CAPA
CAPA
PÁG
FOLHA DE ROSTO
FOLHA DE ROSTO
PÁG
Senha desta semana
Senha desta semana
JN32KX7078
JN32KX7078
Caro estudante,
Caro estudante,
A Educação é um projeto de construção coletiva. Vislumbrando tal crescimento,
A Educação é um projeto de construção coletiva. Vislumbrando tal crescimento,
nosso governo traçou, em sua política de gestão, diretrizes que possibilitam assegurar a
nosso governo traçou, em sua política de gestão, diretrizes que possibilitam assegurar a
qualidade da educação através do estudo dos fascículo
qualidade da educação através do estudo dos fascículo
s de Língua Portuguesa,
s de Língua Portuguesa,
Geogra
Geogra
fifia,
a,
História, Matemática, Física, Química e Biologia, garantindo melhorias signi
História, Matemática, Física, Química e Biologia, garantindo melhorias signi
fificativas na
cativas na
vida dos jovens do nosso Estado.
vida dos jovens do nosso Estado.
Pensar a Educação como um projeto de transformação social requer de nós,
Pensar a Educação como um projeto de transformação social requer de nós,
governantes,
governantes,
amplo entendime
amplo entendime
nto acerca dos conhecimentos neces
nto acerca dos conhecimentos neces
sários para a inclusão
sários para a inclusão
do cidadão no mercado de trabalho e a construção de sua plena cidadania.
do cidadão no mercado de trabalho e a construção de sua plena cidadania.
Portanto,
Portanto,
cabe à geração de hoje a responsab
cabe à geração de hoje a responsab
ilidade de const
ilidade de const
ruir uma sociedade mai
ruir uma sociedade mai
s
s
humana, igualitária, solidária e competente.
humana, igualitária, solidária e competente.
Que Deus o abençoe e lhe dê perseverança para enfrentar todos os desa
Que Deus o abençoe e lhe dê perseverança para enfrentar todos os desa
fifios que o
os que o
futuro nos reservar.
futuro nos reservar.
E jamais esqueça: a Educação é o maior bem que o Homem pode ter.
E jamais esqueça: a Educação é o maior bem que o Homem pode ter.
Que todos tenham um bom desempenho no exame do ENEM.
Que todos tenham um bom desempenho no exame do ENEM.
CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
CARLOS EDUARDO DE SOUZA BRAGA
Governador do Estado do Amazonas
O conhecimento da língua portuguesa e de
O conhecimento da língua portuguesa e de
suas manifestações está presente de forma
suas manifestações está presente de forma
absolutame
absolutame
nte expressiva nos certames do
nte expressiva nos certames do
ENEM,
ENEM,
seja através do
seja através do
evidente valor
evidente valor
que
que
neles se confere à Redação, seja no destaque que se dá aos aspectos interpretativos
neles se confere à Redação, seja no destaque que se dá aos aspectos interpretativos
presentes nas competências e habilidades requeridas para a resolução das questões
presentes nas competências e habilidades requeridas para a resolução das questões
objetivas.
objetivas.
Você já sabe que a interdisciplinaridade é uma das marcas do ENEM, sabe que uma
Você já sabe que a interdisciplinaridade é uma das marcas do ENEM, sabe que uma
determinada ques
determinada ques
tão pode exigir de você,
tão pode exigir de você,
para um desempenho po
para um desempenho po
sitivo,
sitivo,
conheciment
conheciment
os
os
de mais de uma área do saber. Contudo, não é menos verdade que, em função dos
de mais de uma área do saber. Contudo, não é menos verdade que, em função dos
objetivos pretendidos,
objetivos pretendidos,
uma ou
uma ou
outra habilidade pode estar
outra habilidade pode estar
mais vinculada a
mais vinculada a
esta ou
esta ou
àquela discipl
àquela discipl
ina.
ina.
É o caso das habilid
É o caso das habilid
ades n
ades n
osos5 e 6,
5 e 6,
que têm o text
que têm o text
o e o seu es
o e o seu es
tudo como
tudo como
base.
base.
Neste fascículo,
Neste fascículo,
pela sua importância e abrangência,
pela sua importância e abrangência,
dedicaremos especial atenção
dedicaremos especial atenção
à habilidade 6, sem prejuízo de uma ou outra consideração sobre a habilidade 6.
à habilidade 6, sem prejuízo de uma ou outra consideração sobre a habilidade 6.
Habilidade 6 – Co
Habilidade 6 – Co
m base em um text
m base em um text
o,
o,
analisar as fu
analisar as fu
nções de lingu
nções de lingu
agem,
agem,
identi
identi
fificar
car
marcas de variantes lingüísticas de natureza sociocultural, regional, de registro ou de
marcas de variantes lingüísticas de natureza sociocultural, regional, de registro ou de
estilo e explorar as relações entre as linguagens coloquial e formal.
estilo e explorar as relações entre as linguagens coloquial e formal.
F F O O T T O O
S S : : C C A A P P A A - Z Z s s u u z z s s a a n n n n a a K K i i l l i i á á n n / / s s x x c c . . h h u u ; ; P P R R O O J J . . G G R R Á Á F F I I C C O O I I N N T T E E R R N N O O - S S a a n n j j a a G G j j e e n n e e r r o o , , S S t t e e v v e e W W o o o o d d s s e e B B S S K K / / s s x x c c . . h h u u . . Código do Fascículo: Código do Fascículo: HU46CD4240 HU46CD4240 www.enemintensivo.com.br/amazonas www.enemintensivo.com.br/amazonas
1 – Linguagem e Comunicação
1 – Linguagem e Comunicação
Preliminarmente,
Preliminarmente, e de forma bem sucinta, vejamos alguns conceitos que se vinculam ao e de forma bem sucinta, vejamos alguns conceitos que se vinculam ao assunto em destaque.assunto em destaque.
É amplo o conceito que se pode extrair do termo linguagem, e fascinante o debate que sobre ele se pode
É amplo o conceito que se pode extrair do termo linguagem, e fascinante o debate que sobre ele se pode
travar. Aqui, e
travar. Aqui, e correndo o risccorrendo o risco de limitao de limitar esse concer esse conceito, ito, preferimopreferimos dizer que lins dizer que linguageguagem, m, nos seres humanos seres humanos, nos, éé
a aptidão, a capacidade, a faculdade que eles têm de estabelecer, entre si, o exercício da comunicação, processo
a aptidão, a capacidade, a faculdade que eles têm de estabelecer, entre si, o exercício da comunicação, processo
pelo qual se empreende a troca de informações.
pelo qual se empreende a troca de informações.
Para que se possa exercer o ato comunicativo, alguns elementos terão de estar obrigatoriamente
Para que se possa exercer o ato comunicativo, alguns elementos terão de estar obrigatoriamente
presentes.
presentes.
