• Nenhum resultado encontrado

TEOIKONOMIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TEOIKONOMIA"

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

SEMINÁRIO TEOLÓGICO

GOEL

l”)oG

l”)oG

TEOICONOMIA

DISPENSAÇÕES

“A SUA UNÇÃO VOS ENSINA A RESPEITO DE TODAS AS COISAS”

1 Jo 2.27

(2)

ÍNDICE

I.

TEMPO É ETERNO A SEMELHANÇA DE DEUS

5

II.

DEUS DISTINGUE O TEMPO HUMANO ENTRE TRÊS POVOS.

5

III.

OS TRÊS PERÍODOS DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO

8

IV.

DIVISÕES RELACIONADAS COM A HUMANIDADE

10

V.

AS ALIANÇAS ENTRE DEUS E OS HOMENS.

10

VI.

OS TRÊS PRINCIPAIS “SÉCULOS” DO TEMPO:

11

VII.

HÁ QUATRO DIVISÕES NATURAIS DO TEMPO HUMANO:

11

VIII.

HÁ SETE DISPENSAÇÕES DOS TEMPOS HUMANOS:

11

IX.

NOMES E CARACTERÍSTICAS DAS DISPENSAÇÕES

16

(3)

TEOIKONOMIA

1

DISPENSAÇÕES BÍBLICAS

DISPENSACIONALISMO

MISTÉRIO GRAÇA PLENITUDE

LEI PATRIARCAL GOVERNO HUMANO CONSCIÊNCIA INOCÊNCIA MILÊNIO ETERNIDADE

DEUS

∞ ∞ ∞

CRIAÇÃO CRISTO 2008 2ª VINDA ∞∞∞∞

OICONOMIALOGIA2

INTRODUÇÃO: Oiconomialogia. A doutrina das Dispensações bíblicas é rejeitada por muitos e

aceita pela maioria dos exegetas cristãos. Nós militamos entre aqueles que a aceitam porque reconhecemos ser ela uma doutrina bíblica, cujo conhecimento ajuda ao estudante da Bíblia a saber colocar os vários eventos da história bíblica em sua ordem coerente, harmoniosa e lógica, evitando com

(4)

Agostinho dizia: “Distinga os tempos e as Escrituras se harmonizarão”. É precisamente isto que procura fazer a doutrina das dispensações.

Algumas fases do programa divino para as dispensações fazem parte adequada da

ESCATOLOGIA, porém a matéria extrapola os limites desta, sendo como é tão vasta deve ser

reconhecida como fundamental para a devida compreensão das obras de Deus em relação a este mundo. O estudo dispensacional da Bíblia consiste na identificação de certos períodos de tempo bem definidos que estão divinamente indicados, junto com o propósito revelado de Deus relativo a cada um. Um reconhecimento quanto aos períodos de tempos e as mensagens pertencentes a cada um é o fundamento da Teologia Sistemática, ciência esta que se propõe a descobrir e apresentar a verdade relativa às obras de Deus. Não podemos aquilatar a extensão dos erros que prevalecem por causa da interpretação descuidada de fatos que pertencem a uma dispensação ou época quando pertencem à outra.

Que Deus tem uma programação para as dispensações ficou claro e revelado em muitas passagens (Dt 30.1-10; Dn 2.31-45; 7.1-28; 9.24-27; Is 61.1,2; Os 3.4,5; Mt 23.37-25.46; At 15.13-18; Rm 11.13-29; 2Ts 2.1-12; Ap 2.1-22.2). Da mesma forma, existem períodos bem definidos de tempos relacionados ao propósito divino:

1. Adão a Moisés (Rm 5.14: Todavia, a morte reinou desde o tempo de Adão até o de Moisés,

mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à transgressão de Adão, o qual era um tipo daquele que haveria de vir).

2. A Lei e a Graça - Moisés e Jesus (Jo 1.17: Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a

graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo).

3. Tempos dos Gentios: Lc 21.24: Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para

todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram.

Ap 11.2: Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a

cidade santa durante quarenta e dois meses.

Rm 11.25: Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos:

Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios.

4. Tempos e épocas dos Judeus: At 1.6,7: Então os que estavam reunidos lhe perguntaram:

“Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?”. Ele lhes respondeu: “Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade.

5. Os dois Adventos.

6. Grande Tribulação Para Israel (Jr 30.7; Dn 9.24-27). 7. Os últimos dias para a Igreja (2Tm 3.1-5)

(5)

9. Jesus no Trono de Davi (Lc 1.31-33; Mt 19.28; 25.31-46). 10.Novo Céu e Nova Terra (Is 65.17; 66.22; 2Pe 3.13; Ap 21.1).

Há uma ordem nos dias da Criação. A dispensação dos Patriarcas é seguido pela dos juizes, e este período, por sua vez, é seguido pela dispensação dos Reis. Os tempos dos Gentios, que pôs fim ao período dos Reis, continua até o “Dia do Senhor”, cujo período é seguido pelo Estado Eterno caracterizado como é pelo Novo Céu e Nova Terra, que permanecerão para sempre.

Em Hebreus 1.1,2 foi traçado um contraste nítido entre o “outrora” quando Deus falou aos pais pelos profetas e “estes últimos dias” quando Ele nos falou pelo Seu Filho. Semelhante, ficou claramente revelado que houve outras gerações (Ef 3.5; Cl 1.26), este “século” (Rm 12.2; Gl 1.4) e os séculos vindouros (Ef 2.7; Hb 6.5).

Podemos dividir os séculos em três:

1º) O Século Antediluviano;

2º) O Século Presente;

3º) O Século Vindouro.

I.

TEMPO É ETERNO A SEMELHANÇA DE DEUS

Ex 3.14: Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me

enviou a vocês”.

Jo 8.58: Respondeu Jesus: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!”.

Is 57.15: Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: “Habito num

lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito”.

II.

DEUS DISTINGUE O TEMPO HUMANO ENTRE TRÊS POVOS.

