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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E

BIOLÓGICAS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

TAMILES SANTOS ABREU

PITIOSE EQUINA - REVISÃO DE LITERATURA

CRUZ DAS ALMAS/BA JULHO - 2019

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TAMILES SANTOS ABREU

PITIOSE EQUINA- REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso submetido ao Colegiado de Graduação de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia como requisito parcial para obtenção do título de Médica Veterinária

ORIENTADORA: PROFa. DRA. ANA PAULA CARDOSO PEIXOTO

CRUZ DAS ALMAS/BA 2019

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AGRADECIMENTOS

Com todo meu coração gostaria de agradecer as pessoas que tornaram possível o sonho da graduação. Não é fácil para uma filha de mãe solteira de uma cidadezinha de interior sonhar com um diploma, por isso antes de mais nada sou grata a Deus por permitir que chegasse até aqui. A Mainha todo meu amor e gratidão, pois só nos duas sabemos de cada dia de luta ao sol que foi necessário para segurar a barra.

Agradeço muito a minha família que sem dúvidas foi fundamental em todo esse processo, Binho e tia Lu, obrigada por tudo amo demais vocês e sigo sonhando em me tornar um dia um ser humano tão bom quanto cada um de vocês é. Ao irmão que eu mais ciúmo no mundo todo meu reconhecimento você é luz na terra, te amo.

Tonhe, você é o pai que Deus me deu, tenho certeza que sem seu apoio nada disso seria possível, muito obrigada.

Minha eterna gratidão a todos os amigos que fiz e aos que cultivei. Amis obrigada por cada palavra, por cuidar de mim e mostrar o valor de uma amizade. Edinha, Lane, Belissa, Nai e Nale Deus é testemunha do amor que sinto por vocês, obrigada por tudo minhas amigas.

Minha lulu (Maria) obrigada por ser esse presente pra mim, nunca vou soltar tua mão. Mino você estava la quando mais precisei, obrigada por tudo.

A minha mentora Ana Paula todo meu carinho, com a senhora aprendi a ser mais humana e a amar os cavalos, obrigada por todos os ensinamentos, pela paciência por entender cada momento meu, mesmo os mais difíceis onde pensei em desistir, a senhora minha gratidão eterna.

Gratidão a cada pessoa que cruzou meu caminho durante essa trajetória, seja no início, com minha turma original, ou no fim do percurso com os amigos que fiz no CDP, o que seria dos nossos dias sem as idas a Tica, não é mesmo? Em especial toda minha gratidão a você Carol, que nesse últimos meses tem ajudado a me manter equilibrada, vou levar sua amizade pro resto da vida.

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A todos os professores aos quais tive a honra que conviver em sala de aula, horas sem vocês não seria possível construir o conhecimento necessário para me tornar médica veterinária.

Fica registrado aqui também o meu agradecimento e reconhecimento às instituições que me acolheram nesse período final (Centro de Desenvolvimento da Pecuária-CDP-EMEVZ-UFBA e a Universidade Federal de Campina Grande, além da UFRB que é minha casa) que foi fundamental para minha formação enquanto profissional, aprendi exatamente o que quero e o que definitivamente não quero ser como profissional, aprendi a me relacionar com as pessoas, sobre como ser complacente, a arte da paciência e a gratidão por cada dia vivido, fosse ele calmo ou como uma tormenta pois cada um deles e parte de uma soma, que ao final molda cada um como ser humano.

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“O amor de uma pessoa pelos cavalos nasce com ela; o amor do cavalo pelas pessoas tem que ser conquistado.”

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RESUMO

A pitiose é uma afecção dermatológica que acomete equinos que pastam em regiões tropicais e subtropicais em presença de áreas alagadiças. O agente etiológico envolvido é oomiceto Pythium insidiosum. As lesões caracterizam-se por sua aparência granulomatosa, em forma de cratera, exsudativas, com presença de prurido intenso, trajetos fistulosos, secreção fibrino-sanguinolenta, e saída de material necrótico caseificado denominado “kunkers”. Já relatada em diversos estados do Brasil, a pitiose equina é considerada como uma doença endêmica no país. O diagnóstico pode ser realizado através do aspecto clínico das lesões, bem como, e confirmado por exames complementares: histopatológico, cultura e isolamento do P. insidiosum além de imunohistoquímica, ELISA, entre outros métodos moleculares. Por não apresentar esteróis como o ergosterol na composição de sua membrana não responde ao tratamento com drogas antifúngicas. Por conta disto, tratamentos com imunoterápicos e corticosteróides, têm sido utilizados com sucesso. Tendo em vista que esta é uma afecção que causa diversos impactos econômicos tanto pelo tratamento prolongado, quanto por vezes, pela ocorrência de óbitos, se faz necessário o estudo e a divulgação dos aspectos epidemiológicos, clínicos, terapêuticos da pitiose. Assim, este trabalho tem como objetivo compilar as informações mais recentes acerca das principais características da pitiose, sinais clínicos, mecanismo de ação, bem como, seu diagnóstico e tratamento.

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ABSTRACT

Pythiosis is a dermatological condition that affects horses that graze in tropical and subtropical regions in the presence of wetlands. The etiologic agent involved is oomycete Pythium insidiosum. The lesions are characterized by their granulomatous, crater-like appearance, exudative, with intense pruritus, fistulous trajectories, fibrin-sanguinolent secretion, and exit of necrotic material known as kunkers. Already reported in several states of Brazil, equine pythose is considered an endemic disease in the country. The diagnosis can be made through the clinical aspect of the lesions, as well as, and confirmed by complementary exams: histopathological, culture and isolation of P. insidiosum besides immunohistochemistry, ELISA, among other molecular methods. Because it does not present sterols like ergosterol in the composition of its membrane, it does not respond to treatment with antifungal drugs. Because of this, treatments with immunotherapeutics and corticosteroids have been used successfully. Considering that this is a condition that causes several economic impacts both due to prolonged treatment and sometimes due to the occurrence of deaths, it is necessary to study and publicize the epidemiological, clinical and therapeutic aspects of pythiosis. Thus, this work aims to compile the most recent information about the main characteristics of pythiosis, clinical signs, mechanism of action, as well as its diagnosis and treatment.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APCs células apresentadoras de antígenos CCE carcinoma das células escamosas EXO-AGS exo-antigenos

GMS metenamina de prata de Gomori H&E hematoxilina-eosina

H. muscae Habronema muscae ID imunodifusão IFN-γ interferon-gamma IL-2 interleucina 2 IL-4 interleucina 4

PCR reação de polimerase em cadeia RNA ácido ribonucleico

SH reação de Splendore-Hoeppli Th0 linfócitos T helper naïve Th2 T helper 2

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Animais em áreas alagadiças em risco de contaminação pelo P. insidiosum.

