2016
Disseminando Conhecimento em Políticas Públicas
VERBO
IGEPP
PROF CLAITON NATAL
VERBOS Professor Clai Natal
3
VERBOS
ConceituandoVerbo é a palavra variável que exprime um processo, isto é, aquilo que se passa no tempo. Ele expressa, ainda, uma ação, um estado, uma mudança de estado ou fenômeno meteorológico.
Observação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.” (João 1:1-4).
Na passagem bíblica acima, o vocábulo Verbo é usado como sinônimo de palavra. Notam-se, então, a importância e a amplitude desta classe gramatical. Flexões do Verbo
O verbo possui vários tipos de flexões: modo, tempo, pessoa número e voz.
As flexões de modo, tempo e voz são específicas do verbo, servindo de elemento distintivo em relação às outras classes de palavras.
Modo
Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, de dúvida, de ordem, etc.). Os modos do verbos são os seguintes:
*modo indicativo – apresenta o fato como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.
O Claiton fez um lindo gol. (o fato está no plano da certeza, da realidade)
*modo subjuntivo – apresenta o fato como incerto,
duvidoso, ou seja, um fato que se situa no campo das possibilidades.
A torcida quer que o Claiton faça o gol. (não há certeza da concretização dessa ação)
*modo imperativo – exprime uma ordem, um pedido ou um conselho.
Faça o gol Claiton. (expressa uma ordem)
Tempo
No conceito de verbo, afirmamos que ele indica um processo devidamente localizado no tempo. Há três tempos verbais básicos: presente, pretérito e futuro.
OS TEMPOS DO MODO INDICATIVO PRESENTE
1º emprego:
Eu leio sempre as obras de Machado de Assis. O verbo ler está empregado no presente do indicativo. Contudo, é fato que essa pessoa não está lendo no momento em que está falando.
O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se repete, um hábito, um costume.
2º emprego
Todo homem é mortal.
Todos são iguais perante a lei.
O emprego do presente do indicativo nas duas construções acima expressa algo sempre ou geralmente válido, ou as chamadas verdades universais.
3º emprego
Naquele momento, Caim mata a Abel.
O Verbo matar está no presente, mas isso aconteceu no passado. É fato que Abel não está sendo morto no momento em que o emissor fala.
Esse é o “presente histórico”, utilizado para tornar mais próximo e mais emocionante o que está sendo narrado.
4º emprego
O presente do indicativo é empregado também para designar algo que acontecerá em um futuro próximo. Ele chega daqui a duas horas
Vou amanhã a Goiânia.
PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa do singular: ia / va / nha)
Expressa uma ação passada – ou seja - algo
freqüente, continuado, inacabado.
“Renan Calheiros se defendia a todo momento”. Observe que no exemplo acima não é possível definir o início e o término da ação de ‘defender’, não há como saber quando termina o processo. Você pode usar como recurso de memorização a inserção do advérbio antigamente antes do pretérito imperfeito.
VERBOS Professor Clai Natal
4
Exemplos:
Antigamente, eu ia muito a Brasília. Antigamente, eu malhava muito. Antigamente, eu tinha muito dinheiro.
Empregos importantes do pretérito imperfeito:
1 – O pretérito imperfeito é usado ainda para exprimir
um processo que estava em desenvolvimento quando da interrupção por outro evento.
Ele falava sobre futebol quando o professor interrompeu.
2 – Também se emprega o imperfeito no lugar do
presente do indicativo para manifestar cortesia.
Professor, você pode me explicar o assunto? (presente) Professor, você podia me explicar o assunto? (imperfeito)
PRETÉRITO PERFEITO (Terminação da 1ª pessoa do singular: i)
Exprime um fato passado e totalmente acabado. “O Roriz explicou a situação”.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (Terminação de 1ª pessoa do singular: ra)
Expressa um fato concluído, anterior a outro fato do passado.
Quando o professor chegou, o João já tinha feito os exercícios.
Nota-se que o João fez os exercícios antes da chegada do professor. A ação de fazer os exercícios é anterior à de chegar.