“Comunicar” e “comunicação” são palavras que se vinculam
“Comunicar” e “comunicação” são palavras que se vinculam ao adjetivo “comum”. Nesse sentido, comunicarao adjetivo “comum”. Nesse sentido, comunicar
é pôr algo em comum. Se entendermos isso como colocarmos à disposição de outrem o que nos per
é pôr algo em comum. Se entendermos isso como colocarmos à disposição de outrem o que nos pertence,tence,
perceberemos que, em termos lingüísticos, o que se disponibiliza para
perceberemos que, em termos lingüísticos, o que se disponibiliza para o outro são os o outro são os sentimentos, as idéias,sentimentos, as idéias,
as emoções, através de um código, um sistema de signos e de normas. Em outras palavras: um emissor
as emoções, através de um código, um sistema de signos e de normas. Em outras palavras: um emissor
“codi
“codififica” uma mensagem para um receptor que a “decodica” uma mensagem para um receptor que a “decodififica”. É claro que, para isso, é necessário queca”. É claro que, para isso, é necessário que
ambos tenham conhecimento do
ambos tenham conhecimento do código utilizado, código utilizado, seus signos e suas seus signos e suas regras de uso.regras de uso.
2 – Os Elementos da
2 – Os Elementos da
Comunicação
Comunicação
Em função do que se expôs até aqui, a teoria vigente – a partir do lingüista Roman Jakobson – costuma
Em função do que se expôs até aqui, a teoria vigente – a partir do lingüista Roman Jakobson – costuma
relacionar os seguintes elementos participantes do ato de comunicar:
relacionar os seguintes elementos participantes do ato de comunicar:
Emissor
Emissor
Elemento gerador do processo; é dele a iniciativa da comunicação. Pode ser uma pessoa, um grupo de
Elemento gerador do processo; é dele a iniciativa da comunicação. Pode ser uma pessoa, um grupo de
pessoas, uma instituição, uma
pessoas, uma instituição, umafifirma.rma.
Receptor
Receptor
Aquele que recebe a
Aquele que recebe a mensagem, dmensagem, decodiecodifificando-a. Pcando-a. Pode ser uma ode ser uma pessoa, upessoa, um grupo de m grupo de pessoas.pessoas.
Código
Código
Conjunto de signos convencionais utilizados na mensagem, comuns ao emissor e ao receptor. Pode ser a
Conjunto de signos convencionais utilizados na mensagem, comuns ao emissor e ao receptor. Pode ser a
língua,
língua, em sua modalidade oral em sua modalidade oral ou escrita, um sistema especí ou escrita, um sistema especí fifico como o código co como o código Braile ou o MorseBraile ou o Morse, , um conjuntoum conjunto
de gestos ou de sons.
de gestos ou de sons.
Mensagem
Mensagem
É o conteúdo da comunicação: um pensame
É o conteúdo da comunicação: um pensamento,nto,
uma idéia que o emissor pretende transmitir ao
uma idéia que o emissor pretende transmitir ao
receptor.
receptor.
Contexto
Contexto
Também denominado referente, é a situação a
Também denominado referente, é a situação a
que se refere a mensagem, envolvendo às vezes
que se refere a mensagem, envolvendo às vezes
elementos temporais e espaciais.
elementos temporais e espaciais.
Canal
Canal
Meio físico ou virtual – as ondas
Meio físico ou virtual – as ondas sonoras, sonoras, por exemplo – através do qual o emissor transmite sua mensagempor exemplo – através do qual o emissor transmite sua mensagem
ao receptor
3 – Os elementos da
3 – Os elementos da Comunicação e as
Comunicação e as
Funções da Linguagem
Funções da Linguagem
Os diversos atos de
Os diversos atos de comunicação lingüística que comunicação lingüística que diariamente produzimos geram “discursos”muito diferentesdiariamente produzimos geram “discursos”muito diferentes
entre si. Diversos são os critérios para a classi
entre si. Diversos são os critérios para a classifificação dessa variedade de atos. A mais conhecida, de Romancação dessa variedade de atos. A mais conhecida, de Roman
Jakobson, vincula-se de forma direta às chamadas funções da linguagem na comunicação. E tais funções da
Jakobson, vincula-se de forma direta às chamadas funções da linguagem na comunicação. E tais funções da
linguagem, por sua vez, atrelam-se aos elementos da comunicação, que já conhecemos. Veja como:
linguagem, por sua vez, atrelam-se aos elementos da comunicação, que já conhecemos. Veja como:
3.1 Função Emotiva ou
3.1 Função Emotiva ou
Expressiva
Expressiva
Predomina
Predomina, , no discuno discurso, rso, o elemeno elemento emisto emissorsor. . CentraCentrada no da no “eu” e s“eu” e sua apreciaua apreciação subjção subjetivaetiva. . VVerbos e pronerbos e pronomesomes
da primeira pessoa do singular, adjetivação expressiva e interjeições são marcas gramaticais dessa função. A
da primeira pessoa do singular, adjetivação expressiva e interjeições são marcas gramaticais dessa função. A
poesia lírica exempli
poesia lírica exemplififica-a bem.ca-a bem.
“Oh! eu quero viver, beber perfumes
“Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na
Nafl fl or silvestre, que embalsama os ares;or silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo in
Ver minh’alma adejar pelo infifinito,nito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há
No seio da mulher há tanto aroma...tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...tanta vida...
— Árabe errante, vou dormir à tarde
— Árabe errante, vou dormir à tarde
A sombra fresca da palmeira erguida.
A sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.”
Terás o sono sob a lájea fria.”
(Castro Alves,
(Castro Alves, “Mocidade e “Mocidade e Morte”)Morte”)
3.2 Função Apela
3.2 Função Apela
tiva ou
tiva ou
Conativa
Conativa
É um discurso de pe
É um discurso de persuasãrsuasão, o, centracentrado no receptodo no receptorr, , que se pretenque se pretende inde inflfluenciuenciar ou convencer, ar ou convencer, nele provocannele provocandodo
uma reação. As marcas gramaticais
uma reação. As marcas gramaticais são os pronomes e são os pronomes e verbos da segunda pessoa, o modo imperativo, verbos da segunda pessoa, o modo imperativo, o vocativo.o vocativo.
Na propaganda política, na publicidade, em mensagens institucionais, encontramos exemplos dessa função.
Na propaganda política, na publicidade, em mensagens institucionais, encontramos exemplos dessa função.
Estátua de
Estátua de Castro AlvCastro Alveses
Autor: P
Autor: Pasquale de Chirico asquale de Chirico (1923)(1923)
Salvador – BA Salvador – BA F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . v v a a . . p p t t / / v v i i e e i i r r a a 2 2 0 0 0 0 8 8 F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . b b r r i i c c a a b b r r a a c c . . c c o o m m . . b b r r / / l l i i g g h h t t__ 1 1 9 9 3 3 5 5 F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . d d e e n n a a t t r r a a n n . . g g o o v v . . b b r r
F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . s s i i n n a a l l d d e e t t r r a a n n s s i i t t o o c c . . o o m m . . b b r r
3.3 Função Referencial ou I
3.3 Função Referencial ou I
nformativa
nformativa
O discurso, aqui, é centrado no assunto, na informação, no objeto da mensagem. Caracteriza-o a objetividade
O discurso, aqui, é centrado no assunto, na informação, no objeto da mensagem. Caracteriza-o a objetividade
e o denotativo.
e o denotativo. A matéria jornalística A matéria jornalística e os textos de e os textos de natureza técnica ou cientí natureza técnica ou cientí fifica são exemplos dessa função.ca são exemplos dessa função.
