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RELATÓRIO FINAL. Resumo das atividades. RELATÓRIO 6 Julho de 2017 Parceria Ministério da Cultura Universidade Federal do ABC

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RELATÓRIO 6 – Julho de 2017

Parceria Ministério da Cultura – Universidade Federal do ABC

RELATÓRIO FINAL

Resumo das atividades

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LAB LIVRE – UFABC EQUIPE DE PESQUISADORES

Coordenador

Jerônimo Cordoni Pellegrini Pesquisadores Doutores Claudio Luis de Camargo Penteado

Sérgio Amadeu da Silveira Pesquisadores Mestres

Murilo Bansi Machado Paulo Roberto Elias de Souza

Rodolfo da Silva Avelino Pesquisadores Graduados

Geovane Oliveira de Sousa Pesquisadores Graduandos

Caroline Dantas Silva Christian Mutti dos Santos Fernando Marques dos Santos

Giuliana Fiacadori Jonatas Silveira de Souza Ligia Machiavelli de Lima

Luana Hanaê Gabriel Homma (Voluntária) Lucca Amaral Tori

Marcus Vinicius Ferreira da Cunha Casasco Mirelle Alves de Freitas

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. RELATÓRIO DE ATIVIDADES 7

2.1 ESTRUTURAÇÃO DO LABLIVRE (META I) 7

2.2 LEVANTAMENTO DE SOFTWARES CULTURAIS (META II) 8

2.3 MAPEAMENTO DAS COMUNIDADES DE SOFTWARE LIVRE (META III) 10

2.4 DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES PARA O MINC (META IV) 12

2.5 COMPARAR ESPECIFICAÇÕES E FUNCIONALIDADES (META V) 13

2.6 FOMENTAR O DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES CULTURAIS (META VI) 14 2.7 REALIZAR SEMINÁRIOS COM GOVERNO E SOCIEDADE (META VII) 15

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1. INTRODUÇÃO

Este documento é um sumário de todas as atividades realizadas durante a fase I do Termo de Execução Descentralizada – Nº 01400 062344 | 2015 – 57.

O Termo em questão teve como objetivo firmar cooperação para a descentralização e repasse de recursos orçamentários e financeiros à Universidade Federal do ABC, a fim de estabelecer parceria para estimular a articulação entre os saberes da academia e a experiência das comunidades de software livre, com o objetivo de aprimorar os processos internos de gestão e desenvolver soluções de softwares livres para o Ministério da Cultura - MinC.

Para tanto, o projeto foi dividido em duas etapas. A primeira delas consistiu na estruturação do Laboratório de Tecnologias Livres, o LabLivre, na divulgação dos primeiros resultados da pesquisa de mapeamento de softwares culturais e no desenvolvimento de soluções livres para o MinC. Foram as metas da ​primeira etapa​:

Estruturação do LabLivre

Criar a equipe do Laboratório Desenvolvimento de Softwares Livres, com duas unidades interconectadas, uma no MinC e outra na UFABC, envolvendo acadêmicos e membros das comunidades de software livre.

Levantamento de softwares culturais

Levantar os 50 principais softwares, proprietários e livres, utilizados pelo MinC na execução ou concepção das políticas públicas da cultura, na sua gestão interna, pelos movimentos culturais, divididos em Pontos de Cultura, Associações Culturais, pequenas empresas de produção cultural, estúdios independentes, bibliotecas, centros culturais públicos.

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Mapear as principais comunidades de desenvolvimento de software livres com desenvolvedores residentes no Brasil e descrever sua organização, processos decisórios e mecanismos de atualização, correção de erros e lançamento de novas versões.

Desenvolvimento de soluções para o MinC

Iniciar o desenvolvimento ágil de soluções de softwares livres para o MinC, de acordo com o portfólio de sistemas a enviado, com capacidade de execução simultânea de 3 projetos de sistemas, em média, podendo essa variar de acordo com a complexidade de desenvolvimento indicada pela equipe. As soluções deverão ser definidas pelo MinC, em conjunto com a UFABC, e o roteiro de soluções, assim como os repositórios de código-fonte das mesmas, deverão ser publicadas em ambiente aberto e colaborativo a ser definido pelo MinC.

