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Dicas - Semana 4 - Junho

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Academic year: 2021

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Dicas - Semana 4 - Junho

#Dicas - ADC

1. Cabível somente par ATOS NORMATIVOS FEDERAIS. Neste sentido (CESPE): "Caso o Distrito Federal, no exercício de sua competência legislativa estadual, edite ato normativo proibindo determinado serviço de transporte, poderá ser ajuizada ação declaratória de constitucionalidade no STF a fim de que a insegurança jurídica seja afastada". Falso!

1.1. (JUIZ FEDERAL - CESPE): "Cabe ao STF processar e julgar a ação

declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual". Incorreta!

1.2. (FCC-FUNAPE-2018): "o Governador do Estado tem legitimidade para ajuizar ação declaratória de constitucionalidade, em face de lei estadual, perante o

Supremo Tribunal Federal". Incorreto!

2. A finalidade é tornar a presunção relativa em ABSOLUTA de constitucionalidade (AGU-2ª fase- 2015).

3. São os mesmos legitimados da ADI. Neste sentido (CESPE): "O defensor público-geral da União tem legitimidade constitucional para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade e de ação declaratória de constitucionalidade". alternativa incorreta! Essa mesma questão foi cobrada pela FCC na prova da DPEBA (2017).

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3.1. Os legitimados da ADC também foi cobrado na PGTO-FCC, dando como resposta correta: "Entidade de classe de âmbito nacional, sendo necessária a comprovação de pertinência temática, podendo também propor mandado de segurança coletivo para a defesa de direito líquido e certo de seus filiados

compatível com as finalidades institucionais da entidade, independentemente de autorização especial de seus associados, mas desde que a entidade esteja em funcionamento há pelo menos um ano".

4. O requisito para ADC é controvérsia judicial relevante. Atenção: A doutrinária não vale.

5. A controvérsia, para o STF, deve ser QUALITATIVA e não quantitativa. Neste sentido (CESPE): "Constitui requisito da petição inicial da ação declaratória de constitucionalidade a indicação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Essa controvérsia pode ser caracterizada pela demonstração do simples desacordo entre os tribunais acerca da aplicação da norma". Incorreta!

6. Na ADC, é cabível a intervenção de amicus curiae. (FCC-JUIZ): "A ação declaratória de constitucionalidade observa processo objetivo que admite a manifestação de órgãos ou entidades a título de amici curiae, ainda que o

permissivo legal específico que autorizaria sua intervenção tenha sido vetado pelo Presidente da República". Correta!

7. Não cabe intervenção de terceiros; recursos, salvo EDCL e ação rescisória.

8. Via de regra, a cautelar tem efeitos ex nunc. No entanto, algumas já foram conferidas com efeito ex tunc pelo STF.

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9. A cautelar tem duração de 180 dias. No entanto, o decurso do prazo não gera automaticamente a perda de sua eficácia.

10. Cabe medida cautelar em ADC que determine a suspensão de processos que envolvam a aplicação da norma em análise na ADC até que haja o julgamento definitivo do pedido principal.

11. (FCC): "os efeitos da decisão em Ação Declaratória de Constitucionalidade são sempre inter partes". Falso! São erga omnes.

#Dicas - ADI por omissão

1. Só cabe em relação a normas de eficácia limitada. (CESPE - TJAM): "Se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos

preceitos da CF, ou seja, a torná-los efetivos, operantes e exequíveis, abstendo-se, em consequência, de cumprir o dever de prestação que a CF lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto constitucional. Desse non facere ou non praestare, resultará a inconstitucionalidade por omissão, que pode ser total ou parcial". Alternativa correta!

2. Não é cabível se a omissão for de ato concreto. Apenas tem cabimento em relação a atos normativos.

3. É cabível a intervenção de amicus curiae. (CESPE - TRF1): "Não é admitida a participação do amicus curiae na ADI por omissão". Alternativa Incorreta!

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4. Se a omissão for de órgão administrativo, deve ser sanada em 30 dias, sob pena de responder por crime de responsabilidade. (MPEMG-2018): "declarada a

inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das

providências necessárias e, em se tratando de órgão legislativo, para fazê-lo em trinta dias". Falso! É órgão administrativo.

