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Controle químico de Bemisia tabaci raça “B” (Hemiptera: Aleyrodidae)

na cultura do pepino

Humberto O. Guimarães1; Lorrana S. Morais 1; Marina M. Carvalho1; Alexandre J. Silva2; Cecilia Czepak1

1Universidade Federal de Goiás - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - Campus Samambaia -

Rodovia Goiânia/Nova Veneza , KM 0 - C.P. 131 - 74001-970 - Goiânia - GO, humberto_og@hotmail.com, lorranamorais@hotmail.com, marinacarvalho3@hotmail.com, ceciczepak@yahoo.com.br; 4Syngenta

Proteção de Cultivos Ltda Av. Nações Unidas, 18001-2º andar, São Paulo/SP CEP: 04795-900, alexandre.jose@syngenta .com.

RESUMO

O presente trabalho foi conduzido no campo experimental da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/UFG em Goiânia/GO, em 2009, visando comparar inseticidas para controle de mosca branca (Bemisia tabaci raça “B”) na cultura do pepino, variedade Safira. O delineamento experimental foi em blocos completos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições. Foram realizadas três aplicações com intervalo de sete dias, e os tratamentos utilizados foram: testemunha, diafentiuron 500 SC, nas doses de 40, 60, 80 e 100 ml de p.c./100 L de água e piriproxifen 100 EC, na dose de 75 ml de p.c./100 L de água. Além da avaliação prévia antes da aplicação, foram realizadas avaliações aos 7 dias da segunda aplicação e aos 7 e 14 dias da terceira e última aplicação que se constituíram na contagem no campo, com ajuda de uma lupa de bolso com aumento de 20 X, do número de ninfas vivas em 25 folhas escolhidas ao acaso no terço superior das plantas de cada parcela. Pode-se concluir que, para controle de ninfas de mosca branca (B. tabaci raça “B”) após três aplicações sequenciais a intervalos de sete dias, as doses de 80 e 100 ml de p.c./100 L de água do inseticida Polo 500 SC e o inseticida Cordial 100 EC, na dose de 75 ml de p.c./100 L de água, apresentaram eficiência de controle acima de 80% após as aplicações. Palavras-chave: Cucumis sativus, mosca branca, inseticidas químicos.

ABSTRACT

Chemical control of Bemisia tabaci biotype "B" (Hemiptera: Aleyrodidae) in cucumber

This study was conducted in the Experimental area at the Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/UFG in Goiânia/GO, in 2009, aiming to compare insecticides for control of whitefly (Bemisia tabaci biotype "B") in cucumber, variety Sapphire. The experimental design was randomized blocks with six treatments and four replications. Three applications were made with seven days of interval, and the treatments were: untreated, diafentiuron 500 SC in the doses of 40, 60, 80 and 100 mL/100 L of water and pyriproxyfen 100 EC in the dose of 75 mL/100 L of water. Besides of the prior assessment before the application, were assessed at 7 days after the second application and at 7 and 14 days of the third and last application and were counting on the field with the help of a pocket magnifying glass with an increase of 20 X, the number of live nymphs on 25 leaves selected at random in the upper third of the plants in each plot. It can be concluded that to control nymphs of whitefly (B. tabaci biotype "B") after three sequential applications at

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intervals of seven days, doses of 80 and 100 mL/100 L of water the insecticide diafebtiuron and pyrriproxyfen in the dose of 75 mL/100 L of water, showed control over 80% after treatment.

Keywords: Cucumis sativus, whitefly, chemical insecticides INTRODUÇÃO

A mosca branca Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma espécie que apresenta facilidade de colonização de diversos ambientes, com restrições para os de baixa temperatura, e uma gama de cerca de 700 espécies de plantas hospedeiras (Haji; et al, 2005). Por apresentar esta alta capacidade de adaptação e desenvolver diferentes mecanismos de sobrevivência, formaram-se até o momento, em diferentes regiões do mundo, mais de 20 raças distribuídas dentro de seis grupos. Essas raças são populações com potenciais de maximizar seus papéis. E melhorar sua capacidade de virulência mais rápida, que a capacidade das plantas hospedeiras de melhorarem seus sistemas de defesa. Isto pode levar, de certo modo, a pequenas mutações entre indivíduos, diferenciando-os e muitas vezes isolando-os geograficamente (Oliveira, 2005). No Brasil o gênero é conhecido desde a década de 1920, entretanto de acordo com Lourenção & Nagai (1994), a raça B foi introduzida no país no início da década de 1990, no estado de São Paulo.

