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Conflitos, Direitos e Moralidades em perspectiva comparada

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Academic year: 2021

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Conflitos, Direitos e Moralidades em

perspectiva comparada

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Conselho Editorial

Bertha K. Becker Candido Mendes Cristovam Buarque Ignacy Sachs

Jurandir Freire Costa Ladislau Dowbor Pierre Salama

Garamond

(3)

Roberto Kant de Lima, Lucía Eilbaum

e Lenin Pires (orgs.)

Conflitos, Direitos e Moralidades

em perspectiva comparada

Volume II

(4)

Copyright © dos autores, 2010 Direitos reservados para esta edição Editora Garamond Ltda

Rua da Estrela, 79 - Rio Comprido - RJ 20251-021 – Rio de Janeiro, Brasil Tel/fax: (21) 2504-9211 www.garamond.com.br editora@garamond.com.br Revisão Carmem Cacciacarro Editoração Eletrônica Luiz Oliveira Capa Estúdio Garamond G198d

Garcia, Antonia dos Santos,

1948-Desigualdades raciais e segregação urbana em antigas capitais: Salvador, cidade D’Oxum e Rio de Janeiro, cidade de Ogum / Antonia dos Santos Garcia. - Rio de Janeiro : Garamond, 2009. 14X21cm; 544p.

Apêndices Inclui bibliografia ISBN 978-85-7617-157-7

1. Discriminação racial - Salvador (BA). 2. Discriminação racial - Rio de Janeiro (RJ). 3. Segregação - Salvador (BA). 4. Segregação - Rio de Janeiro (RJ). 5. Pobreza urbana - Salvador (BA). 6. Pobreza urbana - Rio de Janeiro (RJ). 7. Negros - Salvador (BA) - Condições sociais. 8. Negros - Rio de Janeiro (RJ) - Condições sociais. I. Título.

09-0163. CDD: 307.760981

CDU: 316.334.56(81)

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

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Sumário

Apresentação · 7

Roberto Kant de Lima, Lenin Pires e Lucía Eilbaum

A doutrina da garantia da lei e da ordem e o crescente envolvimento das Forças Armadas em atividades de segurança pública · 11

Jorge Zaverucha

Um endereço na cidade: a experiência urbana carioca na conformação de sentimentos sociais e de sensibilidades jurídicas · 51

Marco Antonio da Silva Mello, Soraya Silveira Simões e Letícia de Luna Freire

Sobre limites e expectativas da sociedade civil com relação à criação de uma política municipal de segurança · 87

Vívian Ferreira Paes

As políticas públicas de segurança municipal e a construção do conhecimento antropológico · 111

Marcos Veríssimo

A pesquisa empírica no Direito: obstáculos e contribuições · 127

Barbara Gomes Lupetti Baptista

O usuário e a nova lei de drogas: apontamentos preliminares para pesquisa · 153

(6)

Sobre crenças, verdades e versões: processos de investigação criminal na província de Buenos Aires (Argentina) · 171

Lucía Eilbaum

Representações dos juízes sob o princípio do livre convencimento do juiz e outros princípios correlatos · 187

Regina Lúcia Teixeira Mendes

Primeiras notas para uma etnografia da produção de estatísticas oficiais na área criminal · 211

Maria Victoria Pita e Hernan Olaeta

Análise da política de produção de registros estatísticos policiais no Estado do Rio de Janeiro · 245

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Apresentação

Este livro constitui o segundo volume das coletâneas publicadas como produto dos projetos de pesquisa “Segurança Pública e violência urbana: a descentralização de formas institucionais de administração de conflitos”, financiado pela Finep, e “Sistemas de justiça criminal e Segurança Pública, em uma perspectiva compara-da: administração de conflitos e construção de verdades”, no âmbito do Pronex, financiado pela Faperj e pelo CNPq. Na introdução ao primeiro volume, apresentamos um breve histórico das iniciativas da rede nacional e internacional de pesquisadores que resultaram na aprovação de ambos os projetos e nos resultados alcançados até o momento em torno da realização de pesquisas empíricas e da reflexão e análise sobre processos de administração institucional de conflitos em perspectiva comparada.

Como continuidade do primeiro volume, este segundo livro também reúne artigos apresentados pelos pesquisadores da rede e integrantes dos projetos mencionados, durante o Seminário de Pesquisa organizado em junho de 2008 em Porto Seguro (BA), bem como uma seleção de trabalhos apresentados nos dias anteriores no Grupo de Trabalho “Sistemas de Justiça Criminal e Segurança Pública, em uma perspectiva comparada: processos institucionais de administração de conflitos”, coordenado por Roberto Kant de Lima e Sofia Tiscornia, por ocasião da 26ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada na mesma cidade.

Os artigos reunidos neste volume enfatizam os processos de pro-dução de conhecimento, verdade, segurança e justiça por parte das instituições dos sistemas de segurança pública e de justiça criminal. Os trabalhos envolvem discussões sobre os diversos sentidos jurí-dicos e morais de categorias como verdade, prova, indícios, justiça,

igualdade jurídica, bem como sobre os processos de investigação

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também abrangem diferentes níveis dos sistemas de administração institucional de conflitos mencionados, referindo-se a agências com competência federal, estadual e municipal. Parte deles enfatiza também, em suas análises, a perspectiva dos cidadãos envolvidos nos referidos processos, desde a participação destes a partir de ins-tâncias institucionalizadas (como os Conselhos de Segurança), até suas experiências cotidianas como citadinos. Desde esses pontos de vista, os artigos em conjunto lidam com noções diferentes de

segurança e justiça conforme as múltiplas perspectivas nativas.

Inicialmente, o artigo de Jorge Zaverucha procura analisar o processo de crescente intervenção das Forças Armadas, em espe-cial do Exército, nas questões de segurança pública. Propõe assim uma discussão sobre o papel dos militares em um regime político democrático e sua relação com a noção de segurança pública.

Acompanhando as possíveis variações da categoria segurança

pública, mas assumindo uma perspectiva distinta a partir de um

universo empírico diferenciado, o artigo de Marco Antonio da Silva Mello, Soraya Silveira Simões e Letícia de Luna Freire propõe refle-tir sobre a humilhação institucional sofrida por grande parte dos ci-tadinos cariocas pelo fato de morarem nos chamados “assentamentos urbanos de baixa renda” ou “favelas”. A discussão, assim, orienta-se para casos que mostram como o Estado e os meios de comunicação se relacionam com indivíduos que habitam estes lugares da cidade. Seguindo a perspectiva dos cidadãos envolvidos nos proces-sos de administração institucional de conflitos, Vivian Ferreira Paes analisa a forma de interação e negociação dos membros de Conselhos Comunitários com o poder local e as instituições do Estado encarregadas da administração da justiça e da segurança pública. Através da análise dessas experiências de “participação comunitária”, destaca algumas implicações das políticas públicas promovidas pelo Governo Federal, tendo em vista a desconcentração das políticas de segurança a partir da construção de processos de responsabilização dos poderes locais e do estímulo ao engajamento da sociedade civil através dos Conselhos Comunitários.

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discussão sobre a implementação de políticas de segurança públi-ca em nível municipal. A partir dos dados empíricos levantados e sistematizados durante sua intervenção como pesquisador na exe-cução dessas políticas, sugere uma discussão dos dados coletados em função de referenciais teóricos advindos das ciências sociais, levantando questões que possam vir a contribuir para uma inter-pretação sociológica dos conteúdos que estruturam as formas de administração de conflitos por instituições nas esferas municipais. Também com a proposta de refletir sobre as condições de produ-ção de conhecimento na área da antropologia do direito, o artigo de Barbara Lupetti procura expor os obstáculos e as contribuições que a pesquisa empírica pode fornecer ao direito, partindo da experiência vivenciada por ela realizando trabalho de campo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Dialoga, assim, a partir do direito, com as ciências sociais e, em especial, com a antropologia, chamando a atenção para as possibilidades que a metodologia própria dessa disciplina abriu para pensar o direito.

Acompanhando os estudos empíricos sobre a execução, na prática, de reformas legislativas, o artigo de Frederico Policarpo analisa a implementação da nova lei de drogas, chamando a atenção para o emergente deslocamento da administração institucional do uso de drogas da esfera oficial judicial para a esfera extraoficial policial.

Em seguida, desenvolvendo uma abordagem análoga em termos comparativos, o artigo de Lucía Eilbaum apresenta uma etnografia sobre a relação entre a esfera policial e a judiciária, apresentando os modos como diferentes tipos de conhecimento e percepção intervêm no processo de investigação penal de crimes na Grande Buenos Aires (Argentina). Assim, ao mesmo tempo que explora algumas das características do processo de investigação criminal no sistema processual penal da província de Buenos Aires, analisa os diferentes tipos de prova aportados durante o processo e as valora-ções diferenciadas atribuídas a elas por parte dos agentes judiciários, em função de valores morais e saberes diferenciados.

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e contraste com o processo argentino. Ela analisa as representações dos juízes acerca de duas categorias consideradas complementares: o

princípio do livre convencimento motivado e a iniciativa probatória do juiz. São identificados na análise três discursos entrelaçados: o

discurso dos julgadores, o dos doutrinadores e o da lei, a partir dos quais a autora explora as características do processo de tomada de decisões judiciais na Justiça brasileira.

Encerrando este volume, a dupla de artigos de Maria Victoria Pita e Hernán Olaeta e de Ana Paula Mendes de Miranda e Renato Dirk dialogam na construção de instrumentos que permitam produzir análises comparativas das estatísticas relativas a casos tipificados como homicídios nas áreas metropolitanas do Rio de Janeiro e de Buenos Aires. Ao mesmo tempo, dialogam e refletem sobre os processos desenvolvidos pelas agências responsáveis por produzir essas estatísticas, chamando a atenção para as práticas e represen-tações burocráticas envolvidas nesse processo.

Assim sendo, os artigos aqui reunidos, complementando aqueles publicados no primeiro volume desta coletânea, propõem, sob dife-rentes perspectivas, uma reflexão sobre abordagens comparativas seja entre sistemas criminais em diferentes regiões, seja entre dis-ciplinas distintas, seja entre diversas noções e perspectivas sobre a

segurança pública. Os artigos sugerem as possibilidades, vantagens,

limites e/ou dificuldades de se entrelaçar perspectivas disciplina-res diferenciadas, como a antropologia, o direito, a sociologia e a ciência política, para uma melhor compreensão tanto dos próprios processos de pesquisa como daqueles que estão sendo investigados. Da mesma forma, apresentam uma bela discussão sobre as diversas moralidades envolvidas nos processos de administração institucional de conflitos e os diferentes graus de legitimidade destas.

Desejamos uma boa leitura e, dessa forma, a difusão e ampliação do debate que vem sendo proposto nestas publicações.

Roberto Kant de Lima Lenin Pires

Referências

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