Faculdade Pitágoras – Betim
Curso de Enfermagem
Disciplina:
FUNDAMENTOS TÉCNICOS
E SEMIOLÓGICOS EM
ENFERMAGEM
Enf. Wesley Vieira Andrade
Betim
ETAPA
P
ONTOS
T
IPO DE
A
VALIAÇÃO
S
EMANA DE
PROVA
Oficial
Individual
Parcial
Equipe
1
10
(peso
50% do
período)
10
(peso
70 % da
etapa)
10
(peso
30% da
etapa)
24 a 28/09
período)
etapa)
etapa)
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período)
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etapa)
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etapa)
03 a 07/12
SEMIOLOGIA DO
SEMIOLOGIA DO
SISTEMA TEGUMENTAR
SISTEMA TEGUMENTAR
SISTEMA TEGUMENTAR
SISTEMA TEGUMENTAR
Estrutura e função da pele
Estrutura e função da pele
(tato)
Figura 1: A pele e as estruturas anexas. Relação da epiderme e suas estruturas anexiais (glândulas sebáceas e sudoríparas e folículo piloso) com a derme e o tecido adiposo subcutâneo. Essas estruturas estão associadas a quebras na barreira da camada córnea.
Funções
Funções da Pele
da Pele
• Proteção;
• Previne a invasão por microorganismos e a perda de água e eletrólitos; • Percepção; • Regulação da temperatura; Identificação; • Identificação; • Comunicação; • Absorção e excreção;
• Produção de vitamina D (Contribui para a absorção de cálcio); • Recuperação de feridas.
PROTEÇÃO
PROTEÇÃO
O pigmento melanina e as enzimas antioxidantes
posicionadas na epiderme: proteção contra radiação.
A derme reticular espessa é uma barreira contra danos e
traumas, base para estruturas subdjacentes.
A epiderme resiste à fricção e à tensão tangencial.
O estrato córneo, uma barreira impenetrável para substâncias
externas, é mais espesso na região palmar e plantar para promover acolchoamento e proteção.
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO
Evaporação através das glândulas sudoríparas écrinas
(liberação de suor diretamente no estrato córneo – epiderme) é essencial para a termorregulação.
Dilatação e constrição vascular ajudam a regular a troca de Dilatação e constrição vascular ajudam a regular a troca de
calor pela pele para preservar calor em climas frios e eliminar calor após o exercício.
Mecanismos: Piloereção, vasoconstrição/vasodilatação,
R
R
ESPOSTA
ESPOSTA IMUNOLÓGICA
IMUNOLÓGICA
A pele é o braço mais externo da resposta imunológica,
projetada para defender contra infecção, células transformadas e toxinas, através de respostas imunes inata e adquirida altamente desenvolvidas.
Barreira contra infecções a partir de camada de células
queratinizadas, adesão intercelular firme, linfócitos e células apresentadoras de antígenos e manto ácido (pH 4,5 – 6,5).
B
B
ARREIRA
ARREIRA PARA
PARA PERDA
PERDA DE
DE ÁGUA
ÁGUA
O estrato córneo é o componente essencial da pele normal
para prevenir a perda transepidérmica de água.
Equilíbrio hidroeletrolítico através da manutenção do
conteúdo hídrico, eliminação de água em momentos conteúdo hídrico, eliminação de água em momentos oportunos e eliminação de íons.
S
S
ECREÇÃO
ECREÇÃO DE
DE RESÍDUOS
RESÍDUOS
As glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas (liberação
dos produtos nos folículos pilosos) transportam os resíduos e promovem a excreção de substâncias odoríferas.
S
S
ENSAÇÃO
ENSAÇÃO
A pele é o maior órgão sensorial. Ela e as membranas
mucosas são os principais locais de sensações agradáveis e desagradáveis.
