• Nenhum resultado encontrado

ZONEAMENTO AGROCLIMATOLÓGICO PARA A CULTURA DO CAFEEIRO NA BACIA DO RIO ITAPEMIRIM, ES, BRASIL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ZONEAMENTO AGROCLIMATOLÓGICO PARA A CULTURA DO CAFEEIRO NA BACIA DO RIO ITAPEMIRIM, ES, BRASIL"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

ZONEAMENTO AGROCLIMATOLÓGICO PARA A CULTURA DO CAFEEIRO NA BACIA DO RIO ITAPEMIRIM, ES, BRASIL

Alexandre Rosa dos Santos

Departamento de Engenharia Agrícola – UFV Campus Universitário, Viçosa-MG – 36571-000

e-mail: arsantos@alunos.ufv.br Gilberto Chohaku Sediyama

Departamento de Engenharia Agrícola – UFV Campus Universitário, Viçosa-MG – 36571-000

e-mail: sediyama@mail.ufv.br

Vicente Paulo Soares

Departamento de Engenharia Florestal – UFV Campus Universitário, Viçosa-MG 36571-000

e-mail: vicente@mail.ufv.br José Eduardo Macedo Pezzopane Departamento de Engenharia Rural Caixa postal 16, Alegre-ES – 29500-000

e-mail: jeduardo@mail.ufv.br Aristides Ribeiro

Departamento de Engenharia Agrícola – UFV Campus Universitário, Viçosa-MG – 36571-000

e-mail: ribeiro@mail.ufv.br José Maria Nogueira da Costa

Departamento de Engenharia Agrícola – UFV Campus Universitário, Viçosa-MG – 36571-000

e-mail: jmncosta@mail.ufv.br

ABSTRACT

A climatological zoning was established to determine the suitable, restricted and unsuitable areas for Conilon (Coffea canephora L.) end Arabic (Coffea arabica L.) coffee tree plantation at Itapemirim River Basin area, in the Southern part of the State of Espírito Santo, Brazil. The results showed that 7.3 a 53.6 % of the total area are considered totally suitable for plantation Conilon a Arabic coffee; respectively, and 54.0 a 21.4 % of the area are unsuitable for Conilon a Arabic coffee tree plantation.

INTRODUÇÃO

O zoneamento agrícola de uma região deve ser constantemente atualizado visando obter maiores informações sobre as condições climáticas das culturas selecionadas e, sobretudo, proporcionar maior retorno dos investimentos a médio e longo prazos para os produtores. Para tanto, há a necessidade de desenvolver técnicas mais eficientes para a identificação de áreas mais propícias ao desenvolvimento das culturas.

O zoneamento agroclimatológico do cafeeiro é de extrema importância, tanto na implantação quanto no planejamento de atividades agrícolas, uma vez que a delimitação das regiões climaticamente homogêneas significa, não só, estabelecer os indicadores do potencial do meio físico e biológico para a região em estudo, mas também, registrar as áreas de padrões homogêneos de atividades e dos recursos naturais nela existentes.

De acordo com o INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ (1977), as faixas de temperatura média anual propícia ao desenvolvimento do café Arábica e Conilon estão compreendidas entre 19 e 21 °C e 22 e 26 °C, respectivamente.

(2)

produtividades num ano, com consequente esgotamento da planta, que assim não tem boa vegetação para voltar a produzir bem no ano seguinte (RENA et al. 1986).

O zoneamento agrícola é uma técnica utilizada para determinar regiões propícias ao desenvolvimento de determinadas culturas, sendo que quando as condições de ambiente, de solo e econômicas, são satisfatórias, podem proporcionar maior produtividade e rentabilidade (OMETTO, 1981).

De acordo com ASPIAZÚ e BRITES (1989), os sistemas de informações geográficas são técnicas empregadas na integração e análise de dados provenientes de fontes, as mais diversas, como imagens fornecidas por satélites terrestres, mapas, cartas climatológicas, censos e outros.

