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Alice Bailey - Psicologia Esotérica I - Portugues

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Academic year: 2021

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O processo de diferenciação desses diversos aspectos tem atraído a atenção, mas a síntese subjacente tem sido negligenciada ou ignorada. No entanto, todas as formas são diferenciações da alma, mas dita alma é uma só Alma quando se observa e se considera espiritualmente. Quando estudada a partir de lado a forma, não se percebe nada mais que diferenciação e separação. Quando se estuda sob o aspecto consciência ou sensibilidade, emerge a unidade. Quando se alcança a etapa humana e a auto-percepção e se funde com a sensibilidade das formas e com a minúscula consciência do átomo, começa tenuamente a surgir na mente do pensador a idéia de uma possível unidade subjetiva. Quando se alcança a etapa do discipulado, o homem começa a considerar-se como parte sensível de um todo sensível, e lentamente reage ao propósito e intenção deste todo. Em forma paulatina capta o propósito, à medida que entra conscientemente no ritmo da totalidade, da qual ele é uma parte. A parte se perde no todo quando se alcançam as etapas mais avançadas e formas mais sutis e refinadas; o ritmo do todo submete o indivíduo a uma participação uniforme no propósito sintético, mas a compreensão da auto-percepção individual persiste e enriquece a contribuição individual que agora se oferece inteligente e voluntariamente, de modo que a forma não só constitui um aspecto da totalidade (que sempre inevitavelmente foi, embora ainda não fosse compreendido), mas também a consciente entidade pensante conhece a utilidade da unidade da consciência e síntese da vida. Três fatores que devemos considerar à medida que lemos e estudamos são:

1. A síntese da vida espírito 2. A unidade da consciência alma 3. A integração das formas corpo

Estes três sempre estiveram unidos, mas a consciência humana disso não sabia. Sua compreensão e sua integração na técnica de viver são para o homem o objetivo de toda sua experiência evolutiva.

Falando em forma simbólica consideraremos agora a Alma universal ou consciência do Logos que trouxe à existência nosso universo, e consideraremos a Divindade como tendo permeando com Sua vida a forma de Seu sistema solar, a qual é consciente de Seu trabalho, de seu projeto e de sua meta. Este sistema solar é uma aparência, pois Deus permanece transcendente. Dentro de todas as formas Deus é imanente e, no entanto, permanece distante e separado. Assim como um ser humano pensante e inteligente, age por meio de seu corpo, mas habita principalmente em sua consciência mental ou em seus processos emocionais, assim Deus habita absorvido em Sua natureza mental, e no mundo criado e permeado com Sua vida avança até sua meta para o qual Ele o criou. No entanto, dentro do raio de Sua manifestante forma são realizadas grandes atividades; se observam diferentes estados de consciência e etapas de percepção; surgem diferentes graus de sensibilidade, e mesmo no simbolismo da forma humana temos diferentes estados de sensibilidade, tal como os registrados pelos cabelos, pelos órgãos internos do corpo, pelo sistema nervoso, pelo cérebro e pela entidade que chamamos de eu (que registra a emoção e o pensamento). Da mesma forma a Divindade dentro do sistema solar, expressa amplas diferenças de consciência.

Há uma consciência corporal; existe um mecanismo sensorial que registra as reações do meio ambiente; existe uma consciência de estados de espírito, desde a qualidade das

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reações mentais ao mundo das idéias; existe uma consciência mais elevada do plano e do propósito, e existe uma consciência da vida.

É interessante observar, em relação à Divindade, que esta resposta sensorial ao meio ambiente fornece a base de toda a astrologia e o efeito das constelações sobre o sistema solar e as forças interplanetárias.

Em relação ao homem, poderíamos resumir da seguinte forma:

A natural forma do homem reage conscientemente à natural forma da Divindade. A vestidura externa da alma (física, vital e psíquica) faz parte da vestidura externa de Deus.

A alma autoconsciente do homem se acha em harmonia com a alma de todas as coisas. É parte integrante da alma universal, e devido a isso pode chegar a perceber o propósito consciente da Divindade, colaborar inteligentemente com a vontade de Deus e, portanto, trabalhar com o plano da Evolução.

O espírito do homem é um com a vida de Deus, e está dentro dele, profundamente arraigado em sua alma, assim como a alma está arraigada em seu corpo.

Este espírito, em algum tempo distante, se colocará em harmonia com esse aspecto de Deus que é transcendente, e assim, cada filho de Deus encontrará oportunamente seu caminho até esse centro— absorvido e abstraído - onde habita Deus, além dos limites do sistema Solar.

Estas palavras são formuladas num esforço para transmitir uma idéia da ordem, do plano, da síntese universal, da integração, da incorporação do fragmento no todo e da parte para com o todo.

Vou tentar responder à segunda pergunta, lembrando que, à medida que avançarmos, tudo o que posso fazer é penetrar simbolicamente nos propósitos práticos da Divindade. Como escrevo para simples aspirantes, não posso transmitir a verdade até que chegue o momento em que se estabeleça uma harmonia completa com sua própria alma, ou uma harmonia mais completa do que existe agora. No entanto, o esforço para entender o que não pode ser expresso em palavras produz uma precipitação da mente abstrata ou intuição, o qual por sua vez estimula e desenvolve as células cerebrais e produz uma constante estabilidade do poder de permanecer no "ser espiritual"; então torna-se possível captar o inexpressável e viver de acordo com o poder dele.

CAPÍTULO III

DEZ PROPOSIÇÕES BÁSICAS 1. Há uma Vida.

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3. Vida-Qualidade-Aparência constituem a Existência. 4. Os sete raios são as sete Forças criadoras.

5. Os Raios se manifestam através dos sete Planetas. 6. Todo Ser Humano está em um dos Raios.

7. Há uma Mônada, sete Raios e miríades de formas.

8. As Leis da Evolução encarnam o Propósito de Vida dos sete Raios. 9. O Homem se desenvolve por meio de Auto-expressão e Auto-realização. 10. Individualização eventualmente leva a Iniciação.

Ao concluir esta secção do nosso tratado, e antes de iniciar o nosso verdadeiro estudo dos raios, procuro formular para você as proposições fundamentais sobre os quais todos estes ensinamentos se fundamenta. Eles são, para mim, um trabalhador humilde na hierarquia, como eles são para a Grande Loja Branca como um todo, uma declaração de fato e de verdade. Para os estudantes e aspirantes elas devem ser aceitas como uma hipótese:

Um: Há apenas uma vida, que se manifesta principalmente através de sete qualidades básicas ou aspectos, e, secundariamente, através da diversidade de miríades de formas.

Dois: Estas sete qualidades radiantes são os sete Raios, as sete vidas, que dão vida às formas, e dar ao mundo a forma, também dão seu significado, suas leis, e seu desejo de evolução.

Três: A vida, a qualidade e aparência, ou o espírito, alma e corpo constituem tudo o que existe. Eles são a própria existência, com a sua capacidade de crescimento, para a atividade, para a manifestação da beleza, e para a plena conformidade com o Plano. Este Plano está enraizado na consciência das sete Vidas de raio.

Quatro: Estas sete vidas, cuja natureza é consciência e cuja expressão é senciência e qualidade específica, produzem ciclicamente o mundo manifestado; Elas trabalham juntas na união e harmonia, e cooperam de forma inteligente com o Plano de que são os guardiões. Elas são os sete construtores, que produzem o templo radiante do Senhor, sob a orientação da Mente do Grande Arquiteto do Universo.

Cinco: Cada Vida de raio predominantemente se expressa através de um dos sete planetas sagrados, mais a vida de todos os sete fluxos através de cada planeta, incluindo a Terra e, portanto, qualifica todas as formas. Cada planeta é uma pequena réplica doesquema

geral, e cada planeta está de acordo com a intenção e propósito do todo.

Seis: A Humanidade, da qual trata este tratado, é uma expressão da vida de Deus, e todo ser humano surgiu ao longo de uma ou outra linha das sete forças de raio. A natureza de sua alma é qualificada ou determinada pela Vida de raio da qual emana, e sua forma de natureza é colorida pela Vida de raio que, em seu aspecto cíclico no plano físico, a qualquer tempo particular, define a qualidade da vida da raça e das formas dos reinos da natureza. A natureza da alma ou a qualidade permanece a mesmo ao longo de um período mundial; sua forma de vida e natural mudança de vida em vida, ocorrem de acordo com a necessidade cíclica e a circunstancial condição grupal. Esta última é determinada pelo raio ou raios em encarnação na época.

