• Nenhum resultado encontrado

Sumário DICAS JAN 2019 SEMANA CONSTITUCIONAL... 2 Teoria da Constituição, Neoconstitucionalismo e Poder Constituinte (jan 2019)...

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sumário DICAS JAN 2019 SEMANA CONSTITUCIONAL... 2 Teoria da Constituição, Neoconstitucionalismo e Poder Constituinte (jan 2019)..."

Copied!
35
0
0

Texto

(1)

Sumário

DICAS JAN 2019 SEMANA 3 ... 2

CONSTITUCIONAL ... 2

Teoria da Constituição, Neoconstitucionalismo e Poder Constituinte (jan 2019) ... 2

PROCESSO CIVIL ... 7

Aspectos Introdutórios (jan 2019) ... 7

ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS. PARTE 1 (jan 2019) ... 11

TRIBUTÁRIO ... 14

#Dicas – ISSQN (jan 2019) ... 14

CIVIL ... 18

#Dicas - Bem de Família (jan 2019) ... 18

# Dicas – Empreitada (jan 2019) ... 20

ECONOMICO ... 22

Direito Econômico - Parte 8 (jan 2019) ... 22

TRABALHO ... 24

Execução trabalhista x necessidade de citação (jan 2019): ... 24

PENAL E PROCESSO PENAL ... 24

Noções gerais – Princípios do direito penal (jan 2019) ... 24

PROCESSO PENAL - PRAZOS PARA O OFERENCIMENTO DA DENÚNCIA (jan 2019): ... 29

QUESTÕES DISCURSIVAS ... 31

(PGE-MS 2a fase) Explique o instituto da estabilização da Tutela Antecipada Antecedente (art. 304, CPC) e justifique se há ou não coisa julgada material neste caso. ... 31

(PGE-MS 2a fase) De que forma é possível afastar um precedente? ... 31

(TCM - GO discursiva) Existe discricionariedade na aplicação de sanções administrativas em virtude do descumprimento contratual? ... 31

(2ª fase PGE-AP adaptado) Quais são os benefícios que os RPPS podem oferecer? ... 32

(PFN - 2015 2a fase) Disserte, detalhadamente, sobre o protesto de certidão da dívida ativa. ... 33

(PFN 2015 2a fase) Discorra sobre o princípio do equilíbrio orçamentário. ... 33

(JUIZ TJPR 2a fase) Ao proferir a sentença de mérito, o juiz pode incluir juros contratuais e correção monetária de ofício no caso de acolhimento dos pedidos formulados? ... 33

CONTRATO DE EMPREITADA EM 2ª FASE (PGM-SLZ): O prazo de responsabilidade do construtor, no referido caput do Art. 618 é decadencial, prescricional ou de outra natureza? ... 34

(2)

(AGU 2012 DISCURSIVA PGM CURITIBA OBJETIVA) Qual a diferença entre concessão de uso x autorização de uso e permissão de uso de bem público? ... 35 (PGM-BARRETOS VUNESP) É válida a cláusula anticorrupção nos contratos administrativos? ... 35

COMPILADO DICAS JAN 2019 SEMANA 3 CONSTITUCIONAL

Teoria da Constituição, Neoconstitucionalismo e Poder Constituinte (jan 2019)

1) Segundo Barroso, o Neoconstitucionalismo identifica um conjunto amplo de transformações ocorridas no Estado e no direito constitucional. Nesse sentido, possui como marco teórico o Pós-positivismo, ante a superação do legalismo estrito do positivismo jurídico, com a reaproximação do Direito aos postulados da Ética e da Moral, marcantes no jusnaturalismo, mas sem o abandono do direito positivo.

2) O Iluminismo ocasionou a mudança do paradigma do direito natural para o positivismo jurídico (do teleológico para o racional), de modo que houve a supervalorização da razão humana. Auguste Comte defendia que o único conhecimento válido era aquele que carregasse o status científico. Assim, o objeto

da ciência jurídica passou a ser a norma positiva, distanciada de considerações morais, cujo fundamento de validade era a mera observância de seu procedimento formal de criação (teoria pura do direito – Kelsen), independentemente do conteúdo.