Como você já sabe, a forma verbal chegou está no pretérito perfeito, Indica ação passada, completamente realizada e de duração definida. Se tinha feito indica ação anterior a chegou, que está no pretérito perfeito, é mais velha que a que está no perfeito. Se esse fato é mais velho que o que está no perfeito, só pode ser mais-que-perfeito.
Observação: Tinha feito é a forma composta do pretérito mais-que-perfeito e equivale à forma simples fizera.
Agora, observe a abordagem abaixo: (FCC – 2012)
A) Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. (O emprego da forma verbal grifada denota ação passada, anterior a outra, também passada).
FUTURO DO PRESENTE (terminação da 1ª pessoa do singular: rei)
Indica um fato futuro em relação ao momento em que se fala ou escreve.
Amanhã entrará em campo. Amanhã chegarei na hora exata.
O concurso se realizará no próximo ano.
1 – O futuro do presente pode assumir, dependendo do contexto, valor de imperativo:
“Amarás a Deus sobre todas as coisas...” “Não tomarás seu santo nome em vão..”
2 – O futuro do presente pode ser empregado em
construções que dão a idéia de dúvida ou incerteza: Quem será?
Onde estarão os meus familiares nessas
turbulências?
FUTURO DO PRETÉRITO (terminação da 1ª pessoa do singular:ria)
Exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado.
Ele disse que não renunciaria ao mandato.
1 – O futuro do pretérito pode exprimir dúvida ou
incerteza em relação a um fato passado: Quem seria aquele homem que morreu? Haveria poucos alunos na sala.
Observe a seguinte construção: Se ela for embora, o que você faria?
A frase tem um defeito básico: os tempos verbais não foram corretamente selecionados.
For se correlaciona com fará (futuro do
presente):
Se ela for embora, o que você fará?
Para empregar faria (futuro do pretérito), é
necessário usar fosse:
Se ela fosse embora, o que você faria? Texto
VERBOS Professor Clai Natal
5
Ao contrário do que se pensa, a carreira de Clarice Lispector não foi uma sucessão de facilidades. Já o seu livro de estreia, Perto do coração selvagem, esbarrou na incompreensão de alguns críticos e foi recusado por mais de uma editora.
A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros. O lustre levou anos até aparecer. Clarice se encontrava no exterior e os amigos aqui no Rio tentavam encontrar um editor de boa vontade. Fernando Sabino, que costumava ser invencível nessa matéria, ainda não tinha a experiência que só depois viria a ter, e fazia as vezes de agente literário da amiga, nem sempre bem-sucedido. O nome de Clarice, prejudicado pela sua ausência, tinha aqui pequena repercussão.
10 - (FCC Analista Judiciário TJRJ – 2012)
A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros.
O tempo verbal empregado pelo autor na frase acima indica
(A) ação posterior a outra, ambas localizadas no passado.
(B) dúvida sobre a possibilidade de um fato vir a ocorrer. (C) forma polida de indicar um desejo no presente. (D) fato que depende de certa condição para ocorrer. (E) ação anterior a outra ocorrida no passado.
OS TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE (terminação da 1ª pessoa do singular: A / E)
É empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros.
É justo que eles fiquem.
Desejo que todos compareçam. Construções espúrias: Você quer que eu compro? Você quer que eu sirvo? Construções escorreitas: Você quer que eu compre? Você quer que eu sirva?
PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa do singular: SSE)
Indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal. Emprega-se com as conjunções quando, que, se.
Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente)
Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado)
Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro)
1 – O futuro do subjuntivo é muito utilizado para formar frases que contêm idéia de condição concessão, tempo, finalidade.
Se ela gostasse de mim, eu seria o homem mais feliz do mundo. (condição)
Embora comesse de tudo, a moça não engordava. (concessão)
Viria quando quisesse. (tempo)
Foram chamá-lo a fim de que se estabelecesse a ordem no recinto. (finalidade)
2 – O pretérito imperfeito do subjuntivo pode
correlacionar-se com o pretérito perfeito do indicativo e com o pretérito imperfeito do indicativo.