17 Figura 2 Ciclo biológico de Pythium insidiosum. 19

Figura 3 Etiopatogenia da pitiose. 20

Figura 4 Animal com lábios e narinas com sangue após ato de automutilação indicando a presença de prurido.

23 Figura 5 Lesões granulomatosas características de pitiose. 23 Figura 6 Kunkers: massas necróticas e calcificadas características da pitiose 24 Figura 7 Infiltrado inflamatório (seta amarela) e imagens negativas de

“pseudo-hifas” (seta preta) na área de necrose. HE, obj.40x. 26 Figura 8 Colônias de Pythium insidiosum em meio Sabouraud. 27 Figura 9 Imunomarcação positiva (LSAB) para Pythium insidiosum (setas brancas).

Imuno-histoquímica, obj.40x.

28 Figura 10 Evolução das lesões de pitiose eqüina durante o tratamentocom acetonida

de triancinolona.

34 Figura 11 Figura 11: Úlcera em membro inferior humano (A) com fundo granuloso

grosseiro, secreção purulenta, localizada na região pré-tibial da perna direita; (B) pós terapia com itraconazol, resolução parcial da lesão ulcerada, nódulos e nodosidades na região proximal; (C) seis meses após exérese e enxertia.

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Figura 12 Exame anatomopatológico mostrando (A) granuloma em palicada (HE 200 x), (B) hifas largas, distorcidas, septadas, com reforco periférico e angulo em 90° (prata 400x), (C) Filamentos hialinos, não septados, em agar-batatadextrose (azul algodao 40x).

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparação morfológica entre oomicetos e fungos. 15 Tabela 2 Dias de aplicação dimensão da ferida e aspecto visual da ferida. 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 14

2.1 AGENTE ETIOLÓGICO DA PITIOSE EQUINA... 14

2.2 EPIDEMIOLOGIA DA PITIOSE EQUINA ... 16

2.3 PATOGENIA DA PITIOSE EQUINA... 18

2.4 SINAIS CLÍNICOS DA PITIOSE EQUINA ... 22

2.5 DIAGNÓSTICO DA PITIOSE EQUINA ... 24

2.6 TRATAMENTO DA PITIOSE EQUINA ... 30

2.7 PITIOSE EM HUMANOS ... 35

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

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1 INTRODUÇÃO

A pitiose é uma doença granulomatosa que acomete os equídeos, carnívoros, ruminantes, animais silvestres e os seres humanos, sendo que sua ocorrência é predominantemente em áreas tropicais, subtropicais ou temperadas, que sejam alagadiças, próximos a açudes ou que apresentem essa condição em períodos chuvosos. (D'UTRA VAZ et al., 2009; LEAL, 2018).

O agente etiológico é o Pythium insidiosum um microrganismo classificado como pertencente ao reino Stramenopila, filo Pseudofungi, classe

Oomycetes, família Pythiaceae do gênero Pythium, de modo que são

filogeneticamente mais próximo das algas do que do reino dos fungos (LUIS-LEÓN, 2011).

Por ser encontrada em diversos estados do Brasil e possuir um número crescente de casos diagnosticados, a pitiose equina tem sido considerada atualmente como uma doença endêmica no país (ALMEIDA, 2010; LEAL, 2018).

As condições ambientais são fundamentais para o desenvolvimento do organismo em seu ecossistema. Temperaturas entre 30 e 40° C são necessárias para a produção de zoósporos, além do acúmulo de água nas regiões alagadiças. A maioria dos casos de pitiose é observada após a estação chuvosa (SANTURIO, 2006; BECEGATTO et al., 2017).

Para que haja a instalação do microrganismo no hospedeiro é necessária uma porta de entrada, além da exposição à água contaminada (SANTOS, 2016).

As áreas do corpo do equino mais comumente acometidas são membros, abdome (SANTOS, 2016), tórax (REED e BAYLY, 2000) pescoço e a cabeça (CONSTABLE, 2017). Macroscopicamente as lesões se caracterizam por grandes granulomas subcutâneos que contêm estruturas denominadas de

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13 “kunkers”, as quais consistem em material amarelado, necrótico, seco e friável (MACIEL et al., 2008; CONSTABLE, 2017).

Para Reed e Bayly (2000) inicialmente, a pitiose é observada através de pequenos focos simples ou múltiplos de necrose evoluem rapidamente, os quais de formam massas granulomatosas ulcerativas e circulares com presença de corrimento sero-sanguinolento. As feridas possuem caráter pruriginoso, podendo levar o animal a desencadear um processo de automutilação.

A histopatologia tem grande valor diagnóstico, desde que se atente para obtenção de uma porção de tecido necrosado, no qual as hifas possam ser facilmente encontradas (RADOSTITS et al., 2010; CONSTABLE, 2017). O exame direto de uma amostra através da microscopia óptica é também uma técnica aplicável para detecção da doença (RIET-CORREA, 2007). Os testes imunológicos e sorológicos também podem são realizados como ferramenta diagnóstica, dentre os quais se destacam o teste de imunodifusão (ID) e o ELISA (LEAL, 2018)

Como diagnóstico diferencial para pitiose, podemos citar: habronemose, carcinoma das células escamosas (CCE) , sarcóide equino, tecido de granulação e fibrossarcoma (THOMASSIAN, 2005; RADOSTITS et al., 2010; CONSTABLE, 2017; CARDONA, 2018).

Devido à ausência de esteróis na composição de membrana, o Pythium

insidiosum apresenta resistência à maioria dos antifúngicos. De modo geral, os

antifúngicos sistêmicos são considerados pouco eficazes, além de representarem um alto custo financeiro. Os tratamentos mais utilizados consistem quando possível em excisão cirúrgica, associada a administração de antibióticos (DIAS et al., 2012), e mais recentemente o uso acetonida de triancinolona (CARDONA, 2016), e de imunoterápicos produzidos a partir de extratos de proteína de P. insidiosum com o objetivo de modular a resposta imune do hospedeiro desenvolvendo uma resposta adequada contra a pitiose (LORETO et al., 2014; BECEGATTO et al., 2017).

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A espécie equina entre os animais de produção é a mais acometida por afecções dermatológicas (PESSOA et al., 2014). Sabendo que a equinocultura no Brasil tem um papel relevante para o agronegócio estimando-se uma movimentação financeira em torno de 16,15 bilhões de reais por ano, que gera cerca de 610 mil empregos diretos e 2,4 milhões de empregos indiretos (LIMA e CINTRA, 2015) há que se atentar ao potencial dessa doença em gerar impacto econômico negativo, uma vez que os animais acometidos se não tratados precocemente podem vir a óbito (MARCOLONGO-PEREIRA et al. 2014).

