REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
ATIVIDADE 4 e 5 Para a semana de 13/04 e 24/04 – previsão de 220 minutos – 4 períodos.
OBJETIVOS Caracterizar a Primeira Revolução Industrial e as transformações econômicas e sociais decorrentes. TEMAS Primeira Revolução Industrial, Movimento Operário, desenvolvimento tecnológico, Trabalho Infantil,
consumismo.
INSTRUÇÕES Realizar as atividades propostas com base nos respectivos textos. As tarefas deverão ser registradas no caderno em ordem cronológica.
2) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
2.1)
A acumulação primitiva de capital e a industrialização da Inglaterra
Revolução Industrial, acontecida na Inglaterra ao longo da
segunda metade do século XVIII (1750), foi um processo
acelerado de substituição da produção manual pela produção
mecanizada, da energia humana pela energia motriz, marcou o
surgimento do modelo de produção e consumo em larga
escala. A utilização do motor a vapor e a forma como foi
organizada a produção de tecidos deram início a um conjunto
importante de transformações econômicas, sociais e políticas.
É necessário entendermos que as condições para que a
Inglaterra se tornasse o primeiro país a passar pela Revolução
Industrial foram dadas pelo chamado processo de acumulação
primitiva de capital. Durante os séculos anteriores à Revolução
Industrial, a partir do seu poderio naval e do domínio dos
mares, a Inglaterra conseguiu formar o maior império colonial
do mundo, impondo o seu poder militar – comercializando,
colonizando, saqueando, roubando e traficando escravizados -
ela acumulou riquezas suficiente para transformar parte dessa
riqueza em capital, investindo em pesquisa científica e
desenvolvimento tecnológico, gerando os fatores que deram
início à Revolução Industrial e ao capitalismo.
Com capital sobrando, disponibilidade de matérias primas
-como carvão e ferro-, com acesso aos mercados consumidores
- tanto externos como internos-, foi possível a Inglaterra
tornar-se o centro da economia mundial e consolidar a sua posição de
maior potência do período.
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2.2) AS NOVAS TECNOLOGIAS
Até meados do século XVIII, a produção de bens era
exclusivamente manufatureira, ou seja, uma indústria cuja
produção era predominantemente manual. A partir do
surgimento de maquinários, que aceleravam a produção,
nasceu a Revolução Industrial. A industrialização iniciou-se
com a mecanização do setor têxtil, cuja produção tinha
amplos mercados nas colônias da América, África e Ásia.
Entre as principais invenções mecânicas do período,
destacam-se a máquina de fiar, de James Hargreaves, de
1767, capaz de fiar 80 quilos de fios de uma só vez sob os
cuidados de um só operário; o tear hidráulico, de Richard
Arkwright, de 1768, aprimorado por Samuel Crompton, em
1779; e o tear mecânico, de Edmund Cartwright, de 1785.
Todos esses inventos ganharam maior capacidade quando
passaram a ser acoplados à máquina a vapor, inventada por
Thomas Newcomen (1712) e aperfeiçoada por James Watt
(1765). Com a gradativa sofisticação das máquinas, houve
aumento da produção e geração de capitais, que eram
reaplicados em novas máquinas. Após o setor têxtil, a
mecanização alcançou o setor metalúrgico, impulsionou a
produção em série e levou à modernização e expansão dos
transportes.
A descoberta do vapor como força motriz, além de
impulsionar a produção industrial, atingiu também os
transportes. Em 1805, o norte-americano Robert Fulton
revolucionou a navegação marítima criando o barco a vapor
e, em 1814, George Stephenson idealizou a locomotiva a
vapor. Na década de 30 do século XIX, começaram a circular
os primeiros trens de passageiros e cargas. Além disso, a
impressão de jornais, revistas e livros com o uso do vapor
impulsionou as comunicações e a difusão cultural, que
permitiram o surgimento de novas técnicas e invenções.
O surgimento da mecanização industrial operou
significativas transformações em quase todos os setores da
vida humana. Na estrutura socioeconômica, fez-se a
separação definitiva entre o capital, representado pelos
donos dos meios de produção, e o trabalho, representado
pelos assalariados, eliminando-se a antiga organização
corporativa da produção, utilizada pelos artesãos. O
trabalhador perdia a posse das ferramentas e máquinas,
passando a viver da única coisa que lhe pertencia: sua força
de trabalho, explorada ao máximo.
ATIVIDADE PROPOSTA:
a) Que a relação podemos estabelecer entre de acumulação primitiva de capital e a Revolução Industrial?