Sugeri a você que não vendesse o carro. Esperava que você fosse atencioso com ele. FUTURO (terminação da 1ª pessoa do singular: R) Indica fatos prováveis, possíveis, mas ainda não realizados. Emprega-se com as conjunções se e quando.
Quando o Roriz vier, tudo será solucionado.]
Agora, observe os verbos que são mais cobrados em provas de concursos públicos.
VIR e seus derivados (convir, intervir, provir,
advir, sobrevir, desavir-se)
VER e seus derivados (antever, entrever,
prever, rever)
PÔR e seus derivados (antepor, compor,
contrapor, contrapropor, decompor, depor, interpor, transpor, repor, impor, propor, sobrepor, supor)
TER e seus derivados (manter, ater, reter,
deter, entreter, ater-se, suster, obter, conter, abster-se)
Grupo UIR (atribuir, possuir, contribuir, intuir,
afluir)
Grupo IAR (mediar, remediar, ansiar,
incendiar, intermediar, odiar)
Grupo EAR (passear, cear, frear)
CONSTRUIR
VERBOS Professor Clai Natal
6
ESTAR PROVER APRAZER COMPRAZER FAZER APRAZER COMPRAZER COMPETIR FALIR REQUERER IMISCUIR-SEFORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS
Na língua portuguesa, existem tempos simples que podem ser expressos por meio de uma construção composta (tempo composto), formado pelos verbos “ter” e “haver” mais particípio.
Modo indicativo
1) Pretérito perfeito composto
Formado pelo presente do indicativo mais o particípio do verbo principal, o pretérito perfeito composto é empregado para expressar um fato que se iniciou no passado, mas dura ou vem repetindo-se até o presente. Exemplos:
Tenho estudo muito desde que comprei os livros. Tenho trabalhado muito ultimamente.
Observação: o pretérito perfeito composto indica um fato que se repete ou se prolonga.
2) Pretérito mais-que-perfeito composto
Formado pelo pretérito imperfeito do indicativo mais o particípio do verbo principal, o pretérito mais-que-perfeito composto é equivalente, em seu emprego, à forma simples, ou seja, expressa um fato concluído, anterior a outro fato do passado.
Exemplo:
Quando o professor chegou à sala, eu já tinha feito os exercícios.
3) Futuro do presente composto
Formado pelo futuro do presente mais o particípio do verbo principal, o futuro do presente composto indica um fato futuro anterior a outro fato futuro.
Exemplo:
Quando o ladrão chegar, eu já terei saído. 4) Futuro do pretérito composto
Formado pelo futuro do pretérito mais o particípio do verbo principal, o futuro do pretérito composto indica um fato posterior a uma época passada.
Exemplo:
Se ele considerasse o meu projeto tão bom, já me teria indicado para o prêmio.
Modo subjuntivo
1) Pretérito perfeito composto
Formado pelo presente do subjuntivo mais o particípio do verbo principal, o pretérito perfeito composto denota desejo ou hipótese em relação a um evento situado no futuro.
Exemplo:
Caso você tenha comprado um computador compatível com o sistema, poderá atualizá-lo para o Lion gratuitamente.
2) Pretérito mais-que-perfeito composto
Formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo mais o particípio do verbo principal, o pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo expressa um fato hipotético no passado em relação a outro fato hipotético também situado no passado.
Exemplo;
Se eu não tivesse estudado com muita disciplina, não teria passado em primeiro lugar.
3) Futuro do Subjuntivo composto
Formado pelo futuro do subjuntivo (simples) mais o particípio do verbo principal, o futuro do subjuntivo composto se relaciona a outro fato também no futuro, indica um evento de realização provável, algo hipotético.
Exemplo:
Quando eu tiver passado no concurso, realizarei alguns sonhos
VERBOS Professor Clai Natal
7
QUESTÕES D PROVASTEXTO
A história da responsabilidade civil entrelaça-se com a história da sanção. O homem primitivo atribuía (e algumas tribos indígenas ainda o fazem) a fenômenos da natureza caráter punitivo, cominado por espíritos ou deuses. Nas relações entre os homens, à ofensa correspondia a vingança privada, brutal e ilimitada, como se esta desfizesse a ofensa praticada.