A segunda etapa, por sua vez, consistiu na comparação das funcionalidades de softwares, no fomento ao desenvolvimento de softwares livres culturais e na realização de eventos com o governo e a sociedade. Foram as metas da ​segunda etapa​:

Comparar especificações e funcionalidades

Desenvolver relatório com as especificações e funcionalidades dos softwares culturais, proprietários e livres, e dos formatos utilizados em cada área de produção artística e cultural identificados nos mapeamentos realizados no MinC, nos Pontos de Cultura, Associações Culturais, pequenas empresas de produção cultural, estúdios independentes, e centros culturais públicos, e apresentar as propostas para melhorias, incrementos, novas funcionalidades, interfaces, extensões ou plugins necessários ao aprimoramento de softwares culturais livres.

Fomentar o desenvolvimento de softwares culturais

Elaborar, publicar e gerir editais de premiação para o desenvolvimento das melhorias identificadas nos softwares livres culturais estudados.

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Realizar seminários com governo e sociedade

Realizar 2 seminários sobre as experiências vividas no desenvolvimento de softwares livres para o governo federal e sobre a evolução de softwares livres para a cultura, com a participação de representantes das comunidades de software livre e de órgãos de governo, com sistematização dos debates e do conhecimento produzido.

Nas páginas seguintes, apresentaremos o resumo de todas as atividades realizadas pelo LabLivre durante a fase I do Termo de Execução Descentralizada, separadas por meta.

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2. RELATÓRIO DE ATIVIDADES

A fase I deste Termo de Execução Descentralizada ocorreu ​entre março de 2016 e julho de 2017​. Durante esse período, o Laboratório de Tecnologias Livres - LabLivre ocupou-se em atingir as seguintes metas, por meio das seguintes atividades:

2.1 ESTRUTURAÇÃO DO LABLIVRE (META I)

O LabLivre iniciou suas atividades em março de 2016 com a seguinte composição: 3 pesquisadores doutores, 3 pesquisadores mestres, 2 pesquisadores graduados e 10 pesquisadores graduandos (destes, 8 bolsistas e 2 voluntários). A equipe foi composta por pesquisadores e especialistas das de Ciências da Computação, Ciências Humanas e Sociais, Comunicação, Direito, além de estudantes das áreas de Ciências e Humanidades e Ciência e Tecnologia.

Após a definição do corpo de pesquisadores, o Laboratório organizou as atividades em 3 grupos de trabalho, cada um sob a coordenação de um professor doutor. Foram deles:

Grupo de comunidades e práticas colaborativas, sob a coordenação do Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira. Seu objetivo foi pesquisar e estabelecer as redes com comunidades de desenvolvedores de software e artistas, produtores e ativistas culturais, a fim de fomentar colaborações mútuas para o desenvolvimento e a melhoria dos softwares culturais, além de divulgar e organizar oficinas e cursos relacionados ao tema.

Grupo de mapeamento e entrevistas com agentes da área cultural, sob a coordenação do Prof. Dr. Cláudio Luis de Camargo Penteado. Seu objetivo foi realizar o levantamento de softwares culturais utilizados na área da cultura no Brasil, além de realizar entrevistas para identificar as principais formas de uso e possíveis necessidades de softwares por parte dos agentes culturais.

Grupo de testes e desenvolvimento de softwares livres, sob a coordenação do Prof. Dr. Jerônimo Cordoni Pellegrini. Seu objetivo foi realizar testes individuais e comparativos dos

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softwares identificados através dos mapeamentos e entrevistas, e buscar desenvolver melhorias para os softwares livres a partir das indicações e em colaboração com os agentes culturais.

