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Os fatores organizacionais desencadeadores do estresse ocupacional e da Síndrome de Burnout: suas implicações para o trabalho do administrador

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Os fatores organizacionais

desencadeadores do estresse

ocupacional e da Síndrome de Burnout:

suas implicações para o trabalho do

administrador

Autora: Priscila Leontina Braz - Administração Professor Orientador: Ms. Décio Henrique Franco Faculdade Comunitária de Santa Bárbara

Trabalho apresentado no 7º Congresso Nacional de Iniciação Científica -CONIC - SEMESP 2007 e no VIII Encontro Anual de Iniciação Científica do UNASP - ENAIC

Resumo

O presente estudo objetiva estudar o estresse e a Síndrome de Burnout, como fatores favoráveis para o aparecimento de diversos problemas organizacionais e de saúde para o colaborador. Indicá-los é uma maneira de o administrador ter prévio conhecimento sobre a síndrome. Porém alguns pontos mais visíveis indicam o início do Burnout tais como: perda da reciprocidade nas interações sociais (que atinge também o relacionamento com clientes), a redução de produtividade e alta rotatividade de colaboradores dentro da empresa, motivando assim altos custos com rescisões, recrutamento de novos profissionais e treinamento. Os fatores organizacionais, sociais e de trabalho que muitas vezes por pressão do micro e macroambiente mudam constantemente, levam o administrador a tomar decisões que afetam consideravelmente o ambiente organizacional como um todo, principalmente nos colaboradores que são resistentes á mudanças que por final desenvolvem o estresse ocupacional e conseqüentemente a síndrome de Burnout.

Palavras-chave: estresse, Síndrome de Burnout, saúde profissional.

Introdução

A Síndrome de Burnout é um risco freqüente que todo colaborador independente do seu nível hierárquico sofre. É um quadro caracterizado por três dimensões: Exaustão Emocional (EE), Despersonalização (DP) e Baixa Utilização Profissional (RP).

Segundo Pereira (2002a), estudos demonstram que o equilíbrio na saúde do profissional traz conseqüências na qualidade dos serviços prestados e no nível de produção. O Burnout é também um problema social onde o trabalho do indivíduo é executado. Quando o ambiente favorece o seu aparecimento observa-se maior rotatividade de colaboradores, queda de produtividade, qualidade, grande problema de relações

interpessoais gerando assim problemas relacionados à moral e a saúde do funcionário. Porém pode-se ressaltar que o Burnout é desencadeado á partir do estresse ocupacional e que o mesmo é um estado muito avançado. Pereira (2002a) destaca que a palavra estresse obteve tamanha difusão, que acabou por se transformar quase que em um sinônimo de qualquer tipo de alteração, em geral negativa, sentida pelo indivíduo.

Devido a estas questões expostas sobre a síndrome em relação ao ambiente organizacional, o papel do administrador moderno é conhecer os termos e sua diferenciação, os fatores desencadeadores da síndrome para colocar em prática estratégias de prevenção e intervenção. Sobretudo no mundo atual, onde as exigências por produtividade, qualidade, lucratividade

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são altas, o administrador tende em muitos casos á pressionar os colaboradores á executarem o trabalho de forma frenética, aumentado os índices de absenteísmo e rotatividade nas empresas que se dão principalmente por causa do estresse e do Burnout. (PEREIRA, 2002a).

Objetivo

O objetivo principal no estudo deste tema é levantar e conhecer os fatores organizacionais que desencadeiam o estresse ocupacional bem como a Síndrome de Burnout dentro do ambiente de trabalho. Tem como foco definir quais são as formas especifícas que o administrador pode dispor para prevenir o estresse ocupacional e a Síndrome de Burnout, ou seja, quais são suas implicações no trabalho do administrador. O presente artigo visa focar as faces desses problemas emocionais que afetam o ambiente institucional e sugerir medidas e estratégias que possam ajudar o administrador a lidar com este processo negativo afim de que, o ambiente como um todo não seja prejudicado.