3) Em um cenário de Neoconstitucionalismo, pode-se falar em uma maior aproximação do Direito com a Moral, e que o homem ganha assento como o centro das preocupações das normas.

4) O fenômeno da Constitucionalização do direito não se confunde com a Filtragem Constitucional, e em não possui nenhuma relação com este último.

(3)

6) A Emenda à Constituição, prevista no art. 60, CF/88, é um mecanismo de exercício do Poder Constituinte Derivado Reformador. Tal mecanismo possui alguns limites procedimentais, a exemplo da iniciativa restrita, a qual limita a legitimidade de proposição de PECs a: a) metade, no mínimo, dos membros da CD ou do SF; b) Presidente da República; c) mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da ederação, manifestandose, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros; d) iniciativa popular.

7) Uma emenda constitucional pode ampliar o rol de cláusulas pétreas.

8) A vedação à dupla reforma ou duplar revisão é um limite implícito ao poder de reforma constitucional.

9) Na relação com a Constituição anterior, pode-se citar o instituto da "desconstitucionalização". Este significa que as normas da Constituição anterior serão analisadas perante a Constituição nova e, se elas forem materialmente compatíveis com a nova Constituição, elas podem ser mantidas assumindo status infraconstitucional. Esse fenômeno só ocorre se for

expressamente previsto, não havendo previsão na CF/88 da desconstitucionalização.

10) A doutrina majoritária aceita a existência dos chamados limites materiais implícitos.

11)Na Constituição de 1988, o poder constituinte reformador se manifestou de forma única com a possibilidade de emendas à Constituição.

12) A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 são os dois marcos mais importantes do Neoconstitucionalismo.

13) Na Antiguidade Clássica há registros de importantes traços do surgimento do constitucionalismo, todavia, na Idade Média, denominada Idade das Trevas, houve uma regressão histórica do constitucionalismo.

(4)

14) O totalitarismo constitucional, com forte conteúdo social, e o dirigismo comunitário, que busca expandir e propagar a proteção aos direitos humanos, são expressões ligadas à concepção doutrinária do constitucionalismo contemporâneo.

15) Considerando que determinadas alterações impostas pela nova ordem constitucional demandam tempo para a sua implementação, o STF já consentiu com a manutenção provisória de normas anteriores à Constituição de 1988 e com ela incompatíveis.

1) ERRADO. O Pós-positivismo é tido como o marco filosófico do Neoconstitucionalimos, e não como marco teórico. De toda forma, a questão apresenta as características corretas do pós-positivismo.

Lembre-se: como Marco teórico do neoconstitucionalismo pode-se citar o reconhecimento da força normativa da

Constituição (Konrad Hesse), a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional.

2) CORRETO. Inclusive, esse é justamente o cenário que antecede o pós-positivismo, que surge como uma superação do formalismo exacerbado do positivismo, bem como resposta às atrocidades cometidas pela 2ª Guerra Mundial, exigindo que a validade da norma jurídica devesse ser aferida a partir de valores fundamentais.

3) CORRETO. Como defendido a partir do imperativo categórico kantiano, o homem não pode ser considerado instrumento para consecução de objetivos outros, mas

como fim em si mesmo. Não mais se admite que o Direito se resuma a questões de validade formal. Os operadores do Direito devem observar se o resultado de sua operação é compatível com a tutela de direitos fundamentais.

4) ERRADO. A ideia de constitucionalização do Direito está associada a um efeito expansivo das normas constitucionais, cujo conteúdo material e axiológico

se irradia, com força normativa, por todo o sistema jurídico. Como explica Sarmento, tal fenômeno não se esgota no tratamento constitucional de temas anteriormente

(5)

disciplinados pela legislação ordinária, pois envolve a filtragem constitucional, ou seja, a interpretação de todas as normas à luz da CF, buscando a exegese que mais promova seus objetivos.