O presente trabalho teve como principais objetivos elaborar o zoneamento agroclimatológico para a cultura do café Conilon e Arábica e analizar a relação existente entre a produtividade e os elementos climáticos e edáficos da Bacia do Rio Itapemirim, ES.

MATERIAL E MÉTODOS

A Bacia do Rio Itapemirim está situada no Sul do Estado do Espírito Santo, entre as latitudes de 20°30’ à 21°00’ e longitude de 41°00’ e 41°30’, apresentando um relevo bem acidentado, correspondendo a uma área total de 587.232 ha.

O sistema de informações geográficas utilizado para a realização do trabalho foi o IDRISI for Windows, versão 2.0 (EASTMAN, 1995). Esse programa foi desenvolvido, em 1987, na Clark University (EUA), com base na forma matricial de representação de dados.

O trabalho foi baseado na sobreposição de mapas que caracterizam a temperatura média anual do ar, a deficiência hídrica anual e as classes de solos favoráveis ao desenvolvimento do café Conilon e Arábica na Bacia do Rio Itapemirim.

A entrada de dados para a elaboração dos mapas foi executada manualmente através de uma mesa digitalizadora, baseada nos atributos dos mapas de origem, de escala 1:400.000. A digitalização foi feita por meio do processo ponto a ponto, utilizando-se do software TOSCA 212.

O esquema de todas as operações envolvidas no processo de manipulação e execução das diversas etapas que culminaram no mapa final do zoneamento agroclimatológico para o café Conilon e Arábica são mostrados nas Figuras 1 e 2.

O mapa de temperatura média anual foi baseado na carta agroclimática do Estado do Espírito Santo, elaborada pela EMCAPA (1988). De acordo com as altitudes de 0 a 200 m, 200 a 600 m, 600 a 1000 m e maior que 1000 m foram estabelecidas as faixas de temperatura média anual, utilizando-se do modelo proposto por FEITOSA et al. (1979). Para as quatro faixas de altitude, as faixas térmicas encontradas foram:

Faixa térmica 1: 22,5 ≤ Ta < 24,0 °C

Faixa térmica 2: 20,0 ≤ Ta < 22,5 °C

Faixa térmica 3: 18,0 ≤ Ta < 20,0 °C

Faixa térmica 4: 17,0 ≤ Ta < 18,0 °C

Uma vez estabelecido o mapa de faixas de temperatura média anual, foi gerado o mapa de zonas de temperatura média anual, por intermédio da reclassificação, considerando as faixas de aptidão para o café Conilon e Arábica, que foram:

Café Conilon: – Apta: 22,5 ≤ Ta ≤ 24,0 °C – Restrita: 20,0 ≤ Ta ≤ 22,5 °C – Inapta: 20,0 < Ta > 24,0 °C Café Arábica: – Apta: 18,0 ≤ Ta ≤ 22,5 °C – Restrita: 22,5 ≤ Ta ≤ 24,0 °C – Inapta: Ta < 18,0 e Ta > 24,0 °C

(3)

RECLASS

Dados de deficiência hídrica Dados de

altitude TEMP TEMPZ1

DEF125 RECLASS DEFZONE

CROSSTAB ZONAA Dados de classes de solos SOLOZONE CROSSTAB ZONACC Apta: Latossolo Vermelho Amarelo (LV)

Terra Roxa Estruturada (TR) Brunizem (BV)

Podzólico Vermelho Amarelo (PV) Restrita: Cambisolo (C) Inapta: Solos Aluviais (A)

Solos Arenoquartzosos (AM) Solos Litólicos (R)