No período pré-romano da história ocidental, a sanção tinha fundamento religioso e pretensão de satisfação da divindade ofendida pela conduta do ofensor. Nesse período, surgiu a chamada Lei do Talião,
do latim Lex Talionis — Lex significando lei e Talionis,
tal qual ou igual. É de onde se extraiu a máxima “Olho por olho, dente por dente”, encontrada, inclusive, na Bíblia.
Embora hoje possa parecer pouco razoável a ideia de sanção baseada na retaliação ou na prática pelo ofendido de ato da mesma espécie da que o ofensor praticou contra ele, a Lex Talionis, em verdade, representou grande avanço, pois, da vingança privada, passou-se a algo que se pode chamar de justiça privada. Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado. Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de outra natureza o ato do ofendido contra o originário ofensor. Carlos B. I. Silva e Cynthia.
1 - (CESPE/STJ/Técnico/2015)
A substituição das formas verbais “deixou” (linha 24), “correspondia” (linha 25) e “passou” (linha 27) por deixa, corresponde e passa, respectivamente, manteria a correção e a coerência do texto.
TEXTO
Eu resolvera passar o dia com os trabalhadores da estiva e via-os vir chegando a balançar o corpo, com a comida debaixo do braço, muito modestos. Em pouco, a beira do cais ficou coalhada. Durante a última greve, um delegado0 de polícia dissera-me:
— São criaturas ferozes! (...)
Logo que o saveiro atracou, eles treparam pelas escadas, rápidos; oito homens desapareceram na face aberta do porão, despiram-se, enquanto os outros rodeavam o guincho e as correntes de ferro Começavam a ir e vir do porão para o saveiro, do saveiro para o porão, carregadas de sacas de café.
Era regular, matemático, a oscilação de um lento e formidável relógio.
2 - (CESPE TJDFT – 2013)
O emprego da forma verbal “resolvera” (linha 1), no pretérito mais-que-perfeito, indica que o narrador tomou a decisão de “passar o dia com os trabalhadores da estiva” (linhas1-2) antes da ocorrência do evento narrativo principal do texto. TRECHO
Tínhamos, além disso, algumas doenças comuns a todo o grupo, ou quase todo: a bibliomania mais crônica que se possa imaginar, uma paixão neurótico-deliquencial por textos antigos, que nos levava frequentemente a visitas subservientes a párocos, conventos, igrejas e colégios. Procurávamos criar relacionamentos que facilitassem o acesso a qualquer velharia escrita. Que poderia estar esperando por nós, por que não?, desde séculos, ou décadas. Conhecíamos armários, sótãos, porões e cofres de sacristias, bibliotecas, batistérios ou cenáculos, bem melhor do que seus proprietários ou curadores. 3 – (CESPE/CADE/2014)
O emprego de formas verbais no pretérito imperfeito, como, por exemplo, “Procurávamos” (linha 6) e “Conhecíamos” (linha 10), está associado à ideia de habitualidade, continuidade ou duração
TRECHO
O Ciência sem Fronteiras também pretende atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil. Esse incentivo torna-se imperativo no início do século XXI, devido à extrema velocidade com que ciência e tecnologia se desenvolvem. Há décadas, países como China e Índia têm enviado estudantes para países centrais, com resultados muito positivos. 4 – (CESPE/TCDF/Analista/2014)
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a locução “têm enviado” (linha 6) fosse substituída por enviaram.
Recentemente, a Defensoria Pública em Foz do Iguaçu, por exemplo, obteve três decisões liminares garantindo o direito à saúde a três pessoas por ela assistidas. Em todos os casos, a Defensoria Pública fez intervenção judicial para suprir a negativa ou a má prestação do serviço público de saúde na localidade. 5. (CESPE/DPU/Analista/2016)
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido original, o trecho “a Defensoria Pública fez intervenção judicial” (R. 11 e 12) poderia ser reescrito da seguinte forma: a Defensoria Pública interviu judicialmente.