Assim, embora sejam conceitos distintos, pode-se dizer que a Filtragem Constitucional é uma das consequências da Constitucionalização do direito, tendo, portanto, íntima relação.

5) CORRETO. Atenção! – não tem de observar os limites postos pela ordem anterior; o caráter ilimitado, porém, deve ser entendido em termos; diz respeito à liberdade do poder constituinte originário com relação a imposições da ordem jurídica que existia anteriormente, mas haverá limitações políticas inerentes ao exercício do poder constituinte (se o poder constituinte é a expressão da vontade política da nação, não pode ser entendido sem a referência a valores éticos, religiosos, culturais, que informam essa mesma nação e que motivam as suas ações; assim, um grupo que se arrogue a condição de representante do poder constituinte originário e redija uma constituição que hostilize esses valores dominantes não haverá de obter o acolhimento de suas regras pela população e não terá êxito no empreendimento evolucionário, não sendo reconhecido como poder constituinte originário)

6) ERRADO. Atenção, pode parecer besteira, mas isso cai em prova! A exigência constitucional é de que haja, no mínimo, 1/3 dos membros da CD ou do SF para a proposição de uma PEC. Além disso, Sobre a possibilidade de uma PEC de iniciativa popular, existem dois posicionamentos:

a. Desfavorável: de acordo com o texto constitucional, não há previsão para a iniciativa popular de PEC;

b. Favorável: em termos teóricos, JOSÉ AFONSO DA SILVA defende que, se o povo é titular do poder (art. 1º, p.ú., da CF), é possível uma interpretação ampliativa para entender que a iniciativa popular não abrange só leis, mas também a PEC;

7) ERRADO. Uma emenda constitucional NÃO pode ampliar o rol de cláusulas pétreas, uma vez que o Poder Reformador recebe a sua autoridade do constituinte originário. Logo, o Poder Reformador só pode ser limitado pelo constituinte originário, de maneira que o Poder Reformador de hoje não pode inserir novos limites ao Poder Reformador de amanhã.

Por outro lado, o Poder Reformador pode inserir novo instituto que é abrangido por uma das hipóteses de cláusula pétrea existente. Ex.: Poder Reformador

(6)

inserir no texto constitucional novo direito individual.

8) CORRETO. Dupla reforma é a alteração de um limite ao Poder Reformador para permitir posterior modificação daquilo que outrora era vedado.

Dessa forma, pode-se dizer que os limites explícitos ao poder de reforma – limites procedimentais, circunstanciais e materiais explícitos – são, eles

próprios, limites implícitos ao Poder Reformador, porque eles próprios não podem ser abolidos.

9) CORRETO, pelos próprios fundamentos apresentados na questão.

10) CORRETO. São eles:

a)O Art. 60, CF é considerado cláusula pétrea pois impõe limitações ao Poder reformador; b) Sistema presidencialista e forma republicana de governo;

c)A titularidade do Poder Constituinte será sempre do povo

11) ERRADO. O poder constituinte reformador se manifestou também na previsão da revisão constitucional. Vide art. Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.

12) ERRADO. o neoconstitucionalismo é o constitucionalismo-pós moderno. Logo, dois são os marcos históricos de formais do constitucionalismo moderno: A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791;

13) ERRADO. Na Antiguidade Clássica há uma identificação de um surgimento tímido do constitucionalismo. Na Idade Média, a Magna Carta de 1215 representa o grande marco do constitucionalismo medieval, estabelecendo, mesmo que formalmente, a proteção a importantes direitos individuais.

14) CORRETO. Eis a lição de Pedro Lenza: "O totalitarismo constitucional é uma das características do constitucionalismo contemporâneo e é um dos fundamentos da

(7)

constituição dirigente. Fala-se em totalitarismo constitucional na medida em que os textos sedimentam um importante conteúdo social, estabelecendo normas programáticas (metas a serem atingidas pelo Estado, programas de governo) e se destacando o sentido de Constituição dirigente defendido por Canotilho.