RIO - A temporada 2008 da Fórmula-1 começou como
RIO - A temporada 2008 da Fórmula-1 começou como terminou a de terminou a de 2007: 2007: com ocom ofifinlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari,nlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari,
na frente. Foi dele o melhor
na frente. Foi dele o melhor tempo no primeiro dia tempo no primeiro dia de treinos livres para o de treinos livres para o Grande Prêmio da Austrália. Grande Prêmio da Austrália. O atual campeãoO atual campeão
mundial marcou 1min26s461 em
mundial marcou 1min26s461 em sua volta mais sua volta mais rápida, rápida, na primeira sessão. O britânico Lewis Hamilton, da McLaren,na primeira sessão. O britânico Lewis Hamilton, da McLaren,
foi o
foi o piloto que mais piloto que mais se aproximou de Raikkonen, com 1min26s559 obtido na segunda se aproximou de Raikkonen, com 1min26s559 obtido na segunda sessão. sessão. Felipe Massa, da FerrFelipe Massa, da Ferrari,ari,
teve o
teve o terceiro melhor tempo, com 1min26s958.terceiro melhor tempo, com 1min26s958.
(matéria na internet, extraída do site
(matéria na internet, extraída do site www.globo.com)www.globo.com)
3.4 Função Fática
3.4 Função Fática
Este é
Este é o discurso que “testa o o discurso que “testa o canal”, vcanal”, verierifificando se cando se o circuito efetivamente o circuito efetivamente funciona. Estabelece, funciona. Estabelece, prolongaprolonga
ou encerra a comunicação. São exemplos desse emprego as saudações convencionais, certos momentos nas
ou encerra a comunicação. São exemplos desse emprego as saudações convencionais, certos momentos nas
comunicações telefônicas,
comunicações telefônicas, etc. etc. Algumas interjeições são marcas gramaticais da função.Algumas interjeições são marcas gramaticais da função.
“Olá, como vai?
“Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo correndo
Tudo bem, eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você?”
Pegar meu lugar no futuro, e você?”
(Paulinho da Viola, “Sinal Fechado”) (Paulinho da Viola, “Sinal Fechado”)
3.5 Função Metalingüística
3.5 Função Metalingüística
Aqui,
Aqui, o código lingüísto código lingüístico é posto em foco: usa-se a língua para ico é posto em foco: usa-se a língua para falar dela mesmfalar dela mesma. a. São exemplos do emprego dessSão exemplos do emprego dessaa
função os dicionários, os textos que promovem a análise de outros textos, poesias que falam da arte poética, etc.
função os dicionários, os textos que promovem a análise de outros textos, poesias que falam da arte poética, etc.
“Não rimarei a palavra sono
“Não rimarei a palavra sono
com a
com a incorrespondenincorrespondente palavra outono.te palavra outono.
Rimarei com a palavra carne
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convêm.
ou qualquer outra, que todas me convêm.
As palavras não nascem amarradas,
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.”
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.”
(Carlos Drummond de Andrade, “Considerações do Poema”) (Carlos Drummond de Andrade, “Considerações do Poema”)
3.6 Função Poética
3.6 Função Poética
Nela, o que se pretende é
Nela, o que se pretende é pôr em destaque pôr em destaque a forma da a forma da mensagem. Mais do que “o que dizer”, impmensagem. Mais do que “o que dizer”, importa “comoorta “como
dizer”. P
dizer”. Privilegia a rivilegia a inovação, inovação, o prazer eo prazer estético.O predomínio aqui é stético.O predomínio aqui é da expressão conotativada expressão conotativa, af, afetiva. etiva. A palavra éA palavra é
valorizada no seu emprego expressivo. As
valorizada no seu emprego expressivo. Asfifiguras de linguagem exempliguras de linguagem exemplifificam bem ecam bem essa função, ssa função, que pode existirque pode existir
em prosa ou em verso.
em prosa ou em verso.
“ ‘Stamos em pleno mar. Doudo no espaço
“ ‘Stamos em pleno mar. Doudo no espaço
Brinca o luar –
Brinca o luar – dourada borboleta – dourada borboleta –
E as vagas após ele correm... cansam
E as vagas após ele correm... cansam
Como turbas de infantes inquietas.”
F
Fuunnççõõeess FFiinnaalliiddaaddee RecursosRecursos Emotiva
Emotiva Exprimir sentimentos e emoções.Exprimir sentimentos e emoções.
Emprego de
Emprego de adjetivos, interjeições,adjetivos, interjeições,
superlativos, aumentativos, diminutivos,
superlativos, aumentativos, diminutivos,
pronomes e verbos na primeira pessoa.
pronomes e verbos na primeira pessoa.
Conativa ou apelativa
Conativa ou apelativa Persuadir, inPersuadir, inflfluenciar o destinatário.uenciar o destinatário. Frases imperativas, idéias indutivas,Frases imperativas, idéias indutivas,pedidos, súplicas.pedidos, súplicas.
Poética
Poética
Mostrar a realidade trans
Mostrar a realidade transfifigurada,gurada,
valorizar a linguagem como o meio
valorizar a linguagem como o meio
de expressão.
de expressão.
Frases conotativas, presença de
Frases conotativas, presença de
linguagem
linguagem fifigurada, vocabulário sonoro.gurada, vocabulário sonoro.
Referencial
Referencial TTraransnsmimititir r ininfforormamaçõçõeses.. FFraraseses s didirretetasas, , obobjejetitivavas, s, dedenonotatatitivavas.s.
Metalingüística
Metalingüística DeDefifinir, explicar, esclarecer o códigonir, explicar, esclarecer o código
lingüístico.
lingüístico. Frases conceituais, explicativas.Frases conceituais, explicativas.
Fática
Fática IndicaIndicarr, sustentar, , sustentar, comunicação.comunicação.favorecer favorecer aa Frases de Frases de manutenção do manutenção do exclamações.exclamações.diálogo, diálogo, brevesbreves
As funções da linguagem nunca estão isoladas em um texto. Elas se combinam e se interpenetram
As funções da linguagem nunca estão isoladas em um texto. Elas se combinam e se interpenetram
o tempo todo. O que há, quase sempre, é a predominância de uma sobre as outras, em função dos
o tempo todo. O que há, quase sempre, é a predominância de uma sobre as outras, em função dos
objetivos do discurso.
objetivos do discurso.