VERBOS Professor Clai Natal
8
6 – (CESPE MPU 2010)Finalmente, considero que, embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra equação entre universalismo e particularismo na sociedade brasileira.
1 – É obrigatório o uso do verbo trazer no modo
subjuntivo – “traga” – porque essa forma verbal integra uma oração iniciada pelo vocábulo “embora”.
7 – (FCC/Analista) Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:
(A) Ainda que retêssemos apenas
lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.
(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? (D) Costuma ser repelido o adulto experiente
que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.
(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.
8 – (FCC/2007/Câmara - Técnico)
É bem verdade que essa visão pessimista em relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões de pecado ou de esquecimento da necessidade de salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média...
Considerando o contexto, o uso da forma destacada no período acima exemplifica o emprego desse tempo e modo verbais para
(A) marcar um fato futuro, mas próximo, como em “Amanhã mesmo trago de volta seu livro”.
(B) enunciar um fato atual, isto é, que ocorre no momento em que se fala, como em “Agora o piso está limpo”.
(C) indicar ação considerada duradoura,
convicção obtida pela observação da realidade, como “A Terra gira em torno do próprio eixo”.
(D) expressar uma ação habitual ou uma faculdade do sujeito, ainda que não estejam
sendo exercidas no momento em que se fala, como em “Tomo pouco café”. (E) Dar vivacidade a fatos ocorridos no
passado, como em “É em 1856 que Machado de Assis entra para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo”. Texto
Ao contrário do que se pensa, a carreira de Clarice Lispector não foi uma sucessão de facilidades. Já o seu livro de estreia, Perto do coração selvagem, esbarrou na incompreensão de alguns críticos e foi recusado por mais de uma editora.
A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros. O lustre levou anos até aparecer. Clarice se encontrava no exterior e os amigos aqui no Rio tentavam encontrar um editor de boa vontade. Fernando Sabino, que costumava ser invencível nessa matéria, ainda não tinha a experiência que só depois viria a ter, e fazia as vezes de agente literário da amiga, nem sempre bem-sucedido. O nome de Clarice, prejudicado pela sua ausência, tinha aqui pequena repercussão.
9 - (FCC Analista Judiciário TJRJ – 2012)
A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros. O tempo verbal empregado pelo autor na frase acima indica
(A) ação posterior a outra, ambas localizadas no passado.
(B) dúvida sobre a possibilidade de um fato vir a ocorrer.
(C) forma polida de indicar um desejo no presente. (D) fato que depende de certa condição para ocorrer. (E) ação anterior a outra ocorrida no passado.
TEXTO
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
- Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que “esse homem que briga lá fora” é nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão,
VERBOS Professor Clai Natal
9
e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é “esse homem que briga lá fora”. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana,
1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro) 10 - (FCC SEFAZ SP – 2009)
... crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total conformidade com o padrão culto escrito em:
(A) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece. (B) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei. (C) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece. (D) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei. (E) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei. 11 – (FCC/2014)
Antes de Edison, diziam os utópicos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... a tecnologia acabaria com a música ... (B) ... a tecnologia não aprisionou a música ... (C) ... nossos ouvidos registram música em quase todos
os momentos ...
(D) ... gente que avalia o que a gravação ... (E) ... como se dava no passado.
TRECHOS
O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu ao longo do tempo e incorporou os aspectos de desenvolvimento humano.
Sustentabilidade social e cultural: deve garantir que o desenvolvimento sustentável aumente o controle (...), seja compatível com a cultura e os valores das pessoas, e mantenha e reforce a identidade das comunidades. Responsabilidade social é a forma ética e responsável pela qual a Empresa desenvolve todas as suas ações. Assim, as definições de Educação Ambiental são abrangentes e refretem a história...
12 – (FCC/SABES/2014)
É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das
ações e projetos de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em:
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas ...
(B) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes...
(C) ...também se associa o Desenvolvimento sustentável...
(D) ... e incorporou[...] também aspectos de desenvolvimento humano.