4.1. (MPEBA): "Declarada a inconstitucionalidade por omissão para tornar efetiva norma constitucional será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Supremo Tribunal Federal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido". Correta!

4.2. (PGF - CESPE): "Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a legitimidade passiva restringe-se ao Poder Legislativo inadimplente, ao qual será estipulado prazo para adotar as providências cabíveis no sentido de suprir a omissão". Falso!

4.3. (CESPE): "Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em até noventa dias". Falso!

5. Deve ser proposta pelos legitimados da ADI.

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7. (CESPE -TRF5): "Não é cabível medida cautelar em ADI por omissão". Falso! Vejamos: "Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da *maioria absoluta* de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou

autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias".

8. (PGE/AC): "Quando a norma objeto do controle de constitucionalidade dispuser sobre determinado assunto sem direcionar seus efeitos a todos os sujeitos e/ou a todas as situações (iguais) que deveriam estar incluídas no seu âmbito de

aplicação, tem-se inconstitucionalidade por omissão parcial". Aternativa correta! De acordo com Bernardo Gonçalves:

8.1. A omissão pode ser parcial propriamente dita, quando a lei não consegue viabilizar de forma adequada ou satisfatória os direitos previstos na Constituição ou omissão parcial relativa, que ocorre quando a lei é insuficiente em relação aos atingidos.

Novas teses divulgadas pelo STJ:

*Nos termos da jurisprudência desta Corte, a responsabilidade do hospital por falhas em atos típicos de prestação de serviços hospitalares é objetiva, tais como a contração de infecção generalizada, nos termos do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor, estando limitada a responsabilidade subjetiva aos atos médicos. Precedentes.

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*Este Superior Tribunal pacificou a jurisprudência de que o tipo penal do art. 1º, I, da Lei n. 8.137/1990 prescinde de dolo específico, sendo suficiente, para sua caracterização, a presença do dolo genérico consistente na omissão voluntária do recolhimento, no prazo legal, do valor devido aos cofres públicos. Precedentes.

*Esta Corte entende que "inexiste cerceamento de defesa quando, nos exatos termos do art. 217 do Código de Processo Penal, o Juiz fundamentadamente determina a retirada do réu da audiência de inquirição de testemunha, por verificar que sua presença causa temor e constrangimento ao ofendido, que afirmou

expressamente não ter condições psicológicas de depor diante do Paciente.

Mais informações:

http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisa_pronta/toc.jsp?livre=(@DTNV%20%3E%20%2 720180618%27)%20OU%20(%27ASSUNTOS%20RECENTES%27.mat.)

É possível aplicar a teoria da causa madura no Recurso Especial? -

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De acordo com o STJ, Não! Vejamos: "A jurisprudência do STJ é firme no sentido de ser inaplicável a teoria da causa madura na via especial, porquanto

necessário o prequestionamento da matéria submetida à esta Corte. Tratando-se a omissão acerca de questões fático-probatórias, inviável a aplicação do direito á espécie nesta Corte Superior".

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No entanto, o mesmo tribunal admite que a referida teoria seja aplicada em sede de agravo de instrumento. Vejamos: "Admite-se a aplicação da teoria da causa madura (art. 515, § 3º, do CPC/1973) em julgamento de agravo de instrumento". Isso ocorre

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em razão de ser um instituto aplicável aos recursos em geral (salvo as limitações jurisprudenciais), o que permite sua aplicação também ao agravo de instrumento, notadamente em razão do princípio da celeridade processual.

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Bons Estudos!

Equipe Conteúdos PGE

Fonte: AgInt no REsp 1609598 / SP - DJe 17/11/2017 e Informativo 590, STJ

#Questões Comentadas - limitações à propriedade

1. (Câmara de Feira de Santana - 2018): "Se o bem desapropriado for usado para interesses particulares dar-se-á a tresdestinação, que pode levar à retrocessão da desapropriação, com o retorno do bem ao expropriado". Alternativa Correta! No caso em tela, houve uma tredestinação ilícita, que gera o direito à retrocessão. No entanto, se o bem fosse utilizado em finalidade pública, não existiria esse direito.