Mapa de Zoneamento Agroclimatológico para o café conilon (Coffea canephora L.). 22,5≤ Ta< 24,0° C 20,0≤ Ta< 22,5° C 18,0≤ Ta< 20,0° C 17,0≤ Ta< 18,0° C apta: 22,5≤ Ta< 24,0° C restrita: 20,0≤ Ta< 22,5° C inapta: Ta< 20,0 e Ta> 24,0°C Da≥ 300 mm 200≤ Da< 300 mm 100≤ Da< 200 mm Da< 100 mm apta: Da< 200 mm restrita: 200≤ Da< 300 mm inapta: Da> 300 mm

Figura 1- Fluxograma das etapas necessárias para obtenção do mapa de zoneamento agroclimatológico para o café Conilon (Coffea canephora L.) na Bacia do Rio Itapemirim, ES. Obs: Ta: temperatura média anual e Da: deficiência hídrica anual.

RECLASS

Dados de deficiência hídrica Dados de

altitude TEMP TEMPZ1

DEF125 RECLASS DEFZONE

CROSSTAB ZONAB Dados de classes de solos SOLOZONE CROSSTAB ZONACA Apta: Latossolo Vermelho Amarelo (LV)

Terra Roxa Estruturada (TR) Brunizem (BV)

Podzólico Vermelho Amarelo (PV) Restrita: Cambisolo (C) Inapta: Solos Aluviais (A)

Solos Arenoquartzosos (AM) Solos Litólicos (R)

Mapa de Zoneamento Agroclimatológico para o café

arábica (Coffea arábica L.). 22,5≤Ta< 24,0° C 20,0≤Ta< 22,5° C 18,0≤Ta< 20,0° C 17,0≤Ta< 18,0° C apta: 18,0≤Ta< 22,5° C restrita: 22,5≤Ta< 24,0° C inapta: Ta< 18,0 e Ta> 24,0°C Da≥ 300 mm 200≤Da< 300 mm 100≤Da< 200 mm Da< 100 mm apta: Da< 200 mm restrita: 200≤Da< 300 mm inapta: Da> 300 mm

Figura 2- Fluxograma das etapas necessárias para obtenção do mapa de zoneamento agroclimatológico para o café

Arábica (Coffea Arabica L.) na Bacia do Rio Itapemirim, ES. Obs: Ta: temperatura média anual e Da: deficiência hídrica anual.

Por meio dos dados de temperatura média do ar e precipitação pluvial a nível mensal, calculou-se o balanço hídrico sequencial mensal, segundo o método proposto por THORNTHWAITE & MATHER (1955), assumindo-se uma capacidade máxima de armazenamento de água no solo de 125 mm. Para o cálculo do balanço hídrico, foram utilizados dados de 12 postos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), localizados na bacia hidrográfica, considerando uma série de 30 anos (1958 a 1987). De acordo com os resultados do balanço hídrico, foi gerado o mapa de classes de deficiência hídrica anual, estipulando as áreas de deficiência, sendo que estas foram interpoladas manualmente, pelo fato de se tratar de um fenômeno natural e do software IDRISI apresentar limitações para relevo acidentado, como é o caso da Bacia do Rio Itapemirim. As classes de deficiência hídrica obtidas foram:

– Da ≥ 300 mm

(4)

Uma vez estabelecido o mapa de classes de deficiência hídrica anual, foi gerado o mapa de zonas de deficiência hídrica anual, por intermédio da reclassificação, considerando as faixas de aptidão para o café Conilon e Arábica que foram:

– Apta: Da < 200 mm

– Restrita: 200 ≤ Da ≤ 300 mm

– Inapta: Da > 300 mm

O mapa de zonas de classes de solo foi adaptado da carta de levantamento de reconhecimento de solos do Estado do Espírito Santo, elaborada pela EMCAPA (1971). Das 14 classes de solo existentes na bacia, foram avaliadas somente oito classes de solo predominantes. As faixas de aptidões para o café Conilon e Arábica foram as seguintes:

Aptas:

– Latossolo vermelho amarelo – Terra roxa estruturada – Brunizem

– Podizólico vermelho amarelo Restritas: – Cambissolo Inaptas: – Solos aluviais – Solos arenoquartzosos – Solos litólicos

Finalmente, os mapas de zoneamento agroclimatológico para o café Conilon e Arábica, foram obtidos através do cruzamento dos mapas de zonas, já reclassificados, de temperatura média anual, deficiência hídrica anual e classes de solos.