Portanto, o objetivo desta revisão é compilar conhecimentos atualizados sobre os aspectos epidemiológicos, métodos de diagnóstico e tratamento desta enfermidade.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 AGENTE ETIOLÓGICO DA PITIOSE EQUINA

O agente etiológico da pitiose é o Pythium insidiosum, pertencente ao Reino Straminiphila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales e Família Pythiaceae (LUIS-LEÓN, 2011). Dentro do gênero Pythium se encontram mais de 200 espécies, sendo a maioria delas patogênica para plantas. Apenas o P. insidiosum é patogênico para mamíferos. Classificado como um oomiceto aquático se caracteriza pela formação de zoósporos biflagelados procedentes de esporângios filamentosos, que se reproduzem de forma assexuada (ALMEIDA, 2010; GAASTRA et al., 2010).

Outra classificação utilizada para o P. insidiosum é a de que seria um pseudo-fungo, isolado pela primeira no ano de 1901 por Haan & Hoogkamer através de granulomas subcutâneos obtidos de equinos (BROMERSCHENKEL, 2014). Para Cruz (2010) tende muito mais a

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15 exclui-se a espécie dos fungos verdadeiros, pois teriam mais afinidade com o reino protista.

O Filo Oomycota do Reino Straminipila é representado por organismos zoospóricos, microscópicos, heterotróficos, saprobiontes, mutualistas ou parasitas que possuem esporos biflagelados denominados de zoósporos, apresentam em sua composição celular celulose, contém hifas e, além disso, estão distribuídos nos mais diversos ecossistemas aquáticos e terrestres, e muitas vezes ocupam o mesmo nicho ecológico (JESUS et al., 2013; BEAKES et al., 2014; MARANO et al., 2014).

Segundo Cruz (2010) diferenças já foram relatadas entre P. insidiosum e os chamados fungos verdadeiros como por exemplo, a ausência de quitina e a presença de celulose e β-glucano na conformação de sua membrana. Além do processo de divisão nuclear e as estruturas das mitocôndrias e do aparelho de Golgi. Cardona (2013) ressaltou que a quitina, um componente essencial da parede celular fúngica, está geralmente ausente na parede celular dos

oomicetos, onde aparecem como componentes predominantes a celulose e

β-glucana. Os oomicetos também diferem dos fungos quanto ao papel do ergosterol que é o principal foco de ação dos antifúngicos na membrana

celular, ou seja, nos primeiros ele não é o principal esteróide.

Tabela 1:Comparação morfológica entre oomicetos e fungos

ESTRUTURA Oomicetos Fungos

Parede celular Celulose e glucanos Quitina Mitocôndria Cristas tubulares Achatada ou limiar

Esporos com flagelos Sim Não

Septos Ausentes Presentes

Síntese de esteróides Não Sim

Podia Diploides Haploides

Fonte: Santúrio (2006)

Os oomicetos não compartilham da mesma bioquímica dos esteróides como os fungos. Espécies dos gêneros Pythium, possuem esteróides auxotróficos, eles incorporam os esteróides do ambiente em lugar de os produzirem como ocorre com os fungos. Os esteróides são importantes para

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produção de estruturas sexuadas in vitro, mas não são necessários para o

crescimento da hifa vegetativa (SANTURIO, 2008).

Por pertencer ao filo Oomycota, o Pythium possui características particulares que se caracterizam por: produção de zoósporos biflagelados durante a reprodução assexuada; reprodução sexuada oogâmica; parede

celular composta de β-glucanas, celulose e hidroxipolina; talo diplóide;

mitocôndria com crista tubular; características moleculares e bioquímicas peculiares, como uma rota alternativa para síntese do aminoácido lisina (MOORE-LANDECKER, 1996).

2.2 EPIDEMIOLOGIA DA PITIOSE EQUINA

A distribuição geográfica é extensa, a pitiose tem sido relatada em vários países tropicais e subtropicais em que ocorram regiões alagadiças ou que assim se apresentem em períodos chuvosos (D'UTRA VAZ et al., 2009). Países como Brasil, Venezuela, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Guatemala, Panamá, Nicarágua, Haiti, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Mali, Nova Zelândia, Papua - Nova Guiné e Tailândia já relataram casos da doença (ALMEIDA, 2010; LUIS-LEÓN, 2011; CARDONA, 2015; CARDONA, 2018).

No Brasil, existem registros de ocorrência de P. insidiosum nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo (SALLIS et al., 2003; BROMERSCHENKEL, 2014) assim como na Bahia (CARRERA et al., 2013 PAIM JUNIOR, 2019; RIBEIRO et al., 2019). O pantanal brasileiro é considerado o local com maior frequência de pitiose no mundo (SANTURIO et al., 2001; BROMERSCHENKEL, 2014). Contudo, há uma crescente nos relatos de casos nos estados do Sul do Brasil, principalmente em equinos. Almeida em (2010) e Leal (2018) sugerem visto que há ocorrência da pitiose em diversos estados e com elevado número de casos diagnosticados, que a pitiose equina já seja doença endêmica nos pais. Esta condição deve considerar do número

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17 de ocorrência de casos, e de fatores como período de tempo, clima e região (MOURA, 2012).

Os trabalhos atuais sobre incidência e prevalência de pitiose se baseiam nos aspectos epidemiológicos e a na análise dos casos clínicos diagnosticados em áreas endêmicas (PIEREZAN et at., 2009; SANTOS et al., 2014).

De acordo com Marano et al. (2011) os ecossistemas aquáticos são sujeitos a diversas variações em parâmetros ambientais, principalmente no que se diz respeito às alterações sazonais e atividades humanas. Sendo assim fatores ambientais podem influenciar na distribuição e ocorrência de espécies alterando a dinâmica do ecossistema. Na maioria dos casos, a sazonalidade das espécies tem sido atribuída à variação dos fatores ambientais (PRABHUJI, 2011).

Em tratando do fator ambiente, segundo Zachary e McGavin (2013) a maior incidência da enfermidade ocorre após que exposição à água parada com a presença do agente etiológico que propicia o desenvolvimento da doença, principalmente se estiver associado a presença de uma solução de continuidade no tecido suficiente para desenvolvimento dos esporos. Cruz (2010) também ressalta a elevada correlação de incidência da doença em ambientes úmidos.

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18 Fonte: Cardona (2013)

Marano et al. (2008) relatam que em um estudo realizado na Argentina, demonstrou que a maior abundância e diversidade da comunidade de organismos zoospóricos foram obtidos sob baixas temperaturas da água, altas concentrações dos níveis de nutrientes, assim a maior riqueza de espécies e frequência estavam relacionadas com temperaturas moderadas e abundância de nutrientes.

As condições ambientais são extremamente importantes para o desenvolvimento do organismo em meio ao seu ecossistema. A grande maioria dos casos de pitiose é observada durante ou após estações chuvosas e acredita-se que exista um período de incubação de várias semanas antes da manifestação clínica da doença (SANTURIO, 2006; CARDONA, 2013).