Metodologia

A literatura consultada é recente sendo que até mesmo a Síndrome de Burnout, seja desconhecida para muitos. Freudenberger em 1974 foi o primeiro estudioso a descrever a síndrome. Trabalhos empíricos sobre o tema datam á partir de 1981 como consta no artigo á seguir. A metodologia utilizada neste artigo é formada por um conjunto de textos, já que consiste em um breve levantamento teórico sobre o tema. Pereira (2002), renomada psicóloga tem vários trabalhos sobre o tema, como livros e publicações na internet, sendo, o pilar para a pesquisa, que foi realizada com base em seus estudos através de coletâneas, dando aos leitores grande grau de entendimento sobre a Síndrome e os fatores encadeadores desta dentro da organização. O presente estudo traça um caminho de posicionamento do leitor desde o breve histórico do aparecimento do Burnout; diferenças entre Burnout e estresse; Regulamentação da síndrome no Brasil; suas implicações, sintomas; características; conseqüências e como o administrador com sua percepção consegue detectar e até mesmo prevenir a síndrome. Ressalta-se que a partir da leitura, o administrador terá capacidade para tomar decisões positivas em virtude ao colaborador afetado em relação ao ambiente.

Desenvolvimento

Breve Histórico da Síndrome de Burnout. A Estafa Profissional, denominada também como Síndrome de Burnout foi descrita pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo Herbert J. Freudenberger descreve o burnout como um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos, ou seja, o desaparecimento da motivação.

Burn-out no jargão inglês é aquilo que deixou de funcionar por falta de energia, que chegou ao seu limite e não tem mais condições físicas e metais. (Pereira, 2002a).

Para Soto (2005, p. 159) “a frustração e a motivação destacam-se como duas fontes diferentes da ação do indivíduo. Enquanto a motivação orienta a conduta com o objetivo de solucionar problemas, a frustração a orienta para o desagravo da própria frustração; fato que demonstra como é o sentimento envolvido na síndrome.”

A Síndrome de Burnout e o Estresse no ambiente organizacional

É interessante ressaltar que o Burnout é desencadeado á partir do estresse ocupacional em estado muito avançado.

Pereira (2002a) destaca que a palavra estresse obteve tamanha difusão, que acabou por se transformar quase que em um sinônimo de qualquer tipo de alteração, em geral negativa, sentida pelo indivíduo. De acordo com a sua obra, é comum se ouvir um não me estresse nos casos em que uma pessoa se sinta pressionada, entristecida, ou que venha ter uma expectativa (boa ou ruim) por algo que possa vir suceder.

Contudo os fatores organizacionais e de trabalho dentro da empresa são os mais prejudicados quando os colaboradores desenvolvem o estresse ocupacional e conseqüentemente a síndrome de Burnout.

Estresse x Burnout

Como foi demonstrado, estudiosos denominam a diferença entre Burnout e estresse, explicitando em primeiro a aparição do estresse e por conseqüência o Burnout. Segundo Pereira (2002a), estresse deriva do latim, e foi empregada no século XVII significando fadiga, cansaço.

Para Lazarus & Folkman (1984, apud PEREIRA, 2002a), o estresse sobrevém quando os recursos disponíveis estão aquém das demandas, isto é, a pessoa avalia que aquilo que lhe é solicitado está além das suas capacidades.

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Pereira (2002b) cita em seu artigo que o Burnout é uma síndrome de característica do meio laboral e que se dá em resposta á cronificação do estresse, trazendo consigo conseqüências negativas tanto em nível individual, profissional, familiar e social. Pereira (2002a) destaca que o Burnout diferencia-se do estresse pelo fato que um é de caráter completamente negativo (Burnout) enquanto o estresse pode apresentar os dois aspectos positivos ou negativos. Por outro lado o Burnout está relacionado com o mundo do trabalho, com o tipo de atividades laborais do indivíduo.

Pode-se afirmar que efetivamente o aparecimento da síndrome no indíviduo se desenvolve á partir de suas relações trabalhistas e com o ambiente organizacional como um todo. Já o estresse é próprio do indivíduo, ou seja, ele contribui significavelmente com o aparecimento da síndrome de Burnout.

Regulamentação da Síndrome no Brasil em relação á Previdência Social

Com o aprofundamento das literaturas e de alguns profissionais acerca da síndrome, o governo aprovou o decreto nº. 3048 de 06 de maio de 1999 anexo II que se referem aos agentes patogênicos causadores de doenças profissionais, em específico transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho (Grupo V da CID - 10), denominando a síndrome de Burnout como um transtorno referindo-s no regulamento da previdência social como: sensação de estar acabado, ritmo de trabalho penoso e outras dificuldades físicas e mentais relacionadas ao trabalho.

Estresse, características e diferenciações. Para entendermos melhor como o estresse age no ambiente em que as pessoas participam é necessário distinguirmos o estresse de seus estimulantes (agentes). O agente geralmente é de caráter físico, cognitivo ou emocional e o estresse é a resposta deste estímulo, a necessidade de se adaptar a este agente estressor.