2.3) A SITUAÇÃO DOS OPERÁRIOS
Durante a primeira fase da Revolução Industrial o trabalho masculino passou a ser dispensável, pois a logística das máquinas a
vapor não exigia força física e sim habilidade manual para operá-las. Os dedos ágeis das crianças e mulheres executavam de forma eficaz
o entrelaçamento das tramas e principalmente a reparação dos fios que se rompiam. O trabalho das mulheres e crianças não se restringia
apenas nas fábricas, mas se estendia às minas de carvão, onde devido ao excesso de trabalho, insalubridade e má alimentação; muitas
eram levadas a óbito. Para o historiador Eric Hobsbawm “nas fábricas onde a disciplina do operariado era mais urgente, descobriu-se que
era mais conveniente empregar as dóceis (e mais baratas) mulheres e crianças”.
Nas primeiras décadas, as fábricas britânicas costumavam funcionar dia e noite, com dois turnos de doze ou treze horas (incluindo
uma de intervalo para o jantar). Crianças e mulheres trabalhavam nos dois turnos, as vezes domingo era o único dia de folga, eram mais
de 70 horas de trabalhos semanais. Para manter os operários exaustos acordadas e trabalhando, os supervisores batiam nelas, usando as
mãos, cintas e até bastões de madeira. Os patrões incentivavam o trabalho infantil e das mulheres, pois elas recebiam salários mais
baixos, mulheres e crianças recebiam um terço do salário de um homem (o trabalho de crianças a partir de seis anos era comum nas
fábricas inglesas). As condições de vida de um operário no século XIX eram degradantes. Estavam expostos à fome e aos mais diversos
tipos de doenças (como a cólera e o tifo, personagens de grandes epidemias do século XIX) que encontravam terreno fértil em cidades
recém formadas, graças ao grande fluxo de trabalhadores vindos do campo em busca de uma nova forma de prover sua subsistência.
Essas cidades eram desprovidas de saneamento básico: esgotos corriam a céu aberto e homens, mulheres e crianças dividiam espaço
com infestação de ratos, diversos insetos e outras pragas. Não raro, duas ou mais famílias dividiam um quarto nas vilas operárias, que
serviam tanto para abrigar os trabalhadores quanto ao lucro dos patrões, visto que as vilas eram de propriedade dos grandes industriais.
Talvez não seja surpreendente que os primeiros industriais muitas vezes não conseguissem preencher todas as vagas de suas
fábricas com trabalhadores dispostos. Então, alguns foram atrás de trabalhadores relutantes. As workhouses — asilos de última instância
para órfãos e desamparados — eram percorridas em busca de crianças que os funcionários paroquiais punham como aprendizes dos
donos de fábricas, dando-lhes plena autoridade legal sobre elas e tornando um ato criminoso sua fuga. (...) O mesmo poderia acontecer
com os trabalhadores que assinavam contratos por tempo determinado se desistissem antes da data de término. Além disso, uma lei de
1823 tornava qualquer trabalhador que deixasse seu emprego sem notificação sujeito a três meses de prisão. Desse modo, o poder do
Estado ajudava a reunir e manter a força de trabalho para o novo sistema fabril.
(Adaptado de: A condição de existência dos trabalhadores pobres durante a revolução industrial inglesa, FRANÇA, Noeli)
2.4) A ORGANIZAÇÃO DOS OPERÁRIOS
Como os trabalhadores ingleses estavam
submetidos as piores condições, os próprios operários
passaram a se organizar para criar soluções no sentido de
amenizar e superar as dificuldades impostas pelo processo
de industrialização e urbanização. Num primeiro momento,
foram criadas as caixas econômicas, ou associações de
socorro mútuo, que eram compostas pelos próprios
operários, eles se associavam e depositavam certa quantia
em dinheiro para que pudessem recorrer a esse caixa
futuramente em caso de doença, demissão ou qualquer
outro problema.
Em reação ao crescimento dos sindicatos no final do
século XVIII e com medo as influências da Revolução
Francesa, o Parlamento inglês aprovou uma série de leis
contra a organização dos trabalhadores, sendo a mais
importante a Lei da Combinação de 1800. Entre 1792 e
1815, o governo construiu 155 quartéis militares em zonas
industriais.
Apesar das proibições legais, os trabalhadores criaram
organizações abertas ou secretas, realizaram greves e
participaram de passeatas e manifestações em massa. Na
década de 1810, ocorreram as primeiras greves substanciais
de operários fabris, algumas envolvendo milhares de
fiandeiros de algodão. Foi dura a reação do governo, que
deteve, prendeu e deportou para as colônias os principais
ativistas e mandou enforcar alguns que destruíram
máquinas. Em 1819, quando cerca de 70 mil manifestantes
se reuniram em Manchester para exigir reformas
democráticas, uma unidade militar composta por industriais,
comerciantes e lojistas da cidade atacou a multidão pacífica,
matando onze pessoas e deixando centenas de feridos no
que ficou conhecido como Massacre de Peterloo. A reação
do governo foi aprovar uma legislação ainda mais repressiva
que, entre outras coisas, proibia reuniões com mais de
cinquenta pessoas.