(...)

Essa concepção de dirigismo estatal (de o texto fixar regras para dirigir as ações “governamentais) tende a evoluir para uma perspectiva de dirigismo comunitário, ideia também vislumbrada por André Ramos Tavares ao falar em uma fase atual do constitucionalismo globalizado, que busca difundir a perspectiva de proteção aos direitos humanos e de propagação para todas as nações. Destacamos, ainda, uma concepção de proteção aos direitos de fraternidade ou solidariedade, que são identificados pela doutrina como direitos de terceira dimensão ou geração”.

15) CORRETO. Essa questão caiu no concurso da PGR. O STF reconheceu a validade da disposição: "Nada sobrevive ao novo Texto Magno", dada a impossibilidade de convívio entre duas ordens constitucionais originárias (cada qual representando uma ideia própria de Direito e refletindo uma particular concepção político-ideológica de mundo), exceto se a nova Constituição, mediante processo de recepção material (que muito mais traduz verdadeira novação de caráter jurídico-normativo), conferir vigência parcial e eficácia temporal limitada a determinados preceitos constitucionais inscritos na Lei Fundamental revogada, à semelhança do que fez o art. 34, caput, do ADCT/1988.

"ADCT, Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores."

PROCESSO CIVIL

Aspectos Introdutórios (jan 2019)

1) Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Deve ser elaborada uma lista nas varas e gabinetes com a ordem dos processos, permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.

(8)

2) Em caso de ausência de tratado internacional, a cooperação jurídica internacional pode se dar com base na reciprocidade, manifestafa através da via diplomática. Além disso, em caso de homologação de sentença estrangeira, também se exigirá a reciprocidade.

3) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição

contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.

4) O artigo 1.029, § 3º, dispõe que até mesmo Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderão desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.

5) Os honorários advocatícios nascem contemporaneamente à sentença e não preexistem à propositura da demanda.

6) O curador especial tem legitimidade para propor reconvenção em favor do réu cujos interesses está

defendendo.

7) Nas hipóteses de extinção do processo sem resolução de mérito provocada pela perda do objeto da ação

em razão de ato de terceiro e sem que exista a possibilidade de se saber qual dos litigantes seria sucumbente se o mérito da ação fosse julgado, o pagamento das custas e dos honorários advocatícios deve ser rateado entre as partes.

8) Em ação civil pública, a formação de litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público Estadual e o Federal não depende necessariamente da demonstração de alguma razão específica que justifique a presença de ambos na lide.

9) Decisão que não aprecia o mérito não gera impedimento por parentesco entre magistrados.

(9)

10) Negociação, mediação e arbitragem são equivalentesjurisdicionais: métodos de solução de conflitos não jurisdicionais.

11) O mediador é um profissional qualificado que

tenta fazer com que os próprios litigantes descubram as causas do problema e tentem removê-las; é um

facilitador do diálogo ente as partes. Na mediação não há heterocomposição, diferente do que ocorre na

arbitragem. As próprias partes decidem.

12) A arbitragem consiste em um meio heterocompositivo de solução de controvérsias, diferenciando-se da conciliação e mediação em razão da imposição da solução arbitral perante as partes.

13) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da autenticidade ou da falsidade de documento.

14) É admissível a ação meramente declaratória, exceto em casos de violação do direito.

15) O julgamento de agravo interno está excluído da regra da ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.

1) CORRETO. Lei seca, art. 12, cpc. O intuito é que você atente para o fato de que esse atendimento à ordem cronológica deve se dar de maneira preferencial, e não obrigatória, como abordam algumas questões.

2) ERRADO. Atente para esses detalhes. Conforme o art. 26, §2º, não se exigirá a reciprocidade no caso de homologação de sentença estrangeira! A reciprocidade se

(10)

utiliza apenas em caso de ausência de tratado internacional, em situação de cooperação jurídica internacional.

3) CORRETO. Atente para isso! É de jurisdição contensiosa, e não voluntária! Isso já caiu em concurso.

