d e J o a n e s b u r g o
DIRECTOR: R. Varela Afonso Telefones da Administração, Redacção e Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO DE 2019
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O Presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa, in-digitou na terça-feira o secre-tário-geral do PS, António Costa, como primeiro-minis-tro, após ouvir os dez partidos com representação parlamen-tar sobre a formação do novo Governo.
"Na sequência das eleições parlamentares do passado domingo, 6 de Outubro, ouvi-dos, nos termos constitucio-nais, os partidos agora repre-sentados na nova Assembleia da República, e tendo em conta os resultados eleitorais, o Presidente da República in-digitou o doutor António Cos-ta, secretário-geral do PS, como primeiro-ministro do XXII Governo Constitucional", lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da Re-pública na Internet.
Na mesma nota, é referido que, "depois de publicados os resultados finais oficiais das eleições, seguir-se-á a primei-ra reunião do novo parlamen-to e a nomeação e posse do Governo e, no prazo máximo de dez dias após a nomea-ção, a submissão do progra-ma do Governo à apreciação da Assembleia da República". COSTA AFIRMA QUE PRÓXIMO GOVERNO SERÁ “PRÓXIMO” DO ACTUAL MAS COM “AJUSTAMENTOS”
O secretário-geral do PS afir-mou que o seu próximo
Go-verno terá uma composição muito próxima do atual, mas com a introdução de ajusta-mentos, apontando como exemplo a já anunciada saída do ministro Vieira da Silva.
António Costa falava aos jor-nalistas no Palácio de Belém, após o Presidente da Repúbli-ca, Marcelo Rebelo de Sousa, o ter indigitado como primeiro-ministro, depois de ouvir os dez partidos com representa-ção parlamentar sobre a for-mação do novo Governo.
"Na essência, o próximo Go-verno será seguramente mui-to próximo do atual Governo, o que não quer dizer que não haja algumas alterações. Uma pelo menos é pública, porque o próprio, o ministro [do Tra-balho e da Segurança Social], Vieira da Silva, já anunciou que não estava disponível
O representante da Repúbli-ca para a Madeira disse na terça-feira ter indigitado o lí-der da estrutura regional do PSD, Miguel Albuquerque, para formar governo na se-quência das eleições de 22 de Setembro por ter "as garan-tias de que precisava".
"No cumprimento de
disposi-ções constitucionais, eu con-videi o dr. Miguel Albuquer-que para presidente do Go-verno Regional e pedi-lhe que, quando possível, trou-xesse os nomes para formar o XIII Governo Regional", afir-mou Ireneu Barreto após uma reunião com o presidente da estrutura regional do PSD.
O encontro decorreu no Palá-cio de São Lourenço, no Fun-chal.
"É um dia que considero im-portante para a região, houve uma mudança que diria de ciclo. Temos, pela primeira vez na região, um governo de
coligação e eu desejo ao dr. Miguel Albuquerque e aos partidos que sustentam este governo as maiores felicida-des porque a felicidade felicida-deste governo será, no fundo, a feli-cidade da região e, no fundo,
Portugal vai pagar esta se-mana o reembolso antecipado de dois biliões de euros ao Fundo Europeu de Estabiliza-ção Financeira (FEEF) pelos empréstimos concedidos du-rante a ‘troika’, disse à Lusa o secretário de Estado Adjunto e das Finanças.
Segundo Ricardo Mourinho Félix, a data para o pagamen-to antecipado ainda não está fechada, mas é certo que será
O Governo português saudou na sexta-feira a atribuição do prémio Nobel da Paz ao pri-meiro-ministro etíope, consi-derando que a distinção refor-çará o papel da Etiópia para "a consolidação da paz e da prosperidade em África".
"O Governo português felicita o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, pela atribuição do prémio Nobel da Paz de 2019", lê-se num comunicado, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O executivo, acrescenta a nota, "está convicto de que a presente distinção reforçará o importante papel da Etiópia
para a consolidação da paz e da prosperidade em África".
Para o Governo liderado por António Costa, o prémio é "também de todo o povo etío-pe".
"Este reconhecimento pre-O voto das comunidades
por-tuguesas no estrangeiro para as legislativas foi afectado pela falta de informação e por problemas com os boletins, disse à Lusa o presidente do Conselho Permanente do
Conselho das Comunidades Portuguesas (CPCCP).
O presidente do CPCCP, Flá-vio Martins, que falou em no-me pessoal, esclareceu que foram as comunidades fora do círculo europeu que mais
pro-blemas relataram.
"Parece-me que há um pro-blema muito mais grave fora da Europa do que nesse cír-culo. Em vários países os cor-reios não funcionam e os boletins de voto simplesmente não chegaram, ou se chega-ram, as pessoas não tinham como os remeter", afirmou.
Como exemplo, Flávio Mar-tins referiu portugueses a vi-ver em países africanos, como Namíbia, África do Sul, em Angola e Moçambique, que reclamaram de não terem recebido os boletins de voto.
"Outro caso muito peculiar é o da Venezuela, que tem o sistema dos correios em co-lapso e, até terça-feira, ape-nas cerca de quatro votos é que tinham conseguido
che-As autoridades da África do Sul aprovaram a venda do Mercantile Bank por cerca de 192 milhões de euros ao Ca-pitec Bank, devendo o proces-so de alienação estar concluí-do em Novembro, comunicou na quarta-feira a CGD ao mer-cado.
“A Caixa Geral de Depósitos (CGD) informa que as autori-dades da África do Sul decla-raram, nesta data, a sua apro-vação ao processo de alie-nação ao Capitec Bank Limi-ted de acções representativas de 100% do capital social da Mercantile Bank Holdings Li-mited”, lê-se no comunicado do banco enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobi-liários (CMVM).
Assim, fica concluído o pro-cesso de aprovação por parte das autoridades competentes, devendo a compra estar fina-lizada em Novembro.
De acordo com a informação remetida ao mercado, a par-ticipação na Mercantile será vendida por 3.200 milhões de randes sul-africanos (cerca de 192 milhões de euros).
“Esta transacção tem um im-pacto patrimonial positivo esti-mado em cerca de 60 milhões de euros. No entanto, o valor de venda está sujeito a
ajusta-mentos decorrentes da varia-ção patrimonial da Mercantile entre a data de referência es-tabelecida no acordo de ven-da directa (30 de Abril de 2018) e o último dia do segun-do mês anterior à respectiva data da sua efectiva aliena-ção, bem como a ajustamen-tos decorrentes da variação
O Prémio Nobel da Química 2019 foi atribuído a três cien-tistas pelo desenvolvimento de baterias de iões de lítio, anunciou a Real Academia
das Ciências sueca. O anúncio do prémio, atribuí-do em simultâneo a John B. Goodenough, M. Stanley Wit-tingham e Akira Yoshino, foi
feito em Estocolmo, na Sué-cia, pelo secretário geral da Academia, Goran Hansson.
