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IMED. Escola de Saúde. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Dissertação de Mestrado DESNUDANDO O FENÔMENO DO DIVÓRCIO EMOCIONAL

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IMED Escola de Saúde

Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Dissertação de Mestrado

DESNUDANDO O FENÔMENO DO DIVÓRCIO EMOCIONAL

Danielle Doss Damo

Passo Fundo 2019

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DANIELLE DOSS DAMO

DESNUDANDO O FENÔMENO DO DIVÓRCIO EMOCIONAL

Dissertação de Mestrado apresentada como requisito obrigatório para o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da IMED, sob Orientação da Prof.ª Dr.ª Cláudia Mara Bosetto Cenci. Passo Fundo 2019

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CIP – Catalogação na Publicação

D163d DAMO, Danielle Doss

Desnudando o fenômeno do divórcio emocional / Danielle Doss Damo. – 2019.

87 f., il.; 30 cm.

Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Faculdade IMED, Passo Fundo, 2019.

Nota de autoridade: Remissiva ver para Danielle Doss Damo Martins da Silva.

Orientador: Prof. Dr. Cláudia Mara Bosetto Cenci.

1. Conjugalidade. 2. Divórcio emocional. 3. Psicologia clínica. I. CENCI, Cláudia Mara Bosetto, orientador. II. Título.

CDU: 159.942

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Autor/a: Danielle Doss Damo

Título: Desnudando o Fenômeno do Divórcio Emocional

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado em Psicologia da IMED, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Psicologia.

Passo Fundo, RS, 26/11/2019.

_____________________________________________ Prof. Dra. Cláudia Mara Bosetto Cenci – Presidente

_____________________________________________ Prof. Dr. Jean Von Hohendorff – Membro

_____________________________________________ Prof. Dra. Luciana Suárez Grzybowski – Membro

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Sumário

Resumo ... 7 Abstract ... 9 Apresentação ... 11 Estudo 1

Diferentes Posições Adotadas Pelos Cônjuges, Independente de Gênero, no Processo de Divórcio: Um Entendimento Epistemológico Sistêmico ... Erro! Indicador não definido.

Resumo ... Erro! Indicador não definido. Abstract ... Erro! Indicador não definido. Introdução ... Erro! Indicador não definido. Método ... Erro! Indicador não definido. Participantes. ... Erro! Indicador não definido. Procedimentos. ... Erro! Indicador não definido. Resultados e Discussão ... Erro! Indicador não definido. Iniciador. ... Erro! Indicador não definido. Não iniciador. ... Erro! Indicador não definido. Iniciador porta-voz. ... Erro! Indicador não definido. Não iniciador ativo. ... Erro! Indicador não definido. Considerações Finais ... Erro! Indicador não definido. Referências ... Erro! Indicador não definido. Estudo 2

Reconhecimento do Fenômeno: Divórcio Emocional ... Erro! Indicador não definido. Resumo ... Erro! Indicador não definido. Abstract ... Erro! Indicador não definido. Introdução ... Erro! Indicador não definido. Método ... Erro! Indicador não definido. Participantes. ... Erro! Indicador não definido.

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Procedimentos. ... Erro! Indicador não definido. Resultados e Discussão ... Erro! Indicador não definido. Processo inicial de divórcio emocional. ... Erro! Indicador não definido. Processo final do divórcio emocional. ... Erro! Indicador não definido. Considerações Finais ... Erro! Indicador não definido. Referências ... Erro! Indicador não definido. Estudo 3

Divórcio Emocional: Semelhanças e Diferenças de Acordo com a Posição Ocupada ... Erro! Indicador não definido.

Resumo ... Erro! Indicador não definido. Abstract ... Erro! Indicador não definido. Introdução ... Erro! Indicador não definido. Método ... Erro! Indicador não definido. Participantes. ... Erro! Indicador não definido. Procedimentos. ... Erro! Indicador não definido. Resultados e Discussão. ... Erro! Indicador não definido. Considerações Finais ... Erro! Indicador não definido. Referências ... Erro! Indicador não definido. Considerações Finais ... 16 Referências ... 196 Anexo A ... Erro! Indicador não definido. Anexo B ... Erro! Indicador não definido. Anexo C ... Erro! Indicador não definido. Anexo D ... Erro! Indicador não definido.