4) CORRETO. Contempla-se o princípio da primazia do julgamento do mérito, bem como o da instrumentalidade das formas.

5) CORRETO. Sentença proferida após o CPC/2015 deverá observar as suas regras quanto aos honorários, ainda a ação tenha sido proposta antes da sua entrada em vigor. Os honorários advocatícios nascem contemporaneamente à sentença e não preexistem à propositura da demanda. Assim sendo, nos casos de sentença proferida a partir do dia 18/3/2016, deverão ser aplicadas as normas do CPC/2015. STJ. 2ª Turma. REsp 1.636.124-AL, Rel. Min.

Herman Benjamin, julgado em 6/12/2016 (Info 602).

6) CORRETO. STJ. 4ª Turma. REsp 1.088.068-MG, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 29/08/2017 (Info

613).

7) CORRETO. STJ. 3ª Turma. REsp 1641160-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/3/2017 (Info 600)

8) ERRADO. É obrigatória a demonstração de alguma razão específica, conforme o entendimento da 3ª turma do STJ.

9) CORRETO. STJ. 3ª Turma.

REsp 1.673.327-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/9/2017 (Info 611).

(11)

superioridade da justiça estatal em relação aos demais meios de solução de controvérsias, deve-se dar preferência ao que for mais adequado às peculiaridades do litígio; ou seja, não há uma preferência abstrata de qualquer deles,por isso, não se fala em

alternatividade, mas, sim, em adequação. Os meios em análise foram pensados no contexto da “terceira onda” de renovação do processo civil (acesso à Justiça), a partir das preocupações com a morosidade e burocracia

judiciais, o que levava (e leva) a uma litigiosidade contida.

11) CORRETO. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório,

que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia (art. 1º, parágrafo único, Lei 13.140/15).

12) CORRETO. A arbitragem é uma técnica de solução de conflitos realizada por meio da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada (convenção de arbitragem), decidindo sem intervenção estatal, porém com imparcialidade, sendo a decisão destinada a assumir a mesma eficácia da sentença judicial.

13) CORRETO. É o que diz o art. 19, II, CPC.

14) ERRADO. Mesmo em caso de violação do direito, é possível ação meramente declaratória.

15) CORRETO, conforme art. 12, §2º, VI, CPC.

ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS. PARTE 1 (jan 2019)

1) (Vunesp) Do julgamento do mérito do incidente resolução de demandas repetitivas caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso, com efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.

(12)

a. Atenção: Trata-se de uma exceção dos efeitos do RE e Resp, que, em regra, não possuem efeito suspensivo. Contudo, nesse caso, possuem efeito suspensivo Open Legis.

2) Caso não seja observada a tese adotada no incidente de resolução de demandas repetitivas, caberá reclamação para o mesmo tribunal.

3) (Vunesp) A técnica de julgamento prevista no art. 942, CPC, não se aplica ao IAC e ao IRDR, bem como, à remessa necessária. Além disso, também não se aplica ao julgamento não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. 4) (FCC) Por outro lado, a referida técnica, além da apelação, se aplica ao agravo de instrumento (desde que julgue parcialmente o mérito) e à ação rescisória (quando o resultado for a rescisão da sentença).

5) Súmula 637 STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município.

6) Súmula 733 STF: Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios.

7) Súmula 579 STJ: “Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração quando inalterado o julgamento anterior”.

8) Súmula 568-STJ: O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema.

9) Informativo 630: o recurso cabível da decisão que acolhe a impugnação ao cumprimento de sentença e extingue a execução é a APELAÇÃO.

a. Decisão de total ou parcial improcedência desafia Agravo de Instrumento. b. Decisão de total procedência desafia recurso de Apelação.

(13)

10) A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

11) Enunciado nº 207, FPPC: Cabe reclamação, por usurpação de competência do tribunal de justiça ou do TRF, contra a decisão de juiz de primeiro grau que inadmitir recurso de apelação.

12) Art. 1.043, §3º, CPC: Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.

13) (PGR) De acordo com art. 1.026, § 3º, CPC, realmente, no caso de reiteração de ED's considerados protelatórios, a interposição de outro recurso fica condicionada ao depósito prévio do valor da multa. Contudo, tal regra não se aplica nas hipóteses em que a Fazenda Pública ou o beneficiário da justiça gratuita forem os recorrentes, caso em que deverão recolher a multa somente quando houver o trânsito em julgado da decisão.

14) O Recurso Extraordinário e o Recurso Especial podem ser manejados simultaneamente, cabendo primeiro ao Superior Tribunal de Justiça julgar o especial, remetendo posteriormente o extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.

15) (MPE-BA) A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais fundamentos dos pedidos do autor, mesmo que tenha o juiz acolhido apenas um deles, se a defesa ou o pedido contiver mais de um fundamento.

16) (MPE-BA) A apelação terá, em regra, efeito suspensivo, muito embora possa o relator, nos casos em que o seu efeito é meramente devolutivo, suspender a eficácia da sentença se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

(14)

17) Do julgamento do mérito do incidente de demandas repetitivas caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.

18) A revisão da tese jurídica firmada no incidente de demandas repetitivas far-se-á pelo mesmo tribunal, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público ou da Defensoria Pública.

TRIBUTÁRIO

#Dicas – ISSQN (jan 2019)

1. É devido a partir de um negócio jurídico que comine em obrigação de fazer. Obs: No RE 651.703/PR, o STF considerou que tal critério não é absoluto. Vejamos: "A classificação das obrigações em “obrigação de dar”, de “fazer” e “não fazer”, tem cunho eminentemente civilista, como se observa das disposições no Título “Das Modalidades das Obrigações”, no Código Civil de 2002 (que seguiu a classificação do Código Civil de 1916), em: (i) obrigação de dar (coisa certa ou incerta) (arts. 233 a 246, CC); (ii) obrigação de fazer (arts. 247 a 249, CC); e (iii) obrigação de não fazer (arts. 250 e 251, CC), não é a mais apropriada para o enquadramento dos produtos e serviços resultantes da atividade econômica, pelo que deve ser apreciada cum grano salis".

2. O rol de serviços anexos é taxativo, mas que admite interpretação extensiva.

3. Não pode incidir sobre locação de bens móveis (SV nº 31). Tendo em vista se tratar de obrigação de dar.

3.1 obs: quando a locação de bens móveis for feita juntamente com a prestação de serviços, haverá incidência de ISSQN sobre o último.

Obs2: quando for o caso de cessão de direito, existe incidência do ISSQN.

4. Não incide sobre exportação de serviços (Caiu em Manaus).

(15)

6. É possível incidir ISS sobre serviços bancários.

7. Incide ISS sobre o leasing financeiro e leaseback.

8. Incide ISS sobre a atividade de franquia.

9. É possível deduzir os materiais de empreitada da base de cálculo do ISSQN, desde que os mesmos estejam diretamente relacionados com a obra.

10. Incide ISSQN apenas nos transportes municipais. Cuidado para não confundir com o ICMS.

11. Aspecto temporal: Efetiva prestação de serviços.

12. Aspecto especial: Via de regra, local do estabelecimento do prestador.

13. Os notários não possuem direito ao regime fixo do ISS.

14. Não incide ISSQN sobre os atos cooperativos. Incide, no entanto, nos atos empresariais.

15. Ver súmulas: 524, 424, 274, 167, 156 e 138 do STJ e 546, 588, 663 e SV 31, do STF.

16. O ISS obedece aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal.

17. As obrigações gratuitas e compulsórias não estão sujeitas ao ISSQN. P.EX: serviço militar obrigatório.

(16)

18. É irrelevante, para fins de incidência, se o prestador não possui habilitação ou se não conseguiu lucrar com o serviço.