Os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da mosca-branca são: condições climáticas e disponibilidade de plantas hospedeiras, durante o ano inteiro. Cultivos extensivos de soja e algodão e o plantio escalonado de culturas como tomate e feijão podem propiciar a manutenção de índices elevados da praga em questão.

Este inseto, ao se alimentar de seus hospedeiros, introduz toxinas que provocam alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta de tomate. Pode ocorrer também o amadurecimento irregular dos frutos, o que dificulta o reconhecimento do ponto de colheita e redução na produção e qualidade da pasta após o processamento. Além disso, secreta substâncias açucaradas sobre as folhas que favorecem o crescimento de fungos, dentre eles a fumagina, reduzindo a área foliar e a taxa fotossintética, logo, a produção (Haji; et al, 1996; Lourenção; et al, 1999; Gallo; et al, 2002).

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(Valle; et al, 2002). De acordo com Silva (2006) a praga em estudo tem se mostrado resistente a inseticidas organofosforados, carbamatos, piretróides. Na tentativa de buscar novas alternativas de controle instalou-se o presente ensaio.

MATERIAL E METODOS

O presente trabalho foi conduzido na área experimental da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos/UFG Goiânia/GO, em 2009, visando comparar inseticidas para controle da mosca branca B. tabaci raça “B” na cultura do pepino, variedade Safira. Coordenadas geográficas: S = 22,64’708; W = 47,08’544 e Altitude = 610 m. Conduziu-se este experimento observando plantio, adubação (700 kg de 04:14:08 no momento do plantio + 200 kg de uréia em cobertura, 30 dias após o transplante). O delineamento experimental foi em blocos completos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições. As parcelas foram constituídas por quatro linhas de cinco metros de comprimento. O transplante das mudas foi efetuado no dia 20/01/09. Considerou-se como área útil as duas linhas centrais da parcela, com um número médio de dez plantas.

Iniciaram-se as aplicações dos inseticidas, em número de três a intervalos semanais, mais precisamente, nos dias 10/02, 17/02 e 24/02/09, quando as plantas estavam com cinco folhas, aproximadamente 20dias após o transplante da cultura.

Utilizou-se um pulverizador costal de barra, de pressão constante (CO2), equipado com bico

leque 11002, e um volume de calda de 1000 L/ha. Os tratamentos utilizados foram: testemunha, diafentiuron 500 SC, nas doses de 40, 60, 80 e 100 ml de p.c./100 L de água e piriproxifen 100 EC, na dose de 75 ml de .p.c./100 L de água.

Além da avaliação prévia (10/02/09), antes da aplicação foram realizadas avaliações aos sete dias da segunda aplicação (24/02/09) e aos sete e 14 dias da terceira aplicação, mais precisamente nos dias 03/03 e 10/03/09, e constituíram-se na contagem no campo, com ajuda de uma lupa de bolso com aumento de 20 X, do número de ninfas de mosca branca em 25 folhas escolhidas ao acaso no terço superior das plantas de cada parcela.

Os dados referentes ao número de ninfas vivas presentes foram submetidos à análise de variância conforme delineamento proposto e as médias comparadas pelo teste de Tukey a

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5% de probabilidade. As percentagens de eficiência dos diferentes tratamentos foram calculadas pela fórmula de Abbott (1925).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como pode ser observado na avaliação prévia, o número médio de ninfas apresentou-se significativamente igual para todos os tratamentos. Isto demonstra que a área apresentava uma população de ninfas de mosca branca uniformemente distribuída (Tabela 1).

Uma semana após a segunda aplicação foi possível observar diferenças significativas dos tratamentos inseticidas em relação à testemunha. Entretanto, a eficiência de controle se apresentou acima de 80% somente para as doses de 80 e 100 ml de p.c./100 L de água do inseticida diafentiuron 500 SC bem como para o inseticida piriproxifen 100 EC (Tabela1). Sete dias após a terceira e última aplicação ainda mantinha-se significativamente reduzido, o número de ninfas nas parcelas tratadas com inseticida quando comparadas com as parcelas não tratadas. Quanto à eficiência, o inseticida diafentiuron 500 SC, nas doses de 80 e 100 ml de p.c./100 L de água e o inseticida piriproxifen 100 EC apresentaram percentuais de controle acima de 80% para a referida praga.