Os mapas de produtividade, produção e área plantada para o café Conilon e Arábica foram baseados nos dados referentes à produtividade, produção e área plantada dos municípios que fazem parte da Bacia do Rio Itapemirim, oriundos da EMATER-ES (1994). Os mapas foram gerados utilizando o mapa planialtimétrico do Estado do Espírito Santo, elaborado pela SEAG-ES (1991), onde primeiramente foi digitalizado os contornos dos 16 municípios que fazem parte da bacia e, posteriormente, os atributos de cada municípios foram representados pela sua respectiva produtividade, produção e área plantada, gerando os mapas finais. Após a geração dos mapas, realizou-se uma análise da influência dos elementos climáticos e edáficos sobre a produtividade do café Conilon e Arábica para todos os municípios da bacia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Figura 3 mostra o mapa de faixas de temperatura média anual na Bacia do Rio Itapemirim. Pelo fato do relevo da bacia ser bastante acidentado, observa-se que ocorre uma grande variação da temperatura, apresentando temperaturas maiores próximo do litoral (sentido Leste) e menores nas áreas mais elevadas (sentido Oeste).

Os mapas de zonas de temperatura média anual para o café Conilon e Arábica estão apresentados nas Figuras 4 e 5. Observa-se que o café Conilon, pelo fato de necessitar de maior temperatura para seu desenvolvimento, apresenta menor área propícia ao seu desenvolvimento, quando comparado com a área total da bacia. É possível observar que a maior parte da bacia é favorável ao desenvolvimento do café Arábica, visto que as altitudes elevadas contribuem para temperaturas mais baixas.

O mapa de classes de deficiência hídrica anual está apresentado na Figura 6, sendo bastante variáveis, visto que ocorre uma grande discrepância para os valores de deficiência hídrica obtida para as doze localidades. Observa-se, também, que a maior parte da bacia apresenta deficiência hídrica menor que 200 mm, sendo uma consequência direta de temperaturas menores e de disponibilidade de água no solo maiores.

(5)

(22,5≤ Ta< 24,0°C) (20,0≤ Ta< 22,5°C) (18,0≤ Ta< 20,0°C) (17,0≤ Ta< 18,0°C) 20°30’ 41°30’ 21°00’ 41°00’ 30 km

Ta: temperatura média anual.

ap (22,5≤Ta≤ 24,0°C ) re (20,0≤Ta≤ 22,5°C ) in (Ta< 20,0 e Ta> 24,0°C ) 21°00’ 20°30’ 41°30’ 41°00’ 30 km

ap: apta; re: restrita; in: inapta e Ta: temperatura média anual.

Figura 3 – Faixas de temperatura média anual na Bacia

do Rio Itapemirim, ES.

Figura 4 – Zonas de temperatura média anual para o

café Conilon na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

A Figura 7 mostra as zonas de deficiência hídrica anual tanto para o café Conilon como para o Arábica. Observa-se que as áreas de menor altitude apresentam maior deficiência hídrica devido principalmente aos menores índices pluviométricos e também aos maiores índices de evapotranspiração real, ou seja, maior disponibilidade de energia. ap (18,0 ≤ Ta ≤ 22,5 °C ) re (22,5 ≤ Ta ≤ 24,0 °C in (Ta < 18,0 e Ta >24,0 °C) 41°30’ 41°00’ 21°00’ 20°30’ 30 km

ap: apta; re: restrita; in: inapta e Ta: temperatura média anual.

Da≥ 300 mm 200≤Da< 300 mm 100≤Da< 200 mm Da< 100 mm 21°00’ 20°30’ 41°30’ 41°00’ 30 km

Da: deficiência hídrica anual. (CAD = 125 mm).