A
A
NATOMIA
NATOMIA
T
T
OPOGRÁFICA
OPOGRÁFICA DA
DA
P
P
ELE
ELE
Considerada o maior órgão humano, chegando a medir
1,5 a 2,0 m2 no adulto médio, é composta por três
camadas:
Epiderme ou camada externa Derme ou córion
Hipoderme ou tecido celular subcutâneo ou tecido
A pele deriva-se de duas linhagens de células
germinativas: o ectoderma, que origina a epiderme, e a derme de origem mesenquimal.
A
A
NATOMIA
NATOMIA
T
T
OPOGRÁFICA
OPOGRÁFICA DA
DA
P
P
ELE
ELE
A união dessas duas camadas na zona da membrana
EPIDERME:EPIDERME:
Camada epitelial escamosa estratificada, superficial, fina e
avascular.
Unida por estruturas de adesão distintas denominadas
DESMOSSOMAS.
A
A
NATOMIA
NATOMIA
T
T
OPOGRÁFICA
OPOGRÁFICA DA
DA
P
P
ELE
ELE
Totalmente substituída a cada 4 semanas.
Mais espessa nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Sua coloração tem três origens:
Pigmento acastanhado melanina.
Pigmento amarelo-alaranjado caroteno.
Tonalidade vermelho-púrpura do leito vascular subjacente.
Os desmossomas formam uma ponte entre duas células vizinhas, por onde se conectam os filamentos intermediários, formando uma estrutura de grande força tensora. Sua estrutura é composta de várias proteínas de ancoramento intracelular (placoglobina e desmoplaquina) que é responsável pela conexão do citoesqueleto às proteínas de adesão transmembrana (desmogleina e desmocolina), que pertecem à família das caderinas.
Hemidesmossomas Desmossomas
Hemidesmossomas (Junção camada basal)
Camada córnea/Estrato córneo:
Constituída de células queratinizadas mortas.
Resiste à penetração de organismos e toxinas externos e
previne perda de água.
Estrato germinativo:
Forma novas células; principal ingrediente é a queratina;
presença dos melanócitos; constantemente descamadas e substituídas por células novas.
substituídas por células novas.
Camadas deste estrato:
Camada granulosa, com células achatadas cúbicas. Camada espinhosa, que forma projeções superficiais.
Lâmina basal ou camada basal:
Estrutura muito complexa de proteínas de origem
epidérmica e dérmica que unem a epiderme à derme, e resiste ao esforço transverso.
CÉLULAS DA EPIDERME:
Melanócitos:
Células dendríticas que sintetizam e secretam o pigmento melanina, localizam-se na camada basal. Diferenças na coloração da pele são determinadas pela atividade relativa dessas células.
Células de Langerhans:
Células de Langerhans:
Células apresentadoras de antígenos, localizadas na epiderme média (estrato germinativo). Mais abundantes em locais de doenças inflamatórias da pele, incluindo reações alérgicas como dermatite de contato. Células migratórias, contém receptores imunológicos (ex.: receptor de IgG).
CÉLULAS DA EPIDERME:
Células de Merkel:
Espalhadas entre os queratinócitos. Estão aderidos às células epidérmicas adjacentes por numerosas conexões de desmossomas. Contém catecolaminas (norepinefrina, epinefrina e dopamina) em seu citoplasma. Servem como mecanorreceptores de adaptação. Tumor nesta célula é considerado de alta letalidade.
Tumor nesta célula é considerado de alta letalidade.
Queratinócitos:
Resultam da diferenciação epidérmica, através de um processo geneticamente programado. Recebem este nome devido à sua constituição de queratina (proteína que forma filamentos rígidos insolúveis, os quais dão força à epiderme).
DERME:
Camada interna de suporte.
Constituída por tecido conjuntivo ou colágeno. Presença também de um tecido elástico.
Presença de nervos, receptores sensoriais, vasos sangüíneos e
A
A
NATOMIA
NATOMIA
T
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OPOGRÁFICA
OPOGRÁFICA DA
DA
P
P
ELE
ELE
Presença de nervos, receptores sensoriais, vasos sangüíneos e
linfáticos.
Presença de folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas
sudoríparas.
Derme papilar:
Matriz de colágeno que contém os vasos sanguíneos que
nutrem a epiderme.