"As baterias de iões de lítio
O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE S. VICENTE, JOSÉ ANTÓNIO GARCÊS, ACOMPANHADO DO SEU VICE-PRESI-DENTE FERNANDO GÓIS, DO PRESIVICE-PRESI-DENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, AIRES DOS SANTOS, DO ADMINISTRADOR DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS, ROBERTO PASSOS, DO JORNALISTA VITOR HUGO, E DO EMPRESÁRIO TOMÉ BRAZÃO, DEDI-CARAM O PENÚLTIMO DOMINGO, 6 DE OUTUBRO, A UMA VISITA A PRETÓRIA, TENDO ASSISTIDO À MISSA DOMINICAL,
CELEBRADA PELO FREI GILBERTO TEIXEIRA E VISITA AO LAR DE IDOSOS S. FRANCISCO DE ASSIS PÁGINA 6 À DIREITA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MARCELO REBELO DE SOUSA, DIALOGANDO
COM ANTÓNIO COSTA, APÓS O TER INDIGITADO COMO PRIMEIRO-MINISTRO PORTUGUÊS
Presidente da República apontou
António Costa como primeiro-ministro
Miguel Albuquerque indigitado
para formar Governo na Madeira
(cont. na pag. 12) (cont. na pag. 12) (cont. na pag. 12) (cont. na pag. 12)
Autoridades sul-africanas
aprovam venda do
Mercantile Bank por
3,2 biliões de randes
ao Capitec Bank
Problemas com boletins afectaram
votos dos portugueses no estrangeiro
Nobel da Química para cientistas
que desenvolveram baterias de lítio
(cont. na pag. 10) (cont. na pag. 18) (cont. na pag. 12)
Portugal paga
reembolso
antecipado de
dois biliões
de euros
Governo português diz que
Nobel da Paz reforça papel
da Etiópia na paz em África
PÁGINA 2 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 14 DE OUTUBRO DE 2019
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz foi médico, neurocirurgião, pesquisador, professor, político e escritor. Responsável pelo desenvolvi-mento da arteriografia, que re-volucionou a medicina e a neurocirurgia, permitindo o diagnóstico dos tumores cere-brais e o diagnóstico e trata-mento do aneurisma cerebral e da malformação arteriove-nosa.
Inventor do procedimento neurocirúrgico denominado leucotomia pré-frontal que possibilitou o surgimento da psicocirurgia. Recebeu o pré-mio Nobel da Fisiologia/Medi-cina em 1949. O segundo pré-mio Nobel é José de Sousa Saramago, que recebeu o Nobel da Literatura em 1998.
Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo re-conhecimento internacional da prosa em língua portugue-sa. Escreveu obras como “O Memorial do Convento” e o “Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Obras como “Ensaio Sobre a Cegueira” foram adaptadas para cinema e ópera.
Antes de existirem prémios nobéis, existiram os descobri-dores, todos nobres homens, que levaram a cabo a epopeia dos Descobrimentos Portu-gueses. O Rei D. Afonso III mandou plantar o Pinhal de Leiria para protegê-la da ero-são e do avanço das dunas, mas com vista a muitos mais anos, à construção de embar-cações. D. Dinis mandou ex-pandir o pinhal até às dimen-sões actuais (tirando a parte ardida) e servia para constru-ção das caravelas e naus.
Homens como o Infante D. Henrique que criaram a Esco-la de Sagres tornaram ho-mens em lendas. Pedro Álva-res Cabral, Bartolomeu Dias, Diogo Cão, entre outros saí-ram de Portugal e descobri-ram o Mundo. De Portugal saiu a cartografia e a arte e ciência de navegar, criámos instrumentos e aperfeiçoámos técnicas.
Portugal foi, a dada altura, o centro do planeta e tudo o que era de bom encontrava lugar em Lisboa. Quem nunca visi-tou o Jardim Botânico Tropical em Belém, o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, a Estufa Fria ou a Estufa Real em Lisboa, visite.
Vale bem a pena ver plantas raras e especiais que eram exóticas para toda a Europa. O Jardim da Praça do Imperio em Belém também é montra de tudo aquilo que o génio, vi-são e coragem de um Povo foi – e ainda é – capaz.
Mas, de acordo com dados Eurostat, Portugal era no final de 2018, um dos 14 Estados-membros da UE com dívida pública superior a 60% do Produto Interno Bruto, em ter-ceiro lugar a seguir à Grécia (181,1%) e Itália (132,2%).
A questão que levanto é para onde foi toda a riqueza? Toda a grandeza? Toda a hombri-dade? Ou será que emigrou tudo e só há filhos do Velho do Restelo? A julgar pelos resul-tados da Legislativas diria que sim!
A visão lusa talvez
esteja míope!
O Meu Aparo!
por Michael Gillbee
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VIDA
ASSOCIATIVA
ACADEMIA DA FERRUGEM - Almoço de Natal no dia 27 de Outubro 2019, no Salão Nobre do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), em Victoria Road Ext., Regents Park, 13 horas, com tarde dançante de Tony Brito.
Ementa: Bacalhau à Gomes de Sá, carne assada com ba-tatinha, galinha à Núcleo, so-bremesa e café.
Aceita-se oferta de sapatos usados para doação.
Para mais informações Con-tactar o presidente Rogério: 071 874 4246 ou José Tiago 082 636 6942.
ACADEMIA DA FERRUGEM Almoço mensal no dia 2 de Novembro, pelas 13 horas, na União Portuguesa em Turffon-tein, com braai.
Donativo mínimo R100. Para mais informações Con-tactar o presidente Rogério: 071 874 4246 ou José Tiago 082 636 6942
CASA DA MADEIRA DE JOANESBURGO - Noite dan-çante no sábado 19 de Outu-bro, com o Duo Jovial, que terá surpresas e recordará a boa música do passado. Apresentação a cargo de Luis Cardoso. Entrada R50.
Variedade de comida à venda e com “farmácia de serviço” em funcionamento. Seis bilhe-tes grátis serão sorteados para a noite de Ano novo. Os portões abrem às 18h30. Contactar Luis 082 518 7710. MAFIOSOS DE CARIDADE -“Os Mafiosos de Caridade” realizam hoje, segunda-feira, pelas 13h00, o seu almoço semanal, no qual todos são bem-vindos. Para mais infor-mações contactar José Fer-reira - 064 032 5250
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Para recolha de mais fundos que lhe permitam continuar a ajudar quem mais precisa, a Associação de Bem-Fazer “Os Lusíadas”, tem organiza-do para o próximo dia 19 de
Outubro, novamente no salão nobre da ACP de Pretoria, a iniciar pelas 19 horas, o seu jantar de gala anual tipo “buf-fet”, com ementa de caldo ver-de, bacalhau à Gomes de Sá,
carne assada no forno, salada e variada doçaria para sobre-mesa, ao preço de R300 por pessoa adulta, e R150 para menores dos seis aos 12 anos, que olhando à
finalida-de a que se finalida-destina a receita a angariar se espera uma grande afluência da comu-nidade.
A música para essa noite estará a cargo do famoso con-junto “8th Avenue” e actuarão ali os jovens artistas da comu-nidade Miguel Pragueiro, Ro-berto Adão e Kátia da Ponte, devendo para reserva de me-sas e quaisquer informações serem contactados a presi-dente da instituição, Paula de Castro pelo telemóvel 082 789 6880, e o vice-presidente Carlos Dias 082 452 3264.
Os Lusíadas contam à parti-da com o apoio de todos a favor desta causa humani-tária, cientes que com o con-tributo de cada um, pequeno que seja, poderá ajudar a
ali-viar o sofrimento de alguém em desespero a passar por sérias dificuldades, com os tempos infelizmente cada vez mais difíceis, daí os pedidos de ajuda a sucederem-se, pri-vações de que infelizmente ninguém está livre de vir a en-frentar.
Para além dos subsídios mensais atribuídos pelos Lu-síadas às famílias mais ne-cessitadas da comunidade, a par administração do Lar de idosos S. Francisco de Assis, instalado na paróquia de San-ta Maria, tem sido Paula de Castro incansável nos pedi-dos de apoio à comunidade, a fim de unidos poder ser dado aos nossos velhinhos ali inter-nados, um maior conforto no seu final de vida.
Jantar de gala de “Os Lusíadas” no sábado em Pretória
O programa "Portugal no Co-ração" vai levar 15 emigrantes portugueses no estrangeiro que não visitam o país há mais de vinte anos a redesco-brirem o país natal, numa viagem de turismo entre 11 e 20 de Novembro.
O programa, válido apenas para emigrantes de fora da Europa, é promovido pelo Mi-nistério dos Negócios Estran-geiros, através do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, através da Fundação Inatel, e pela TAP Portugal.