A década de 1820 trouxe ainda mais greves, destruição
de máquinas e campanhas por reforma, seguidas na década
de 1830 por um grande esforço para obter uma legislação
que limitasse o horário de trabalho das fábricas. Em 1842,
houve uma greve generalizada dos operários fabris e
mineiros, chamada de Revolta dos Plugues, porque os
grevistas removeram os plugues dos motores a vapor,
deixando-os inoperantes. Na década de 1850, sindicatos
maiores e mais estáveis (embora ainda predominantemente
locais) começaram a se formar entre os trabalhadores têxteis.
Alguns deflagraram greves grandes e prolongadas, embora
geralmente fracassadas. Mais de meio século depois da
construção das primeiras fábricas gigantescas, apesar dos
esforços repetidos e eventualmente de grande escala, os
operários ainda não tinham qualquer método político ou
organizacional eficaz para melhorar sua sorte ou moldar a
sociedade em que viviam.
ATIVIDADE PROPOSTA:
2.5) ATIVIDADES DE REVISÃO E FIXAÇÃO
01) Leia os textos a seguir:
A Inglaterra tem um papel fundamental no processo de industrialização pelo pioneirismo no desenvolvimento industrial. Na verdade, no século XVIII apenas este país havia conseguido reunir as condições e fatores necessários para fazer a passagem da produção manufatureira para a produção industrial, a saber, grande capital, mão de obra disponível e acesso a matéria prima. Os demais países viveriam este processo apenas no século seguinte.
“Sob qualquer aspecto, este foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Inglaterra. É evidente que isto não foi acidental; (...) todo operário tinha que aprender a trabalhar de uma maneira adequada à indústria, ou seja, num ritmo regular de trabalho diário ininterrupto.”
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Adaptado)
Quais foram as condições que tornaram possível a Revolução Industrial acontecer na Inglaterra?
02) Leia o texto sobre trabalho infantil:
“Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isto é, preparando a lã para a máquina, mas a alça a prendeu, como ela foi pega de surpresa, acabou sendo levada para dentro do mecanismo; e nós encontramos seus membros em um lugar, outro acolá, e ela foi cortada em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado”. (John Allett começou a trabalhar em uma fábrica de têxteis quando tinha quatorze anos. Allett tinha cinquenta e três anos quando foi entrevistado por Michael Sadler e seu Comitê da Câmara dos Comuns, em 21 de maio de 1832.).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como trabalho infantil como aquele que priva as crianças de sua infância, seu potencial e sua dignidade. É também a forma de trabalho prejudicial ao desenvolvimento físico e mental das crianças, aquela as priva de oportunidades de frequentar a escola. “O trabalho infantil expõe crianças e adolescentes a muitos riscos de acidentes, de mutilações, de adoecimento e de óbitos, no momento de desenvolvimento que requer muito cuidado, proteção e atenção”, afirmou a secretária-executiva. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como trabalho infantil aquele que priva as crianças de sua infância, seu potencial e sua dignidade. É também a forma de trabalho prejudicial ao desenvolvimento físico e mental das crianças, aquela as priva de oportunidades de frequentar a escola. “O trabalho infantil expõe crianças e adolescentes a muitos riscos de acidentes, de mutilações, de adoecimento e de óbitos, no momento de desenvolvimento que requer muito cuidado, proteção e atenção”, afirmou a secretária-executiva.
(Organização Internacional do Trabalho)
03) Leia os textos que seguem:
Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição.
(O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)
Toda a história da industrialização será uma luta de patrões por controlar o tempo dos seus empregados, inclusive o tempo fora do trabalho. Ocorra o que ocorra, é necessário induzir os trabalhadores a reservar todas as suas energias à produção e, por isso, incutir neles os valores produtivistas: assiduidade, pontualidade e manutenção do esforço.
(Tradução livre, Èchange et Projets, 1980; p.67).
O relógio era um aparelho pouco utilizado até o século XVIII. O tempo era marcado pelos movimentos naturais e
atividades agrícolas da maioria da população da Inglaterra. A partir da Revolução Industrial, o relógio passou a ser
considerado o principal marcador do tempo nas sociedades capitalistas. Na sua opinião, de que forma a Revolução
Industrial alterou a relação da humanidade com o tempo? Por quê?
