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A Emigração Portuguesa. Julho, 2010

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A Emigração Portuguesa

(2)

A Emigração Portuguesa.

1. A Emigração Portuguesa

2. As Remessas dos Emigrantes

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa

4. Anexos

(3)

1. A Emigração Portuguesa – Crescimento da população.

Entre 2000 e 2009, verifica-se uma desaceleração na taxa de crescimento efectivo da população que é resultado de uma desaceleração na taxa de crescimento migratório, bem como na taxa de crescimento natural da população (em 2007 e 2009, apresenta taxas negativas, de -0.01% e -0.05%, respectivamente). Em 2009, a população em Portugal cresceu ligeiramente, cerca de 0.1% (10.5 mil pessoas), resultado do efeito positivo do saldo migratório de 15.4 mil pessoas (o crescimento natural foi de -4.9 mil pessoas).

Estimativas de crescimento da população residente, 2000-2009

(Percentagem) 0.14 0.07 0.08 0.04 0.07 0.02 0.03 -0.01 0 -0.05 0.46 0.63 0.68 0.61 0.45 0.36 0.25 0.18 0.09 0.14 0.6 0.71 0.75 0.64 0.52 0.38 0.28 0.17 0.09 0.1 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Taxa de crescimento migratório Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento efectivo

(4)

1. A Emigração Portuguesa – Saldo migratório.

Entre 2000 e 2006, é notória a entrada de imigrantes em Portugal e a regularidade na saída de pessoas, que oscila entre os 8.9 mil e os 12.7 mil. Em 2007, verifica-se um claro salto nas saídas que ascenderam a 26.8 mil pessoas. Em 2008 ocorre já uma ligeira redução nas saídas, que baixam novamente em 2009.

Saldo migratório, 2000-20091

(Milhares)

1Ver Anexo 1, com a explicação das limitações dos dados do INE, que mais à frente no trabalho se verá apresenta dados muito diferentes da OCDE e do Observatório da

Emigração.

Fontes: INE, ES Research – Research Sectorial.

10.7 9.8 9.3 8.9 10.7 10.8 12.7 26.8 20.4 16.9 57.7 74.8 79.3 72.4 57.9 49.2 38.8 46.3 29.7 32.3 47.0 65.0 70.0 63.5 47.2 38.4 26.1 19.5 9.4 15.4 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fluxos de entradas Fluxos de saídas Saldo migratório

(5)

1. A Emigração Portuguesa – Emigrantes portugueses

(stock)

.

Estimativas apontam para que o número de emigrantes portugueses ascenda a cerca de 1.9 milhões, destacando-se como país de destino a França, que concentra 28.9% deste valor, seguindo-se o Brasil com 10.9%, os EUA com 8.8%, e a Suíça (8%).

Emigrantes portugueses por país de destino (stock), 20091

(Milhares)

1Considerou-se “população residente de nacionalidade portuguesa”. Para alguns países são dados anteriores a 2009 (os últimos disponíveis).

Fontes: Observatório da Emigração, Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE), ES Research – Research Sectorial.

567.0 171.5 213.2 157.5 150.4 148.1 90.2 82.0 53.5 41.7 284.7 Fr an ça E U A B ra si l S ui ça C an ad á E sp an ha A le m an ha R ei no U ni do V en ez ue la Lu xe m bu rg o O ut ro s

Total dos emigrantes 1 959.7 mil

(6)

1. A Emigração Portuguesa – Movimentos da população (I).

Movimentos da população – Entrada de portugueses em alguns países de destino da emigração

(Pessoas)

Fontes: Observatório da Emigração, ES Research – Research Sectorial.

Verifica-se um movimento significativo de emigrantes portugueses para países como a Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Angola, e Reino Unido (ainda que apresente uma ligeira descida no último ano). Destaca-se a evolução do movimento de portugueses para Angola que, em 2009, terá ascendido a cerca de 23 mil pessoas.

