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AULA INTRODUTORIA - CONCEITOS BÁSICOS EM ECONOMIA

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DISCIPLINA:

DISCIPLINA: ESTADO, SOCIEDADE E ECONOMIA POLITICA.ESTADO, SOCIEDADE E ECONOMIA POLITICA. Professor

Professor: Dr. Lazaro Camilo Recompensa Joseph.: Dr. Lazaro Camilo Recompensa Joseph. TEMA I:

TEMA I: CONCEITOS BÁSICOS EM ECONOMIACONCEITOS BÁSICOS EM ECONOMIA.. SUMARIO

SUMARIO

1. Definição e objeto de estudo da Economia. Principais conceitos em 1. Definição e objeto de estudo da Economia. Principais conceitos em

Economia. Economia. 2.

2. O Problema O Problema Econômico Fundamental. Econômico Fundamental. A Lei A Lei da Escassez:da Escassez: 3.

3. Sistemas Econômicos. Elementos Sistemas Econômicos. Elementos Básicos e Principais Básicos e Principais Tipos de SistemaTipos de Sistema Econômico.

Econômico. 4.

4. A disciplina Economia para A disciplina Economia para fins metodológicos e didáticos fins metodológicos e didáticos é normalmenteé normalmente dividida em quatro áreas de estudos.

dividida em quatro áreas de estudos.

Equilíbrio do mercado de um bem ou serviço florestal. Equilíbrio do mercado de um bem ou serviço florestal.

(2)

Tema I: Conceitos básicos em Economia Tema I: Conceitos básicos em Economia..

1- Definição e objeto de estudo da Economia. Principais conceitos em 1- Definição e objeto de estudo da Economia. Principais conceitos em Economia;

Economia;

Conceito de Economia

Conceito de Economia: A palavra economia deriva do grego: A palavra economia deriva do grego oikosnomos oikosnomos 

(de

(de oikos oikos , casa e, casa e nomos nomos , lei) a administração de uma casa, ou do Estado, e pode, lei) a administração de uma casa, ou do Estado, e pode

ser assim definida: ser assim definida:

Economia

Economia: É a ciência social que estuda como o individuo e a sociedade: É a ciência social que estuda como o individuo e a sociedade decidem (escolhem, alocam, ou utilizam) empregar recursos produtivos escassos decidem (escolhem, alocam, ou utilizam) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribui-los entre as varias pessoas e na produção de bens e serviços, de modo a distribui-los entre as varias pessoas e grupos da sociedade a fim de satisfazer as necessidades humanas.

grupos da sociedade a fim de satisfazer as necessidades humanas.

Em qualquer sociedade o problema básico é alocar os recursos para Em qualquer sociedade o problema básico é alocar os recursos para satisfazer os desejos individuais e coletivos.

satisfazer os desejos individuais e coletivos.

Essa definição contem vários conceitos importantes que são a base e o Essa definição contem vários conceitos importantes que são a base e o objeto do estudo da Economia como ciência:

objeto do estudo da Economia como ciência:

Principais conceitos: Principais conceitos:

A

A EconomiaEconomia é o ramo da ciência econômica que trata da utilização racionalé o ramo da ciência econômica que trata da utilização racional de recursos com vistas à produção, transformação, distribuição e consumo de de recursos com vistas à produção, transformação, distribuição e consumo de bens e serviços. Como por exemplo, produtos e subprodutos da ÁRVORE, bens e serviços. Como por exemplo, produtos e subprodutos da ÁRVORE, madeira, preservação da vida silvestre, controle do regime hidrológico e da erosão madeira, preservação da vida silvestre, controle do regime hidrológico e da erosão do solo, extrativismo, produção de mel, atividades lúdicas e de lazer, entre outros; do solo, extrativismo, produção de mel, atividades lúdicas e de lazer, entre outros;

-- Atividade econômica;Atividade econômica;

-- Recursos econômicos (tambémRecursos econômicos (também

chamados de fatores de produção ou chamados de fatores de produção ou “imputs”; “imputs”; -- Necessidades;Necessidades; -- Utilidades;Utilidades; -- Bem;Bem; -- Produção;Produção; -- Distribuição;Distribuição;

-- Firma ou empresa;Firma ou empresa;

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Atividade econômica: Está formada pelos elementos chaves que a continuação se apresentam:

• Os recursos produtivos (R);

• As técnicas de produção (que transformam os recursos produtivos em bens

e serviços (BS)) e;

• As necessidades humanas (NH).

Esquematicamente tem-se:

Recursos econômicos (também chamados de fatores de produção ou “inputs”): são os meios utilizados pela sociedade para a produção de bens e serviços que irão a satisfazer as necessidades humanas.

As características dos recursos econômicos são: a- Limitados em quantidades (ou seja, escassos);

b- Versáteis, isto é podem ser aproveitados em diversos usos;

c- Podem ser combinados em proporções variáveis para obter o maior nível de bem estar.

Quanto à classificação, os recursos podem ser agrupados em:

a- Recursos naturais: formado por todos os bens econômicos usados na produção e que são extraídos diretamente da natureza como: os solos, os mineiros, água para as hidroelétricas, a floresta entre outros;

b- Trabalho: inclui toda a atividade humana (esforço físico e ou mental) usada na produção de bens e serviços, como: os serviços técnicos dos engenheiros de computação, médicos, agrônomos, etc;

c- Capital: que consiste em todos os bens materiais produzidos pelo homem e que são usados na produção. Estes bens de capital que incrementam a produção são: maquinas, locomotivas, caminhões, tratores, equipamentos, instalações, matérias primas etc.

R BS NH

(Representa recursos ( técnicas produtivas que ( satisfazer nec. produtivos) transformam os recursos em humanas)

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Necessidade: É possível afirmar que a necessidade é uma sensação de falta, uma sensação que pode representar certo mal estar. Os seres humanos têm grande quantidade de necessidades e procuram sempre satisfazê-las.

Estas necessidades (individuais e coletivas) variam de sociedade para sociedade, pois são influenciadas por elementos como padrões culturais do grupo, clima, topografia, disponibilidade de recursos etc., por causa disso, mesmo as necessidades chamadas básicas alimentação, moradia, vestuário, manifestam-se e são atendidas de formas diferentes em diferentes sociedades.

O progresso humano e o processo de civilização têm expandido as necessidades muito além das individuais e coletivas, todo isso é atestado pelos inúmeros bens como o computador, os produtos químicos e farmacêuticos e a proliferação de serviços de comodidades fornecidas pelos serviços terceirizados das atividades econômicas.

Podem ser classificadas em

a- Individuais: As sentidas pelos seres humanos considerados individualmente. E são classificadas em:

- Absolutas: Aquelas que todos os seres humanos sentem. Exemplo as necessidades biológicas como fome, sede, sono, etc.

- Relativas: que não são idênticas para todos e são influenciadas por uma serie de fatores como hábitos de comportamento, valores, e costumes sociais etc.

b- Coletivas: são aquelas sentidas por todo um grupo de seres humanos, são desejos básicos e intimamente relacionados com o nível de bem estar de uma coletividade. Exemplo as necessidades de saúde, educação saneamento etc e geralmente são atendidas por programas de ação executadas pelo Estado.

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Há uma renovação continua das necessidades visando à busca de melhor qualidade de vida. Por tanto até as sociedades mais opulentas e desenvolvidas não conseguem satisfazer todos os desejos de sua coletividade e por tanto solucionar o problema da escassez e, assim o problema econômico.

Utilidade: Os autores clássicos admitiam a utilidade como sendo a satisfação total auferida por um individuo em decorrência de um conjunto de bens ou de quantidades desses bens. Assim a noção de utilidade era entendida como: a capacidade inerente aos bens de atender ou satisfazer a necessidades.

Na economia moderna, define-se utilidade: ao grau de adequação de um bem a uma necessidade sentida. A utilidade também tem caráter subjetivo e individual porque se vincula à necessidade sentida pelo individuo, necessidade que como vimos anteriormente tem essas mesmas características.

Por tanto: coisas não necessárias não possuem utilidade. Nisso, todavia, está a influência do comportamento individual. Por exemplo, os esquimós, não têm necessidade de geladeira que então, para esse grupo de indivíduos (a geladeira) não possui utilidade.

O inverso ocorre com os grupos de indivíduos que vivem nas zonas de temperatura elevada, onde a geladeira é necessária e conseqüentemente possui utilidade.

Características da utilidade:

• Não é mensurável de forma quantitativa, porem pode ser perfeitamente

comparável. Todavia mais uma vez, o comportamento individual afeta esse tipo de avaliação. Exemplo para abrandar sua sede pode considerar um copo de água mais o menos útil do que um copo de guaraná. Agora  jamais poderá avaliar quanto mais ou menos útil é o copo de água em

relação ao copo de guaraná, para atende a essa necessidade;

• Depende da percepção do individuo: um bem pode ser adequado a

atender a uma necessidade, porem o individuo pode não perceber essa adequação, conseqüentemente, não atribui utilidade ao bem para esse fim. Se as pessoas não estão “informadas” a respeito da capacidade de um bem atender a uma necessidade, logicamente não lhe atribuem utilidade para esse fim. Da mesma forma se o nível cultural das pessoas não permite que elas compreendam a adequação dobem à necessidade,

Ou seja, todos os bens e os serviços econômicos são desejados porque são úteis, isto é possuem a capacidade de satisfazer uma necessidade.

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certamente não atribuirão utilidade a esse bem para o atendimento daquela necessidade.

Bens: define-se hoje o bem como sendo algo capaz de satisfazer as necessidades, por tanto algo que tenha utilidade.

Classificação dos bens:

a) Segundo a sua disponibilidade

Bens livres: são aqueles cujas quantidades disponíveis são “maiores” do que as quantidades necessárias para o atendimento das necessidades para as quais são adequados. É dizer são bens abundantes, não exigindo maiores esforços para serem obtidos e por tanto não estimulam a atividade econômica. Tais bens são considerados como uma exceção e não como uma regra.

Bens econômicos: são escassos, isto é as quantidades disponíveis são “menores” do que as quantidades necessárias. Exigem, por tanto, esforço para sua obtenção e conseqüentemente estimulam a atividade econômica. São transferíveis, ou seja, podem ser roçados por dinheiro ou por outro bem qualquer justamente por isso, diz-se que esses bens têm um valor de mercado. Em última analise, pode-se definir um bem econômico como todo aquilo que for necessário, escasso e transferível.

b) Segundo a sua utilização:

Bens de consumo: Atendem diretamente as necessidades sentidas pelos indivíduos ou consumidores são sub classificadas em:

- Duráveis: os que resistem a mais de um

processo de atendimento da necessidade. Exemplo, geladeiras, fornos, computadores, microondas, etc.;

- Não duráveis: que se “exaurem” no primeiro

atendimento da necessidade, como exemplo, guardanapo de papel, um palito de fósforo etc. Bens de produção ou de capital: são aqueles que se destinam à produção de outros bens são também chamados de bens intermediários. Atendem de forma indireta às necessidades finais dos indivíduos se sub classificam em: Duráveis: exemplo, as maquinas e Não duráveis: as matérias primas.

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c) Segundo sua natureza em

Produção: O conceito de produção é de grande importância no estudo da economia. Formas simples de conceituar produção são apresentadas por Watson e por Simonsen.

Para o primeiro, produção é: a transformação dos fatores adquiridos pela empresa, em produtos para a venda no mercado. Para o segundo, é a transformação de bens e serviços em outros bens e serviços.

Conceito de firma ou empresa: de maneira mais ampla pode-se definir uma empresa ou firma como sendo “qualquer unidade produtora independente, controlada por um ou mais empresários, e que oferece bens ou serviços para a venda no mercado”. Esse tipo de conceito, além de atividades industriais e agrícolas, engloba também atividades profissionais, técnicas e de serviços, que operem de forma independente.

Bens matérias ou tangíveis:

Bens imateriais ou intangíveis: incluem-se os serviços, exemplo, atendimento medico, software, serviços educacionais, etc. os quais satisfazem necessidades e por isso é intrinsecamente um bem, embora de natureza não material. E, portanto um bem intangível.

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Analisemos teoricamente a classificação das firmas ou empresas

Conceito de consumo e consumidor: afirma-se que consumo: é atividade exercida pelos indivíduos para satisfazer a suas necessidades por meio da utilização de bens e serviços. Dessa forma, o consumo constitui-se em atividade básica para qualquer empreendimento econômico. Derivado disso (último dito) a posição do consumidor é extremadamente destacada no processo econômico.

O consumidor: pode ser definido como uma unidade de consumo ou de gasto, que pode ser representada tanto por um individuo como por uma família que possua um único orçamento e que tenha perfeitas condições de decidir como utiliza-lo. Dispondo do seu orçamento o consumidor resolve o problema da satisfação de suas necessidades realizando o seu processo de consumo.

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Deve-se destacar que esse comportamento do consumidor é regido por uma hipótese básica:

Conceito de distribuição: é um conjunto de atividades visando ao estabelecimento do fluxo de bens do setor de produção de bens materiais até o consumo final. Constitui-se nas atividades do comercio, transporte, publicidade propaganda e em todos os processo de produção que facilitarem o atendimento das necessidades do consumidor.

2- O Problema Econômico Fundamental. A Lei da Escassez:

Como vimos anteriormente o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou seja, como economizar recursos. Assim todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização econômica ou regime político, são obrigadas a fazer escolhas entre alternativas, uma vez que os recursos não são abundantes. Elas são obrigadas a fazer escolhas sobre O QUE E QUANTO, COMO e PARA QUEM PRODUZIR:

Os indivíduos distribuem os gastos dirigidos à satisfação de suas necessidades de forma RACIONAL isto é, tomam decisões que permitem que obtenham a MAIOR SATISFAÇÃO POSSÍVEL, respeitadas as limitações de seu orçamento em cada momento.

O problema econômico fundamental se centra no fato de que os recursos disponíveis ao homem para produzir bens e serviços são limitados “ou seja, são escasso” mais a sua necessidade ou desejo destes bens e serviços é variado e insaciável. Para certos bens “ar” por exemplo, (na ausência de poluição) cuja quantidade existente é maior que as necessidades, não há uma organização econômica para o seu uso, uma vez que todos os desejos são satisfeitos sem esforço.

Contudo no mundo real a maioria dos recursos são escassos relativamente à sua demanda, ou seja, eles não existem em quantidades suficientes para atender a todas as necessidades humanas. Em conseqüência tem-se a dupla situação:

1. Nenhuma sociedade pode produzir todos os bens econômicos para todos os seus membros, e;

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O QUE E QUANTO produzir: a sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo ou bens de capital, ou como num exemplo clássico: quer produzir mais canhões ou mais manteiga? Em que quantidade? Os recursos devem ser dirigidos para a produção de mais bens de consumo, ou bens de capital?

COMO produzir: trata-se de uma questão de eficiência produtiva: serão utilizados métodos de produção intensivos em capital? Ou intensivos em mão-de-obra? Ou intensivos em terra? Isso depende da disponibilidade de recursos de cada país.

PARA QUEM produzir: a sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto: trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? Agricultura ou industria? Mercado interno ou mercado externo? Região Sul ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir como será distribuída a renda gerada pela atividade econômica.

Resumindo:

3. Sistemas Econômicos. Elementos Básicos e Principais Tipos de Sistema Econômico.

Como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais: o que e quanto, como e para quem produzir? A resposta depende da forma de organização econômica.

Existem duas formas principais de organização econômica (ou sistemas econômicos):

• Economia de mercado (ou descentralizada, tipo capitalista); • Economia planificada (ou centralizada tipo socialista).

Os paises organizam-se ou dessas duas formas, ou possuem algum sistema intermediário entre elas.

Necessidades - O que e quanto produzir

Humanas ilimitadas

X escassez escolha - Como produzir Recursos produtivos

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Sistemas Econômicos: Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo, de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria na produção de vida e bem estar.

Os elementos básicos de um sistema econômico são:

- Estoque de Recursos Produtivos ou Fatores de Produção: aqui se incluem os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia;

- Conjunto de Unidades de Produção: constituído pelas empresas;

- Conjunto de Instituições Políticas, Jurídicas, Econômicas e Sociais: que são a base da organização da sociedade.

Principais Tipos de Sistemas Econômicos

• Sistema Capitalista ou Economia de Mercado: é aquele regido pelas forças

de mercado e podem ser analisadas por dois sistemas:

- Sistema de concorrência pura (sem interferência do governo); - Sistema de economia mista (co interferência governamental):

Num sistema de concorrência pura ou perfeitamente competitivo, predomina o “deixar fazer”: milhares de produtores e milhões de consumidores têm condições de resolver os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como que guiados por uma “mão invisível”. Isso sem a necessidade de intervenção do Estado na atividade econômica.

Isso se torna possível mediante o chamado mecanismo de preços, que resolve os problemas econômicos fundamentais e promove o equilíbrio no vários mercados da seguinte forma:

i. Se houver excesso de oferta (ou escassez de demanda) formar-se-ão estoques nas empresas, que serformar-se-ão obrigadas a diminuir seus preços para escoar a produção, até que se atinja um preço no qual os estoques estejam satisfatórios. Existira concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores;

ii. Se houver excesso de demanda (ou escassez de oferta) formar-se-ão filas, com concorrência entre consumidores pelos escassos bens disponíveis. O preço tende a aumentar, até que se atinja um nível de equilíbrio em que as filas não mais existirão.

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Os problemas econômicos fundamentais são resolvidos, no sistema de concorrência pura da seguinte forma:

i. O que e quanto produzir: o que produzir é decidido pelos votos, desejos dos consumidores (também chamado de “soberania do consumidor”) quanto produzir é determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado;

ii. Como produzir: é resolvido no âmbito das empresas (trata-se de uma questão de eficiência produtiva);

iii. Para quem produzir: é decidido no mercado de fatores de produção (pelo encontro da demanda e oferta de serviços dos fatores de produção). Para quem produzir é uma questão distributiva, ou seja, quem ou quais setores serão beneficiados pelos resultados da atividade produtiva.

É a base da Filosofia do liberalismo econômico, que advoga a soberania do mercado, sem intervencionismo do Estado. Nesse modelo, o Estado deve responsabilizar-se mais com questões como justiça, paz, segurança, relações diplomáticas, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais.

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A Figura apresenta o funcionamento do sistema capitalista ou de economia de mercado sob a concorrência pura.

Figura 1. Sistema de Concorrência Perfeita.

DEMANDA DE BENS E SERVIÇOS OFERTA DE BIENES E SERVIÇOS (demanda de calçados, alimentos, (oferta de calçados, alimentos, serviços e serviços e transporte etc.) transporte etc.)

O QUE E QUANTO PRODUZIR COMO PRODUZIR PARA QUEM PRODUZIR

OFERTA DE SERVIÇOS DEMANDA DE SERVIÇOS

DOS FATORES DE DOS FATORES DE

PRODUÇÃO PRODUÇÃO

(mão de obra, terra, capital) (mão de obra, terra, capital) MERCADO DE BENS E

SERVIÇOS (Onde se formam os re os dos bens

MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO (Onde se formam

os re os dos fatores COMO CONSUMIDORES DE BENS E SERVIÇOS FAMILIAS COMO PROPRIETARIOS DE FATORES DE COMO VENDEDORES DE BENS E SERVIÇOS EMPRESAS COMO COMPRADORES DOS FATORES DE PRODUÇÃO

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Criticas feita ao sistema de concorrência pura:

a) Trata-se de uma grande simplificação da realidade;

b) Os preços nem sempre flutuam livremente, ao sabor de mercado em virtudes de fatores como:

• Força dos sindicatos sobre a formação de salários (os salários também são

preços, que remuneram os serviços da mão de obra);

• Poder dos monopólios e oligopólios sobre a formação de preços no

mercado, não permitindo queda dos preços de seus produtos;

• Intervenções do governo, via:

- Impostos, subsídios, tarifas e preços públicos (água, energia, etc.); - Política salarial (fixação de salário mínimo, reajustes, etc);

- Fixação de preços mínimos;

- Congelamento e tabelamento de preços; - Política cambial.

c) O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Em países mais pobres, que querem desenvolver-se, o Estado precisa prover a infra-estrutura básica, como estradas, telefonia, siderurgia, portos, usinas hidroelétricas, que exigem altos investimentos, com retornos apenas em longo prazo, afastando o setor privado;

d) O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão preocupadas com a obtenção do máximo lucro e não em questões distributivas.

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Sistemas de Economia Mista: o papel econômico do governo.

Por pelo menos 100 anos, do final do século XVIII, com a Revolução Industrial, ao final do século XIX, predominava um sistema de mercado muito próximo da concorrência pura. No século XX, quando se tornou mais presente a força dos sindicatos e dos monopólios e oligopólios associadas a outros fatores, como ao aumento da especulação financeira, desenvolvimento do comercio internacional, a economia tornou-se mais complexa.

A ocorrência de uma grande crise econômica, qual seja, a depressão nos anos 30, mostrou que o mercado, sozinho, não garante que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando a necessidade de uma atuação mais ativa do setor publico nos rumos da atividade econômica.

Basicamente, a atuação do governo justifica-se com o objetivo de eliminar as chamadas distorções alocativas (isto é, na alocação de recursos) e distributivas, e promover a melhoria do padrão de vida da coletividade. Isso pode dar-se das seguintes formas:

• Atuação sobre a formação de preços , via impostos, subsídios, tabelamento,

fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de cambio;

• Complemento da iniciativa privada , principalmente de investimentos em

infra-estrutura básica (energia, estradas etc.), o qual, eventualmente o setor privado não tem condições financeiras de assumir, seja pelo elevado montante de recursos necessários, seja em virtude do longo tempo de maturação do investimento, até que venha a propiciar retorno;

• Fornecimento de bens públicos : bens públicos1 são bens gerais,

fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no mercado, fundamentalmente, educação, justiça, segurança;

• Compra de bens e serviços do setor privado : o governo é, isoladamente, o

maior agente do sistema e, portanto o maior comprador de bens e serviços.

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Sistema Socialista ou Economia Centralizada ou ainda Economia Planificada. É aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de “meios de produção”, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias primas, etc.

O Estado também estabelece e administra todos os preços. A direta competição econômica é, por tanto, eliminada e é o Estado que inicia novas atividades econômicas.

Portanto, as suas características básicas de socialismo são:

- A coordenação de toda ou quase toda atividade produtiva diretamente pelo governo;

- A propriedade governamental ou coletiva dos fatores de produção, exceto os serviços humanos. Assim a propriedade não é a fonte de renda individual.

4. A disciplina Economia para fins metodológicos e didáticos é normalmente dividida em quatro áreas de estudos.

Economia

a- Microeconomia ou teoria de formação de preços: estuda a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente;

b- Macroeconomia: estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como o Produto Interno Bruto (PIB), investimento agregado, nível geral de preços, entre outros;

c- Economia Internacional: estuda as relações econômicas entre residentes e não residentes do país, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações financeiras;

d- Desenvolvimento econômico:

preocupasse com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de largo prazo (progresso tecnológico, estratégias de crescimento etc.)

(17)

Outros autores a classificam como:

4.a- Diferença entre a Teoria Microeconômica e a Economia de Empresas. Organização do estudo microeconômico.

A Microeconomia ou Teoria dos preços: é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam.

Diferenças

“Teoria Microeconômica” “Economia e Administração de empresas”.

- Estuda o funcionamento da oferta e demanda na formação do preço no mercado, isto é o preço sendo obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que produzem um dado bem ou serviço.

- Estuda uma empresa especifica;

-Prevalece a visão de mercado global no qual as empresas e consumidores interagem.

- Prevalece a visão contábil financeira na formação do preço de venda de seu produto, baseada fundamentalmente nos custos de produção.

(18)

Pressuposto básico da analise microeconômica:

A hipótese (ou condição) Coeteris Paribus , a microeconomia é parcial.

Para analisar um mercado isoladamente, supõe:

• Todos os demais mercados constantes. Ou seja, supõe que o mercado em

estudo não afeta nem é afetado pelos demais;

• Essa condição serve também para verificarmos o efeito de variáveis

isoladas, independente dos efeitos de outras variáveis; ou seja, quando queremos, por exemplo saber o efeito isolado de uma variação de preço sobre a demanda de determinado bem, independente do efeito de outras variáveis que afetam a demanda, como a renda do consumidor, gastos e preferências etc.

Aplicações da analise microeconômica:

A microeconomia é uma ferramenta útil para estabelecer políticas e estratégias dentro de um horizonte de planejamento, tanto ao nível de empresas quanto ao nível de política econômica.

No nível de empresa:

• Política de preços da empresa;

• Previsões de demanda e de faturamento; • Previsões de custo de produção;

• Decisões ótimas de produção (escolha de melhor alternativa etc.); • Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (relação custo / 

benefício);

• Política de propaganda e publicidade (como as preferências dos

consumidores podem afetar a demanda do produto) etc. Em nível de política econômica:

• Efeitos de impostos sobre mercados específicos;

• Política de subsídios (nos preços de produtos como trigo e leite ou

na compra de insumos, maquinas etc.);

(19)

• Controle de preços; • Política salarial etc.

Como se observa são decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e programação econômica do setor público.

5- O Equilíbrio de Mercado de um bem ou serviço .

O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. Colocando em um único gráfico (Figura 5.1) as curvas de oferta e de demanda de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço P o e a quantidade Q o .

Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta e demanda. Existe coincidência de desejos.

Tendência ao nível de equilíbrio: lei da oferta e a demanda .

No gráfico da Figura 5.2, para qualquer preço superior a P o (como P1), a

quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que a que os consumidores desejam comprar. Existe um excesso de oferta (QS1- QD1). De outra parte, com qualquer preço inferior a P o  surgira um excesso de demanda (QD2

-QS2). Em qualquer dessas situações, não existe compatibilidade de desejos. Figura 5.1 Equilíbrio de Mercado de um bem ou serviço.

p S p0 E  D q qo

(20)

Entretanto supondo uma economia de mercado, concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão estoques não planejados e terão de diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores: no caso de excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos.

Assim há uma tendência normal ao equilíbrio: no ponto E (P o , Q o ), não

existem pressões para alterar preços; os planos dos compradores são consistentes com os planos dos vendedores.

Como se observa, os agentes de mercado, isto é, consumidores e empresas, sem qualquer interferência do governo, encontram sozinhos a posição de equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da lei da oferta e demanda.

5- Mudanças no ponto de equilíbrio, em virtude de deslocamentos da oferta e da demanda.

Existem vários fatores que podem provocar deslocamento das curvas de oferta e demanda, que evidentemente provocarão mudanças do ponto de equilíbrio. Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem x esteja em equilíbrio, e o bem x seja um bem normal (não inferior). O preço de equilíbrio inicial é P o e a quantidade, Qo (ponto A no próximo gráfico)

Suponhamos agora que os consumidores tenham um aumento de renda real (aumento do poder aquisitivo). Conseqüentemente, coeteris paribus , a demanda

do bem x, a um mesmo preço será maior.

Isso significa um deslocamento da curva de demanda para a direta, para D1,

como mostra a figura 5.3. Assim, ao preço po, teremos um excesso de demanda,

Figura 5.2 Tendência ao nível de equilíbrio

P Excesso de oferta P1 Po E P2 Excesso de demanda Qs2 Qd1 Qo Qs1 Qd2

(21)

que provocará gradativamente um aumento de preços. Com os preços aumentando, o excesso de demanda vai diminuindo, até acabar, no novo equilíbrio, ao preço p1 e à quantidade q1 (ponto B)

Da mesma forma, um deslocamento da curva de oferta afeta a quantidade e os preços de equilíbrio.

Suponhamos, para exemplificar, uma diminuição dos preços das matérias primas usadas na produção do bem x. conseqüentemente, a curva de oferta desse bem se desloca para a direta. Por um raciocínio análogo ao anterior, podemos perceber que o preço de equilíbrio se tornara menor, e a quantidade maior.

Figura 5.3. Mudança no ponto de equilíbrio, devido a deslocamentos da demanda. P S p1 B po D1 A Do qo q1 q

Figura 5.4- Mudança no ponto de equilíbrio. So P A S1 Po P1 B Do qo q1

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Exercícios sobre equilíbrio de mercado.

1- Dados D = 22 – 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta). a- Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.

b- Se o preço for $ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda? Qual a magnitude desse excesso?

2- Dados: qdx = 2- 0,2px + 0,03R

qdx = 2 + 0,1px

e supondo a renda R = 100 Pede-se:

a- Preço e quantidade de equilíbrio do bem X.

b- Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.

3- Num dado mercado, a oferta e a demanda de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:

 p Q  p Q d  s 8 300 10 48 − = + =

Onde Qs e Qd representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando estiver em equilíbrio?

Referências

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