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NUMERO AVULSO 100 RS.
As assignaturas começam e termin»cin qualquer mez . pü ASSIGNATURAS PAIU I
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No meio da alegria ruidosa do Carnaval, quando a cidade parecia ¦embriagada pela fascinação irresis-tivel dos sous folguedos, ex-abrupto, com toda a tformidaiv.et violência da sua onroçãa 'o do sou contraste, che-gou-nos a noticia de mais uma tra-godia maritima. Como se a enor-mo voracidade do oceano, que nes-tes últimos do'us annos, no velho continente ouropeu, tem traga"""} milhares «3 milhares de pessoas, ain-da não fora bastante, os nossos ma-res, os mares do Novo Continente, pacíficos, povoados p.elos navios da marinha mercante americana e pe-'ios paquetes de .passageiros, a na-vogarem sob a excepcional garantia da paz, abrindo um hiato violento ¦do morte na su'a calma, acabam de ivictimaT mais do 300 pessoas, numa
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Ponta do Boi, na ilha
deTsobas-»^^^do^^-|í
mergiu ' rapidamente, __, a!_aô
de bordo, oecupava logar proomi-"o
sn,ãnneS% 'inda ^a> <&SSuk _. __\° Clta.ã.° tle«orava a sala de leitura o bibliotheca, com um conjuneto de estylo a Luiz XIV
O salão de fumar ficava na'-nrt-Pa, na iparte da coberta que dava para o poente. A coberta dos botes e ilo poente formava um passeio commodo, ondo estavam èm ],nh?
"S "são8 (,c„T,eiras ™»^"
laes suo as linhas geraes os ei-racterlsticos desse gr.ando torco de sile?rTe SeTqtundou em águas bra! siielras. (Bra extraordinária a ora enoia do "Príncipe doÁstu-1™ ó' ftSE?n?° Para iss° as*^na-
ai o facto do uma passagem de luxo custar .1 contos do T-6H ou JMO0 posotas, a0 cambio do 300 «J? "Prineipo do Asturias" .estava provido de um serviço do Mexce. Phia som fios com um o__M nÓÍ-mal de 500 .milhas e tinha™mo4$#S£ t,e fe* *sS?
tt\T^_,.m a°mnãa de3to pm
»M_$-, -Antônio Soares, sócio tia1 Casa Verde», mostrou-nos o tele-gramma quo recebera, hoje, muito nos, iBsse telegraimma dizia ape-nas, em hespiunhol:
"Asturias---ÍZ
lonta .Boi, vapor francez "Ve-a"'aTíh0ntem* 4 ««onéSfe
tn_.*?.
i*lsuns náufragos". OT nem ,.." i. lJOStcri<wes, recebidas pelo telephone, accr.escentam que o Príncipe dc Asturias", quo vi
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Salão de musica
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dessas grandes tragédias chocantes pelo inesperado o brutal, pelo im-previsto.
A's 4 horas e •mela da madru-gada, o paquete hespanhol "Prtn-cipó do Asturias" naufragou em frente d Ponta do Boi, entro São .Sebastião e Santos, quando -navega-va em demanda do porto dessa cl-dade paiulista.
Não digamos quo a dolorosa no-ticla esteja destinada a passar co-1110 uma nota fugidia. 'Seria destoar da suavíssima sentimentalldado aa alma brasileira. 3"""ido o carnaval acconder as alegrias mais ardentes, fazer esquecer, por instantes, que têm e3to mundo e esta vida as suas dores, os sous infortúnios c as suas lagrimas; mas, apesar da sua loucura, do seu formidável hosana, do seu grito tritimphanto íi alegria, aqiuelle naufrágio, a dous passos ua nossa felicidade, enterneceu o nos-so coraqão, fazendo comprehender mue a vida, se tem a sua feição ven-turosa, tem tambem o sou lado do-loroso.
Nesta hora ha 'outros lares 011-de o Carnaval não entra : entra o infortúnio, a amargura, a desola-cão e a dOr; outros pequenitos, tão deliciosos como os nossos, emquán-to vemos fantasiados de "pierrots", sorridentes, estes que por nos pas-sam, íi nossa porta, nadam c mor-rem pela solidão do oceano, sobre as águas trahidoras; emquanto aqui milhares e milhares do mais ata-viam as suas filhas para os folgue-dos, centenares de outras desespe-ram-se por não poderem entretecer n ultima coroa de flores que devia, como o derradeiro symbolo «lo um grande amor, acompanhar os que o mar sepultou.