Angola x152 Espanha X5.6 Suiça +44% Reino Unido -26% 7 000 7 000 7 500 9 835 7 000 2004 2005 2006 2007 2008 0% França 13 850 11 710 9 700 12 040 12 980 10 310 2004 2005 2006 2007 2008 2009 156 1 296 1 474 23 787 2006 2007 2008 2009 4 825 9 851 13 327 20 658 27 178 2003 2004 2005 2006 2007 12 228 13 539 12 138 12 441 15 351 17 657 2003 2004 2005 2006 2007 2008

(7)

Fontes: Observatório da Emigração, ES Research – Research Sectorial.

Luxemburgo

Movimentos da população – Entrada de portugueses em alguns países de destino da emigração

(Unidades)

1. A Emigração Portuguesa – Movimentos da população (II).

+28% Brasil +47% Canadá +102% 482 595 477 550 679 708 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Alemanha +31% 3 542 3 761 3 796 4 385 4 531 2004 2005 2006 2007 2008 EUA 1 069 1 125 1 409 1 019 772 2004 2005 2006 2007 2008 -28% 3 418 3 371 3 766 4 214 4 468 2005 2006 2007 2008 2009 323 291 405 399 653 2004 2005 2006 2007 2008

(8)

A Emigração Portuguesa.

1. A Emigração Portuguesa

2. As Remessas dos Emigrantes

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa

4. Anexos

(9)

2. As Remessas dos Emigrantes – Evolução.

Em 2009, as remessas de emigrantes ascenderam a cerca de EUR 2.3 mil milhões, o que representou cerca de 1.4% do PIB. Destaca-se positivamente o final dos anos 70 (em 1979 as remessas de emigrantes representaram 10.6% do PIB) e a 1ª metade da década de 80.

Evolução das remessas de emigrantes, 1996-2009

(EUR mil milhões)

Peso das remessas no PIB

2.7 2.9 3.0 3.1 3.5 3.7 2.8 2.4 2.4 2.3 2.4 2.6 2.3 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2.9% 2.9% 2.7% 2.6% 2.7% 2.8% 2.0% 1.7% 1.6% 1.5% 1.5% 1.5% 1.4% 1.4% 2.5

Fontes: Banco de Portugal, ES Research – Research Sectorial.

4. 5 4.9 6. 2 8. 3 10 .6 9. 9 9. 9 9. 7 8. 7 9.4 8. 6 7. 6 7. 7 6. 9 6. 7 6. 0 5. 7 4. 8 4.9 4. 1 3. 6 2. 9 2. 9 2. 7 2. 6 2.7 2. 8 2. 0 1. 7 1. 6 1. 5 1. 5 1. 5 1. 4 1. 4 19 75 19 77 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 20 07 20 09

Evolução do peso das remessas de emigrantes no PIB, 1975-2009 (Percentagens)

(10)

Em 2009, as remessas de emigrantes ascenderam a cerca de EUR 2.3 mil milhões, destacando-se as originárias de França, que representaram 38.9% das remessas nesse ano, seguindo-se as provenientes da Suiça (23.3%) e dos EUA (5.6%). Os emigrantes portugueses que vão para a Suíça são aqueles que enviam mais remessas, por emigrante, para Portugal.

Remessas de emigrantes, 2009 (EUR milhões) 887.4 530.9 127.3 123.8 120.9 94.8 82.3 41.9 19.4 8.9 Fr an ça S ui ça E U A E sp an ha A le m an ha R ei no U ni do Lu xe m bu rg o C an ad á V en ez ue la B ra si l -1.6% -0.01% -11.3% 15.2% -7.5% -12.2% 1.7% -10.7% 20.9% 6.2%

Taxa de crescimento médio anual, 2004-2009 (TCMA04-09)

1Observatório da Emigração (restantes países, valores retirados do Banco de Portugal).

Fontes: Banco de Portugal, Observatório da Emigração, ES Research – Research Sectorial.