A página de
A página de um dicionário, um dicionário, por exemplo, por exemplo, dada a dada a suasua fifinalidade, obviamente privilegia a funçãonalidade, obviamente privilegia a função
metalingüística, mas é impossível não perceber
metalingüística, mas é impossível não perceber nela a nela a função referencial. função referencial. Um “outdoor” que nos convidaUm “outdoor” que nos convida
a comprar um
a comprar um produto privilegia, sem dúvida, produto privilegia, sem dúvida, a função apelativa a função apelativa da linguagem, mas a escolha das da linguagem, mas a escolha das palavraspalavras
pode muito bem con
pode muito bem confifigurar a função poética. Em um poema em que o eu gurar a função poética. Em um poema em que o eu lírico confessa o seu amor estálírico confessa o seu amor está
presente, basicamente,
presente, basicamente, a função emotiva, mas a a função emotiva, mas a forma como ele forma como ele o faz, a expressividade que confere aoo faz, a expressividade que confere ao
discurso,
4 –
4 –
A Ling
A Ling
uagem Figurad
uagem Figurada
a
Como importantes elementos exempli
Como importantes elementos exemplifificativos da função emotiva ou afetiva da linguagem, situam-se ascativos da função emotiva ou afetiva da linguagem, situam-se as
fi
figuras, em que a linguagem assume uma nova característica comguras, em que a linguagem assume uma nova característica com fifinalidades expressivas e, assim, afasta-se donalidades expressivas e, assim, afasta-se do
valor lingüístico tradicional, desvia-se do
valor lingüístico tradicional, desvia-se do “estado de dicionário” e “estado de dicionário” e contribui para tornar literário contribui para tornar literário um texto.um texto.
Pela sua relevância para o ENEM, queremos que você conheça as principais. Destacaremos aqui as mais
Pela sua relevância para o ENEM, queremos que você conheça as principais. Destacaremos aqui as mais
freqüentes
freqüentesfifiguras semânticas nas construções literárias, correspondendo, também, àquelas que mais têm sidoguras semânticas nas construções literárias, correspondendo, também, àquelas que mais têm sido
cobradas no ENEM.
cobradas no ENEM.
Figuras Semânticas (ou
Figuras Semânticas (ou
de Palavra
de Palavra
s)
s)
1. Metáfora
1. Metáfora
Emprego de uma palavra ou expressão com
Emprego de uma palavra ou expressão com
um sentido que lhe é atribuído por força de uma
um sentido que lhe é atribuído por força de uma
relação de semelhança de ordem subjetiva. É, por
relação de semelhança de ordem subjetiva. É, por
assim dizer,
assim dizer, uma comparação uma comparação implícita.implícita.
“Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta.”
“Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta.”
(Luís Gonzaga Junior) (Luís Gonzaga Junior)
2. Comparação
2. Comparação
Também chamada símile, é o emprego explícito de palavra ou expressão que estabelece o confronto entre
Também chamada símile, é o emprego explícito de palavra ou expressão que estabelece o confronto entre
qualidades ou ações dos seres.
qualidades ou ações dos seres.
“Ver minh’alma adejar pelo in
“Ver minh’alma adejar pelo infifinito / Qual branca vela na amplidão dos mares.” nito / Qual branca vela na amplidão dos mares.” (Castro Alves)(Castro Alves)
3. Metonímia
3. Metonímia
Emprego de um termo em lugar de outro que com ele mantém uma relação de contigüidade (parte pelo
Emprego de um termo em lugar de outro que com ele mantém uma relação de contigüidade (parte pelo
todo, todo pela parte, autor pela obra, continente pelo conteúdo, marca pelo produto, autor pela obra, causa
todo, todo pela parte, autor pela obra, continente pelo conteúdo, marca pelo produto, autor pela obra, causa
pela conseqüência, conseqüência pela causa).
pela conseqüência, conseqüência pela causa).
“A mão que toca um violão /
“A mão que toca um violão / Se for preciso faz a guerra (...) / Se for preciso faz a guerra (...) / A voz que canta uma canção / Se A voz que canta uma canção / Se for preciso canta umfor preciso canta um
hino / Louva a morte
hino / Louva a morte (...) / O mesmo pé que dança um samba / Se preciso vai à (...) / O mesmo pé que dança um samba / Se preciso vai à luta / Capoeira...luta / Capoeira...” ”
(Marcos V
(Marcos Valle alle e Paulo e Paulo Sérgio Valle)Sérgio Valle)
4. Antítese
4. Antítese
Emprego de palavras ou
Emprego de palavras ou expressões que se expressões que se opõem, com o objetivo de opõem, com o objetivo de realçar pensamentos antagônicos. realçar pensamentos antagônicos. AA
idéia é de oposição.
idéia é de oposição.
“Desculpe-me por ter sido longo porque não tive tempo de
“Desculpe-me por ter sido longo porque não tive tempo de ser breve.” ser breve.” (Vieira)(Vieira)
5. Paradoxo
5. Paradoxo
TTambém chamado ambém chamado oxímorooxímoro, é o emprego , é o emprego de idéias de idéias contraditóriascontraditórias
em um
em um só pensamento. só pensamento. A idéia A idéia é de é de contradição. contradição. O paradoxo O paradoxo sugeresugere
o absurdo,
o absurdo, o que não acontece o que não acontece com a antítesecom a antítese..
“Amor é dor que desatina sem doer.”
6. Sinestesia
6. Sinestesia
É emprego de palavra ou expressão que associa
É emprego de palavra ou expressão que associa sensações captadas por sentidos sensações captadas por sentidos diferentes.diferentes.
“Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava /
“Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava /
Brancas sonoridades de cascatas ...”
Brancas sonoridades de cascatas ...” (Cruz e Souza)(Cruz e Souza)
7. Ironia
7. Ironia
Emprego de palavras,
Emprego de palavras, expressões ou frases queexpressões ou frases que, , considerados o contexto e considerados o contexto e a entonação com a entonação com que são proferidas,que são proferidas,
pretendem signi
pretendem signifificar algo diferente do que expressariam ecar algo diferente do que expressariam em condições normais, geralmente o oposto.m condições normais, geralmente o oposto.
“Marcela amou-me durante quinze meses e
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de onze contos de réis.réis.” ” (Machado de Assis)(Machado de Assis)
8. Personi
8. Personi
fificação
cação
Também chamada prosopopéia ou animização, consiste na atribuição da condição de ser animado a quem
Também chamada prosopopéia ou animização, consiste na atribuição da condição de ser animado a quem
não o é.
não o é.
“A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel...”
“A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel...” (João Bosco / Aldir Blanc)(João Bosco / Aldir Blanc)
9. Hipérbole
9. Hipérbole
ÉÉ aa fifigura do exagero, através da qual segura do exagero, através da qual se
pretende enfatizar uma determinada característica
pretende enfatizar uma determinada característica
ou situação.
ou situação.
“E,
“E, olhos poolhos postos em stos em ti, digo de rastros: ti, digo de rastros: / Ah! podem/ Ah! podem
voar mundos, morrer astros, / Que tu és como
voar mundos, morrer astros, / Que tu és como
Deus: princípio e
Deus: princípio e fifim!...” m!...” (Florbela Espanca)(Florbela Espanca)
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
Veja mais
Veja mais
fifiguras de linguagem no nosso site www.enemintensivo.com.br/
guras de linguagem no nosso site www.enemintensivo.com.br/
amazonas, utilizando-se de sua senha.
amazonas, utilizando-se de sua senha.
Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que
Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa signiagrupa signifificados que se excluem cados que se excluem mutuamente. Pmutuamente. Paraara
Gar
Garfifield, eld, a frase de saudação a frase de saudação de John (tirinha abaixo) expressa o de John (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os maior de todos os oxímoros.oxímoros.
Ano:
Ano:
2001
2001
Habilidade:
Nas alternativas
Nas alternativas abaixo, abaixo, estão transcritos estão transcritos versos retirados do poema “O operário versos retirados do poema “O operário em construção”. Pode-seem construção”. Pode-se
a
afifirmar que ocorre um oxímoro em:rmar que ocorre um oxímoro em:
(A)
(A) “Era ele que erguia casas“Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.”
Onde antes só havia chão.”
(B)
(B) “... a casa que ele fazia“... a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.”
Era a sua escravidão.”
(C)
(C) “Naquela casa vazia“Naquela casa vazia
Que ele mesmo
Que ele mesmo levantarlevantaraa
Um mundo novo nascia
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.”
De que sequer suspeitava.”
(D)
(D) “... o operário faz a coisa“... o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.”
E a coisa faz o operário.”
(E)
(E) ”Ele, um humilde operário”Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Um operário que sabia
Exercer a pro
Exercer a profifissão.” ssão.”
(MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. São Paulo: (MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.)
Companhia das Letras, 1992.)
Gabarito – Letra B.
Gabarito – Letra B.Aqui, você deve ter percebido que o enunciado, ao reproduzir a deAqui, você deve ter percebido que o enunciado, ao reproduzir a defifinição danição da fifiguragura
do paradoxo, facilita a resolução da questão, que seria muito complicada para alguns que não
do paradoxo, facilita a resolução da questão, que seria muito complicada para alguns que não fifizessem azessem a
correta “leitura” da “tirinha”. Para Gar
correta “leitura” da “tirinha”. Para Garfifield, podemos presumir, uma aeld, podemos presumir, uma afifirmação que mencione a segunda-rmação que mencione a
segunda-feira como “feliz
feira como “feliz” é evidentemente ” é evidentemente um paradoxo (ou oxímoro), uma vez que a segunda um paradoxo (ou oxímoro), uma vez que a segunda é dia de é dia de trabalho,trabalho,
e, para o gato, essa não é uma
e, para o gato, essa não é uma atividade que atividade que o faça feliz, ocorrendo exatamente o contrário... Note-se que,o faça feliz, ocorrendo exatamente o contrário... Note-se que,
ainda que não
ainda que não compreendendo o sentido irônico compreendendo o sentido irônico da da “tirinha”, mas tendo presente a de“tirinha”, mas tendo presente a defifinição constante donição constante do
enunciado,
enunciado, o candidato poderia chegar o candidato poderia chegar à resposta pela contradição à resposta pela contradição que ali se que ali se estabelece ao aestabelece ao afifirmar-se quermar-se que
“liberdade” pode
“liberdade” pode ser “escraser “escravidão”.vidão”.
A montanha pulverizada A montanha pulverizada
Esta manhã acordo e
Esta manhã acordo e
não a encontro.
não a encontro.
Britada em bilhos de lascas
Britada em bilhos de lascas
deslizando em correia
deslizando em correia transportadortransportadoraa
entupindo 150 vagões
entupindo 150 vagões
no trem-monstro de 5 locomotivas
no trem-monstro de 5 locomotivas
— trem maior do mundo, tomem nota —
— trem maior do mundo, tomem nota —
foge minha serra, vai
foge minha serra, vai
deixando no meu corpo a
deixando no meu corpo a paisagempaisagem
mísero pó de ferro, e este não passa.
mísero pó de ferro, e este não passa.
(Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2000.) (Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2000.)
A situação poeticamente
A situação poeticamente descrita acima sinaliza, do ponto de vista ambiental, para a necessidade de:descrita acima sinaliza, do ponto de vista ambiental, para a necessidade de:
I - manter-se rigoroso controle sobre os processos de instalação de novas mineradoras;
I - manter-se rigoroso controle sobre os processos de instalação de novas mineradoras;
II - criarem-se estratégias para reduzir o impacto ambiental no ambiente degradado;
II - criarem-se estratégias para reduzir o impacto ambiental no ambiente degradado;
III - reaproveitarem-se materiais,
III - reaproveitarem-se materiais, reduzindo-se a necessidade reduzindo-se a necessidade de extração de de extração de minérios.minérios.
Ano: Ano:
2006
2006
Habilidade: Habilidade:06
06
F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . p p e e o o p p l l e e e e x x . .. . a a c c . . u u k k
É correto o que se a
É correto o que se afifirma:rma:
(A)
(A) apenas apenas em em I;I;
(B)
(B) apenas apenas em em II;II;
(C)
(C) apenas em apenas em I e I e II;II;
(D)
(D) apenas em II apenas em II e III;e III;
(E)
(E) em I, em I, II II e e III.III.
Gabarito – Letra E.
Gabarito – Letra E.A questão tem a marca da interdiscipliA questão tem a marca da interdisciplinaridade preconizanaridade preconizada pelo ENEM. da pelo ENEM. PercebaPerceba
que, embora se re
que, embora se refifira a assunto do campo da Geograra a assunto do campo da Geografifia, a sua apresentação sob a forma de uma, a sua apresentação sob a forma de um
poema requer uma correta decodi
poema requer uma correta decodifificação da mensagem, calcada na função poética, manifestada esta,cação da mensagem, calcada na função poética, manifestada esta,
inclusive, pela
inclusive, pela fifigura da personalização da montanha que “foge”, ou da hipérbole do “trem maior dogura da personalização da montanha que “foge”, ou da hipérbole do “trem maior do
mundo”, ambas a serviço da expressividade com que o poeta pretende denunciar o impacto ambiental
mundo”, ambas a serviço da expressividade com que o poeta pretende denunciar o impacto ambiental
no ambiente degradado (comentário II). Tal impacto,com vistas à preservação ambiental, deve ser
no ambiente degradado (comentário II). Tal impacto,com vistas à preservação ambiental, deve ser
controlado através das medidas mencionadas nos comentários I e III, o que nos leva à opção E, já que
controlado através das medidas mencionadas nos comentários I e III, o que nos leva à opção E, já que
todos os comentários são
todos os comentários são pertinentes.pertinentes.
Cidade grande Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
Montes Claros cresceu tanto, fi
ficou urbe tão notória,cou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de
prima-rica do Rio de Janeiro,Janeiro,
que já tem cinco favelas
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade) (Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no
Entre os recursos expressivos empregados no texto, texto, destaca-se a:destaca-se a:
(A)
(A) metalinguagem, metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referirque consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem;-se à própria linguagem;
(B)
(B) intertextualidade, intertextualidade, na qual o texto na qual o texto retoma e reelabora retoma e reelabora outros textos;outros textos;
(C)
(C) ironia, ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica;que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica;
(D)
(D) denotação, denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo;caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo;
(E)
(E) prosopopéia, prosopopéia, que que consiste em consiste em personipersonifificar coisas car coisas inanimadas, atribuinanimadas, atribuindo-lhes vida.indo-lhes vida.
