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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

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Academic year: 2021

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SUPRIMENTOS

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

Alda Maria Grüdtner de Almeida

Administradora – Universidade Federal de Santa Catarina Residente de Gestão Hospitalar – HU/UFJF

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Introdução

A Gestão da Cadeia de Suprimentos é a integração dos processos de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais (primários) que providenciam produtos, serviços e informações, que adicionam valor para os clientes e stakeholders.

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“A Gestão da cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”.

(Balou, 2006) “Logística é a parte dos processos da cadeia de suprimentos (Supply Chain) que planeja, implementa e controla o efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações correlatas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender

as necessidades dos clientes”.

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Características da Logística no setor de Saúde e Ambiente Hospitalar

• É um contexto no qual as variabilidades de demanda e tempo de atendimento são frequentes, por isso a Logística exerce uma função importante para a instituição e seus clientes, pois a falta de um item de estoque pode ocasionar problemas na qualidade do serviço prestado ao paciente, assim como a aquisição de urgência, acarretará custos não previstos para o hospital.

• A logística hospitalar deve assegurar que todos os recursos necessários para o tratamento dos pacientes estejam disponíveis no lugar certo e na hora certa. • É preciso haver um eficiente esquema de planejamento das atividades de compras, armazenagem, gerenciamento de materiais em estoque, bem como na distribuição desses materiais destinados ao uso no hospital ou instituição de saúde.

• Por consequência, um bom sistema de gerenciamento dessas atividades deve procurar minimizar os elevados custos com a manutenção desses estoques”.

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O controle de produção de um hospital possui as seguintes características: • apresenta uma demanda que é, geralmente, maior que oferta;

• apresenta restrições sobre a oferta definida pelas organizações e;

• apresenta altas expectativas dos pacientes sobre a qualidade do serviço prestado.

Os objetivos para o controle de produção em hospitais são, portanto, maximizar a

utilização de recursos, usando padrões aceitáveis de qualidade do serviço. Para

maximizar a utilização de recursos, o hospital direciona seu controle de produção sobre os recursos mais caros, isto é, sobre os recursos escassos compartilhados. Para controlar o nível de qualidade do serviço, o hospital direciona seu controle de produção no sentido de eliminar ou reduzir listas de espera para melhorar a eficiência do uso dos recursos.

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• Melhorias no sistema hospitalar podem ser obtidas através da eliminação de admissões desnecessárias (internações), da monitoração da alta de pacientes, da combinação de ambos os processos e da modificação na alocação de recursos.

• Uma das tendências mais fortes no setor de saúde é se dedicar somente aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos, isto é, que correm risco de morte, evitando as internações desnecessárias.

• Homecare: A Assistência Domiciliar é um termo genérico para um conjunto de procedimentos hospitalares que podem ser realizados no domicílio do paciente. O sistema Homecare aplica-se a todas as etapas do cuidado médico, na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças, bem como nos procedimentos de reabilitação.

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Planejamento de Produção no Hospital

A política de Homecare tem o intuito de: • Reduzir o risco de infecção hospitalar; • Evitar a perda do vínculo familiar;

• Propiciar melhoria na qualidade de vida do paciente; • Reduzir o número de readmissões hospitalares;

• Favorecer a dinamização do leito hospitalar; e • Reduzir os custos hospitalares.

(Mischel Carmen Neyra Belderrain e João Murta Alves ITA, 2009) Hospital-dia (HD) é o regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é indicado quando a permanência do paciente na unidade é requerida por um período máximo de 12 horas.

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• Hospital Porta aberta

São hospitais que mantêm prontos-socorros e ambulatórios onde a população é atendida imediatamente de acordo com a capacidade. Possuem serviços de Urgência e Emergência. Existe dificuldade de prever a demanda.

• Hospital Porta fechada

São hospitais que mantêm prontos-socorros e ambulatórios onde só são atendidos pacientes quando encaminhados por outros serviços previamente autorizados.

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(Slack, Chambers e Johnston, 2001) • São bens físicos conservados de forma improdutiva por um intervalo de tempo,

tanto de produtos acabados, como de matérias-primas ou produtos intermediários.

Tipos de Estoque

a) Estoques de Proteção: visa compensar as incertezas de fornecimento e demanda;

b) Estoque de Antecipação: utilizado comumente quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis ou também quando as variações de fornecimento são significantes.

c) Estoques de Distribuição: em casos que não se podem transportar constantemente os materiais entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda, forma-se um estoque em trânsito ou estoque de canal de distribuição.

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Por que existe Estoque?

O estoque existe porque há uma diferença de ritmo ou de taxa entre o fornecimento e a demanda na produção, ou seja, se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente no momento em que fosse demandado, o item nunca necessitaria ser estocado. A gestão do Estoque deve considerar dois aspectos: Dimensionamento e o Controle de estoques. Dimensionamento dos estoques:

Relacionado à quantidade de estoque que deve ser mantida e à maneira como isso deve ser feito, considerando os custos envolvidos na manutenção deste estoque e questões referentes à previsão de consumo.