Após a definição dos grupos de trabalho, passou-se ao treinamento da equipe, que envolveu: i) a apresentação do projeto, com ênfase a seus objetivos; ii) apresentação da metodologia de pesquisa; iii) discussões teóricas sobre estudos de softwares por meio de seminários com a participação de todos os pesquisadores (o primeiro relatório traz uma síntese dos autores e ideias discutidos nessa etapa); iv) aplicação de formulários e entrevistas testes.

Os três grupos trabalharam em permanente colaboração, por meio de reuniões periódicas e constantes trocas de experiências. Em parceria com o Bacharelado de Políticas Públicas da UFABC, o LabLivre iniciou suas atividades utilizando as dependências físicas do Laboratório de Políticas Públicas. Logo após o início das atividades, finalizou-se o site do Laboratório, hospedado na infraestrutura de servidores da Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal do ABC, no endereço http://pesquisa.ufabc.edu.br/lablivre.

2.2 LEVANTAMENTO DE SOFTWARES CULTURAIS (META II)

Após a estruturação e organização do LabLivre, deu-se início formulação da metodologia da pesquisa e ao planejamento das atividades. Em princípio, foram definidas vinte áreas culturais com as quais a equipe entraria em contato. Foram elas: Arquitetura, Artesanato, Cultura Indígena, Circo, Dança, Música, Teatro, Artes Digital, Artes Visuais, Design, Moda, Arquivos, Patrimônio Material, Patrimônio Imaterial, Museus, Cultura Afro, Cultura Popular, Livro e Leitura, e Games.

Em seguida, criou-se um banco de dados, com base nas variáveis de análise, para o armazenamento dos dados e um formulário online para a coleta de informações sobre os principais softwares culturais utilizados pelos agentes culturais. Para realizar o levantamento, em paralelo ao levantamento de softwares culturais em uso, os pesquisadores realizaram uma série de entrevistas com os agentes culturais de diferentes áreas. Por fim, também se utilizou de pesquisa exploratória em sites especializados.

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Dessa forma, elaborou-se um primeiro levantamento, mais exploratório, que combinou a pesquisa em repositórios e o cruzamento desses resultados com sites de downloads. Nessa etapa, os softwares foram divididos em quatro categorias: áudio e vídeo; comunicação; games; e softwares gráficos.

Em seguida, procedeu-se a um segundo levantamento, este realizado exclusivamente em sites de downloads. Utilizaram-se os seguintes sites: Baixaki, Tucows Software Library, Superdownloads, Downloads.com, FilleHipo e Snapfiles. A partir do cruzamento dos dados obtidos nos referidos sites, foram elaborados: relação dos softwares mais populares; gráfico com agrupamento dos softwares por área de aplicação; gráfico com separação dos softwares entre gratuitos e pagos; gráfico com separação dos softwares entre os de código aberto e os de código fechado.

Já o terceiro levantamento foi realizado por meio da aplicação do formulário online, elaborado pela equipe do LabLivre, e reuniu dados de 316 agentes culturais de diferentes campos de atuação. A partir do cruzamento dos dados recebidos, foram elaborados gráfico com porcentagem de respostas por área e gráficos contendo as porcentagens das respostas às questões do formulário, a saber: Qual sua atividade e segmento na área artística e cultural?; Você utiliza programas de computadores para sua atividade cultural e artística?; Você utiliza programas, softwares e/ou ferramentas disponíveis na internet?; Você utiliza aplicativos ou ferramentas de celular e/ou tablet na sua atividade artística e cultural?; Você poderia conceder uma entrevista mais detalhada acerca da sua atividade cultural e experiência com os softwares culturais?. Em seguida, elaboraram-se tabelas contendo os principais softwares utilizados por cada uma das áreas. Por fim, elaborou-se quadros contendo softwares, aplicativos e redes sociais utilizados por agentes públicos na área da cultura, envolvendo as categorias de museus, bibliotecas, artes visuais, cultura popular, música e até gestores municipais da administração pública na área de cultura.