Ano: Ano:
2004
2004
Habilidade: Habilidade:06
06
F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . m m o o n n t t e e s s c c l l a a r r o os s . . c c o o m m . . b b r r Montes Claros – MG Montes Claros – MG
Gabarito – Letra
Gabarito – Letra C. Novamente homenageamos o grande C. Novamente homenageamos o grande Carlos Drummond de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, muito presentemuito presente
nos vestibulares em
nos vestibulares em geral, não sendo diferente no ENEM. geral, não sendo diferente no ENEM. As alternativas As alternativas da questão da questão dedefifinem corretamentenem corretamente
todos os termos ali apresentados, mas apenas um pode ser considerado recurso expressivo presente no
todos os termos ali apresentados, mas apenas um pode ser considerado recurso expressivo presente no
texto:
texto: a ironia (letra C), que ocorre quando Drummond parece atribuir a ironia (letra C), que ocorre quando Drummond parece atribuir um crescimento positivo a Montesum crescimento positivo a Montes
Claros, mas, em realidade, refere-se ao número de favelas que a cidade já tem, dizendo, pois, o contrário
Claros, mas, em realidade, refere-se ao número de favelas que a cidade já tem, dizendo, pois, o contrário
do que pensa, com objetivos críticos. Os demais recursos, mesmo que constem do texto (por exemplo,
do que pensa, com objetivos críticos. Os demais recursos, mesmo que constem do texto (por exemplo,
palavras empregadas denotativamente, ou uma certa personi
palavras empregadas denotativamente, ou uma certa personifificação atribuída às cidades) não constituemcação atribuída às cidades) não constituem
destaque na sua
destaque na sua formulação, formulação, como ocorre com a como ocorre com a ironia.ironia.
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br/amazonas, utilizando-se de sua senha.
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Érico
Érico VVeríssimo relata, em suas eríssimo relata, em suas memórias, um episódio da memórias, um episódio da adolescência que adolescência que teve inteve inflfluência signiuência signifificativa em suacativa em sua
carreira de escritor.
carreira de escritor.
Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma
Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma
lâmpada elétrica à cabeceira da
lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num
pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam carneado.. (...) Apesar do horror e da náusea, continuei
diabo que soldados da Polícia Municipal haviam carneado.. (...) Apesar do horror e da náusea, continuei fifirme onderme onde
estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder
estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode agüentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder fificar car
segurando esta lâmpada par
segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a a ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (...)costurar esses talhos e salvar essa vida? (...)
Desde que
Desde que, , adulto, adulto, comececomecei a escrever romancesi a escrever romances, , tem-me animadtem-me animado até hoje a idéia de que o menos que o escrito até hoje a idéia de que o menos que o escritor podeor pode
fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de
fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de
seu mundo,
seu mundo, evitando que soevitando que sobre ele caia a escurbre ele caia a escuridão, idão, propícia aos ladrõespropícia aos ladrões, , aos assassinoaos assassinos e aos s e aos tiranos. Sim, tiranos. Sim, segurar asegurar a
lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela
lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela
ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto...
ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto...
(VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.) (VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.)
Neste texto, por meio da metáfora
Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada da lâmpada que ilumina que ilumina a escuridão, Érico a escuridão, Érico VVeríssimo deeríssimo defifine como uma dasne como uma das
funções do escritor
funções do escritor e, por extensão, e, por extensão, da literatura:da literatura:
(A)
(A) criar criar a a fantasia;fantasia;
(B)
(B) permitir permitir o o sonho;sonho;
(C)
(C) denunciar denunciar o o real;real;
(D)
(D) criar o criar o belo;belo;
(E)
(E) fugir fugir da da náusea.náusea.
Ano:
Ano:
2006
2006
Habilidade:
Habilidade:
02
02
Gabarito – Letra C. A passagem metafórica “fazer luz sobre a realidade
Gabarito – Letra C. A passagem metafórica “fazer luz sobre a realidade
de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão” guarda inteira
de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão” guarda inteira
equivalênc
equivalência com a ação de ia com a ação de “denunciar o real”, “denunciar o real”, uma das missões uma das missões que deveque deve
nortear o ato de escrever, segundo depreendemos do texto. Portanto, a
nortear o ato de escrever, segundo depreendemos do texto. Portanto, a
resposta está na opção C. Evidentemente, descartam-se as alternativas A
resposta está na opção C. Evidentemente, descartam-se as alternativas A
e B, que mencionam “fantasia” e “sonho”, palavras cujo valor semântico
e B, que mencionam “fantasia” e “sonho”, palavras cujo valor semântico
se opõe ao do vocábulo “realidade”. As demais opções, efetivamente,
se opõe ao do vocábulo “realidade”. As demais opções, efetivamente,
também não se enquadram, sendo de se registrar , na letra E, que a palavra
também não se enquadram, sendo de se registrar , na letra E, que a palavra
“náusea”, vinculada a “horror”, é elemento que, no texto, con
“náusea”, vinculada a “horror”, é elemento que, no texto, confifigura-segura-se
como componente do campo signi
5 –
5 –
As
As variantes lingüísticas
variantes lingüísticas
“É preciso ter
“É preciso ter
na devida conta que
na devida conta que
unidade não é
unidade não é
igualdade;
igualdade;
no tecido lingüístico
no tecido lingüístico
brasileiro,
brasileiro,
há,
há,
decerto,
decerto,
gradações de cores. Minucioso estudo de campo determinaria, com segurança, várias áreas. O que
gradações de cores. Minucioso estudo de campo determinaria, com segurança, várias áreas. O que
é certo, porém, é que o conjunto dos falares brasileiros se coaduna com o princípio da unidade na
é certo, porém, é que o conjunto dos falares brasileiros se coaduna com o princípio da unidade na
diversidade e da diver
diversidade e da diver
sidade na unidade.”
sidade na unidade.”
(Sera
(Serafifim da Silva Neto)m da Silva Neto)
Para potencializar a
Para potencializar a capacidade de comunicar, capacidade de comunicar, o homem criou, no decurso de sua o homem criou, no decurso de sua história, história, sistemas particularessistemas particulares
de signos e regras, códigos que denominamos línguas. No caso da comunidade lusofônica a que pertencemos,
de signos e regras, códigos que denominamos línguas. No caso da comunidade lusofônica a que pertencemos,
o Português.
o Português.
Apesar dos aspectos que
Apesar dos aspectos que
a tornam comum a
a tornam comum a
um conjunto de usuários, um
um conjunto de usuários, um
a língua
a língua
nunca é utilizada pelos seus falantes de maneira uniforme.
nunca é utilizada pelos seus falantes de maneira uniforme.
Seria ingenuidade esperar homogeneidade total em um meio de expressão que
Seria ingenuidade esperar homogeneidade total em um meio de expressão que
sofre in
sofre in
flfluências do tempo, do espaço e de outros contextos em que seu emprego
uências do tempo, do espaço e de outros contextos em que seu emprego
se manifesta.
se manifesta.