"A iniciativa destina-se a con-templar com uma visita a Por-tugal aos cidadãos nacionais que pela sua situação econó-mica, pelo avançado da idade e pela distância que os sepa-ra da sua tersepa-ra natal, dificil-mente o poderiam fazer pelos seus próprios meios", disse fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As candidaturas terminaram a 30 de Setembro e estão agora a ser avaliadas pelo ga-binete do secretário de Esta-do das Comunidades Portu-guesas, a quem cabe selec-cionar os emigrantes que vão beneficiar do programa. A de-cisão deverá basear-se na proposta do júri designado pela Direcção-Geral dos As-suntos Consulares e das Co-munidades Portuguesas (DGACCP), que executa o programa.
Entre os requisitos de candi-datura estão idade igual ou superior a 65 anos, condição física que lhes permita viajar autonomamente e um período de mais de vinte anos sem visitar Portugal.
O regulamento indica, no en-tanto, que os candidatos que cumpram estes requisitos mas tenham condições eco-nómicas vantajosas não serão considerados, visto que o pro-grama pretende fazer a ponte com os emigrantes que estão afastados de Portugal por falta de meios.
Existe ainda a possibilidade de alargar a temporada de es-tadia após o programa, caso o emigrante tenha familiares ou amigos que possam suportar os encargos de alojamento.
O programa promete dar a conhecer "museus modernos e monumentos históricos", proporcionar "os pratos e do-çaria que fazem da gastrono-mia portuguesa uma das me-lhores do mundo" e mostrar aos emigrantes "o quanto o seu país natal mudou", numa viagem em pensão completa na companhia de outros por-tugueses da diáspora.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros,
este programa foi criado em 1996 e interrompido apenas em 2015 "por falta de candi-datos em número suficiente para a realização da edição anual".
Na Califórnia, onde se con-centra a maior comunidade luso-americana dos Estados Unidos, o presidente da coli-gação de luso-americanos na Califórnia (CPAC), Diniz Bor-ges, referiu que o conheci-mento do programa é escas-so, mesmo que haja emigran-tes que se qualificam no âm-bito dos requisitos.
As contas do MNE indicam que, desde o seu início, o pro-grama "Portugal no Coração" já levou a Portugal 840 emi-grantes residentes em 25 países, incluindo dos Estados Unidos e Canadá.
Programa Portugal no Coração
leva 15 emigrantes sem
14 DE OUTUBRO DE 2019 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 3
COMUNIDADE
20480
Com uma afluência a rondar as setenta pessoas, entre as quais os ex-presidentes desta representação afecta ao “glo-rioso”, Lino Faria que voltou a oferecer o pão caseiro confec-cionado na sua Meyerspark Bakery, João da Cruz de Je-sus, Jaime de Caires, Elídio Cardoso e José Lobo Vieira, além de outros antigos mem-bros-directivos, alguns dos quais há muito que ali não eram vistos e cuja presença deve ter deixado radiante o actual presidente e equipa que o acompanha, teve lugar na tarde do penúltimo sábado, 5 de Outubro, o almoço men-sal da Casa do Benfica.
Dado a ementa para o “self-service” incluir a espetada e sardinha assada, foi a refei-ção desta vez servida na lapa da ACPP, para que as espe-cialidades assadas em
foga-reiros logo ali ao lado fossem servidas quentinhas, como re-feriu o presidente José Bruni-do ao agradecer a presença de quantos ali se encontra-vam, entre os quais o comen-dador Silvério Silva, os presi-dentes da Casa Social da Ma-deira, da Direcção Augusto Baptista Rosa, e da Assem-bleia-geral, Samuel da Silva, pela ACPP o seu presidente honorário Manuel José, e de modo particular às pessoas que colaboraram na confec-ção das especialidades, Rui dos Santos, Quintino, Gilberto Basílio e Fernando Santos, bem como os que serviram ao bar improvisado, no forneci-mento das bebidas, contin-uando-se depois da refeição a conviver em alegre ambiente pela tarde adiante.
Vicente Dias
PARTE DA ASSISTÊNCIA AO ALMOÇO
A EQUIPA QUE ASSOU SARDINHAS E ESPETADAS
O PRESIDENTE JOSÉ BRUNIDO
Convívio mensal da Casa do Benfica voltou a ser concorrido
Teve lugar no restaurante do Núcleo de Arte e Cultura o al-moço semanal do grupo de amigos “Mafiosos de Carida-de”, na passada segunda-feira, dia 7 de Outubro, com a presença de vários membros e simpatizantes desta tertúlia de bem-fazer.
O almoço foi um churrasco de espetadas com carne de vaca e porco, acompanhado de arroz e salada, seguido de ca-fé e aperitivos.
Orlando Marques decidiu este ano praticar o ciclismo para entrar na viagem anual que os ciclistas do Luso África realizam de Joanesburgo a Maputo, na condição de que cada quilómetro por ele per-corrido os membros, volunta-riamente, oferecessem um rande, importância essa que seria dobrada pelo benfeitor
para os fundos dos “Mafiosos de Caridade”. Até à data já foi angariada a quantia de R15.130, mas espera-se che-gar aos R20.000.
Os comentários foram: “O homem não só fez o sacrifício físico, como também o sacrifí-cio financeiro!”
Lá diz o velho ditado, “Quem corre por gosto, não cansa.”
Também foi anunciado que a quantia de R10.000 foi desti-nada à criança Uriah, que nasceu surda e precisa de fa-zer uma segunda operação para poder ter uma vida nor-mal no futuro.
Assim terminou mais um almoço-convívio entre estes amigos de caridade. O próxi-mo deverá ser novamente no Núcleo de Arte e Cultura.
Luis Peixoto
Almoço semanal do grupo de
amigos “Mafiosos de Caridade”
no Núcleo de Arte e Cultura
* Orlando Marques percorreu 360 kms
de bicicleta com a missão de angariar
fundos, para os mais necessitados
IMAGENS DO CONVÍVIO DOS “MAFIOSOS DE CARI-DADE” NO NÚCLEO DE ARTE E CULTURA
PÁGINA 4 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 14 DE OUTUBRO DE 2019
2116
FESTA EM HONRA DE NOSSA
SENHORA DO ROSÁRIO
NA IGREJA DE
SANTA MARIA DOS PORTUGUESES
EM PRETORIA WEST
Domingo 20 de Outubro de 2019
PROGRAMA
11 Horas - Missa Solene, animada pelo Grupo Coral
da Igreja, seguida de Procissão
13 Horas - Almoço de convívio tipo “self-service” no salão de festas da Igreja,
com ementa de sopa de legumes, feijoada, frango assado, filetes de peixe, com
os respectivos acompanhamentos, salada e sobremesa, sem preço estipulado,
ficando ao critério de cada um contribuir com o donativo ao critério
e genenosidade de cada um.
Na tarde recreativa em moldes de arraial, com música do DJ MIKE,
actuarão o Rancho Folclórico da Casa Social da Madeira
e artistas da Comunidade
Para inscrições do almoço, reserva de mesas e quaisquer informações
contactar Maria da Luz 082 355 0878; João da Cruz de Jesus 082 621 2073; Nélio
de Freitas 076 087 9735; Jaime de Caire 082 936 3234
ou directamente a Igreja de Santa Maria, tel. 012 327 3593.
TODA A COMUNIDADE SERÁ BEM-VINDA A ESTA GRANDE FESTA
Este anúncio é patrocinado pelo grupo de amigos do
St. George’s Café & Take Away, em Linnwood, Pretória
20481
Para assinalar o Dia Interna-cional do Idoso, visando res-peitar o direito que assiste à
46/91, a qual estabelece a im-portância de preservar o res-peito e dignidade que lhes é
devida, e assim poder enve-lhecer com dignidade nos seus últimos anos de vida, e
para isso conciliar as popula-ções sobre a importância das mudanças de atitude, propor-cionando-lhes uma vida eco-nómica, política e social con-digna, foi pelo lar de idosos S. Francisco de Assis, instalado na paróquia de Santa Maria dos Portugueses, em Pretória West, nestes últimos anos administrado pela Associa-ção de Bem-Fazer “Os Lu-sía-das”, comemorada a im-por-tância desse significado.
