisco Ivomar Barreto, por servirem como exemplo de integridade e perseverança. Por terem acreditado em mim e estarem sempre felizes com meus resultados, me apoiando em tudo que preciso, vocês são o motivo de toda minha vontade de vencer, essa conquista é nossa!

Agradeço ao meu irmão, Jefferson Francisco dos Santos Barreto, o qual me acompanhou em toda essa jornada, mostrando através de exemplo que nunca devemos desistir dos nossos sonhos e que somo capazes de alcançar nossos objetivos.

Agradeço ao meu orientador por toda a contribuição intelectual ao longo da minha formação acadêmica, o qual sempre apresentou disponibilidade em sanar dúvidas e curiosidades, bem como, acreditou no meu potencial e me deu a oportunidade de trabalhar na área que mais me identifiquei em toda a graduação, Fitopalogia.

Agradeço a Banca Examinadora, Andréia Mitsa Paiva Negreiros que foi muito participativa nos meus trabalhos de pesquisa e a professora Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio, que me orientou no início da graduação na área de microbiologia e sempre esteve disponível para ajudar. Meu muito obrigada pela disponibilidade em participar desse momento tão decisivo da minha formação.

Agradeço aos meus Amigos André Luiz, Milene de Lima, Eula Paula, que estiveram presentes desde o início da graduação, onde vivemos muitos momentos importantes juntos. Muitas noites em claro estudando e ajudando uns aos outros, vocês sempre estarão presentes nas melhores lembranças da graduação. Agradeço também a Kalyne que sempre me alegrou e fez meus dias mais leves, Simara que sempre esteve pronta para me ajudar e ouvir, Bianca que muitas vezes me ouviu e tentou fazer eu me sentir melhor e Nilgleane que nunca negou um ajuda e melhorou meus dias, todas dividiram moradia e muito momentos importantes comigo nos últimos semestres da graduação. Ao Alfredo que muito me ajudou, incentivou e acreditou na minha capacidade e hoje considero um amigo e Hiago que foi amigo, parceiro de estudos e de muitos momentos bons durante a graduação. Ao Victor que sempre esteve presente desde o dia em que tive a oportunidade de conhece-lo melhor, fazendo o possível para me alegrar e me deixar feliz, acreditando e ficando feliz por minhas conquistas. Ao Ketson, meu professor de expressão gráfica no primeiro semestre, que hoje posso chamar de

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amigo, acolheu e me ajudou quando mais precisei, me incentivando sempre a alcançar meus objetivos. Por fim agradeço a Aline, alguém que sempre me apoia e me faz feliz, meu muito obrigada por tudo que fez e faz por mim.

Agradeço aos meus familiares, primos, tios, avós e parentes que estão na torcida pela minha felicidade e realização, bem como, participaram de alguma forma positiva para minha formação.

Agradeço aos professores, Joaquim Pinheiro, João Liberalino e Eudes de Almeida pela colaboração durante a graduação e principalmente nessa fase final, onde contribuíram significativamente para a conclusão deste trabalho.

Agradeço à empresa concedente de estágio, Meri Pobo Agropecuária Ltda, em especial ao Assis, o qual participou efetivamente na minha orientação dentro do setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa, com quem pude aprender muito e também alguém que contribuiu consideravelmente para minha formação e preparação para o primeiro emprego, onde hoje posso chamar de chefe e muito mais que isso, um amigo. Agradeço também aos assistentes técnicos, Jackson, Graça e Giovane, que se disponibilizaram a tirar dúvidas e compartilharam experiências e conhecimentos comigo.