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Resumo

Esta dissertação visou identificar e conhecer o fenômeno do divórcio emocional, que é uma importante etapa individual de fechamento emocional do ciclo da conjugalidade. O divórcio emocional geralmente se difere do divórcio judicial quando se trata de tempo cronológico para a sua ocorrência. Acredita-se que o alcance do divórcio emocional contribua para que adequadas diferenciações dos subsistemas conjugal e parental aconteçam, além de promover saúde e força psíquica para o desenvolvimento de todos os membros da família. Este estudo, trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem narrativa e de corte transversal. Participaram do estudo doze homens e doze mulheres, totalizando 24 sujeitos. Todos eram divorciados ou separados de uniões estáveis. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada. A análise dos dados se deu com base na análise temática. A partir dos resultados da análise foram desenvolvidos três estudos. O estudo 1 objetivou identificar as diferentes posições não binárias, em relação ao gênero, ocupadas pelos indivíduos no processo de divórcio. Como resultado identificou quatro posições: a) iniciadores da separação; b) não iniciadores da separação; c) iniciadores porta-voz; e d) não iniciadores ativos na tomada de decisão. O estudo 2 visou conhecer o fenômeno do divórcio emocional, identificando os aspectos emocionais presentes na experiência de indivíduos que tenham passado pelo processo de divórcio. Como resultado identificou dois processos emocionais comuns no divórcio emocional: o processo inicial, composto por sentimentos como medo, tristeza, alívio, culpa, solidão, raiva e esperança; e um processo final em que a identificação de crescimento pessoal, indiferença pelo ex-cônjuge e retomada da vida amorosa se fazem presentes. O estudo 3 tinha por objetivo identificar aspectos comuns e diferentes do processo de divórcio emocional individual a partir das diferentes posições ocupadas pelos indivíduos na tomada de decisão pelo divórcio/separação. Os resultados obtidos foram as semelhanças encontradas no processo emocional do divórcio entre iniciadores e não iniciadores ativos e entre não iniciadores e iniciadores porta-voz. O resultado

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da dissertação foi um panorama geral acerca do processo de elaboração do divórcio com o alcance do divórcio emocional.

Palavras-chave: divórcio; divórcio emocional; conjugalidade; conflitos; psicologia clínica.

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Abstract

This thesis aimed to identify and understand the phenomenon of the emotional divorce, which is an important individual step of emotional closure of the conjugality cycle. Emotional divorce usually differs from judicial divorce when it comes to chronological time for its occurrence. It is believed that the scope of emotional divorce, contributes to adequate differentiations of marital and parental subsystems to occur, in addition to promoting mental health and strength for the development of all family members. It is about a qualitative research, with narrative approach and transversal section. In the study, twelve men and twelve women participated, totalizing 24 individuals. All of them were divorced or separated from common-law marriages. The data collecting was made by semi-structured interview. The analysis of the data has been done based on the theme analysis. The result of the analysis originated three studies. The study 1 aimed to identify the non-binary, about gender, positions occupied by the individuals in the divorce process. Four positions were identified as a result: a) separation initiators; b) non-initiators of the separation; c) spokesperson initiator; and d) non-non-initiators active on the decision-making. The study 2 aimed to understand the phenomenon of the emotional divorce, identifying the emotional aspects present in the experience of individuals that have passed through the divorce process. As a result, it has been identified two common emotional processes in the emotional divorce: the initial process, composed by feelings such as fear, sadness, relief, guilt, loneliness, anger and hope; and a final process in which the identification of the personal growth, indifference to the former spouse and the recovery of the love life are present. The study 3 aimed to identify common and different aspects of the personal emotional divorce as of the different positions occupied by the individuals in the divorce/separation decision-making. The obtained results were the similarities found in the emotional process of the divorce between the active initiators and non-initiators and between the non-initiator and

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initiator spokesperson. The result of the thesis was a general panorama regarding the divorce elaboration process with the reach of the emotional divorce.

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Apresentação

O tema do divórcio tem sido foco de interesse de muitos pesquisadores nos últimos anos devido a sua relevância na contemporaneidade (Antunes, Magalhães, & Féres-Carneiro, 2010; Cano, Gabarra, Moré, & Crepaldi, 2009; Grzybowski & Wagner,

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2010; Stocker, Weber, Grando, & Basseto, 2014; Veiga, 2017). As pesquisas relacionadas a este tema variam de objetivos, desde entender e discutir o processo por vias jurídicas, ao entendimento do divórcio a partir das perspectivas de filhos – crianças e adolescentes, avós, cônjuges e profissionais da psicologia e da mediação. No Brasil, o divórcio foi instituído oficialmente a partir de 1977 e tem crescido exponencialmente nos últimos 20 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2018), o que justifica o interesse científico no tema.

Ao examinar o tema divórcio, é fundamental ressaltar a importante diferença entre o divórcio judicial e o divórcio emocional. Enquanto o primeiro transita pela via da Justiça, envolvendo advogados e juízes e acordos concretos, o segundo acontece internamente, de forma subjetiva, em cada um dos ex-cônjuges envolvidos. Dificilmente acontecem concomitantemente. Enquanto o divórcio judicial, caso haja concordância entre os envolvidos nas cláusulas da dissolução, pode ser efetivado em menos de três meses (Madaleno, 2017), o divórcio emocional não tem prazo para acontecer e pode se estender por anos ou por uma vida toda.

O divórcio é uma importante decisão na vida dos indivíduos e é considerado pela literatura um dos mais difíceis momentos da vida adulta (Carter & McGoldrick, 1995; Féres-Carneiro, 2003; Greene, Anderson, Forgatch, DeGarmo, & Hetherington, 2016; Lamela, 2009; Muñoz, 2011; Palza, 2014;). Estudo acerca da decisão de separação mostra que o tempo entre os primeiros pensamentos sobre a possibilidade de separação e a tomada de decisão é de cerca de doze meses e normalmente ocorre após longo tempo de conflitos e tentativas de resoluções das dificuldades conjugais (Martins, 2014). As dificuldades do casal e da família em resolver questões, principalmente de ordem emocional, segundo Costa, Penso, Legnani e Sudbrak (2009), sustentam anos de brigas nos tribunais em divórcios litigiosos, de forma que o processo retorne para nova

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instrumentação judicial de cinco a seis vezes. Os mesmos autores acreditam que apesar de haver motivações financeiras e em relação à guarda de filhos, a disputa se concentra nos ganhos emocionais. Esse prolongamento de embates jurídicos tende a surgir mediante dificuldades no processo de redefinição das questões emocionais, gerada na maior parte das vezes por falhas nas fronteiras da conjugalidade e da parentalidade, agravando, consequentemente, os conflitos relacionais (Hackner, Wagner, & Grzybowski, 2006). Quando o indivíduo não consegue se divorciar emocionalmente, as consequências podem ser muito danosas a todos os envolvidos no processo: ex-cônjuges, filhos, famílias de origem e novos parceiros (Stocker et al., 2014). Ao contrário, quando há o processo de fechamento de ciclo e o desinvestimento no casamento com o reencontro do “eu” (Carter & McGoldrick, 1995), a saúde e a força psíquica são ativadas para o desenvolvimento de todos os integrantes da família (Zampieri, n.d.). A partir disso, cada membro da família tem a possibilidade de viver sem raiva, culpa ou angústia causada pela ruptura amorosa (Roizblatt, 2014). Abre-se, também, a possibilidade da reconstrução da vida amorosa dos ex-cônjuges, oportunizando a vivência de um novo ciclo afetivo/conjugal e não como uma extensão de um velho ciclo, em que há a repetição dos mesmos comportamentos.

A partir do interesse pessoal pelo tema e também profissional, como membro da área clínica da psicologia, uma busca na literatura nacional e internacional foi realizada. Foi evidenciada a lacuna científica para o fenômeno emocional do divórcio. Literaturas datadas ainda no século XX, acerca do processo do divórcio foram encontradas, mas sem uma ênfase específica ao processo emocional. Essa escassez de pesquisa na área tanto motivou o estudo quanto dificultou possíveis comparações de achados científicos.