O evento, que nos lembre o primeiro com este cariz na pa-róquia, sendo caso pela sua envergadura elogiar quem o promoveu, foi iniciado com missa solene em honra de S. Francisco de Assis, pelos Franciscanos Lameque André Michangula que ali exerce as funções de pároco, e Gilberto Teixeira, celebração abrilhan-tada com cânticos religiosos interpretados pelas emprega-das do lar, sua encarregada Isabel dos Santos, pelas ir-mãs franciscanas Laura Mpa-re e Eva Armando, e por Lour-des Couto, esta uma que de-dica grande parte do seu tem-po no atem-poio aos idosos ali in-ternados.
Em prosseguimento e finda a celebração religiosa foi servi-do um almoço de convívio no salão de festas da paróquia, nele participando os referidos sacerdotes, a presidente dos Lusíadas, Paula de Castro e outros membros da institui-ção, a professora de hidrogi-nástica, Cristina Encarnação, a estilista Paula da Silva, a presidente da Liga da Mulher Portuguesa Manuela Calado, e outros apoiantes e benfei-tores anónimos, a que se jun-taram as responsáveis pelos lares de idosos Rainha Santa Isabel, em Joanesburgo, a ge-rente Cristina Lopes, a vice-presidente Luísa Martins, es-posa do presidente do Board of Trustees, comendador Gil-berto Martins, e Esme ra, esposa de Henrique Perei-ra presidente do lar, assim como a gerente do lar de Nossa Senhora de Fátima, em Benoni, Guida Vieira, as quais se faziam acompanhar de alguns idosos residentes nesses ambos lares, a todos quantos ali conviviam e cola-boraram no evento foi agrade-cido por Isabel dos Santos.
A ementa da refeição em mol-des de self-service, excepto a sopa servida à mesa, nele participando mais de duzen-tas pessoas, constou de qui-ches para entrada, entrecosto de porco assado no forno, ar-roz à valenciana, batata doce assada, filetes de peixe frito, e saladas variadas, e para so-bremesa, pudim de caramelo, arroz doce, aletria, salada de fruta, cheesecake, não faltan-do mousse de chocolate, soufflé de ananás e de pês-sego, gelatinas e gelados va-riados, seguindo-se declama-ções e cânticos pelos idosos utentes do lar organizador alusivas ao evento que se comemorava, em visitantes o do conhecido fadista Gabriel Silva, e pelo Frei Gilberto Tei-xeira o poema intitulado “O sonho de Francisco de Assis”, finalizando com algumas dan-ças típicas africanas, pelas irmãs franciscanas Laura e Eva, as funcionárias e gerente do lar, Isabel dos Santos, e Lourdes Cauto.
Por último foi ali servido um lanche de variados petiscos e toda a qualidade de doçaria, onde não faltavam rissóis, bolos de bacalhau, panados, pastéis de nata e outras varia-das guloseimas, tudo uma far-tura a deixar admirados pela positiva todos quantos partici-param neste grande evento, pelo seu carácter e desta en-vergadura, a primeira vez que nestes moldes e este sucesso é assinalado na paróquia de Santa Maria.
Recorda-se a propósito que o Centro-Dia S. Francisco de Assis, de que foi grande im-pulsionador do projecto, o Frei Gilberto Teixeira, que o classi-ficou como seu grande sonho,
foi inaugurado a 2 de Dezem-bro de 2001, pelo Arcebispo D. George Daniel, com a pre-sença do então embaixador de Portugal, Manuel Fernan-des Pereira, o Monsenhor Al-berto Ortega, encarregado de Negócios da Nunciatura Apos-tólica, o Frei Hilário da Cruz Messinga, da Custódia dos Franciscanos em Maputo, e o Rev. Padre Rui de Sousa, pá-roco na Madeira das fregue-sias do Jardim do Mar, Pra-zeres e Estreito da Calheta, que a convite de Fernando Gatinho visitou a África do Sul, além de outras destaca-das figuras, incluindo o então presidente do Conselho Paro-quial, Ivo de Sousa, hoje co-mendador, que também muito se debateu e contribuiu, tanto para a edificação deste edifí-cio, como do salão de festas da paróquia.
A missa solene deste grande dia foi celebrada pelo Frei Diamantino Faria, que a con-vite da Confraria do Santís-simo Sacramento, e com via-gens pagas pelo comendador Manuel da Cal, se deslocou a Pretória, a fim de na paróquia que no passado havia servido em vários anos, reviver velhas amizades e assistir à inaugu-ração dessa obra de grande valor, de que foi responsável pela sua edificação o arqui-tecto Noel Dias, há muito se fazia sentir na comunidade. pessoa de avançada idade,
aprovada pelas Nações Uni-das, segundo a sua resolução
Festa em honra de S. Francisco de Assis na paróquia de Santa Maria em Pretória West
FREI GILBERTO TEIXEIRA NA DECLAMAÇÃO DO SEU POEMA
ENCARREGADA DO LAR, ISABEL DOS SANTOS
PRESIDENTE DOS LUSÍADAS, PAULA DE CASTRO, COM A ENCAR-REGADA DO LAR S. FRANCISCO DE ASSIS ISABEL DOS SANTOS
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14 DE OUTUBRO DE 2019 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 5
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Festa em honra de S. Francisco de Assis em Pretória
CÂNTICOS ORIENTADOS PELA IRMÃ FRANCISCANA LAURA IDOSOS UTENTES DO LAR ASSISTINDO À EUCARISTIA
GRUPO DE EMPREGADAS QUE TRABALHAM NO LAR DE IDOSOS S. FRANCISCO DE ASSIS
ASPECTO DA ASSISTÊNCIA NO INTERIOR DO SALÃO COM FREI LAQUEME EM PRIMEIRO PLANO
MESA DOS IDOSOS UTENTES DO LAR S. FRANCISCO DE ASSIS
O GRUPO DE IDOSOS DO LAR NOSSA SENHORA DE FÁTIMA EM BENONI TAMBÉM MARCOU PRESENÇA
AS DIRECTORAS E IDOSOS DO LAR RAINHA SANTA ISABEL, EM JOANESBURGO
LOURDES COUTO, ISABEL DOS SANTOS E EMPREGADAS DO LAR DE IDOSOS, EM DANÇAS AFRICANAS CONFORME INDICA O TRAJE
GRUPO CORAL FORMADO POR FUNCIONÁRIAS DO LAR
MESA ONDE CONVIVERAM AS PRESIDENTES DOS LUSÍADAS PAULA DE CASTRO E DA LIGA DA MULHER, MANUELA CALADO
PÁGINA 6 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 14 DE OUTUBRO DE 2019
2214
1655
O presidente da Câmara Mu-nicipal de S. Vicente, José An-tónio Garcês, acompanhado do seu vice-presidente Fer-nando Góis, do presidente da Assembleia Municipal, Aires dos Santos, do administrador do Diário de Notícias, Roberto Passos, do jornalista Vitor Hu-go, e do empresário Tomé Brazão, dedicaram o penúlti-mo domingo, 6 de Outubro, a uma visita a Pretória.
Começando por assistir à missa dominical, celebrada pelo Frei Gilberto Teixeira, vi-sitaram a seguir o lar de ido-sos S, Francisco de Assis, nesta mesma paróquia, onde percorreram o conjunto de instalações e tiveram pala-vras de muito carinho para com os idosos ali internados, para depois de conviverem alguns momentos com paro-quianos, cumprimentaram e deram os seus parabéns ao casal Dionísio e Natália da Conceição Abreu, que ali co-memorava os seus cinquenta anos de casados, após o que a convite dos conterrâneos ru-maram à residência do casal Ida e Crispim Dias, onde lhes foi oferecido um ligeiro con-vívio.