107.5

O

ut

ro

s

Total das remessas de emigrantes (2009): 2 282.0 milhões, 1.4% do PIB TCMA04-09=-1.3% 3. 37 1. 97 1. 57 1. 32 1. 23 0. 91 0. 59 0. 36 0. 28 0. 04 S ça Lu xe m bu rg o Fr an ça A le m an ha RU E sp an ha E U A V en ez ue la C an ad á B ra si l

Remessas por emigrante, 2009

(EUR Milhares/Emigrantes) 103.5 38.0% A ng ol a 1

2. As Remessas dos Emigrantes – Por país de origem.

A ng ol a 1. 09

(11)

A alteração no padrão dos países de destino dos emigrantes portugueses na última década é verificada na redução do peso das remessas de países como os EUA e a Alemanha e no incremento do peso de países como o Reino Unido e Angola. França e Espanha ainda que apresentem uma redução nas remessas em 2009 face a 2005, se compararmos o volume de 2009 com o ano de 1996 verifica-se um incremento.

Remessas de emigrantes para alguns países seleccionados, 1996, 2005, 2009

(Percentagens)

Fontes: Banco de Portugal, ES Research – Research Sectorial.

2. As Remessas dos Emigrantes – Por país de origem.

38 % 19 % 12 % 1% 9% 3% 3% 2% 0% 1% 44 % 23 % 7% 6% 7% 6% 3% 3% 1% 0% 39 % 23 % 6% 5% 5% 4% 4% 2% 1% 0% Fr an ça S ui ça E U A E sp an ha A le m an ha R ei no U ni do Lu xe m bu rg o C an ad á V en ez ue la B ra si l 1996 2005 2009 0% 1% 5% A ng ol a

(12)

Volume de remessas por país (fluxo), 2009

(Milhões)

Fontes: Banco de Portugal, Observatório da Emigração, Banco de Portugal, ES Research – Research Sectorial.

Considerando o valor médio de remessas enviadas por emigrante, em 2009 (slide 10), e o fluxo de emigrantes por país em 2009 (ou 2008 quando 2009 não disponível), verificamos que o país que apresentou maior volume foi a Suíça, seguida de Angola. A importância relativa dos países, enquanto mercados emissores de remessas de emigrantes, considerando só a emigração ocorrida em 2009, é diferente da que considera o stock total de emigrantes (slide 10), o que, a prazo, poderá alterar os mercados mais relevantes de origem de remessas.

59.50 25.93 24.73 12.68 10.99 8.93 5.90 0.46 0.18 0.03 S ui ça A ng ol a E sp an ha RU Fr an ça Lu xe m bu rg o A le m an ha E U A C an ad á B ra si l

(13)

A Emigração Portuguesa.

1. A Emigração Portuguesa

2. As Remessas dos Emigrantes

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa

4. Anexos

(14)

Emigração portuguesa e o crescimento do PIB português, 1990-2008

(Milhares, percentagens)

Fontes: OCDE, INE, ES Research – Research Sectorial.

Verificou-se, na última década, um claro incremento nos níveis de emigração portuguesa, correlacionado com o nível de estagnação económica que se estão a viver em Portugal, bem como com o aumento no nível de desemprego.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – Emigração e PIB.

Na sequência das previsões económicas apresentadas para Portugal ao nível do crescimento e do desemprego, é espectável que a emigração portuguesa continue a aumentar nos próximos anos.

0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 100.0 120.0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 -2.0 -1.0 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 Emigração portuguesa anual

(15)

Nível de instrução do emigrante português, 2003

(Percentagens)

Fontes: INE, Observatório da Emigração, ES Research – Research Sectorial.

Em 2003 (últimos dados disponíveis do INE referentes ao tema), os emigrantes portugueses apresentavam um baixo nível de instrução, 13.6% do total de emigrantes não sabia ler nem tinha qualquer nível de instrução. Por outro lado, os emigrantes com um nível de formação secundário ou superior ascendiam apenas a 9%. Nesta data, os emigrantes iletrados eram em muito maior número na emigração permanente comparativamente à emigração temporária (28.2% e 8.8%, respectivamente).

100.0 3.8 49.5 18.2 28.5 100.0 9.0 42.5 34.9 13.6 100.0 Total 10.7 Secundário ou Universitário 40.1 Escolaridade obrigatória (2ºe 3ºníveis - entre 6 a nove anos de escola)

40.4 Escola primária (1ºnível - 4 anos de instrução)

8.8 Iletrados e pessoas sem qualquer instrução formal

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa –

Nível de instrução do emigrante.