(6)

1. Os Gentios. Quanto à sua origem, os gentios vieram do Adão e a sua liderança natural está

nele. Eles participam da Queda e embora sejam objeto de profecia que declara que eles participarão, como subordinados, do futuro do reino glorioso de Israel (Is 2.1-4; 60.3, 5, 12; 62.2; At 15.16, 17) e do Perfeito Estado Eterno (Ap 21.24, 26; 22.2), quanto ao seu estado no período de Adão a Cristo, ficaram sob a multiforme acusação: “sem Cristo, separado da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da Promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). Com a morte, ressurreição e ascensão de Cristo e Vinda do Espírito, a porta do privilégio do Evangelho foi aberta para os gentios (At 10.48; 11.17, 18; 13.47, 48), e dele Deus está agora chamando um grupo eleito (At 15.14). No período de tempo compreendido pelo cativeiro judeu na Babilônia e a futura restauração de Israel e Jerusalém aos judeus, uma dispensação de Governo Mundial foi entregue aos gentios, o que caracteriza este período como “Os tempos dos Gentios”(Lc 21.24; Ap 11.2; Rm 11.25). Este povo, também chamado de “As Nações”, prossegue em sua história e é visto no quadro profético do Milênio (Is 60.3, 5, 12; 62.2; At 15.17) e na Terra como tendo direito de entrar até mesmo na “Cidade Santa”(Ap 21.24, 26).

2. Os Judeus. Com a chamada de Abraão e tudo o que IAHWEH operou nele, deu-se início a

nova raça ou tronco, o qual sob alianças e promessas divinas inalteráveis, continuará para sempre (Ez 37.24-28; Am 9.9-15; Gn 17.7, 8; Is 60.21). Apesar de todos os seus pecados e fracassos, o Propósito de Deus para eles não pode ser alterado ou mesmo destruído (Jr 31.31-37). O seu destino pode ser encontrado no Milênio e na Nova Terra que se lhe seguirá. Contudo, na atual dispensação, está limitado pelos dois Adventos de Cristo. Judeus e gentios têm hoje os mesmos privilégios no exercício de uma Fé pessoal em Cristo como Salvador e Senhor. No futuro Deus vai restituir as Promessas terrenas feitas a Israel, para a sua realização total (At 15.14-18) Rm 11.24-27). As 70 semanas foram decretadas a este povo (Dn 9.24), 69 semanas (483 anos) já se passaram, resta ainda a última que é a Grande Tribulação (Jr 30.7). Este será o tempo de Angústia para Jacó, porém será salvo dela. Notamos as perseguições a Israel durante a Grande Tribulação no Apocalipse (Ap 12.6, 13-17) apenas o Remanescente será salvo (Ap. 7.1-8). Mas parece que haverá um outro julgamento em conexão com a Reunião dos dispersos de Israel. Ezequiel descreve como sendo um expurgo dos rebeldes dentre Israel, que estará voltando a Terra Santa (Ez 20.33-34). Duas partes da Nação serão exterminada (Zc 13.8), mas a terça parte será poupada.

Israel reunir-se-á antes do Milênio (Ez 37.1-4; Is 11.10-13; Jr 16.14, 15; 23.5-8; 30.6-11; Mt 24.20-33). O estabelecimento do Estado de Israel em 1948 é um prelúdio desta reunião final. Israel vai arrepender-se e arrepender-ser convertido (Zc 12.10-13; Is 66.8; Jr 31.31-37; Ez 36.34-28; 37.1-14; Rm 11.25-27; Is 59.20: “O Redentor (Go’el) virá a Sião, aos que em Jacó se arrependerem dos seus pecados”, declara o Senhor”). E finalmente, receberá Aquele que veio para ser seu Salvador, o Seu Parente Remidor (Go’el) há muito tempo atrás, e sua recepção por parte do Senhor será “vida dentre os mortos” (Rm 11.15). Efraim e Judá nunca mais

(7)

serão duas nações (Ez 37.16-22; Os 1.10, 11; Jr 3.18; Is 11.13), isto já aconteceu em 1948. O templo e seu culto deverão ser restaurados (Ez 40-46; 37.26-28; Zc 14.16, 17). A terra de Israel ficará de posse desta para sempre (Ez 34.28; 37.25). A terra será dividida entre as tribos (Ez 47 e 48). E finalmente, Israel irá e evangelizar os gentios (Is 66.19; Zc 8.13, 20; Zc 8.20-23).

3. A Igreja. Um novo povo aparece sobre a terra, formado pelo poder regenerador do Espírito

Santo. Salvos por Cristo, agora judeus e gentios formam esta nova Nação (Rm 3.9; 10.12; Ef 2.14-18; Gl 3.28; Cl 3.21). O cristão, sendo habitado por Cristo, possui a Vida Eterna e a esperança de Glória (Cl 1.27), e estando em Cristo, possui uma posição perfeita nEle.

O cristão é cidadão do céu (Fp 3.20) e tendo ressuscitado com Cristo (Cl 3.1-3; 2.12) e estando assentado com Cristo (Ef 2.6) nas regiões celestes, pertence a uma outra esfera (Jo 17.14, 16, 15.18, 19). Este povo tem direito a toda bênção espiritual (Ef 1.3; Cl 2.10). Quando o número dos eleitos estiver completo, será removido desta terra. Os corpos daqueles que morreram serão ressuscitados e os santos vivos serão transformados (1 Co 15.20-57; 1 Ts 4-13-18). Na glória, os indivíduos que compõe a Igreja serão julgados quanto ao serviço para recebimento de recompensas (1Co 3.9-15; 9.7-9; 2 Co 5.10,11). A Igreja se casará com Cristo (Ap 19.7-9) e retornará com Ele para participar do Seu Reino (Jd 1.14, 15; Ap 19.11-16). A Igreja, como os judeus e como os gentios, pode ser encontrada na Eternidade futura (Hb 12.22-24; Ap 21.1-22.5).