Ora, tudo isso confrange a alma e pede quo abramos um pequenino parenthese nas nossas alegrias pa-ra consagpa-rarmos uma hopa-ra de »n-torneclda cmoc/io & horrível, á des-oladora tragédia quo se desenrolou a poucas milhas desta capital.
O «Príncipe de Asturias»
tempo a íuncclonar o telegrapho sem fio.
Polo rebocador da companhia seguiu para S. -Sebastião o tele-graphlsttt Virgílio de Camargo, da estação do Santos. ír-iz seguir para líl um praticante habilitado, que resido 0111 UbatU'bir. — Ferreira dos Santos."
Como era natural, a noticia cau-sou grande emoção e procuramos jogo colher novas informações so-ln*e o sinistro, que tão graves pro-porções assumiu.
AS PIUMIOIHAS XOTICIAS DO DESASTRE
Pouco antes das onze horas da m,inlia de hontom começou a cor-rer o boato dn que, pela altura do porto do Santos, tinha havido nm grande naufrágio.
ililsso boato roforla-so a um va-Por nacional. VB
.liais tarde, um cominunlcado do
O "rRlXOIPl- DE ASTURIAS" O vapor naufragado,
segundo af impressões de quem já esteve a seu bordo, rivallsava em beUeza eom o «•Prlhoípessa Mafalda"
e deslocava 10:500 toneladas e des-norto BÁfl. de, 1314 na° V-ha ao porto do Rio de Janeiro devido -i um incidente aqui oceorrido entre a companhia, o o.s estivadores do o'rnwTiiUl° p,Pl° experimenta-00 offieial de marinha Sr. Jos* 3j0-Una o 'Príncipe de Asturias" ti-Ia tres andares e era considera-to super-correio. Tinha
hollcòs duplas o foi construído nos estalei-ros inglézes de Kingston, Rensal 4-4. ¦.., de Glasgov,*, ondo foi lanoa-do ao mar a 29 de julho de 1932'
ÍOI o primeiro navio quo a so-ciedade Pinillos, 3squIerdo & <-<to Cadiz, .mandou construir na cti-sa Glasgow e perfazia o décimo primeiro navio da sua frota, na to-taiüdade de 100.000 toneladas
¦O "Príncipe de Asturias"' tinha a classificação do "Lloyds" _ ino A 1 5 holtor .Deck.
Era o maior vapor e o mais ve-loz entre os de todas ils compa-nhias hespanholas de navegação e as suas accommodaqões estavam de accordo com as leis americanas no quo dizia resl.ieito a transporte de immigrantos.
O peso do seu casco era do 3.G79 toneladas. Esso casco era de aço. dividido om novo compartimentos transversaes. A sua proa _ recta e a primeira cnmara o.stuinque cs-tava longe da prfla o cra plana
O seu comprimento era de 477 pi's o a tonelagem bruta cra de 10.000 toneladas.
¦O "Príncipe de Asturias" era oceionado por mnchinas de propul-suo dc quádrupla expansão, desen-volvendo uma forca de 8.000 ca-vallos. As nuas machlnns eram onuHibradas do accordo com o «ifilmada systema de Yarrow, Sch-lick & Twcety, eliminando ns vi-braçSes do valpor o equilibrando as Buas partos moveis, sem empregar os contrapesas. Esse systema, allá-s, obteve cunlversnl acccltação. A DISPOS-ICAO IXTÉRViA DO "PRÍNCIPE DE ASTURIAS" „.0 "l'j"l"olpo do Asturias" tinha um saião do musica multo claro ondo ho ostentavam dellcudiiti te-ias. predominando», « Itipcciirlan ____,?. ..ro' u,n «nounlflco piano, consti-uldo cspcciulipento unra uVo
A CO-tH>A\inA A QUE
PERTP---CIAgO "PRI.We OE Si
•Plnillos°ta,TtCt'al, aa ¦iinitios, C»MPoaWa Isqu-erdo & c. a onoi pertoncia o navio hontem' maufra 60-10, .pôde dizer-se quo teve , i c-rtgem na linha do va„ores "S-mllo' (nomodoseu iniciador) que começou os serviços em 1SS4 fa zondo viagons* as Antilhaa, com úui lT^ol0o'm l0nel—•• ^"."T so do sei-, ou sete anno" .adquiriu
X-T?» com "m :tot"'
"e
28.000 toneladas, para o «ervtco :nrit:mo entre a Península, Iffii lhas e Estados Unidos.