( ) ) ) ) ( ( (

Figura 5 – Zonas de temperatura média anual para o

café Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

Figura 6 – Faixas de deficiência hídrica anual na Bacia

do Rio Itapemirim, ES.

O mapa de zonas de classes de solos para o café Conilon e Arábica é mostrado na Figura 8. Observa-se que a maior parte da bacia é composta por solos aptos e restritos ao plantio de café Conilon e Arábica e que a maior parte dos solos próximo ao litoral são inaptos, apresentando também pequenas áreas inaptas na região central da bacia.

As Figuras 9 e 10 mostram o mapa de zoneamento agroclimatológico para o café Conilon e Arábica na Bacia do Rio Itapemirim. Observa-se que pelo fato do café Conilon necessitar de maiores temperaturas, as áreas propícias ao seu cultivo são menores quando comparadas com outras áreas impróprias. É possível observar também que à medida que se caminha no sentido que vai de Leste para Oeste, as áreas propícias ao desenvolvimento do café Conilon, apresentam-se inicialmente restritas, passando a apta e diminuindo, sendo que no sentido Noroeste, praticamente se torna inviável o plantio do café Conilon. Pelo fato do café Arábica necessitar de menores temperaturas, as áreas propícias ao seu cultivo são bem superiores às áreas consideradas impróprias. Pelo fato da deficiência hídrica ser bastante elevada nas proximidades do litoral e os solos não serem aptos ao desenvolvimento do café Arábica, praticamente se torna inviável o seu plantio nestas áreas.

(6)

ap (Da ≤ 200 mm) re (200 ≤ Da ≤ 300 mm) in (Da ≥300 mm) 21°00’ 20°30’ 41°30’ 41°00’ 30 km

ap: apta; re: restrita; in: inapta e Da: deficiência hídrica anual.

ap (LV, TR, BV, PV) re (C) in (A, AM, R) 21°00’ 20°30’ 41°30’ 41°00’ 30 km

ap: apta, re: restrita, in: inapta, LV: Latossolo Vermelho Amarelo, TR: Terra Roxa Estruturada, BV: Brunizem, PV: Podizólico Vermelho Amarelo, C: Cambissolo, A: Solos Aluviais, AM: Solos Arenoquartzosos e R: Solos Litólicos.

Figura 7 – Zonas de deficiência hídrica anual para o

café Conilon e Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

Figura 8 – Zonas de solos para o café Conilon e Arábica

na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

ap (Ta, Da, S) (1) re (Ta), ap (Da, S) (2) in (Ta), ap (Da, S) (3) ap (Ta, S), re (Da) (4) re (Ta, Da), ap (S) (5) ap (Ta, S), in (Da) (6) in (Ta), ap (Da), re (S) (7) ap (Ta, Da), in (S) (8) re (Ta), ap (Da), in (S) (9) in (Ta, S), ap (Da) (10) ap (Ta), re (Da), in (S) (11) re (Ta, Da), in (S) (12) ap (Ta), in (Da, S) (13) Itapemirim Presidente Kennedy Atílio Vivacqua Muqui Cachoeiro de Itapemirim Jerônimo Monteiro Alegre Ibitirama Irupi Iúna Ibatiba Muniz Freire Conceição do Castelo Venda Nova do Imigrante

Castelo Vargem Alta 21° 00’ 20° 30’ 41° 30’ 41° 00’ 30 km

ap: apta, re: restrita, in: inapta, Ta: temperatura média anual, Da: deficiência hídrica anual e S: solo.