Pereira (2002a) diferencia os agentes em três tipos:

Estressores Físicos: são provenientes do ambiente externo tais como ruídos, frio ou calor intenso, etc.

Estressores Cognitivos: são os ameaçadores à integridade/patrimônio do individuo tais como a iminência ou a vivência de um assalto, seleção a um emprego, etc. Estressores Emocionais: sentimentos como perda, medo, ira, etc.

O administrador deve conhecer a concepção do Burnout - Implicações

O estresse e o Burnout são causados por diversos fatores. Carlotto (2001, apud Pereira 2002a) cita os seguintes:

Concepção Clínica: caracterizado como um conjunto de sintomas (fadiga física, mental, falta de entusiasmo) que pode levar o profissional á depressão ou a morte.

Concepção Sócio-Psicológica: relacionado às condições de trabalho de forma individual, gerando fatores multifuncionais como: Exaustão Emocional; Despersonalização; Reduzida Realização Profissional.

Concepção Organizacional: quando os interesses do trabalhador não são os mesmos da empresa. Concepção Sócio-Histórica: O papel individualista e competitivo da sociedade é mais forte que os fatores pessoais ou institucionais.

Os Sintomas

Segundo Pereira (2002a) os sintomas associados ao Burnout são:

Físicos tais como: fadiga constante, dores musculares, distúrbios do sono, cefaléias. Perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, e alterações menstruais.

Psíquicos: falta de concentração, alterações de memória, etc.

Comportamentais: Negligência ou escrúpulo excessivo, incapacidade para relaxar, aumento do consumo de substancias, comportamento de alto risco e suicídio.

Defensivos: Tendência de isolamento, sentimento de onipotência, perda de interesse pelo trabalho, absenteísmo, ímpetos de abandonar o trabalho.

Segundo Pereira (2002a) o Burnout não deve vir a denotar todos os sintomas. Ela destaca que depende muito das influências dos fatores individuais tais como: predisposição genética, experiências socioeducacionais e fatores ambientais.

Para Pereira (2002a) Burnout é uma síndrome que tem alertado tanto o meio científico quanto o organizacional. Seus efeitos interferem negativamente tanto em nível individual, como profissional e organizacional. Os prejuízos também ultrapassam a esfera pessoal, com o abandono do posto profissional ou profissão depois de anos de estudo, ruptura dos laços de amizade e familiares. Isto tudo reflete na produtividade e na imagem de eficiência da organização, nos custos com os tratamentos de saúde dos funcionários e na contratação e treinamento de novos.

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O importante em primeiro lugar é o administrador detectar a síndrome antes de ela refletir significamente na empresa, causando o caos, custos excessivos e desnecessários. É de extrema importância o administrador conhecer a causa raiz do problema, conhecer todas suas concepções isto é um passo importantíssimo para que a organização não sofra desfalques. Vale também ressaltar que em alguns estudos realizados sobre o assunto, a síndrome pode causar acidentes laborais. A dispersão do colaborador na execução do trabalho é comum quando ele está em fase de desenvolvimento do Burnout.

O que leva o indíviduo ao Burnout

Segundo Gil-Monte & Peiró (apud PEREIRA, 2002a), as características pessoais seriam as grandes responsáveis em desencadear o Burnout.

Pereira (2002a) destaca alguns sendo eles: Idade: O Burnout é mais freqüente em jovens que não atingiram os 30 anos, principalmente no que diz respeito ao campo profissional pela pouca experiência. Sexo: não existe possibilidade de maior incidência do Burnout entre os sexos.

Nível Educacional: Pessoas que tem o nível educacional mais elevado têm maiores propensões a desenvolver o Burnout.

Estado Civil: relacionado à qualidade do relacionamento e com os envolvidos.

Personalidade resistente ao estresse: De acordo com Kobasa (1981, apud PEREIRA, 2002a), algumas pessoas têm a capacidade de interpretar os agentes estressores, como passíveis de controle e/ou como um desafio a ser vencido.

Neuroticismo: Tem como principais características: ansiedade, hostilidade, depressão, autoconsciência e vulnerabilidade, sendo que tais características predispõem á instabilidade emocional e conseqüentemente ao Burnout.

Motivação: quando muito elevada pode levar o individuo a desenvolver o Burnout.

Idealismo: quanto maior o idealismo no que se refere á profissão e possibilidade de realização, maior a possibilidade de vir a apresentar a síndrome.