Não há predisposição de raça, idade e sexo para ocorrência da enfermidade. A fonte de transmissão são os zoósporos ambientais, não existem relatos sobre a transmissão direta entre animais e animais e o homem (SANTURIO et al., 2001; RADOSTITS et al., 2010; CONSTABLE, 2017).

2.3 PATOGENIA DA PITIOSE EQUINA

Apesar do progresso nos estudos sobre a doença, é importante ressaltar que ainda não há um completo conhecimento dos mecanismos envolvidos na infecção por P. insidiosum, sendo as explicações para os

mecanismos de infecção e recuperação baseados em hipóteses (SANTÚRIO et

al., 2011; CORDONA, 2013; BROMERSCHENKEL, 2014).

A primeira descrição para o ciclo biológico de oomicetos zoosporicos foi em 1983 por MILLER. O ciclo se inicia com a colonização de plantas aquáticas, substrato para o desenvolvimento e reprodução do microrganismo que originará o zoósporo livres. Na água os zoósporos se movimentam até encontrar com outra planta ou animal emitindo seu tubo germinativo, para formação de um micelo, completando o ciclo. Através de análises in vitro foi

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19 possível perceber a quimiotaxia dos zoósporos por pelo e tecidos de animais e plantas, fator atribuído ao tropismo por substâncias presentes nos próprios tecidos. Após o zoósporo já aderido e encistado no hospedeiro há liberação de uma substância amorfa, possivelmente uma glicoproteína em resposta ao fator quimiotático do próprio hospedeiro. Esta substância funciona como uma espécie de adesivo que fixa o zoósporo fazendo então com que haja a formação do tubo germinativo (LEAL, 2001).

Figura 2: Ciclo biológico de Pythium insidiosum

Fonte: Santurio e Ferreiro (2008).

O oomiceto após sua fixação produz filamentos em forma de hifas, que secretam enzimas proteolíticas que penetram nos tecidos superficiais. Sendo assim, os equinos que tenham contato com águas contaminadas podem atrair zoósporos que germinam através de uma prévia lesão cutânea (LEAL, 2001; CONSTABLE, 2017).

A maioria dos autores sugere que o organismo necessita de uma porta de entrada para infectar o animal. Essa estabelece uma solução de continuidade, onde o microrganismo penetra e coloniza o tecido do animal, formando um piogranuloma eosinofílico, que envolve uma massa necrótica

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20 amorfa chamada “kunker” (BROMERSCHENKEL, 2014; CONSTABLE, 2017; ZACHARY, 2017).

Os kunkers são massas irregulares, firmes, necróticas, amarelas e granulares com aspecto arenoso (LEAL et al., 2001; SANTOS 2016). Histologicamente, são formados por fragmentos de hifas circundadas e embebidas por numerosos eosinófilos, desgranulados e intactos, detritos eosinofílicos abundantes. Em casos crônicos também é possível encontrar células gigantes (BROMERSCHENKEL, 2014).

Figura 3- Etiopatogenia da pitiose

Fonte: Thomassian modificado (2005).

Após penetração dos zoósporos móveis através da solução de continuidade no hospedeiro se forma tubo germinativo que mecanicamente penetra os tecidos onde as hifas produzem exo-antígenos (exo-Ags) que são apresentados às células apresentadoras de antígenos (APCs). As APCs secretam interleucina 4 (IL-4) que direciona os linfócitos T helper naive (Th0) em T helper 2 (Th2), estes produzem mais IL-4 e IL-5 e, a constante produção

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de exo-Ags faz com que a resposta imune trave (interrompa) de algum modo o

Th2 (MENDOZA 2005; MARTINS 2010; CARDONA, 2015).

O grande número de eosinófilos degranulados (reação de Splendore-Hoeppli: SH) e mastócitos ao redor das hifas de P. insidiosum são os principais responsáveis pela extensa lesão tecidual encontrado na pitiose. Sugere-se que a produção de SH e a secreção de exo-Ags são estratégias evolutivas desenvolvidas pelo P. insidiosum para assegurar que haja sua proliferação no tecido hospedeiro, essa hipótese é aceita pelo fato de que hifas viáveis do microrganismo têm sido encontradas somente dentro da reação eosinofílica (kunkers) em equinos, indicando que o agente pode utilizar da reação de SH e os kunkers para sua sobrevivência como mecanismo de defensa (MENDOZA 2005; MARTINS 2010; CARDONA, 2015).

Baseado nestes conceitos é possível constatar que a imunidade humoral em hospedeiros infectados com pitiose desencadeia apenas precipitação e aglutinação de anti-P. insidiosum relacionada assim com uma resposta imune T helper 2. A observação de que elevados níveis de interferon-gamma (IFN-γ) e a interleucina 2 (IL-2) que são indicadores da imunidade mediada por células Th1 assim como a diminuição de células Th2 mediadas por interleucinas estão presentes em pacientes curados, o que permite confiar nessa hipótese (GAASTRA, 2010; CARDONA, 2015).

A reação eosinofílica estabelecida impede a ação das células de defesa do hospedeiro, formando uma capa de protetora sobre os filamentos do microrganismo, sendo assim, o hospedeiro não consegue formar uma estimulação antigênica. A lesão subcutânea evolui rapidamente e em poucas semanas se torna uma massa esbranquiçada que forma uma fistula e drena continuamente um exsudato sero sanguinolento. A rápida evolução da doença deixa o animal caquético e inapto para o trabalho, podendo levá-lo a morte (BROMERSCHENKEL, 2014).

Devido ao prurido intenso, decorrente da degranulação de eosinófilos e mastócitos, acorre liberação dentre outras substâncias de histamina

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22 (GAASTRA et al., 2010; THRALL, et al., 2015), a lesão leva o equino a se coçar em estruturas ásperas e até mesmo com os dentes, chegando a se automutilar gerando uma proliferação granulomatosa ainda mais grave. Por isso é de suma importância a utilização de colar de contenção no pescoço dos animais acometidos, a fim de evitar a automutilação (THOMASSIAN, 2005).

2.4 SINAIS CLÍNICOS DA PITIOSE EQUINA

As lesões de pitiose comumente estão localizadas nas regiões do corpo onde o animal tem contado com a água, como a extremidade dos membros, região ventral do abdômen e peito, face, narinas e cavidade oral (D’ UTRA VAZ et al., 2009; BROMERSCHENKEL, 2014).

Embora as lesões sejam mais frequentes em pele e tecido subcutâneo que podem manifestar de forma única ou múltipla, lesões intestinais, lesões ósseas ocorrendo também casos de metástase via linfática ( MARTINS, 2010). Quando acometem estruturas mais profundas, como trato gastrointestinal, pode causar gastroenterites; nos ossos, pode causar periostites e osteomielites, e ainda, podem comprometer bainha de tendões gerando graves tenossinovites. Quanto às articulações podem causar artrites sépticas e laminite, e se atingirem os pulmões e traquéia podem causar pneumonias. Os quadros intestinais podem cursar com episódios de cólica, decorrente da presença de massas, que reduzem ou obstruem o lúmen intestinal (LEAL, 2018).