ap (Ta, Da, S) (1) re (Ta), ap (Da, S) (2) in (Ta), ap (Da, S) (3) ap (Ta, S), re (Da) (4) re (Ta, Da), ap (S) (5) re (Ta), in (Da), ap (S) (6) ap (Ta, Da), re (S) (7) in (Ta), ap (Da), re (S) (8) ap (Ta, Da), in (S) (9) re (Ta), ap (Da), in (S) (10) in (Ta, S), ap (Da) (11) ap (Ta), re (Da), in (S) (12) re (Ta, Da), in (S) (13) re (Ta), in (Da, S) (14) Itapemirim Presidente Kennedy Atílio Vivacqua Cachoeiro de Itapemrim Jerônimo Monteiro Muqui Alegre Ibitirama Irupi Iúna Ibatiba Muniz Freire Conceição do Castelo

Venda Nova do Imigrante

Castelo Vargem Alta 21° 00’ 20° 30’ 41° 30’ 41° 00’ 30 km

ap: apta, re: restrita, in: inapta, Ta: temperatura média anual, Da: deficiência hídrica anual e S: solo.

Figura 9 – Zoneamento agroclimatológico para o café

Conilon na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

Figura 10 – Zoneamento agroclimatológico para o café

Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

As Figuras 11 e 12 mostram a porcentagem das áreas totalmente aptas, aptas com alguma restrição e inaptas para o café Conilon e Arábica na Bacia do Rio Itapemirim. Os resultados mostram que o café Conilon pode ser cultivado em 38,78 % da área, podendo apresentar alguma restrição por temperatura, deficiência hídrica e classe de solo, sendo que 7,32 % da área total é considerada totalmente apta e 53,9 % é considerada inapta para o cultivo do café Conilon. O café Arábica pode ser cultivado em 25,02 % da área, podendo apresentar alguma restrição por temperatura, deficiência hídrica e classe de solo, sendo que 53,56 % da área total é considerada totalmente apta e 21,42 % é considerada inapta para o cultivo do café Arábica.

Os mapas de área plantada, produção e produtividade para o ano de 1994 para os municípios que produzem o café Conilon e Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, estão representados nas Figuras 13 e 14. Observa-se que os municípios produtores de café Conilon que apresentam maiores produtividades estão localizados na região central da bacia, exatamente nas áreas totalmente aptas ou aptas com alguma restrição e os que apresentam menores produtividades estão localizados nas áreas mais próximas do litoral, consideradas inaptas por deficiência hídrica ou classe de solo. Já os municípios produtores de café Arábica que apresentam maiores produtividades estão localizados na direção Oeste e Noroeste da bacia, exatamente nas áreas totalmente aptas ou aptas com alguma restrição e os que apresentam menores produtividades estão localizados nas áreas de menor elevação, inaptas por temperatura e nas áreas próximas do litoral, consideradas inaptas por deficiência hídrica ou classe de solo.

(7)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Totalmente apta Apta com alguma restrição Inapta

Áreas Porcentegem (%) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Totalmente apta Apta com alguma restrição Inapta

Áreas

Porcentagem (%)

Figura 11 – Porcentagem de áreas totalmente aptas,

aptas com alguma restrição e inaptas para o café Conilon na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

Figura 12 – Porcentagem de áreas totalmente aptas,

aptas com alguma restrição e inaptas para o café Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, ES. Itapemirim (1) Presidente Kennedy (2) Atílio Vivacqua (3) Cachoeiro de Itaqpemirim Muqui (5) Jerônimo Monteiro (6) Alegre (7) Ibitirama (8) Iúna (9) Irupi (10) Ibatiba (11) Muniz Freire (12) Conceição do Castelo (13) Castelo (14) Venda Nova do Imigrante (15) Vargem Alta (16) 41° 30’ 4 1 ° 0 0 ’ 20° 30’ 41° 30’ 30 km Itapemirim (1) Presidente Kennedy (2) Atílio Vivacqua (3) Cachoeiro de Itapemirim (4) Muqui (5) Jerônimo Monteiro (6) Alegre (7) Ibitirama (8) Iúna (9) Irupi (10) Ibatiba (11) Muniz Freire (12) Conceição do Castelo (13 Castelo (14)