2. A desapropriação indireta ocorre nos casos em que o Poder Público apreende bens ilegalmente comercializados, e também nos casos de expropriações de terras utilizadas para o cultivo de substâncias ilegais, situações em que a respectiva indenização ocorrerá mediante títulos da dívida pública. Alternativa incorreta! no caso não houve desapropriação indireta, que é a desapropriação sem observância dos requisitos legais.

3. No caso do parcelamento e edificação compulsórios, esses institutos podem ser usados pelo Poder Público municipal e estadual na hipótese de o proprietário do imóvel não utilizado ou subutilizado questionar a aplicação do IPTU com alíquota

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progressiva no tempo ou a desapropriação para fins de reforma urbana. Incorreta! O Estado não pode utilizar esse tipo de instrumento, que é apenas do Município.

4. (MPEMG): "O tombamento, a desapropriação, a ocupação temporária e a limitação administrativa são formas de intervenção do Estado na propriedade privada, que se perfazem mediante prévia e justa indenização ao proprietário". Falso! Somente a desapropriação tem prévia e justa indenização, os demais é necessário ação judicial para pedir indenização.

5. (VUNESP): "o Supremo Tribunal Federal já afirmou que a hierarquia verticalizada dos entes federados prevista expressamente na Lei de Desapropriação (Decreto-lei no 3.365/41) não se estende ao tombamento, não havendo vedação a que Estado possa tombar bem da União, tampouco que Município possa tombar bem estadual ou federal". Correto! Como dito nas dicas de sábado, não há limitação de

"hierarquia" no tombamento.

6. (STJ 2018): "Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o ente público desapropriante responderá pelos tributos incidentes sobre o imóvel

desapropriado, mesmo que o período de ocorrência do fato gerador seja anterior ao ato de aquisição originária da propriedade". Falso! Tendo em vista que receberá o imóvel livre e desembaraçado. Vejamos a tese do informativo 606: "O ente

desapropriante NÃO responde por tributos incidentes sobre o imóvel desapropriado nas hipóteses em que o período de ocorrência dos fatos geradores é anterior ao ato de aquisição originária da propriedade".

7. (CESPE): "Para se construir na vizinhança de bem público tombado pelo patrimônio histórico, se a obra for reduzir a visibilidade do bem tombado, será

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necessária a prévia autorização do órgão público competente". Correto! É o que dispõe o Art. 18 da Lei de tombamentos.

8. (PGMFOR): "A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de energia elétrica sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado bairro, expressa a concepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá

prerrogativas à administração para agir em prol da coletividade, ainda que contra os direitos individuais". Alternativa correta, apesar da redação infeliz. As limitações apenas restringem alguns direitos individuais.

9. (PGEAM): "Tendo o direito de propriedade garantia constitucional, ao Estado só é lícito desapropriar mediante indenização prévia e se a propriedade não estiver cumprindo sua função social". Alternativa incorreta! O Estado pode desapropriar inclusive propriedades que cumpram a sua função social, desde que seja útil ao interesse público.

10. (CESPE): "A requisição administrativa caracteriza-se por ser ato administrativo autoexecutório, independente de autorização judicial e de natureza transitória, podendo abranger, além de bens móveis e imóveis, serviços prestados por particulares. Seu pressuposto é o perigo público iminente". Alternativa correta! a requisição só indeniza de maneira ulterior e se houver dano.

#Dicas - Responsabilidade Tributária

1. O responsável deve ser vinculado ao fato gerador, embora não tenha relação pessoal e direta com o mesmo.

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2. A responsabilidade deriva sempre da lei. De acordo com o STJ: "O termo de compromisso firmado por agente marítimo não tem o condão de atribuir-lhe responsabilidade tributária, em face do princípio da reserva legal previsto no art. 121, II, do CTN" (REsp 25.2457/RS).

3. A responsabilidade pode ser de dois tipos: a) substituição e b) transferência. De acordo com Ricardo Alexandre: "na responsabilidade "por substituição", a sujeição passiva do responsável surge contemporaneamente à ocorrência do fato gerador. Já na responsabilidade "por transferência", no momento do surgimento da

obrigação, determinada pessoa figura como sujeito passivo, contudo, num momento posterior, um evento definido em lei causa a modificação da pessoa que ocupa o polo passivo da obrigação, surgindo, assim, a figura do responsável, conforme definida em lei".

4. A responsabilidade por substituição pode ser regressiva ou progressiva. De acordo com R.A.: "A substituição tributária para trás, regressiva ou antecedente ocorre nos casos em que as 'pessoas ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias".

4.1. Por outro lado, a substituição progressiva: "A substituição tributária para frente, progressiva ou subsequente ocorre nos casos em que as pessoas ocupantes das posições posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias" (RA).

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5. O STF já afirmou que a substituição progressiva é constitucional (RE 213.396) e em relação à restituição entendia que não seria devida se o fato gerador ocorresse à menor.

5.1. No entanto, no ano de 2017, o Tribunal mudou sua jurisprudência. Vejamos: "É devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais, no regime de substituição tributária para a frente, se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida". Informativo 844, STF.

5.2. De acordo com o professor Márcio André: "Não permitir a restituição nestes casos representaria injustiça fiscal inaceitável em um Estado Democrático de Direito, fundado em legítimas expectativas emanadas de uma relação de confiança e justeza entre Fisco e contribuinte. Desse modo, a restituição do excesso atende ao princípio que veda o enriquecimento sem causa, haja vista a não ocorrência da materialidade presumida do tributo".

5.3. Vale ressaltar que houve modulação de efeitos, somente valendo a decisão para os seguintes casos: para todos os processos judiciais que já haviam sido ajuizados e que estavam aguardando o posicionamento do STF na repercussão ora decidida; e para as operações futuras, ou seja, para as situações em que, após a decisão do STF, houver pagamento a maior, surgindo o direito à restituição. Obs: tema que já foi objeto de segunda fase (PGE/AC).

6. Em relação à responsabilidade do adquirente do imóvel, Ricardo faz uma

observação importante: "o CTN restringiu a regra aos casos em que o fato gerador é a prestação de serviços referentes ao imóvel, não sendo possível a

responsabilização do adquirente nos casos de taxas decorrentes do exercício do poder de polícia, ainda que relativos ao imóvel".

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7. De acordo com o STJ: "Os débitos anteriores à arrematação subrogam-se no preço da hasta. Aplicação do artigo 130, § único do CTN, em interpretação que se estende aos bens móveis e semoventes". REsp 807455/RS.

8. Importante: "Súmula 554 - "Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão."

Restituição de indébito ISSQN

A restituição do indébito do ISSQN pode ocorrer de duas maneiras: a) o imposto será direto ou b) indireto. No caso de ser o ISSQN imposto direto, cobrado mediante alíquota fixa (Art. 9º, DL 406/68), não será aplicável o Art. 166, CTN.

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Por outro lado, quando for imposto indireto, recolhido sobre as receitas de cada operação, será aplicável o Art. 166, CTN, que dispõe: "A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro

somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la". -

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Por fim, vale ressaltar que essa dicotomização do ISSQN em direto e indireto, com as nuances apresentadas acima já foi reconhecida pelo STJ em diversas

oportunidades. Vide Resp 727.810 MS e Resp 1.131.476/RS. -

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Bons Estudos!

#Dicas - Crimes e infrações Tributários

1. Para configurar crime de descaminho, não é preciso que exista lançamento. Isso ocorre em razão de sua natureza de crime formal (RHC 47.893/SP).

2. Mesmo quando a nota fiscal é inidônea, o comerciante de boa-fé pode

aproveitá-la. Vejamos: "É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda (Súmula 509, STJ).

3. A denúncia espontânea exclui a responsabilidade do agente que comete infração tributária, desde que esse ato seja anterior ao início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionada com a infração (PGM/BH).

4. (PGM/BH): "Em caso de dúvida quanto às circunstâncias materiais do fato, a lei tributária que trata de infrações e penalidades será interpretada da maneira mais favorável ao fisco". Falso! De acordo com o CTN, interpreta-se de maneira mais favorável ao acusado, conforme Art. 112, CTN.

5. (MPE/SC): "A constituição definitiva do crédito tributário é elemento essencial para tipificar os crimes materiais contra a ordem tributária, previstos no art. 1° da Lei n. 8.137/90 (suprimir ou reduzir tributos ou contribuição social), os quais somente podem ser firmados quando haja decisão definitiva do processo administrativo, cuja pendencia do julgamento por parte do fisco não suspende, por si só, o curso da prescrição para ação penal". Falso! Vejamos: "A fluência do prazo prescricional

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dos crimes contra a ordem tributária, previstos no art. 1º, incisos I a IV da Lei 8.137/90, tem início somente após a constituição do crédito tributário, o que se dá com o encerramento do procedimento administrativo-fiscal e o lançamento definitivo. (HC 343.771/PR)".

6. Os crimes tributários previstos na Lei 8.137 são de natureza pública (VUNESP - PGM Suzano).

7. André, fiscal da Receita Estadual, exige tributo que sabe ser indevido. Sua conduta é típica e configura o crime de excesso de exação (PGM Piraquara). Vejamos o tipo penal em comento: "Excesso de exação - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: pena - reclusão de 3 a 8 anos, e multa".

8. (MPE/PE - FCC): "não se admite responsabilidade por infrações à legislação tributária sem que o agente tenha praticado o ato dolosamente". Incorreta! Vejamos o que dispõe o Art. 136, CTN: "Salvo disposição de lei em contrário, a

responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato".

9. (TJMT - JUIZ): "as multas podem ser estabelecidas pela legislação tributária em sentido amplo, incluindo os decretos e as instruções normativas, porquanto a elas não se aplica a legalidade tributária estrita ou absoluta relativa à instituição de tributos tão-somente". Falso! De acordo com o Art. 97, V, CTN, é matéria que precisa de LEI.

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10. (PGE/BA): "Por ter praticado elisão fiscal, que constitui ilícito

administrativo-tributário, o referido contribuinte só poderá ser punido na esfera administrativa". Falso! Elisão fiscal é ato lícito! O ilícito pode ser evasão ou elusão. Vejamos as diferenças com calma:

10.1.: #Dica - tributário

1. Elisão fiscal -> meios lícitos, via de regra são feitos anteriormente ao fato gerador.

2. Evasão fiscal -> meios ilícitos, via de regra feitos após o fato gerador. (Dica: lembrar de evasão de divisas, que é crime).

3. Elusão fiscal -> Meios artificiosos, porém lícitos. Podem ser antes ou depois do fato gerador.

Conteudos Pge <conteudospge@gmail.com> 26 de jun (Há 3 dias)

para mim

É possível utilizar imóvel para aquisição de imóvel fora do SFH? -

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De acordo com o STJ, SIM! O Tribunal decidiu da seguinte maneira: "É permitida a utilização do saldo do FGTS para a aquisição ou a quitação de prestações de moradia própria, mesmo que a operação tenha sido realizada fora do Sistema

Financeiro da Habitação - SFH, desde que sejam preenchidos os requisitos para ser por ele financiada".

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Sobre o tema FGTS, é relevante lembrarmos também que de acordo com a jurisprudência do STJ, o mero inadimplemento da obrigação de recolher as contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS não

configura infração à lei para que seja autorizado o redirecionamento da execução fiscal ao administrador da sociedade.

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Por fim, O Tribunal entende também que o FGTS é um direito autônomo dos

trabalhadores, de índole social e trabalhista, não possuindo caráter de imposto nem de contribuição previdenciária. Para aprofundar no tema, recomendo leitura da ferramenta jurisprudência em teses, edição 106, que trata do tema.

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Bons Estudos!

Equipe Conteúdos PGE

#Dicas - Inadimplemento das obrigações

1. “A inutilidade da prestação que autoriza a recusa da prestação por parte do

credor deve ser aferida objetivamente, consoante o princípio da boa​-fé e a

manutenção do sinalagma, e não de acordo com o mero interesse subjetivo do credor" (enunciado 162, CJF).

2. Tipos de mora: a) ex re ou automática - quando a obrigação for positiva, líquida e com data fixada para o adimplemento; b) ex persona ou pendente - quando não houver termo final para execução da obrigação, hipótese em que será necessário uma providência do credor e c) irregular - que ocorre nas hipóteses de ato ilícito (Art. 398, CC).

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2.1. Início dos juros moratórios: a) mora ex re ou automática: vencimento da obrigação (Enunciado 428, CJF); b) Mora ex persona ou pendente - da citação válida (Art. 405, CC) e c) Mora irregular - evento danoso (Súmula 54, STJ).

3. De acordo com TARTUCE: "quando as moras são simultâneas – mora do devedor e do credor em uma mesma situação –, uma elimina a outra, como se nenhuma das partes houvesse incorrido em mora. Ocorre, nesse sentido, uma espécie de compensação dos atrasos".

4. Atenção: a purgação da mora, prevista no Art. 401, CC somente tem efeitos ex nunc, ou seja, não apaga os efeitos que foram produzidos durante o atraso (Maria Helena Diniz).

5. De acordo com o STJ: "Os valores pagos ao advogado contratado integram as perdas e danos, os quais devem ser ressarcidos quando provada a

imprescindibilidade da ação e a razoabilidade do valor pago” (AgRg no REsp 1.354.856/MG).

6. Atenção: Para existir reparação, é preciso que exista o prejuízo efetivo ou os lucros cessantes, tendo em vista que o direito brasileiro não aceita os danos hipotéticos (REsp 965.758/RS).

7. Cláusula Penal: De acordo com TARTUCE: "pode ser conceituada como sendo a penalidade, de natureza civil, imposta pela inexecução parcial ou total de um dever patrimonial assumido". Referida cláusula tem duas funções: a) coercitiva - para intimidar o devedor a cumprir a obrigação e b) ressarcitória - prefixando as perdas e danos.

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7.1. Importante: Na cláusula penal também é aplicável o princípio da gravitação jurídica, fazendo com que no caso de nulidade do contrato principal a multa também seja declarada nula.

7.2. De acordo com o STJ: "a cláusula penal contida nos contratos bilaterais,

onerosos e comutativos deve aplicar​-se para ambos os contratantes indistintamente,

ainda que redigida apenas em favor de uma das partes” (REsp 1.119.740/RJ).

7.3. Não há óbice a que se exija a cláusula penal moratória juntamente com o valor referente aos lucros cessantes (Informativo 513, STJ).

7.4. Por outro lado, não é possível cumular a cláusula penal compensatória com perdas e danos ou lucros cessantes (Informativo 540, STJ).

7.5. Os limites das cláusulas penais são matérias de ordem pública, que podem ser controladas de ofício pelo juiz, mesmo que a parte não alegue (enunciado 356, CJF).

7.6. Cláusula penal moratória = obrigação principal + multa; Cláusula penal compensatória = obrigação principal ou multa.

8. Arras: podem ser conceituados como sendo o sinal, o valor dado em dinheiro ou o bem móvel entregue por uma parte à outra, quando do contrato preliminar,

visando a trazer a presunção de celebração do contrato definitivo (Tartuce).

8.1. As arras também possuem natureza acessória e podem ser de duas espécies: a) confirmatórias - quando não constar hipótese de arrependimento (Art. 418) e b)

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penintenciais - no caso em que existe a possibilidade de arrependimento (função indenizatória).

8.2. Arras confirmatórias: sem cláusula de arrependimento e com perdas e danos; arras penitenciais: com cláusula de arrependimento e sem perdas e danos.

V ou F:

1. A “teoria do fato consumado" não pode ser aplicada para consolidar remoção de servidor público destinada a acompanhamento de cônjuge.

2. A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido da possibilidade de acumulação pelo servidor público da gratificação de raio X com adicional de irradiação ionizante, por

possuírem natureza jurídica distinta.

3. A União Federal não é parte legítima para figurar no polo passivo de ação ajuizada para o ressarcimento de danos decorrentes de erro médico praticado em hospital privado credenciado pelo SUS.

GABARITO

1. Correto! De acordo com o STJ, no informativo nº 598: "A “teoria do fato

consumado" não pode ser aplicada para consolidar remoção de servidor público destinada a acompanhamento de cônjuge, em hipótese que não se adequa à legalidade estrita, ainda que tal situação haja perdurado por vários anos em virtude de decisão liminar não confirmada por ocasião do julgamento de mérito".

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2. Correto! De acordo com a tese do STJ. Vide REsp 1659631/RJ.

3. Correto! De acordo com o entendimento do STJ, a parte legítima é o Município.

Importante:

Ação rescisória é cabível para desconstituir sentença que homologa renúncia do direito discutido no processo.

Na medida em que a homologação de renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação tem natureza de sentença de mérito – produzindo, portanto, coisa julgada material –, a via eleita adequada para buscar a sua desconstituição é a ação rescisória.

#Dicas - ITBI

1. O ITBI é sujeito ao princípio da legalidade, anterioridade e anterioridade nonagesimal.

2. As alíquotas do ITBI dependem de lei municipal. No entanto, não é possível a sua instituição de maneira progressiva (Súmula 656, STF).

2.1. O que acontece caso o município institua a alíquota do ITBI progressiva? De acordo com o STF, deve ser considerada a alíquota vigente na lei anterior, não a menor alíquota progressiva (RE 220.240-1/SP. Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

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3. A base de cálculo é o valor venal do imóvel, ou seja, o valor de venda do imóvel. Vale ressaltar que se o imóvel for adquirido em hasta pública, esse deverá ser o valor a se considerar como base de cálculo (RMS 36.293/RS).

3.1. A base de cálculo do ITBI e IPTU são o valor venal do imóvel, mas podem ter valores diferentes, tendo em vista que a forma de apuração é diferente (AgRg no REsp 1226872/SP).

4. O aspecto espacial do imposto é o município onde se localiza o imóvel.

5. O fato gerador do ITBI ocorre no momento do registro da escritura no Registro de Imóveis (AgRg no AREsp 215.273/SP).

6. Não incide ITBI no ato de integralização de pessoa jurídica, salvo se for a atividade preponderante da mesma (Art. 156, §2º, I, CRFB).

7. Não incide o ITBI nas aquisições por desapropriação ou usucapião, tendo em vista que são hipóteses originárias.

#Dicas - Ato administrativo

1. Também pode ser editado pelo Poder Judiciário e Legislativo.

2. O silêncio é fato administrativo e via de regra não confere direitos ao particular, salvo quando existir previsão legal neste sentido.

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4. Os atos praticados durante a vigência da delegação são de responsabilidade do delegatário (Súmula 510, STF).

5. No direito administrativo vigora o princípio da solenidade das formas. Vale ressaltar que o mesmo é moderado, não absoluto.

6. A motivação configura requisito de forma do ato administrativo.

7. É admissível a motivação aliunde ou per relationem no direito administrativo.

8. O mérito administrativo está no motivo e objeto.

9. O princípio da juridicidade amplia as hipóteses de controle judicial dos atos administrativos, que devem ser compatíveis com os princípios constitucionais.

10. Os atos possuem presunção relativa de veracidade e legitimidade.

11. Atenção: a autoexecutoriedade não é encontrada em todos os atos.

12. Deliberação é ato decisório proveniente de órgão colegiado.

13. A licença é ato vinculado, que consente o exercício da atividade pelo particular.

14. O parecer é classificado como ato enunciativo.

15. A caducidade do ato administrativo incide exclusivamente sobre atos discricionários e precários. Ocorre quando o ato torna-se ilegal em virtude de alteração legislativa.

(23)

16. A revogação possui efeito ex nunc e a anulação efeitos ex tunc (via de regra).

17. Não é possível revogar: a) atos vinculados; b) atos com efeitos exauridos; c) atos preclusos e d) direitos adquiridos.

18. Existem atos nulos - vícios insanáveis e atos anuláveis - vícios sanáveis.

19. Os vícios sanáveis são relacionados com a competência e forma (FOCO).

Referências

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