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devido tempo se convertem em motivo da vida e, ainda assim, o único que manifestam é o amor de Deus. O amor entre a vida consciente e a forma consciente; é o amor entre os pares de opostos, conduzindo a eventual síntese ou casamento; é a relação que existe entre as dualidades básicas, não é sentimento, mas sim a realidade de um grande processo natural. Temos sempre a emergente glória e a radiação de um amor crescente, até que chegamos ao reino humano, onde o amor entra em outro plano. Então a resposta, a sensibilidade e a reação sentimental humanas se desenvolvem em uma mente rudimentar. A consciência de amar e ser amado, de atrair e ser atraído, penetra pela da porta de inteligência e se expande até o estado de percepção humana. Prazer e dor tornam-se fatores definidos em desenvolvimento, começando assim a longa agonia da humanidade. Então se vê o amor em seu desnudo egoísmo, e ainda pode ser pressentida sua glória e potência. Logo o amor ou desejo atrativo atrai para si o aquilo que sente que necessita, mas adiante muda no que crê que deveria possuir, e com o tempo o transmuta naquilo que sabe que é a herança divina imaterial de um filho de Deus. Reflitam sobre essas últimas palavras, porque ao compreender o amor verdadeiramente como sensibilidade, o amor como o pensamento e o amor como aspiração, se esclarecerá o grande problema do homem, que o libertará da escravidão dos amores inferiores e adquirirá a liberdade que outorga o amor e a liberação do que possui todas as coisas e, ainda assim, não deseja nada para o eu separado.

Em nosso planeta atração magnética de desejo se modifica por meio do raio da personalidade do nosso particular Logos planetário. É o Raio da Inteligência Ativa e da Adaptabilidade seletiva. Assim como cada célula e átomo no corpo humano se modificam

e condicionam pelo raio egóico e o raio de cada um dos corpos internos, assim cada célula e átomo no corpo do Logos planetário se condicionam e se modificam por Sua marcante influência de raio, e neste caso o raio de Sua personalidade. Nessa influência condicionante se encontra a chave para a dificuldade, dor e agonia que existe atualmente no mundo. Em verdade o Logos planetário da nossa terra está principalmente condicionado por um raio cósmico, mas não pelo Seu raio egóico. Talvez nisso resida a razão (ou uma das razões) pela qual nossa Terra não seja um dos sete planetas sagrados. Não é necessário de me explane sobre isso, mas devia chamar-lhes a atenção acerca deste grande fator determinante, o terceiro raio, o raio da personalidade do nosso Logos planetário.

Este raio introduz o fator discriminador mediante a atividade mental, que por sua vez equilibra o que se denomina a natureza do amor, causa verdadeira do nosso progresso evolutivo. A vida nas formas passa através de uma atividade discriminadora e seletiva, de uma experiência para outra em uma escala de contatos cada vez mais amplos. Este raio de Atividade Inteligente domina o homem nessa época. Os seres humanos estão em grande parte centrados em suas personalidades; são "egocêntricos" na terminologia de psicólogos que reconhecem o princípio integrador do ego (em muitos casos), mas ainda não reconhecem o ego ou alma influente, exceto sob termos tão vagos como "super-consciência". Portanto, temos uma humanidade absorvida por uma formidável atividade, demonstrando em toda parte um vital discernimento e um interesse intelectual em todos os tipos de fenômenos. Esta tendência a atividade aumentará e se intensificará até que a raça ariana se fusione com a vindoura e principal raça raiz maior, para a qual ainda não temos nome, embora reconheçamos que em dita raça o intelecto

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velocidade e intensidade de vibração, no entanto, do ponto de vista de Conhecedores mundiais, apenas começa a se expressar e ainda é relativamente fraca. Pode observar-se, se a história é estudada, que a crescente tendência ao dinamismo, e o ritmo em que o homem vive atualmente e a complexidade e os inumeráveis interesses dinâmicos de sua vida, não podem comparar-se com os do homem comum de duzentos anos atrás. Os últimos vinte e cinco anos demonstram uma tremenda aceleração que não tem comparação com as condições de cinqüenta anos atrás.

A razão deste aumento de atividade inteligente e velocidade de resposta e de contato residem no fato subjetivo de que a humanidade vai integrando rapidamente os três aspectos da natureza humana em uma unidade chamada personalidade. Os homens se convertem continuamente em personalidades e unificam em uma única expressão seus aspectos físico, emocional e mental, portanto, eles são mais capazes de responder ao raio da personalidade integrada de Aquele em quem vivem, se movem e têm seu ser.

Portanto, ao considerar o problema da vida do homem poderia afirmar-se que está poderosamente afetada por duas influências maiores que fazem impacto no reino humano: o raio cósmico do sistema solar, o Raio de Amor-Sabedoria, e o raio cósmico do planeta, que é o raio da personalidade do Logos planetário, o raio de Inteligência Ativa ou Adaptabilidade. O homem pode ser definido como uma unidade de vida consciente levadaà expressão tangível mediante o amor discriminador de Deus. Pelas experiências de sua

vida lhe são apresentadas inumeráveis decisões que vão gradualmente do reino do tangível ao intangível. À medida que atrai ou é atraído pela vida de seu meio ambiente, se faz cada vez mais consciente de uma série de valores em mudança, até que chega a um grau de desenvolvimento em que a força ou atração magnética do mundo subjetivo e das realidades intangíveis mentais e espirituais, são mais potentes do que os fatores que até agora o fizeram seguir adiante. Seu senso de valores já não está determinado por:

1. A satisfação de natureza animal instintiva.

2. Os desejos de um tipo mais emocional e sentimental de seu corpo astral. 3. A atração e os prazeres da natureza mental e os apetites intelectuais.

A alma o atrai poderosamente, o que produz uma tremenda revolução em sua vida, uma palavra que aplicada em seu verdadeiro sentido significa uma volta completa. Isso acontece atualmente em escala universal na vida dos indivíduos e representa um dos fatores principais que produzem a atual potencia das idéias experimentadas no mundo moderno. O poder atrativo da alma aumenta constantemente e a atração da personalidade se enfraquece paralelamente. Tudo isto tem sido conseguido pelos experimentos que conduzem à experiência; pela experiência que leva a utilizar em forma mais inteligente os poderes da personalidade; pela crescente apreciação do verdadeiro mundo de valores e realidades, e pelo esforço feito pelo homem a de identificar-se com o mundo dos valores espirituais e não com o mundo de valores materiais. O mundo dos significados e das causas se converte gradualmente no mundo onde este encontra a felicidade; a seleção daquilo que mais o interessa e no que decidiu empregar seu tempo e poderes, estará finalmente condicionado pelos verdadeiros valores espirituais. Então se achará o caminho da iluminação. Eu tratei de expressar os efeitos dessas duas influências principais de raio nos termos do místico e do filósofo; em verdade tudo o que eu disse aqui poderia ser expressar cientificamente e em fórmulas científicas

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se o homem estivesse preparado mentalmente para compreendê-las. Mas ainda não é possível. Todas estas vibrações de raios, não importa quais sejam, podem oportunamente ser reduzidas a fórmulas e símbolos.

A reação ao meio ambiente, a resposta sensível às influências de raios que governam e se expressam através das formas que compõem o meio ambiente do homem, um crescente poder de discriminar entre energias e forças, o lento desenvolvimento do sentido de valores (sentido que eventualmente dispersa as ilusões mental e astral e revela a realidade) e a transferência do discriminado interesse pelo mundo das experiências concretas, da vida emocional e do interesse mental – tudo isso expressa o efeito da

interação entre os dois raios do sistema solar e do planeta, que ao se misturar, se derramam através do gênero humano e o afetam.