Para além dos três levantamentos, em um primeiro momento, realizaram-se dez entrevistas qualitativas com o objetivo de identificar e entender como os softwares aparecem na rotina dos agentes culturais, bem como o grau de importância e o significado dos softwares nesse campo. A partir desse estudo preliminar, foi desenvolvido novo roteiro de entrevista qualitativa

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para ser aplicado com agentes culturais residentes em capitais das cinco macrorregiões do país. A amostragem definida para esta estapa foi de pelo menos uma capital em cada grande região do país, em um espectro de 10 capitais: Belém-PA (Norte); Fortaleza-CE, Recife-PT, Salvador-BA (Nordeste); Campo Grande-MS (Centro-oeste); Belo Horizonte-BH, Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP (Sudeste); Florianópolis-SC, Porto Alegre-RS (Sul).

As áreas definidas levaram em consideração a maior incidência de respostas do questionário online da primeira etapa, a saber: Arquitetura; Artes visuais; Audiovisual; Games; Livro, escrita e literatura; Museus; Música; Teatro. No total, foram realizadas 110.

2.3 MAPEAMENTO DAS COMUNIDADES DE SOFTWARE LIVRE (META III)

O mapeamento das comunidades combinou, de um lado, a observação nos sites e repositórios principais ​exclusivamente de software livre e dos projetos de open source software e, de outro, entrevistas realizadas com membros de comunidades de desenvolvimento de alguns desses softwares. O foco desse mapeamento foi orientado para as comunidades de software culturais e para as comunidades com membros no Brasil. Para tanto, clarificaram-se alguns dos conceitos mais utilizados nesse campo (tais como: software livre; software proprietário; software open source​; software gratuito; software comercial; software público; licenças de software; softwares culturais; comunidades de software livre; fork; github; GPL; IRC; SourceForge) e se mostrou a disputa entre os termos e as comunidades “software livre” e “​open source​”.

Assim sendo, o levantamento principal de comunidades se deu com base na observação do repositório de código fonte SourceForge, um dos primeiros sites utilizados para centralizar e gerenciar projetos livres e de código aberto. As versões dos diversos softwares ficam disponíveis no site, permitindo que desenvolvedores e pessoas interessadas em colaborar com um determinado projeto possam interagir virtualmente. Chegou-se, então, a uma relação com base no ranking ou ordenamento dos projetos com maior número de downloads e de colaborações. Para verificar se tais softwares mantinham comunidade no Brasil, realizaram-se buscas nos sites

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(ASL) e em sites especializados em tecnologia da informação. A tabela contendo a relação dos softwares foi dividida nas seguintes categorias: Softwares de áudio e vídeo; softwares gráficos; softwares de animação; softwares de/para games; softwares administrativos/outros.

Em seguida, passou-se ao estudo das dinâmicas e da estrutura de algumas comunidades e softwares livres. Para tanto, os pesquisadores realizaram 16 horas de entrevistas com membros (incluindo tanto desenvolvedores de softwares como membros não desenvolvedores) das seguintes comunidades: Parabola, Blender, Inkscape, KDE, Mozilla, Python, Debian e LibreOffice. Uma parcela das entrevistas ocorreu na 17ª edição do Fórum Internacional do Software Livre (FISL), realizado entre os dias 13 a 16 de julho de 2016 na cidade de Porto Alegre-RS. Outra parcela expressiva ocorreu por meio de contatos posteriores ao Fórum, com base nos cruzamentos das indicações de atores relevantes por parte dos entrevistados.

Os principais pontos abordados nas entrevistas foram os seguintes:

- a origem do software ou comunidade em questão (fruto de uma empresa? Comunidade? Fundação?);

- uma descrição básica da comunidade (quantos participantes; quantas e quais funções ou times; a distribuição dos membros pelo mundo);

- uma descrição da dinâmica interna (o processo de desenvolvimento; a organização do ciclo do desenvolvimento, com calendário de atualizações);

- a participação externa (recrutamento de novos desenvolvedores/apoiadores; a recepção aos novatos; as iniciativas para a inclusão de mulheres);

- a hierarquia interna (a coordenação dos trabalhos; o processo de tomada de decisão; as lideranças formais e informais; a resolução de conflitos; as relações com empresas ou fundações mantenedoras, quando é o caso; os responsáveis pelos times);

- o suporte (qual tipo de suporte é prestado; documentação);

- a comunicação (canais de comunicação disponíveis; moderação e nível de participação nesses canais; a participação em eventos de software livre);

- as contribuições externas (a barreira de entrada para as primeiras contribuições, ou para contribuições de desenvolvedores que não fazem parte do projeto);

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- a meritocracia (os mecanismos por meio dos quais os membros são mais respeitados perante os demais).

