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ADUR Informa. Os ataques e ameaças do governo Bolsonaro aos servidores públicos

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ADUR Informa

Enquanto Brasil colapsa na crise econômica e social da

COVID-19, governo Bolsonaro ataca os servidores com a

PEC Emergencial e da Reforma Administrativa, que

impõem medidas drásticas contra os direitos trabalhistas.

Os ataques e ameaças do governo

Bolsonaro aos servidores públicos

associação DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - SEÇÃO SINDICAL DO ANDES-SN

abril 2021

Edição nº 190

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Nota da Diretoria da ADUR-RJ sobre o Dia Mundial da

Saúde, 7 de abril

Neste dia Mundial da Saúde saudamos todos os profissionais da Saúde, que num profundo grau de humanismo vêm se colocando na linha de frente, sem medir esforços, para socorrer, acolher, cuidar, tratar de milhares de vidas acometidas pela Covid 19 e tantas outras doenças. Saudamos também os docentes, pratas da casa, dedicados a dar suporte à comunidade acadêmica, como também na produção de álcool em gel e sabonete líquido. E agradecemos enormemente os integrantes da Comissão de Saúde, em sua atuação junto à ADUR-RJ.

O dia Mundial da Saúde nos convida a pensar sobre o seu significado, sobre os fatores que contribuem para o bem-estar de todos os indivíduos. Saúde para todos! 19 milhões de pessoas, entretanto, estão submetidas à insegurança alimentar, nesse contexto da Pandemia da Covid 19.A fome é inaceitável num país de grandes ...

proporções econômicas. Sem assegurar as condições básicas à sobrevivência, o que vem em seguida é o alastramento de doenças e a morte.

Um saldo de 4 mil vidas perdidas no dia 06 de abril à Covid 19, pela negligência do Governo Bolsonaro, que até o momento não assumiu a coordenação nacional para o enfrentamento correto a uma pandemia avassaladora, pelo contrário, contribui para o alargamento da desigualdade reforçando o privilégio dos setores sociais mais abastados. Não bastasse essa prática pela manutenção da EC 95 que mantém o teto dos gastos para as políticas públicas sociais, como o voto contrário do PT, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL 948/21), que autoriza empresas a comprarem diretamente, e sem o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vacinas contra a Covid-19, exatamente num momento em o Brasil anuncia 337.364 ...

brasileiros perderam suas vidas, num escala cada vez mais crescem, em contraposição aos dados das demais nações que conseguem controlar a epidemia com magnanimidade generosidade.

Nenhuma justificativa à negligência do Estado sobre a vida é aceitável: cada indivíduo, pobre ou rico, trabalhador ou empresário, é digno de respeito e reconhecimento como cidadão, como contribuinte. Os fundos públicos são constituídos pelos impostos advindos de toda a sociedade. A riqueza social é constituída por toda a sociedade, e excepcionalmente pelo trabalho.

Neste dia Mundial da Saúde exigimos Política de Saúde para todos os indivíduos, exigimos a democracia, o fim da necropolítica, o fim do ultraneoliberalismo exterminador do futuro! Sim à vida e às melhores condições de existência para todos os indivíduos!

Diretoria da ADUR-RJ

Editorial

Perto de completar 16 anos de publicação, o Boletim ADUR Informa mantém o papel primordial de trazer aos docentes associados um quadro das questões emergentes relacionadas à profissão docente e à conjuntura nacional. Lamentavelmente, nos deparamos com uma condição social inimaginável, absurda, degradante, tanto pelo elevado número de vidas perdidas pela Covid, como pela extensão da extrema-direita a dar suporte ao governo Bolsonaro e agir em defesa do abandono social e da maximização dos lucros de grandes grupos econômicos e do agronegócios. Aos trabalhadores, a morte.

Num contexto marcado pelo ultraneoliberalismo, o desmonte do Estado de Direito seguido de ataques aos servidores públicos são cotidianos, como estratégia para intimidar, enfraquecer, desorientar e, consequentemente, retirar da sociedade bens elementares como o ...