Uma das coisas mais difíceis que enfrentam hoje os Mestres é provar aos homens que os antigos e reconhecidos valores e o mundo tangível dos fenômenos (físicos e emocionais), devem ser relegados para o seu devido lugar no fundo da consciência do homem e que as realidades intangíveis e o mundo das idéias e das causas devem ser para ele, no futuro imediato, o principal centro de sua atenção. Quando o homem compreender isso e viva de acordo com esse conhecimento, então desaparecerá a miragem que prevalece no mundo. Se refletirem sobre isso reconhecerão que a grande crise de 1914-1918 realizou um valioso trabalho que fez desaparecer a miragem da segurança material em que viviam homens e também destruiu grande parte do seu egoísmo instintivo e sensual. Além disso se começa já a reconhecer que o que importa é o grupo e que o bem-estar individual só é importante na medida em que a unidade é uma parte integrante do grupo. Isto não destruirá a iniciativa nem a individualidade. Os erros tão penosos que cometemos em nossas experiências iniciais se devem à nossa imperícia ao empregar a faculdade discriminativa. Este processo de destruir a ilusão mundial continua desde então em grande escala; em todos os países, mediante os diversos experimentos que se realizam, está desaparecendo a miragem e surgem os verdadeiros valores de bem-estar, da integração e do progresso grupais. O sentido de insegurança, aspecto tão angustiante do caos atual, se deve simplesmente à destruição do antigo sentido de valores, a dispersão da miragem, o que revela na atualidade um panorama desconhecido, e o medo e instabilidade que sente o homem quando se confronta com o mundial "Morador do Umbral", que deve ser desintegrado e destruído porque obstrui o caminho para o novo mundo de valores. A grande forma mental que foi construída pela ganância e materialismo do homem no transcurso das épocas se está derrubando constantemente, e o gênero humano está à beira da liberação que o conduzirá à Senda do Discipulado. Não me refiro à liberação final, mas sim à que vem da livre decisão sabiamente utilizada e aplicada para o bem do todo e condicionada pelo amor. Observem que digo "sabiamente utilizada." A sabedoria ativa e motivada pelo amor, e inteligentemente aplicada aos problemas mundiais, é hoje muito necessária, o que não foi ainda descoberto, exceto pela poucas almas iluminadas de todas as nações – repito: de

todas as nações, sem exceção. Deve haver mais pessoas que saibam amar com sabedoria e apreciem aspiração grupal, antes de podermos ver a próxima realidade que devemos conhecer, a qual surgirá das trevas que estamos agora no processo de dissipar.

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3. O Raio do Quarto Reino

Agora tocaremos brevemente um tema obscuro e difícil, que interessa principalmente aqueles que trabalham com a Lei de Analogia ou Correspondência. Os esotéricos devem recordar que todos os reinos da natureza constituem uma totalidade de vidas. Cada átomo que existe em cada forma da natureza é uma vida, e estas vidas constituem as células do corpo de um Ser ou veículo em manifestação. Existe um Ser incorporado a cada reino da natureza. Assim como as miríades de vidas atômicas no corpo humano constituem o corpo de expressão do homem e formam sua aparência, o mesmo sucede com a grande Vida que dá forma ao quarto reino da natureza. Esta aparência – como todas as aparências – se acha qualificada por algum tipo particular de raio, determinada também pelo princípio vital ou aspecto espírito. Assim, cada forma é composta de inumeráveis vidas nas quais prepondera alguma qualidade de Raio. Esta é uma platitude ocultista. Estas vidas qualificadas produzem a aparência fenomênica, constituindo, assim, uma unidade por meio da influência do princípio integrador sempre presente.

O raio que rege a soma total do reino humano é o quarto raio da Harmonia através do Conflito. Poderia dizer-se simbolicamente que o raio egóico da Vida que dá forma a família humana é o quarto raio, e o da personalidade é o quinto raio do conhecimento através da discriminação – denominado raio do Conhecimento Concreto ou Ciência. A harmonia através do conflito e o poder de adquirir conhecimento pela decisão discriminadora – estes são os dois raios ou influências maiores que passam através de toda a humanidade e a impulsionam em direção a seu destino divino. Constituem os fatores predisponentes com que o homem pode contar e dos que dependem infalivelmente. São a garantia de realização e também das dificuldades e a dualidade temporária. A harmonia, expressando-se em beleza e poder criador, se adquire mediante a luta, a tensão e o esforço. O conhecimento, expressado oportunamente pela sabedoria, só se alcança pela angústia que causam as decisões, apresentadas sucessivamente, as quais ao ser submetidas à inteligência discriminadora durante o processo da experiência de vida, produzem finalmente o sentido dos verdadeiros valores, a visão do ideal e a capacidade de diferenciar a realidade que está por trás da ilusão que se interpõe.

Aqueles que estudam esoterismo devem ter em conta que o quarto raio tem uma relação natural com o quarto reino da natureza, que por sua vez é a manifestação inferior da quarta Hierarquia criadora. Esta unificação dos três resultados principais da atividade dessa grande Vida pode enumerar-se como:

1. O poder ou vida, que tende sempre a harmonia e a eventual beleza, o quarto raio. 2. A hierarquia criadora de mônadas humanas (por pouco que estas o compreendam)

já atingiu a sabedoria e, na verdade, são atualmente os filhos divinos de Deus. 3. O quarto reino da natureza, resultado da atividade evolutiva dos anteriores, que porsua vez são impulsionados a esta atividade pelo quarto Raio.

Essencialmente esta é a verdadeira sucessão apostólica, pois proporciona a tríplice linha de energia dirigida. Produz a manifestação humana no quarto globo da nossa cadeia

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terrestre, e nesta quarta ronda é responsável pela tremenda crise que a atual humanidade é confrontada. O aspecto conflito do processo atingiu o máximo, e ultrapassou mesmo o máximo, desde o ponto de vista da manifestação no plano físico. Esta situação e tríplice influência, que produz a manifestação dos filhos de Deus, está resumida com as palavras lapidares do Antigo Comentário, quando recordarmos que expressam a larga agonia da prova passada pela humanidade e a abertura da porta para o homem do quinto reino do ser espiritual. Estas palavras incluem em seu significado sua meta e objetivo, e o processo pelo qual o homem o logra:

"Os Quatro Sagrados descem de seus lugares celestiais e se aventuram na esfera da Terra. Desde o quarto grande plano controlam a batalha.

"O Senhor da Harmonia, sentado no alto, derrama toda sua vida e força sobre o campo de conflito. Vê o fim desde o princípio, e não detém sua mão ainda que a dor e agonia sejam profundas. A paz deve ser o objetivo. Deve lograr-se a beleza. Não pode então deter a vida e evitar que aflua.

"Os Quatro do Meio, que tem descansado desde sua campanha anterior, cingem suas armaduras e se ocultam detrás da forma externa. Abandonam a quarta grande esfera de harmonia e passam ao plano da mente. Ali fortificam o templo do Senhor, o iluminam com luz e glória, e logo voltam seus olhos para a Terra.

"Os Quatro Inferiores tomam formas nas vidas que não são humanas e os três grupos de vidas que habitam abaixo do limiar. Tratam de vincular, mesclar, ligar, e fundir. O gênero humano agora vive. Os quatro superiores e os quatro do meio se reúnem aos quatro inferiores no quarto grande globo.

"A batalha prossegue. Quando os três grupos dos quatro manifestados podem ver-se mutuamente na luz e quando fundem posteriormente suas forças, a meta será alcançada.

"No quarto globo de ação e no ciclo maior da quarta expressão se completará a fusão. Os quatro inferiores fundidos nos quatro do meio abandonarão o tríplice mundo de conflitos e encontrão sua morada, enquanto estejam na forma, dentro da quarta esfera de onde vieram os quatro regentes superiores. Assim se estabelecerá a regência, se verá a glória e se demonstrará o poder da hierarquia.

"Na quarta raça (Atlante – A.A.B.) começou o conflito e nasceu a consciência. Na quinta raça (Ariana – A.A.B.), terá lugar a crise da batalha, e os quatro inferiores e os quatro do meio começarão a unir suas forças. E a sexta raça se dissipará na poeira da batalha. Os quatro inferiores, os quatro do meio e os quatro superiores cantarão em uníssono a glória do Senhor, a beleza do Amor de Deus e o prodígio da fraternidade do homem. Este é seu hino triunfal ".

Falando esotericamente (não em forma simbólica, pois existe uma diferença entre esses dois modos expressar-se, que os estudantes devem ter em conta), quando as linhas de força são ajustadas e existe um livre intercambio de energias e um canal alinhado e direto entre os distintos aspectos da divindade, então teremos realização e beleza. Tal é o tema da ante dita formulação da verdade, a qual encerra uma profecia simbólica. A

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mesma idéia foi exposta em uma afirmação ainda mais antiga e concisa, que deve compreender-se e reduzir-se a uma fórmula mântrica, ao receber-se a quarta iniciação:

"Quando as forças dos quatro, repetidas três vezes, se convertem no quatro; então a Vida de ... Revela-se em beleza."