Conhecendo as características - Fatores desencadeadores da Síndrome

Existem algumas características (fatores) no conjunto organizacional e pessoal do indivíduo que o administrador deve levar em consideração. O Burnout é causado pelo estado de estresse avançado, que é

próprio do indivíduo. Então é o papel do administrador também prevenir o Burnout. Ao pequeno sinal de estresse elevado o administrador deve cuidar do assunto e do indíviduo para que a síndrome não traga problemas, até mesmo irremediáveis para a empresa. Pereira (2002a) destaca algumas características como: trabalho, organizacionais e sociais.

Fatores (características) do Trabalho

Tipo de Ocupação: Qualquer pessoa pode vir a desenvolver o Burnout principalmente aquela que trabalham diretamente com pessoas.

Tempo de Profissão: quanto ao tempo de profissão não existe uma definição concreta.

Tempo na instituição: Freudenberger (1974, apud PEREIRA, 2002a), afirma que a síndrome tem início no primeiro ano de trabalho.

Trabalho por Turnos ou Noturno: Segundo Pieró (1999, apud PEREIRA 2002a), o trabalho por turnos e o noturno chegam a afetar cerca de 20% dos trabalhadores, acarretando diversos transtornos, tanto físicos como psicológicos, estando mais propensos os que precisam efetuar mudanças em períodos curtos de tempo.

Sobrecarga: A sobrecarga diz respeito às altas quantidades de trabalho que acabam ultrapassando a capacidade de desempenho, por insuficiência técnica, de tempo ou da infra-estrutura organizacional.

Relações Profissional-Cliente: quanto mais próxima e intensa a relação do trabalhador com o cliente (profissionalmente) maior é a propensão da doença.

Tipo de Cliente: De acordo com Carlotto (2001, apud PEREIRA 2002a), algumas características relativas ao cliente ou pessoa receptora do trabalho podem favorecer o Burnout. O tipo do problema do cliente, a natureza da relação entre eles, o papel de controle, a posição e a reação do ocupante do cargo são elementos que podem afetar as pessoas.

Relacionamento entre os Colegas de Trabalho: Dependendo do tipo de relacionamento entre os colegas de trabalho, pode desencadear o Burnout. Oubiña (1995, apud PEREIRA 2002a) relata que colegas que proporcionam apoio são obviamente um antídoto importante para acontecimentos carregados de ansiedade; ao contrário, aqueles que são mais competitivos, excessivamente críticos ou preguiçosos, somente contribuirão para piorar.

Conflito de papel: O conflito advém quando ocorre um embate entre as informações e as expectativas do trabalhador sobre seu desempenho.

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direitos, métodos e os objetivos estão pouco delimitados ou claros por parte da instituição possibilitando o aparecimento da ambigüidade e conflito de papéis.

Suporte Organizacional: Relacionado ao trabalho em equipe, quanto maior for a colaboração entre os indivíduos menor a incidência do Burnout.

Satisfação do Trabalho: A satisfação não se faz como critério para a incidência do Burnout.

Controle: Quanto maior a participação do individuo em situações de decisão menores são as chances do desenvolvimento do Burnout.

Responsabilidade: Aparece com mais freqüência em profissionais ligados diretamente com a responsabilidade que exerce sobre a vida de outras pessoas.

Pressão no trabalho: Estudos indicam que as pressões advindas do trabalho propicionam o aparecimento do burnout principalmente de exaustão emocional.

Possibilidade de Progresso: Carlotto e Schaudeli (2001, apud PEREIRA, 2002a), salientam que pessoas que possuem altas discrepâncias entre suas expectativas de desenvolvimento profissional e aspectos reais de seu trabalho apresentam maiores níveis de Burnout.

Percepção de Ineqüidade: Diz-se respeito à desigualdes, ou seja, diferenças sofridas no trabalho como, por exemplo, de salários e carga horária.

Conflito com Valores Pessoais: Quando o trabalho conflita com a posição ética e moral do individuo pode causar o Burnout.

Falta de Feedback: a ausência de retorno pode desencadear o burnout.

Fatores (características) Organizacionais Ambiente Físico: trabalhar sobre condições adversas como calor intenso, frio ruídos, pode interferir na saúde física e psicológica das pessoas e causar o Burnout.

Mudanças Organizacionais: Mudanças nas regras e nas normas da instituição podem deixar os funcionários inseguros e os mesmo se sentem alienados e desvalorizados quando nestas mudanças eles não participam.

Normas Institucionais: Quando as normas são muito rígidas impedem o profissional de inovar em suas atividades, sendo assim também é um motivo para desencadear o Burnout.