Venda Nova do Imigrante (15) Vargem Alta (16) 41° 30’ 41° 00’ 20° 30’ 21° 00’ 30 km 5.700 6.270 1.100 2.409 2.888 1.199 2.020 2.424 1.200 1.530 2.295 1.500 1.200 1.440 1.200 806 1.088 1.349 4.000 4.800 1.200 155 93 600 450 338 751 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Itapemirim (1) Presidente Kennedy (2) Atílio Vivacqua (3) Cachoeiro de Itaqpemiri Muqui (5) Jerônimo Monteiro (6) Alegre (7) Ibitirama (8) Iúna (9) Irupi (10) Ibatiba (11) Muniz Freire (12) Conceição do Castelo (13) Castelo (14) Venda Nova do Imigrante (15) Vargem Alta (16) 41° 30’ 4 1 ° 0 0 ’ 20° 30’ 41° 30’ 30 km Itapemirim (1) Presidente Kennedy (2) Atílio Vivacqua (3) Cachoeiro de Itapemirim (4) Muqui (5) Jerônimo Monteiro (6) Alegre (7) Ibitirama (8) Iúna (9) Irupi (10) Ibatiba (11) Muniz Freire (12) Conceição do Castelo (13 Castelo (14)

Venda Nova do Imigrante (15) Vargem Alta (16) 41° 30’ 41° 00’ 20° 30’ 21° 00’ 30 km 500 550 1.100 98 118 1.204 1.080 1.728 1.600 170 204 1.200 5.800 6.960 1.200 6.300 7.560 1.200 9.500 13.680 1.440 8.500 11.475 1.350 5.600 8.960 1.600 8.924 10.708 1.200 3.226 4.355 1.349 4.700 5.640 1.200 3.220 7.084 2.200 15.000 18.000 1.200 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Figura 13 – Área plantada (ha), produção (t) e

produtividade (kg/ha) para o café Conilon na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

Figura 14 – Área plantada (ha), produção (t) e

produtividade (kg/ha) para o café Arábica na Bacia do Rio Itapemirim, ES.

CONCLUSÕES

A análise dos dados e a interpretação dos resultados obtidos nas condições específicas do presente trabalho permitiram concluir que:

a) Pelo fato do café Conilon necessitar de temperaturas mais elevadas, as áreas propícias ao seu cultivo decrescem à medida que se caminha no sentido que vai de Leste para Oeste e, na direção norOeste, praticamente se torna inviável o plantio do café Conilon, visto que, com o aumento da altitude, as temperaturas tendem a diminuir. b) Em razão do café Arábica necessitar de temperaturas menores, as áreas propícias ao seu cultivo são bem

superiores às áreas consideradas impróprias. Pelo fato da deficiência hídrica ser bastante elevada nas proximidades do litoral e os solos não serem aptos ao desenvolvimento do café Arábica, praticamente se torna inviável o seu cultivo nestas áreas.

c) O café Conilon pode ser cultivado em 38,78 % da área, podendo apresentar alguma restrição por temperatura, deficiência hídrica e classe de solo, sendo que 7,32 % da área total é considerada totalmente apta e 53,9 % é considerada inapta para o cultivo do café Conilon.

d) O café Arábica pode ser cultivado em 25,02 % da área, podendo apresentar alguma restrição por temperatura, deficiência hídrica e classe de solo, sendo que 53,56 % da área total é considerada totalmente apta e 21,42 % é considerada inapta para o cultivo do café Arábica.

e) Os municípios produtores de café Conilon que apresentam maior produtividade estão localizados na região central da bacia, exatamente nas áreas totalmente aptas ou aptas com alguma restrição e os que apresentam menores produtividades estão localizados nas áreas mais próximas do litoral, consideradas inaptas por deficiência hídrica ou classe de solo.