Apesar de não existirem dados estatísticos a demonstrá-lo, tem sido frequentemente comentado a saída de cérebros do país, brain drain, bem como de pessoas de nível de formação superior que procuram emprego e valorização pessoal (mais notório para países como Espanha, Inglaterra, EUA). Note-se, no entanto, que este tipo de emigrantes é, também, resultado natural da cada vez maior mobilidade das pessoas a nível do trabalho e da subida nos níveis de qualificação da população portuguesa.

(16)

Analisando as variações no número de emigrantes portugueses no estrangeiro nos principais países de destino da emigração portuguesa, e a variação nas remessas enviadas para Portugal, entre 2005 e 2009.

Emigrantes Remessas

Variação nos emigrantes portugueses e nas remessas enviadas para Portugal em alguns países de destino da emigração portuguesa entre 2005 e 2009

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa –

As remessas dos emigrantes (I).

Fontes: Banco de Portugal, OCDE, Observatório da Emigração, “The return of portuguese emigration” - Álvaro Santos Pereira, ES Research – Research Sectorial.

França 13.4% -19.9% Alemanha -2.0% -4.0% Espanha 83.7% -11.0% Suiça 18.6% -27.3% Reino Unido 43.9% 1.2% Angola 343.1% n.d.

Com o incremento no nível dos emigrantes seria de prever um incremento ao nível das remessas superior ao que actualmente se regista.

(17)

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa –

As remessas dos emigrantes (II).

Nos últimos anos temos assistido a um renascer nos níveis de emigração portuguesa que, em 2007 e 2008, chegou a representar cerca de 1% da população em cada ano, valores que representam picos históricos (os valores mais elevados desde os anos 70). No entanto, as remessas não estão a evoluir no mesmo sentido. O efeito positivo desta emigração poderá fazer-se sentir, ao nível das remessas, uns anos mais tarde. A contrariar este efeito positivo da emigração nas transferências para Portugal, poderão estar dois factores: a crise internacional e perfil do novo emigrante (que gasta mais no país onde está a viver e consequentemente transfere menos para Portugal).

Para o conjunto dos emigrantes que em 2009 sairam para Espanha, Angola, Suíça, Reino Unido, França e Alemanha, e considerando que irão transferir para Portugal pelo menos 5% do seu rendimento (hip: auferem o rendimento médio anual líquido do país de destino1), teríamos, em 2010, uma variação positiva nas remessas

provenientes destes países de cerca de EUR 81 milhões.

26 258.1 4.5 Alemanha 19 607.6 7 França 22 830.9 10.3 RU 26 842.5 17.7 Suiça 2 574.0 23.8 Angola 14 838.7 27.1 Espanha Rendimento anual líquido (EUR) Emigrantes (2009) Emigrantes enviam 5% do seu rendimento anual Incremento anual de cerca de EUR 81 milhões de remessas (se considerarmos 10%, esta variação ascende a

EUR 161 milhões1)

1Para Angola considerou-se o Rendimento médio anual líquido de Portugal, partindo do pressuposto que os emigrantes portugueses que se desloquem para Angola não irão

ganhar menos do que ganhariam em Portugal.

(18)

1Eurobarometer 337 - “Geographical and labour market mobility” (ver Anexo 2 detalhes técnicos da amostra utilizada pelo Barómetro). 2Possibilidade de escolha múltipla pelo que soma poderá ser superior a 100%.

Fontes: Comissão Europeia, ES Research – Research Sectorial.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – A mobilidade (I).

Alguma vez se deslocou por mais de dois meses ao estrangeiro para estudar?2

(Percentagens) 95 90 89 88 86 84 81 52 1 7 7 6 8 12 12 30 1 3 2 4 3 2 4 20 3 4 2 5 4 4 6 6

Checoslov. Espanha Alemanha França UE 27 Portugal R. U. Luxemburgo

Sim, fazer formação Sim, para a universidade Sim, para a escola Não

A percentagem de portugueses que nunca se deslocou ao estrangeiro para estudar ascende a cerca de 84%, de notar que se situa melhor do que a média da UE 27 (e também acima do valor observado para Espanha).