É interessante notar que em idioma inglês o valor numérico da palavra "four" (quatro) é o mesmo que a palavra "force" (força) se o número cinco é eliminado. Para a humanidade a quinta energia conduz ao campo de batalha, a energia da mente discriminadora, que ao ser empregada, controlada e transmutada, em seu devido tempo, "só ficam as quatros restantes e a força há desaparecido." Observe o detalhe numerológico:

F O R C E (Força)

6 6 9 3 5 ...29... 11. Número do adepto que utiliza energia. F O U R (Quatro)

6 6 3 9...24 ... 6. O criador que unifica o subjetivo e o objetivo.

É evidente que força no primeiro grupo termina em separatividade, porque cinco é o número da mente e do homem. O número nove, o número da iniciação, está oculto na metade da palavra força, mas os algarismos culminantes indicam atividade e separação. No segundo grupo de números, a atividade precede ao nove da iniciação, e esse nove é a culminação. Mas o cinco foi omitido. O homem já não é realmente humano ou separatista, mas sim o quatro perfeito dos três inferiores da alma. Para explicar a verdade em forma simples se deve ter presente que o gênero humano, o quarto reino, expressão da quarta Hierarquia criadora de mônadas humanas, é arrastado pelo instinto ou impulso em direção à harmonia, e se acha principalmente sob a influência do quarto raio. Esta harmonia é conseguida mediante a utilização da energia do quinto raio de conhecimento. Então o conhecimento adquirido e aplicado dá por resultado a beleza e o poder de criar Em seguida, o raio do quinto Senhor será retirado do ciclo maior que rege a humanidade, então a sabedoria e a resposta búdica intuitiva caracterizarão a humanidade. Existe uma estreita interação neste ciclo maior, no que concerne ao gênero humano, entre os dois raios dos Senhores da Harmonia e do Conhecimento. Nesta relação numérica do quatro e do cinco emerge também o número nove da iniciação. Um adepto da quinta iniciação é aquele que realizou a completa harmonia mediante o correto conhecimento. Isto tem lugar na quarta iniciação e se demonstrado ou provado na quinta.

Um estudo minucioso dos raios que afetam a humanidade esclarecerá que são tantos e tão diversos, que a complexidade do tema é muito grande. Numerosas influências fazem do homem o que ele é, e nada se sabe ainda sobre muitas delas. Nas etapas iniciais de seu desenvolvimento é quase impossível (exceto para um iniciado) ocupar-se das diversas fases, ou até mesmo reconhecer os indícios das reações da humanidade a estes raios. Mas à medida que o gênero humano evolui e o aspecto forma chega a ser um mecanismo de resposta mais apto e refinado e mais plástico e sensível do homem interior, resulta mais fácil fazer definições e análises. Assim surgem com maior claridade os delineamentos dos diferentes tipos e as qualidades de raio começam a controlar. Então

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pode observar-se com maior claridade a impressão dos raios que controlam, e compreender-se com maior exatidão a etapa de evolução alcançada.

Agora trataremos dos raios que predominam nas raças do gênero humano. Seria conveniente que o leitor comum adote a posição de que, pelo menos para ele, a informação transmitida até agora e no que concerne aos raios raciais, nacionais e cíclicos, constituem uma interessante hipótese que pode ser aceita inteligentemente ou refutada. Este conhecimento logicamente deve ser hipotético durante o transcurso de várias vidas, no que concerne ao estudante comum. No entanto, quando chegarmos a tratar os três pontos finais desta seção de nosso tratado, será possível verificar as informações, correlacionar os tipos de raios e descobrir (pelo estudo das potencias envolvidas) suas características emergentes e as forças de raios.

Portanto, ao comprovar em detalhe o humano, assentamos as bases para a aceitação do conhecimento cósmico, solar e planetário. O que se comprova como verdade em pequena escala, abre a porta para a compreensão do que existe em escala mais ampla. "Homem, conhece-te a ti mesmo‖ é a chave poderosa para o conhecimento da Divindade e da atuação da divindade.

4. Os Raios Raciais

O leitor precisa lembrar que três raios estão ocultamente inativos e quatro estão em diferentes graus de atividade. Recapitulemos brevemente a fim de que essa idéia se fixe com claridade em nossas mentes.

Os raios primeiro, quarto e sexto estão atualmente fora de manifestação e, embora a influência do sexto raio começou a declinar fazem apenas trezentos anos, sua potência, embora bastante debilitada, ainda pode ser sentida.

Os raios segundo, terceiro, quinto e sétimo são ainda muito potentes. A seguinte afirmação pode dar uma idéia dos "valores" relativos da influência destes raios.

O terceiro Raio tem estado por mais tempo em encarnação, mas em 1875 ocultamente "terminou de sair e começou a dar volta sobre si mesmo para retornar". Por isso já começa a minguar. Quando isto ocorre com qualquer tipo de energia, o efeito produzido é sempre de natureza cristalizadora e tende a produzir "formas fixas que exigem sua rápida destruição", o que causa condições mentais de natureza estática ou fixa. Disto se infere claramente que em etapas posteriores da atividade deste raio teremos a demonstração das atitudes dogmáticas, sectárias e teológicas que marcam, por exemplo, a decadência e a conseqüente inutilidade das diversas escolas de pensamento que em seu tempo personificaram as idéias dos homens e bastaram para ajudá-lo durante o período de crescimento.

Os ciclos do segundo raio se repetem rapidamente, devido a sua excessiva potência. Por ser um dos raios maiores de nosso sistema solar (do qual todos os outros raios são apenas aspectos), poderia dizer-se que nunca está fora de manifestação. No entanto tem constantemente ciclos de potência crescente e minguante, resultante da

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de um ou outro dos sete Irmãos que bloqueiam a porta de onde emerge a força" e "o desaparecimento desse Irmão radiante que segue seu caminho, deixando aberta atrás de si uma porta pela qual outro irmão pode passar a cumprir Sua missão preordenada." O simbolismo é claro. Os ciclos do segundo Raio são dinâmicos e se sucedem em forma rítmica e regular nesta época e durante os vinte e cinco mil anos que dura um ciclo zodiacal, em seqüências de quinhentos anos. Por isso em 1825 a potencia deste raio começou a declinar quando alcançou o cume de seus duzentos e cinqüenta anos de existência. A retirada gradual desse raio aumentou a separatividade no mundo trazendo como resultado as guerras européias e a grande Guerra Mundial. Este raio seguirá declinando durante cento e quarenta anos mais. Isso não significa que a aumentará a violência física e prevalecerá a guerra. Devido a que a humanidade responde agora mais às influências de raio, a Hierarquia observadora (por meio do estimulo egóico e a sensibilidade de certas nações para a orientação interior) pode neutralizar os efeitos mais evidentes. Isso trará uma interessante variação a respeito da grande importância destes acontecimentos cíclicos.

O quinto raio, o último dos raios a entrar em atividade, somente está no processo de entrar no poder. Aumenta constantemente sua potência, e o resultado de sua influência levará a humanidade a um aumento do conhecimento. Sua energia golpeia a mente dos homens e causa esse estímulo que reside detrás de toda abordagem científica da verdade, em todos os setores do pensamento humano. Por ser o raio que rege o aspecto da personalidade do quarto reino da natureza e um dos raios que determina ou condiciona nossa raça ariana, sua atual potência é excessiva. Este ponto deve ser bem lembrado porque explica grande parte do que ocorre no mundo do pensamento.

O sétimo raio se acha também em manifestação desde 1675. O consideraremos mais detalhadamente quando nos ocupemos com o quinto ponto, intitulado: Os Raios em Manifestação Cíclica.

Portanto, a interação e a beleza das energias fundidas são atualmente muito grandes, porque há muitos raios que se manifestam simultaneamente ou estão saindo e, portanto, se deve ter em conta ou que estão muito próximos da manifestação a fim de continuar seu trabalho cíclico. Apenas um raio se acha hoje realmente fora de manifestação e atua inteiramente nos bastidores – o primeiro raio. Naquilo em que concerne à humanidade faz sentir sua presença e sua potencia predomina quando se há alcançado a etapa do discipulado aceito. Aumenta seu poder à medida que se progride no Caminho. Deste modo começa a reunir-se no aspecto subjetivo da vida um crescente grupo daqueles que podem atuar debaixo da influência deste primeiro raio. Quando um número suficiente de filhos dos homens puder agir deste modo, sua resposta conjunta constituirá um canal através do qual o primeiro raio poderá vir à manifestação. Esta é uma das principais atividades e objetivos da Hierarquia, e pela correta compreensão dos resultados da resposta da humanidade às influências de Raio chegará ao reconhecimento uma lei da natureza até agora desconhecida. Esta lei particular se relaciona com o setor do Regente do mundo, o Manu.