Sistema Único de Saúde (SUS), os Sistemas de Ensino em suas esferas federal, estadual e municipal, entre outros, abrindo brechas para a atuação dos setores privados a abocanharem os fundos públicos advindos majoritariamente dos impostos pagos pelo trabalho.

O artigo “Os ataques e ameaças do governo Bolsonaro aos servidores públicos: congelamento de salários, impedimento de concursos públicos e restrições nas carreiras”, traz os caminhos pelos quais se promove o sucateamento das políticas públicas por dois movimentos intimamente articulados: a precarização dos serviços públicos, ou até mesmo sua suspensão) paralelamente ao arrocho salarial e ao desmonte da carreira. A intimidação também passa por alguma forma de intervenção sobre a autonomia universitária, sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, inviabilizando o desenvolvimento da ciência, dificultando ...

o exercício do ensino público, laico, gratuito, o que suscita a compreensão de que o projeto societário para o Brasil é o da subserviência e miséria e, portanto, ajustado aos desígnios do imperialismo hoje.

Vivemos um momento extremamente perigoso, justamente pelo recrudescimento da pandemia, falta de controle sobre a situação diante da elevação do número de óbitos, insegurança social, desorientação e violência.

Não há caminho alternativo que não passe pela vacinação em massa e o isolamento social. Tampouco se construirá uma nova realidade senão pelo fortalecimento de movimentos a atuarem em defesa da vida, a denunciar o irracionalismo e a desumanidade da classe dominante ao buscar prevalecer sob todos as formas os interesses econômicos em detrimento dos direitos sociais.

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automáticas, auxílios, benefícios e reestruturação das carreiras dos servidores públicos, quando as despesas do governo superarem 95% das receitas ou quando o Congresso aprova estado de calamidade pública. A medida também determina que não podem ser realizados concursos públicos, exceto em casos de reposição de servidores; impede a criação ou expansão de linhas de financiamento e subsídios; proíbe a concessão de incentivos tributários, entre outras restrições.

As medidas da PEC 186 não são de implantação obrigatória para estados e municípios, mas para forçar a adoção das medidas pelos entes federativos, o texto da PEC determina que os governos estaduais e municipais que não instituírem as medidas não terão garantias da União para fazer empréstimos, ...

Mais um exemplo deste projeto político de sucateamento proposto pela gestão Bolsonaro é a PEC 32/2020, que propõe a Reforma Administrativa. Apresentada pelo governo e enviada ao Congresso em setembro de 2020, é outra medida que prevê uma mudança drástica na condução e desenvolvimento das ...

No último dia 15 de março, foi promulgada a Proposta de Emenda Constitucional 186/2019, a chamada PEC Emergencial, que congela os salários de servidores públicos por 15 anos, e representa um grave ataque aos direitos destes trabalhadores. A medida foi aprovada após a estratégia de negociação do governo Bolsonaro de incluir na proposta a volta do auxílio emergencial durante a crise da COVID-19 e por isso ficou conhecida como “PEC da Chantagem”. O texto da PEC destina R$ 44 bilhões por fora do Teto de Gastos para o pagamento do auxílio emergencial, a partir de abril. A previsão é de quatro parcelas mensais de R$150 para pessoas que moram sozinhas, R$ 250 para famílias com mais de uma pessoa e até R$375 reais para mulheres que são chefes de família.

No entanto, a PEC Emergencial suspende o reajuste dos salários, progressões ...

dívidas ou renegociar pagamentos. A PEC Emergencial é mais uma das medidas estratégicas de Bolsonaro de ataque ao funcionalismo público e à classe trabalhadora, que se junta aos outros projetos neoliberais do governo de retirada de direitos e desestruturação do serviço público para abrir caminhos para privatizações.

Os ataques e ameaças do governo Bolsonaro aos servidores

públicos: congelamento de salários, impedimento de

concursos públicos e restrições nas carreiras

PEC 32: terceirização e

privatização do serviço público

no Brasil

À esquerda, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e à direita, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na sessão de promulgação da PEC Emergencial, em 15 de março de 2021. Imagem: Senado Federal.

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carreiras de servidores públicos e também na entrada para o funcionalismo público no Brasil. A proposta altera o regime estabelecido desde a Constituição Federal de 1988, que garantia a segurança das carreiras de servidores, uma vez que modifica a organização da administração pública nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Na prática, a PEC representa o fim dos concursos públicos e da estabilidade dos servidores federais no país. Caso aprovada, passariam a existir cinco tipos de ingresso no serviço público no Brasil: por experiência, por prazo determinado, por prazo indeterminado, cargo típico de Estado e cargo de liderança e assessoramento, ou seja, com a ampliação de nomeações políticas, os critérios de entrada passam a ter influência ideológica.

Os trabalhadores e trabalhadoras que ingressarem no setor público após a aprovação da reforma teriam perdas como: a inviabilização do aperfeiçoamento técnico e profissional da administração pública; a extinção de gratificações como, por exemplo, as licenças-prêmio; o fim das progressões funcionais baseadas no tempo de serviço e o impedimento do exercício de funções comissionadas.

No entanto, a Reforma não atinge os servidores da mais alta remuneração do funcionalismo público, como magistrados, parlamentares, membros das Forças Armadas e das carreiras típicas de Estado.

A PEC 32 também representa um ataque à autonomia dos sindicatos, uma vez determina o fim de acordos legais e jurídicos que garantam aos empregados públicos o direito à estabilidade no emprego. Além disso, ainda dá poderes ao Executivo para acabar com autarquias e fundações por decreto. Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha acenado aos parlamentares uma certa lentidão na tramitação das reformas durante o período de agravamento da pandemia ...

idade mínima e o tempo de contribuição, e resulta em pagamentos menores do que os recebidos anteriormente.

No entanto, outras medidas ainda estão em disputa, como a PEC 32, da Reforma Administrativa, e a Reforma Tributária, que também está em tramitação e passa por diversas disputas políticas. Uma das principais propostas de Guedes se tratando da Reforma Tributária foi a intenção de criar um novo imposto sobre transações financeiras, nos moldes da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas a ideia foi muito mal recebida.

A primeira parte do Projeto de Lei que prevê a Reforma Tributária chegou ao Legislativo em julho de 2020, o PL nº 3.887/2020. O PL prevê a unificação do PIS e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), em imposto chamado Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12% sobre o valor agregado ao produto e sobre a receita bruta. Após sofrer pressões de parlamentares, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, Guedes decidiu adiar o envio da segunda parte da reforma, que continua sem previsão de entrega e pode vir com a proposta da nova CPMF.

de COVID-19, o relator da PEC da Reforma Administrativa na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputado Darci de Matos (PSD-SC), afirmou que o relatório da proposta será apresentado no início do mês de abril.

Ao assumir o cargo de Ministro da Economia, Paulo Guedes se tornou a figura central dos interesses do mercado financeiro no governo Bolsonaro. Desde o início, o superministro tenta colocar em prática a agenda neoliberal: reformas estruturais como a tributária, a administrativa e da previdência, além da privatização de empresas estatais brasileiras. Até o momento, algumas medidas foram aprovadas, como a PEC Emergencial e a Reforma da Previdência, significando retrocesso e perda de direitos para a classe trabalhadora.

Em novembro de 2019, depois de muitos meses de tramitação e da desidratação da proposta original, o Congresso aprovou a Reforma da Previdência, PEC 103/2019, que dificulta o acesso ao benefício, aumentando a

Manifestação contra a PEC 32 no Rio de Janeiro em outubro de 2020. Imagem: ANDES-SN.

Outras reformas da agenda

neoliberal de Guedes e

Bolsonaro

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19 milhões de pessoas passaram fome no Brasil em 2020. É o que apontam os dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), em 2020. Além disso, cerca de 55,2% das famílias brasileiras sofrem de insegurança alimentar, o que corresponde a 116,8 milhões de pessoas no país.

Dentro da parcela atingida pela insegurança alimentar, que equivale a mais da metade da população, 11,1% das casas são chefiadas por mulheres. No caso das chefiadas por homens, o valor cai para 7,7%. Há ainda o recorte de raça: no caso das famílias negras, a fome está presente em 10,7% das casas, enquanto nas brancas, 7,5%. A pesquisa foi feita quando houve uma redução significativa no valor do auxílio emergencial pago pelo governo federal ...

para apenas 44,8% dos brasileiros. Em 2004, os números referentes à insegurança alimentar no Brasil batiam 12%, em casos moderados e 9,5% em casos graves, e hoje em dia o Brasil se encontra com 11,5% em casos moderados e 9% em casos graves.

A fome no Brasil está diretamente ligada ao histórico de concentração de renda do país. Os altos índices de desigualdade social no Brasil são consequências de séculos de colonização exploratória, escravidão e concentração de capital nas mãos das classes burguesas e industriais, favorecendo os interesses estrangeiros no país.

Apesar do principal programa de distribuição de renda do país, o Bolsa Família, beneficiar cerca de 14 milhões de famílias atualmente, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo, ...

durante o ano de 2020 para reduzir os danos causados pela pandemia na população de baixa renda. De abril até agosto, o auxílio correspondia ao valor de R$ 600 reais, podendo chegar até R$ 1200 no caso de famílias chefiadas por mães solo. A partir de setembro de 2020, o valor caiu pela metade e se estendeu apenas até janeiro de 2021. A partir de abril de 2021, o auxílio emergencial voltará a ser pago, só que em um valor ainda mais reduzido: R$ 150 para as pessoas que moram sozinhas e no máximo e R$ 375 para famílias chefiadas por mães solo.

Os dados revelados pela pesquisa da Rede Penssan apontam que o Brasil atingiu o pior índice de aumento da fome desde o ano de 2004, quando os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostravam que 64,8% da população vivia em condições de segurança alimentar. Atualmente, esse valor caiu ...

Brasil de volta ao mapa da fome: um reflexo das

desigualdades sociais históricas

Desigualdades sociais

históricas

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ocupando a 9ª posição no ranking da Pesquisa Desigualdade Mundial de 2018, disponibilizada no site da World Wealth & Income Database, uma base de dados mundial sobre riqueza e renda.

Com a aprovação da distribuição de renda através do auxílio emergencial em 2020, veio à tona a discussão sobre a necessidade de implantação de uma renda básica universal, uma medida diferente do auxílio, que é temporário. A renda básica universal seria de caráter anual com o intuito de assegurar garantias mínimas de dignidade e facilitação no acesso à educação e saúde, e de acordo com especialistas, não teria distinções baseadas nas condições sociais dos beneficiários. Desde 2004, foi aprovada pelo Congresso uma lei, de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy, que prevê a implantação de uma renda básica de cidadania, a Lei Nº 10.835. De acordo com a lei, todos os brasileiros devem receber um benefício que seja suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde, no entanto, a medida nunca foi tirada do papel.

Conforme foi retratado na última Reportagem da Semana da ADUR-RJ, nas décadas que o Brasil viveu uma ditadura militar, entre 1964 e 1985, as políticas econômicas favoreceram ainda mais esse modelo de concentração de renda, através da redução dos salários da classe trabalhadora e casos de corrupção com o desvio de dinheiro público. Com a redemocratização do país, na década de 1980, o Brasil passou por uma crise econômica bastante grave, com o aumento dos índices de inflação e dificuldades em manter o pagamento da dívida externa. No início dos anos 2000, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso implantou o primeiro programa de transferência de renda voltado para a educação com abrangência nacional, o Bolsa Escola, que era direcionado para famílias de baixa renda que tivessem filhos em idade escolar. A partir do ...

Após o golpe de 2016, o então presidente Michel Temer implantou a Emenda 95, a chamada PEC do Teto de Gastos, que além de congelar por 20 anos os orçamentos da educação, da saúde e outros setores, ainda representou uma série de restrições para as políticas de transferência de renda e seguridade social, como o Bolsa Família.

Para se eleger, uma das promessas de campanha do então candidato Jair Bolsonaro, era a ampliação do pagamento Bolsa Família na forma de um 13º salário. No entanto, a promessa só foi cumprida no seu primeiro ano de mandato, em 2019. Na época, Bolsonaro vinha demonstrando tentativas de desvincular a implantação de programas sociais das gestões de Lula e Dilma. Para isso, uma das medidas que ele tentou emplacar foi a transformação do Bolsa Família no chamado “Renda Brasil”, que segundo ele, seria ampliado para atender mais famílias.

O Renda Brasil nunca saiu do papel e foi publicamente descartado por Bolsonaro em setembro de 2020, que afirmou apenas a continuidade do Bolsa Família. O motivo da desistência foi o desgaste entre o presidente com seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que planejava congelar o reajuste salarial de aposentados e pensionistas por um período como forma de compensação dos gastos então determinados para a criação do Renda Brasil.

surgimento deste benefício, foi implantado o chamado CadÚNico ou Cadastro Único, um sistema atuante até hoje na coleta de dados para identificar e mapear as famílias de baixa renda que são incluídas em programas sociais e de transferência de renda.

Em 2003, primeiro ano de governo do presidente Lula, foram reorganizados alguns programas sociais criados na gestão de FHC, como Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás, que ao serem unificados, deram origem ao Bolsa Família. Além da transferência de renda, o programa também foi responsável por ampliar o acesso à educação e à saúde da população brasileira, por conta da articulação entre os setores públicos.

Em 2004, a lei n. 10.836 regulamentou constitucionalmente o programa e no mesmo ano o presidente Lula criou também o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Já na gestão de Dilma Rousseff, foi criado o Plano Brasil Sem Miséria, com o intuito de organizar as ações do Bolsa Família de forma integrada com outros programas sociais de transferência de renda e ampliar a busca ativa por famílias com o perfil de renda para serem cadastradas no CadÚNico. No governo de Dilma, também foram estabelecidas garantias para que nenhuma família perdesse o benefício em condições de descumprimento das condições determinadas para receber o Bolsa Família sem que houvesse uma avaliação prévia de especialistas.

Políticas de distribuição de

renda na história do Brasil

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No dia 31 de março, a UFRRJ entrou para a lista de Instituições de Ensino Superior que o governo federal interviu na autonomia universitária, nomeando reitor alguém que não foi o escolhido pela comunidade acadêmica. Já são cerca de vinte IFES em situação semelhante, demonstrando o caráter antidemocrático e intervencionista do governo. O escolhido por professores, estudantes e técnicos administrativos da UFRRJ foi o agora ex-reitor Ricardo Berbara, no entanto, o nomeado para o cargo foi o professor Roberto de Souza Rodrigues, terceiro colocado na lista tríplice enviada ao Ministério da Educação.

Cumprindo um pacto antigo na universidade, a lista tríplice enviada ao MEC continha apenas nomes de pessoas que compuseram a chapa escolhida na Consulta Pública. O professor Roberto de Souza Rodrigues participou da Consulta concorrendo ao cargo de Pró-reitor de Planejamento, ...

Avaliação e Desenvolvimento Institucional pela Chapa 2 -UFRRJÉAGENTE, grupo vitorioso que tinha Berbara como candidato a reitor. Portanto, apesar da intervenção, o projeto de gestão aprovado democraticamente pela comunidade acadêmica está representado pelo Prof. Roberto Rodrigues, reitor nomeado. Importante ressaltar que tanto a Consulta Pública quanto a eleição ocorrida no Conselho Universitário que enviou a lista tríplice ao MEC ocorreram com transparência, lisura e integridade. Os processos foram respaldados pelas duas chapas concorrentes e seguiram todas as exigências legais e jurídicas.

Com a aproximação no momento limite para a nomeação da nova reitoria, e a ameaça de uma intervenção, a comunidade acadêmica da UFRRJ se ...

mobilizou, em um movimento iniciado pela ADUR, pelo SINTUR, e pela Comissão Eleitoral do DCE que, no momento responde pelo Diretório. No dia 29 de março aconteceu a primeira reunião que formou o Comitê Reitor Eleito, Reitor Empossado!

Na reunião, o tesoureiro da ADUR-RJ, Marcelo Fernandes, ressaltou a importância da mobilização que se inicia. “A ideia é que tenha início um movimento político dentro e fora da Rural que garanta a posse do reitor, Ricardo Berbara, eleito pela comunidade acadêmica. É fazer pressão política. Nós, enquanto comunidade, temos que fazer a nossa parte e construir um consenso de que reitor eleito é reitor empossado”, disse. A partir da discussão, diversos encaminhamentos foram propostos. Um dos mais importantes foi a realização de uma plenária aberta a todos da comunidade ruralina no dia ...

MEC nomeia reitor da UFRRJ terceiro colocado na

lista tríplice

Em defesa da

Em defesa da autonomia

autonomia

universitária

universitária

e da

e da democracia

democracia

,

,

exigimos a posse do reitor eleito!

exigimos a posse do reitor eleito!

ADUR e comunidade

acadêmica mobilizadas

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ADUR INFORMA

: Lúcia Aparecida Valadares Sartório, : Claudio Maia Porto, : Luciana de Amorim Nóbreba, : Marina de Carvalho Cordeiro, : Leandro Tomáz de Araújo, : Marcelo Pereira Fernandes, : Alexandre Jerônimo de Freitas

Equipe de Comunicação

: Pollyana Lopes, Larissa Guedes e

João Pedro Teixeira Werneck Vianna Rod. BR 465, Km7 - Campus da UFRRJ - Seropédica, RJCEP: 28851-970 - Caixa Postal: 74537

Presidente 1º Vice-Presidente

1ª Secretária 2º Secretário 1º Tesoureiro

2º Tesoureiro Jornalistas

2ª Vice-Presidente

A ADUR-RJ nasceu das lutas pela democratização do país e da Universidade Pública

e Gratuita, para ser voz organizada dos professores da Rural

contra as arbitrariedades internas e em nível nacional.

A sua marca indelével foi a dignificação da carreira

docente e a luta por políticas públicas para uma

educação gratuita e de qualidade. Como docente

recém-chegada, a partir de 1985, participar da

ADUR foi uma escola de vida e de formação

política. Foram as lutas da ADUR que me

permitiram compreender a origem mais geral

das mazelas da educação no país e atuar

ativamente em sua defesa na Constituinte, na

elaboração da LDB e nas grandes lutas de

resistência contra a privatização e mercantilização

das Instituições federais de Ensino Superior.

Professora do Departamento de Ciências Fisiológicas da UFRRJ. Foi presidente da ADUR-RJ entre os anos 1989 e 1991.

Nídia Majerowicz

Sindicalize-se !

31 de março. A atividade contou com a ocupação máxima de quase 370 pessoas e mais de 800 inscritos para participar e debateu a mobilização da ... Dezenas de entidades da UFRRJ e também organizações externas ...

compareceram ao encontro, reforçando o caráter unitário da luta.

Após amplo debate, foram aprovados, de modo consensual, uma série de encaminhamentos e também uma nota pública manifestando repúdio ao ato do governo de não nomear o primeiro ...

colocado na lista tríplice.

A nota também aponta os sucessivos ataques à autonomia universitária, à democracia, à educação, à ciência e à tecnologia, por parte do governo federal; e reforça a continuidade na luta “Reitor eleito é Reitor empossado”. campanha #ReitorEleitoÉReitorEmpossado.

Referências

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