04) Leia o texto a seguir
Nem todos os homens se renderam diante das forças irresistíveis do novo mundo fabril, e a experiência do movimento dos quebradores de máquina demonstra uma inequívoca capacidade dos trabalhadores para desencadear uma luta aberta contra o sistema de fábrica. De um lado, esse movimento de resistência visava investir contra as novas relações hierárquicas e autoritárias introduzidas no interior do processo de trabalho fabril, e nessa medida a destruição das máquinas funcionava como mecanismo de pressão contra a nova direção organizativa das empresas; de outro lado, inúmeras atividades de destruição carregaram implicitamente uma profunda hostilidade contra as novas máquinas e contra o marco organizador da produção que essa tecnologia impunha. Edgar de Decca. O nascimento das fábricas, 1982. Adaptado. De acordo com o texto, os movimentos dos quebradores de máquinas, na Inglaterra do final do século XVIII e início do XIX.
Qual sua opinião sobre o fato dos trabalhadores voltarem sua raiva contra as máquinas
05) Leia o texto que segue
O fenômeno está em expansão. Em nossas sociedades desenvolvidas, um número cada vez maior de cidadãos planeja modificar seus hábitos de consumo. Não só dos hábitos alimentares, já individualizados ao ponto de ser quase impossível reunir oito pessoas numa mesa para comer um mesmo cardápio. Mas do consumo de modo geral: a roupa, a decoração, a limpeza, os eletrodomésticos, os fetiches culturais (livros, DVDs), etc. Todas as coisas que até recentemente acumulavam-se em nossas casas como símbolos, mais ou menos medíocres, de sucesso social e de opulência (e, até certa medida, de identidade), hoje sentimos que nos sufocam. A nova tendência aponta à redução, ao desapego, à supressão, à eliminação. Enfim, à desintoxicação. Portanto, ao detox. Como se começasse o declínio da sociedade de consumo — estabelecida por volta dos anos 1960 a 1970 – e entrássemos no que começa a chamar-se de “sociedade do desconsumo”.
2.6) EXERCÍCIOS E TESTES.
TESTE DA ATIVIDADE 4 e 5
/(UFMG) Leia o texto.
“No fim da década de 1730, em Paris, na rua Saint-Sèverin, na gráfica de Jacques Vicent, ocorreu um sedicioso massacre de gatos realizado por aprendizes gráficos, os quais viviam num quarto sujo e gelado; levantando-se antes do amanhecer; executavam tarefas o dia inteiro; recebiam maus-tratos do patrão e insultos dos oficiais; não podiam à noite com o barulho dos gatos bem tratados e bem alimentados pelos seus patrões burgueses.
Armados com cabos de vassoura e barras de impressoras mataram todos os gatos que conseguiram encontrar a começar pela gata de estimação da patroa. Em seguida, atiraram os gatos no pátio da gráfica, fingiram executar um julgamento e penduraram os corpos em forcas improvisadas.”
(DARNTON, Robert. O grande massacre dos gatos.) Todas as alternativas explicam o episódio descrito no texto, Exceto
A) A condição difícil da vida dos aprendizes personificava a tendência do trabalho, no início dos tempos modernos, de deixar de ser parceria para se tornar mercadoria.
B) A Revolução Industrial causou intensas modificações e um processo de ascensão econômica da burguesia que passou a explorar a mão-de-obra operária.
C) A massacre dos gatos simbolizam o ódio a uma sociedade baseada no poder dos títulos e na força das armas de uma nobreza parasitária.
D) O processo de cercamento das terras auxiliou na Revolução Industrial, por liberar mão-de-obra para as nascentes fábricas, em decorrência do êxodo rural. E) A vivência dos operários em uma vida miserável
proporcionou o nascimento de uma série de movimentos sociais, muitos dos quais denunciavam os males do capitalismo.
/(UFMG) Leia o texto
“Assim a Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucros. As cidades tinham sua sujeira lucrativa ... Pois a nova cidade não era um lar onde o homem pudesse achar beleza, felicidade, lazer.. mas um lugar desolado e deserto, sem cor, ar ou risco; onde o homem, a mulher e a criança trabalhavam, comiam a ou dormiam... As novas fábricas e os altos-fornos eram como pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder...”
(J.L. Bárbara Hammond. The Rise of Modern Industry)
A partir do texto, podemos fazer as seguintes afirmativas sobre os efeitos sociais da Revolução Industrial, exceto.
A) Deu-se um intenso deslocamento da população rural em direção as cidades, modificando-se a densidade demográfica.
B) A classe operária, destituída dos seus meios de produção, tinha que se submeter ao regime das fábricas e das máquinas.
C) Eram péssimas as condições de habitação; a concorrência do trabalho feminino era enorme; eram longas as jornadas de trabalho.
D) As novas condições levaram os antigos artesãos e novos assalariados a revolta, ocorrendo a destruição de máquinas em vários lugares.
E) A transformação da estrutura agrária, com o aumento do rebanho de ovelhas para a produção de lã e expulsão da população rural permitiu o aumento do mercado interno.
TEXTOS DE REFERÊNCIA