Será interessante observar aqui que o sexto raio governa o Caminho da provação e nutre no aspirante os fogos do idealismo.

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O segundo raio governa o Caminho do discipulado, transmuta o conhecimento em sabedoria e alimentando também a vida Crística em cada discípulo.

O primeiro raio governa o Caminho da Iniciação, produz o desapego da forma, destrói tudo o que obstaculiza e fomenta essa vontade dinâmica que capacitará ao iniciado dar os passos necessários que o conduzirá até o Iniciador.

Note-se que os raios são divididos em dois grupos, por exemplo: 1. Os Raios do Aspecto Raios 1, 2, 3 Os raios maiores. 2. Os Raios de Atributo Raios 4, 5, 6, 7 Os raios menores.

A diferença entre ambos os grupos está muito bem resumida em algumas frases do Velho Comentário:

"Os sete irmãos são todos filhos do mesmo Pai, mas os três maiores participam da natureza do Pai. Os quatro mais jovens se assemelham à Mãe. Os três filhos mais velhos saem para o universo de estrelas e ali representam o Pai. Os quatro mais jovens se dirigem ao universo de estrelas e demonstram a natureza de um Pai amado."

Os ciclos dos raios de aspecto são mais prolongados do que os raios de atributos, e seu curso é ocultamente lento e de efeito cumulativo e – à medida que transcorrem as épocas – aumenta constantemente seu impulso. Os ciclos dos raios de atributo são breves e produzem uma constante pulsação cardíaca e um ritmo regular no sistema solar. Os três raios de aspecto poderiam considerar-se como a personificação da vontade e do propósito do Logos encarnado. Os raios de atributo podem analogamente considerar-se como personificando a qualidade e o caráter do Logos encarnado. Simbolicamente falando, os três raios maiores são expressões (durante a manifestação) do aspecto egóico do Logos solar, enquanto os quatro raios de atributo personificam o aspecto de Sua personalidade. No entanto, deve lembrar-se que os sete expressam na forma o que é Deus e a medida da divina intenção. Os estudantes devem ter isso presente à medida que estudam os raios e suas influências cíclicas sobre a humanidade. Se recordam que a intenção divina, o propósito universal e o Plano emergem com mais claridade quando está em manifestação um raio maior, então estarão na expectativa e esperarão grandes acontecimentos no desenvolvimento racial. Se um raio menor está em manifestação, teremos um acréscimo de sensibilidade psíquica e o surgimento de uma forma de vida, a qual expressará a natureza divina mais poderosamente que o Plano Divino.

Esta verdade pode também ser aplicada para o desenvolvimento do indivíduo, e governará e determinará seu progresso evolutivo, quer do ponto de vista do propósito ou da qualidade. As vidas que se entregam ao desenvolvimento de um propósito, serão de um diferente timbre e natureza que as que se dedicam a desenvolver o caráter e a qualidade. Este é um aspecto psicológico de real importância.

A declaração que acabo de fazer é uma das mais significativas e importantes que tenho feito até agora neste tratado, e bem merece uma cuidadosa consideração. A

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ser reconhecido e apreciado pelo estudante investigador. Os raios de aspecto desenvolvem primordialmente o Plano. Os raios de atributo desenvolvem as qualidades da Deidade. Isso se aplica ao Logos solar e a um ser humano, à Divindade planetária e à humanidade como um todo.

A atuação desta verdade pode ser claramente vista na conexão que têm a raça ariana e os dois raios que regem e controlam seu destino. O terceiro Raio de Atividade Inteligente ou Adaptabilidade, rege todo o curso evolutivo da raça, e mediante este procedimento podemos ver como se desenvolve o plano de Deus e a definitiva fusão entre espírito e matéria por meio da evolução da alma do homem. O resultado desta fusão pode ser brevemente resumido nos três enunciados seguintes:

1. O grande interesse posto sobre a alma conduz finalmente a reconhecê-la como resultado de tal fusão e mixagem.

2. A apreciação da divindade da substância e o reconhecimento de que a matéria é a vestidura externa de Deus, caracterizará a realização intelectual da raça ariana. 3. O plano de Deus estabelece que a humanidade deve controlar a matéria no plano

físico, o qual chega a um elevado ponto de perfeição na raça ariana. Um destacado exemplo disso é o controle que exerce o homem sobre as forças elétricas do plano físico.

Estes três importantes desenvolvimentos indicam a atividade gerada pelo terceiro raio durante o período em que a raça ariana surge do fundo geral racial, se desenvolve medida que passam as gerações e logo desaparecerá como o fazem todas as raças. Mediante este processo as almas que aproveitaram esta experiência durante a manifestação racial passam a outra raça superior, neste caso, a sexta raça raiz. Tais os resultados principais. Existem outros menores que tendem a aperfeiçoar o divino propósito em favor da raça, propósito que aspira unicamente alcançar a perfeição relativa e não a culminação final. A perfeição racial que se logrará como resultado da atividade dos raios terceiro e quinto, será vista como apenas parcial desde o ângulo, por exemplo, da sétima raça raiz, embora será muito mais avançada do que o alcançado pela raça Atlante ou quarta raça raiz, que estava sob a influência dominante dos segundo e sexto raios. A flor de qualquer raça e aqueles que garantem a sua realização são os Mestres, Iniciados e Discípulos, que durante determinada raça alcançam a meta imposta por suas almas. O leitor deve recordar que a meta do adepto muda continuamente, e os adeptos da raça ariana terão um desenvolvimento superior e de categoria mais intelectual do que aqueles que alcançaram essa etapa durante a raça Atlante. Por isso à medida que passam os séculos é muito difícil a raça atual cumprir com os requisitos necessários para trilhar a senda do discipulado. Analogamente, o conhecimento aplicado pelo aspirante ao tentar alcançar o discipulado, se desenvolve constantemente e sua preparação é cada vez mais intensa, a fim de estar à altura da oportunidade oferecida. Daí que nos livros de Annie Besant, O Átrio Externo e A Senda do Discipulado, indicam os requisitos para iniciar-se no caminho da provação e não no caminho do discipulado. O Tratado sobre Magia Branca dá as informações necessárias para aqueles que na atualidade percorrem o caminho do discipulado. Estes três livros contêm os requisitos necessários para as duas etapas do caminho de desenvolvimento consciente.

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Na época lemuriana o primeiro raio estava ativo em forma singular, o que se deveu a uma especial dispensação ou esforço por parte da Hierarquia planetária. Com a ajuda do sétimo raio o trabalho necessário foi realizado. Na época da individualização da humanidade, entrou em atividade um terceiro raio, o quinto, e o esforço conjunto do primeiro, do sétimo e do quinto, efetuou a grande fusão entre os aspectos superiores e inferiores do gênero humano. É interessante observar que atualmente na raça ariana a influência secundária é a do quinto raio, vinculando assim as civilizações Lemuriana e Ariana. Ambas foram e são civilizações intensamente materialistas, mas a lemuriana foi materialista porque toda a atenção da Hierarquia estava dirigida ao desenvolvimento do homem físico, enquanto que hoje a atenção não está dirigida ao desenvolvimento físico do homem, mas sim ao esforço que lhe permitirá controlar as forças físicas do planeta. Deve observar-se aqui um exemplo notável da semelhança entre as forças de raios. Na época lemuriana, o yoga da época que produziu a necessária unificação (prévia ao recebimento da iniciação de então) foi o Hatha Yoga, o yoga do corpo físico, que transmitiu ao iniciado o controle físico necessário – controle que tem se aperfeiçoado tanto atualmente na raça que é automático, e caiu abaixo do limiar da consciência. Nas grandes recapitulações cíclicas que se fazem incessantemente, vemos hoje a tremenda ênfase que a raça ariana dá a perfeição física, ao esporte, atletismo, dança e cultura física, que é o efeito cíclico dessas mesmas forças de raio atuando novamente sobre a humanidade. A meta iniciática de hoje é a unificação mental. No entanto, a reação física às forças de raio produz uma forma mais elevada de Hatha Yoga ou coordenação motora, pontos que serão elucidados mais adiante.