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RESUMO

O cultivo da acerola (Malpighia emarginata DC.) teve o seu maior impulso a partir de 1946, quando foi descoberto seu alto conteúdo de vitamina C. Nos últimos anos, o cultivo de frutíferas no trópico-árido do Nordeste brasileiro tem-se mostrado uma atividade atraente, graças às condições de solo e clima e à adaptabilidade de várias espécies, o que favorece a implantação de pomares comerciais. Contudo, o objetivo do estágio foi desenvolver e auxiliar as atividades no setor de pesquisa e desenvolvimento, acompanhar o processo produtivo da aceroleira, dentre eles: colheita e análises laboratoriais, para observação da resposta do fruto em teores de vitamina C e sólidos solúveis totais, verificando assim, qual o melhor manejo de irrigação a ser utilizado nas áreas de interesse de produção. O estágio foi realizado na fazenda da Meri Pobo Agropecuária Ltda., empresa austríaca situada na zona rural do município de Jaguaruana no Ceará, a qual encontra-se em atividade a aproximadamente 5 anos, e que na atualidade trabalha com as seguintes culturas: pitaya, uva, mamão, melancia, sapoti, camu camu e acerola sob regime de produção irrigada e orgânica. Foi possível uma troca significativa de conhecimentos práticos e teóricos dentro da organização, favorecendo um ótimo desempenho das atividades previstas pelo estágio, como também, das não previstas. Além do aprendizado técnico-científico e prático, também foi possível um crescimento do caráter profissional e pessoal de grande valia para novas experiências.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fazenda Meri Pobo Jaguaruana – CE...19 Figura 2 – Fazenda Meri Pobo Jaguaruana - CE, imagem via satélite. …...19

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO ... 11 2.1 Objetivos gerais ... 11 2.2 Objetivos específicos ... 11 3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 12

3.1 FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORDESTE BRASILEIRO ... 12

3.2 CULTIVO DE ACEROLA IRRIGADA NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO ... 14

3.3 AGRICULTURA DE PRECISÃO ... 15

3.4 AGRICULTURA ORGÂNICA ... 16

4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL ... 18

5 ATIVIDADES REALIZADAS... 20

6 CORRELAÇÃO COM O CURSO ... 21

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 22

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1 INTRODUÇÃO

Segundo a EMBRAPA (2012) o cultivo da acerola (Malpighia emarginata DC.) teve o seu maior impulso a partir de 1946, quando foi descoberto seu alto conteúdo de vitamina C (que alcança até 5.000 miligramas por 100 gramas de polpa). Sob o incentivo dessa descoberta, iniciou-se o plantio comercial da aceroleira em Porto Rico, expandindo-se a seguir para Cuba, Flórida e Havaí.

A aceroleira é uma planta da família Malpighiaceae que apresenta um fruto altamente conhecido em todo o mundo. A espécie surgiu nas Antilhas, Norte da América do Sul e América Central e foi trazida para o Brasil em 1956, graças a trabalhos da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Nos últimos anos, o cultivo de frutíferas no trópico-árido do Nordeste brasileiro tem-se mostrado uma atividade atraente, graças às condições de solo e clima e à adaptabilidade de várias espécies, o que favorece a implantação de pomares comerciais (EMBRAPA, 2012).

Segundo dados do SEBRAE (2019) a produção de polpa e suco de acerola é ainda a principal destinação da fruta, dada sua perecibilidade e acidez. Os frutos da aceroleira apresentam rendimento de suco entre 49% e 75% do seu peso, com elevada acidez (pH 3,3), apresentando um teor de água nos frutos em média de 90%.

Atualmente a empresa Meri Pobo Agropecuária Ltda. é considerada a maior fazenda orgânica de acerola do mundo, com um projeto previsto de plantar 1000 ha de acerola para colheita mecanizada. Não obstante, até o presente momento, já foram plantados 100 ha de acerola para este formato mecanizado. A supracitada empresa conta com uma média de 300 funcionários e uma área adicional de 70 hectares de frutíferas diversificadas.

O mercado de comercialização da empresa é voltado para produção de frutos com alto teor de vitamina C, destinado ao mercado de cosméticos. Vale ressaltar que a mesma trabalha com agricultura de precisão e apresenta certificação em produção orgânica, o que conta positivamente no mercado, tanto interno como externo, visto que o consumidor se encontra cada vez mais exigente quanto ao consumo de produtos orgânicos.

Sendo assim, devido à enorme área de acerola a ser cultivada nesta empresa, observa-se a grande importância econômica e social desta fruta em nível mundial, trazendo assim, benefícios à saúde humana, favorecendo aos produtores e consequentemente, gerando fonte de renda para as famílias dos colaboradores.