Findas estas primeiras visitas e contactos, a comitiva rumou à Casa Social da Madeira onde a aguardava um número de pessoas estimado em mais de duzentas presenças, além dos membros directivos, pela embaixada o encarregado de
negócios Eduardo Rafael, o conselheiro económico Sérgio Espadas, e a chanceler Carlo-ta Amorim, a que se junCarlo-taram o comendador Silvério Silva, os Freis Gilberto Teixeira, La-meque André Michangula, este que viria a dirigir a prece de benção ao almoço, e o su-perior dos Franciscanos em Moçambique, Amaral Bernar-des Amaral.
Recebidos com música típica africana pelo conjunto de tam-bores Udumo Marimba Band no alpendre, após o que à en-trada do salão lhes foi ofereci-do um “Porto de honra”, pas-sando a seguir e antes de to-marem lugar na mesa princi-pal, a cumprimentar indivi-dualmente muitos dos pre-sentes, em grande parte con-terrâneos do concelho de S. Vicente, com quem dialoga-ram durante algum tempo, sendo visível a sua satisfação por se encontrarem entre gen-te da sua gen-terra.
Antes de ser servido o almo-ço em moldes de “self-ser-vice”, de boas especialidades da nossa gastronomia, onde não faltava o típico milho frito, tradicional da Ilha da Madeira, foram as boas-vindas aos ilustres visitantes e a todos quantos ali se encontravam, dirigidas em palco, primeiro pelo presidente da Direcção Augusto Gil Baptista Rosa, e a seguir pelo da assembleia-geral, Samuel da Silva, este que destacando todos os ilus-tres visitantes elogiou o bom empenhamento do autarca de S. Vicente em prol do desen-volvimento do concelho, não esquecendo por outro lado o representante do Diário de Notícias, e com ele alguns jor-nalistas passando a destacar o patrocinador do almoço que ali iria ser servido, Tomé Bra-zão, que classificou de grande empresário, uma pessoa que fora viver para a Madeira com seus pais, fizeram grandes negócios e está de volta a esta terra que o recebe de braços abertos, com desejos das maiores felicidades futu-ras, estendendo o seu reco-nhecimento aos conselheiros e chanceler da embaixada.
De seguida foi o administra-dor do Diário de Notícias, Ro-berto Passos, a destacar no seu improviso a visão bem clara nos seus estatutos, de informar com independência e qualidade, dando voz aos ma-deirenses residentes na Re-gião Autónoma da Madeira, de forma a ser merecedor do respeito e confiança dos leito-res, clientes, fornecedoleito-res, accionistas, profissionais e colaboradores, missão que lhe confere uma responsabili-dade muito grande, no que respeita a todos os madeiren-ses espalhados pelo mundo, e assim diminuir um pouco a saudade que sentem dos seus familiares e amigos, onde por todo o lado são dtacados como povo muito es-pecial, trabalhador e humano, daí o orgulho de ser madei-rense e de ser português.
Em prosseguimento foi Tomé Brazão a manifestar a sua sa-tisfação no regresso a casa,
uma terra que escolheu para viver com sua família e traba-lhar onde sempre se sentiu bem acolhido, e o grato privi-légio de encontrar muitos dos seus melhores amigos, e ape-sar da distância estão sem-pre próximos do seu coração, para em relação às dificulda-des que a comunidade portu-guesa presentemente enfren-ta na África do Sul, no respei-tante a segurança, e não es-tando na trincheira convosco, estamos sempre disponíveis na rectaguarda da linha de batalha para vos ajudar de forma incondicional.
Seguidamente foi Eduardo Rafael a pronunciar-se, para depois de a todos cumprimen-tar, começar por afirmar ser para si sempre um gosto vir à Casa Social da Madeira, des-ta vez em represendes-tação do embaixador por se encontrar na cidade do Cabo, por oca-sião dos festejos com a tradi-cional frota pesqueira, daí a visita à comunidade radicada naquela cidade, enquanto por seu lado se regozijar estar com a de Pretória, prosse-guindo disse:
“É com muito gosto que aco-lhemos o presidente da Câ-mara Municipal de S. Vicente, o seu vice-presidente, e o pre-sidente da Assembleia Munici-pal, bem como os restantes membros da delegação”.
Reiterou o apoio que a em-baixada sempre tem dado à comunidade madeirense e continental radicada em Pre-tória, sendo com gosto que ali estava a assistir a mais uma visita institucional, onde os presidentes de câmaras têm a sua dimensão local, desta-cando por outro lado a im-portância da nossa diáspora, terminando o seu improviso com a afirmação de serem sempre bem acolhidas todas as entidades que nos queiram visitar, e assim contribuir para que a comunidade aqui radi-cada não perca o contacto com as suas raízes, terminan-do com parabéns à Casa So-cial da Madeira por mais este evento.
O último orador ali naquela tarde foi o presidente do Mu-nicípio de S. Vicente, José An-tónio Garcês, que começando por destacar a comitiva que o acompanhava e restantes en-tidades, assim como o povo anónimo ali presente neste convívio proporcionado pela Casa Social da Madeira, ma-nifestar ser com prazer que com a comitiva que o acom-panhava estavam na primeira visita à África do Sul, “escolha que recaiu por aqui termos uma grande comunidade ma-deirense, e assim estarmos com todos vós, ouvirmos as vossas dificuldades e poder-mos ajudar-vos, ver como aqui vivem os nossos compa-triotas, e sentirmos na pele a distância que nos separa e nesse sentido procurar estar-mos mais perto, agradecendo a todos sem excepção a ma-neira carinhosa com que te-mos sido recebidos, tanto em Joanesburgo, como em Pretó-ria, daí o prazer de estarmos aqui com os nossos
conterrâ-neos, com um obrigado pela maneira como nos recebe-ram, e nesse sentido estar-mos disponíveis para aquilo que de nós necessitarem”.
Continou a afirmar: “O execu-tivo que lidero há cerca de seis anos no Concelho de S. Vicente, tem tentado ao longo desse tempo torná-lo mais desenvolvido, obviamente com tudo aquilo que faz falta à sua população, não esque-cendo aqueles que um dia ti-veram de partir à procura de melhores condições de vida e consequente futuro para seus filhos, certamente muitos de vós na incerteza do que iriam encontrar, sendo com regozijo e redobrada satisfação cons-tatar o sucesso da nossa co-munidade aqui radicada.
Um outro objectivo é falar um pouco daquilo que podem ter na vossa terra. A Câmara que dirijo tem desenvolvido nos úl-timos seis anos, criando con-dições para que se possa in-vestir no concelho, e assim valorizar o nosso território de maior ímpeto de construção, um incentivo com benefício nos impostos fiscais concedi-dos pela própria autarquia, em taxas de impostos sobre imóveis de que todos podem beneficiar, no investimento que vierem a fazer no conce-lho, em que aliado a esse sec-tor aprovamos as áreas de construção urbana, que têm exactamente os mesmos be-nefícios fiscais para quem queira recuperar imóveis de-gradados no concelho”, termi-nando nesse sentido com esta afirmação:
“Estamos à vossa disposição naquilo que acerca disto pre-cisarem, e além disso há uma linha directa do próprio mu-nicípio de S. Vicente, designa-do por gabinete de apoio ao emigrante, para esclareci-mento de qualquer dúvida, que podem contactar sempre que se desloquem à Madeira, estando para isso sempre dis-ponível o executivo municipal, não só por uma questão de amizade, mas obviamente pela gestão do próprio conce-lho”.
Terminou a sua intervenção agradecendo do fundo do co-ração a maneira como aqui foram recebidos, com um re-conhecimento ao Diário de Notícias pela organização desta viagem, deixando por fim este pedido, “nunca es-queçam a vossa terra”.
Durante o convívio foram pro-jectadas em ecrã improvi-sa-do imagens improvi-sa-do Concelho de S. Vicente, e assim todos po-derem apreciar a beleza da região, e os que não a co-nhecem pessoalmente certa-mente admirados com tal for-mosura.
A música para este convívio que a terminar conheceu mui-ta alegria no animado baile com que as pessoas se diver-tiram a seu belo prazer, este-ve a cargo da “DJ VIX”.
