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Caminha Conosco, ao mesmo tempo tema de estudo e fonte de

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Academic year: 2021

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N9 6 1982 Setembro

Editorial

Uma boa nova para os casais Acolher a Palavra

A oração familiar Trinta minutos para Deus Peregrinos

Nossa resposta ao Magnificai .. Para que serve uma montanha,

ou A propósito do retiro anual O compromisso pastoral das Equipes

com a Igreja ... . "Recebemos.

O INFLOR e a Semana da Família

2 3 5 6 9 lO 12 15 16 em Florianópolis . . . 19 Questão de confiança 22 O primeiro EACRE em Londrina 23 Um fruto inesperado . . . 25 O E ACRE de J aú

Notícias dos Selares

Se conhecesses o dom de Deus

26 28 32

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I

EDITORIAL

Dois homens desamparados caminham numa estrada ao cair da tarde. Um desconhecido se une a eles. Diálogo. Convite. E, de repente, diante deles está o Ressuscitado! ...

Quantas vezes ouvimos ou lemos este espisódio evangélico dos discípulos de Emaús! E nosso coração sempre batia com mais força: nós estamos com eles, nós somos eles!

As Equipes de Nossa Senhora nos propuseram este ano colo-car-nos deliberadamente nesta perspectiva e caminharmos jun-tos, todos nós, com a certeza em nossos corações de que Alguém caminha conosco .

Recebemos, no princípio do ano, um caderno especial, Cristo Caminha Conosco, ao mesmo tempo tema de estudo e fonte de reflexões e sugestões para nossa vida pessoal, de casal e de equi-pe, para nossas reuniões, noites de oração, dias de estudos.

Assim, caminhamos com os dois discípulos, vivemos o mes-mo desânimes-mo, as mesmas dúvidas. Com eles, ouvimes-mos o Desco-nhecido explicar-nos as Escrituras. Como eles, sentamo-nos à mesa do pão partilhado.

Abriram-se os nossos olhos? Estão ardendo os nossos cora-c;ões? Tomou novo impulso nossa fé no Cristo que vive, hoje, conosco?

É chegada a hora de nos unirmos a todos os casais que, den-tro de poucas semanas, vindos dos cinco continentes, irão dirigir--se para Roma, para o centro da grande comunidade da Igreja, para junto do sucessor de Pedro.

Possamos partir com o coração aberto, com o coração pronto para escutar. E também com o coração cheio de amor pelos que nos cercam; cheio do desejo de que todo-s os casais do mundo se realizem no amor; repleto de compaixão por esse nosso mundo dilacerado pela injustiça e pela violência. Não seremos peregri-nos para nós, mas para Deus e para os peregri-nossos irmãos.

Ao pôr-nos a caminho, trata-se de levar conosco todos os ca-sais do mundo, conhecidos e desconhecidos, todos os que sofrem no seu amor. A eles desejamos anunciar essa Boa Nova redes-coberta, para eles queremos ser os portadores da Esperança.

Se não podemos realizar fisicamente este gesto de peregrinos ao coração da Igreja, podemos fazê-lo espiritualmente. O Movi-mento todo deve sentir-se em marcha para Roma e cada uma das

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-nossas equipes, cada um dos nossos Setores encontrará a maneira concreta de nos unirmos todos a esse tempo forte que as Equipes de Nossa Senhora decidiram viver no intuito de haurirem novas graças para servirem a Igreja e a Família em nossos dias .

o

UMA BOA NOVA PARA OS CASAIS

<Da Carta francesa>

Ao colocar-nos durante este ano no lugar dos discípulos de Emaús, como poderíamos deixar de ir ao encontro dos nossos ir-mãos para dizer-lhes: nós vimos o Cristo!

É claro que, antes, é preciso, como os discípulos, darmos meia volta, converter-nos! Refazer o caminho que eles fizeram. Virar as costas ao pessimismo, tomar a direção oposta ao desânimo, a da Esperança, para irmos a Jerusalém proclamar a Boa Nova: Ressuscitou, estamos salvos!

Membros das Equipes de Nossa Senhora, somos depositários de uma boa nova especial:

que o amor conjugal é um valor,

que o casamento é um caminho de realização, que a fidelidade é fonte de felicidade,

que as pessoas encontram razões para ter filhos não obstante os riscos de desemprego ou de guerra.

Nas Equipes de Nossa Senhora, somos portadores de espe-rança porque conhecemos e vivemos estas coisas que João Paulo II lembra na sua Exortação Apostólica sobre a Família. Temos a responsabilidade de testemunhar que não se trata de especula-ções desencarnadas do Papa, mas de realidades vividas por mi-lhares de casais.

Devolver esta confiança aos homens e mulheres que duvidam é um dever, talvez maior ainda do que o de lhes proporcionar alimento ou saúde. A ajuda econômica e a luta pela justiça social são necessárias, mas há entre esses bens e a Esperança que temos a mesma diferença que existe entre a água do poço que a Samaritana oferecia a Jesus e a Agua Viva que Jesus oferecia à Samaritana.

É essa a Boa Nova que temos para anunciar. Seu impacto (

será proporcional ao vigor do testemunho de cada um e ao nú-mero de pessoas que testemunham. A Igreja conta conosco para dar à Exortação do Santo Padre todo o peso do nosso teste-munho.

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ACOLHER A PALAVRA

Quantas vezes temos ouvido isto desde que entramos nas Equipes! Dias de estudos, retiros, reuniões, o próprio tema de estudos deste ano no-lo têm recordado como sendo um meio na-tural para avançarmos rumo às metas cristãs. Pois bem, vamos perguntar-nos: como vai a nossa leitura e a ndssa compreensão da Palavra de Deus?

Há lares em que se dedica um dia por semana à leitura da Sagrada Escritura, cada um dizendo depois o que esta leitura lhe sugeriu. Isto nos parece um caso extraordinário? São Paulo assim desejava a todos: "Que a palavra de Deus viva intensa-mente entre vós." E a própria Escritura nos diz que "nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus".

Deus nos escreve uma carta - contudo, quase sempre, dei-xamos essa carta no bolso sem abri-la. Lemos os mais diversos livros, lemos diariamente o jornal; mas se há um livro que lemos pouco é a Bíblia. Embora seja um livro muito difundido, con-tinua bastante ignorado. Deveríamos perguntar-nos como faze-mos para ignorá-lo tanto?! Estafaze-mos tão ocupados assim que não temos tempo para ele? Que outros livros nos parecem tão ur-gentes ou tão mais importantes?

Muitas vezes, sem dúvida, vocês ouviram dizer: leiam o Evangelho, precisam recorrer ao Evangelho. . . Alguns respon-dem: "Já tentamos, mas o que lemos já nos parecia conhecido e talvez por isso não nos dizia nada." Não lhes parece terrível ter que confessar um fracasso desses?

Se o Evangelho não nos fala, é porque não soubemos lê-lo como convém. Talvez o estejamos lendo como um livro comum, para saber o que vai acontecer, para saborear as peripécias de seus relatos. Mas o Evangelho não é um livro comum! É um livro de comunhão com o pensamento de Deus e de revelação daquilo que nós mesmos somos. Não entenderemos a Sagrada Escritura enquanto não nos vermos nela, enquanto ela não nos revelar quem somos, enquanto não se converter em luz que ilu-mine nossa vida e conteste nossos comportamentos.

O Evangelho poderia ser comparado com um espelho. Não usamos um espelho para estudar a sua antiguidade, seu valor, sua autenticidade ou sua marca: usamos um espelho apenas para olhar--nos nele! Somente quando começamos a olharolhar--nos na Palavra de Deus percebemos como somos e como estamos agindo, e só a partir desse momento é que ela começa a agir em nós.

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Diante do Evangelho, só deveria haver dois tipos de homens: os que dizem sim e os que dizem não. E, não obstante nos pos-sa parecer paradoxal, a imenpos-sa maioria é formada por aqueles que dizem: sim, mas. . . Ou seja, os que temos uma resposta muito mais complicada e condicional. Uma resposta que parece que diz sim, mas que logo demonstra que é não. Uma resposta nem fria nem quente. O famoso "nem sim, nem não, muito pelo contrário" ...