Igreja

Gentios e

Judeus

Igreja

Gentios e

Judeus

Gentios e

Judeus

Gentios e

Judeus

Gentios

Eternidade

2ª Vinda

1ª Vinda

Abraão

Criação

Gentios, Judeus e Igreja

1Co 10.32: Não se tornem motivo de tropeço,

nem para judeus, nem para gregos, nem para a

igreja de Deus.

(8)

III.

OS TRÊS PERÍODOS DO MINISTÉRIO DE JESUS CRISTO

No Antigo Testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo de Deus: o de profeta, sacerdote e rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhidos, ungidos e investidos na função. As pessoas que ocupavam estas funções cumpriam um papel muito importante para a vida do indivíduo e do povo na sua relação com Deus. De um modo geral, por estes ofícios, o povo ouvia a Deus (através do profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo sacerdote) e tinha o governo político (do rei). Em Cristo, os três ofícios foram reunidos e ele mesmo é o Profeta, o Sacerdote e o Rei. Assim ele é um mediador completo e perfeito.

1. PROFETA, desde o Éden até a cruz (Dt 18.18; Gn 16.7-14; 22.11-18; 31.11, 13; Ex 3.2-5;

14.19; Jz 13.2-25).

O trabalho do profeta no Antigo Testamento era falar em nome de Deus. Ele interpretava os atos e os planos de Deus para os homens e orientava o povo nos caminhos traçados por Deus. Desta forma ele era um representante de Deus para o povo.

Cristo foi o verdadeiro profeta, anunciado desde Moisés, (Dt 18.15). Os que creram em Jesus

Cristo reconheceram ser ele o profeta que devia vir ao mundo (Jo 6.14; At 3.22). Ele revelou Deus e a

sua vontade, não apenas com palavras, mas também em pessoa e obras (Hb 1.3). Sua revelação do Pai é

final na história da humanidade (Hb 1.1ss).

Cristo realizou seu trabalho profético em diferentes épocas. De modo direto e pessoal, ele cumpriu sua função profética no período da vida terrena. Mas na preexistência, de modo indireto, ele exerceu a função de profeta, falando através de mensageiros, humanos ou angelicais (Jo 1.9; 1Pe 1.11). Também depois da ascensão, ele falou pelo Espírito Santo aos apóstolos (Jo 16.12,13,25; 17.26). E parece que na glória ele continuará revelando as coisas do Pai aos santos (1Co 13.12).

2. SACERDOTE. Desde a ascensão até a Segunda Vinda (Hb 7.24, 25; 8.1; 1 Jo 2.1).

O livro de Hebreus descreve bem o exercício do oficio sacerdotal de Cristo. No Antigo Testamento o sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e consagrada para representar os homens diante de Deus e oferecer dons e sacrifícios que assegurassem o favor divino, e ainda para interceder pelo povo (Hb 5.4; 8.3). Mas o serviço era feito com imperfeição, quer pela fraqueza do sacerdote, quer pelo tipo de sacrifício que era oferecido.

Cristo realizou um sacerdócio perfeito. As duas naturezas, humana e divina, unidas nele, o seu caráter puro e o sacrifício de si mesmo tornam o seu sacerdócio ideal e perfeito diante de Deus. O seu

(9)

trabalho sacrificial foi consumado, historicamente, na cruz (Hb 10.12,14). Seu sacrifício foi único e de valor eterno, portanto, suficiente para a redenção da humanidade, sem que haja necessidade de qualquer outro sacrifício por parte dos homens (Hb 10.10). O trabalho de intercessão ele realizou, de alguma forma, quando ele esteve na terra (Jo 17); porém, foi depois de oferecer o seu sacrifício que ele passou a exercer, especificamente, esse ministério de intercessão (Hb 7.25; 9.24). A base da sua intercessão é o seu sacrifício (1Jo 2.1,2).

3. REI. Durante o Milênio e o Estado Eterno (Ap 19.16; Lc 1.23; Zc 14.9; Ap 11.15).

Os profetas do Antigo Testamento falaram de um rei que viria da casa de Davi, para governar

Israel e as nações, com justiça, paz e prosperidade (Is 11.1-9). O anjo disse a Maria que Jesus seria esse

rei (Lc 1.32,33). Cristo mesmo afirmou que ele era o rei prometido (Jo 18.36,37). Depois da sua

ressurreição, ele declarou seu poder sobre todas as coisas (Mt 28.18). Na sua ascensão, ele foi coroado e

entronizado como Rei (Ef 1.20-22; Ap 3.21). Jesus Cristo é Rei, e já está reinando, porém, não ainda de

modo visível aos olhos humanos (Hb 2.8), nem de modo pleno (1 Co 15.25-28; Hb 10.13). Mas um dia

Cristo estará reinando à vista de todo o mundo (Ap 11.15).

O Reino de Cristo no presente se mostra mais na vida das pessoas que a ele se entregam, e das igrejas, que são as comunidades dos seus discípulos. Trata-se, no presente, de um reino espiritual, no coração e na vida do crente. Porém, um dia o reino de Cristo se mostrará em toda a sua plenitude na vida e no mundo, com “novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pe 3.13).

Cristo é todo suficiente para a relação do homem com Deus. Ele é o Profeta, o Sacerdote e o Rei do mundo. Através dele podemos ouvir e aprender de Deus; por ele podemos chegar à presença do Pai e ali permanecer; nele temos segura direção da vida, da nova sociedade e do novo mundo conquistados por ele. Mas tudo isto em uma fase ainda preliminar, que avança para a perfeição, e há de consumar-se na vinda gloriosa, no final dos tempos.

(10)

IV.

DIVISÕES RELACIONADAS COM A HUMANIDADE

3

1. O Primeiro Período. De Adão a Abraão, caracteriza-se pela presença na terra de apenas uma

raça ou povo: os gentios.

2. O Segundo Período. De Abraão a Cristo, caracteriza-se pela presença na terra de duas

divisões da humanidade: os gentios e os judeus.