Visita do autarca de S. Vicente e comitiva
que o acompanhou a Pretória
O AUTARCA COM ELEMENTOS DO SEU CONCELHO QUE NO LAR S. FRANCISCO DE ASSIS TEM INTERNADA A FAMILIAR JESUÍNA DE ABREU PESTANA
Texto e fotos de
Vicente Dias
14 DE OUTUBRO DE 2019 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 7
Visita do autarca de S. Vicente a Pretória
AUTARCA DE S. VICENTE, JOSÉ ANTÓNIO GARCÊS
JOSÉ ANTÓNIO GARCÊS CONVERSANDO COM UTENTE DO LAR DE IDOSOS.
MESA PRINCIPAL OS FREIS GILBERTO E LAMEQUE COM O SUPERIOR DOS FRANCISCANOS EM MOÇAMBIQUE, AMARAL BERNARDO AMARAL
LINO FARIA, JOÃO DE JESUS, TONY OLIVEIRA, EMANUEL CORREIA E NÉLIO DE FREITAS NO ALEGRE CONVÍVIO
ASPECTO DA AFLUÊNCIA AO CONVÍVIO DE RECEPÇÃO À COMITIVA MADEIRENSE
A MESA ONDE CONVIVEU GILBERTO BASÍLIO
MESA ONDE CONVIVEU O PRESIDENTE DA CSM, AUGUSTO BAPTISTA ROSA A COMITIVA COM O CASAL DIONÍSIO-NATÁLIA DA CONCEIÇÃO ABREU QUE NA
EUCARISTIA FESTEJOU AS BODAS DE OURO MATRIMONIAIS ADMINISTRADOR DO DIÁRIO DE
NOTÍCIAS, ROBERTO PASSOS
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA-GERAL DA CSM, SAMUEL DA SILVA
TOMÉ BRAZÃO PATROCINOU O ALMOÇO QUE FOI SERVIDO
CONFRATERNIZAÇÃO COM MÚSICA DO “DJ-VIX O UDUMO MARIMBA BANDE ANIMANDO O CONVÍVIO.
ARTISTAS DE MÚSICA AFRICANA COM QUE A COMITIVA MADEIRENSE FOI RECEBIDA NA CASA SOCIAL DA MADEIRA FREI LAMEQUE NA BÊNÇÃO
DA REFEIÇÃO EDUARDO RAFAEL EM
PÁGINA 8 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 14 DE OUTUBRO DE 2019
Realizou-se no penúltimo domingo a festa anual de “0ur Lady of the Rosary”, na Igreja Católica Holy Ro-sary em Krugersdorp, com uma missa solene celebra-da pelo páraco desta con-gregação, Padre Fidgeon, que contou com centenas
de membros desta paró-quia, que se encontrava decorada e cheia de flores. No recinto da igreja foi montado um palco para o DJ Paul, do Sounds GR8, que estava rodeado de de-zenas de barracas a ven-der muita variedade de
cu-linária tipicamente portu-guesa e bebidas.
Perante as cerca de 1000 pessoas que se encontra-vam neste festival, actua-ram os artistas locais, Ta-nya V., Roberto Adão, Ja-son da Costa, JaJa-son Fran-cisco, Miguel Esteves com
rodeada por barracas a as-sarem galinhas, espetadas e carnes para os pregos e bifanas.
Havia dezenas de crian-ças no parque de diversão a brincarem umas com as outras.
nizado pelo festeiro Cristó-vão da Silva, mais conhe-cido por Chris, e que pro-mete no futuro ser ainda maior, segundo nos disse o Padre Fidgeon.
O parque de estaciona-mento de carros encontra-va-se bem guardado por dezenas de polícias Metro de Krugersdorp.
Foi um festival bem orga-a suorga-a violorga-a, de
Rusten-burg, Miguel Pregueiro, a nova DJ da nossa comu-nidade Miki, e por fim o rancho folclórico do Troye-ville/Núcleo de Arte e Cul-tura.
A “farmácia de serviço”, muito concorrida, estava
Festa de “Our Lady of the Rosary” na Igreja Católica de Krugersdorp
ASPECTO GERAL DO ALMOÇO DURANTE O FESTIVAL
FESTEIRO CHRIS DA SILVA
PÁRACO DA IGREJA PE. FIDGEON
RANCHO TROYEVILLE / NAC EM ACTUAÇÃO
TOCATA DO RANCHO FOLCLÓRICO TROYEVILLE / NÚCLEO DE ARTE E CULTURA
MIGUEL ESTEVES CARAS BEM CONHECIDAS DE JOANESBURGO
CRIANÇAS NO JUMPING CASTLE
DJ PAUL DO SOUNDS GR8 A NOVA DJ MIKI JASON FRANCISCO MIGUEL PREGUEIRO TANYA V.
ROBERTO ADÃO COM JASON DA COSTA O CHURRASCO NÃO PAROU DURANTE O FESTIVAL
14 DE OUTUBRO DE 2019 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 9
Decorreu no Clube Português em Klerksdorp, na Pro-víncia do North West, no penúltimo domingo 6 de Outu-bro, a festa em honra de Nossa Senhora de Fátima, or-ganizada pela Comunidade portuguesa daquela cidade.
A Eucaristia em honra de Nossa Senhora de Fátima foi celebrada pelos padres Bongani Sithole e Don Bohé e foi uma missa cantada que teve procissão no final da cele-bração eucarística.
Depois das cerimónias religiosas teve lugar o arraial, com vários pratos típicos portugueses e a música e en-tretenimento estiveram a cargo dos artistas portugueses da Região Autónoma da Madeira, Miro Freitas, Buzico e o DJ Daniel Caires.
Os Festeiros desta edição 2019 do certame foram Rui e Elizabeth Rocha, Luís e Guida Serrão, Carlos e Patrícia Teles, José e Geraldine de Achadinha, Tony e Cecília Caetano, Philipe e Nádia Caetano, Rufino e Analia das Neves, Braz e Janet da Costa, Gabriel e Ana Correia.
Comunidade portuguesa de Klerksdorp celebrou Nossa Senhora de Fátima
PÁGINA 10 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 14 DE OUTUBRO DE 2019
COMUNIDADE
A Federação de Hóquei em Patins da África do Sul entre-gou na quarta-feira, dia 9 de Outubro, 20 computadores a jovens menos privilegiados, numa cerimónia que teve lugar no Núcleo de Arte e Cul-tura, dirigida pelo responsável da colectividade, Joaquim Coimbra, na presença do pre-sidente da Assembleia do
Mu-nicípio de Joanesburgo, Vas-co da Gama, vereador Marcel Coutriers, vereadora Faeeza Chame e vereadora estudante Madison Coutriers.
O presidente da Federação de Hóquei em Patins na África do Sul, Joaquim Coimbra de-clarou à nossa reportagem que “em 2015, quando a Áfri-ca do Sul foi disputar o Áfri-
cam-peonato do mundo de júnio-res, na cidade espanhola de em Barcelona, tivémos a oportunidade de conhecer Matthias Kloppe, líder da or-ganização “4Africa”, que an-garia fundos para ajudar paí-ses africanos, nomeadamente Madagáscar, Moçambique, África do Sul e Kenya. Foi quando lhe disse que o
hó-quei em patins na África do Sul estava com dificuldades financeiras e Matthias Kloppe, reconhecendo os nossos pro-blemas, decidiu arranjar um subsíduo anual de 10.000 francos suiços, cerca de 150.000 randes. Com esta quantia, compramos equipa-mento, participamos no tor-neio anual muito popular “4Africa All Stars” e finan-ciamos a escolaridade de um estudante anualmente”.
“Gostaria de mencionar, que esta parceria entre o 4Africa, Sol Foundation e o Núcleo de Arte e Cultura, tem o apoio técnico da empresa CTI Bu-siness Solutions. Estes 20 computadores que oferece-mos hoje, foi apenas o pri-meiro passo de um projecto com três fases. A segunda fa-se está prevista para Janeiro 2020, com a entrega de outros 20 computadores”, sublinhou Joaquim Coimbra.