Deus acreditava que, diante do seu Evangelho não haveria mais que essas duas respostas possíveis: sim e não. No entanto, acontece que nós, cristãos velhos e espertos, ao cabo de vinte sé-culos criamos uma grande gama de respostas intermediárias, uma espécie de cômoda e espaçosa terra de ninguém, onde nos situa-mos tranqüilos entre o Evangelho, com suas bem-aventuranças, e os nossos egoísmos pessoais.

Uma prova disto, vamos buscá-la no próprio Evangelho. "Aquele que ouve a Palavra e a põe em prática (na sua vida, entende-se) é como um homem que edificou sua casa sobre a rocha. Aquele que edificou sobre a areia, edificou erradamente e a casa lhe veio abaixo." Para Cristo, decididamente, não ca-bem mais do que estas duas atitudes.

E no entanto, é aqui que aparece uma terceira atitude, que é a de muitos de nós: a daquele que edifica sobre a areia, mas tão bem camuflado e pintado, imitando tão bem a pedra que todos os que passam acreditam que tenha construído sobre a pedra mais legítima. O que acontecerá a este homem quando

soprar o forte vendaval da vida é coisa que não desejo a nenhum de vocês nem a mim.

Edificar sobre a pedra é precisamente acolher a Palavra, fazê-la nossa, dar nossa adesão a ela, sem hesitações nem camu-flagens. "Aos que a receberam, deu o poder de se tornarem filho de Deus, àqueles que crêem nela." (Jo. 1, 12-13)

Com o Evangelho acontece o mesmo que com os bons vinhos, que têm de ser saboreados várias vezes e em pequenas quanti-dades. Uma segunda leitura de uma mesma passagem sem

dú-vida nos dirá algo de novo além daquilo que nos disse da pri-meira vez, na medida em que nos interessemos em encontrar-lhe

novos significados.

Entretanto, é sobretudo o Espírito quem nos abrirá a

inteli-gência para compreendermos melhor o que Deus nos diz pela sua Palavra. Por isso nossa leitura do Evangelho deve estar sempre precedida de uma oração sincera: "Vem, Espírito Santo, ensina-nos a luz da tua verdade!"

Pe. Joaquim Sangran, S.J. (Traduzido da Carta Espanhola)

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A PALAVRA DO PAPA

A ORAÇAO FAMILIAR

(Fa.milia.ris Consortio, IV - A participação na vida e na. ml.ssão da Igreja - , 2) A familia cristã, comunidade em diá-logo com Deus, n9 59)

A Igreja reza pela família cristã e educa-a a viver em ge-nerosa coerência com o dom e o dever sacerdotal, recebido de Cristo Sumo Sacerdote. Na realidade, o sacerdócio batismal dos fiéis, vivido no matrimônio-sacramento, constitui para os côn-juges e para a família o fundamento de uma vocação e de uma missão sacerdotal, pela qual a própria existência cotidiana se transforma num "sacrifício espiritual agradável a Deus por meio de Jesus Cristo": é o que acontece, não só com a celebração da Eucaristia e dos outros sacramentos e com a oferenda de si mes-mos à glória de Deus, mas também com a vida de oração, com o diálogo orante com o Pai por Jesus no Espírito Santo.

A oração familiar tem as suas características. É uma oração feita em comum, marido, mulher juntos, pais e filhos juntos. A comunhão na oração é, ao mesmo tempo, fruto e exigência da-quela comunhão que é dada pelos sacramentos do batismo e do matrimônio. Aos membros da família cristã podem aplicar-se de modo particular as palavras com que Cristo promete a sua pre-sença: "Digo-vos ainda: se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, obtê-la-ão de Meu Pai que está nos Céus. Pois onde estiverem reunidos, em Meu nome, dois ou três, Eu estou no meio deles."

A oração familiar tem como conteúdo original a própria vida de família, que em todas as suas diversas fases é interpretada como vocação de Deus e atuada como resposta filial ao Seu ape-lo: alegrias e dores, esperanças e tristezas, nascimento e festas de anos, aniversários de núpcias dos pais, partidas, ausências e regressos, escolhas importantes e decisivas, a morte de pessoas queridas, etc., assinalam a intervenção do amor de Deus na história da família, assim como devem marcar o momento favorável para a ação de graças, para a intercessão, para o abandono confiante da família ao Pai comum que está nos céus. A dignidade e a responsabilidade da família cristã como Igreja doméstica só po-dem pois ser vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se implorada com humildade e confiança na oração.

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I

TRINTA MINUTOS PARA DEUS

Durante vanos anos, fiz com regularidade a minha medita-ção. Pouco a pouco, foi sendo abandonada. Um dia, na revista onde eu colaborava, designaram-me para uma reportagem numa "Casa de Oração". Meu primeiro movimento foi tirar o corpo, mas acabei indo. E lá estava eu, na primeira manhã, para a primeira atividade: 30 minutos de oração, com o título de "medi-tação". Trinta minutos de vazio... ao ponto de ser levado a dizer a mim mesmo: Depois que você abandonou a meditação, como você ficou longe de. . . Longe de Deus? Mas se eu pro-curo trabalhar conscienciosamente, se propro-curo dar-me bem com todo o mundo. . . será que isto não me aproxima de Deus tanto quanto ficar aí imóvel, olhando disfarçadamente para o reló-gio? ...

O último dia daquela semana comportava 3 horas de medi-tação. Três horas seguidas! No entanto, passaram mais depres-sa do que os 30 minutos do primeiro dia. Questão de treino? Não, seria preciso mais do que seis dias. Acredito, isto sim, que eu tinha redescoberto Deus, reencontrado a fome de Deus que nos impele à meditação.

Foi então que compreendi o tédio que me tinha levado a abandonar a meditação: ela se havia tornado uma "coisa" que eu precisava encaixar a qualquer preço no meu horário de todos os dias. Este horário, cada vez mais sobrecarregado, é que ocupa-va o primeiro lugar, minha vida é que comandaocupa-va a oração.

Houve então uma brusca mudança de perspectiva: eu vi que a fome de Deus é que constituía a essência de meu ser e que era ela (e portanto a oração) que devia comandar a minha vida.

Passei a entender melhor certos salmos: "Tem sede a minha alma do Deus vivo ... " (SI. 41); "Meu Deus, procuro-te, de ti tem sede a minha alma, por ti desfalece a minha carne" (SI. 63) ; ''Exultam meu coração e minha carne pelo Deus vivo!" (SI. 84). É certo que estes lampejos de fé e de lirismo combinam muito mal com a vida a que chamamos "real". Bem que o percebi quando voltei daquela semana. Assim mesmo, encontrei 30 mi-nutos por dia para a minha meditação. E. . . funciona.

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Devo dizer que tinha compreendido também que há medita-ção e meditamedita-ção. A meditamedita-ção que eu acabava de revalorizar era algo mais amplo, mas flexível, nitidamente mais atraente do que a meditação que havia abandonado.

A revolução de Copérnico

Vou tentar apresentar o meu ponto de vista. Não se trata de introduzir mais alguma coisa no meu dia, ou de passar a exer-citar-me numa nova "técnica espiritual". Trata-se do sentido glo-bal que quero dar à minha vida. Para isto, proponho que entre-mos primeiro na perspectiva da revolução de Copérnico. Sem

isto, qualquer discussão sobre "fazer ou não fazer a meditação diária" é inútil, porque ficamos à margem da verdadeira questão. Vocês se lembram de Copérnico e Ptolomeu? Era pacífica, até Copérnico, a teoria de Ptolomeu, que datava do IP século. Segundo ele, o universo girava ao redor da terra, considerada como o seu centro. Não foi sem lutas que, lá pelo ano de 1543, Copérnico provou que era o sol o centro de nosso sistema plane-tário.

Pois bem. Ou Deus é o sol ao redor do qual eu organizo tudo; ou então Deus é um objeto entre muitos outros que gravi-tam no céu sobrecarregado da minha vida. Copérnico ou Pto-lomeu.