3. O Terceiro Período. Do primeiro ao segundo Advento de Cristo, caracteriza-se pela

presença na terra de três divisões da humanidade gentios, os judeus e os cristãos (1Co 10.32).

4. O Quarto Período. Milênio (Ap 20.1-9). Do segundo Advento de Cristo até o julgamento

diante do grande trono branco e a Criação de um novo céu e uma nova terra, caracteriza-se pela presença de apenas duas categorias da humanidade sobre a terra: os judeus e os gentios. Cremos que a Igreja já glorificada, também estará na terra, porém como co-regente de Jesus. E que após o milênio irá residir na Nova Jerusalém.

V.

AS ALIANÇAS ENTRE DEUS E OS HOMENS.

1. A ALIANÇA EDÊNICA, que condicionou a vida do homem no estado da inocência (Gn

1.28).

2. A ALIANÇA ADÂMICA, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a Promessa

dum Redentor (Gn 3.14-21).

3. A ALIANÇA COM NOÉ, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a

continuação da vida sobre o Planeta (Gn 9.1-17).

4. A ALIANÇA COM ABRAÃO, que daria início nação Israelita e concedeu-lhe a Terra de

Israel (Gn 12.1-3).

5. A ALIANÇA COM MOISÉS, que condena todos os homens (Rm 3.23; Ex 19.1-25).

6. A ALIANÇA PALESTÍNICA, que assegura a restauração e a conversão final de Israel (At

28.1-30.5; Zc 8.20-23; Is 60.4-12; 66.18-20; Mq 4.1-3).

7. A ALIANÇA COM DAVI, que promete o trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que

se cumprirá em Cristo, o “Filho de Davi” (2Sm 7.4-16; 1Cr 17.7-15; Sl 89; Lc 1.32, 33; Zc 14.9; Ef 1.10).

3 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. 1ª ed. Vol. 1. São Paulo. Editora: Imprensa Batista Regular. 1º vol, 1986, p.

(11)

8. A NOVA ALIANÇA, que assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que crêem

em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus (Is 55.3; Jr 31.31-34; Ez 37.24-28; Hb 8.10-13; 13.20).

VI.

OS TRÊS PRINCIPAIS “SÉCULOS” DO TEMPO:

1. SÉCULO ANTEDILUVIANO: CRIAÇÃO ATÉ DO DILÚVIO.

2. SÉCULO PRESENTE: DESDE O DILÚVIO ATÉ O MILÊNIO.

3. SÉCULO VINDOURO: MILÊNIO E AS SUCESSIVAS ÉPOCAS QUE SE CONFUNDEM

COM A PRÓPRIA ETERNIDADE.

VII.

HÁ QUATRO DIVISÕES NATURAIS DO TEMPO HUMANO:

1. Tempo antediluviano - Gn 1 a 6: 1.1. Dispensação da inocência.

1.2. Dispensação da consciência.

2. Tempo pós-diluviano - Gn 7 a Ap 19. 2.1. Dispensação do governo humano;

2.2. Dispensação patriarcal;

2.3. Dispensação da lei;

2.4. Dispensação eclesiástica.

3. Reino Milenial - Ap 20 a 22. 4. Séculos Vindouros - Ef 2.4-7.

VIII.

HÁ SETE DISPENSAÇÕES DOS TEMPOS HUMANOS:

Dispensacionalismo tradicional (Scofield)

1. Dispensação da Inocência - Da Criação à Queda. 2. Dispensação da Consciência - Da Queda ao Dilúvio.

(12)

Os dispensacionalistas progressistas dividem as dispensações em três:

1. Passada. Da Eternidade passada até ao primeiro advento. 2. Presente. Do primeiro ao segundo advento.

3. Futura. Do segundo advento até à Eternidade futura.

O Pastor Aldery Nelson da Rocha divide, também, as dispensações em três:

1. A Dispensação do Mistério. Da eternidade passada até a Encarnação do Logos (Ef 3.9); 2. A Dispensação da Graça. Da Encarnação até a Segunda Vinda (Ef 3.2);

3. A Dispensação da Plenitude. Da Segunda Vinda até eternidade futura (Ef 1.10).

Charles Hodge cria que existiam quatro dispensações: 4

1ª) Adão até Abraão;

2ª) Abraão até Moisés;

3ª) Moisés até Cristo;

4ª) Cristo até o fim.

Agostino dividia a história em três períodos: 5

1º) Antes da Lei;

2º) Sob a Lei;

3º) Depois da Lei.

4 RYRIE, Charles C. DISPENSACIONALISMO, Ajuda ou Heresia? 1ª ed. Mogi das Cruzes, São Paulo: ABECAR, 2004. 5 TILLICH, Paul. História do Pensamento Cristão. 3ª Edição. São Paulo: Editora ASTE, 2004, p. 134.

(13)
(14)

ESBOÇOS DISPENSACIONAIS REPRESENTATIVOS

Plenitude dos Tempos Estado Eterno Reino ou Milênio Milênio Milênio Milênio Renovação de Todas as coisas Graça Igreja Messiânico Espírito Santo Gentios Espírito Cristã Cristã Varonilidade e Velhice Lei Mosaico Mosaico Israel Sob a Lei Sob o sacerdócio Sob os reis Mosaica Mosaica Moisés até Profetas

(Adolescência) Profetas até Cristo

(Mocidade) Governo Humano Promessa Patriarcal Patriarcal Noé Abraão Noética Abraâmica Noética Abraâmica Dilúvio até Moisés

(Meninnice) Inocência Consciência Edênico Antediluviano Éden Antediluviano Estado Paradisíaco (Até o Dilúvio) Inocência Adâmica (após a Queda Inocência Adâmica (após a Queda) Criação até Dilúvio

(Infância) C. I. SCOFIELD 1843-1909 JAMES M. GRAY 1851-1935 JAMES H.BROOKS 1830-1897 J. N. Darby 1800-1882 ISAAC WATTS 1674-1748 JOHN EDWARDS 1639-1716 PIERRE POIRET 1646-1719