O nível de mobilidade das pessoas é claramente responsável pelos níveis de emigração: mobilidade em termos de propensão/disposição, de necessidade, mobilidade do trabalho, mobilidade familiar, entre outras. Este tema é analisado no Eurobarómetro da Comissão Europeia1. Destacamos as seguintes questões analisadas neste

(19)

Fontes: Comissão Europeia, ES Research – Research Sectorial.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – A mobilidade (II).

Coloca a hipótese de no futuro poder vir a trabalhar no estrangeiro?

(Percentagens) 51 26 25 21 17 12 11 4 47 70 70 68 73 80 77 83 2 5 5 11 10 8 12 13

Dinamarca Reino Unido França Portugal UE 27 Espanha Alemanha Itália

Não sabe/não responde Não

Sim

A predisposição dos portugueses para a mobilidade ao nível do trabalho posiciona-se acima da média da UE 27 e da vizinha Espanha, ainda que apenas 21% das pessoas coloquem a hipótese de trabalhar no estrangeiro.

(20)

Fontes: Comissão Europeia, ES Research – Research Sectorial.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – A mobilidade. (III)

Se estivesse desempregado e tivesse dificuldades em arranjar emprego no seu país, estaria pronto para ir para o estrangeiro? (Percentagens) 66 66 54 49 48 48 39 31 31 31 41 47 45 43 50 61 3 3 5 4 9 9 11 8

Chipre França Espanha Reino Unido UE 27 Alemanha Itália Portugal

Não sabe/não responde Não

Sim

No entanto, numa hipótese de desemprego, a grande maioria dos portugueses não se encontra pronto para ir trabalhar para o estrangeiro, apresentando neste item alguma falta de flexibilidade para a mobilidade (cerca de 61% dos portugueses não estaria pronto, o que compara com 45% na média da UE 27).

(21)

Fontes: Comissão Europeia, ES Research – Research Sectorial.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – A mobilidade. (IV)

O que o motivaria a trabalhar no estrangeiro (pode escolher 3 hipóteses no máximo)?

(Percentagens)

As principais razões para os portugueses procurarem emprego no estrangeiro são a melhoria das condições de emprego e das condições de vida.

3 3 3 3 5 7

Não sabe/Não responde

15 21 12 12 18 24 Nenhuma 2 4 2 2 2 1 Outros 4 10 4 4 10 14

Melhor sistema social de saúde

10 18 6 6 11 7

Melhor clima económico

3 4 1 1 4 3

Melhores condições políticas

22 43 25 23 29 26

Melhores condições de vida

22 11 18 15 17 7 Melhorar qualificações 36 21 21 17 20 9 Experiência de vida 14 10 10 5 10 10

Para estar perto de amigos ou familiares

32 19 20 27 23 20

Melhores hipóteses de carreira

23 17 23 48 27 33

Melhores condições de emprego

20 13 22 36 21 19

Maiores hipóteses de encontrar emprego

França Reino Unido Alemanha Espanha UE 27 Portugal

(22)

• Fuga dos cérebros (brain drain): pessoas com nível de formação superior e especializadas em determinadas

áreas de trabalho encontram no estrangeiro melhores condições para aí trabalharem. No entanto, a fuga de cérebros é e será inevitável mesmo com um crescimento mais acelerado da economia portuguesa, devido às desigualdades internacionais e à atracção de economias que continuarão a ser, num futuro próximo, muito mais desenvolvidas do que a portuguesa (por exemplo o Reino Unido é um dos países que mais "cérebros" exporta, em especial para os EUA).

1 Os actuais 10% poderiam ascender a 15% (Álvaro Santos Pereira).

Fontes: Observatório da Emigração, OCDE – SOPEMI 2010, ES Research – Research Sectorial.

• A emigração nacional aumentou bastante nos últimos anos (também impulsionada pelo aumento do

desemprego), o que fará provavelmente subir as remessas nos próximos anos.

• Alteração do perfil do emigrante português (maior poder de compra de nível de formação mais elevado

comparativamente a décadas passadas).

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – Notas finais (I).