Custos de Estoque:

• A estocagem de um item envolve diferentes custos, como de colocação de pedido, de aquisição da mercadoria e de manter os estoques.

(Gonçalves & Schwember, 1979; Ching, 2007) • Em um hospital, a relevância do custo da falta, principalmente no que se refere a medicamentos. Porém, muitos destes itens possuem alto custo de aquisição e estocá-los significa deixar quantias elevadas de capital imobilizadas.

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Os custos podem ser classificados como: • Custo de Pedido

Custos incorridos nos atos de compra ou abastecimento, incluindo de preparação da produção, emissão e execução de ordens de compra e transporte. Não inclui valores de itens comprados. Ex. Custo da licitação.

Custo de Armazenagem

Referentes à manutenção dos itens em estoque ao longo do tempo e ao capital imobilizado em estoque. Ex. Custo de se manter galpão, almoxarifado.

• Custo de Falta

Referem-se aos custos gerados pela falta de itens no instante que são demandados, incluindo custos cessantes ou adiados, custos de produção urgente, entre outros. Ex. Adiar cirurgia. Fechar leito.

• Custo dos Itens Comprados

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Previsão de Consumo

Em hospitais, alguns fatores dificultam a previsão da utilização dos produtos como, por exemplo, a imprevisibilidade do mix de pacientes e da duração de sua estada no hospital;

(Van Merode, Groothuis & Hasman, 2004),

• Dificuldade de diagnóstico e de previsão dos produtos requeridos;

(Burn, 2001) • Falta de dados acurados sobre o consumo dos remédios;

• Falta de padronização da nomenclatura dos produtos; • Preferências dos médicos por certos medicamentos.

(McKone-Sweet, Hamilton & Willis, 2005)

Essa incerteza em relação ao consumo dos produtos dificulta o processo de compras, a racionalização dos recursos e o planejamento do nível de serviço.

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A demanda nos hospitais obedece a certos padrões sazonais. A observação e o estudo desses padrões podem auxiliar no planejamento dos hospitais, já que alguns tipos de materiais são demandados em maior quantidade em determinadas épocas do ano.

O custo total de compra pode aumentar durante a época de pico de demanda por causa de eventuais dificuldades do fabricante em produzir toda a quantidade demandada, ou pela necessidade de lead times mais curtos.

Além disso, a sazonalidade pode agravar o problema das perdas por perecibilidade.

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Controle de Estoque

• O controle de estoques está relacionado às decisões de como e quando rever as quantidades estocadas.

Momento de Colocação do Pedido

O modelo do Ponto de Pedido (PP) é especialmente útil para casos em que há pouca incerteza em relação à demanda e o tempo de resposta não varie.

Desta forma, pode-se saber com exatidão o momento em que se deve pedir o reabastecimento.

O PP é o momento de pedir convertido em unidades em estoque, através da taxa de consumo média durante o tempo de resposta médio. Assim, ele pode ser utilizado de forma mais confiável em hospitais que possuam boa estrutura de controle de estoques, com sistemas computadorizados, que não exijam que a revisão seja feita manualmente.

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Um item é dito perecível se possui vida útil fixa (data de validade), de maneira que não poderá ser usado depois deste tempo. Uma política de controle de estoque para esse tipo de produto deve assegurar que nenhum item pereça. Algumas formas de gerenciar estoques de produtos perecíveis são:

•Utilizar sempre a unidade que está há mais tempo em estoque, metodologia conhecida como FIFO (First in first out);

•FIRST EXPIRE, FIRST OUT: Primeiro que vence é o primeiro que sai.

Alguns autores (Danas, Roudsari e Ketikidis, 2002), sugerem que seja criada uma “farmácia virtual” entre os hospitais que não concorram entre si. Além de diminuir a quantidade de itens estocados em cada hospital, poderia haver também intercâmbio de medicamentos com prazo de validade próximo à data crítica. Para isso, os funcionários do hospital devem checar se há excesso de estoque prestes a expirar de um determinado produto em outros hospitais da rede antes de pedir esse produto a um fornecedor.

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ANDRADE, Rafael Quintao. Gestão de estoques: uma revisão teórica dos conceitos e características. < http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf>. 2011. Acessado em: 18 de Junho de 2016.

RIOS, Fernanda Polonia Rios; FIGUEIREDO, Kleber Fossati; ARAÚJO, Claudia Affonso Silva.

Práticas de Gestão de Estoques em Hospitais: Um Estudo de Casos em Unidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GOL1309.pdf 2012. Acessado em: 18 de

junho de 2016.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5ªed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

MEDEIROS, Saulo Emmanuel Rocha et al. Logística hospitalar: um estudo sobre as atividades do setor de almoxarifado em hospital púbico. Revista de Administração da UFSM, v. 2, n. 1, p. 59-79, 2009.

ITA, Mischel Carmen Neyra Belderrain, and João Murta Alves ITA. "Um modelo estruturado de planejamento e controle de produção em um sistema hospitalar.“

MARTINS, P. G.; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009.

Referências

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