Esta sociedade transformou t_ . emi'1 em p|,n|Uof,, Ü^SSS?^ W í a razão social quo a empreza ainda, mantém hoje "1'cza
vapores: -p,1,'^$*
_? A%%>$» com 16.000 toneladas e ls" mm' <e -marcha horária; --Infanta t^" ,,,7,cnm a ,mcsni'"'- tonelagem o .. mi rna marcha: -'.Barceiema" "rv ate'.,. "Valbarenn-
e -Ortnllna" com 7,5o0 totvcadnn e de 4 a 12 M^*?""^ i-v . 'Ralmos" o ú0 "''-""Cna: "r*ni»nn ™«''Pio
"lartn
Sacnz" c "Miguel .AI W-nllloa» com 0.000 toneladca cafl», nm o 12 milhas do marcha?
O HOR3MVBL NAUi"jag^I?'í" IS. PAULO, f, ÚA. A .
__ c. ctilou ,hoje, aqui, a notlcli sem,í" eional de quo* havia
aLfragado" PMxta» a santos, o esplenda -a.' •„ ^"«Panhol «iPrinclpe de (_-tnrlas", pertencente á flnmn Pinil I^o^lsquierdo y Cia., com™d« "*,„
fl%^a^,0^e^ jg£
¦•«7 que reinava no mar o que h, viam perdido afogaâoa Innumà-ros passageiro., o quasi toda a tri" puiaçtio do navio.
der,êsaboaTòs<!C'?r
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Proourflmos fallar
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Ilecebett-no.., o Sr, Antônio Sna-re-'. die depois do lhe |írmM x. nm in totum" a dolorosa
noti-trÉò^téSi <,n AM"r^" nau->ia„nm offcctlvaincnte, -,„ .1 •____. «a madrugada, em trouto a rZTn , Ao Boi ««tro f*. f?oi„u.im0 e *_„¦ lo*. quando «Bula para o (Tílo o í
bateu violontamonto á "SS
toAho^ã ílor AWaKJ
são 'LriT. *m onor'mo *xten-*_£,__ Iní*ií?ivel 'Pavor apoderou-so dos passageiros o tripulantes do ua
vio, 'quando esto começou a mer ÇÜftar sob o peso -,ia água que SgS rn.mí0 abert0' invadií ospo-ioes. Todos quizeram salvar-se ao meamo tempo. No meio do pinico tamonso que se estabeleceu?
Õs mais allucunados foram se atirando aOnmai-, procurando fugir 8S° O commandanto do "Princine do Asturias", quando tevo a noção" termo -t6,-?"8110 <*a ^"^^ »™ 'víveVnn Í ,°0m um "''O (]c
re-!35fi ^ SSSS-. c^I-íV
nos dc idade a era, âo_iSfíe, _. navio da Companiila pTniílos ffi miiordo, o ,qlle. mais oojVfiaS ocia _t_ -pelos seus elevados méritos TnòtrT. C Pe'a S"a ">nergSia è san! av?iiarUnoí.3 vioU™^, não se pôde tó« s™ o °1'.' 'quíl] ° "úmero dei-ias. sendo corto, porém, que 1» sn-perior n, 500.
n íl,'iPri"ci"° d0 asturias" trazia a bordo cci-ca do 000 pessoas entro »^*4V>lt~ e tripulantes o dessas Sfl ha noticia do haverem chegado á ____,*%!£!! n°' saIv^ »'*» vai*br frvncoz Vega", a menos que as outras nuo tenham, cm luta còm as owl.u,, conseguido alcançar a costa ou qualquer penedo,*nas proximida-tos cio pc*to ondo se deu o ilesas-tre. As nctimas serão 550, no
ml-nlmo. Ha ifalta de mais .ponmeno-res da grande tragaãla da Ponta do *í?j_ "'S"611^ aa companhia aqui est9p em constante co-mmuntcaçao com os sous collegas do Sanios. . . O commandante do "Vega,"
en-r_lt0,.úa . ,horas da n^nha» com-municou a imprensa ique, ao passar nontem pela madrugada, pela Pon-ta do Boi, encontrou os náufragos, quo log» tratou de recolher. Por estes sou-lie tratar-se do naaifr-a-rlo 4o va-por "Príncipe de Asturias"
occonndo pouco antes naquello pon to, devido d forte cerração. o na ino ,i„ »*" '¦* '. nu'»" 1'ara os
por-tos do Montevidéo .0 Buonos Aires .,,„ ," "¦" * -._ "."~-»-. u na oom escalas por Santos. iDepois ife _ZhavJa se submergido por comhaver
passada asfro.nteirasdoS. Se-bastiuo o reinando «o mar espero
-nevoeiro,
o grande tran.satla.nUco
':'""&_
¦¦?:'''£?