Assim, este estudo qualitativo visa conhecer o fenômeno do divórcio emocional em sua totalidade. Foram entrevistados 24 sujeitos divorciados ou separados de uniões estáveis, sendo eles 12 homens e 12 mulheres. Por meio das entrevistas semiestruturadas,

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um vasto material científico surgiu e foi analisado. Dessa análise, derivaram três artigos empíricos que pretendem, em conjunto, proporcionar conhecimentos sobre o processo do divórcio emocional.

O estudo 1, intitulado “Diferentes posições adotadas pelos cônjuges, independente de gênero, no processo de divórcio: um entendimento epistemológico sistêmico”, trouxe à tona a existência de novas posições ocupadas pela dupla em divórcio diferentes das até então abordadas na literatura. O estudo refuta a ideia da binariedade nas posições de iniciadores e não iniciadores do processo de divórcio, assim como a diferença entre o feminino e o masculino no processo. O objetivo foi identificar as diferentes posições não binárias ocupadas pelos indivíduos no processo de divórcio. Foram identificadas e descritas quatro posições: a) iniciadores da separação; b) não iniciadores da separação; c) iniciadores porta-voz; e d) não iniciadores ativos na tomada de decisão.

No estudo 2, intitulado “Reconhecimento do fenômeno: divórcio emocional”, foi discutido como se dá o processo de elaboração do divórcio com a finalidade de atingir o divórcio emocional. O objetivo deste estudo foi conhecer o fenômeno do divórcio emocional, identificando os aspectos emocionais presentes na experiência de indivíduos que tenham passado pelo processo de divórcio. Foram identificados um processo inicial de divórcio emocional e um processo final de divórcio emocional. Esses dois processos são permeados por um processo intermediário recursivamente até que o processo final se fixe e finalize. Durante esses processos foram identificados sentimentos de medo, tristeza, alívio, culpa, solidão, raiva, esperança, identificação de crescimento pessoal, indiferença pelo ex-cônjuge e retomada da vida amorosa como presentes no fenômeno.

No estudo 3, intitulado “Divórcio emocional: semelhanças e diferenças de acordo com a posição ocupada”, foram discutidos, com base no estudo 1 e no estudo 2, as categorias e os sentimentos que emergem no processo de divórcio emocional. O estudo

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visou identificar aspectos comuns e diferentes do processo de divórcio emocional individual a partir das diferentes posições ocupadas pelos indivíduos na tomada de decisão pelo divórcio/separação. Foram encontradas semelhanças significativas no processo de elaboração do divórcio emocional entre os iniciadores e não iniciadores ativos e entre não iniciadores e iniciadores porta-voz.

O reconhecimento da existência do fenômeno do divórcio emocional, assim como o conhecimento acerca do seu processo, é fundamental para a práxis do profissional psicólogo clínico. O não reconhecimento do fenômeno na prática clínica pode acarretar focos terapêuticos equivocados e com poucos resultados para o avanço do desenvolvimento pessoal dos indivíduos ou famílias em questão. O conhecimento acerca do fenômeno oferece meios de pensar as intervenções necessárias para que o divórcio emocional aconteça. Além do âmbito clínico este estudo poderá contribuir também com a Psicologia Jurídica, o Direito e o Serviço Social, visto que oferece um novo olhar para as questões do divórcio. Assim, a pesquisa científica se faz uma importante aliada da comunidade profissional, promovendo as interlocuções necessárias para o progresso da humanidade.

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Considerações Finais

O divórcio emocional é um importante processo para quem passa pela ruptura amorosa e para os demais integrantes do sistema familiar. Ele encerra um ciclo emocional de conjugalidade e abre espaço para o início de um novo ciclo, favorecendo o bem-estar psíquico das partes envolvidas.

Considerar o divórcio como um processo multidimensional é imprescindível para que ele possa ser entendido em sua complexidade. A ideia de que há diferenças na forma de sentir, entender e vivenciar o divórcio entre homens e mulheres parece não dar conta da dimensão do processo. Homens e mulheres não vivenciam o divórcio de forma diferente só porque são de sexos distintos. O que os dados de pesquisa mostraram é que o que difere na forma de sentir e sofrer o divórcio está relacionado com a posição que cada um assume no processo de divórcio.