(E) ... e reforce a identidade das comunidades.
13 – (FCC/METRÔ/2014)
Na frase: Caso os leitores...(vir) a ler o jornal com maior rigor, certamente ... (poder) perceber os estereótipos que ... (predominam) nas reportagens de hoje, as lacunas serão corretamente preenchidas, na ordem dada, por:
(A) vierem - poderiam - predominariam (B) virem - poderão - predominam (C) viessem - poderão - predominassem (D) vierem - podem - predominem (E) viessem - poderiam – predominam TRECHO
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.
14 – (FCC/TRF/Analista Judiciário/2014) Tinham seus prediletos ... (Trecho acima)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) Dumas consentiu.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. (C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos...
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana. (E) ... que cedesse o nome de seu herói...
(E) ... que cedesse o nome de seu herói... 15 – (FCC/TRT/2013)
… que uma mutação genética reduza drasticamente a seletividade natural dos nossos sentidos.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
VERBOS Professor Clai Natal
10
(A) ... sugeria William Blake...
(B) Aquilo de que o nosso aparelho perceptivo nos faz cientes…
(C) O grande problema é saber se estaríamos aptos... (D) ... ainda que o grau de sensibilidade dos indivíduos varie de acordo com idade…
(E) ... não comprometeram nossa sobrevivência.. 16 – (FCC/TRT/2013)
Se o mundo desaba, o caos impera. Mantém-se correta correlação entre os tempos verbais da frase acima substituindo-se os verbos grifados, respectivamente, por:
(A) desabasse − imperaria (B) desabe − imperava (C) desaba − imperara (D) desabar − imperaria (E) desabava − imperara 17 – (FGV/DPE/Técnico/2015)
“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos”. Assinale a opção que indica a forma verbal sublinhada que não é uma forma de infinitivo. (A) “agregar” (B) “unir” (C) “comunicar” (D) “ouvir” (E) “repensar” 18 – (FCC/TRT/Analista Judiciário/2014)
Transpondo-se para a voz passiva a frase vou glosar uma observação de Machado de Assis, a forma verbal resultante deverá ser
(A) terei glosado (B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada (D) será glosada
(E) terá sido glosada
19 – (FCC/CNMP/ 2015)
Como há de fato quem confunda a gritante aberração com a alta criação, o falsário dá-se por recompensado enquanto recebe os parabéns de quem o “curtiu”.
Caso a frase acima iniciasse com a expressão Se houvesse de fato, as formas verbais sublinhadas deveriam ser substituídas, na ordem dada, por: (A) confundisse − dar-se-ia − recebesse − curtisse (B) confundiria − dera-se − recebera − curtia (C) confundisse − deu-se − receberia − curte (D) confundira − dar-se-á − recebera − curta (E) confundira − dera-se − receba − curtisse
A prefeitura municipal, através da Secretaria de Assistência Social, promove a Campanha Imposto de Renda Solidário, projeto cujo objetivo é, através de doação do imposto de renda devido, ajudar a financiar projetos de defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes de Chapadão do Sul. A ideia é que todos que queiram participar direcionem parte do valor devido ao Fundo Municipal dos Direitos da Infância e Adolescência (FMDCA) e assim participem da Campanha. A doação, estabelecida pela Lei n. 8.069/90, é simples, não traz ônus a quem colabora e os valores doados são abatidos do imposto de renda devido. O valor destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, respeitados os limites legais, é integralmente deduzido do IR devido na declaração anual ou acrescido ao IR a restituir. Quem quiser contribuir deve procurar um escritório de contabilidade e solicitar que seu imposto de renda seja destinado ao FMDCA de Chapadão do Sul. A doação pode ser dirigida a um projeto de escolha do doador, desde que esteja inscrito no CMDCA Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, que analisará e aprovará o repasse do recurso e posteriormente fiscalizará sua execução. (Adaptado de: . Acesso em: 19 mar. 2014.)