O presidente da Assembleia
do Município de Joanesburgo, Vasco da Gama, durante a sua intervenção, congratulou Joaquim Coimbra pela sua ini-ciativa benemérita.
A cerimónia terminou com um convívio entre todos presen-tes.
Federação de Hóquei em Patins da África do Sul entregou
20 computadores a jovens menos privilegiados
* Vasco da Gama, presidente da Assembleia do Município de Joanesburgo
esteve presente na cerimónia que teve lugar no Núcleo de Arte de Cultura
VASCO DA GAMA, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DO MUNICÍPIO DE JOANESBURGO
O PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE HOQUEI PATINS JOAQUIM COIMBRA
CONVÍVIO NO RESTAURANTE ANTES DA CERIMÓNIA OS CONTEMPLADOS COM OS SEUS COMPUTADORES
FOTO GERAL DE TODOS QUE PARTICIPARAM NA CERIMÓNIA DA ENTREGA DOS 20 COMPUTADORES
KHANYISILE MLALAZI RECEBENDO O SEU COMPUTADOR
Texto e fotos de
Luis Peixoto
gar até Lisboa, remetidos des-se país sul-americano", afir-mou o português que vive no Brasil.
Também o presidente do CPCCP passou por proble-mas para conseguir exercer o seu voto, tendo visto o seu bo-letim ser devolvido para a sua morada no último dia em que poderia enviar o envelope para Portugal.
"Um outro problema é que em diversos lugares, inclusive aqui no Brasil, e chegou a acontecer mesmo comigo,
nós colocámos os boletins de voto nos correios e dias de-pois recebemos os boletins de volta nas nossas casas", de-talhou.
Flávio Martins presume que o problema se tenha devido às diferenças no formato dos en-velopes, e na forma de leitura da correspondência, que varia de país para país.
Outra adversidade apontada pelo líder do CPCCP foi a falta de informação de que o bole-tim de voto já se encontrava pago pelo Estado português, o que gerou dificuldades, quer
junto dos correios, quer dos cidadãos.
"Em alguns países, fora da Europa, as pessoas estavam com dificuldades em entregar o boletim nos correios. Os correios não entendiam que se tratava de um porte (pre-viamente) pago. (...) Talvez muitos emigrantes não te-nham sido alertados que o porte era gratuito, porque até então sabíamos que os votos precisavam de ser pagos, com selos, por exemplo. Mui-tos nunca quiseram votar por conta disso (gastos)", disse.
O responsável do CPCCP
acrescentou que “muitas pes-soas nunca votaram” e desco-nheciam o novo processo, à semelhança de parentes seus, que “receberam a carta com o boletim”, mas “não sa-biam o que era”.
“Acharam que era até algum problema fiscal, relacionado com alguma dívida ou algum tipo de cobrança vinda de Portugal. Depois é que viram do que se tratava. Ou seja, muitos nem sabiam o que es-tavam a receber em suas ca-sas. Muitas pessoas até de-vem ter deitado o documento fora", contou.
Já dentro da Europa, uma das adversidades apontadas pelo português a viver no Rio de Janeiro foi o facto de mui-tos boletins estarem redigidos em francês.
"Outro problema, este mais concentrado na Europa, é que estava tudo escrito em fran-cês, e tirando a França, Bélgi-ca e Luxemburgo, as pessoas dos outros países não são obrigados a saber francês. Tenho escutado que em al-guns países isso foi realmente uma dificuldade nas comuni-dades que vivem na Europa",
apontou Flávio Martins. Contudo, e apesar dos obstá-culos que, de acordo com o presidente do CPCCP, pode-rão ter causado uma menor participação do que a espera-da, Flávio Martins faz uma avaliação "extremamente po-sitiva" do processo.
"Apesar dos problemas que relatei, a avaliação pessoal que eu faço é extremamente positiva, porque tenho a certe-za de que devemos quintu-plicar o número de boletins de voto que chegarão a Lisboa, o que, convenhamos, já é muita coisa. Trata-se de uma
mani-festação importante do inte-resse das comunidades”, fri-sou.
Flávio Martins admitiu que o processo “poderia ter sido muito mais efectivo”, salien-tando: “Nós alertámos, desde o início do ano, e não fomos ouvidos".
O presidente do CPCCP acredita que o número de vo-tos na emigração poderá che-gar aos 160 mil.
No entanto, o CPCCP vai realizar, a 19 deste mês, uma avaliação de todo o processo das legislativas.
Problemas com boletins afectaram votos dos portugueses no estrangeiro
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2 2 4 5O ministro das Finanças afir-mou que o défice deste ano pode ficar “ligeiramente” abai-xo dos 0,2%, nomeadamente na sequência das receitas de IVA, e a nova meta deverá ser enviada a Bruxelas a 15 de Outubro.
“Nós temos um défice no pri-meiro semestre de 0,8% [do PIB] que há-de resultar num défice anual muito próximo de 0,2%, eventualmente ligeira-mente menor, mas não segu-ramente maior do que 0,2%”, afirmou Mário Centeno, em entrevista à Lusa.
O défice de “2018 foi uma décima melhor do que tín-hamos projetado no Programa de Estabilidade. Tecnicamen-te, como se diz na gíria, po-demos arrastar essa décima, expectavelmente, para 2019, se tudo o resto se mantiver constante”, referiu, acrescen-tando que, além disso, houve também uma “revolução na estrutura da atividade econó-mica” portuguesa.
“É possível que consigamos fazer algo melhor na pro-jecção de algumas variáveis para até ao fim do ano, dada a nova base, digamos assim, das contas nacionais e das contas públicas”, referiu.
Na segunda-feira o INE me-lhorou em uma décima o dé-fice de 2018, de 0,5% para 0,4% do Produto Interno Bru-no (PIB), revendo também em alta a expansão da economia portuguesa nos últimos anos, na sequência da nova base de contas nacionais, base 2016, que levou à incorpora-ção de nova informaincorpora-ção e à revisão de vários valores que, no caso de 2018, são ainda provisórios.
“No dia 15 de Outubro, en-viaremos para Bruxelas um novo plano orçamental em políticas constantes, cumprin-do aquilo que são as regras europeias […] e aí poderemos atualizar as contas de 2019 à luz da informação que, entre-tanto, conhecemos na segun-da feira”, referiu Mário Cente-no, reafirmando que o Gover-no projectou contas públicas em linha com o que pediu autorização na Assembleia da República no ano passado.
“Se, no final, vierem uma dé-cima melhores, ou menos de uma décima melhores, a úni-ca coisa que eu posso garan-tir é que pior não vêm”, subli-nhou.
Questionado sobre o facto de a evolução orçamental da se-gunda metade dos últimos anos ter sido sempre melhor do que na primeira metade, o ministro das Finanças e can-didato pelo PS às legislativas referiu que também a segun-da metade deste ano “vai ser” melhor.
Mário Centeno explicou que o Governo tem “uma projecção da execução da despesa que está totalmente alinhada com o que foi apresentado na As-sembleia da República e rei-terado em abril, no Programa de Estabilidade”, tendo uma projecção da receita que “se afigura acima” do projetado.
“Esta receita é uma receita que só vale quando o ano fe-char. E o IVA, para efeitos de contabilidade nacional, só ter-mina em março de 2020. Te-nho exactamente meio ano de IVA nas minhas receitas fis-cais. Não espero nenhuma di-vergência nos próximos me-ses”, antecipou o ministro na entrevista, adiantando que, em Outubro, ainda faltam cinco meses de receita do IVA, o que “não é pouco”.
O ministro das Finanças ex-plicou que dois dos meses ainda em falta, até ao fecho das contas deste ano, “são meses de receita trimestral que é onde está acumulada a grande receita do IVA, que é novembro e depois Feverei-ro”.