Surgem então variedades na expressão de uma língua, que dela não retiram a condição de núcleo comum
Surgem então variedades na expressão de uma língua, que dela não retiram a condição de núcleo comum
em torno do qual uma comunidade exerce a comunicação – não são línguas dentro de uma língua –, mas que
em torno do qual uma comunidade exerce a comunicação – não são línguas dentro de uma língua –, mas que
possuem sua especi
possuem sua especifificidade. cidade. VVocê convive com ocê convive com eles diariamenteeles diariamente, ao fazer a leitura , ao fazer a leitura de um de um texto mais texto mais antigo, antigo, aoao
manter um diálogo com
manter um diálogo com aquele seu amigo aquele seu amigo gaúcho, gaúcho, ao conversar dentro de casa ao conversar dentro de casa com familiares e com familiares e agregados, agregados, aoao
formular e apresentar aquele trabal
formular e apresentar aquele trabalho escolarho escolar. E você percebe que, de situação para situação, cada uma dessas. E você percebe que, de situação para situação, cada uma dessas
manifestações guarda características lingüísticas peculiares. São as variantes lingüísticas.
manifestações guarda características lingüísticas peculiares. São as variantes lingüísticas.
Escolhendo uma dentre as diversas possibilidades de classi
Escolhendo uma dentre as diversas possibilidades de classifificação dessas variantes, podemos identicação dessas variantes, podemos identifificar, decar, de
uma forma geral, os seguintes tipos:
uma forma geral, os seguintes tipos:
I –
I –
Variação Ge
Variação Ge
ográ
ográ
fifica
ca
Ocorre de local para
Ocorre de local para local, diflocal, diferençando o uso da erençando o uso da língua em uma língua em uma determinada região. São os dialetos ou falares.determinada região. São os dialetos ou falares.
Pode ser mínimo o seu grau de afastamento da língua corrente (o jeito nordestino, gaúcho ou carioca de falar o
Pode ser mínimo o seu grau de afastamento da língua corrente (o jeito nordestino, gaúcho ou carioca de falar o
Português),
Português), mas também pode ter caramas também pode ter características tais que dicterísticas tais que difificultem a comunicação no seio de uma própria língua,cultem a comunicação no seio de uma própria língua,
sem que, apesar disso, constituam uma outra língua (o nosso falar do Português em relação ao de Portugal).
sem que, apesar disso, constituam uma outra língua (o nosso falar do Português em relação ao de Portugal).
II
II
–
–
Variação Sociocultural
Variação Sociocultural
Ocorre entre diferentes camadas ou grupos sociais e
Ocorre entre diferentes camadas ou grupos sociais e culturais de mesma língculturais de mesma língua, ua, ainda que no mesmo ainda que no mesmo espaçoespaço
geográ
geográfifico. No campo desse tipo de variação situam-se os níveis daco. No campo desse tipo de variação situam-se os níveis da
língua,
língua, em suas modalidades em suas modalidades oral e escrita, com predominância ora deoral e escrita, com predominância ora de
uma, ora de outra.
uma, ora de outra.
III
III
–
–
Variação P
Variação P
ro
ro
fifissional
ssional
Ditada pelo exercício de determinadas pro
Ditada pelo exercício de determinadas profifissões que praticamentessões que praticamente
acabam por impor, em uso restrito, um jargão técnico, recheado
acabam por impor, em uso restrito, um jargão técnico, recheado
de termos especí
de termos especí fificos. São as “línguas” dos médicos, engenheiros,cos. São as “línguas” dos médicos, engenheiros,
advogados, pedagogos, físicos e tantos outros pro
advogados, pedagogos, físicos e tantos outros profifissionais.ssionais.
F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . l l a a w w y y
e e r r s s a a n n t t a a c c r r u u z z . . c c o o m m
IV
IV
–
–
Variação Expressiva
Variação Expressiva
Aqui é a situação, o contexto, que determina o seu emprego. Há momentos de formalidade que exigem
Aqui é a situação, o contexto, que determina o seu emprego. Há momentos de formalidade que exigem
do indivíduo um discurso adequado (por exemplo, um defesa de tese de um estudante, ou a peça oratória de
do indivíduo um discurso adequado (por exemplo, um defesa de tese de um estudante, ou a peça oratória de
um promotor), como há situações em
um promotor), como há situações em que deve predominar o que deve predominar o expressar descontraído, expressar descontraído, informal (por exemplo,informal (por exemplo,
uma conversa de torcedores na arquibancada do Maracanã, ou os diálogos familiares que se travam no
uma conversa de torcedores na arquibancada do Maracanã, ou os diálogos familiares que se travam no
dia-a-dia).
dia). Neste âmbito de Neste âmbito de variação, variação, podemos situar as podemos situar as modalidades falada e modalidades falada e escrita da língua, nas quais se registramescrita da língua, nas quais se registram
distinções signi
distinções signifificativas, peculiariedades marcantes. cativas, peculiariedades marcantes. Julgamos que aqui Julgamos que aqui se possa se possa também considerar a também considerar a expressãoexpressão
literária da língua, forjada por preocupações de ordem estética e submetida
literária da língua, forjada por preocupações de ordem estética e submetida à inventividade, à criatividade.à inventividade, à criatividade.
É importante registrar, uma vez mais, que todas essas variações compõem a nossa língua, incorporam-se a
É importante registrar, uma vez mais, que todas essas variações compõem a nossa língua, incorporam-se a
ela, e seu estudo e emprego não deve nem pode estar restrito a um registro padrão, elitista, conservador. A
ela, e seu estudo e emprego não deve nem pode estar restrito a um registro padrão, elitista, conservador. A
dinâmica da língua
dinâmica da língua exige, isso sim, exige, isso sim, a ausência do a ausência do preconceito ao tratar epreconceito ao tratar essa matéria essa matéria e, , ao contrário, o estímuloao contrário, o estímulo
ao conhecimento do valor e da função atribuídos às variantes, cabendo ao falante a capacidade de selecionar,
ao conhecimento do valor e da função atribuídos às variantes, cabendo ao falante a capacidade de selecionar,
para cada contexto e
para cada contexto e situação, situação, a que considere mais a que considere mais adequada.adequada.
De Evanildo
De Evanildo
Bechara, co
Bechara, co
nsagrado lingüista brasileiro:
nsagrado lingüista brasileiro:
“temos que
“temos que
ser poliglotas em
ser poliglotas em
nossa própria
nossa própria
língua”.
língua”.
6 – Linguagem Formal e Linguagem Coloquial
6 – Linguagem Formal e Linguagem Coloquial
A habilidade
A habilidade 6 do 6 do ENEM fala ENEM fala em “explorar as relações em “explorar as relações entre as entre as linguagens coloquial linguagens coloquial e formal”. e formal”. Vamos, Vamos, então,então,
estabelecer as diferenças e vinculações que se impõem entra ambas.
estabelecer as diferenças e vinculações que se impõem entra ambas.