As principais observações clínicas são: prurido, edema, dor, apatia, inapetência, emagrecimento progressivo, hipoproteinemia e piodermites secundárias. O prurido intenso e a dor podem levam o animal a automutilação, tentando amenizar o desconforto. A claudicação é referida frequentemente nos animais com lesões em membros (LEAL et al., 2001; BROMERSCHENKEL, 2014).

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23 Figura 4 : Animal com lábios e narinas com sangue após ato de

automutilação indicando a presença de prurido

Fonte: Cardona (2013)

Animais acometidos pela doença podem apresentar emagrecimento progressivo, este se acredita estar associados à liberação de fatores de necrose tumoral, que são liberados em infecções por bactérias GRAM-negativas, que podem estar presentes em infecções secundárias nas feridas, já relatadas em alguns casos de pitiose (LEAL et al., 2001; BROMERSCHENKEL, 2014) podendo causar caquexia e até morte (MARQUES, 2011).

Figura 5: Lesões granulomatosas características de pitiose

Fonte: Cardona (2013)

As lesões são compostas de massas granulomatosas amplas e arredondadas, quase sempre ulcerada, com fístulas que drenam líquido sero sanguinolento. Dentro dessas fístulas é possível observar kunkers (CARDONA, 2013).

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24 Figura 6: Kunkers: massas necróticas e calcificadas características da pitiose

Fonte: Cardona 2013

O tamanho dessas lesões varia de acordo o local e tempo de evolução da infecção podendo ter de 12 a 50 cm de diâmetro em média, com presença de trajetos fistulosos formados pelo próprio Oomiceto em seu processo invasivo no tecido granular. Após a lesão, as células mortas desencadeando uma resposta inflamatória do organismo, pois atuam como corpo estranho, com a finalidade de promover a sua fagocitose, permitindo o reparo do tecido afetado (CARDONA, 2010;2015).

2.5 DIAGNÓSTICO DA PITIOSE EQUINA

O exame da pele assim como de todos os sistemas deve ser realizado minunciosamente, sendo realizada identificação, anamnese, exame físico além de exames complementares que irão subsidiar o diagnostico. Na identificação deve se atentar a espécie animal a ser avaliada, bem como idade, raça e sexo, além da coloração dos pelos. Na anamnese alguns dados devem ser colhidos como: a queixa principal, antecedentes, inicio do quadro e tempo de evolução, tratamentos já efetuados e suas consequências, periodicidades, ambiente, manejo, contactantes, avaliação da presença de prurido e sua intensidade. No exame físico é que se procede um exame mais detalhado das leões. Os meios semiológicos que podem ser utilizados no exame físico da pele são: palpação; olfação; inspeção direta e inspeção indireta. Após a realização do exame completo da pele pode-se lançar mão de exames complementares que irão auxiliar no diagnostico fidedigno da doença.

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25 O diagnóstico baseia-se inicialmente nas características da lesão macroscopicamente associado aos sinais clínicos apresentados pelo animal. Por apresentar uma lesão granulomatosa, com áreas necróticas com presença de secreção sero sanguinolenta, além de prurido intenso pode ocorrer um diagnóstico equivocado, visto que existem outras dermatopatias com características similares. Sendo assim existem técnicas laboratoriais como cultivo, histopatologia, imunohistoquímica, imunodifusão em gel de ágar, fixação de complemento, hipersensibilidade intradérmica e ELISA que tem sido utilizado a fim de se obter o diagnóstico definitivo (THOMASSIAN 2015; CARDONA 2018; LEAL, 2018).

A histopatologia é uma ferramenta importante na confirmação de diagnósticos dermatológicos, em casos de doenças incomuns ou onde o tratamento é dispendioso, se realizado precocemente o diagnóstico histopatológico, certamente trarão economia de tempo e dinheiro (MUELLER, 2007). Para elaboração do exame, fragmentos do tecido são fixados em formol a 10% para a preparação histológica. Em lâminas coradas com hematoxilina-eosina (H&E), é possível observar áreas de infiltrado inflamatório composto por eosinófilos, neutrófilos, macrófagos, edema e tecido fibrovascular. Apesar da H&E não corar bem as hifas de P. insidiosum, se coram bem com metenamina de prata de Gomori (GMS), podendo ser observadas hifas cenocíticas (tubos não septados), medindo entre 2 e 11μm, ramificadas, de coloração marrom-escura e paredes espessas. Algumas vezes é possível visualizar hifas septadas (LEAL, 2018).

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26 Figura 7: Infiltrado inflamatório (seta amarela) e imagens negativas de “pseudo-hifas”

(seta preta) na área de necrose. HE, obj.40x.

Fonte: Dória et al., (2014)

Para realização de cultivo após previa antissepsia da lesão, fragmentos são retirados do tecido de modo possam ser colhidos focos necrosados e exsudatos, a fim de aumentar a chance de se obter o microrganismo na amostra colhida (CRUZ, 2010). Fragmentos medindo cerca de 1mm são lavados com água destilada ou solução fisiológica estéril contendo solução de penicilina ou estreptomicina e distribuídos sobre toda a placa de Petri contendo ágar dextrose Sabouraud e penicilina. A incubação deve ser realizada aos 37ºC durante 48 horas. Após a incubação, observa-se o crescimento de micélio algodonoso de cor cinza e opaco (ALMEIDA, 2010; CRUZ, 2010).

A inspeção citológica pode ser realizada na busca do diagnóstico da pitiose. A técnica consiste em macerar o material necrótico (kunkers) que será incubado em uma mistura de 1:1 de hidróxido de potássio a 10% e tinta nanquim posteriormente dispondo-os sobre a lâmina de microscopia. Durante a observação é possível notar a presença de estruturas ramificadas de paredes espessas coradas em preto, correspondentes às hifas de P. insidiosum (REED;

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27 BAYLY, 2000). Para Riet-Correa (2007) a técnica de citologia consiste na observação dos “kunkers” macerados e colocados entre a lâmina e a lamínula e clarificados com hidróxido de potássio a 10% sendo observadas ao microscópio óptico em um aumento de 40x, visualizando as hifas.

Figura 8: Colônias de Pythium insidiosum em meio Sabouraud

Fonte: Cruz (2010)

SANTURIO et al., (2008) apresentam a Reação de polimerase em cadeia (PCR) como uma opção diagnostica, a técnica se baseia no sequenciamento gênico com amplificação do RNA ribossomal, cujos resultados sugerem que se trata de uma ferramenta útil para a identificação de P.

insidiosum.

Os testes imunológicos e sorológicos também podem são realizados como ferramenta diagnóstica, dentre os quais destacam-se o teste de imunodifusão (ID) pois apresenta alta especificidade e o ELISA por apresentar maior sensibilidade e especificidade. A ID é o teste mais utilizado por apresentar maior facilidade em concluir o diagnóstico para pitiose. O teste de ELISA tem sido uma boa ferramenta para o diagnóstico precoce da enfermidade. Através de antígenos solúveis de hifas fragmentadas foi possível realizar uma avaliação comparativa entre ID e ELISA onde ao final pode-se concluir que o ELISA tem alta sensibilidade e sua especificidade é semelhante a ID, sendo uma ótima técnica para diagnóstico precoce de pitiose (CRUZ, 2010; LEAL, 2018).

(29)

28

Figura 9 : Imunomarcação positiva (DAB) para Pythium insidiosum (setas brancas). Imuno-histoquímica, obj.40x.

Fonte: Dória et al., (2014)

O diagnóstico diferencial para pitiose deve ser realizado, visto que existem várias enfermidades que embora tenham etiologias distintas podem apresentar manifestações clínicas bem semelhantes pitiose, como é o caso da habronemose, carcinoma das células escamosas, sarcóide, tecido de granulação e fibrossarcoma (THOMASSIAN, 2005; RADOSTITS et al., 2010; CRUZ, 2010; CONSTABLE, 2017).

Dentre essas enfermidades, a habronemose é a principal enfermidade tratada erroneamente como pitiose, tendo diversos casos já foram relatados. É decorrente do ciclo errático de larvas dos nematoides habronema muscae e

Draschia Megastoma transmitido principalmente por moscas das espécies Musca doméstica e Stomoxys calcitrans (CRUZ, 2010; RADOSTITS et al.,

2010). Estas moscas agem como vetores levando a H. muscae ao hospedeiro após pousarem em locais que atraem estes insetos, como o canto medial do olho, pênis e prepúcio, podem sem atraídas também por escoriações de pele, que são porta de entrada para este parasita (ALMEIDA, 2010; REED; BAYLY, 2000 SALLIS et al., 2003; THOMASSIAN, 2005).

As lesões se apresentam em forma de ulcerações exsudativas e pruriginosas, com presença de tecido de granulação irregular de cor avermelhada podendo estar recoberta de uma membrana necrótica acinzentada com região central ligeiramente côncava, podendo apresentar,

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29 inclusive, grânulos calcificados medindo cerca de 1mm que por vezes podem ser confundidos com kunkers (THOMASSIAN, 2005; RADOSTITS et al., 2006). Na histopatologia se apresenta semelhante à pitiose, visto que há presença de eosinófilos, neutrófilos, linfócitos e áreas multifocais de necrose, a diferenciação entre as duas patologias só é possível pela presença de larvas do parasita na lâmina (CRUZ, 2010; REED; BAYLY, 2000).

Outra doença que pode ter seu diagnóstico errôneo para pitiose é o carcinoma das células escamosas (CCE), pode ocorrer em qualquer parte do animal, sendo as lesões erosivas e ulcerativas podendo apresentar tecido de granulação, pela similaridade nas lesões pode ser por vezes tratada como suspeita de pitiose (RADOSTITS et al., 2010; REED; SILVA et al., 2015). Na histologia observa-se hiperqueratose da epiderme e células neoplásicas com grandes núcleos, nucléolos proeminentes e citoplasma abundante, bem como infiltração eosinofílica, pois se trata de um tipo de tumor maligno de queratinócitos (SILVA et al., 2015).

O sarcóide é a neoplasia que mais acomete equinos, correspondendo a um terço de todas as neoplasias que acomete a espécie, afetando indistintamente todas as raças (BROMERSCHENKEL et al., 2013). É considerada rara sua ocorrência em animais jovens, com menos de um ano (SOUZA et al., 2007).

O sarcóide é um tipo de tumor cutâneo invasivo, causado pelo papiloma vírus bovino (ANJOS et al., 2010). Pode apresentar lesões simples ou múltiplas na pele, apresentando aspecto verrucoso ou nodular, de caráter firme e fibroso, porém passível de ulceração. Ocasionalmente pode estar associado ao tecido de granulação exuberante e debris piogranulomatosos, o que gera dúvida, e por vezes diagnóstico equivocado. Os locais de acometimento costumar ser as extremidade dos membros, lábios, pálpebras, olho, bainha peniana e base das orelhas. Na histopatologia é possível evidenciar proliferações localizadas de tecido epidérmico e dérmico que, após seu crescimento podem revelar-se como células de caráter maligno, apresentam

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30 um fator que dificulta o tratamento que é a alta capacidade de invadir tecidos circunvizinhos (LEAL, 2018).

2.6 TRATAMENTO DA PITIOSE EQUINA

Diversos tipos de tratamento vêm sendo instituídos, utilizando métodos químicos (antifúngicos), cirúrgicos e imunoterápicos, o sucesso do tratamento está diretamente relacionado ao tamanho, local e duração das lesões, bem como a idade, o estado nutricional e fisiológico do animal. Os fungos verdadeiros possuem quitina em sua parede, enquanto o Pythium contém celulose e â-glucanos. A membrana plasmática não contém esteróides, como o ergosterol, que é o componente-alvo de ação da maioria das drogas antifúngicas. Por consequência de tudo isso, as drogas antifúngicas tradicionais são ineficientes contra o P. insidiosum (CARDONA, 2013).

Segundo Cardona (2015) os tratamentos químicos utilizando drogas antifúngicas sistêmicas não são eficazes na terapia destas doenças, ainda assim as drogas mais utilizadas pelos clínicos são: anfotericina B, cetoconazole, miconazole, fluconazole e itraconalole, além dos compostos iodínicos como iodeto de potássio e sódio a 10%. A anfotericina B sistêmica combinada com anfotericina B tópica pode ser curativa em casos isolados; a anfotericina B é administrada na dose de 0,3 mg/kg em glicose 5% IV diariamente até a dose total de 350 mg/kg. Essa dose é então administrada em dias alterados até curar o animal. Além disso, as lesões são tratadas topicamente com compressas de gazes embebidas em soluções anfotericina B e dimetilsulfóxido (DMSO), que objetiva aumentar a penetração da droga no local, sendo 50 mg de anfotericina em 10 ml de água estéril e 10 ml de DMSO.

Por outro lado, Munhoz, (2017) trabalhou com dez equinos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá (UNIC), que apresentavam histórico de contato com áreas alagadas presença de aumento de volume cutâneo com superfície ulcerada e prurido local. Como tratamento foi realizado o desbridamento cirúrgico e coleta de material para confirmação de

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31 diagnóstico. Associou-se à excisão cirúrgica o fluconazol (dose 10mg/Kg, via oral) diluído em 5 ml de glucose de milho, e fenilbutazona por três dias (dose 2,2 mg/kg, IV). Nos 20 dias do pós-operatório foi fornecido fluconazol (dose 5 mg/Kg, via oral) também diluído em 5 ml de glucose de milho, e a cada três dias, curativo com povidona-iodo tópico 0,1% e bandagem compressiva, com gases umedecidas com glicerina, algodão e atadura de crepom, até a completa epitelização das feridas cutâneas em todos os equinos. A autora relata que neste estudo in vivo utilizando o fluconazol na terapia da pitiose cutânea eqüina (PCE), pode-se concluir que a administração do fluconazol por via oral associada à excisão cirúrgica obteve resultado satisfatório na terapia da enfermidade, sem apresentar reações adversas como hepatotoxicidade. Tornando-se assim uma a opção terapêutica testada como uma alternativa de tratamento prática e eficaz em casos de PCE.

Coltro et al., (2011) apresentaram o tratamento com iodeto de potássio, como método terapêutico que pode ser associado a excisão cirúrgica das lesões cutâneas. Relataram um caso onde foi feita a administração de 24g por dia, via oral na ração, uma vez ao dia durante três meses, além da limpeza diária do local da lesão. Ocorrendo a cicatrização total do ferimento em 75 dias.

A intervenção cirúrgica requer a remoção de toda a área afetada, com margem de segurança para evitar as recorrências, porém isto é dificultado pelas estruturas anatômicas envolvidas, principalmente os membros (BECEGATTO et al., 2017). Por ser uma região bastante vascularizada, podem ocorrer hemorragias, que devem ser contidas com cauterização, ligadura do vaso acometido ou bandagem compressiva. A cicatrização deve ser por segunda intenção (BROMERSCHENKEL et al., 2014). Mosbah et al. (2012) trataram a pitiose em equinos no Egito com excisão cirúrgica nos animais com lesões recentes e de pequena extensão, que resultou em cura total sem complicações.

Segundo Rodrigues e Luvizotto (2000) a associação da excisão cirúrgica abrangente junto a administração por via oral de iodeto de potássio na

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32 dose de 67 mg/kg de massa corporal, por período mínimo de 30 dias, foi capaz de curar vários animais severamente acometidos, não ocorrendo recidivas ou efeito colateral. Para Santurio et al. (2006) o tratamento das ficomicoses subcutâneas respondem de maneira eficiente ao iodeto de potássio, sendo este usado após a extirpação cirúrgica do granuloma, entretanto, resultados negativos também foram observados no tratamento com iodeto de potássio endovenoso, até mesmo quando associado à cirurgia.

A imunoterapia tem sido utilizada como tratamento da pitiose. No Brasil, o imunoterápico Pitium-Vac, foi desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa Micológica (LAPEMI-UFSM) em conjunto com a Embrapa Pantanal, desenvolvida a partir de extratos de proteína de P. insidiosum, seu objetivo é a modificação da resposta imune do hospedeiro desenvolvendo uma resposta adequada contra a doença semelhante a resposta dos bovinos. (LORETO et al., 2014). Para Becegatto et al., (2017) a imunoterapia tem sido utilizada com sucesso em muitos casos no tratamento da pitiose em equinos sendo associada ou não à excisão cirúrgica com resultados favoráveis, tendo boa aplicabilidade a campo, além de apresentar relativo baixo custo.

De acordo com Sallis et al., (2003) citando trabalhos de MILLER, (1981); MENDOZA et al., (1992); MONTEIRO, (1999),) a imunoterapia associada à cirurgia tem apresentado eficácia de 50 a 83%. Há ocasiões em que as lesões não regridem totalmente, como observado por Sallis em 8 eqüinos dos 14 que receberam o imunoterápico. De acordo com o autor, provavelmente em função dos fatores individuais dos animais, como anergia em casos crônicos ou ausência de estimulação em casos agudos.

Diante de tratamentos que geraram resultados inconsistentes para o tratamento da pitiose, recentemente foi proposta uma alternativa de tratamento com o uso da acetonida de triancinolona, como imunomodulador, que tem se mostrado eficaz no tratamento de pitiose equina (CARDONA et al., 2016). A recomendação de dose e posologia para o tratamento da pitiose equina é de 50mg do fármaco por animal, independente do peso corporal, por via intramuscular, a cada 15 dias, sendo realizadas de 3 a 4 aplicações

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33 (CARDONA et al., 2016). A dose de 0,1 a 0,3 mg/kg também são sugeridas pelo autor, que recomenda a utilização de uso de acepromazina na dose 0,04 a 0,08mg/kg para prevenção de quadros de laminite, em função do efeito vasomotor dos corticosteróides (CARDONA, 2018).

Em 2016, cinco equinos foram atendidos em Campos dos Goytacazes/RJ com diagnóstico de pitiose cutânea confirmado por meio do exame de histopatologia (hematoxilina e eosina - H/E - e Metenamina de prata de Grocott - GMS). Foi estabelecido o protocolo de 50mg/animal, por via intramuscular (IM), a cada sete dias, em um total de três aplicações, e iodeto de potássio na dose de 10 g/animal, por via oral (VO) a cada 24 horas (SID), por 15 dias. O tratamento se mostrou eficaz, sem que houvesse a necessidade de intervenção cirúrgica e/ou repetição do protocolo. Assim sendo, de acordo com Lemos et al., (2018), tal procedimento deve ser considerado como boa alternativa no tratamento de pitiose equina.

Um eqüino com resultado de lesão dermatológica de curso de 90 dias confirmado por exame histopatológico foi tratado para pitiose com acetonida de triancinolona, Centro de Desenvolvimento da Pecuária (CDP - EMEVZ – UFBA no ano de 2018, interior do Estado da Bahia. O tratamento foi baseado nos estudos realizados por Cardona (2015), consistindo na aplicação de acetonida de triancinolona por via intramuscular na concentração de 50mg/animal, que corresponde ao volume de 25 ml de Retardoesteroide® por aplicação, em intervalos de 15 dias, em um total de quatro aplicações. Durante o tratamento o paciente foi monitorado diariamente através de exame físico, aferição do tamanho da lesão, limpeza da ferida com iodo degermante, utilizando solução de Dakin para enxague e repelente ao redor da lesão, e periodicamente realizado exame hematológico. O animal foi mantido internado durante 52 dias, sendo a ultima dose administrada no 46º dia como demonstra a tabela 2, sendo observada sua melhora clinica e realizando alta médica (PAIM JUNIOR, 2019).

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34 Tabela 2: Acompanhamento do aspecto da lesão de pitiose

em equino tratado com acetonida de triacinolona

Fonte: Paim Junior ( 2019).

Figura 10 : Evolução das lesões de pitiose eqüina durante o tratamento com acetonida de triancinolona.

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35 Fonte: Paim Junior ( 2019).

De acordo com o autor em A e B um dia após a primeira aplicação, pode ser observado uma ferida profunda com diminuição da área de edema, retração da borda da lesão, exsudato serosanguinolento sendo drenado em pouca quantidade; C e D: segundo dia após a primeira aplicação, diminuição considerável do edema, retração da ferida acentuada, com presença de

“Kunkers”; E e F: terceiro dia após a primeira, presença de exsudato purulento,

tecido de granulação, retração da ferida, sem presença de “Kunkers”; G e H: quarto dia após a primeira aplicação, redução do exsudato purulento e edema, aproximação da bordas da ferida, presença de edema com considerável redução; I e J: onze dias após a primeira aplicação, ferida seca com pouca profundidade, com bordas róseas, edema reduzido; L e M: doze dias após a primeira aplicação, ferida seca, com bordas lisas de coloração rosa, com pouca presença de edema N: trinta e um dias e trinta e três dias após a primeira aplicação ferida plana, sem edema, bordas retraídas de coloração rosa.

2.7 PITIOSE EM HUMANOS

De acordo com Marques, (2006) os primeiros casos de pitiose em humanos foram relatados em 1986, por Thianprasit na Tailândia. Casos de pitiose humana também já foram relatados nos EUA, Austrália, Haiti e Nova Zelândia. Na Tailândia dois fatores parecem contribuir para ocorrência de quadros de pitiose humana: a prevalência da alfa e betatalassemia e a presença de grandes áreas alagadiças utilizadas para agricultura (SANTURIO, 2006; LOHNOO et al., 2019).

O primeiro caso de pitiose humana no Brasil foi relatado por Marques et al., (2006) no Estado de São Paulo. O paciente apresentava queixa de úlcera cutânea na perna com duração de três meses. A lesão iniciou-se como pústula, uma semana após pescaria em lago de águas paradas, no qual permaneceu com as pernas submersas. Após biopsia cutânea, o exame anatomopatológico identificou microrganismo sugestivo de hifa não septada, compatível com “zigomicose”. Iniciou-se então o tratamento com anfotericina B e fez-se o debridamento da lesão. O paciente foi encaminhado ao serviço de

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36 Dermatologia da Universidade Estadual de São Paulo, campus de Botucatu, SP com lesão ulcerada única, porém com secreção seropurulenta e bordas infiltradas eritemato-violáceas. Através do sequenciamento de DNA foi possível realizar o diagnóstico para pitiose. Após terapia utilizando-se inicialmente itraconazol, e posteriormente anfotericina B e iodeto de potássio, foi necessária nova excisão cirúrgica com posterior enxertia de tecido.

Figura 11: Úlcera em membro inferior humano (A) com fundo granuloso grosseiro, secreção purulenta, localizada na região pré-tibial da perna direita; (B) pós terapia com itraconazol, resolução parcial da lesão ulcerada, nódulos e nodosidades na região proximal; (C) seis meses após exérese e enxertia.

Fonte: Marques et., al 2006

Figura 12: Exame anatomopatológico mostrando (A) granuloma em paliçada (HE 200 x), (B) hifas largas, distorcidas, septadas, com reforço periférico e angulo em 90° (prata 400x), (C) Filamentos hialinos, não septados, em agar-batatadextrose (azul algodão 40x).

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Fonte: Marques et al., (2006)

KRAJAEJUN et al., (2018) apresentaram um esboço de genoma de P.

insidiosum cepa CBS 101555, isolada de uma lesão granulomatosa no abdome

de um cavalo com pitiose da região sul do Brasil, que poderá servir como recurso para análises genômicas comparativas de diferentes cepas do agente, com a capacidade de fornecer novos insights sobre sua patobiologia, e pode levar à descoberta de métodos de tratamento eficazes. De acordo com os autores, o Pythium insidiosum infecta humanos e animais em todo o mundo, a maioria dos pacientes perde órgãos infectados ou morrem devido a enfermidade. Até então estudos envolvendo genomas de P. insidiosum estavam disponíveis publicamente na Tailândia, nos Estados Unidos e em Costa Rica.

Apesar existirem relatos de casos de pitiose na espécie humana e em outras espécies domésticas além da equina (MENDOZA, 1986; 2005; TABOSA, 2004; MACEDO et al., 2015) vale ressaltar não foi verificada transmissão entre animais ou zoonótica. A transmissão direta não foi relatada, o P. insidiosum necessita de condições especificas de umidade e temperatura para manutenção do ciclo no ambiente, além de porta de entrada para que haja contaminação do hospedeiro.

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38 Recentemente, VILELA et al., (2018) relataram o o isolamento de P.

insidiosum de larvas de mosquitos infectados durante uma pesquisa realizada

no Brasil central. Pelo menos três isolados do oomiceto foram recuperados durante a pesquisa. Devido à sua capacidade de infectar larvas de mosquitos, os isolados foram analisados no Departamento de Agricultura dos EUA. Os isolados investigados desenvolveram-se muito bem a 37 ° C, produziram vesículas típicas do gênero Pythium contendo numerosos zoósporos biflagelados, sacarose hidrolisada e suas proteínas extraídas cultivadas foram reconhecidas em análises sorológicas pelo anti-P. anticorpos do insidiosum. Análises filogenéticas usando sequências ITS e de COXII parcial identificaram os isolados como P. insidiosum no grupo americano I. Este é o primeiro relato oficial de P. insidiosum recuperado de larvas de mosquitos infectados, indicando que este patógeno de mamífero e das plantas, também poderia usar larvas de mosquito para completar seu ciclo de vida na natureza.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pitiose é uma dermatopatia que pode causar expressivo impacto

negativo à equideocultura, quer seja pelos custos com tratamentos, quer seja pelas extensas lesões e pela possibilidade de óbito do animal acometido. Nesse sentido, a realização de um diagnóstico precoce e preciso, além do estabelecimento de um plano terapêutico efetivo, tem importância para que se estabeleça um prognóstico favorável. Por ser uma enfermidade emergente mais estudos são necessários para esclarecer a etiopatogenia, a epidemiologia e os mecanismos de defesa do Pythium possibilitando assim novas formas de diagnóstico, tratamento e controle. Além da equina, a pitiose pode acometer outras espécies, inclusive o homem. Portanto, esta enfermidade deve ser considerada como diagnóstico diferencial de lesões de pele que não respondam satisfatoriamente ao tratamento convencional. O encaminhamento de amostras teciduais de animais com suspeita de pitiose, para laboratórios especializados, torna-se importante para o estabelecimento da real notificação desta dermatopatia, permitindo estudos epidemiológicos mais fidedignos que venham a auxiliar no controle e na prevenção desta enfermidade.

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