Os resultados foram compilados e divulgados por meio de textos descritivos abordando cada um dos pontos acima.

2.4 DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES PARA O MINC (META IV)

Deu-se início ao desenvolvimento de software de acordo com as demandas internas apresentadas pela CGTI, do Ministério da Cultura. Seguem abaixo os resultados alcançados, separados por sistemas mantidos pelo MinC:

Salic BR ​(​https://github.com/culturagovbr/salic-br)

● Refatoração dos arquivos de modelo, substituindo a utilização de funções específicas do SQL Server por funções padrões;

● Refatoração do módulo de autenticação; ● Refatoração do módulo de agentes; ● Refatoração do módulo de proposta; ● Criação de docker file;

● Driação de docker compose para manipulação de variáveis de ambiente e controle dos containers de banco de dados e da aplicação;

● Implemanração do workflow git para publicação de releases e todo o processo de desenvolvimento.

Salic Nova IN ​(​https://github.com/culturagovbr/salic-minc)

● Refatoração e adição de workflow e regras de negócios atendendo a nova instrução normativa (modificações em todos os módulos do sistema);

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E-praças ​(​https://gitlab.com/decko/epracas-backend) e (https://gitlab.com/decko/epracas-frontend)

● Criação da infraestrutura e processo de deploy em produção; ● Disponibilização do sistema em produção;

● Sustentabilidade dos bugs relatados em produção.

Vale Cultura ​(​https://github.com/culturagovbr/portal-vale-cultura) ● Criada API para consulta de dados abertos do vale cultura; ● Criado de dashboard para vizualização de dados abertos.

2.5 COMPARAR ESPECIFICAÇÕES E FUNCIONALIDADES (META V)

A fim de comparar especificações e funcionalidades de software, o LabLivre realizou uma descrição comparativa de softwares culturais livres e proprietários usados no Brasil, conforme levantamento realizado no âmbito do projeto e descrito no item 2.2 deste documento. As comparações se deram com base nas principais ​features apresentadas pelos softwares, de modo a identificar o que cada programa de computador apresenta em detrimento (ou em adição) ao outro.

Foram comparados os softwares das seguintes categorias:

- ​Suítes de escritório​: Microsoft Office (proprietário) e LibreOffice (livre), por meio dos softwares Word/Writer, Excel/Calc, PowerPoint/Impress, Access/Base;

- ​Editores de imagem​, sendo:

- organização e edição básica: Adobe Lightroom (proprietário) e Darktable (livre); - edição avançada: Adobe Photoshop (proprietário) e GIMP4 (livre);

- edição de imagens vetoriais: Adobe Illustrator (proprietário), LibreOffice Draw (livre) e Inkscape (livre).

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- ​Manipuladores de áudio​, sendo:

- Editores simples de áudio: Adobe Audition (proprietário) e Audacity (livre);

- Estações de trabalho em áudio (DAWs): Ardour (livre), Qtractor (livres) e Steinberg Cubase (proprietário);

- Foram descritos, mas não comparados, os softwares livres Rosegarden, MusE, Denemo, Hydrogen, Guitarix, Mixxx e OpenMPT; e os softwares proprietários Qtractor, Ardour e NoN.

- ​Desktop Publishing​: Adobe Indesign (proprietário) e Scribus (livre).

- ​Desenvolvimento de roteiros​: não se encontraram alternativas livres para comparação com os softwares proprietários disponíveis. Foram descritos os softwares livres Celtx, Plume-Creator, Fountain, Trelby, afterwriting e KIT Scenarist.