¦pieto e o seu commandante, segun-do declara o medico de borsegun-do sui-¦c-dou-so
dando um tiro 11a tmoéca. na ofEicial-Hade tupena-s sobrevive-J-am o módico, o 'immediato, o te-losraphista . um ajudante, salvan-ao-so tambem o segundo, quinto c-sexto machtnistas. i3egundo calijulos 1 tnentaes íeitos por elle, - o vn.por I trazia 193 tripulantes e 395 passa-p-elros de diversas classes. Acham-se a bordo do "Vega", salvos, ape-nas 55 passageiros e SG tripulantes, perfazendo ao todo 141 pessoas; po-reeeram, portanto, 447 pessoas, sen-ilo 340 passageiros o 107 tripulan-tes.
'O commandanto do "Vega" ar-rolou os .náufragos, afim de rorne-cer as necessárias informações ás autoridades marítimas.
Xo local do naufrágio viam-se os vapores "Tempo", "Atílio Enton" e "Veiasquez".
O "Príncipe de Asturias" sosso-brou ús 4 ,0 15 da madrugada de ho/nitem, a tres milhas da Ponta do Boi, peridendo-se totalmente em me-nos do cinco minutos.
Os apparolhas telegraphicos de bordo não puderam ser utilisados, afim de eommunicar o desastre.
Para prestarem soecorros aos náufragos, sahiram hojo do porto do Santos .o cruzador "Timbyra", o rebocador "Emperor" e um relio-cador da Alfândega.
O vapor hespainhol "P. de Sa-t-.-ustegui" encontra-se 'no loca: do desastre afim de recolher os culta-veros quo encontrar.
O 'IPrincipo das Asturias" trazia para S. I*aulo 38 passageiros o 2115 toneladas do carga. Os demais
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sageiros achavam-se em transito 'para Buenos Aires.
'O paquete procedia de Barcelo-na, tendo tocado em Las Palmas, de onde vinha directo para o porto de Sa/ntos. Os tripulantes o passagei-ros náufragos acham-se hos]ieda-cios no Parquo Batlnearlo o mo Hotel Jiespanha, de accordo com as suas classes.
Faltam noticias de 340 passagei-ros e 307 >tripulamtes.
Faltam outros pormenores sobre o desastre.
O iSR. -|trNiIS-|-RO DA JÜST3"C^i KEOEIÍEÜ tni TELEGRAMJIA DO SEORETAKIO DA .TlISTI-OA E SIOGURA-vr.TlISTI-OA PUBLICA IDE S. PAULO
O Sr. Dr. Carlos Jlaximiliaino, m'iinistro da Justiça, recebeu hon-•tem, ás 9 honos da, mol te, um tele-gramtma do Sr. Dir. aíloy Chtwes, scci-eüaiüo da Justiça e -Segfu-raaKja BubJic^ de S. Paulo, .commwnican-do a maufragio .commwnican-do "Príncipe "tst.UTiirs". das í
um. frente á .ponta do Boi, -entro S. Sebastião o .Santos.
Acorescenta esse despacho tete-graplíico quo .pároco terem pereci-do 400 pessoas.
A REPERCUSSÃO
EM
BUENOS
.URES
BUENOS AIRES, 6 (A. A.) — "'3^1, .Nacion" affixou bol'etrm ain-¦numtíianílo .o inaufraglo do voiior ' Erinolpe das Asturias", que so deu na madrugada do .h-otnlem, na ai-tura da Ponta do Boi.
Faltam pormenores.
UM PAI AFPLIC-nSSIMO — ES-POSA.E DOUS PEQUENINOS FILHOS NO "PRIXCin-E 13ÍE ASTURIAS"
Tivemos ho.ntem, ft noite, a visita da primeira pessoa talvez ferida sonão pelo infortúnio ao menos pela desesperada emoção do horro-roso naufrágio. Foi o Sr. Miguel C. Gnriiia, empregado da casa Louis Hormanny & C, secção re-gistrndoras "Americanas". * Vinha afflictltisimo, d procura do noticias na nossa redacção, uma nota, um'elegramuna, um detalho que fosso do horrível desastre. O Sr. Miguel C. Corina esperava polo ."Príncipe
Isgár
a ,6SP0sa 9 »«I«enl.
ilnfelizmente nada nos foi dos-syel adiantar, no senüdo do dlnit «ot a ?rande emo&° de que ae achava «toimado aquelle cavalheiro
A sua psysiononria. que 'estava excess-vamento pallida,
denuneí™ ¦I^lIoTnl Uma ÍUÍlda angustia. •i«ailou.-nos nervoso,
fragmentan-__il_ píhrases' apoíl5a<to A^iSta*.