A influência secundária do quinto raio do Conhecimento Concreto ou Ciência leva adiante a raça ariana. Como vimos, este foi um dos raios que produziu a individualização a milhões de anos atrás, e lançou o gênero humano no caminho do retorno. Volta agora novamente ao poder, e embora tenha tido muitos ciclos de atividade desde os dias lemurianos, em nenhum dos ciclos dominou com tanta liberdade como no atual. Disto provém o enorme poder dos indivíduos desta época e daí a dificuldade e também a oportunidade. Este raio é de qualidade, e estimula a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento do intelecto humano, instrumento de excepcional sensibilidade que produz o aumento da percepção de Deus.

Poderia dizer-se que na época lemuriana o efeito desse raio era estimular a natureza instintiva, permitindo perceber a natureza forma da Deidade. Durante os dias atlantes, pela influência do segundo raio, o instinto começou a fundir-se com o intelecto e desenvolveu este aspecto da natureza do homem denominado nos livros teosóficos kama-manas, palavra que significa simplesmente uma mescla de desejo, sentimento e mente inferior – curiosa síntese que caracteriza hoje o homem comum e dá srcem ao seu complicado problema. Este desenvolvimento conferiu ao homem um outro tipo de percepção. Chegou a ser sensoriamente consciente do universo e também sensível ao amor de Deus, e registrou uma inata reação ao coração de Deus. Hoje, sob a influência do quinto raio, o intelecto está despertando rapidamente; o instinto está caindo abaixo do limiar da consciência; kama-manas já não é a característica marcante dos discípulos do mundo. O intelecto (concreto e abstrato, inferior e superior) se desenvolve constantemente, e a medida que o faz, a vontade, o propósito e o plano da Deidade

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desenvolvimento são o poder de organizar e de trabalhar individualmente com um propósito definido, demonstrado hoje pelos indivíduos em todos os campos da atividade humana. Evidenciam a capacidade de pressentir o Plano de Deus e colaborar com ele; vêem o amplo delineamento geral do divino propósito e compreendem mais do que nunca o grande plano evolutivo. Os homens constroem agora para o futuro, porque vislumbraram o passado e tem feito contato com a visão.

Mais adiante teremos outro período de transição, análogo ao período em que desenvolveu Kama-manas, então a raça inteira evidenciará uma desenvolvida síntese do intelecto e da intuição, preparatória para essa etapa avançada que virá ao finalizar a próxima sexta raiz. Isso nos coloca em um período que terá lugar dentro de dez milhões de anos, quando o intelecto, por sua vez, haja deslizado abaixo do limiar da consciência, como o fez o instinto. Então atuará automaticamente, como o faz a natureza instintiva do homem e a raça será intuitiva. Isto em realidade significa que se manifestará na Terra o quinto reino da natureza, e que haverá chegado o reino de Deus (como o denomina o cristão). Constituirá um acontecimento tão importante como o advento do quarto reino, quando apareceu o homem na terra. A próxima grande raça será regida pelo segundo e quarto raios, demonstrando assim uma relação entre a quarta raça raiz, a atlante, e a sexta raça raiz. Em termos de consciência, isto pode expressar-se como a relação que existe entre o desenvolvimento astral-emocional e o desenvolvimento intuitivo-budhico. A última raça será regida pelo primeiro, sétimo e segundo raios.

Creio haver dado tudo o que poderão captar deste abstruso tema. A classificação dos raios que regem as raças, poderia dizer-se que é:

Raça Lemuriana Raio 1. 7. 5.

Raça Atlante Raio 2. 6.

Raça Ariana Raio 3. 5.

Sexta Raça Raio 2. 4.

Sétima Raça Raio 1. 7. 2.

5. Os Raios em Manifestação Cíclica

Agora consideraremos as forças que prevalecem na atualidade, daí a suprema importância em relação com o que vou expor. Em primeiro lugar poderia dizer-se que o principal problema atual se deve a que atuam simultaneamente dois raios de grande potência. Seus efeitos se acham agora tão bem equilibrados que se produziu uma situação que está descrita nos antigos arquivos como "A época em que os topos das montanhas protetoras se despencaram de seu lugar elevado, e as vozes dos homens se perdem no estrondo e barulho da queda". Estes períodos só ocorrem em raros e largos intervalos, e cada vez que eles vêm se inicia período um peculiarmente significativo de divina atividade. As antigas coisas desaparecem mas, no entanto, marcos antigos são restaurados. O sétimo raio de Ordem Cerimonial ou Ritual, está entrando em manifestação. O sexto raio de Idealismo ou Visão Abstrata, está saindo lentamente. O sétimo raio trará a manifestação do que foi visualizado e também do que constituiu os ideais do ciclo precedente da atividade do sexto raio. Um raio prepara o caminho para o outro, e a razão de que se manifeste um ou outro depende do Plano e do Propósito divinos. Não é freqüente que dois raios sigam um ao outro em regular seqüência

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numérica, como acontece agora. Quando isso sucede, os efeitos seguem a causa rapidamente e isto poderia ser a base de segura esperança.

a. O CESSANTE SEXTO RAIO

A influência do sexto raio serviu para levar às mentes dos homens até um ideal, por exemplo, o sacrifício ou serviço individual. Nesse período a missão mística foi o mais elevado que podia lograr-se, e os numerosos guias místicos apareceram no Ocidente e Oriente. A influência do sétimo raio produzirá com o tempo o mago, mas nesta era praticará predominantemente a magia branca (não como sucedia nos dias atlantes, que predominava o egoísmo ou a magia negra). O mago branco trabalha com as forças da natureza e as devolve a humanidade avançada para que as controle. Isso bem pode ver-se já atuando por meio dos cientistas que surgiram em finais do século passado e no século XX. Também é verdade que grande parte de seu trabalho mágico tem sido dirigido para canais egoístas devido à tendência desta era materialista, e muitos de suas descobertas sábias e verdadeiras, realizadas no reino da energia, foram adaptadas aos fins que hoje servem ao ódio e ao amor próprio do homem. Mas isso de nenhuma maneira milita contra suas maravilhosas realizações. Quando se transmute o motivo do interesse puramente científico em amor a revelação divina, e quando o serviço a raça seja a força determinante, então teremos a verdadeira magia branca. Portanto, temos aqui a necessidade de transformar o místico em ocultista e treinar o moderno aspirante sobre o correto motivo, o controle mental e o amor fraternal, todos os quais devem e vão se expressar através da inofensividade, que é a força mais poderosa que existe na atualidade. Não me refiro a não-resistência, mas a essa atitude mental positiva que não pensa mal. Aquele que não tem pensamentos ruins nem faz mal a ninguém, é um cidadão do mundo de Deus.

Devem ter-se presentes as seguintes relações que existem entre o sexto e sétimo raios; os estudantes deveriam compreender a relação que há entre o passado e o futuro imediato, e ver nele o desenvolvimento do Plano de Deus e a futura salvação da raça:

a. O sexto raio fomentou a visão.

O sétimo raio materializará o que foi visualizado.

b. O sexto raio produziu o místico, como o tipo máximo de aspirante.

O sétimo raio desenvolverá o mago que trabalha no campo da magia branca. c. O sexto raio, como parte do plano evolutivo, conduz a separatividade, ao

nacionalismo e ao sectarismo, devido à natureza seletiva da mente e sua tendência a dividir e separar.

O sétimo raio conduzirá a fusão e síntese, porque o tipo de sua energia funde o espírito e a matéria.

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d. A atividade do sexto raio conduziu à formação de grupos de discípulos que trabalham em grupo, mas não em estreita relação e sujeitos a desavenças internas, baseadas nas reações da personalidade.

O sétimo raio treinará e produzirá grupos de iniciados que trabalharão em uníssono com o Plano e um com o outro.

e. O sexto raio proporcionou o sentido de dualidade a uma humanidade que se considera uma unidade física. Expoentes desta atitude são os psicólogos acadêmicos materialistas.

O sétimo raio introduzirá o sentido de uma unidade superior; primeiro, a da personalidade integrada das massas e, segundo, a fusão da alma e do corpo nos aspirantes do mundo.

f. O sexto raio estabelece uma diferença desse aspecto da energia universal elétrica conhecida como eletricidade moderna, produzida para servir aos fins materiais do homem.

O periódico sétimo raio familiarizará o homem com esse tipo de fenômeno elétrico que produz a coordenação de todas as formas.

g. O sexto raio produziu, devido à sua influência, o surgimento nas mentes dos homens dos seguintes conhecimentos:

1. O conhecimento da luz e da eletricidade no plano físico.

2. O conhecimento, entre esotéricos e espíritas, da existência da luz astral. 3. O interesse pela iluminação tanto física como mental.