Derme reticular:
Coxim mais resistente que protege o tecido subjacente e
contém as estruturas anexiais epidérmicas.
A derme é separada da fáscia e do músculo subjacente por A derme é separada da fáscia e do músculo subjacente por
uma camada de tecido adiposo subcutâneo que permite à pele mover-se livremente em relação às estruturas internas mais profundas.
As estruturas anexiais derivadas da epiderme estão
ancoradas na derme, mas penetram a epiderme e a barreira do estrato córneo.
ESTRUTURAS ANEXIAIS:
Folículo piloso: Estrutura cíclica que contém populações
especializadas de células epiteliais, célula de pigmento e células mesenquimais, que controlam o ciclo piloso.
Glândulas sudoríparas écrinas: Liberam o suor diretamente
através do estrato córneo. Distribuição ampla pelo corpo.
Glândulas sudoríparas apócrinas: Liberam seus produtos nos
folículos pilosos. Presentes principalmente nas axilas, região anogenital, mamilos e região inguinal.
Glândulas sebáceas: Drenam para os folículos pilosos
sebáceos do couro cabeludo, da face, do tórax, do dorso, da axila e da virilha.
Extensa rede de vasos sanguíneos e nervos: O plexo vascular
superficial alimenta a epiderme através de um extenso complexo de alças capilares na derme papilar.
Plexos vasculares profundos: Servem as estruturas anexiais da
derme. derme.
Importante:
Os folículos pilosos, com suas glândulas apócrinas e
sebáceas, e as glândulas sudoríparas écrinas são avenidas em potencial para a absorção transepidérmica de drogas, por penetrar o estrato córneo.
A pele e as
A pele e as
terminações nervosas:
terminações nervosas:
Percepção e sensibilidade
Percepção e sensibilidade
FENÔMENO DA ADAPTAÇÃO:
Potencial de resposta dado um estímulo persistente. Decorre
da inativação de canais de Na e Ca e ainda da ativação de canal de K.
Os receptores de adaptação rápida definem o início e o Os receptores de adaptação rápida definem o início e o
término do estímulo. Já os de adaptação lenta respondem durante todo o estímulo.
RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA
Receptores de Ruffini Calor
Discos de Merkel Tato e pressão
Receptores de Vater-Pacini Pressão
Receptores de Meissner Tato
• HIPODERME OU CAMADA SUBCUTÂNEA:
– É constituída por tecido adiposo que são aglomerados de lóbulos de células gordurosas.
– Funções:
A
A
NATOMIA
NATOMIA
T
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OPOGRÁFICA
OPOGRÁFICA DA
DA
P
P
ELE
ELE
• Acumula gordura como energia.
• Fornece isolamento para controle de temperatura. • Ajuda na proteção com seu efeito de amortecimento.
– Efetua a união dos tecidos vizinhos com a derme e dota a pele de maior mobilidade sobre as estruturas subjacentes.
• Pêlos:
– São fios de queratina e a anatomia é dividida em: • Pedículo piloso
• Raiz: onde fica a matriz pilosa • Músculos eretores
APÊNDICES DA PELE
APÊNDICES DA PELE
• Músculos eretores – Tipos de pêlo: • Lanugem fina • Pêlo terminal• Unhas:
– Placas duras de queratina nas margens dorsais dos dígitos e artelhos.
– Anatomia:
• Placa ungueal • Lúnula
• Matriz ungueal
Referências
• Bates, B & Hoekelmam, RA. Propedêutica Médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 732p.
• Borges EL, Saar SRC, Lima VLAN, Gomes FSL, Magalhães MBB. Feridas: como tratar. Belo Horizonte: Cooperativa Editora e de Cultura Médica Ltda, 2001. 144 p.
• Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 10 ed. Rio • Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 10 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002
• López M, Laurentys-Medeiros J. Semiologia Médica: As Bases do Diagnóstico Clínico. 4 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 648 p.
• Porto, Celmo Celeno. Exame Clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. 1187 p.