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FUVEST a Fase CICLO ASSINATURA DO CANDIDATO PROVA 21

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ASSINATURA DO CANDIDATO

FUVEST 2017

3

CICLO

2a Fase

PROVA 2

ASSINATURA DO CANDIDATO

FUVEST 2017

3

CICLO

2a Fase

PROVA 1

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Analise os termos empregados no texto e responda ao que se pede:

a) Explique o processo de formação do termo “envelhecimento”.

b) Indique qual palavra usada no texto representa um neologismo e descreva o processo de criação dela. Em seguida, explique seu significado para o contexto.

2

No período literário denominado Trovadorismo, o qual se deu durante a Idade Média, os trovadores elaboravam cantigas, que eram poemas feitos para ser cantados com o acompanhamento de alguns instrumentos musicais. Sobre as cantigas, responda ao que se pede.

a) Além do fato de o eu lírico ser masculino na cantiga de amor e feminino na de amigo, aponte outra característica que diferencie essas duas cantigas.

b) Aponte a principal diferença existente entre a cantiga de maldizer e a cantiga de escárnio.

3

O assalto aos fundos de pensão [...]

O principal modus operandi exposto pela Greenfield foi o “superfaturamento” de Fundos de Investimento em Participações (FIPs), usados por empresas que desejam captar dinheiro no mercado. Os fundos de pensão pagavam por cotas de FIPs mais do que elas realmente valiam, segundo Vallisney Oliveira, juiz da 10ª Vara Federal de Brasília que autorizou a operação. Entre as companhias beneficiadas estão algumas encrencadas na Lava Jato, como OAS, Engevix e Sete Brasil, e os investigados incluem alguns dos “campeões nacionais” que já contaram com generosas ajudas do BNDES, como os irmãos Batista, controladores da JBS.

[...]

Gazeta do Povo, 10 set. 2016. www.gazetadopovo.com.br.

a) A que termo(s) se referem as expressões “companhias beneficiadas” e “campeões nacionais”? b) O que está implícito no adjetivo “generosas” no contexto em que foi empregado?

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Leia o poema a seguir e responda às questões:

À distância

Há quem por ti distante vela, Deseja te ver sempre brilhar, Oferece-te carinho e zela Por tua felicidade e bem-estar. Alguém com palavras pincela O quanto encanta o teu olhar, Compõe versificada aquarela, Almeja admiração demonstrar. Tanta dedicação assim revela Ser pouco importante o lugar, Se uma paixão existe e é bela Até a distância poderá superar.

Dennys Távora. www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?pag=2&id=17230&categoria=7. Acessado em maio de 2017.

a) Aponte o que há em comum entre os versos 6 e 10 com relação à ordem de seus termos.

b) Explique de que maneira a ordem dos termos dos versos 6 e 10 contribui para a significação do poema.

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Fernão Lopes legou à língua portuguesa uma das mais belas histórias de amor do mundo, cujos protagonistas são o rei D. Pedro I, O Cru, e sua amante, Inês de Castro. Sobre a crônica que retrata essa história e suas personagens, responda ao que se pede:

a) Quem determinou a morte da jovem amante do príncipe D. Pedro I? Qual foi o motivo de tão brutal ato? b) Por qual razão Inês de Castro é conhecida como aquela “que depois de ser morta foi rainha”?

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Em 16 de setembro de 2016, a versão on-line da Gazeta Esportiva trouxe a seguinte manchete: “Confira ao vivo a convocação de Tite para a Seleção Brasileira”

www.gazetaesportiva.com. Acessado em maio de 2017.

a) Explique os dois sentidos que podem ser atribuídos ao texto e aponte o elemento linguístico responsável por isso. b) O sintagma nominal “de Tite”, quando tem o seu sentido alterado, também altera sua função sintática. Explique.

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O gato e a barata

A baratinha velha subiu pelo pé do copo quase cheio de vinho, que tinha sido largado a um canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância, que nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu-se, bebeu mais vinho, ficou mais tonta, debateu-se mais, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de sua aflição, no alto do copo.

– Gatinho, meu gatinho – pediu ela –, me salva, me salva. Me salva que assim que eu sair eu deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva. – Você deixa mesmo eu engolir você? – disse o gato. – Me saaalva! – implorou a baratinha. – Eu prometo. O gato virou o copo com uma patada, o líquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada. – Que é isso? – perguntou o gato. – Você não vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixava eu comer você inteira.