Dessa forma, conhecer fontes alternativas de controle de pragas e doenças, bem como, a utilização de um manejo que venha a se diferenciar do convencional, torna-se cada vez mais um diferencial do profissional para o mercado, não só para organizações que trabalham sob

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10 selos orgânicos, mas também para aquelas que adotam um manejo integrado, desde os tratos culturais até a pós colheita, visando a redução, ou a não utilização de agroquímicos.

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11 2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO

2.1 Objetivos gerais

 Desenvolver e auxiliar as atividades no setor de pesquisa e desenvolvimento em uma das fazendas da empresa Meri Pobo Ltda., localizada no município de Jaguaruana, Ceará.

2.2 Objetivos específicos

 Acompanhar o processo produtivo da aceroleira, dentre eles: colheita e análises laboratoriais, para observação da resposta do fruto em teores de vitamina C e sólidos solúveis totais, verificando assim, qual o melhor manejo de irrigação a ser utilizado nas áreas de interesse de produção.

 Auxiliar em todas as atividades de laboratório e interpretação de dados, bem como, acompanhamento de atividades de campo.

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12 3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 FRUTICULTURA IRRIGADA NO NORDESTE BRASILEIRO

A fruticultura praticada no semiárido nordestino tem destaque hoje em dia graças à agricultura irrigada que permite a produção de frutas durante todo o ano. O governo criou uma estratégia para o desenvolvimento da agricultura irrigada centrando-se na premissa de ser ela um fator importante para o desenvolvimento nacional já que alcançando a expansão projetada geraria renda e emprego, garantindo assim o desenvolvimento sustentável da região e do país nos próximos anos.

Sabe-se que através da definição de políticas regionais e de uma política nacional de meio ambiente é possível garantir a sustentabilidade de uma região. Entretanto é de fundamental importância levar em consideração a diversidade do ambiente em que a mesma está inserida para promover assim, uma estabilidade ecológica, social e econômica. (BARBOSA, 2006)

De acordo com dados da FAO (2016), em 2013 o Brasil foi o terceiro maior produtor mundial de frutas com 37,7 milhões de toneladas, ficando atrás apenas da China e da Índia. No Nordeste, apesar das restrições hídricas e de solo do semiárido, a fruticultura também se reveste de elevada importância econômica e social em diversas áreas. A Região responde por 27% da produção nacional de frutas, destacando-se em diversos cultivos como coco, goiaba, mamão, manga, maracujá, abacaxi e melão.

Uma das explicações para o bom desempenho da fruticultura no Nordeste são as condições de luminosidade, temperatura e umidade relativa do ar que conferem à Região vantagem comparativa em relação as Regiões Sul e Sudeste do País, para o cultivo de grande quantidade de culturas.

Em termos de valor de produção, destaca-se no Nordeste brasileiro a fruticultura irrigada. A viabilização da irrigação por meio da implantação de infraestrutura hídrica pelo Governo Federal possibilitou a criação e consolidação de polos de fruticultura no semiárido nos Estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Nos perímetros irrigados, os produtores que obtêm maior sucesso são aqueles de maior porte e mais estruturados, pois possuem mais acesso a conhecimento técnico e de mercado. E na fruticultura de sequeiro predomina o pequeno produtor rural. (VIDAL; XIMENES, 2016).

A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expandiu nos últimos anos. É crescente a demanda interna e externa por frutas, principalmente as do tipo exportação e a adoção da técnica de irrigação por gotejamento no sertão nordestino, região semiárida, considerada adversa ao desenvolvimento de lavouras, tem tornado um

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13 sonho, antes considerado impossível, um fato real. Quando bem implantada, a irrigação por gotejamento viabiliza a produção agrícola e possibilita a obtenção de frutas de melhor qualidade, até mesmo na época da entressafra. Sem ela, seria impossível aos agricultores vencerem as condições climáticas da região nordeste, muitas vezes agravadas pela estiagem prolongada. (TEIXEIRA, 2017).