Deus tem um único propósito - estabelecimento do Reino de Deus - no qual tanto Israel como a

Igreja e os Gentios - as nações justas (o trigo) terão parte no Estado Eterno. E todos serão chamados Povos

de Deus: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos (no grego está no plural, laoi\-laoí); o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

De acordo com o sistema apresentado pelos dispensacionalistas, há sete épocas da história da Salvação: Inocência, Consciência, Governo Humano, Patriarcal, a Lei, a Graça e o Milênio, que será o governo divino. A chave imprescindível para a compreensão do futuro é Daniel 9.24-27. As 70 semanas se referem a 490 anos (70 x 7) e não a dias. As primeiras 69 semanas de anos terminaram com a crucificação de Jesus, encerrando a época na qual Deus tratava principalmente com Israel. Com a rejeição do Messias que Deus ofereceu a Israel no ministério e na pessoa de Jesus, Deus fez o relógio escatológico parar. No intervalo entre 69ª e 70ª semana, Deus estabeleceu a Igreja, a realidade não prevista pelos profetas do Antigo Testamento.

(15)

A Igreja, portanto, é o ministério revelado a Paulo e aos escritores do Novo Testamento (Ef 3; Cl 1; Rm 16.25-27). Terminado este período da Graça, no qual os gentios e judeus são convidados a formar a “Noiva” de Cristo, ocorrerá o Arrebatamento (l Ts 4.13-18). Este maravilhoso evento se realizará sem aviso prévio. O relógio profético então será reativado, com a atenção de Deus voltada para Israel.

A 70ª semana de Daniel 9 marcará os sete anos da Grande Tribulação. Dentro da última semana de Daniel haverá o desenvolvimento do seguinte quadro:

Israel, a nação judaica, estará no centro do plano divino de Deus para com a humanidade. Restaurada, Israel reconstruirá o Templo e restabelecerá os sacrifícios exigidos pela lei mosaica.

O poder político internacional será exercido pelo Anticristo, a Besta ou o Homem de Iniqüidade (l Jo 4.3; Ap 13; 2 Ts 2.3).

O cristianismo apóstata, unindo o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa e o Modernismo protestante, chamado a Meretriz, se aliará com o Anticristo (Ap 17) e prosperará através da união adúltera durante um tempo.

O pecado aumentará entre os homens e chegará a uma profundidade e intensidade jamais vistas a não ser na época do Dilúvio.

A ira de Deus será derramada sobre a Terra numa série de julgamentos e cataclismos.

Quando a Besta (o Anticristo) romper (Dn 9.27) com a nação Israelita, provocará uma crise internacional que atingirá seu auge na guerra de Armagedom. Tudo culminará no fim dos sete anos da Grande Tribulação com a vinda de Jesus Cristo com os seus santos. Após a Parusia, o reino do Anticristo será destruído e Cristo passará a reinar sobre a terra (Zc 14.9,16-19; Mt 25.31-46; 19.28). Assim se cumprirão literalmente as profecias do Antigo Testamento que prevêem um reino messiânico na Terra. Passados os mil anos previstos em Ap 20, Satanás será solto da sua prisão, encabeçará uma revolta breve dos habitantes não regenerados, nações-bodes (Mt 25.31-46), mas que será esmagada . Sucederá então o último julgamento, do Trono Branco (Ap 20.11-15). Os mortos não convertidos serão julgados segundo as suas obras. A Igreja depois do Milênio gozará a Nova Jerusalém, e os judeus e as nações justas (ovelhas) gozarão

(16)

IX.

NOMES E CARACTERÍSTICAS DAS DISPENSAÇÕES

6

Uma dispensação é um período de tempo de duração definida, em que Deus revela ao homem a Sua Vontade pessoal, motivo porque se torna um tempo probatório ao homem seu contemporâneo. No grego dispensação é oikonomia (oi)konomi/a) que significa administração de uma casa. O verbo oikomeo se refere ao gerente administrativo de uma casa de família. No Novo Testamento o termo ‘dispensação’ significa gerenciar ou administrar os negócios de uma casa de família, como, por exemplo, na história contada por Jesus sobre o administrador infiel registrada em Lc 16.1-13. A apalavra oikonomia é uma aglutinação do termo oikos, que significa “casa”, com o termo nomos, que significa “lei”. Quando reunidos, a idéia central do vocábulo dispensação é a de gerenciar ou administrar os afazeres de uma casa. De certa forma Deus tem apenas uma Dispensação da sua grande Casa que abarca o Universo, os seres angelicais e os seres humanos, porém nesta administração divina há vários períodos e várias maneiras de tratar com eles. Uma dispensação sempre se manifesta com quatro características distintas:

1. Mediante privilégios especiais outorgados por Deus ao homem;

2. Mediante a manifestação da graça e misericórdia de Deus para com o homem;

3. Mediante responsabilidades pessoais atribuídas por Deus ao homem, e;

4. Mediante a manifestação da justiça de Deus sobre o homem culpado.

É óbvio que um esquema de sete dispensações não é inspirado, nem é imutável. Mas é necessário algum esquema e parece difícil fugir do conceito de sete economias distintas no desenrolar do propósito de Deus. Utilizando esse formato, portanto, examinemos algumas das características dessas economias.

1. Dispensação da Inocência

Geralmente esta primeira dispensação é chamada de Inocência. Embora este termo não seja boa descrição da condição de Adão antes da queda, talvez seja a melhor palavra única. Mas a palavra inocente parece neutra demais. Adão não foi criado apenas inocente, mas com uma santidade positiva que o capacitava a ter comunhão face a face com Deus. No entanto, sua santidade não era a mesma do Criador, pois era limitada em virtude de Adão ser criatura. Também, essa santidade não era confirmada até que ele pudesse passar com sucesso as provas colocadas diante dele. Assim, parece que a condição moral de Adão

6 RYRIE, Charles C. DISPENSACIONALISMO, Ajuda ou Heresia? 1ª ed. Mogi das Cruzes, São Paulo: ABECAR, 2004, p.

(17)

diante de Deus naqueles dias de “inocência” era de santidade não confirmada de criatura”, Mas essa é uma frase comprida demais para o nome de uma dispensação, portanto, voltamos a chamá-la de dispensação da Inocência.

Nevin sugeriu que a chamasse de dispensação da Liberdade.7 A palavra liberdade realmente caracteriza o homem antes que se tomasse escravo do pecado, e no que uma criatura possa ter liberdade, Adão a possuía antes do pecado escravizar sua vontade.

Nessa economia, a pessoa chave era Adão; na verdade, Devemos chamá-la de dispensação para Adão (como todas as dispensações são, do ponto de vista humano, mordomia). Suas responsabilidades eram cuidar do jardim e não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele falhou a prova quanto a comer, e como resultado, juízos de longo alcance foram pronunciados sobre ele, sua esposa, a humanidade, a serpente e a criação. Ao mesmo tempo em que Deus pronunciou juízo, Ele também graciosamente interveio, prometendo um redentor, e fez provisão imediata para aceitar Adão e Eva em sua condição de pecadores diante de Deus.

De modo estranho, o dispensacionalismo progressivo não inclui esta dispensação em seu esquema, mas inicia as dispensações com a entrada do pecado na raça humana.8

2. Dispensação da Consciência

O dispensacionalista comum tem sido escolado a designar a segunda economia de Dispensação da Consciência. O título vem de Romanos 2.15 e é uma designação correta dessa economia. O titulo não implica que o homem não tivesse consciência anterior ou após esse período, assim como a dispensação da Lei (que até mesmo os teólogos do pacto reconhecem) implica que não houvesse lei antes ou após aquele período. Significa simplesmente que era esse o modo principal com que Deus governava a humanidade durante aquela economia, e a obediência aos ditames da consciência era a principal responsabilidade de mordomia do homem.

(18)

suficientemente melhores do que “Consciência” para procurar reeducar a maioria dos dispensacionalistas que foram ensinados pelas anotações de Scofield.

Durante essa mordomia, cabia ao homem responder a Deus, lembrado pela consciência, e parte de uma resposta correta era trazer um sacrifício de sangue aceitável, conforme Deus lhe ensinara (Gn 3.21; 4.4). Possuímos relato apenas de alguns que responderam e Abel, Enoque e Noé são citados especialmente como heróis da fé. Temos também o relato dos que não responderam em fé, cujas obras más trouxeram juízo ao mundo. Caim recusou reconhecer a si como pecador mesmo quando Deus continuou a admoestá-lo (Gn 4.3,7). Assim, o assassinato veio ao cenário da história humana. Afetos desnaturais eram amplamente difundidos (Gn 6.2). Finalmente, havia violência e corrupção abertas e desejos e propósitos malignos do coração eram o mais comum (Gn 6.5). A longanimidade de Deus (1 Pe 3.20) chegou ao seu fim e Ele trouxe ao mundo o Dilúvio como julgamento sobre a maldade universal do homem. Mas ao mesmo tempo, Deus, em sua graça, interveio; Noé achou graça (o primeiro uso desta palavra na Bíblia) a seus olhos (Gn 6.8), e ele e sua família foram salvos. A revelação dessa economia é preservada em Gênesis 4.1-8-8.14.

3. Dispensação do Governo Civil

Já discutimos a propriedade de uma nova dispensação após o Dilúvio. A personagem principal durante esta economia foi Noé. A nova revelação desse tempo inclui o temor dos homens pelos animais, os animais dados ao homem como alimento, a promessa de não ser o mundo destruído outra vez pelas águas e a instituição da pena de morte. Este último é que oferece base distinta para essa dispensação como sendo de governo humano, ou governo civil. Deus deu ao homem o direito de tirar a vida do homem, que, em sua própria natureza dá ao homem o direito de governar outros. A não ser que o governo tenha direito da mais séria punição, sua autoridade básica é questionável e insuficiente para proteger corretamente aqueles a quem ele governa.

O fracasso em governar com sucesso surgiu quase imediatamente em cena, pois Noé se embebedou e se tomou incapaz de governar. O povo, em vez de obedecer à ordem de Deus de se espalhar e encher a terra, teve a idéia de se juntar e construir a torre de BabeI para alcançar seu alvo. A comunhão com os homens substituiu a comunhão com Deus. Como resultado, Deus enviou o juízo da torre de Babel e a Confusão das línguas. Também

(19)

interveio graciosamente com Abraão e seus descendentes. A revelação dessa mordomia nas Escrituras se encontra em Gênesis 8.15-11.9.

4. Dispensação da Promessa, ou Regência Patriarcal

O título Promessa vem de Hebreus 6.15 e 11.9, onde diz que Abraão obteve a promessa e viveu na terra prometida. O título enfatiza a revelação da economia, O fator governamental da economia é mais bem enfatizado pela designação de Dispensação de Regência Patriarcal. Até essa dispensação, toda a humanidade havia estado diretamente relacionada com os princípios de governo de Deus. Agora, Deus marcava uma família e uma nação e neles fez representantes de todos.A responsabilidade dos patriarcas era simplesmente crer em Deus e servi-lo, e Deus lhes deu toda provisão material e espiritual para que pudessem fazê-lo A Terra Prometida era deles, e a bênção lhes pertencia desde que permanecessem na Terra. Mas, é claro, logo e freqüentemente houve falhas. Finalmente, Jacó conduziu o povo ao Egito e logo o juízo da escravidão lhes sobreveio. Mas Deus novamente providenciou graciosamente um libertador e no processo da libertação, matou seus opressores. A Escritura envolvida nessa dispensação é Gênesis 11.10 até Êxodo 18.27.