- ​Outros​: softwares culturais não incluídos na comparação, ou por terem escopo demasiado largo, ou por serem demasiado especializados. Foram eles:

- Edição de partituras: Sibelius (proprietário) e MuseScore (livre); - DJ mixing: Traktor Pro3 (proprietário) e Mixxx4 (livre);

- Modelagem 3d: Autodesk Maya (proprietário) e Blender (livre);

- Efeitos especiais em vídeo: Adobe After Effects (proprietário), Jahshaka (livre), e (marginalmente) Blender (livre).

2.6 FOMENTAR O DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES CULTURAIS (META VI)

A equipe do LabLivre elaborou uma minuta de edital de fomento a projetos com vistas ao aprimoramento de softwares culturais livres, com o objetivo inicial é financiar, por meio de premiação, 7 (sete) projetos elaborados por indivíduos que deverão programar novas funcionalidades, ou aprimorar funcionalidades já existentes em softwares livres culturais com comunidade de apoiadores ou desenvolvedores no Brasil.

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comunidades de software livre (ver item 2.7), bem como conversaram com outros desenvolvedores de softwares por meio de entrevistas e da participação em eventos como o Libre Graphics Meeting (LGM) 2017, ocorrido em abril, no Rio de Janeiro.

A minuta está sob a apreciação da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a responsável por gerir os recursos da Universidade Federal do ABC. Após essa análise, a minuta ficará disponível para contribuições por parte da sociedade via consulta pública pelo período de 15 (quinze) dias corridos. Em seguida, o LabLivre divulgará o edital de fomento.

De acordo com a proposta formulada após conversa com gestores do MinC, os(as) contemplados(as) pelo edital receberão premiação em dinheiro no valor de R$ 39.999,00 (trinta e nove mil, novecentos e noventa e nove reais), a ser paga em 3 (três) parcelas iguais de R$ 13.333,00 (treze mil, trezentos e trinta e três reais), para projetos com duração de 180 (cento e oitenta) dias corridos.

2.7 REALIZAR SEMINÁRIOS COM GOVERNO E SOCIEDADE (META VII)

O LabLivre realizou dois seminários no âmbito deste Termo de Execução Descentralizada. O primeiro deles, denominado “I Seminário Software e Cultura no Brasil”, ocorreu entre os dias 15 e 16 de agosto de 2016. Esse primeiro encontro, que contou com a participação de artistas, gestores culturais, desenvolvedores de software e ativistas da área da cultura, discutiu temas como a crescente influência dos softwares sobre a cultura contemporânea, a importância e os desafios dos softwares livres para o campo cultural, as formas de desenvolvimento de tecnologias de gestão por parte de gestores, a dinâmica interna das comunidades de software livre brasileiras e o compartilhamento de softwares nas instâncias governamentais.

A programação para os dois dias de debates foi a seguinte:

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Palestrantes: Cícero Silva (Unifesp), José Murilo Jr. (Ecologia Digital), Rodrigo Savazoni (realizador multimídia) e Sergio Amadeu da Silveira (UFABC)

Mediação: Lúcio Bittencourt (UFABC)

Dia 15/8, às 14h -- Software Livre e o campo cultural: desafios do comum Palestrantes: Bruno Martin, João Cassino e Yorik Van Havre

Mediação: Jerônimo Pellegrini (UFABC)

Dia 15/8, às 16h -- Desenvolvimento de tecnologias de gestão pela Cultura

Palestrantes: Diego Aguilera (MinC), Luciana Piazzon (Prefeitura de São Paulo), Nilva Luz (SESC-SP) e Renata Motta (Governo do Estado de São Paulo)

Mediação: Cláudio Penteado (UFABC)

Dia 16/8, às 10h -- Distros GNU/Linux: modelos de desenvolvimento

Palestrantes: André Silva (Parabola), Paulo Kretcheu (Debian) e Piter Punk (Slackware) Mediação: Rodolfo Avelino (UFABC)

Dia 16/8, às 14h -- Licenças, propriedade e compartilhamento de softwares no governo

Palestrantes: Camille Moura (Prefeitura de São Paulo), Daniel Astone (LabLivre), Leonardo Germani (MinC) e Marco Konopacki (ITS-Rio).