I -
I -
Linguagem Form
Linguagem Form
al
al
É a que se refere à língua-padrão e observa as normas ditadas pela gramática
É a que se refere à língua-padrão e observa as normas ditadas pela gramática
tradicional.
tradicional. Seu uso impõe-se Seu uso impõe-se – o nome – o nome o diz – nas o diz – nas situações formais (palestras, textossituações formais (palestras, textos
técnico-cientí
técnico-cientí fificos, entrevistas, trabalhos escolares de redação, etc). Ela serve, é certo,cos, entrevistas, trabalhos escolares de redação, etc). Ela serve, é certo,
para assinalar distanciamento, ausência de intimidade, mas as expressões respeitosas
para assinalar distanciamento, ausência de intimidade, mas as expressões respeitosas
de cortesia também pertencem ao seu âmbito. É evidente que utilizá-la em contextos
de cortesia também pertencem ao seu âmbito. É evidente que utilizá-la em contextos
situacionais que não a
situacionais que não a imponham pode soar falso, frimponham pode soar falso, frio e antipático.io e antipático.
II – Linguagem Coloquial
II – Linguagem Coloquial
É aquela empregada nas situações do cotidiano, de cunho mais popular
É aquela empregada nas situações do cotidiano, de cunho mais popular
e que não obedece, necessariamente, às regras da gramática normativa. Ela
e que não obedece, necessariamente, às regras da gramática normativa. Ela
revela certa intimidade, é típica das falas
revela certa intimidade, é típica das falas entre namorados e familiares eentre namorados e familiares e, d, doo
mesmo modo que a formal, temos que nos preocupar com a sua utilização
mesmo modo que a formal, temos que nos preocupar com a sua utilização
fora dos contextos devidos, sob pena de nos colocarmos sob julgamentos
fora dos contextos devidos, sob pena de nos colocarmos sob julgamentos
negativos de quem nos ouve.
negativos de quem nos ouve.
V
Veja algumas eja algumas situações, colhidas aleatoriamente, que consituações, colhidas aleatoriamente, que confifiguram um emprego de linguagem coloquial:guram um emprego de linguagem coloquial: •
• o uso da forma o uso da forma pronominal pronominal “a gente” (“A “a gente” (“A gente não vai gente não vai mais brigar”, no lugar de mais brigar”, no lugar de “Nós não vamos “Nós não vamos maismais
brigar”);
brigar”);
•
• o emprego do pronome relativo sem observância a normas de regência (“Esta é o emprego do pronome relativo sem observância a normas de regência (“Esta é a música que eu maisa música que eu mais
gosto ”, n
gosto ”, no lugar de “Esta é a música de o lugar de “Esta é a música de que mais gosto”);que mais gosto”);
•
• retomada anafórica do objeto direto da terceira pessoa retomada anafórica do objeto direto da terceira pessoa (“Estive lá, (“Estive lá, mas não encontrei ele”, no lugar demas não encontrei ele”, no lugar de
“Estive lá, mas não o encontrei”);
“Estive lá, mas não o encontrei”);
F F o o n n t t e e : : S S a a r r a a h h C C u u y y p p e e r r s s . . s s x x c c . . h h u u F F o o n n t t e e : : w w w w w w . . c c m m__ m m i i r r a a n n d d e e . . l l a a . . p p t t
•
• uso indevido da passiva sintética uso indevido da passiva sintética (“Não se escreve mais poemas como (“Não se escreve mais poemas como antigamente”, antigamente”, no lugar de “Nãono lugar de “Não
se escrevem mais poemas como antigamente”);
se escrevem mais poemas como antigamente”);
•
• uso do pronome reto como sujeito do inuso do pronome reto como sujeito do infifinitivo (“Isto é para nitivo (“Isto é para mim fazer”, no lugar de “Isto é para eumim fazer”, no lugar de “Isto é para eu
fazer”);
fazer”);
•
• regência em desacordo regência em desacordo com o registro culto com o registro culto (“V(“Vou na caou na casa de Maria sa de Maria agora”, agora”, no lugar de “Vno lugar de “Vou à casa ou à casa dede
Maria agora”);
Maria agora”);
•
• mistura de tratamemistura de tratamento (“Eu te nto (“Eu te falei, vfalei, você não ocê não quis ouvir”, no lugar de “Eu te falei, tu não quiseste quis ouvir”, no lugar de “Eu te falei, tu não quiseste ouvir”ouvir”
ou de “Eu lhe falei, você não quis ouvir”);
ou de “Eu lhe falei, você não quis ouvir”);
•
• emprego de pronome oblíquo no início da frase (“Me deixa em paz!”, no lugar de “Deixa-me em paz!”).emprego de pronome oblíquo no início da frase (“Me deixa em paz!”, no lugar de “Deixa-me em paz!”).
A gramática e as normas gramaticais não são um
A gramática e as normas gramaticais não são um
fifim em si mesmo e não se deve exaltar ou
m em si mesmo e não se deve exaltar ou
menospre
menospre
zar unilateralmente o
zar unilateralmente o
registro formal ou o
registro formal ou o
coloquial.
coloquial.
VVeja algumas questões eja algumas questões do ENEM que versam sobre as do ENEM que versam sobre as variações lingüísticas:variações lingüísticas:
No romance
No romanceVidas SecasVidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o
patrão para receber o salário. Eis parte da cena:
patrão para receber o salário. Eis parte da cena:
“Não se conformou; devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do
“Não se conformou; devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do
branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no
branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no
toco, entregando o que era dele de
toco, entregando o que era dele de mão beijada! Emão beijada! Estava direistava direito aquilo? to aquilo? TTrabalhar como nerabalhar como negrogro
e nunca arranjar carta de
e nunca arranjar carta de alforria? alforria?
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço
noutra fazenda.
noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.”
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.”
(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.) (Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.)
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem
No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismoconvive com marcas de regionalismo
e de coloquialismo no
e de coloquialismo no vocabulário. vocabulário. Pertence à variedade do Pertence à variedade do padrão formal da linguagem padrão formal da linguagem o seguinte trecho:o seguinte trecho:
(A)
(A) “Não se conformou: “Não se conformou: devia havdevia haver engano”er engano”
(B)
(B) “e Fabiano “e Fabiano perdeu perdeu os os estribos”estribos”
(C)
(C) “Passar a vida “Passar a vida inteira assim no inteira assim no toco”toco”
(D)
(D) “entregando o que era “entregando o que era dele de mão beijada!”dele de mão beijada!”
(E)
(E) “Aí Fabiano “Aí Fabiano baixou a baixou a pancada e pancada e amunhecou”amunhecou”
Gabarito – Letra A.
Gabarito – Letra A. Aqui se busca identiAqui se busca identifificar, dentre algumas alternativas que apresentam registroscar, dentre algumas alternativas que apresentam registros
coloquiais ou do regionalismo, aquela que exempli
coloquiais ou do regionalismo, aquela que exemplififica o ca o padrão formal. padrão formal. Ambos vinculam-se ao Ambos vinculam-se ao espaçoespaço
geográ
geográfifico no qual se co no qual se passa o romance de Graciliano, passa o romance de Graciliano, sendo de destacar a utilização do sendo de destacar a utilização do chamado discursochamado discurso
Ano:
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2006
2006
Habilidade: