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Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS. Fernanda Vargas Rodrigues

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Instituto de Ciências da Saúde

FUNORTE/SOEBRAS

Fernanda Vargas Rodrigues

AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS DE HIGIENE EM PACIENTES

PORTADORES DE PRÓTESE REMOVÍVEL NA

CIDADE DE LONTRAS/SC

Lages 2011

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Fernanda Vargas Rodrigues

AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS DE HIGIENE EM PACIENTES

PORTADORES DE PRÓTESE REMOVÍVEL NA

CIDADE DE LONTRAS/SC

ORIENTADORA: MSc. Lucia Helena de Souza Alves.

Lages – 2011

Monografia apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/ SOEBRAS Núcleo Lages, como parte dos requisitos a obtenção do título de Especialista em Prótese Dentária.

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Fernanda Vargas Rodrigues

AVALIAÇÃO DOS HÁBITOS DE HIGIENE EM PACIENTES

PORTADORES DE PRÓTESE REMOVÍVEL NA

CIDADE DE LONTRAS/SC

ORIENTADORA: MSc. Lucia Helena de Souza Alves.

DATA DA APROVAÇÃO: 21/08/2011 MEMBROS DA BANCA:

PROFA. FLAVIANI MARIA CHAVES DE FIGUEIREDO RUELA ESPECIALISTA EM PRÓTESE DENTÁRIA

ESPECIALISTA EM DTM E DOR OROFACIAL ESPECIALISTA EM ORTODONTIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FUNORTE PROFA. VALÉRIA AZZOLINI

ESPECIALISTA EM PRÓTESE DENTÁRIA ESPECIALISTA EM DTM E DOR OROFACIAL INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FUNORTE

PROF. SILVIO TEODORO DE CARVALHO ESPECIALISTA EM PRÓTESE DENTÁRIA ESPECIALISTA EM DTM E DOR OROFACIAL INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FUNORTE

Lages – 2011

Monografia apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/ SOEBRAS Núcleo Lages, como parte dos requisitos a obtenção do título de Especialista em Prótese Dentária.

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AGRADECIMENTOS

A duas pessoas importantíssimas na realização deste trabalho: meu marido Thiago e minha amiga Lúcia.

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RESUMO

A autora verificou neste trabalho de campo realizado com 50 portadores de próteses removíveis no município de Lontras, Santa Catarina, que a porcentagem daqueles que não receberam orientações de higiene por parte do cirurgião-dentista que elaborou a(s) prótese(s) foi de 70%; 96% dos pacientes desta população percebiam a necessidade de realizar a higiene oral e da prótese; 86% disseram realizar a higiene de tecidos moles e a totalidade afirmou limpar o aparelho protético. O método mais utilizado foi a escovação mecânica com dentifrício, sendo preferido por 88% dos presentes. Quanto à frequência de higienização, 72% responderam realizá-la 3 ou mais vezes ao dia.

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ABSTRACT

In this field research the author verified 50 patients with removable dentures in the city of Lontras, Santa Catarina. It was observed that the percentage of those who were not receive hygiene orientations by dentist that made their dentures was 70%. In addition, 96% of that patients population could realize the necessity to do both oral and prosthesis cleaning. 86% of patients said that make soft tissue hygiene and all people affirmed that they clean prosthetic equipment. The most method was a mechanical brushing with toothpaste and this method was favorite for 88% of evaluated population. About frequency of cleaning, 72% answered that do it three or more times a day.

(7)

SUMÁRIO

1

APÊNDICE...37

1- INTRODUÇÃO

Não faz muito tempo que o Brasil era tido como o “país dos desdentados”. Atualmente, acompanhamos avanços fabulosos nas áreas de implantodontia, de laserterapia, de imaginologia e, principalmente, na de células tronco, o provável futuro da odontologia e das ciências médicas em geral, juntamente com a nanotecnologia. Para isto, são investidos recursos financeiros astronômicos e anos de pesquisa.

Anos de estudo serviram, da mesma forma, para esclarecer aos profissionais da odontologia quais são os fatores causais das patologias que acarretam na perda dentária.

Parece, então, que o diferencial entre o sucesso dos novos recursos de tratamento e a continuidade da perda de dentes seja o fator monetário.

Enquanto os dentes continuam a ser perdidos, novas soluções reabilitadoras são desenvolvidas. Passamos da categoria de país dos desdentados para a de país dos portadores de próteses. E levando-se em consideração que são os menos favorecidos economicamente que necessitam desta reabilitação, temos as próteses removíveis como o principal recurso.

Embora a maior parcela destes pacientes ainda seja de idosos, muitos jovens e adultos jovens continuam perdendo seus dentes e a reabilitação protética se torna necessária. Muitas vezes, o indivíduo não acredita que a perda de alguns dentes tenha importância, principalmente dos posteriores que não apresentam um prejuízo estético grande e deixam para utilizar um aparelho protético bem mais tarde, quando na meia idade.

Nesta fase da vida, a habilidade motora dos pacientes para realizar a higiene bucal e dos aparelhos protéticos não é mais a mesma de quando jovens

(8)

(ZUIM et al., 1996; CASTRO JR. et al., 2006), além de estarem enraizados os maus hábitos que os levaram às extrações dentárias (CATÃO et al., 2007).

Por isto, nota-se a importância do cirurgião-dentista no planejamento de um aparelho de fácil limpeza (SILVA; SEIXAS, 2008; GOIATO et al., 2005) e na instrução e motivação para uma higienização adequada (KAZUO et al., 2008; MARCHINI et al., 2004; CRUZ et al.,1999), sabendo e comunicando aos pacientes as consequências de uma higiene incorreta.

Este estudo tem por objetivo avaliar os hábitos de higiene oral de uma parcela de munícipes portadores de próteses removíveis na cidade de Lontras, localizada no Alto Vale do Itajaí, no estado de Santa Catarina, a fim de determinar se os indivíduos foram orientados sobre higiene oral e protética, se entendem a importância desta e se a fazem de maneira correta.

Espera-se que os resultados desta pesquisa sirvam de base para futuros trabalhos e que inspirem os profissionais da odontologia a se aprofundarem no assunto para que possam modificar o panorama desfavorável no qual se encontra a saúde bucal deste país.

(9)

2 - RETROSPECTIVA DA LITERATURA

Segundo Silva et al. (2006), a formação de biofilme, cálculos, pigmentações e alterações inflamatórias nos tecidos de sustentação, bem como o desgaste do acrílico da prótese são resultado de uma higienização inadequada e o biofilme formado na dentadura está relacionado com a Candidíase Atrófica Crônica.

Teixeira & Mezzari (2005) também relatam que o desenvolvimento de infecções fúngicas na cavidade oral está relacionado com os hábitos de higiene oral, a limpeza da prótese dentária e o comportamento da levedura.

A colonização da base da prótese pode servir, também, como reservatório para a disseminação de infecções gastrointestinais e a pulmonares (KAZUO et al., 2008).

Para Marchini et al. (2000), o biofilme formado nas próteses de idosos dependentes pode servir como reservatório de patógenos respiratórios, facilitando a colonização da orofaringe, já que, segundo Benatti & Montenegro (2008), as barreiras de defesa das mucosas encontram-se alteradas, favorecendo esta colonização.

Silva e Seixas (2008), em relação à prótese parcial removível (PPR), observam que o acúmulo de placa tem ligação direta com o formato da prótese e, para Goiato et al. (2005) a presença da prótese na cavidade oral diminui a capacidade de auto limpeza desta, levando a um aumento do índice de placa.

Kazuo et al. (2008) defendem que, além de um adequado desenho da armação da PPR, faz-se necessária uma boa orientação ao paciente quanto à melhor maneira de higienização, individualizando tal procedimento e indicando escovas próprias e peróxidos alcalinos para uma limpeza mais efetiva.

Marchini et al. (2004) definem como conduta de orientação aos pacientes portadores de próteses totais a higienização da prótese após cada refeição, com

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escova própria e pasta dentifrícia pouco abrasiva, se possível associada à imersão noturna em solução à base de peróxidos e enzimas.

Catão et al. (2007) também sugerem, em relação às próteses totais, a conjugação de métodos mecânicos e químicos para uma higienização ideal.

Goiato et al. (2005) citam a importância da limpeza da prótese removível associada à utilização de anti-sépticos e escovação dos tecidos bucais, em especial da língua, com o intuito de evitar a formação da saburra.

Cruz et al. (1999) concluíram que a higienização oral é de responsabilidade do paciente e que o profissional deve motivar e instruí-lo a realizá-la pelo menos três vezes ao dia, utilizando escovas macias, água e dentrifícios específicos para as próteses e para os tecidos bucais.

Para Silva e Seixas (2008), além de esclarecer sobre a importância dos cuidados de higiene aos seus pacientes, o profissional deve tentar fazer com que eles percebam o hábito como algo prazeroso, a fim de mantê-lo.

Kazuo et al. (2008) apontam pesquisas, nas quais, uma grande porcentagem dos pacientes não sabe higienizar suas próteses por não receberem uma orientação adequada do cirurgião-dentista ou por negligenciarem as informações, fazendo-as de maneira incompleta.

Castro Jr. et al. (2006) sugerem que os profissionais entreguem, no momento da instalação da prótese total, um informativo sobre os cuidados com tal aparelho, contendo também desenhos que facilitem a compreensão por parte de pacientes analfabetos.

Realizando um programa de prevenção em odontogeriatria, Souza; Pagani e Jorge (2001) perceberam a relação entre boa saúde oral e nível sócio-econômico elevado. No entanto, pacientes com baixo nível sócio-sócio-econômico apresentaram bons índices de saúde oral quando bem orientados e obedecendo ao programa. Já, em estudo realizado por Napolitano (2006), não houve redução significante do biofilme depositado nas próteses totais de pacientes geriátricos após a realização de motivações periódicas.

Catão et al. (2007) teoriza que o paciente que passa a usar uma prótese total mantém os mesmos hábitos precários de higienização da cavidade oral, assim como de seu aparelho protético.

Zuim et al. (1996), em seu estudo, concluíram que mesmo recebendo instruções de higiene oral e da prótese, os pacientes apresentavam falta de

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habilidade ou desmotivação para realizá-las, sugerindo, por conta disto, a necessidade dos retornos de avaliação para reforço da motivação.

De acordo com o estudo realizado por Pavarina et al. (2003) a fim de avaliarem a conduta de 100 profissionais quanto ao controle do retorno periódico de pacientes tratados com PPR, 71% destes recomendavam o controle posterior para verificarem, entre outros fatores, a higienização dos dentes e prótese.

Em um estudo com 30 pacientes portadores de próteses removíveis, sendo 25 do gênero feminino e 5 do masculino, Almeida Júnior et al. (2006) concluíram que 53% destes não receberam orientações de higienização por parte dos profissionais, 77% realizavam escovação mecânica três ou mais vezes por dia e 40% utilizavam métodos químicos como complemento.

Em pesquisa realizada por Peracini et al. (2010) com 106 portadores de próteses removíveis, dos quais, 87 eram do gênero feminino e 19 do masculino, com média de idade de 63 anos, constatou-se que 51,89% não receberam instruções de higiene das próteses, 73,58% realizavam três ou mais escovações diárias dos aparelhos, 84,91% usavam creme dental, 72,64% limpavam os tecidos bucais e 53,77% utilizavam algum tipo de solução bucal.

Castro Jr. et al. (2006) aplicaram um questionário para 100 portadores de próteses totais, dos quais 81% eram do gênero feminino, 61% tinham mais de 60 anos e 54% com o ensino fundamental incompleto, e verificaram que 94% deles utilizavam escova de dentes e 63% adicionavam creme dental para a higienização da prótese.

Moimaz et al. (2004), avaliando 72 indivíduos portadores de próteses totais superiores, perceberam que 90,27% dos entrevistados utilizavam escova e creme dental para higienização das próteses, sendo que 58,32% escovavam três ou mais vezes ao dia. Após terem sido orientados quanto à forma correta de higienização, 81,39% dos participantes tiveram classificação excelente de limpeza da prótese contra 48,88% anterior à orientação.

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3 - PROPOSIÇÃO

O objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de higiene oral e de suas próteses removíveis de pacientes integrantes de um grupo terapêutico de hipertensos e diabéticos do programa Saúde da Família, no município de Lontras, Santa Catarina.

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4 - MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho contou com a participação de 50 pacientes portadores de próteses removíveis, integrantes de um grupo terapêutico de hipertensos e diabéticos do programa Saúde da Família, no município de Lontras, Santa Catarina.

O projeto de pesquisa foi submetido a apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Hunamos da FUNORTE-Soebrás.

A coleta de dados ocorreu durante um dos encontros do grupo terapêutico, entre os meses de junho e julho de 2011, após terem sido esclarecidos da pesquisa e assinado um termo de consentimento de participação (ANEXO I), estes pacientes foram entrevistados individualmente, utilizando-se um questionário (APÊNDICE I).

Nenhum exame intra-oral ou das próteses foi realizado. Foram, portanto, levadas em consideração apenas as respostas no momento da entrevista.

Utilizaram-se para a coleta de dados, além do questionário mencionado, os seguintes itens:

* Lápis; * Caneta; * Papel.

Os dados adquiridos foram inseridos em tabelas do Microsoft Office Excel

(14)

5 - RESULTADOS

Neste estudo contou-se com a colaboração de 50 pacientes. Destes, 31 eram do feminino (62%) e 19 eram do gênero masculino (38%).

Quanto à idade dos participantes do estudo, 23 (46%) tinham mais de 60 anos, 18 (36%) encontravam-se na faixa entre 41 e 60 e 9 (18%) pacientes tinham entre 20 e 40 anos.

Na variável grau de escolaridade, encontrou-se 36 indivíduos (72%) com o ensino fundamental incompleto, 10 (20%) com ensino fundamental completo, 1 (2%) com ensino médio incompleto e 3 (6%) com ensino médio completo.

A tabela 01 mostra o questionário resumido e os resultados referentes ao grupo completo de entrevistados sem haver distinção de gênero, idade ou grau de escolaridade.

Na tabela 02, houve a diferenciação entre os gêneros dos participantes quanto às respostas.

A idade foi a variável proposta na tabela 03 e o grau de escolaridade foi a usada como diferencial na tabela 04.

Por fim, as opções de resposta não especificadas no questionário (opção outro) foram apresentadas na tabela 05. A maioria das respostas apresentadas referentes à pergunta “Qual a causa da perda dos dentes?”, sugere que a cárie seja o fator principal, mas por não se ter certeza disto, escolheu-se mantê-las numa classificação à parte.

(15)

Tabela 01. Resposta ao questionário, sem distinção de gênero, idade ou escolaridade.

Questionário Opções Entrevistados

Tipo de prótese que usa?

Total 28

Parcial 12

Ambas 10

Causa da perda dos dentes? Cárie 29 Doença periodontal 6 Outro 17 Recebeu informação sobre os cuidados? Sim 15 Não 35 Acha necessário higienizar? Sim 48 Não 2

Tira a prótese para higienizar?

Sim 49

Não 1

Faz higiene dos tecidos moles?

Rebordo 30

Língua 38

Palato 8

Não faz 7

Faz higiene da prótese? Internamente 49

Externamente 45

Grampos 15

Não faz 0

Com o que higieniza? Escova 5

Escova/ pasta 44

Escova/pasta/agente químico 1 Agente químico

Água

Outro 4

Com que frequência higieniza?

Ao acordar 16

Ao deitar 17

Após refeições 30

Outro 9

(16)

Tabela 02. Respostas, levando-se em consideração o gênero do entrevistado.

Questionário Opções Gênero

Masculino (19) Feminino (31) Tipo de prótese que

usa?

Total 10 18

Parcial 3 9

Ambas 6 4

Causa da perda dos dentes? Cárie 12 17 Doença Periodontal 2 4 Outro 5 12 Recebeu informação sobre os cuidados? Sim 4 11 Não 15 20 Acha necessário higienizar? Sim 18 30 Não 1 1

Tira a prótese para higienizar?

Sim 18 31

Não 1 0

Faz higiene dos tecidos moles?

Rebordo 10 20

Língua 13 25

Palato 2 6

Não faz 3 4

Faz higiene da prótese? Internamente 19 30

Externamente 19 26

Grampos 7 8

Não faz 0 0

Com o que higieniza? Escova 2 3

Escova/ pasta 17 27

Escova/Pasta/Ag.q. 1

Agente Químico 0

Água 0

Outro 1 3

Com que frequência higieniza?

Ao acordar 6 10

Ao deitar 6 11

Após refeições 11 19

Outro 2 7

(17)

Tabela 03. Respostas, tendo como variável a idade do entrevistado.

Questionário Opções Idade

20-40 41-60 + de 60 Tipo de prótese que

usa?

Total 3 8 16

Parcial 6 4 2

Ambas 0 6 5

Causa da perda dos dentes? Cárie 5 10 12 Doença Periodontal 1 4 1 Outro 3 4 10 Recebeu informação sobre os cuidados? Sim 3 3 7 Não 6 15 16 Acha necessário higienizar? Sim 9 18 21 Não 0 0 2

Tira a prótese para higienizar?

Sim 9 17 22

Não 0 1 1

Faz higiene dos tecidos moles?

Rebordo 4 9 16

Língua 8 12 15

Palato 1 4 3

Não faz 0 3 4

Faz higiene da prótese? Internamente 9 18 22

Externamente 9 17 20

Grampos 4 5 4

Não faz 0 0 0

Com o que higieniza? Escova 2 1 2

Escova/ Pasta 8 16 20

Escova/Pasta/Agente quím. 1 1 0

Agente Químico 0 0 0

Água 0 0 0

Outro 1 1 2

Com que frequência higieniza? Ao acordar 2 5 9 Ao deitar 2 6 9 Após refeições 8 10 13 Outro 2 3 4

(18)

Tabela 04. Respostas, segundo o grau de escolaridade dos indivíduos.

Questionário Opções Grau de escolaridade

Fundamental completo Fund. Incompleto Médio completo Médio incomp.

Tipo de prótese que usa? Total 5 19 2 0

Parcial 5 6 1 1

Ambas 0 11 0 0

Causa da perda dos dentes? Cárie 5 21 1 1 Doença period. 3 3 1 0 Outro 3 12 1 0 Recebeu informação sobre os cuidados? Sim 1 9 3 1 Não 9 27 0 0 Acha necessário higienizar? Sim 10 35 3 1 Não 0 2 0 0

Tira a prótese para higienizar?

Sim 9 35 3 1

Não 1 1 0 0

Faz higiene dos tecidos moles?

Rebordo 5 22 3 0

Língua 10 24 3 1

Palato 2 4 2 0

Não faz 0 7 0 0

Faz higiene da prótese? Internamente 10 36 3 1

Externamente 10 31 3 1

Grampos 4 11 0 1

Não faz 0 0 0 0

Com o que higieniza? Escova 2 3 0 0

Escova/ Pasta 9 32 2 1

Esc./Pas/Ag.quím. 0 0 1 0

Agente Químico 0 0 0 0

Água 0 1 0 1

Outro 0 3 0 0

Com que frequência higieniza? Ao acordar 2 13 1 0 Ao deitar 2 24 1 0 Após refeições 7 21 1 1 Outro 3 4 2 0

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Tabela 05. Respostas da opção Outros.

Questionário Outros Pacientes

Causa da perda dos dentes? Muitas obturações 1 Muita dor e usava creolina 1

De velho 1

Quebrava e pais mandavam arrancar 3 Não cuidou durante a gravidez 1

Trauma-fratura 1

Pais nunca levaram ao dentista 1

Por serem encavalados 1

Pais e CD mandaram arrancar 1

Não sabe 1

Com o que higieniza? Sabonete 2

Palito 1

Com que freqüência higieniza? 3x dia 6

2x dia 1

Quando tem tempo 1

(20)

6 - DISCUSSÃO

Avaliando o grupo de 50 entrevistados, nota-se que a maioria destes tem mais de 60 anos (23), não completou o ensino fundamental (36), estando em consonância com o trabalho de Castro Jr. et al. (2006), e é usuário de prótese total, com e sem a parceria da prótese parcial (38). Frente ao exposto, Castro Jr. et al. (2006), afirma que para haver uma boa assimilação das informações repassadas pelo profissional a forma de abordagem com a pessoa idosa deve ser diferenciada; e quando associada a um baixo grau de escolaridade, este sugere que as informações também sejam entregues por escrito, e que contenham desenhos ilustrativos, visando facilitar a instrução destes pacientes.

Como nos trabalhos de Almeida et al. (2006), Castro Jr. et al. (2006) e de Peracini et al. (2010), a maioria feminina se fez presente nesta pesquisa (62% feminino e 38% masculino), embora com menor vantagem numérica.

No quesito causa de perda dos dentes, 58% dos presentes afirmaram ter a cárie como causadora de tal perda.

Quanto aos cuidados de higiene oral e da prótese, 70% dos pacientes relataram não receberem orientação, ficando acima dos resultados apresentados por Almeida et al. (2006) e de Peracini et al. (2010). Apenas 2 entrevistados disseram não achar necessário fazer a higienização oral e da prótese, embora tenham admitido realizar a limpeza da prótese. Sesma et al. (1999, apud ALMEIDA et al., 2006, p. 287) destacam ser essencial o odontólogo “saber recomendar um método eficiente, não deletério aos materiais da prótese e seguro ao paciente”. Pois, é obrigação deste profissional fornecer orientações de forma verbal e/ou escrita aos seus pacientes sobre cuidados com próteses após sua instalação (CASTRO JR. et al., 2006). “Esse procedimento visa a melhorar o tempo útil destas, minimizar o grau de reabsorção óssea e promover a manutenção da saúde da fibromucosa (CASTRO JR. et al., 2006, p. 42).

De todas as regiões, a língua foi a mais indicada quanto à higiene de tecidos moles. Apenas 14% dos pesquisados comentaram não fazer a higienização de tecidos moles, ficando abaixo dos números encontrados por Peracini et al.

(21)

(2010). Todos estes estavam classificados, quanto ao grau de escolaridade, como não tendo completado o ensino fundamental. Cabe ressaltar que a falta de higienização tanto da prótese quanto da boca, podem levar ao surgimento de patologias na mucosa, tecidos periodontais e dentais (ALMEIDA et al., 2006).

Viu-se que 98% dos pacientes tiravam as próteses para higienizá-las e a maioria limpava-as interna e externamente, além dos grampos, quando usuárias de próteses parciais. Segundo estudo realizado por Almeida et al. (2006), quanto a maneira de se realizar a higiene da prótese dentária, o único consenso apresentado pelas literaturas, é que a prótese deve ser removida da cavidade oral na hora da sua limpeza.

Para a limpeza das próteses, 88% relataram utilizar escova dental e dentifrício, achados semelhantes aos de Moimaz et al. (2004), Castro Jr. et al. (2006) e Peracini et al. (2010). Apenas 1 dos entrevistados disse utilizar algum agente químico como complemento da limpeza mecânica. De acordo com Budtz-Jorgensen (1979, apud SILVA et al., 2006, p. 127) a escovação associada ao uso de “água e sabão ou dentifrícios, tem se mostrado eficiente para a remoção de manchas e biofilme”. Porém, quando efetuado por pessoas com idade avançada ou portadoras de problemas motores, este método pode ser desvantajoso, por exigir destreza manual para ser efetuada de maneira adequada (SILVA, 2006).

Quanto à frequência de higienização, 72% disseram realizá-la 3 ou mais vezes ao dia, concordando com os trabalhos de Almeida et al. (2006) e de Peracini et al. (2010) e ficando acima dos resultados de Moimaz et al. (2004), o qual afirma ser necessária a limpeza e desinfecção das próteses diariamente, pois a saúde da mucosa oral também está relacionada ao nível de limpeza da prótese que se instala sobre este tecido. O mais indicado pelos odontólogos é que ocorra a higienização da prótese de maneira mais apurada posteriormente as principais refeições, e após as refeições intermediárias a limpeza apenas com água (PARANHOS; MALACHIAS; PARDINI, 1991).

Na tabela 5 vê-se que alguns entrevistados preferiram não responder segundo as opções apresentadas no questionário e aconteceram alguns relatos curiosos. Por exemplo, 1 paciente disse usar palito de dente para limpar a prótese, enquanto outros 2 afirmaram limpá-la com sabonete quando, para Catão et al.

(22)

(2007), o ideal é utilizar sabão neutro aliado à escovação mecânica. Outro confessou fazer a higienização apenas quando tem tempo. Em relação à causa da perda dentária, as respostas sugerem que a cárie tenha sido o fator principal como, por exemplo, “muitas obturações no mesmo dente”, “sentia muita dor no dente, então colocava creolina sobre este”, “não cuidou durante a gravidez”. Mas por não serem conclusivas, optou-se por colocá-las à parte nesta tabela.

(23)

7 - CONCLUSÃO

Concluiu-se neste trabalho que, numa população com maioria de indivíduos maiores de 60 anos, com ensino fundamental incompleto, portadores de próteses totais e do gênero feminino, a porcentagem daqueles que não receberam orientações de higiene por parte do cirurgião-dentista que elaborou a(s) prótese(s) foi de 70%; 96% dos pacientes deste grupo percebiam a necessidade de realizar a higiene oral e da prótese; 86% disseram realizar a higiene de tecidos moles e a totalidade afirmou limpar o aparelho protético. O método mais utilizado foi a escovação mecânica com dentifrício, sendo preferido por 88% dos presentes. Quanto à frequência de higienização, 72% responderam realizá-la 3 ou mais vezes ao dia.