Sç™ r'UB so transmittia, cau-sando emoção.
snfwtrí'03, ClU° a SUa 'eSPosa* © OS seus fillTinhos o estavam preoo-oupando dasosperadamente
San7of?fi
nil° t6m aIffUm avlso d0
T^T,Na"° *síinI,or. não tenho nada. Imagine a minha afílicção, sonhor Jft telegraphoi afim do quo mo jam mandados noticias desses se-res quo são todo o 'enlevo o a es-perança da minha vida. 'Estou de-baixo de, um estado' d'a-3ma inten-s-sslmo. Preciso, que.ro ter a cer- •Hallda 1* classe
"n
;*m ' .3
nav!o nm1 Tam.ã.- S6m que outI'o navio alli o substitua.
Entretanto, para la havia segui-do o anso-phoroleiro "Tenento Lahmeyer". ¦''"*" O AVISO "ItMIMAYER" PARTIU PARA O LOOAL DO Sms-, A' noiteSms-, o Sr. ministro da .Ala-unha ainda recebeu o seguinte t->-legi-amma do capitão do norto da ísantos:
«SANTOS,
0 - O aviso "r.ali-meyer partiu ás 10 horas da ma-nha, para a (Ponta do Boi, afim do prestar soecorros aos náufragos do "'Príncipe do Asturias", seguiu-do a borseguiu-do um empregaseguiu-do da \1-faindoga o um representante cia companhia do navio naufragado.
NA CAPITAM! DO PORTO A «-apitania do Porto desta ca-pitai foi sciontificada da lamenta-vel oceorremeia. por osto telem-am-ma, em cópia que lhe foi
t-cmctti-I V_' ¦Íi.::"Í-- "Vt ¦¦.¦::¦¦: "V U
I
_____}
Os filhinhos do Sr. Miguel Gorina, da casa Hermanny
que pereceram no naufrágio, segundo informações par-'
ticulares hontem recebidas.
* **? '"
»"~4~tt~~-*'**-»--*-aaB«!^^
^sxm_»«_wn_t_a__Mt9_múm_r»i. _-_---_mmm_maaã ¦#.*_-*!_• uKaaA
* a SSb""Uto N°
to^JtíS*« - --* -.-»¦:' „ o
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• *s
teza de 'que a minha esposa o os ¦meus filhos não morreram.
Nada nos .era, por'm, possivel fa-zer, nem mesmo no sentido de consolal-o um pouco.
O "Priincipo do Asturias" leva-va para Santos uni grande carre-gam.en.to do mercadorias, no valor do 150 mil posotas, pertencente ao Sr. [Miguel Gorina.
O QUE A MARINHA SOUB3~ Por intermédio da Inslpeotoria tle Portos e Costas, o Sr. ministro (a ¦Marinha recebeu, pela manhã do Sr. capitão de mar o guerra 1; rameisco Barros Barreto, capitão do porto do Santos, um extenso telegramma. participando-Ihe o si-nistro, oceorrido com o paquete "Príncipe
do Asturias"
O telegramma recebido por S Ex. 15 o seguinte:"Entrou
hoje. ds S horas, o va-por francez "Vega", sob o com-mando do piloto Poly, trazendo 143 náufragos do paquete "Princi-po do Asturias". Diz o comman-(¦ante que navegando hontem as ''0 horas, mar grosso, cerração en-controu cinco milhas 'leste Ponta do iloi destroços que indicavam a perda de algum navio. (Parando no local recolheu meia 'hora depois dous náufragos e em seguida mais dous. A.'s 21 horas e 30 minutos avistou um escaler do navio nau-tragado, trazendo 17 (pessoas, Sor-vlndo-so desta embarcação e das de seu navio, o commandante con-seguiu salvar mais 121 pessoas, en-tre as quaes seis mulheres e fluas crianças. Da tripulação do navio estão salvos os 2" e 4o officíaes r um praticante, 20,- 5° e fi" machi-nistas, medico, enfermeiro, dons telegraphistas o algnivi marinhei-ros. O commandante do paquete empregou todos n-i esforços nnr.i salvar maior -numero dè vidas Acha, entretanto, conveniente ofé os navios percorram o local do si-nistro, Combinei com o comman-dante do aviso-pharolelro "Tenen-to 'Lahmeyer" a.sim partida im-1P»__^',ip.ara Proatár goecórros, O 2 offieial do '«Príncipe de Asl«-nas ' informou que fortes correu-tos arrastaram o navio nara a tor-rn
ç o commandante ordenou abrir mais rumo «para frtra, mesmo ns-e«'ii, ãs 4 horas, bateu em uma Pedra, tendo afundado dentro de cinco minutos.
O cnmmandanle attrlbue o
slnlr-agulha?»
" COn'e"tCS C ° dc°v'° à«
O ,-»r. almirante Alexandrino i»r, " capitão (lo porto, determinando-'l'e a» providencias ,,eces«irla^! ,,,-ra o iiaivamento dos naufrnwj.•a
noito, proeunihios H. Es om
™a
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ieBramn.<ò,!U0' rCCt,bldo r"í!""1Ie *" .l!"eS,¦,lll",I"!!ft,;;, toiMniliihii nos "••¦".nllra"
?,r <,'",1,"''''i'-t"i"P«'l.'I.-.« o ioe-i , _r",' f"' nwn«io*lo por.i
m*ntím o m.,,VAtú''"
da pelos agentes nesta capital da companhia a que pertencia
o/ 'Príncipe
do Asturias".
Eis o texto do referido telegram. ma:
"SANTO4S,
c _ "Príncipe
tl0
Asturias naufragou hontem, ttt 4 horas da manhã, ponta do Boi, Chegou agora vapor franco;- "Ve-ga , conduzindo parte da tripula-çao o dos 'passageiros. Pedimos os-sa, autoridade possíveis providon-cias procurar mais náufragos iique.llas immediações. Tranco-so."O Sr. capitão de mar o guerra Machado Dutra, capitão do porto' Immediatamente entendeu-se coni o Sr. inspector de Tortos e Costas que, por seu turno, procurou 0 Sr' ministro da Marinha, ficando ro-solvido telegrophar-se ao capitão do porto dc S. Paulo, para dar ns necessárias providencias.
O "Raymundo Nonato", ipor es-se motivo, não partiu desta capi-tal.
O LOCAL ONDE SE
JBHR OCCOmUDO
PRESUMEO StNIS-'Na capitania do Porto, onde ot-"vemos a, tarde, em busca do in-formações, falíamos com o Sr ca-Pitiio-tenene ' Pacheco do Araújoajudante dn Capitania, qné , 0s disso nao conhecer ns causas nuo poderiam te,- determinado ao com-mandante do "Príncipe de \"tu-rias approximar-se tanto d-7 0os tn, extranhanilò mesmo quo elie o fizesse por não conhecer o local-¦Segundo aquelle
distineto offi-ciai, o desastre oceorreu n-i l-»tii indo 23°, .58*, 30" SU e loL ttn • 45" 14" 30" \V g. W. t,uu"t O I'HAROL DA PONTA DO BOI A Ponta do iBoi, onde so dei. „ grando nauíra*rio, fica % tu, i» -, su da ilha do .s. SebastiuS-AllI «tiste o pharol que assignala mesma ponta, situada ainda nialí "o sn da poma dc Pirasslnung !
A ilha do ,S. «ebtistião fica on-tre o porto dc U-batuba o o no?, UneKc,?'e,;íC'';"':,lla,ilI,0"as^»^-t.nento pelo canal de s. Sebastião -V IMPRESSÃO EM BUENOS
M-RES — _ COMPA\hj\ mi PIiT3TA DE PESSOAS OUE í •" CA1\\_miOVI___ MJ'SI*'"- A BTENOS ÀÍR***-*, fi (« . . Causou'aqui funda impressão a _7.
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Líl .lítizon" deu. em sua nuínlnedição, níoriies .ini.,11,. V !'""!" .,„,-,. «letalh-idos, tendo outro,.« jornaes tirado "clich.-¦••'.-. peclaes, afflxahao atada boletin <-m sous ¦•pl.ieardH" noieniu íaáitafÜÍ? l'a /'"'"Ponlib, ne-t-i ,,1,-e ' r,""Un tmmr inCnrmnt.--.-, sobre a terrível eataiiroplie, ,„.„' ir •,•>..«, o tomiiiereio
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_mM «lilni*'!» do carira „.... _. , ... '" ««lo porto. ' 'l"Ki«n.r,a a