• A predisposição dos portugueses para a mobilidade ao nível do trabalho posiciona-se acima da média da UE

27 e da vizinha Espanha, ainda que apenas 21% das pessoas coloquem a hipótese de trabalhar no

estrangeiro. No entanto, numa hipótese de desemprego, a grande maioria dos portugueses não se encontra pronto para ir trabalhar para o estrangeiro, o que revela alguma falta de flexibilidade para a mobilidade (cerca de 61% dos portugueses não estaria pronto, o que compara com 45% na média da UE 27). As principais razões para os portugueses procurarem emprego no estrangeiro são a melhoria das condições de emprego e das condições de vida.

• A emigração nacional tem permitido atenuar os níveis de desemprego (provavelmente as taxas de desemprego

em Portugal, nos últimos anos, teriam sido superiores às registadas sem os níveis de emigração verificados1).

(23)

Algumas perspectivas (continuação)

Fontes: Observatório da Emigração, OCDE – SOPEMI 2010, ES Research – Research Sectorial.

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa – Notas finais (II).

• No contexto internacional destaca-se a importância da emigração temporária, que tem vindo a crescer desde

2000, tendo apenas verificado uma quebra em 2008 devido à crise económica. O trabalho sazonal, os programas de trabalho de férias e as transferências intra-empresas são factores que têm impulsionado a emigração temporária.

• Destaca-se também, a nível internacional, a crescente mobilidade dos estudantes que levam a que alguns

acabem por ficar permanentemente. O número de estudantes internacionais mais do que duplicou entre 2000 e 2007, para mais de 2 milhões, sendo os EUA, o R.U., a Alemanha, a França e a Austrália os principais países de destino. Os estudantes internacionais constituem uma fonte potencial de trabalhadores imigrantes altamente qualificados.

(24)

A Emigração Portuguesa.

1. A Emigração Portuguesa

2. As Remessas dos Emigrantes

3. Perspectivas da Emigração Portuguesa

4. Anexos

(25)

4. Anexo 1.

As estatísticas da emigração portuguesa são bastante difíceis de obter pois até 1988 todos os emigrantes tinham que obter um passaporte do emigrante (Junta de Emigração) mas, a partir desse ano, esses passaportes foram abolidos e passou a ser o INE a efectuar os inquéritos dos movimentos migratórios de saída (última análise data de 2003).

Quanto aos saldos migratórios, tanto a nível nacional como regional, face à inexistência de fontes de

informação detalhadas e adequadas ao detalhe geográfico exigido, são incorporados os valores estimados com base em diversas fontes de informação externas, como sejam o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e o

Ministério dos Negócios Estrangeiros, e internas, como sejam o Inquérito ao Emprego, o Inquérito aos

Movimentos Migratórios de Saída (IMMS), bem como a informação censitária mais recente (Censos 2001). Os resultados obtidos a nível dos saldos migratórios reveste-se assim de particular fragilidade, devendo sublinhar-se o carácter provisório das estimativas de população residente, que deverão sublinhar-ser revistas após a realização de um novo recenseamento (censos 2011).

As principais fontes utilizadas foram o INE, a OCDE, a Comissão Europeia, o estudo do Prof. Álvaro Santos Pereira “The Return of Portuguese Emigration” e uma comunicação apresentada na Assembleia da República pela Srª Drª Mafalda Durão Ferreira.

É através dos vários países de destino da emigração portuguesa que, analisando os valores dos imigrantes desses países, obtemos alguns valores (no entanto a metodologia subjacente à sua obtenção varia de país para país). É também frequente que os país de saída subestimem os seus valores de emigração relativamente aos valores apresentados pelos países de destino.

(26)

Fontes: Observatório da Emigração, ES Research – Research Sectorial.

4. Anexo 2.

O Eurobarómetro utilizou uma amostra das NUTS II dos vários países, onde realizou entrevistas pessoais em zonas urbanas e rurais, a pessoas com mais de 15 anos. Em Portugal entrevistaram cerca de mil pessoas. Os resultados foram posteriormente extrapolados para o universo da população residente com mais de 15 anos.

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Referências

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