20 - (ESAF/AFRF/2014)
No desenvolvimento da argumentação do texto, o modo e tempo verbais são usados para indicar uma possibilidade, uma hipótese em
a) “ajudar a financiar” (l. 3). b) “queiram participar” (l. 4 e 5). c) “são abatidos” (l. 8). d) “deve procurar” (l. 11). e) “analisará e aprovará” (l. 14). 21 - (FGV/2015)
“Quebrado de cansaço pelo excesso de trabalho, o policial tinha adormecido na portaria da revista”. O tempo simples correspondente à forma verbal sublinhada é:
VERBOS Professor Clai Natal
11
(B) adormecendo; (C) adormecia; (D) adormeceria; (E) adormecera. 22 - (FGV/2015)Na frase “Abrace-me, meu filho, antes de eu ir embora!”, se colocada na forma negativa, a opção correta seria: (A) Não me abraces;
(B) Não me abraça; (C) Não me abraças; (D) Não me abrace; (E) Não me abraceis. 23 - (FGV/2014)
“Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas casas”. Sobre a forma verbal “haviam ido”, pode-se afirmar que:
(A) mostra um momento posterior às ações anteriores; (B) equivale a “tinham ido” ou “foram”;
(C) indica um momento simultâneo à última ação; (D) representa uma ação que continua no presente; (E) significa uma ação ocorrida em tempo muito distante.
24 - (FGV/2015)
“...Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjugado de forma correta no pretérito perfeito do indicativo. Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está conjugada de forma errada.
(A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. (B) Elas preveem coisas impossíveis.
(C) Espero que elas prevejam boas coisas.
(D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.
(E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.
25 - (FGV/2015)
Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:
(A) Verifique os dados da conta a pagar. Clica neste botão!
(B) Demonstra que você é esperto. Pague suas contas em dia.
(C) Controla teu dinheiro e viaje tranquilo.
(D) Não despreze as feias. Confira suas qualidades. (E) Em caso de fogo, procure os extintores. Pede o apoio da brigada.
1
TEMPOS E MODOS VERBAIS
MODO
– Maneira de o falante se expressar diante de um fato.
Indicativo = fato certo, real.
Subjuntivo = fato incerto, hipotético.
Imperativo = ordem, conselho, pedido.
TEMPO
– Categoria verbal que indica o momento em que acontece o processo ou estado verbal.
São tempos básicos: presente, pretérito, futuro.
TEMPOS VERBAIS SIMPLES:
TEMPOS PRIMITIVOS
TEMPOS DERIVADOS
PRESENTE DO INDICATIVO
- Presente do subjuntivo.
- Imperativo negativo.
- Imperativo afirmativo.
PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
- Pretérito mais-que-perfeito do
indicativo.
- Futuro do subjuntivo.
- Pretérito imperfeito do subjuntivo.
INFINITIVO IMPESSOAL
- Infinitivo pessoal.
- Futuro do presente.
- Futuro do pretérito.
2
CONJUGAÇÃO DE VERBOS
Uma forma eficaz de se aprender a flexionar os verbos em tempo e modo é o uso de
esquemas de derivação. Deve-se levar em conta que existem formas verbais primitivas e formas
verbais derivadas. Pode-se chegar às formas derivadas por meio da analogia com as formas
primitivas e pelo estudo das desinências. Veja-se:
1º ESQUEMA DE DERIVAÇÃO
a) Verbo: comprar (verbo regular)
PRESENTE DO
INDICATIVO
PRESENTE DO
SUBJUNTIVO
IMPERATIVO
NEGATIVO
IMPERATIVO
AFIRMATIVO
eu compro
que eu compre
______________
_____________
tu compras
que tu compres
não compres (tu)
compra (tu)
ele compra
que ele compre
não compre (você)
compre (você)
nós compramos
que nós compremos
não compremos (nós)
compremos (nós)
vós comprais
que vós compreis
não compreis (vós)
comprai (vós)
eles compram
que eles comprem
não comprem (vocês)
comprem (vocês)
DNP = desinência número-pessoal – indica as pessoas do discurso (1ª, 2ª, 3ª) e o número (singular
/ plural) de um tempo verbal.
A – E E – A