Será que esta dispensação é distinta da Lei Mosaica, ou apenas um período preparatório? Parece clara a resposta em Gálatas 3.15-29. Embora seja verdade que Deus estava tratando com o mesmo povo durante as dispensações Patriarcal e Mosaica, não era esse o fator determinante. Afinal de contas, até a chamada de Abraão, Deus havia lidado de modos diferentes com o mesmo grupo - toda a população da terra. Na primeira e na segunda dispensação, Deus lidava com o mesmo povo - Adão e Eva. Assim sendo, o fato dele estar lidando com Israel durante ambos, a era patriarcal e a era da lei, não é determinante. O que determina a distinção das duas dispensações é simplesmente a base diferente em que Ele lidou com eles. Promessa e lei são claramente distintos por Paulo em Gálatas 3, ainda que ele insista quea lei não tenha anulado a promessa. E a Lei Mosaica é

(20)

agrupam tudo até o tempo da Vinda de Cristo (incluindo a lei)11 sob o rótulo “dispensações passadas”.

5. Dispensação da Lei Mosaica

Para os filhos de Israel, através de Moisés foi dado o grande código que denominamos de Lei Mosaica. Consistia em 613 mandamentos que cobriam todas as fases e atividades da Vida. Revelava com detalhes específicos a vontade de Deus dentro daquela economia. O período coberto foi desde Moisés até a morte de Cristo, ou desde Êxodo 19.1 até Atos 1.26.

O povo era responsável por cumprir toda a lei (Tg 2.10), mas falharam (Rm 10.1-3). Como resultado, houve muitos juízos durante este longo período. As dez tribos foram levadas cativas à Assíria; as duas tribos foram levadas cativas àBabilônia e mais tarde, porque rejeitaram a Jesus de Nazaré, o povo foi disperso por todo o mundo (Mt 23.37-39). Durante todos esses muitos períodos de desvio e desobediência, Deus lidou graciosamente com eles, desde a primeira apostasia do bezerro de Ouro, quando a lei estava sendo entregue a Moisés, até as promessas de graça de ajuntamento final e restauração na era do milênio que ainda está por Vir. Essas promessas de um futuro glorioso são garantidas seguras pelas promessas a Abraão, que de modo nenhum foram ab-rogadas pela lei (Gl 3.3-25). É-nos dito claramente no Novo Testamento (Rm 3.20) que a lei não era meio de justificação, mas sim, de condenação. Sua relação com a salvação e a Visão de salvação do dispensacionalista sob a lei serão discutidos mais adiante.

6. Dispensação da Graça

O apóstolo Paulo foi principal, embora não exclusivamente,o agente da revelação da graça de Deus para esta dispensação. O próprio Cristo trouxe a graça de Deus à humanidade por meio de sua encarnação (Tt 2.11), mas foi Paulo que fez a exposição da mesma. Certamente, o dispensacionalista não diz que não havia graça demonstrada antesda vinda de Cristo (assim como não pode dizer que não existe mais lei depois de Sua vinda), mas as Escrituras dizem que sua vinda demonstrou a graça de Deus com tamanha magnitude que todas as demonstrações anteriores eram como se nada fossem.

Debaixo da Graça a responsabilidade do homem é aceitar o dom de justiça dado livremente por Deus a todos (Rm 5.15-18). Há dois aspectos da graça de Deus nessa economia: (1) a bênção é totalmente pela graça e (2) a graça é para todos. Deus não está mais lidando apenas com uma nação como exemplo, mas com toda a humanidade. A grande maioria O tem rejeitado e como resultado disso, será julgada. A dispensação

(21)

terminará com a segunda vinda de Cristo, porque, conforme já foi sugerido, o próprio período da tribulação não é uma dispensação separada, mas o julgamento sobre as pessoas vivas que rejeitam a Cristo no final da presente dispensação. Os textos bíblicos referentes são Atos 2.1 até Apocalipse 19.21.

7. Dispensação do Milênio

Após o segundo advento de Cristo, o reino milenar será estabelecido em cumprimento de todas as promessas dadas em ambos os Testamentos, e especialmente aquelas contidas nas alianças de Abraão e de Davi. O Senhor Jesus Cristo, que tomará conta pessoalmente dos acontecimentos do mundo durante essa era, será personagem principal da dispensação. Ela continuará durante mil anos e o homem será responsável por obedecer ao Rei e suas leis. Satanás será preso, Cristo estará reinando, a justiça prevalecerá, a desobediência frontal será rapidamente punida. Contudo, no final desse período, haverá rebeldes suficientes para formar um exército terrível que ousará atacar a fonte do governo . (Ap 20.7-9). A revolta não terá sucesso, e os rebeldes serão lançados para o castigo eterno.

Este é um resumo das dispensações. Mas há mais uma consideração importante e muitas vezes negligenciada em resposta à pergunta feita pelo título deste capítulo. É provável que sejam em número de sete as dispensações; elas podem ser designadas conforme sugerimos; elas exibem determinadas características, mas, acima de tudo, as dispensações são mordomias, e cada mordomia possui os seus mordomos. Um homem geralmente se destaca, especialmente no início de cada dispensação, e com a exceção da primeira e da última, esse personagem principal não vive durante todo o período coberto. A responsabilidade de mordomia, portanto, não se restringe a um homem, mas em certo sentido, é colocada sobre todos os que vivem sob essa economia.

Vamos relacionar essa idéia com a dispensação da graça. Embora Paulo fosse um dos principais agentes da revelação da graça de Deus, muitos outros são mordomos sob essa economia. Os demais apóstolos e profetas (Ef 3.5) e todos os crentes (1 Pe 4.10) são também mordomos desta graça. Isso significa um envolvimento pessoal na graça de Deus

(22)

AS DISPENSAÇÕES

Nome Texto bíblico Responsabilidade Juízos

Inocência

Gn 1.3-3.6 Cultivar o jardim Não come um fruto Encher, subjugar a terra

Comunhão com Deus

Maldições e morte Física e espiritual Consciência Gn 3.7-8.14 Fazer o bem Dilúvio Governo Humano Gn 8.15-11.9 Encher a terra Pena capital Espalhados forçosamente Pela confusão das línguas

Patriarcal

Gn 11.10-Êx 18.27 Permanecer na Terra Prometida Obedecer a Deus

Jugo egípcio Vagar pelo deserto

Lei

Êx 19.1-Jo 14.30 Guardar a Lei

Andar com Deus Cativeiros

Graça At 2.1-Ap 19.21 Crer em Cristo Andar com Cristo

Morte Perda de Galardões

Milênio Ap 20.1-15 Crer e obedecer Cristo e Seu Governo

Morte Julgamento Final Grande Trono Branco

(23)

BIBLIOGRAFIA

1. CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. 1ª ed. Vol. 1. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986.

2. CHEN, Christian. Os Números na Bíblia. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Betânia, 1986. 3. ERICKSON, M.J. Introdução à Teologia Sistemática. 1ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1997.

4. ______. Um estudo do Milênio. Opções contemporâneas na Escatologia. 2ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986.

5. GOETZ, Williams R. Apocalipse Já. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Betânia, 1983. 6. GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 1ª ed. São Paulo: Editora Vida Nova, 1999. 7. HOUSE, H. Wayne. Teologia Cristã em Quadro. 1ª ed. São Paulo: Editora Vida, 1999.

8. ICE, Thomas & DEMY, Timothy. Profecias de A a Z. 1ª ed. Porto Alegre: Actual Edições, 2003. 9. ICE, Thomas. A Realidade da Profecia. Porto Alegre. Editora Actual, 2002.

10. JAFFIN, David. Israel no Fim dos Tempos. 1ª ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1994. 11. JUSTER, Dr. Daniel. O CHAMADO IRREVOGÁVEL. 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Ministério

Ensinando de Sião, 2001.

12. LADD, G. Eldon. Teologia do Novo Testamento. 1ª ed. São Paulo: Editora Hagnos, 2003.

13. LEAL, Manoel Ferreira. O sentido escatológico da Bíblia. Rio das Ostras: Imprensa Metodista, 1977.

14. LAHAYE, Tim. Sem Medo da Tempestade. 1ª ed. São Paulo: Editora e Publicadora Quadrangular, 1997.

15. LAHAYE, Tim & JEKINS, J. B. Estamos Vivendo os Últimos Dias? 1ª ed. Campinas – SP: Editora United Press, 2001.

16. LAHAYE, Tim & ICE, Thomas. Glorioso Retorno. 1ª ed. São Paulo: Abba Press Editora Ltda, 2004.

17. LEHMAN, H.I. A Revelação de Jesus Cristo. 2ª ed. São Paulo: Edições SHOPHAR, 1991.

18. LINDSEY, Hal. A Agonia do Grande Planeta Terra. 8ª ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1989. 19. LITZ, Osvaldo. A Estátua e a Pedra. 1ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1985.

20. McCLAIN, Alva J. As Setenta Semanas de Daniel. 4ª ed. São Paulo: Editora Batista Regular, 1983. 21. NELSON, Aldery. Apostilas de Escatologia.

22. NIGH, kepler. Manual de Estudos Proféticos. 2ª ed. São Paulo: Editora Vida, 2001.

23. OLSON, N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. 14ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1994. 24. PENTECOST, Jr., Dwight.Manual de Escatologia. 1ª ed. São Paulo: Editora Vida, 1994.

25. PINHO, Gilson de Almeida. Apostila de Escatologia.

26. RYRIE, Charles Caldwell. Vem depressa Senhor Jesus. Obra Missionária Chamada da Meia Noite, 1997.

27. ______. DISPENSACIONALISMO Ajuda ou Heresias?. 1ª Edição. São Paulo: ABECAR, 2004. 28. ______. A Bíblia Anotada. 1ª ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1991.

(24)

PR. ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES BENTES (jn”B) RUA: Praça das Estrelas, 75 Residencial Solarium – Várzea. CEP 33.400-000 LAGOA SANTA - MG

TEL. (31) 3681 4770; CEL. (31) 96849869. Emil: pastorbentesgoel@gmail.com

ATIVIDADES

Capitão do Comando da Aeronáutica.

Conferencista.

Pastor da Igreja Batista Getsemani. Professor dos seminários:

1.

SEBEMGE: Seminário Batista do Estado de Minas Gerais

2.

STEB: Seminário Teológico Evangélico do Brasil

3.

Seminário Teológico Hosana

4.

Escola Bíblica Central Do Brasil

5.

Koinonía (Igreja Batista Getsêmani)

Professor das disciplinas: Teologia Sistemática, Teologia Contemporânea, Apologética, Escatologia, Pneumatologia, Teologia Bíblica do Velho e Novo Testamento, Hermenêutica,

(25)

This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.

The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.

Referências

Documentos relacionados

Graças ao apoio do diretor da Faculdade, da Rede de Museus e em especial da Pro Reitoria de Extensão, o CEMEMOR tem ampliado e mantido suas atividades junto

A Variação dos Custos em Saúde nos Estados Unidos: Diferença entre os índices gerais de preços e índices de custos exclusivos da saúde; 3.. A variação dos Preços em

A responsabilidade pela coordenação do processo de seleção no campus ficará a cargo do servidor de referência, o qual deverá encaminhar à PRAEC, via Sistema Eletrônico

Transformar los espacios es también transformar la dinámica de las relaciones dentro del ambiente de trabajo, la glo- balización alteró el mundo corporativo, en ese sentido es

A maneira expositiva das manifestações patológicas evidencia a formação de fissuras devido a movimentação térmica das paredes, Figura 9, que não foram dimensionadas com

Figura 8 – Isocurvas com valores da Iluminância média para o período da manhã na fachada sudoeste, a primeira para a simulação com brise horizontal e a segunda sem brise

Neste contexto a indústria cacaueira em seu processo de produção e atual modernização, gera um montante considerável de resíduos sólidos constituídos principalmente pela casca

Origem do direito tributário; origens das receitas públicas e sua classificação atual: o sistema constitucional brasileiro consoante reforma tributária do ano de