(8)

f) Os municípios localizados na direção Oeste e norOeste da bacia, pelo fato de apresentarem altitudes maiores e temperaturas mais baixas, não são propícios para o desenvolvimento do café Conilon.

g) Os municípios produtores de café Arábica que apresentam maiores produtividades estão localizados na direção Oeste e norOeste da bacia, exatamente nas áreas totalmente aptas ou aptas com alguma restrição e os que apresentam menores produtividades estão localizados nas áreas de menor elevação, inaptas por temperatura e nas áreas próximas do litoral, consideradas inaptas por deficiência hídrica ou classe de solo.

h) Os municípios localizados nas áreas de menor altitude, próximo do litoral, pelo fato de apresentarem temperaturas elevadas e deficiências hídricas, também elevadas, não são propícios para o desenvolvimento do café Arábica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASPIAZÚ, C., BRITES, R. S. SIGs. Sistemas de informações geográficas; Conceituação e importância. Viçosa: UFV/SIF, 1989. 29 p. (Boletim técnico, 2).

EASTMAN, J. R. IDRISI for Windows: User’s guide. Massachusetts: Clark University, 1995. 367 p.

EMATER-ES. Produção, produtividade e área plantada de café Conilon e Arábica para os municípios do

Estado do Espírito Santo. Vitória: SEAG/EMATER-ES, 1994.

EMATER-ES. Produção, produtividade e área plantada de café Conilon e Arábica para os municípios do

Estado do Espírito Santo. Vitória: SEAG/EMATER-ES, 1994.

EMCAPA. Carta agroclimática do Espírito Santo. Vitória: Secretaria da Agricultura, 1988.

EMCAPA. Carta de levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Espírito Santo.Vitória: Secretaria de Agricultura, 1971.

FEITOSA, L. R., SCARDUA, J. A. et al. Estimativas das temperaturas médias mensais e anual do Estado do

Espírito Santo. Santa Maria: Centro de Cien. Rur., v.9, n.3, 1979. p. 279 – 291.

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ . Cultura do café no Brasil: Manual de recomendações. Rio de Janeiro. 2a

ed., 1977. 312 p. (Ministério da Indústria e comércio).

OMETTO, J. C. Bioclimatologia vegetal. São Paulo: Ceres, 1981. 440 p.

RENA, A. B., Malavolta, E., ROCHA, M. et al. Cultura do cafeeiro: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. 447 p. il.

SEAG-ES. Mapa planialtimétrico do Estado do Espírito Santo. In: COPLAN, CVRD, ITC, coord. Vitória: Divisão Cartográfica do Projeto RADAMBRASIL, 1991.

THORNTHWAITE, C. W., MATTER, J. R.; The water balance. Centerton, New Jersey: Laboratory of

Referências

Documentos relacionados

Mesmo com suas ativas participações na luta política, as mulheres militantes carregavam consigo o signo do preconceito existente para com elas por parte não somente dos militares,

As mulheres travam uma história de luta por reconhecimento no decorrer do tempo sistematicamente o gênero masculino dominava o feminino, onde prevalecia a hierarquização do sexo

Os coletores foram deixados na água por quinze dias e depois retirados, acondicionados em potes plásticos e as amostras fixadas com etanol a 80% e levados para o

Dessa forma, essa pesquisa teve como principal objetivo mapear a cobertura e uso da terra nos anos de 1993 e 2010 na Area de Preservação Ambiental (APA) Litoral Norte da

produção 3D. Mas, além de, no geral, não possuírem um forte caráter científico nos conteúdos, a maioria está voltada ao ensino de criação de personagens. Mesmo em livros

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Dessa forma, o vestuário associado às formas do corpo e ao jeito de ser de Guiomar, não só exprime, mas compõe sua identidade. No momento em que a personagem escolhe o que

Desse modo é muito importante que cada amostra de solo seja enviada ao laboratório com um histórico completo de área amostrada, relatando se recebeu ou não calcário e adubo, com