Clima: Um clima respeitável e confiável é muito difícil o aparecimento da síndrome.

Burocracia: Excesso de normas, regras

empresariais dependem de muito mais horas do que simplesmente a realização do trabalho por parte do funcionário.

Comunicação: Sempre clara, objetiva e concisa é a melhor para não ter erros.

Autonomia: Refere-se á possibilidade em tomar decisões sem necessitar de consulta ou de autorização de outrem.

Recompensas: quando as formas de ascender a postos ou níveis hierarquicamente superiores não são claras, ou chance inexistente, o trabalhador pode se sentir confuso e desesperado.

Segurança: Quando o ambiente de trabalho acaba-se tornando perigoso podendo causar a morte para o individuo.

Fatores (características) Sociais

Suporte Social: Colegas e amigos aos quais os indivíduos podem confiar.

Suporte Familiar: Refere-se á ajuda emocional dada pela família.

Cultura: Grande detentora do Burnout, já que diminui os agentes estressores.

Prestígio Social: Relacionado ao status pessoal do indivíduo.

Conseqüências do Burnout

As conseqüências do Burnout são sérias, e ligadas com o eu do individuo afetado.

A síndrome traz conseqüências físicas e pessoais que estão relacionadas aos sintomas que causam perdas ao indíviduo no campo profissional como a diminuição da qualidade, produtividade e grande rotatividade em instituições.

O administrador deve ter ciência que o indíviduo que desenvolveu a síndrome tem uma grande diminuição no ritmo do trabalho em todos os aspectos como na qualidade da execução do trabalho e predisposição á acidente.

As conseqüências organizacionais estão relacionadas ao absenteísmo, rotatividade, baixa produtividade e acidentes de trabalho, como descritos anteriormente.

Como o administrador detecta mais facilmente o Burnout no colaborador

É correto afirmar que para psicólogos é muito mais fácil detectar a síndrome de Burnout, devido á ferramentas que estão a sua disposição como, por

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exemplo, o MBI (Maslach Burnout Inventory). Este é um questionário de 22 questões que visa dar dimensão aos pontos de Exaustão Emocional, Despersonalização e a Realização Profissional.

Porém vale ressaltar que o MBI apenas avalia a síndrome, ou seja, que nível o indivíduo encontra disfunção temperamental. Cabe ao administrador verificar quais são os elementos que antecederam a evolução do processo.

Contudo para administradores, é mais difícil sendo que sua descoberta será em virtude das atitudes dos colaboradores na organização. As atitudes mais marcantes e de caráter completamente negativo, que administrador deve estar preparado para avaliar como: pouca autonomia no desempenho profissional; problemas de relacionamento com as chefias, o colaborador perde o senso quando não identifica mais ou nem segue a hierarquia da empresa; problemas de relacionamento com colegas ou clientes, distúrbios de humor, não respeita o convívio com clientes e colegas de trabalho; conflito entre trabalho e família, o colaborador leva problemas do trabalho para o convívio familiar e vice e versa; sentimento de desqualificação, impotência, de fracasso para a execução do trabalho; e falta de cooperação.

Estas são atitudes presentes e marcantes no dia a dia empresarial, sendo de fácil assimilação e percepção para o administrador descobrir a síndrome.

Resultado Preliminar

Pode-se concluir com este estudo preliminar que a Síndrome de Burnout é responsável por muitos problemas que envolvem os colaboradores, dentro do ambiente organizacional. Estes sempre são de caráter negativo, levando o administrador a redobrar a atenção nas pessoas que compõem a instituição. Outro ponto importante é que dependendo do nível de estresse que o funcionário estiver ele é um risco para a sua segurança e para a segurança da empresa como um todo, podendo causar acidentes e transtornos. Como dito anteriormente a fundamentação da pesquisa é fazer com que o seu leitor (administradores) possa conhecer e ter um sendo crítico avaliatório da síndrome, lembrando-se que o objetivo é ajudar e sugerir como o gestor pode detectar e fazer a prevenção da síndrome do trabalho. Ressalta-se que o indivíduo que por algum motivo Ressalta-seja qual dos fatores apresentados acima, deve procurar socorro médico e ser amparado pela instituição. Sendo assim é de extrema necessidade que o administrador conheça todos os fatores descritos acima para poder prevenir e até mesmo como identificar a Síndrome no seu início.

Referências Bibliográficas

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SOTO, Eduardo. Comportamento Organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2005.

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