Aos quatorze dias da terceira e última aplicação, foram constatados ainda, números significativamente reduzidos de ninfas nas parcelas tratadas com inseticida em comparação com a testemunha. Nesta avaliação só foram eficientes: a dose 100 ml de p.c./100 L de água do inseticida diafentiuron 500 SC e a dose de 75 ml de p.c./100 L de água do inseticida piriproxifen 100 EC (Tabela 1).

Portanto, pode-se concluir que, para controle de ninfas de mosca branca (B. tabaci raça “B”) após três aplicações sequenciais com intervalos de sete dias, as doses de 80 e 100 ml de p.c./100 L de água do inseticida diafentiuron 500 SC e o inseticida piriproxifen 100 EC, na dose de 75 ml de p.c./100 L de água, apresentaram eficiência de controle acima de 80% .

REFERÊNCIAS

ABBOTT WS. 1925 A method of computing the effectiveness of on inseticide. J. of Econ. Entomol., 18: p. 255-257.

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GALLO D; NAKANO O; CARVALHO RPL; BATISTA GC; BERTI FILHO E; PARRA JRP; ZUCCHI RA; ALVES SB; VENDRAMIM JD; MARCHINI LC; LOPES JRS; HOMÓPTERO C. 2002. Entomologia Agrícola. Piracicaba, FEALQ, 649p.

HAJI FNP; MATTOS MAA; ALENCAR JA; BARBOSA FR; PARANHOS BJ. 2005. Manejo da Mosca Branca na Cultura do Tomate. Petrolina: EMBRAPA-Semi Árido, 16 p. (Circular Técnica 81).

HAJI FNP; ALENCAR JÁ; LIMA MF. 1996. Mosca-branca: danos, importância

econômica e medidas de controle. Petrolina, PE: EMBRAPA-CPATSA, 9p. (EMBRAPA-CPATSA, Documentos, 83).

LOURENÇÃO AL; YUKI VA; ALVES SB. 1999. Epizootia de Aschersonia cf. goldiana em Bemisia tabaci raça “B” no Estado de São Paulo. Anais Soc. Entomol. Do Br.,

Londrina. 28: 343-345.

LOURENÇÃO AL; NAGAI H. 1994. Surtos populacionais de Bemisia tabaci no Estado de São Paulo. Bragantia. 53: 53-59.

OLIVEIRA MRVA. Globalização das moscas-brancas. Disponível em:

htt//www.fesbe.org.br/index.php?page=informações/ler&tipo=informacao_a&id=11. Acessado em 21 de abril de 2005.

SILVA PRQ. 2006. Caracterização Molecular e Desenvolvimento de Marcadores Específicos para Detecção de Biótipos de Mosca branca (Bemisia tabaci). 155p. Universidade Nacional de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Brasília, DF. (Tese de Doutorado).

VALLE GE; LOURENÇÃO AL; NOVO JPS. 2002. Controle Químico de Ovos e Ninfas de Bemisia Tabaci Biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae). Scientia Agricola, 59: 291 - 294.

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Tabela 1 - Número médio de ninfas/folha (N), e percentagem de eficiência (%E) após aplicação dos diferentes tratamentos

para controle de mosca branca B. tabaci raça “B” na cultura do pepino. Goiânia/GO, 2009 (Average number of nymphs/leaf (N) and percentage of efficiency (% E) after applying the treatments to control whitefly B. tabaci biotype "B" in cucumber. Goiania / GO, 2009).

Tratamentos Dose

ml de p.c./100 L de água Prévia*

Dias após a aplicação

07DA2ªA 07DA3ªA 14DA3ªA

N* %E N* %E N* %E

Testemunha - 9,7a 18,2a - 31,5a - 33,5a -

diafentiuron 500 SC 40 10,7a 10,5b 42,4 17,7b 43,6 19,2b 38,8

diafentiuron 500 SC 60 8,7a 6,0c 67,1 8,0c 74,6 11,0c 65,0

diafentiuron 500 SC 80 8,7a 3,2cd 82,1 4,5cd 85,7 8,0cd 74,6

diafentiuron 500 SC 100 9,7a 1,2d 93,1 1,2d 96,0 2,5e 92,0

piriproxifen 100 EC 75 10,2a 1,5d 91,7 0,7d 97,6 3,2de 89,6

CV% - 16,1 18,6 - 16,5 - 17,7 -

*Números seguidos de mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente a 5% de probabilidade segundo o Teste de Tukey. (Numbers followed by the same letter in columns do not differ statistically at 5% probability according to Duncan test).

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