O gotejamento faz com que frutas, como o melão, melancia, goiaba, maracujá, banana e mamão crescem viçosas e doces. No entanto, ele exige, para a sua correta aplicação, conhecimentos específicos, como as técnicas agrícolas de preparo do solo, adubação, manejo de pragas e doenças, entre outras. Somente assim, o produtor conseguirá manter uma produção em escala, durante os 12 meses do ano, aumentando sua expectativa por uma maior rentabilidade. No Brasil, de 2000 a 2012 as exportações tiveram um salto de US$ 50 milhões para US$ 619 milhões, e os Estados do Nordeste lideram esta estatística. Neste novo senário, graças ao sistema de irrigação por gotejamento, o melão, a manga e a uva são as frutas que mais faturaram. A maior parte dos frutos é exportada para os exigentes mercados da Europa, principalmente, dos EUA e o Oriente Médio. Pelo sistema de irrigação por gotejamento, a água é levada sob pressão por tubos até os pomares. Depois, é aplicada no solo por meio de emissores na raiz da planta, frequentemente, e em baixa intensidade. Os emissores de sistemas de irrigação localizada, gotejadores e microaspersores são os componentes responsáveis por aplicar água no solo para ser utilizada pelas plantas. Existem, basicamente, três formas de dispor as mangueiras ou linhas laterais nas culturas para se fazer a irrigação: uma linha lateral por fileira de plantas; duas linhas laterais por fileira de plantas; ou uma linha lateral para duas fileiras de plantas. O sistema mais adequado para cada situação vai depender, além da cultura a ser implantada, de estudos prévios feitos por profissionais habilitados para desenvolver o projeto de irrigação. Uma coisa é certa, a eficiência desse processo chega a 95%, não havendo desperdício de água, bem mais precioso do Nordeste. (TEIXEIRA, 2017)

Quando a irrigação pelo sistema de gotejamento é associada à fertilização e à quimigação, então, o sucesso é muito maior. Neste caso, a lavoura não recebe apenas água. Ela é irrigada com água, nutrientes e defensivos ao mesmo tempo, na dose certa para o seu desenvolvimento. O abastecimento de água é feito por meio de poços artesianos. No sertão nordestino, a dificuldade para se chegar aos lençóis freáticos é tão grande, que os fruticultores, muitas vezes, têm de construir poços de até 100 metros de profundidade. (TEIXEIRA, 2017)

Rodrigues et. al (2017) destacam que agricultura irrigada terá que se adaptar a uma sociedade cada vez mais dinâmica, exigente quanto à alimentação e quanto às questões sociais

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14 e ambientais e que, para isso, terá que enfrentar desafios institucionais, políticos, ambientais, estruturais, científicos, de capacitação, de comunicação, técnicos, tecnológicos e climáticos.

3.2 CULTIVO DE ACEROLA IRRIGADA NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

A acerola ou cereja das Antilhas, é planta rústica, desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical, quando adulta (madura) suporta temperaturas de até 0º C. Segundo Simão (1971) e Almeida e Araújo (1992), a acerola se adapta bem à temperatura média em torno de 26º C. Durante o período seco e frio a planta permanece estacionária, o que é normal, e quando a temperatura se eleva, a vegetação e o florescimento mantêm-se constantes. Sua frutificação acontece na primavera-verão. A altitude pode ser de 0 nível do mar até 800m ou mais. Por ser de clima tropical e subtropical, com chuvas ou irrigações distribuídas em torno de 1000 a 2000 mm, poderá haver uma grande produção de frutos de maior tamanho. As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos.

Para Marty e Pennock (1965), a acerola não exige solos específicos. Os mais indicados são os de média fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade. Entretanto, certos cuidados devem ser tomados, como a fertilização adequada dos terrenos, arenosos e a drenagem das áreas de solos mais pesados onde pode ocorrer salinação e evitando, nos solos mais arenosos as áreas infestadas por nematóides.

A irrigação na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiões com problemas de insuficiência e/ou má distribuição de chuvas (abaixo de 1.600mm anuais). Á medida que se reduz a disponibilidade de água, diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aérea da planta, porém a água em excesso provoca diminuição da qualidade do fruto, reduzindo os teores de vitamina C. O uso da irrigação de forma racional permite no mínimo a duplicação da produção e o aumento no número de safras.

Segundo Scaloppi (1986), a escolha dos sistemas de rega depende de uma série de fatores técnicos, econômicos e culturais com as condições específicas da propriedade: 1) recursos hídricos (potencial hídrico, situação topográfica, qualidade e custo da água); 2) topografia; 3) solos (características morfológicas, retenção hídrica, infiltração, características químicas e variabilidade espacial); 4) clima (precipitação, ventos e evapotranspiração potencial); 5) culturas (sistema e densidade de plantio, profundidade efetiva do sistema radicular, altura das plantas exigências agronômicas e valor econômico); 6) aspectos econômicos (custos iniciais, operacionais e de manutenção); 7) fatores humanos (nível educacional, poder aquisitivo, tradição, etc.). Os tipos de irrigação mais utilizados são: aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, e por tubos perfurados (Xique-xique),

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15 por sulco de infiltração com bacias de captação na projeção da copa e irrigação por mangueira no mesmo estilo. Os sistemas de irrigação por sulcos e gotejamento são indicados para solos argilo-arenosos; já os sistemas de aspersão e microaspersão se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos.

Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores, dentre eles Asenjo (1959) e Sena e Pereira (1984), como uma rica fonte de vitamina C, o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal.

Além do alto teor de vitamina C, estão presentes em sua composição doses expressivas de vitamina A, ferro e cálcio. A acerola contém ainda, de acordo com Ledim (1958), tiamina, riboflavina e niacina, além de ferro, cálcio e fósforo, necessário às funções vitais do homem. Por ter um alto teor de vitamina C, conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentação das pessoas. A acerola é caracterizada de mão-de-obra intensiva, principalmente nas etapas de colheita e classificação dos frutos. Tratando-se de uma frutíra cuja produção nas áreas irrigadas é quase ininterrupta, seu cultivo requer maior contingência de mão-de-obra. O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste é de suma importância social, para o pequeno fruticultor que terá o fluxo de caixa quase contínuo. Este aspecto é importante, uma vez que o pequeno fruticultor em geral não dispõe de capital de giro.

3.3 AGRICULTURA DE PRECISÃO

A Agricultura de Precisão (AP) compreende um conjunto de técnicas e metodologias que visam otimizar o manejo de cultivos e a utilização dos insumos agrícolas, proporcionando uma maior otimização da eficiência econômica. As ferramentas de AP permitem o uso racional dos fertilizantes e agrotóxicos garantindo a redução dos impactos ambientais decorrentes da atividade agrícola (MAPA, 2009).

Em complemento à definição, segundo Molin (2009), a AP é um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variação espacial de propriedades do solo e das plantas encontradas nas lavouras e visa à otimização do lucro, sustentabilidade e proteção do ambiente. Trata-se de um conjunto de tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento que considere a variabilidade espacial da produção. Existem relatos de que se trabalha com a AP desde o início do século XX. Porém, a prática remonta aos anos 1980, quando na Europa foi gerado o primeiro mapa de produtividade, e nos EUA fez-se a primeira adubação com doses variadas. No entanto, o que deu o passo determinante para a sua implementação foi o surgimento do GPS (Sistema Posicionamento Global por Satélites), em

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16 torno de 1990. No Brasil, as atividades ainda muito esparsas datam de 1995 com a importação de equipamentos, especialmente colhedoras equipadas com monitores de produtividade.

A solução hoje utilizada de enfocar grandes áreas e entendê-las como homogêneas, levando ao conceito da necessidade média para a aplicação dos insumos (fertilizantes, defensivos, água, etc), faz com que, por exemplo, a mesma formulação e/ou quantidade do fertilizante seja utilizada para toda a área, atendendo apenas as necessidades médias e não considerando, desta forma, as necessidades específicas de cada parte do campo. O mesmo acontece para os demais insumos, causando como resultado uma lavoura com produtividade não uniforme. A AP prevê a reversão deste quadro, permitindo a aplicação de insumos agrícolas nos locais corretos e nas quantidades requeridas. (NUNES, 2016)

A busca por maiores produtividades com o uso de AP implica em estratégias mais elaboradas que normalmente estão associadas a aqueles usuários que investiram mais em dados e conhecimento e dispõem de mapas de produtividade. Na AP, atestar aumento de produtividade não é algo que se faz simplesmente comparando resultados de fechamento entre safras.

No entanto, para aqueles que optam por fazer intervenções na fertilidade do solo, mesmo que apenas com base nas amostragens, é de se esperar que com a realocação dos insumos sejam diminuídos os desequilíbrios e num segundo momento a produtividade das culturas tendam a melhorar (MAPA, 2009)

3.4 AGRICULTURA ORGÂNICA

De acordo com a Instrução Normativa 07 do Ministério de Agricultura e do Abastecimento: Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária e industrial, todo aquele em que se adotam tecnologias que otimizem o uso de recursos naturais e sócio-econômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energias não renováveis e a eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos geneticamente modificados – OGM/transgênicos, ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os mesmos, privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a transparência em todos os estágios da produção e transformação.

A adoção de sistemas orgânicos de produção pode em muito minimizar os problemas ambientais decorrentes da atividade agrícola, conforme reconhecido pelo Ministério da Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA, 1984) e enfatizado por diversos autores (Zimmermann, 1985; Altieri et. al., 1987; Altieri, 1989; Costa, 1987; Dulley & Carmo, 1987;

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17 Miyasaka & Nakamura, 1989; Ehlers, 1995; Giordano, 1995; Mejía, 1995; Paschoal, 1994, 1995; Saradón, 1996).

Estudos realizados pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos, em 1989 por Hileman (1990), evidenciaram que as explorações agrícolas que incorporam sistemas alternativos apresentam resultados financeiros favoráveis em quase todos os principais produtos, normalmente a preços competitivos e, em geral, sem participar de programas federais de subsídios e preços mínimos. Além disso, há indicação de que o uso reduzido de insumos químicos, nesse tipo de agricultura, além de atenuar os efeitos adversos da agricultura sobre o meio ambiente e a saúde humana, diminui os custos de produção sem, necessariamente, diminuir e, em alguns casos até aumentando, os rendimentos e a produtividade das lavouras e das criações, mantendo inclusive a boa aparência dos produtos. O binômio saúde/alimentação vem despertando a atenção do consumidor na busca por alimentos mais saudáveis. Não é, portanto, surpreendente que a agricultura orgânica se apresente em ampla expansão em nível mundial por suas características de sustentabilidade e produtos de qualidade com certificação de origem que atendem à crescente demanda por parte de consumidores mais exigentes. (EMBRAPA, 2000). O Brasil criou a instrução normativa nº 7, de 17 de maio de 1999, que dispõe sobre normas para produção orgânica, e o primeiro passo para a inserção de produtos orgânicos no mercado é a conversão da área, confirmada pela certificação. No Brasil, em 2.000 havia 45 produtores com selo orgânico fornecido pelo Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento (IBD).

O Brasil está se consolidando como um grande produtor de alimentos orgânicos. Já são, aproximadamente, 17 mil propriedades certificadas em todas as unidades da federação. A maior parte da produção é oriunda de pequenos produtores. A Região Sul vem à frente, com pouco mais de seis mil produtores, seguida das regiões Sudeste e Nordeste com cerca de quatro mil produtores. Os estados que se destacam em número de produtores são: Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia. (SEBRAE, 2018). Uma pesquisa realizada pelo Sebrae (2018) mostra que 63% são produtores exclusivos de orgânicos e 25% trabalham essencialmente com produtos orgânicos. Estima-se que cerca de um milhão de hectares é cultivado organicamente no Brasil e que os principais produtos são: frutas, hortaliças, raízes, tubérculos, grãos e produtos agro industrializados. O consumo de produtos orgânicos cresce anualmente cerca de 25%, sendo que havia sido previsto R$ 4 bilhões para 2018.

Quanto à exportação, ainda não há dados oficiais dos produtos e valores comercializados pelo país, mas estimativas do Ministério da Agricultura mostram que o Brasil exporta principalmente açúcar, mel, grãos, frutas e castanhas para 76 países.

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18 Os principais desafios identificados pela pesquisa Organis (2017) com produtores orgânicos realizada pelo Sebrae (2018) são: insumos apropriados para a produção orgânica; comercialização; assistência técnica; logística; certificação; distribuição e gestão.

4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL

O estágio foi realizado na fazenda da Meri Pobo Agropecuária Ltda., empresa austríaca situada na zona rural do município de Jaguaruana no Ceará, a qual encontra-se em atividade a aproximadamente 5 anos, e que na atualidade trabalha com as seguintes culturas: pitaya, uva, mamão, melancia, sapoti camu camu e acerola sob regime de produção irrigada e orgânica. O grande projeto da empresa se baseia na implantação de 1000 ha de acerola com o objetivo de exportação de vitamina C em pó para indústria de cosméticos e afins, como também, reverter uma pequena parte desta produção para a venda direta do fruto “in natura” para o mercado interno. O número de funcionários gira ao redor de 300, tendo a fazenda uma área total de 5300 ha.

Mediante dados obtidos em análises pedológicas, com armazenamento no sistema de agricultura de precisão, os principais tipos de solos que compõem a fazenda são: Planossolos, Fluvissolos, Cambissolos, Plintossolos, Gleissolos e Estagnossolos. A empresa faz o monitoramento de pragas através do “Strider Agro” e conta com um drone para realização mensal do monitoramento multiespectral das áreas produtivas.

A maior parte das atividades do estágio foram desenvolvidas no departamento de pesquisa que conta com um espaço laboratorial para pesquisa e testes de qualidade e pós colheita.

A sede da Empresa fica situada no perímetro irrigado do tabuleiro de Russas no Ceará, em torno de 77 km de distância da filial. Na sede há produção de outras culturas, tais como, coco e goiaba, até então, com vendas destinadas ao mercado interno.

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FIGURA 1. Fazenda Meri Pobo Jaguaruana – CE. Fonte: Douglas Lima (2019).

FIGURA 2. Fazenda Meri Pobo Jaguaruana - CE, imagem via satélite. FONTE: Google Earth (2019).

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20 5 ATIVIDADES REALIZADAS

 Acompanhamento de produção na área de produção de mamão, observando forma de irrigação, tratos culturais, manejo da cultura, colheita e pós colheita;

 Atividades de laboratório, auxiliando nas análises de vitamina C bruta e filtrada (através do método de titulometria) e sólidos solúveis totais (°BRIX). Análises estas que foram desenvolvidas em diferentes momentos após a colheita: temperatura ambiente logo após ser colhida, em condição de resfriamento em câmara fria e após descongelamento, quando submetidas à temperaturas mais amenas.

 Participação no desenvolvimento de metodologias na avaliação de fósforo disponível no solo (coletado em uma das áreas de plantio de acerola) e em análise de dados obtidos;

 Visitas à empresa sede, a qual fica localizada em Russas – CE, onde foi possível acompanhar um pouco da cultura do Coco e da Goiaba, sob manejo de baixa disponibilidade de água, ou seja, uso racionado, devido à escassez existente no tabuleiro de Russas;

 Análises químicas de macro e micronutrientes presentes no suco da acerola e na água utilizada para fertirrigação, através do Fotômetro PF-12 Plus Multiparâmetros Portátil Completo Macherey-Nagel (MN) ETQ;

 Auxílio em atividade de coleta de dados em campo e em laboratório a respeito da resposta das aceroleiras em função do manejo e método de irrigação aplicado em uma área de teste, contendo diferentes variedades e diferentes regimes de irrigação: com 30% acima e abaixo do volume de irrigação necessário para a cultura, em aplicações com micro aspersão e gotejamento;

 Participação na avaliação de eficiência nos testes de colheita mecanizada, projeto que inicia em 2020, e que ainda está em fase de adaptações da máquina colheitadeira no período de estágio;

 Auxílio na interpretação de dados de todos os resultados obtidos no setor de pesquisa;  Participação em ideias de projetos futuros da empresa neste setor;

 Participação em palestras voltadas para prática laboratoriais sobre coleta e análises de solo juntamente com o corpo do setor de pesquisa da empresa;

 Atividades de rotina de laboratório. (Organização e limpeza; medições de CE, pH, ºBrix, etc);

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21  Auxílio no monitoramento multiespectral com Drone nas áreas da fazenda de

Jaguaruana e Russas.