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REFERÊNCIAS

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CASTRO JUNIOR, O. V.; CARVALHO, M. M.; KOBAYASHI, A. S. Nível de conhecimento de pacientes portadores de próteses totais sobe os cuidados posteriores à instalação. Revista ibero americana de prótese clínica &

laboratorial, Curitiba, v.8, n.39, p. 37-42, jan.-mar., 2006.

CATÃO, C. D. S.; RAMOS, I. N. C.; SILVA NETO, J. M.; DUARTE, S. M. O.; BATISTA, A. U. D.; DIAS, A. H. M. Eficiência de substâncias químicas na remoção do biofilme em próteses totais. Revista de Odontologia da UNESP, São Paulo, v.36, n.1, p.53-60, 2007.

CRUZ, P. E. M. C. M.; PARDINI, L. C.; PARANHOS, H. F. O. Hábitos de higienização de portadores de prótese total; Escovação de tecido mole: um levantamento. Revista de odontologia da universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, v.3, n.1, 1999.

GOIATO, M. C.; CASTELLEONI, L.; SANTOS, D. M.; GENNARI FILHO, H.; ASSUNÇÃO, W. G. Lesões orais provocadas pelo uso de próteses removíveis.

Pesq. Bras. Odontoped. Clin. Integr, João Pessoa, v.5, n.1, p.85-90, jan.-abr,

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Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, v.20, n.2, p.168-174, maio-ago,

2008.

MARCHINI L.; DAMIÃO, C. F.; SANTOS, J. F. F.; CUNHA, V. P. P. Próteses totais: orientações e cuidados posteriores. Rev. EAP/APCD, São José dos Campos, v.1, n.2, p. 14-18, 2000.

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(27)

APÊNDICE

(28)

APÊNDICE I

Sexo ( ) F ( ) M Idade ( ) 20-40 anos ( ) 41-60 anos ( ) acima de 60 anos Grau de escolaridade ( ) ensino fundamental

completo

( ) ensino médio completo ( ) ensino superior completo

( ) incompleto ( ) incompleto ( ) incompleto Tipo de prótese que usa ( ) total

( ) parcial ( ) ambas Causa da perda dos dentes ( ) cárie

( ) doença periodontal ( ) outro

Recebeu informação sobre os cuidados de

higiene após colocação da prótese? ( ) sim( ) não Acha necessário higienizar a prótese/

dentes/ tecidos moles? ( ) sim( ) não Tira a prótese para higienizar dente e/ou

tecidos moles?

( ) sim ( ) não

Faz higiene dos tecidos moles? ( ) rebordo alveolar ( ) língua

( ) palato ( )não faz Faz higiene da prótese? ( ) internamente

( ) externamente ( ) grampos ( ) não faz

Com o que higieniza a prótese? ( ) somente escova ( ) escova e dentifrício

( ) escova, dentrifício e agente químico ( ) somente agente químico

( ) somente água ( ) outro

Com que freqüência faz a higiene? ( ) ao acordar ( ) antes de deitar

( ) após todas as refeições ( ) outro

Responsável pelo Atendimento: Fernanda Vargas Rodrigues CRO(SC) Número 6296

Assinatura:

QUESTIONÁRIO

(29)

ANEXO

(30)

ANEXO I

Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde

Você está sendo convidado a participar da pesquisa “Avaliação dos hábitos de higiene em pacientes portadores de prótese removível na cidade de Lontras/SC”.

Você foi selecionado e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento.

Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição FUNORTE-Soebrás.

O objetivo deste estudo é verificar os métodos e hábitos de higiene de pacientes portadores de prótese removível e se receberam informação do cirurgião-dentista no momento em que estas próteses foram instaladas.

Sua participação nesta pesquisa consistirá em autorizar a utilização dos dados obtidos através do questionário.

Os riscos relacionados com sua participação serão nulos.

Os benefícios relacionados com sua participação são os de contribuir com os estudos na área da odontologia. As informações obtidas através desta pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participação.

Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço institucional do pesquisador principal e do CEP, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.

Pesquisadora: Fernanda Vargas Rodrigues

Rua Paulo Alves do Nascimento, 110. Sl 10 -Lontras/SC- CEP: 89182000 Telefone: 47 3523 0823

Declaro que entendi os objetivos, riscos e os benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em participar.

Lontras, ___/___/___.

Associação Educativa do Brasil

(SOEBRAS)

CNPJ 22.669.915/0001-27

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