Mediação: José Paulo Guedes (UFABC)

Dia 16/8, às 16h -- Intervenções: estudos de casos envolvendo tecnologias livres

Jesús Pascual Mena-Chalco (UFABC), Luis Fagundes (Hacklab), Paulo Spinelli (LabProdam), Thiago Rondon (AppCívico) e Wesley Oliveira (UFABC).

O segundo evento, denominado “II Seminário Software e Cultura no Brasil” e ocorrido em 7 de abril de 2017 no campus de São Bernardo do Campo da Universidade Federal do ABC

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softwares livres para debater sobre alternativas para os editais públicos de fomento que serão lançados pelo Laboratório de Tecnologias Livres (LabLivre).

Participaram do encontro Athos Ribeiro (comunidade Fedora), Aurélio Heckert (comunidade Inkscape), Filipe Saraiva (comunidade KDE), Georges Basile Stavracas Neto (comunidade GNOME), Gustavo Mattos (comunidade Blender), João Sebastião de Oliveira Bueno (comunidade GIMP), Lucas Kanashiro (comunidade Debian), Olivier Hallot (comunidade LibreOffice), e Sady Jacques (Coordenador Geral da Associação Software Livre.Org - ASL). A programação foi a seguinte:

9h30 – Apresentação: LabLivre e os objetivos do seminário

Palestrantes: Sergio Amadeu da Silveira (UFABC), Cláudio Penteado (UFABC) e Sady Jacques (ASL).

10h – Raio-X das comunidades: a dinâmica interna das comunidades de software livre

Palestrantes: Athos Ribeiro, Aurélio Heckert, Filipe Saraiva, Georges Basile Stavracas Neto, Gustavo Mattos, João Sebastião de Oliveira Bueno, Lucas Kanashiro e Olivier Hallot.

12h – Almoço

13h30 – Principais demandas de desenvolvimento das comunidades

Palestrantes: Athos Ribeiro, Aurélio Heckert, Filipe Saraiva, Georges Basile Stavracas Neto, Gustavo Mattos, João Sebastião de Oliveira Bueno, Lucas Kanashiro e Olivier Hallot.

15h30 – Sugestões para os editais de fomento

Palestrantes: Athos Ribeiro, Aurélio Heckert, Filipe Saraiva, Georges Basile Stavracas Neto, Gustavo Mattos, João Sebastião de Oliveira Bueno, Lucas Kanashiro e Olivier Hallot.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados expostos, verifica-se o cumprimento satisfatório dos objetivos traçados para a fase I do Termo de Execução Descentralizada – Nº 01400 062344 | 2015 – 57. Foi possível desenvolver um novo modelo de desenvolvimento de softwares livres para a cultura, envolvendo a Universidade e as comunidades, atendendo ao MinC de modo ágil e eficiente. Além disso, por meio desse modelo, baseado completamente em tecnologias livres, o Poder Público conquista em definitivo sua autonomia diante de alguns processos de produção e manutenção de tecnologias, livrando-se da dependência de monopólios de conhecimento tecnológico.

Além do desenvolvimento de soluções de gestão baseada em softwares livres para o MinC, as pesquisas produzidas pelo Laboratório reforçaram e demonstraram a importância do software nas sociedades contemporâneas. Ademais, o mapeamento dos softwares culturais mais utilizados pelos agentes culturais, bem como o das comunidades de software livre em atividade no Brasil mostraram, primeiramente, como é vasto e heterogêneo o ecossistema tecnológico nesse campo específico. Por fim, constata-se que um modelo de produção descentralizado, conjugando os saberes da academia e das comunidades, pode ser bastante ágil e altamente eficiente.

Referências

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