– Ah, ah, ah! – ria então a barata, sem poder se conter. – E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata velha e bêbada?

Moral: Às vezes a autodepreciação nos livra do pelotão.

www2.uol.com.br/millor/fabulas/074.htm. Acessado em junho de 2017.

a) De que forma pode ser interpretada a frase “Às vezes a autodepreciação nos livra do pelotão.”?

b) Ao criar essa fábula, o autor quis questionar certas atitudes. Por que a manipulação empregada pela barata assemelha-se ao comportamento de algumas pessoas?

(5)

[...]

Pai: O quê? Isso é maneira de falar com seu pai? Filho: Falo como quiser, pronto.

Pai: Não fique respondendo não: cale essa boca. Filho: Não calo. A boca é minha.

Pai: Olha que eu ponho de castigo. Filho: Pode pôr.

Pai: Venha cá! Se der mais um pio, vai levar umas palmadas. Filho: ...

Pai: Quem é que anda ensinando esses modos? Você está ficando é muito insolente. Filho: Ficando o quê?

Pai: Atrevido, malcriado. Eu com sua idade já sabia obedecer. Quando é que eu teria coragem de responder a meu pai como você faz. Ele me descia o braço, não tinha conversa. Eu porque sou muito mole, você fica abusando... Quando ele falava está na hora de dormir, estava na hora de dormir.

[...]

http://gabrielarcanjopt.blogspot.com.br/2013/03/hora-de-dormir-fernando-sabino-texto.html#!/2013/03/ hora-de-dormir-fernando-sabino-texto.html. Acessado em junho de 2017.

a) Extraia uma passagem do texto em que se nota o emprego de quebra sintática, também denominado anacoluto, e aponte como ocorre tal quebra.

b) Explique quais razões literárias e/ou semânticas levaram o autor a empregar o anacoluto.

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O operário no mar

Na rua passa um operário. Como vai firme! [...] Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. [...] Para onde vai o operário? [...] Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar--lhe que suste a marcha. [...]

Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido [...] Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados [...] Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca--se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?

Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros.

a) No trecho “atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão” (L. 7-8), o pronome oblíquo “me” foi utilizado duas vezes, porém com aspecto semântico diferente. Explique a função de cada um e proponha a substituição de um dos pronomes a fim de tornar o texto mais coeso e menos repetitivo, mantendo a relação de sentido.

b) Identifique e explique as funções dos pronomes destacados no trecho: “Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular [...], sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha” (L. 2-4).

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REDAÇÃO

Leia o texto a seguir e reflita sobre o tema apresentado.

Há um medo de que o medo acabe?

O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas.

Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinaram a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do meu território.

O medo foi afinal o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas.

Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas. [...]

Em nome da segurança mundial foram colocados e conservados no poder alguns dos ditadores mais sanguinários de toda a história, e a mais grave dessa longa herança de intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.

A Guerra Fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo a oriente e a ocidente e, por que se tratar de entidades demoníacas, não bastam os seculares meios de governação, precisamos de intervenção com legitimidade divina.

O que era ideologia passou a ser crença. O que era política tornou-se religião. O que era religião passou a ser estratégia de poder. Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: Para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentarmos as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania.

[...]

Sem darmos conta fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões de ética são esquecidas, porque está provada a barbaridade dos outros e, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade. É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha, a Grande Muralha, que foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente morreram mais chineses construindo a muralha do que vítimas das invasões que realmente aconteceram.

Diz-se que alguns trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção. Esses corpos, convertidos em muro e pedra, são uma metáfora do quanto o medo nos pode aprisionar.

Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje no mundo um muro que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente. Citarei Eduardo Galeano acerca disto, que é o medo global, e dizer: Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.

E, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.

Mia Couto. Há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas. www.gluckproject.com.br/ha-neste-mundo-mais-medo-de-coisas-mas-do-que-coisas-mas-propriamente-ditas-mia-couto/. Acessado em maio de 2017.

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está levando as pessoas a se fecharem cada vez mais e quais seriam as consequências disso; podemos pensar, ainda, no medo do desconhecido etc. Por outro lado, o texto de Mia Couto propõe uma outra reflexão: a quem interessa esse medo generalizado? Baseando-se nessas informações e em outras que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você apresente uma resposta à pergunta Há um medo de que o medo acabe?. Para isso, levante hipóteses e argumentos que sustentem seu ponto de vista.

Instruções:

• A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. • Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação. • Dê um título à sua redação.

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