4. A astrofísica e as novas descobertas astronômicas.

O sétimo raio mudará as teorias dos pensadores avançados da raça e as converterá em realidades nos futuros sistemas de educação. A educação e a crescente compreensão a respeito da iluminação em todos os campos, serão consideradas oportunamente como ideais similares.

h. O sexto raio ensinou o significado do sacrifício, e este ensinamento, a crucificação, foi o emblema excepcional para os iniciados. A filantropia foi expressão do mesmo ensinamento para a humanidade avançada. O problemático ideal de simplesmente "ser gentil" encerra a mesma motivação, aplicado às massas irreflexivas.

O sétimo raio trará para a consciência dos futuros iniciados o conceito do serviço e o sacrifício grupais. Isso inaugurará a era do "serviço divino". A visão da doação do indivíduo ao sacrifício e serviço, dentro do grupo e para o ideal do grupo, será a meta da massa de pensadores avançados na Nova Era, enquanto que para o resto da humanidade a fraternidade será a tônica de seu esforço. Estas palavras têm uma conotação e significado mais amplos do que podem saber e compreender os pensadores de hoje.

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i. O sexto raio promoveu o crescimento do espírito individualista. Os grupos existem, mas são grupos de indivíduos reunidos em torno de um indivíduo. O sétimo raio fomentará o espírito grupal, o ritmo, o objetivo e as atuações rituais do grupo serão os fenômenos fundamentais.

j. A influência do sexto raio transmitiu aos homens a capacidade de reconhecer o Cristo histórico, e desenvolver a estrutura da fé cristã colorida pela visão de um grande Filho de Amor, mas qualificado por uma excessiva militância e separatividade, baseadas em um estreito idealismo.

O sétimo raio transmitirá aos homens o poder de reconhecer o Cristo cósmico e produzir a futura religião científica da Luz, que lhe permitirá cumprir o mandato do Cristo histórico e deixar que brilhe sua luz.

k. O sexto raio produziu as grandes religiões idealistas com sua visão e estreiteza necessárias – estreiteza imprescindível para proteger as almas infantis.

O sétimo raio liberará da etapa infantil as almas desenvolvidas e introduzirá a compreensão científica do propósito divino que fomentará a futura síntese religiosa.

l. O efeito produzido pela influência do sexto raio fomentou os instintos separatistas – religião dogmática, exatidão factual científica, escolas de pensamento com suas barreiras doutrinárias e excludentes e o culto à pátria. O sétimo raio preparará o caminho para o reconhecimento de premissas mais amplas, que se materializarão como a nova religião mundial que acentuará a unidade, excluindo a uniformidade, e preparará para essa técnica científica que fará perceber a luz universal que todas as formas velam e ocultam, e o internacionalismo se manifestará como fraternidade prática e como paz e boa vontade entre os povos.

Poderia seguir enfatizando estas relações, mas esta enumeração é suficiente para demonstrar a beleza da preparação realizada pelo sexto grande Senhor do Idealismo, e levar a cabo o trabalho do Sétimo Senhor do Cerimonial.

b. O SÉTIMO RAIO ENTRANTE

Seria prudente elucidar em parte a idéia que subjaz no cerimonial e no ritual. Atualmente há muita oposição ao cerimonial e um sem número de pessoas boas e bem-intencionadas que se consideram como tendo superado e transcendido o ritual. Se orgulham de haver alcançado o que chamam "liberação", esquecendo que só o sentido de individualidade os faz adotar essa atitude, e que é impossível fazer qualquer trabalho grupal sem alguma forma de ritual. Recusar-se a participar da atividade uniforme não significa ser uma alma liberada.

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A Grande Fraternidade Branca tem seus rituais, cujo objetivo é introduzir e ajudar a realizar os distintos aspectos do Plano e as diversas atividades cíclicas desse Plano. Onde se pratiquem esses rituais, quando seu significado (inerentemente presente) permanece oculto e incompreendido, deve haver como conseqüência a expressão de um espírito de inércia, inutilidade e desinteresse pelas fórmulas e cerimônias. Quando se explica que o ritual e a cerimônia organizados são apenas guardiões de forças e energias, então a idéia é verdadeiramente construtiva em seus efeitos, a cooperação com o Plano se torna possível, então começará a demonstrar o objetivo de todo o serviço divino. Todo serviço é regido pelo ritual.

A entrada do sétimo raio conduzirá a esta desejada culminação, e os místicos que se treinam nas técnicas do motivo oculto e nos métodos do mago treinado, acharão que estão colaborando inteligentemente com o Plano e participando nos rituais fundamentais que se caracterizam pelo poder de:

a. Capturar as forças do planeta e pô-las a serviço da raça.

b. Distribuir as energias que produzem em qualquer reino da natureza efeitos desejáveis e aspectos benéficos.

c. Atrair e redistribuir as energias que se acham em todas as formas dos diversos reinos subumanos.

d. Curar mediante um método científico que consiste em unir a alma com o corpo. e. Produzir a iluminação pela correta compreensão da energia da Luz.

f. Desenvolver o futuro ritual que revelará com o tempo a verdadeira significação da água, revolucionará seus usos e permitirá ao homem passar livremente ao plano astral, plano do desejo-emocional, sendo seu símbolo da água. A futura era Aquariana revelará ao homem (o que facilitará também o trabalho do sétimo raio) que esse plano é seu lar natural nesta etapa de desenvolvimento. As massas estão hoje totalmente, mas inconscientemente, polarizadas em dito plano. Devem tornar-se conscientes de sua atividade. O homem está em vésperas de estar normalmente desperto no plano astral, e este novo desenvolvimento se logrará mediante rituais científicos.

A influência do sexto raio produziu a aparição da moderna ciência da psicologia, e ela tem sido a sua glória culminante. A influência do sétimo raio fará que essa ciência infantil atinja a maturidade. A crença na alma se difundiu durante o período do sexto raio. A atividade do raio entrante, além da ajuda prestada pelas energias liberadas durante a entrante era aquariana, trará como resultado o conhecimento da alma.

A nova psicologia esotérica se desenvolverá de forma constante. Portanto, é evidente que o Tratado sobre Magia Branca tem definitivamente uma importância de sétimo raio, e este Tratado sobre os Sete Raios é divulgado como um esforço para esclarecer o significado das entrantes influências espirituais. Uma das primeiras lições que aprenderá a humanidade sob a potente influência do sétimo raio é que a alma controla seu

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instrumento, a personalidade, mediante o ritual ou pela imposição de um ritmo regular, porque o ritmo define realmente o ritual. Quando os aspirantes ao discipulado impõem um ritmo em suas vidas o denominam disciplina e se sentem muito feliz por isso. Os grupos que se reúnem para realizar qualquer ritual ou cerimonial (ritual da igreja, o trabalho maçônico, o treinamento no exército ou na marinha, organizações comerciais, a correta direção de uma casa, um hospital, um espetáculo, etc.) são natureza análoga, porque obrigam os participantes a uma atividade simultânea e a um empreendimento ou ritual idênticos. Ninguém, nesta terra, pode evadir do ritual ou cerimonial, porque também o nascer e pôr do sol impõe um ritual, assim como o transcurso cíclico dos anos, os poderosos movimentos dos grandes centros populacionais, o ir e vir dos trens, dos transatlânticos e do correio, bem como as contínuas transmissões de rádio, tudo isso impõe um ritmo à humanidade, o reconheça ou não. Os atuais grandes experimentos da padronização e arregimentação são também uma expressão desses ritmos, pois se manifestam através das massas de qualquer nação.

Resulta impossível evitar o processo cerimonial no viver. É reconhecido inconscientemente, seguido cegamente, constituindo a grande disciplina da respiração rítmica da própria vida. A Deidade trabalha com o ritual e está submetida ao cerimonial do universo. Os sete raios entram em atividade e saem novamente sob o impulso rítmico e ritualista da Vida divina. Assim também se constrói o templo do Senhor pelo cerimonial dos construtores. Todos os reinos da natureza estão sujeitos à experiência ritualística e aos cerimoniais de expressão cíclica. Isso só pode compreendê-lo o iniciado; cada formigueiro e cada colméia está analogamente impelida por rituais instintivos e os impulsos rítmicos. A nova ciência da psicologia poderia muito bem ser descrita como a ciência dos rituais e ritmos do corpo, da natureza emocional e dos processos mentais, ou por aqueles cerimoniais (inerentes, inatos ou impostos pelo Eu, as circunstâncias e o meio ambiente) que afetam o mecanismo através do qual atua a alma.