6 CORRELAÇÃO COM O CURSO

É de suma importância para o desenvolvimento de um bom profissional na área de Ciências Agrárias esse contato com uma fazenda e com a realidade cotidiana proporcionada em um estágio. Particularmente, na empresa onde estagiei tive a oportunidade de observar na prática a importância de disciplinas como, Hidráulica e Irrigação, que é um grande desafio dentro da empresa e uma área que exige muita precisão e responsabilidade; Microbiologia Agrícola e Fitopatologia I e II, contribuindo na identificação e manejo ideal de determinados microrganismos e doenças presentes, grau de segurança alimentar, sendo feita a observação desde análises de água de irrigação, análise visual da planta e fruto, bem como, pós colheita no packing house e nas formas ideais de acondicionamento, onde já se soma aos conhecimentos provenientes da disciplina de pós colheita. A disciplina de Tecnologia em Alimentos foi muito valiosa junto às citadas anteriormente, contribuindo no entendimento de atividades do setor de qualidade da empresa, a qual pretende fazer, futuramente, todo o processo de beneficiamento, logo após conclusão do projeto da implantação da indústria. Todas as disciplinas de solos foram importantes dentro da minha atuação no estágio, inclusive pude participar de palestras e práticas voltadas a esse tipo de análise (de solo). A Nutrição mineral de plantas não é uma disciplina que existe na grade curricular do curso, tendo uma disciplina próxima, denominada de Química e Fertilidade do Solo, extremamente necessário todo o conteúdo existente nessa área para o desenvolvimento de praticamente todas as atividades desempenhadas, conhecer o que é um deficiência, um excesso de micro ou macronutrientes é o que permite achar um equilíbrio, e é também o que contribui na identificação de uma doença ou de um ataque de pragas em dada cultura. Ao se falar de pragas não poderia deixar de mencionar a disciplina de Entomologia I e II, que através da teoria, permitiu em campo, visualizar e identificar ataque de pragas, facilitando também a compreensão de nomenclaturas e termos técnicos da área. Disciplinas como Agroecologia, Sociologia Rural, Comunicação e Extensão Rural me permitiram conhecer um pouco sobre o cultivo orgânico e não chegar tão leiga sobre esse assunto numa empresa que trabalha com a perspectiva de equilíbrio nutricional, lei da trofobiose e tudo que foge do método de produção agrícola convencional, o que pouco se é visto na grade curricular do curso de agronomia da UFERSA, mas como o curso é uma teia, somando-se conhecimentos destas áreas com a

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22 fruticultura, foi possível realizar um trabalho efetivo e engrandecedor. Desta forma a importância de cada disciplina se interliga fazendo com que tenhamos conhecimento suficiente para ingressarmos no mercado de trabalho, visto que o estágio sela tudo que aprendemos teoricamente. Com isso, a realização deste estágio proporciona a efetiva formação do discente e de um melhor profissional.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível uma troca significativa de conhecimentos práticos e teóricos dentro da organização, favorecendo um ótimo desempenho das atividades previstas pelo estágio, como também, das não previstas. Além do aprendizado técnico-científico e prático, também foi possível um crescimento do caráter profissional e pessoal de grande valia para novas experiências. O estágio proporciona ao discente uma experiência ímpar na sua formação, onde a empresa concedente permitiu abertura sobre o entendimento a respeito do cultivo agrícola orgânico e sob novas técnicas e tecnologias utilizadas na agricultura de precisão, expansão sobre conhecimento da cultura da acerola, suas diversas características em um leque de variedades existentes dessa frutífera, que ainda pouco se é estudada sob o viés de agricultura orgânica e de precisão. Com isso, existem algumas dificuldades em se encontrar dados na literatura, sendo desafiador e interessante conhecer mais sobre o potencial que temos no Nordeste para esta e outras culturas.

Portanto, o que foi estudado na universidade nas diversas disciplinas e associado à disciplina de estágio realizada na empresa Meri Pobo permitiu a consolidação de uma etapa prévia à conclusão do curso, possibilitando a inserção do discente no mercado de trabalho, tendo seu primeiro contato de forma mais sutil e engrandecedora, tornando-o mais preparado após sua formação e por fim, mostrando que para que sejamos bons ou excelentes profissionais, faz-se necessária a incessante busca pelo conhecimento e pelo novo.

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