O desfecho da conjugalidade se dá com a participação efetiva de dois personagens principais, que ocupam posições diferentes no processo. Neste estudo, foram identificadas possíveis posições tomadas pelos integrantes da dupla conjugal, ampliando o olhar para o fenômeno do divórcio.

Foram identificados os iniciadores:

A amostra heterogênea da pesquisa, possibilitou conhecer o processo em seus diferentes movimentos. Foi possível identificar o percurso comum de elaboração do fenômeno, lembrando que os movimentos não são estanques e nem necessariamente sequenciais. Os movimentos se dão de forma contínua, recursiva e, eventualmente, concomitantes, assim como podem surgir, sumir e ressurgir. A cada ressurgimento, é percebida uma perda de intensidade até o momento do desaparecimento permanente.

Nesse sentido, pode-se identificar que há um processo inicial, no qual movimentos de medo, tristeza, alívio, culpa, solidão, raiva e esperança estão presentes; um processo

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intermediário em que a recursividade dos movimentos é a principal característica e na sequência, um processo final em que há a identificação de crescimento pessoal, a indiferença em relação ao ex-cônjuge e a retomada da vida amorosa. Com tais movimentos, o ciclo do divórcio emocional parece fechar, e o indivíduo encontra-se disponível para seguir adiante.

O tempo de manifestação de cada sentimento e a intensidade dos sentimentos se diferenciam. Indivíduos que decidiram iniciar o pedido de divórcio e aqueles que não iniciaram, mas de alguma forma, incitaram o cônjuge a tomar essa decisão, assemelham-se no que tange ao tempo e à intensidade dos assemelham-sentimentos. Indivíduos que não foram responsáveis pelo pedido do divórcio ou que o pediram devido a comportamentos explícitos de insatisfação do cônjuge também se assemelham quanto ao tempo e à intensidade dos sentimentos.

Mesmo sendo um processo singular, é possível identificar que, quando há um desejo de divórcio sendo refletido durante o casamento, a possibilidade de uma rápida elaboração do divórcio emocional é percebida. Algumas vezes, a elaboração acontece ainda durante o casamento. No entanto, quando o desejo não é genuíno, a elaboração do divórcio emocional tende a ser mais lenta. Casos em que há uma infidelidade parecem tornar o processo ainda mais lento.

Neste estudo, o tema do divórcio emocional foi preliminarmente desnudado. Ainda se fazem necessários investimentos de investigação acerca do seu processo. Apesar de esta produção oferecer entendimentos importantes sobre o divórcio emocional, um maior número de estudos seria relevante para que pudesse haver comparações entre os achados. Pesquisas longitudinais e quantitativas contribuiriam muito o entendimento do fenômeno. Futuras pesquisas poderiam ater-se em sugerir intervenções clínicas para o trabalho com indivíduos que ainda não tenham alcançado o divórcio emocional,

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entendendo que há necessidade de interlocução constante entre o mundo acadêmico e a sociedade.

O maior desafio destes estudos foi “costurar” o que a literatura científica apresenta para outros focos como referências para o entendimento do foco do divórcio emocional. Apesar disso, ambos os estudos atingiram os objetivos propostos e juntos oferecem a possibilidade de reconhecimento e conhecimento do divórcio emocional, que beneficiarão a comunidade acadêmica e profissional.

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Referências

Antunes, A. L. M. de P., Magalhães, A. S., & Féres-Carneiro, T. (2010). Litígios intermináveis: Uma perpetuação do vínculo conjugal? Alehéia, 31, 199-211. Retrieved From https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=115016959016

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Greene, S. M., Anderson, E. R., Forgatch, M. S., DeGarmo, D. S., & Hetherington, E. M. (2016). Risco e resiliência após o divórcio. In F. Walsh (Ed.), Processos normativos da família: Diversidade e complexidade (4a ed.; pp. 102-127). Porto Alegre, RS: Artmed.

Grzybowski, L. S., & Wagner, A. (2010). O envolvimento parental após a separação/divórcio. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(2), 289-298. doi:10.1590/s01027972201-0000200011

Hackner, I., Wagner, A., & Grzybowski, L. S. (2006). A manutenção da parentalidade frente à ruptura da conjugalidade. Pensando Famílias, 10, 73-86.

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