Criados por Deus, criação contínua de Deus, somos funda-mentalmente feitos para Deus. Todo o nosso ser é impulso, "vo-cação" para Ele, para a plenitude à qual nos chama. É o que proclama Santo Agostinho: "Fizeste-nos para ti. ... "

Penso que, teoricamente, todo o mundo aceita isto, mas sem chegar à lógica de um comportamento correspondente. O nosso proceder cotidiano com demasiada facilidade é organizado com base em outros dados. Tanto assim que, quando se trata de assumir uma responsabilidade quanto à oração, procuramos automatica-mente encaixar este dado na nossa vida tal qual ela é, ao passo

que seria preciso antes de mais nada examinar qual a idéia fun-damental sobre a qual a nossa vida está construída.

Um "bom pedaço de tempo" para Deus

Para entrar no espírito de oração e nele perseverar, é preciso um encontro diário com Deus, um "bom pedaço" do nosso tempo dedicado inteiramente a Ele. Todos os que passaram por esta experiência estão de acordo neste ponto. O que falta, a meu ver, é mostrar quão indispensável é haver uma homogeneidade entre

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esse tempo de meditação e a vida cotidiana. A meditação ver-dadeira (e durável) só pode ser o tempo forte de uma contínua fome de Deus. Há uma interação entre estas duas coisas: a fome de Deus nos impele para a meditação, a meditação intensifica a fome de Deus, que conduz a meditações cada vez mais profundas. O grande passo a dar antes de nos decidirmos a retomar a meditação é aceitar como verdadeira realidade, como verdade mestra a afirmação de Santo Agostinho: "Fizeste-nos para ti. .. ". Concretamente, isto significa que eu quero fazer de toda oração reencontro com Deus; que eu quero entregar-me a qualquer tra-balho sem abandonar a Deus; que eu quero doar-me aos meus irmãos com o próprio amor de Deus. São estas aspirações que podem ser chamadas de estado de oração, clima de oração. Den-tro desse clima, não há dificuldade alguma para se encontrar 30 minutos por dia.

Quando se opõe oração e ação, as pessoas pensam no tempo "roubado" à ação generosa. Mas o espírito de oração não é ape-nas "um tempo", é a própria cor de uma vida, quando se tem fome de Deus! E vidas assim têm sempre, além desta, uma outra cor: a fome de servir os outros.

Longe de ser um banho de irrealidade, esses 30 minutos apa-recem como os mais reais d~ntro do nosso dia. Falo por expe-riência. As raras vezes em que eu me senti tentado a fazer dez outras coisas "muito urgentes" em vez de "perder" esses trinta minutos, passei o dia na confusão e na irrealidade.

Demos-Lhe este presente

É necessário ver muito bem por que vamos dar esses trinta minutos para Deus. Para que nos mantenha, dia após dia, volta-dos para Ele, com real fome dEle. Não quero deixar de alertá-los para uma idéia falsa e muito prejudicial: imaginar que vamos para a meditação com a disposição de fazer trabalhar a cabeça, com o objetivo de penetrar os mistérios e as forças de Deus. Va-mos a ela para sermos nós trabalhados por Deus.

Somos ricos apenas desses trinta minutos que vamos dar a Deus. É algo que nos deve levar a pensar. Queremos tanto dar algo para Deus! Eis que podemos, todos os dias, chegar diante dEle com este presente de trinta minutos.

Adaptado de André Sêve, "Trente minutes pour Dieu",

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PEREGRINOS

A definição de peregrino que encontro no dicionário- "Aque-le que se dirige a um lugar santo" - não parece aplicar-se aos dois discípulos de Emaús. E se tentássemos inverter a perspec-tiva e definir o peregrino a partir desse exemplo?

Peregrinos: andarilhos mais ou menos cansados, o corpo can-sado, a alma cansada - a fé cansada, talvez. "Foi condenado à morte . .. ". A 'morte de Deus', eis algo bem atual!

Cristo ama esses andarilhos, pois sua tristeza continua sendo manifestação de fé e de amor, embora não o saibam. Não vai deixar escapar os seus amigos tão facilmente! Incógnito, alcan-ça-os. Seus corações, que duvidam, não são mais capazes de re-conhecê-lo. No entanto, ainda são os "corações que escutam" de que fala a Bíblia. Eis, evidentemente, a atitude essencial.

De repente, esses corações que batem em marcha lenta en-contram novamente seu ritmo, a alegria de viver!

Mas Cristo não costuma impor-se. "Jesus fez como se fosse mais adiante". Surge imediatamente o convite, tocante: "Fica conosco, pois já escurece."

Jesus não se faz de rogado. E os olhos deles se abrem: "É

Ele!"

Acabou o cansaço! Retomam seu bastão de viandantes. Apres-sam-se em meio à noite já feita, na impaciência de anunciarem aos amigos a grande notícia: "Ele está vivo!"

De dois peregrinos, o encontro com Jesus fez dois apóstolos. Não é pouca coisa que, ao voltarem de Roma, alguns milhares de casais-peregrinos (tenham eles ido física ou apenas espiritual-mente) anunciem, com renovada convicção, aos seus irmãos cris-tãos em crise, ao nosso mundo angustiado, em meio à avalanche das notícias cotidianas, a única notícia que realmente importa: "Ele está vivo! Deus não está morto: é o Deus vivo."

Henri Caffarel

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NOSSA RESPOSTA AO MAGNIFICAT

Maria visitou Isabel porque só ela poderia entender o mis-tério que envolvia a sua vida.

E, ao ouvir Isabel louvar a sua fé, a Mãe do Salvador nos deu o canto do verdadeiro louvor: o Magnificat.

Queremos também agradecer e exultar no Senhor, vivendo na alegria, apesar de todas as nossas quedas e decepções.

Ele fez em nós grandes coisas, porque somos criaturas suas, mas não percebemos as maravilhas que se operam em nós porque um orgulho descabido nos enche de vaidade diante dos nossos

&~ I

Sabemos quão santo é o nome do Senhor e que sua

miseri-córdia se manifesta ainda hoje e sempre em cada um de nós.

Mas não sabemos usar dessa misericórdia ...

Questionamos os desígnios de Deus, como se a sua resposta

às nossas preces não fosse transbordante de sabedoria.

Muitas vezes Ele deixa o nosso sofrimento persistir porque é aceitando a dor que vamos caminhando para a santidade.

E Ele nos quer santos!

O orgulho que reina em nosso coração não permite que se-jamos os humildes do Senhor e perdemos a oportunidade de ser-mos cumulados de graça.

Lutar pela justiça neste mundo tão injusto e tão carente de paz não é a nossa meta porque isto exige coragem e somos os covardes que calam ...

As promessas do Altíssimo se cumprem a cada dia, porque somos o seu povo escolhido; elas não se perdem no vazio sem eco,

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mas não somos capazes de acreditar nelas porque os nossos olhos estão vendados para as realidades sobrenaturais.

Carentes de "sim", vivemos a dizer "não" ...

Oh, Mãe de benevolência! Fortaleça-nos a fé, para cantar-mos o Magnificat cheios de confiança, e com o coração transbor-dante de amor. Amém!

Margarida e Agostinho Equipe 2 de Juiz de Fora

O Magnificai não deve 3er apenas recitado, mas vivido e assumido como orientação de vida e como compromisso com a Igreja e o mundo, a exemplo de Maria.

O documento de Puebla é ao mesmo tempo o apelo de Cris-to e de Maria e das necessidades do nosso mundo, dos seus po-bres, humildes e famintos. Atender a este apelo significa viver a fé, viver o Magnificai.

Elfie e Dragan Equipe 3 de PetrópoUs

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PARA QUE SERVE UMA MONTANHA, ou A PROPóSITO DO RETIRO ANUAL

Qual seria o alpinista que não desatasse às gargalhadas ou-vindo alguém comentar "Para que serve uma montanha e por que

é que se quer por força chegar ao topo dela?!" Sem dúvida al-guma responderia: "É porque é sensacional, mas realmente de-finir para o que serve, é bem difícil ... "

E um casal fazer um retiro, para que serve?

Fazer retiros é uma antiga tradição na Igreja. Os retiros pa-ra casais são muito recentes. Com o desenvolvimento da espiri-tualidade conjugal, tomou-se mais consciência do valor desses poucos dias em que o casal se consagra mais ao Senhor.