Na quinta-feira foi conhecida a execução orçamental entre Janeiro e Agosto, tendo sido registado um excedente de 402 milhões de euros, uma melhoria de 982 milhões de euros face ao mesmo período de 2018.
Questionado sobre se, pe-rante a desaceleração econó-mica internacional, Portugal está em condições de respon-der com a política orçamental para atenuar esse abranda-mento, o ministro das Finan-ças respondeu que sim.
“Temos margem para manter todas as medidas que temos de investimento público por-que elas estão no Programa de Estabilidade que é compa-tível com manter o país neste objectivo de médio prazo. Te-mos condições de cumprir todos os programas sociais, em particular a Lei de Bases da Segurança Social”, referiu também, acrescentando que “não há razão, nesse contex-to, para ter nenhuma acção
punitiva para a economia através de impostos”.
Sobre se existe margem para o cumprimento das promes-sas eleitorais do PS, em ter-mos de redução de impostos e aumentos dos funcionários públicos, Mário Centeno asse-gurou também que sim.
“Sim, é uma medida que vem também do Programa de Es-tabilidade, que foi reforçada, mas foi reforçada numa mar-gem que é totalmente com-patível com a manutenção do país nesta trajectória de cum-primento do objectivo de mé-dio prazo”, assegurou.
Na entrevista à Lusa, Mário Centeno elogiou também os números da economia portu-guesa, divulgados pelo INE, que mostraram que o PIB cresceu afinal 3,5% em 2017, mais sete décimas que ante-riormente anunciado, e 2,4% em 2018, mais três décimas que os 2,1% antes anuncia-dos.
Mário Centeno destacou ain-da que “o rendimento per ca-pita português é hoje superior a vinte mil euros pela primeira vez e cresceu mais do que 4%, ano a ano, desde 2015”. “Nunca esta sequência de crescimentos anuais se tinha verificado em Portugal”, sa-lientou.
Segundo o INE, o PIB per ca-pita atingiu um valor próximo de 20 mil euros em 2018, com taxas de crescimento nominal superiores a 4% desde 2015 e o rendimento disponível das famílias apresenta variações positivas desde 2015, tendo atingido o crescimento mais elevado em 2018 (4,4%). CENTENO ELOGIA DESEM-PENHO "EXEMPLAR" DO PRESIDENTE DA CGD
O ministro das Finanças elo-gia o “cumprimento exemplar” pelo presidente da CGD do plano de negócios, realçando que, felizmente, a avaliação da idoneidade é feita pelo BCE, e descartou nova injec-ção no banco no “futuro pre-visível”.
“O que posso avaliar do dou-tor Paulo Macedo é o desem-penho que ele tem enquanto presidente da Comissão Exe-cutiva da Caixa Geral de De-pósitos (CGD) e no cumpri-mento do programa, do plano de negócios que lhe foi apre-sentado, no qual ele partici-pou na sua consolidação tam-bém junto da Comissão Euro-peia”, afirmou o ministro das Finanças.
“Desse ponto de vista, quer a avaliação que fazemos no Governo, quer a avaliação que recebemos de todas as instituições, seja o Mecanis-mo Único de Supervisão, seja da Comissão Europeia, é de um cumprimento exemplar pela Caixa dessas indica-ções”, destacou Mário Cente-no.
O ministro das Finanças res-pondia quando questionado se mantinha a confiança em Paulo Macedo, que tem sido referenciado como tendo da-do emprego, no BCP, a um ex-assessor do antigo minis-tro da Economia Manuel Pi-nho, a pedido da EDP.
Mário Centeno frisou que Paulo Macedo teve que imple-mentar um plano de negócios “que era exigente” e que o le-vou várias vezes ao parla-mento para explicar os obje-tivos, quer em termos de
agências, quer em termos de pessoal.
“E, principalmente [em ter-mos] da eficiência operacional da CGD, para não ter que vir levantar mais capital ao accio-nista [Estado], que na verda-de somos todos nós, e, por-tanto, não vejo nenhuma ra-zão para neste contexto, que é aquele onde eu tenho que me regular, ter dúvidas sobre isso”, afirmou Mário Centeno. Questionado sobre se o Esta-do, enquanto acionista único da CGD, tem conhecimento de que a idoneidade de Paulo Macedo está a ser avaliada, o ministro das Finanças referiu que “a avaliação da idoneida-de é feita pelo Banco Central Europeu, não pelo ministro de Finanças”.
“E acho que é muito bom que assim seja. Deus nos livre de voltar aos tempos em que era o governo que fazia a avalia-ção da idoneidade dos gesto-res da CGD”, referiu.
Sobre a necessidade de uma nova injecção de capital no banco público, Mário Centeno respondeu que “a Caixa tem rácios de capital, hoje em dia, com margens muito significati-vas, muito acima daquelas que estavam no plano de ne-gócios”.
“Não vejo nenhuma razão para, desse ponto de vista, haver problema de espécie alguma na Caixa no futuro previsível”, frisou,
acrescen-tando que aquilo a que se tem assistido ao longo dos últimos anos, no sistema bancário europeu, é a um esforço de capitalização e de diversifica-ção das fontes de capital.
“Existem diferentes formas de capital na estrutura do ba-lanço de um banco hoje em dia, e a Caixa vai ter que as ir conseguindo ao longo do tem-po, mas não são muito dife-rentes daquelas que foram feitas no contexto da capita-lização da Caixa”, recordou Centeno.
A 30 de Julho, a CGD anun-ciou um lucro de 282,5 mi-lhões de euros no primeiro se-mestre deste ano, um aumen-to de 46% face ao resultado do mesmo período de 2018.
Questionado sobre se está tranquilo em relação à situa-ção financeira do Banco Mon-tepio e da Associação Mutua-lista, o ministro das Finanças respondeu que tem seguido a evolução das duas institui-ções.
“Não tenho nenhum sinal, an-tes pelo contrário, dessa di-mensão que possa alterar a forma como vejo, e tenho se-guido essa evolução do Ban-co Montepio e da Associação Mutualista”, referiu Mário Cen-teno, adiantando que “foram dados passos muito concretos e muito importantes na sepa-ração das duas instituições, em termos operacionais, que robusteceram quer uma quer
outra”.
O ministro sublinhou que, “como em todas as dimen-sões do sistema financeiro, é precisamente essa monitori-zação que deve ser feita, não apenas em relação a essas instituições, mas em relação
ao sistema como um todo”. Em 20 de Setembro, o Banco Montepio anunciou um lucro de 3,6 milhões de euros no primeiro semestre, 77% abai-xo dos 15,8 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2018.
“Défice de 2019 pode ser “ligeiramente menor” que 0,2%”
- afirma o ministro português das Finanças, Mário Centeno
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informação e actualidade
O Papa Francisco proclamou ontem cinco santos durante uma cerimónia realizada no Vaticano, entre os quais a reli-giosa Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil.
A religiosa Maria Rita de Sou-za Brito Lopes Pontes, con-hecida como "Irma Dulce", é chamada de "Madre Teresa da Calcutá Brasileira" pela sua dedicação aos pobres e necessitados.
A Irmã Dulce morreu em 1992, aos 77 anos, na Baía.
A partir de agora, a religiosa baiana será conhecida como “Santa Dulce dos Pobres”.
Apesar de a Irmã Dulce ser a primeira santa brasileira, a Igreja Católica já reconheceu
outro santo nascido no Brasil: Frei Galvão. O religioso foi ca-nonizado a 11 de Maio de 2007, no Vaticano, pelo Papa Bento XVI.
Na mesma cerimónia, Fran-cisco proclamou santo o car-deal britânico John Henry Newman, um anglicano con-vertido ao catolicismo no sé-culo XIX, que se tornou uma figura unificadora e muito in-fluente nas Igrejas Anglicana e Católica.
Outros três pessoas, a reli-giosa italiana Giuseppina Van-nini, a indiana Maria Teresa Chiramel e a suíça Marguerite Bays, também foram procla-madas santas pelo Papa.