É interessante observar como o sexto raio, que produziu nos seres humanos o sentido de separatividade e o pronunciado individualismo, preparou o caminho para o poder organizador do sétimo raio. É quase como se (para falar simbolicamente) os executivos, que devem assumir a cargo a reorganização do mundo, preparando-o para a Nova Era, tivessem sido treinados e preparados pela influência que está saindo para desempenhar sua tarefa. Em todas as grandes nações se efetua hoje, praticamente, um prévio processo de limpeza para a vindoura revelação, e os executivos e ditadores que fomentam este realinhamento e reajuste são os especialistas que os gênios de cada nação têm apresentado para resolver os peculiares problemas que as afetam. Estes são predominantemente executivos do sétimo raio, cuja tarefa é reorganizar o mundo sobre novas modalidades; são técnicos em eficiência material, enviados para ocupar-se dos assuntos internos e iniciar essa atividade que eliminará os fatores que impedem a nação envolvida de atuar como uma totalidade, ou unidade integrada e coerente. Estas dificuldades e desordens internas se devem à falta de síntese e harmonia internas que (se prolongadas) impedem uma nação de contribuir com algo ao mundo das nações e as conduz a uma desordem tão intensa que só sobem ao poder personagens impróprias e se fazem ressaltar os aspectos errôneos da verdade. Um ente nacional desarmônico e desordenado é uma ameaça para a comunidade das nações, daí que se deve eliminar a separatividade e efetuar os reajustes necessários para que se torne uma realidade a

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No entanto, a nova era está a caminho e nada pode impedir o desígnio das estrelas e o que prevê a Hierarquia das Mentes orientadoras. Os novos executivos que sucederão os atuais ditadores e potências assumirão o cargo do controle lá para o ano de 1955, e serão em sua maioria aspirantes e discípulos do sétimo raio, e sua capacidade para lograr a interação e a fusão em linhas corretas produzirá rapidamente a necessária compreensão internacional.

A questão que surge em mente quanto ao fato de que tal profecia realmente será cumprida, e se não se cumpra não seria em detrimento do que expus e se me consideraria indigno de confiança? Permita-me responder a esta pergunta dizendo que o que prognosticamos o que pode e deve ser, sabemos que o cumprimento da profecia é inevitável, no entanto, o fator tempo talvez não possa ser estipulado, e isso será assim porque o angustiado mecanismo humano daqueles a quem é confiada a tarefa, poderá não reagi corretamente ou a seu devido tempo. Estes aspirantes e discípulos do sétimo raio poderão cometer erros e desempenhar seu trabalho de tal maneira que se atrasem os acontecimentos, mas lhe foi dado um delineamento geral da tarefa transmitida por suas próprias almas e trabalham inspirados por essas grandes e liberadas almas que chamamos Mestres da Sabedoria, mas de acordo com o Plano não exercem coerção nem obrigam ou ordenam o serviço a ser prestado. Grande parte do êxito nos próximos importantes anos depende do trabalho realizado por aqueles que estão afiliados (ainda que seja superficialmente) ao Novo Grupo de Servidores do Mundo. Se educa-se o público sobre os novos ideais, o impulso desta maré crescente facilitará grandemente o trabalho destes executivos do sétimo raio e em alguns casos constituirá a linha de menor resistência. Portanto, o fracasso se deverá aos aspirantes e discípulos mundiais e não à imprecisão da profecia, nem as condições astrológicas mal interpretadas. Em qualquer caso, o fim profetizado é inevitável, mas quando se cumprirá, está nas mãos da humanidade que houver despertado; a diferença de tempo será entre cem ou trezentos anos. O impulso que conduz à síntese é agora demasiado forte para demorar.

A Fraternidade Maçônica entrará, sob a influência do sétimo raio, a uma nova e acentuada atividade espiritual, se aproximará de sua verdadeira função e cumprirá seu destino previsto a longo tempo. Aqui pode observar-se algo interessante. Durante o período de atividade do sexto raio a Fraternidade e muitos círculos agrupados adotaram uma atitude sectária e cristalizada. E também caiu na armadilha do materialismo, e a forma externa, durante séculos, tem tido mais importância para os maçons do que o significado espiritual interno. Se tem enfatizado os símbolos e alegorias, e foi esquecido o que estava destinado a transmitir e revelar aos iniciados. Ademais a Loja Maçônica teve, e pôs grande atenção e especial ênfase sobre a função e o lugar que corresponde ao V.M. e não sobre o significado interno do trabalho que se leva a cabo no chão do templo. A loja não foi considerada como uma entidade ativa e de funcionamento integrado. Isto deve mudar e mudará, e se expressarão o poder e a eficiência do cerimonial e do trabalho da loja. Se verá que a regularidade dos rituais e na solenidade santificada do cerimonial ordenado, reside o verdadeiro significado do trabalho e do emprego da Palavra. A futura era de poder e trabalho grupais e da atividade sintética ritualística e organizada, afetarão profundamente a Maçonaria, à medida que se desvaneça a importância de uma figura central dominante, conjuntamente com a influência do sexto raio, e se compreenda o verdadeiro trabalho espiritual e a função da loja.

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A principal função cósmica do sétimo raio é efetuar o trabalho mágico de fundir espírito e matéria, a fim de produzir a forma manifestada através da qual a vida revelará a glória de Deus. Se sugere aos estudantes fazer uma pausa e reler a parte deste tratado onde me ocupei do Senhor do Sétimo Raio, de Seus nomes e de Seu propósito; depois de terem feito isso ficará evidente que um dos resultados da nova e intensificada influência será o reconhecimento, pela ciência, de que se estão logrando certos efeitos e a característica de trabalho a ser realizado. Este já se pode comprovar no que têm realizado os cientistas em conexão com o mundo mineral. Como foi visto na primeira parte deste livro, o reino mineral está regido pelo sétimo raio, e a potência deste raio entrante pode ser atribuída à descoberta da radioatividade da matéria. O sétimo raio se expressa no reino mineral pela produção de radiação, e veremos que estas radiações (muitas das quais permanecem ainda por serem descobertas) serão percebidas cada vez mais, compreendidos seus efeitos e captado sua potência. Um ponto permanece que ainda não foi compreendido pela ciência é que estas radiações aparecem ciclicamente, e que sob a influência do sétimo raio foi possível ao homem descobrir e trabalhar com o rádio. O radium sempre existiu, mas nem sempre ativo em uma forma que pudesse ser detectada. Pela influência do entrante sétimo raio foi possível sua aparição, e mediante esta mesma influência se descobrirão novos raios cósmicos. Isto também tem existido sempre em nosso universo, mas utilizam a substância da energia do raio entrante como o caminho ao longo do qual eles podem chegar ao nosso planeta e, assim revelar-se. Se passarão muitos milhares de anos desde que o que agora se estuda como Raios Cósmicos (descobertos por Millikan13) fizeram impacto definitivamente em nosso planeta, e

naquela época o quinto raio não estava ativo como é agora, por isso foi impossível ter um conhecimento científico de sua atividade.

Outros raios cósmicos farão impacto sobre nossa terra à medida que o sétimo raio incremente sua atividade; o resultado de sua influência facilitará a aparição de novos tipos raciais e, sobre tudo, para destruir o véu ou trama que separa o mundo visível e tangível do mundo invisível e intangível, o mundo astral. Assim como existe um véu chamado "trama etérica" que separa os distintos centros de força do corpo humano e protege os centros da cabeça da atuação do mundo astral, da mesma maneira há uma trama que separa o mundo da vida física do mundo astral. Esta será destruída segura e lentamente, pela ação dos raios cósmicos sobre nosso planeta. A teia etérica que se situa entre os centros da coluna vertebral e no topo da cabeça (protegendo o centro coronorário) é destruída no mecanismo do homem pela atividade de certas forças que existem neste misterioso fogo que denominamos kundalini. Os raios cósmicos que o cientista moderno conhece, constituem aspectos do kundalini planetário, e seu efeito será o mesmo no corpo do Logos planetário, a Terra, assim como sucede no corpo humano; a trama etérica entre os planos físico e astral está em processo de destruir-se e este acontecimento o profetizam como iminente os sensitivos e os espiritistas mundo.

Grandes e importantes coisas estão a caminho como resultado desta atividade do sétimo raio. Mas, ainda que o reino animal reaja pouco a este tipo de influência, no entanto, se produzirão resultados muito definidos na alma da forma animal. A porta da

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