São os testemunhos e a experiência de tantos casais, de ida-des e culturas tão diversas, que incitam as ENS a afirmar e a reafirmar com a maior convicção que fazer regularmente - pelo menos uma vez por ano - um retiro espiritual, se possível em casal, é muito importante.

Fazer um retiro é, antes de mais nada, partir - "retirar-se": é afastar-nos da no-ssa vida quotidiana para poder reassumi-la me-lhor depois. É aceitar uma ruptura.

Para alguns, esta ruptura é relativamente fácil, pois sentem que lhes é indispensável. Partir tornou-se uma coisa normal. Psicologicamente e materialmente, os problemas encontram a sua solução.

Estes casais regozijam-se com a perspectiva de gozar estes días de calma, de repouso e de recolhimento, e aspiram profun-damente por eles. Sabem por experiência própria que vão re-gressar calmos e como que renovados. "Com tudo o que vai por aí, dizia um d~les, perde-se o norte tão depressa! O retiro ajuda a reencontrá-lo. Há sempre problemas, mas são encarados por outro prisma."

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Para esses, no entanto, uma pergunta: "Vocês, que vão para o retiro felizes porque sabem que o retiro é um dom do Senhor, a quantos casais não membros das ENS já propuseram que os acom-panhassem?"

Para outros, quantos obstáculos a vencer! Encontrar datas e lugares convenientes, encontrar soluções satisfatórias para cada um dos filhos, encontrar maneira de resolver os problemas pro-fissionais, aceitar que aquele trabalho urgente sofra uma demo-ra ... Para estes, uma pergunta também: "Vocês têm a simpli-cidade de pedir a ajuda material de sua equipe? e o seu estímulo amigo e exigente?"

Para outros, as dificuldades surgem a nível do próprio casal. Ele bem que gostaria de fazer um retiro, mas ela está reticente, ou vice-versa. Ele aceita um retiro de 48 horas, ela gostaria de fazer um mais longo ... E nada se decide, o tempo vai passando e nem um nem outro tomam uma decisão.

o

Ir para um retiro é querer encontrar Alguém - Deus - que se dá a nós. E aceitar ouvir, receber, contemplar. É aceitar de antemão ser encontrado, esclarecido, convertido. . . "Eu sei os sentimentos com que parto, mas quais serão eles quando voltar?" Portanto, ir para um retiro é um risco que se corre. E tam-bém um ato de fé. Porque a fé transforma o nosso olhar. Ela ensina-nos, graças a esses tempos privilegiados de oração, a olhar para os outros através do olhar de Deus. Em primeiro lugar, este marido, esta mulher que Deus ama e que confia ao meu amor, humano e frágil; e estas crianças, cada uma delas, causa de tan-tas alegrias e algumas vezes, de sofrimento... E, por último, eu próprio a quem não amo tanto como Deus me ama, simplesmente. E todos os outros, que estão no nosso caminho, os que vPmos e talvez esses outros que, até agora, não queríamos ver. Se o nosso olhar muda, é necessário oue a nossa vida também mude, a nossa maneira de viver, o modo de assumirmos as nossas res-ponsabilidades, a escolha dos compromissos aos quais Deus nos chama.

É difícil fazer um retiro em que nos comprometamos com uma certa profundidade sem longos momentos de recolhimento, de silêncio e de oração. Mas isto se aprende. O pregador ou os animadores do retiro podem ajudar, guiar; mas é o Senhor que age e que transforma ...

Recentemente dizia-nos um sacerdote: "Sempre tenho von-tade de tirar duas fotos: uma no princípio do retiro - todos

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apa-recem cansados, tensos, às vezes até na defensiva. Outra foto no fim - eis que aparecem os sorrisos, a fraternidade que uniu os retirantes. para além do silêncio; marido e mulher parecem mais apaixonados ... Para alguns é um 'começar de novo'."

Um retiro deve ser preparado material e espiritualmente. Quanto mais curto, tanto mais é necessária esta preparação antes de começar. Como em qualquer coisa importante, o fator "tem-po" não pode ser subestimado. Alguns comentam: "É na hora de acabar o retiro que se tem a impressão de que ele vai começar. E uma pena."

A preparação faz-se na oração, na fidelidade às obrigações quotidianas e em união com aqueles, conhecidos ou desconhe-cidos, com os quais vamos formar uma "comunidade cristã" du-rante alguns dias.

São cada vez mais numerosos os que optam por retiros mais longos - 3, 5 e 8 dias. Existem, em certas Regiões, vários tipos de retiro. Noutras, é preciso começar da estaca zero e os casais das ENS são então chamados a prestar um importante serviço à Igreja: o de organizar retiros para casais, abertos a outros casais que desejem participar.

Dos 365 dias do ano, quais são os que reservamos para o nosso retiro? Querer é. . . prever!

Pau.l e Marie-J eanne Vercruysse

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O COMPROMISSO PASTORAL DAS E.N.S. COM A IGREJA

Mensagem do Pastor às Equipes de Jundiai pelos vinte anos do Movimento naquela cidade.

Tendo destacado entre as prioridades pastorais do meu ser-viço episcopal a Pastoral Familiar, não posso deixar de manifes-tar às Equipes de Nossa Senhora, não só a minha estima, como principalmente a minha certeza de que elas se tornarão cada vez mais um dos mais valiosos e eficientes instrumentos de evangeli-zação e catequese na vida eclesial da Igreja de Jundiaí.

João Paulo II, no seu documento sobre a Função da Família Cristã no mundo de hoje, "Familiaris Consortio", nos adverte: "Entre os deveres fundamentais da família cristã estabelece-se o dever eclesial: colocar-se ao serviço da edificação do Reino de Deus na história, mediante a participação na vida e na missão da Igreja" (n.0 49).

Quanto mais as Equipes de Nossa Senhora forem retempe-radas na fidelidade das suas origens e na identidade das suas ca-racterísticas, e não permitirem que o processo secularizante da sociedade contamine a sua consciência e vida cristã, mais e me-lhor elas atingirão a imagem perfeita da família "como comuni-dade crente e evangelizadora" (F.C.)

Comunidade crente, santuário doméstico da Igreja, aberta ao diálogo e à comunhão com Deus, pela oração, pelos sacramentos, pela vivência das bem-aventuranças.

Comunidade evangelizadora, aberta à participação no minis-tério eclesial da evangelização e catequese, pelo serviço ao amor conjugal e familiar, e pela disponibilidade em prestar sua ge-nerosa presença e empenho para promover a "comunhão espiri-tual das famílias cristãs, radicadas na fé e na esperança comuns que constitui uma energia interior que dá origem, difunde e de-senvolve justiça, reconciliação, fraternidade e paz entre os ho-mens. Como 'pequena Igreja', a família cristã é chamada, à se-melhança da 'grande Igreja', a ser sinal de unidade para o mundo e a exercer deste modo o seu papel profético, testemunhando o Reino e a paz de Cristo para os quais o mundo inteiro caminha"

(FC, 48).

Isto espero e desejo ardentemente para as Equipes de Nossa Senhora.

Dom Roberto Pinare.llo de Almeida Bispo Diocesano de Jundiai

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15-•

"RECEBEMOS . .. "

<Do

Boletim de Jundla!)

Irmãos equipistas,

Nesta ocasião em que, através da Equipe 1, o Movimento completa 20 anos de existência em nossa cidade, tendo deixado a responsabilidade do Setor, queremos abrir nosso coração e ten-tar transmitir a vocês como nos sentimos em relação à nossa experiência dentro das Equipes de Nossa Senhora.

Há sete anos fazemos parte das Equipes, três deles como casal responsável pelo Setor, e hoje, olhando para trás, podemos ver com clarez'a as manifestações de Deus na nossa vida, através do Movimento - ao chamar-nos para fazer parte de uma equipe, quando tanto a nossa vida familiar como nosso casamento esta-vam quase a desagregar-se; para responsáveis de nossa equipe, quando nossas preocupações estavam demais concentradas em torno de nós mesmos; para a Equipe do Setor e, finalmente, para a responsabilidade do mesmo, quando, certos de que éramos for-tes, fomos levados por Ele a constatar a nossa fraqueza e o quanto dEle dependemos.

Através dessas experiências, Ele nos chamou insistentemente a buscá-lO com uma intensidade cada vez maior, concedendo-nos maior aceitação de Sua vontade e um pouco mais de humildade diante de Sua grandeza. Através da descoberta de nossa inca-pacidade de amar por nós mesmos, da nossa tendência para julgar e de como é reduzida a nossa aceitação das falhas e limitações não apenas nossas, mas também e principalmente dos nossos ir-mãos, compreendemos como é infinito o amor e a misericórdia de Deus para conosco.

Viemos para o Setor com a vaidosa pretensão de dar e de

servir aos irmãos. Saímos com a humilde constatação de que

apenas recebemos.

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-•

Recebemos, ao perceber que o Movimento, com todas as suas riquezas, foi colocado em nosso caminho pelas mãos de Deus; e que, sempre que fechamos os nossos ouvidos e o nosso coração àquilo que Deus coloca à nossa frente como meio para dEle nos aproximarmos, é a Ele próprio que estamos recusando aten-der ...

Recebemos, ao constatar que só o Espírito de Deus em nós pode fazer grandes coisas como amar e servir, porque, limitados pelos nossos pecados de soberba e orgulho, estamos sempre jul-gando e nos colocando acima dos outros, esquecendo as palavras do nosso Mestre e Senhor: "Não julgueis e não sereis julgados" (Mt 7, 1) e "Se um cego conduz a outro, tombarão ambos na

mesma vala" (Mt. 15, 14).

Recebemos, ao verificar que todas as vezes que recusamos aceitar a realidade tal qual ela se apresenta sofremos, não com a tristeza de Cristo que chorou sobre Jerusalém, mas porque, querendo obter resultados que satisfizessem a nossa vaidade, nos recusamos a dizer como Ele: "Pai, seja feita a Tua vontade e não a minha."

Percorremos, através do Movimento, uma pequena etapa do caminho que nos leva ao Pai e isso faz com que nos voltemos para Ele numa oração de louvor e gratidão por tudo que temos recebido:

- da Igreja e seus pastores, através dos nossos conselheiros espirituais, que dedicam boa parte de sua fé e apostolado a um pequeno grupo de casais, quando há ainda no mundo multidões sem pastores - como isso nos incentiva a buscar mais e mais o Cristo para poder irradiá-lo!

- do Movimento, através do seu ideal e de seus métodos, que, se às vezes não são inteiramente compreendidos e ainda me-nos totalmente vivenciados, não deve nem pode ser desvalori-zado pelas falhas e limitações de seus membros, porque está bem fundamentado na única pedra de apoio irremovível: Jesus Cristo. - dos nossos irmãos de equipe e de todas as equipes com as quais tivemos a oportunidade de conviver - verdadeiros ins-trumentos de Deus, através dos quais pudemos enxergar a nossa realidade de pessoas fracas e pecadoras mas, ainda assim, de fi-lhos de Deus, que se estão aprendendo a amar e a partilhar o amor de Cristo.

Reconhecemos que muito ainda temos que caminhar, mas o fazemos na esperança de poder um dia dizer como S. Paulo: "Já

não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim". Naquele dia,

(20)

.

Cristo, rezaremos o Pai Nosso não apenas com os lábios, mas com a nossa vida, entregues inteiramente à vontade e providên-cia do Pai, perdoando e abençoando aqueles que agora nos cruci-ficam apenas porque ferem o nosso amor próprio; amando e ser-vindo, gratuita e desinteressadamente, sem acepção de pessoas, exclusivamente no amor de Deus.

Muito contribuem para essa nossa esperança:

- as palavras de apoio, incentivo e confiança de nosso pastor diocesano, D. Roberto,

- as orientações sempre atualizadas do Movimento, em comu-nhão com a Igreja e nosso pastor universal, João Paulo II, - a posse do novo casal responsável pelo Setor, Osmar e Ana

Maria, casal que estimamos não apenas pelos seus valores hu-manos, mas principalmente pela confiança que irradiam dian-te de Deus, da Igreja, do Movimento e de seus irmãos, os homens.

E se, nessa esperança, por Nosso Senhor Jesus Cristo nos é dado pedir, rogamos ao Pai pela unidade: de cada casal equi-pista, de cada família, de cada equipe e de todas as equipes entre si; da Igreja, através de todos os seus membros, independente-mente do grupo, ordem ou movimento a que pertençam; e a par-tir daí, que ela possa se estender a todos os homens. Que ela cres-ça sempre mais, no mesmo Espírito, e que Deus nos conceda participar, como pedrinhas anônimas mas fiéis, do mosaico que é o Seu Reino. Amém.

José Antonio e Nilza

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APOSTOLADO

O INFLOR E A SEMANA DA FAM1LIA EM FLORIANóPOLIS

O Instituto da Família da Arquidiocese de Florianópolis é herança de Miguel Orofino, pioneiro do Movimento no sul do Brasil, apóstolo que morreu a serviço da Família no desastre aé-reo de 12 de abril de 1980. Miguel foi para o Pai, mas o INFLOR ficou, e é boa semente, de germinação necessária, de frutificação urgente, porque nasceu para alimentar as necessidades da Ar-quidiocese na área familiar.

Ponto de encontro dos movimentos familiares, que procura incentivar, o INFLOR, porém, nasceu principalmente para aque-la maioria de famílias que não têm a sorte nem a oportunidade de fazer parte de movimentos, e para as famílias que nem sabem que são famílias.

O INFLOR, ao mesmo tempo em que incentiva os movimen-tos familiares, precisa deles, pois é principalmente neles que vai encontrar casais com a "bagagem" necessária para trabalhar na seara da família.

O trabalho do INFLOR

Começando pelo que já é realidade, existem três departamen-tos:

O Departamento de Aconselhamento Conjugal (DAC), um dos mais operantes. Atende em média 30 a 40 casos por mês. Trabalha com uma equipe de casais conselheiros, auxiliados por sacerdote, advogados, médicos, etc. Sendo o INFLOR uma se-mente das Equipes de Nossa Senhora, a maioria dos casais da lista do "plantão" são casais equipistas. Muitos e sérios proble-mas conjugais e familiares já foram assim resolvidos e encami-nhados.

O Departamento de Forma,ção para o Matrimônio Cristão (Curso de Noivos). Este ainda em fase de estruturação, pois,

(22)

..

como todos sabemos, os Cursos de Noivos, como estão, são insll-ficientes e é necessário adequá-los à realidade de hoje, aos jovens de hoje. Também neste Departamento fazem força um grande número de casais equipistas - embora a cooperação pudesse ser ainda bem maior!

O terceiro Departamento já estruturado e funcionando den-tro do INFLOR é o da Semana da Família. Essa Semana, na Arquidiocese de Florianópolis, é comemorada nos dias que an-tecedem o Dia das Mães e coloca em atividade um bom número de casais de todas as paróquias. Cada ano um tema inspira to-das as atividades. Em 1982, o tema foi "Família, Primeira Escola da Vida".

O INFLOR mandou confecccionar cartazes que, espalhados pelas cidades da Arquidiocese, chamaram a atenção para o tema. Além disso, foi elaborado um folheto tipo novena - só que para 4 dias - , que levou grupos de famílias em todas as paróquias a debaterem assuntos que lhes dizem respeito. Foram impressos 15.000 livretos, com venda garantida, de acordo com pedidos feitos pelos Vigários. A chamada "novena", baseada no tema "Famí-lia, primeira escola da vida", subdiviu os debates em quatro as-pectos:

1 -Família, escola de vida

2 - Família, escola de amor

3 - Família, escola de serviço 4 - Família, escola de construção.

Recomendava-se que além de refletir, rezar e debater com os filhos, vizinhos, parentes e amigos, os casais dos movimentos as-sumissem a liderança de ~Zrupos de famílias não pertencentes a movimentos e até mesmo de famílias não cristãs, pois "evangeli-zar é isto".

Além da "novena", considerada a parte mais importante da Semana da Família deste ano, houve outras iniciativas:

- nos canais de TV da cidade, foram realizadas entrevistas com casais, com jovens, com educadores, sobre assuntos relacio-nados ao Tema;

- foi lançado, durante a Semana, um concurso nas escolas de 1.0 e 2.0 graus, com o objetivo de premiar as melhores

reda-ções sobre o Tema "A família é a primeira escola da vida"; - nas missas dos 1.0 e 2.0 domingo do mês, em quase todas

as paróquias da Arquidiocese, as homilias estiveram a cargo de casais e de jovens que abordaram o Tema da Semana da Família.

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P.lanos do INFLOR

Um dos projetos do INFLOR, já em fase de implantação, é a criação, em todas as paróquias da Arquidiocese, de grupos de Pastoral Familiar, formados por casais dos vários Movimentos e

outros, a fim de se preocuparem com os assuntos relativos à

Família.

Entre os muitos outros projetos do INFLOR figura uma am-pla pesquisa para aquilatar a verdadeira realidade das famílias da Arquidiocese, e então agir mais adequadamente.

É também considerada urgente a criação de um

Departamen-to que trate dos assunDepartamen-tos da área das Comunicações, pela impor-tância e participação que elas têm na educação dos nossos filhos.

É claro que todos esses trabalhos demandam tempo,

dedica-ção, paciência. Com as bênçãos de Deus e também com a ajuda

de casais idealistas e com capacidade de serviço, pretendemos

le-var à frente o INFLOR como Miguel desejaria, e como sonha o

nosso querido Arcebispo, D. Afonso Niehues, Presidente Nato do Instituto da Família.

o

Mafalda e Albio Equipe 6 de Florianópolls Casal Presidente do INFLOR

O livrinho da "novena" é ótimo. Resolvemos transcrever pelo menos as perguntas para reflexão e debate em grupo:

19 dia - Quais são os maiores problemas que os pais têm na formação dos filhos? Qual é a importância do diálogo na família? 29 dia - ll: fácil viver o amor dentro da família? O que é que eu posso

fazer para amar os meus familiares como Cristo quer que eu faça? 39 dia - De que forma podemos ter uma atitude de serviço dentro de nossa famflia? Qual deve ser a atitude dos pais e irmãos quan-do uma jovem diz que quer ser religiosa (freira) ou quanquan-do um filho diz que quer ser padre?

49 dia - As famflias que vivem o amor cristão podem ser comparadas ao grão de mostarda da parábola? Elas conseguirão construir o Reino de Deus no mundo? De que formas práticas os pais e os filhos podem construir o Reino de Deus no mundo? Só temos um exemplar, mas quem quiser o texto integral pode escrever para:

Mafalda e Albio Boeing Caixa Postal 531

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QUEST.AO DE CONFIANÇA

(Da Carta francesa)

Se há 18 meses tivéssemos posto no computador todos os dados relacionados com o nascimento do nosso quinto filho, o que teria ele respondido?

A saúde de vocês não está grande coisa, as suas finanças não andam muito brilhantes, a casa não é sua, o carro vai ficar muito pequeno, vocês vão ficar presos em casa por um nenê durante

muito tempo, o seu último filho já terá 5 anos - e é preciso

con-siderar ainda o desemprego, os estudos, as dificuldades que

po-dem surgir e, também, a idade de vocês. . . Resposta: não.

Se, contudo, insistimos no nosso grande desejo de termos mais um filho, apesar do computador, foi porque a balança pendeu

mais para o lado do risco, da aventura - da confiança! E porque

sabíamos também que tínhamos pais e amigos com quem pode-ríamos repartir as nossas alegrias e as nossas dificuldades, e que nos ajudariam em caso de necessidade.

Roberto chegou no dia 10 de julho. Já lá vão nove meses, nove meses de alegria, de felicidade partilhada com os nossos

quatro grandes. Tudo o que eles já sabem, querem ensinar-lhe,

explicar-lhe, repartir com ele. E Roberto toma parte de manei-ra mamanei-ravilhosa nas suas brincadeimanei-ras, com todas as suas forças

de nenê, com todas as suas possibilidades ainda adormecidas, é

certo, mas prontas a acordar a cada instante.

No domingo de Páscoa, Roberto vai ser batizado. Queremos que ele receba este Espírito que nos diz que cada homem é ama-do por Deus e que está ao nosso laama-do cada dia da nossa vida para nos ajudar a viver como filhos de Deus e como irmãos de todos os homens. Vamos levar Roberto ao Batismo, rodeado dos seus irmãos e irmãs, que tomarão parte ativa na cerimônia e, sobre-tudo, na sua educação religiosa.

"Tomar uma criança pela mão para encaminhá-la para o amanhã, para lhe dar confiança nos seus passos ... " é o que nós queremos fazer por Roberto, com a ajuda de seus irmãos, com os nossos irmãos de equipe, numa atitude de confiança sempre renovada no Pai, apesar das dificuldades!

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O PRIMEIRO EACRE EM LONDRINA

O Movimento em Londrina, viveu, nos dias 26 e 27 de junho, um momento alto de fé e espiritualidade desde sua elevação a Setor, dois anos atrás: pela primeira vez foi aqui realizado um Encontro Anual de Casais Responsáveis de Equipe, o EACRE/82. Adotando como idéia-força o lema Cristo Caminha Conosco e vivendo essa verdade desde o início dos preparativos ainda no ano passado, e contando também com a orientação e ajuda da coordenação da Região Paraná, foi possível superar as incertezas da inexperiência em organizar um evento que se prenunciava de grande porte, não só pelo número de participantes, como também pelo conteúdo enriquecedor que deveria transmitir aos novos Casais Responsáveis de Equipe.

Participação ativa

Nas acolhedoras dependências do Seminário Vicente Pallotti, preparadas não só para sediar sessões plenárias, celebrações li-túrgicas, reuniões de grupos e esquemas de apoio, como também para alojar uma parte dos casais visitantes e prover, em salão anexo, as refeições para todos, desde o início instalou-se um cli-ma de grande entusiasmo e de relacionamento fraterno entre os cerca de 300 participantes, vindos de tantas diferentes cidades. Da Região H de São Paulo: 7 casais de Assis, 5 de Garça, 16 de Araçatuba, 1 de Pená polis, 6 de José Bonifácio, 9 de Marília, 4 de Dracena, 2 de Rinópolis, 4 de Lins e 2 de Cafelândia. Dos Setores de Curitiba, 29 casais e 4 de Mafra; e de Londrina, 14 casais, 2 de Astorga e 1 de Pintangueiras. Ainda, diversos Ca-sais Responsáveis de Região e Setor. Para alegria e enriqueci-mento dos novos CRs, 11 Conselheiros Espirituais fizeram pre-sença constante durante todo o EACRE e deram um brilho espe-cial às missas concelebradas.

Crescendo no EACRE

Todo o EACRE é um momento de preparação e crescimento, tanto para quem é CR pela primeira vez, como para casais já

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.

veteranos nesse serviço aos irmãos de equipe. As palestras as reuniões de grupo, as celebrações, as confraternizações, a oraÇão, o estudo, o trabalho, tudo está a serviço do crescimento, da mo-tivação, da abertura, do aprofundamento do espírito equipista, para que todos se sintam reabastecidos e com forças renovadas para se colocarem a serviço de suas equipes, do Movimento e da Igreja.

No EACRE de Londrina, tudo isso aconteceu, e num clima de muita simplicidade e alegria, sempre num crescendo, a partir do início dos trabalhos de cada dia, com as orações especialmente preparadas, e culminando com as celebrações eucarísticas.

- Na primeira palestra, logo após a abertura, Frei Mariano Foralosso, de Curitiba, com base no documento uFamiliaris

Con-sortio", despertou todos para o redescobrimento dos dons e va-lores da família, tema aprofundado a seguir em reuniões de gru-pos.

- Painéis versando sobre uReti1o" (Pe. Ivo Martinelli, de Marília) e ucasal de Ligação" (Marilena e Bonifácio, C.R. do

Se-tor C de Curitiba) além de mostrar a todos a importância do re-colhimento para a aproximação com Deus e do papel do Casal Ligação na estrutura do Movimento e no crescimento das equipes, suscitaram um rico e esclarecedor debate sobre os temas abor-dados.

Com o tema ((Missão do Casal Responsável de Equipe",

apresentado por Edy e Adherbal (de Brusque, ECIR), ficou as-sinalada a missão de fé do C.R. ao assumir sua tarefa de animar, recriar e reinventar formas de crescimento de sua equipe, sem-pre com muita humildade e como instrumento da vontade de Deus.

- O tema central do EACRE ((Cristo Caminha Conosco" foi

retomado por Adely e Wellington, Casal Responsável pela Es-piritualidade no Setor de Londrina, mostrando que, se Cristo se junta a nós na caminhada, cabe a nós reconhecê-lo em todos e em tudo, como forma de poder servir e fazer a vontade desse Amigo que permanece ao nosso lado.

Durante enfim todo o EACRE, desde a abertura até a sessão de encerramento, ficou evidenciado que ele na verdade não ter-minava, mas era sim o início de mais uma etapa, com a fé forta-lecida para a dedicação e a alegria de servir à causa de Cristo, agora já com a certeza redobrada de que Ele caminha conosco.

Maura e Florindo Dalberto

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UM FRUTO INESPERADO

Além de ter sido o EACRE (1), para nós equipistas e para a

comunidade, um evento por demais valioso, que nos proporcionou momentos alegres e de muito aprofundamento, foi também de uma valia enorme para um casal que nada tinha a ver com o Movimento.

Como precisávamos de mais braços para o trabalho de lim-peza no local do Encontro, convidamos uma funcionária nossa e ela, durante três dias, nos ajudou bastante.

Na segunda-feira depois do EACRE, ela se dirigiu à sala do Luiz Carlos e perguntou o que era aquele encontro, pois ela tinha visto os casais sempre de mãos dadas e com uma harmonia entre eles tão grande que a deixara maravilhada.

Luiz Carlos explicou e fez com que ela entendesse que o casamento é um grande sacramento e que deve ser conservado e alimentado todo os dias.

No final da explicação, ela disse que estava vivendo há 20

anos com um homem - que também é funcionário de nossa

fir-ma - e que ela queria se casar, tanto no civil quanto no

religio-so, mas que o companheiro, embora também quisesse, "tinha ver-gonha". E que ela estava contando tudo, para que o Luiz Carlos convencesse o companheiro a se casar, visto que eles tinham uma filha e esta ia fazer a Primeira Comunhão, sendo que ambos

eram religiosos (ela fora filha de Maria e ele coroinha na sua

paróquia).

Luiz Carlos conversou bastante com ele e o convenceu com a proposta de que ninguém precisaria ficar sabendo. Nós enca-minhamos os papéis na Igreja e no cartório e eles se casaram no dia 20 de agosto, se confessaram e comungaram e, hoje, não

dei-xam de ir à missa e de participar da Eucaristia.

Para nós, este episódio valeu mais do que o próprio EACRE

e recompensou todo o nosso trabalho! Salve Maria!

(1) EACRE 81, em Osório.

Maria Olivia e Luiz Carlos

Casal Responsável da Coordenação do Interior do Rio Grande do Sul

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• •

O EACRE DF:: JAÚ

Realizado nos dias 31 de julho e 1.0

de agosto últimos, o EACRE de J aú ultrapassou a nossa expectativa. Foram, real-mente, dois dias de Pentecostes. O Paráclito, o Espírito conso-lador, iluminando as inteligências dos palestrantes e participan-tes, realizou o milagre do ensinamento, com sua pedagogia di-vina.

Perto de 200 casais, provenientes das cidades de Aguaí, Casa

Branca, Catanduva, Ribeirão Preto, Piracicaba, Brotas, Dois Cór-regos, Pederneiras, Bauru, Lins, Araçatuba, Araraquara, São Carlos, Batatais, Biriguí e Jaú participaram do Encontro. Esti-veram presentes mais de uma dezena de Conselheiros Espirituais. Uma inovação nesse EACRE: a participação, muito positiva, dos Casais de Ligação.

A organização da liturgia esteve magnífica. Desde o material confeccionado até a participação dos corais das diversas paróquias da cidade, tudo revelava carinho e aprimoramento.

Padre José Carlos Di Mambro proferiu interessante, oportuna

e objetiva palestra sobre o Conselheiro Espiritual e o seu

rela-cionamento com o Casal Responsável, e a vivência dos meios de aperfeiçoamento.

"Missão apostólica do Casal Responsável" foi o tema que abor-daram, de maneira muito feliz, Fernando e Marta. Marisa e

Fleury falaram sobre "O Compromisso"; pela facilidade de ex-pressão e pela didática, vê-se que Marisa é professora! Maria José e Marcos Marins deram interessante testemunho sobre o

papel do Casal de Ligação.

O ponto alto, o instante culminante do EACRE foi indiscuti-velmente a palestra de D. Cândido Padim, Bispo de Bauru e um dos baluartes da Igreja do nosso tempo. Discorrendo sobre a Exortação Apostólica "Familiaris Consortio - A Missão da Fa-mília Cristã no Mundo de Hoje", colocou-nos a todos frente à realidade da sociedade contemporânea.

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D. Geraldo do Valle, recém-nomeado bispo de Almanara, MG, em linguagem eloqüente, transmitiu a todos, em breve pronun-ciamento, uma mensagem de vida: "Não importa o que, nem onde se faz, mas como e porque se faz."

O EACRE de Jaú foi a coroação de uma entrega absoluta e total ao Movimento de cento e trinta e dois casais equipistas, que, durante mais de três meses, sob a batuta de Leon e Nice e com as bênçãos de Nossa Senhora, se doaram ao trabalho de organi-zação do encontro.

Therezinha e Carlos

Equipe 3 de Jaú

A família cristã, enquanto edifica a Igreja pela caridade, põe-se a serviço do homem e do mundo, realizando verdadeiramente a "promoção humana", cnjo conteúdo se encontra sintetizado na Mensagem do Sinodo à Familia: "E vossa tarefa formar os homens para o amor e educá-los a agir com amor

em todas as relações humanas, de modo que o amor fique aberto à comu-nidade inteira, permeado do sentido de justiça e de respeito para com os demais, cônscio da própria responsabilidade para com a mesma sociedade."

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NOTíCIAS DO~ SETORES

RIO DE JANEIRO- Apostolado com casais

As Equipes 61 e 62 do Setor E, auxiliadas por quatro casais do Setor B, organizaram em Realengo um "Encontrinho de ca-sais" de um domingo inteiro, com mini-palestras sobre "O

sen-tido da vida", "Relacionamento conjugal", "Relacionamento pais e filhos", "Fé e comunidade" e "Perseverança" - cada uma de-las mostrando pontos indispensáveis para "a construção de uma casa sólida, verdadeiramente construída sobre a rocha".

Os 19 casais participantes, atentos às exposições, meio tími-dos ao início, depois participantes vivos e interessatími-dos, vibraram ao final do dia, que se encerrou com a Santa Missa, celebrada pelo Conselheiro Espiritual das duas equipes, Frei José V ido eira. "Foi possível sentir, escrevem Therezinha e Thiago, responsáveis pelo Setor, que a finalidade principal do Encontro -uma conscientização maior dos casais da Paróquia de Na. Sra. de Fátima e São João de Deus - foi alcançada. Uma outra parece que também vai ser obtida: Frei José disse aos participantes que 'Igreja não é só a Paróquia' e que gostaria de ver todos aqueles casais formar novas Equipes de Nossa Senhora, para um cresci-mento do casal e da família, projetado para o serviço específico do leigo no mundo."

-Retiros

O mesmo Setor E realizou um retiro espiritual, pregado pelo Padre Morales, Conselheiro Espiritual da Equipe 44-B, sobre o tema "Perdão e reconciliação". A organização coube à Equipe 61 e, além dos seus componentes, estiveram presentes 35 casais e 2 "solteiros". O retiro foi um sucesso.

A Casa de Retiros Pe. Anchieta, no alto da Gávea, lotou todos os seus 40 dormitórios, com 30 casais e 2 viúvas, para o retiro programado pelo Setor A e pregado pelo Pe. Spencer

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Custó-dio Filho, sobre o tema: "Vida, sacramento de conversão". A pregação do Pe. Spencer, dono de fácil comunicação, foi muito prática, objetiva, vivencial. Após cada palestra, colocava "pro-postas de oração", a serem primeiramente meditadas individual-mente e depois pelo casal. Foi um retiro silencioso o bastante

para permitir o encontro com Deus - embora fosse permitido

conversar moderadamente no refeitório.

- No asilo

A Equipe 29 (Setor D) esteve no Asilo dos Desamparados São Francisco de Assis, em São João de Meriti. Os casais pre-pararam uma pequena festa para os internos, com distribuição de presentes, utilidades, roupa de cama, etc. Ficaram tão im-pressionados com o trabalho desenvolvido por José Vicente que se tornaram sócios contribuintes da Obra.

- Apostolados

O Boletim, aliás de roupagem nova e muito agradável, veio com duas iniciativas bastante originais: a cada número, traz uma relação de apostolados "à disposição dos equipistas", com a des-crição sucinta do objetivo e o nome e telefone dos equipistas a

serem contactados. Desta vez, vieram quatro: a Favela do

Mor-7'0 Azul (creche), o PONSA (serviços sociais), a AAC (obras de

amparo à criança) e "Educação para o amor". Título da rubri-ca: "Sob medida" ...

A outra iniciativa é a publicação de três páginas dedicadas

às empregadas domésticas, com o sub-título "Esclarecendo

dú-vidas". Aborda tanto os aspectos legais quanto morais:

trata--se de "um balisamento ... que de modo algum esgota a Justiça

e muito menos a Caridade, duplo aspecto sob o qual devemos, como cristãos, encarar os problemas sociais, evitando sempre dar

por 'caridade' o que é de justiça, ou limitar-se exclusivamente

ao que é justo ou legal". O artigo ainda sugere um

pôr-em-co-mum na equipe sobre o assunto.

BRASíLIA - Retiro

Apesar de quase que totalmente dedicado à Sessão de For-mação, inclusive com muitas e ótimas ilustrações, o Boletim traz notícia do retiro pregado por D. Avila sobre "As Bem-aventu-ranças na vida do cristão". Escrevem Marly e Francisco, da Equipe 23: "Conforme desejo comum de Suely e Israel, respon-dendo pelo Setor B (na ausência de Elza Maria e Renato), do

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pregador, D. Avila, e dos casais organizadores, o retiro

trans-correu numa atmosfera eminentemente espiritual, na qual o

si-lêncio, a meditação e a oração tiveram toda a primazia, permi:. tindo aos retirantes experimentar aquela realidade pascal que São Paulo descreve como sendo a nossa vida escondida com Cris-to em Deus (Col. 3, 1-4). Os 30 casais participantes- sendo

qua-tro não equipistas - puderam vivenciar, através das

excepcio-nais palestras e do silêncio exemplarmente observado, aquela Paz

de Cristo proclamada no Evangelho da missa de encerramento do retiro. Ao final do cumprimento deste valioso meio de aper-feiçoamento, ficou gravada no coração dos retirantes a indelével impressão de que a união profunda com Deus favorece um mais acendrado amor aos irmãos."

NITERól - Dez anos da Equipe 4

A Equipe 4 celebrou seus dez anos de existência "juntamente com as bodas de prata de N elly e Ronaldo e os 20 anos de casa-mento de Marilza e Carlos Jorge, em missa concelebrada pelo Fe. Soares, primeiro Assistente da equipe, e o Frei Beraldo, atual Conselheiro Espiritual." Decorridos dez anos de vida equipista, escrevem, permanecemos unidos e cada vez mais irmanados entre nós e com a grande comunidade cristã. Só mesmo Cristo pode dar forças e inspiração para tal coesão. Agora não são só sete casais, mas sete famílias que permanecem coesas. Apesar disto

e dos progressos alcançados, esses casais sabem que não são

'pro-dutos acabados' e que muito ainda lhes falta em termos espiri-tuais. E porque assim sentem, Frei Beraldo e Lourdinha e Ze-nom, o Casal Responsável, escolheram para tema de estudo do

mês de junho um trecho da 1.a Carta de São Paulo aos Coríntios

(10, 1-12) e, baseados nesse trecho, formularam a seguinte per-gunta: 'Que semelhança encontram vocês entre a história do povo de Deus e a história de nossa equipe, após dez anos de existência?' Fruto de profunda e lúcida reflexão, os testemu-nhos foram muito valiosos."

COORDENAÇÃO E/S.AO PAULO - Agora é Setor

No dia 21 de junho, às 20h30, na Capela Maria Imaculada, à Alameda Itu, efetuou-se a cerimônia de posse dos novos Casais responsáveis e a Coordenação passou a Setor. A Missa foi con-celebrada pelo Pe. Luis (Equipe 1 e 3 e Coordenação) , Pe.

Gui-lherme (Equipe 11), Pe. André (Equipe 4) e pelo seminarista

José Augusto (Equipe 8). Diversos casais representando os

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VOLTARAM PARA O PAI

José Roberto de Souza Cassiano

Da Equipe 2 de Bata tais. Casado com Carmen Célia. No

dia 9 de junho. Escreve a Coordenação: "Não está mais aqui,

ressuscitou. . . Pertenceu ao movimento desde a sua fundação

em Batatais. Juntamente com Carmen Célia, sempre deu o me-lhor de si, como Casal Responsável, Casal de Ligação, Casal

Pi-loto e Casal Responsável pela Coordenação de Batatais.

Engaja-do em vários apostolaEngaja-dos, viveu feliz, porque sempre procurou servir com amor. Preparou, como homem sensato, a sua passa-gem à casa do Pai. Relembrando as palavras do Cônego Arnal-do: 'No compromisso, leal. No fracasso, corajoso. Na respon-sabilidade, autêntico. No sucesso, humilde. Em tudo, carido-so.' "

Manhães

Da Equipe 8, Setor E, do Rio de Janeiro. Casado com Alice.

Em fevereiro. Colhemos do Boletim: "Há pouco mais de um ano no Movimento, Manhães era um dos seus grandes entusiastas e dizia sempre para Alice: 'Que pena só termos descoberto as Equipes já velhos, quando somos avós!' De velho, entretanto,

é que não tinha nada - idade não se conta pelo tempo - e isto

demonstrava por sua natureza vibrante, homem que punha o co-ração em cada gesto, uma testemunha viva do que falava, e que mostrava querer recuperar 'o tempo perdido' ao participar de todas as atividades equipistas que apareciam. A bondade irra-diante da figura de Manhães aliava-se uma característica espe-cial do cristão: a disponibilidade, o gosto de servir. Manhães foi um homem que cumpriu sua missão."

RETIROS Setembro - 3 a 5 - em Bauru

17 a 19- em São Paulo 24 a 26 - em Porto Alegre Outubro - 1 a 3 - no Rio de Janeiro

15 a 17- em São Paulo 29 a 31 -em Porto Alegre

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-•

SE CONHECESSES O DOM DE DEUS

TEXTO DE MEDITAÇAO - Jo. 4, 5-14

Jesus chegou então a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado a seu filho José. Ali se achava o poço de Jacó. Fatigado da caminhada, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta da hora sexta.

Uma mulher samaritana chega para buscar água. Jesus lhe

diz: "Dá-me de beber." Seus discípulos tinham ido à cidade

comprar alimento. Diz-lhe então a samaritana: "Como, sendo judeu, tu me pedes de beber, a mim, que sou samaritana?" (Pois os judeus não se dão com os samaritanos.) Jesus respondeu-lhe: "Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu é que lhe pedirias, e ele te daria água viva!"

Ela lhe disse: "Senhor, nem sequer tens uma vasilha e o poço é profundo; de onde, pois, tiras esta água viva? És, porven-tura, maior que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus animais?" Jesus lhe respondeu:

"Aquele que bebe desta água terá sede novamente; mas quem beber da água que eu lhe darei nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhe darei tornar-se-á nele uma fonte de água jor-rando para a vida eterna."

Referências

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