19. Incide ISSQN e não ICMS quando se tratar de serviço de troca de pneus.

20. Incide ISSQN sobre a cessão de direito de uso de marca.

21. Não integram sua base de cálculo: valores devidos à terceiros, descontos incondicionais e encargos financeiros.

22. A exigência de cadastro prévio em Município é CONSTITUCIONAL.

Jurisprudência - ISSQN

1. A Empresa de Correios e Telégrafo pode pleitear à repetição do indébito relativo ao ISS sobre serviços postais, independentemente de provar ter assumido o encargo pelo tributo ou estar expressamente autorizada pelos tomadores dos serviços.

2. Incide ISS - e não ICMS - sobre o serviço de montagem de pneus, ainda que a sociedade empresária também forneça os pneus utilizados na montagem.

3. É competente para cobrar o ISS incidente sobre a prestação de serviço de análise clínica (item 4.02 da lista anexa à LC 116/2003) o município no qual foi feita a contratação do serviço, a coleta do material biológico e a entrega do respectivo laudo, ainda que a análise do material coletado tenha sido realizada em unidade localizada em outro município, devendo-se incidir o imposto sobre a totalidade do preço pago pelo serviço.

4. Não se aplica à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais a sistemática de recolhimento de ISS prevista no § 1º do art. 9º do Dec.-lei n. 406/1968.

(17)

5. A base de cálculo do ISS, na prestação de serviços de marketing, é o valor global cobrado pelos serviços, não sendo legítima a dedução dos valores recebidos a título de reembolso por ausência de previsão legal.

6. A base de cálculo do ISS incidente sobre a prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros é o preço efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), não o vigente no momento posterior em que se dá a efetiva prestação.

7. A listagem de serviços que constituem fatos geradores do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN (anexa ao Decreto-Lei n. 406/1968 e à Lei Complementar n. 116/2003) comporta interpretação extensiva para abarcar os serviços congêneres àqueles previstos taxativamente. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 132)

8. O benefício da alíquota fixa do Imposto sobre Serviços estabelecida no art. 9º, §§ 1º e 3º, do DL n. 406/68 somente é concedido às sociedades uni ou pluripessoais integradas por profissionais que atuam com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial.

9. A competência para o recolhimento do ISS nas hipóteses de construção civil é do município onde a obra foi realizada, independentemente do serviço ter sido prestado antes ou após a edição da LC n. 116/03. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 198)

10. Não incide ISS sobre o serviço de provedor de acesso à internet, por ausência de previsão legal.

11. Incide ISS sobre a intermediação de negócios na Bolsa de Mercadorias e Futuro - BM&F, cuja atividade é voltada para a comercialização de mercadorias.

(18)

CIVIL

#Dicas - Bem de Família (jan 2019)

O que é? De acordo com TARTUCE: "O bem de família pode ser conceituado como o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade monoparental, ou entidade de outra origem, protegido por previsão legal específica".

Atenção! O conceito de família deve ser utilizado com interpretação extensiva, para abarcar pessoas solteiras, viúvas e separadas (S. 364, STJ).

Pode ser dividido em bem de família legal ou voluntário.

Voluntário: instituído pelos cônjuges, pela entidade familiar ou por terceiro, mediante escritura pública ou testamento, não podendo ultrapassar essa reserva um terço do patrimônio líquido das pessoas que fazem a instituição.

Pode abranger imóveis e valores mobiliários. Deve ser registrado no RGI e não se aplica a dispensa do Art. 108, CC.

Com a instituição do bem de família convencional ou voluntário, o prédio se torna inalienável e

impenhorável, permanecendo isento de execuções por dívidas posteriores à instituição, salvo: dívidas anteriores de qualquer natureza; dívidas posteriores relativas aos tributos relativos ao prédio e despesas de condomínio.

Bem de família legal: O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei (Art. 1º)”.

De acordo com o STJ, a lei tem eficácia retroativa, atingindo as penhoras constituídas antes da sua entrada em vigor. Também é importante mencionar que a

(19)

impenhorabilidade legal do bem de família pode ser reconhecida de ofício pelo juiz (AgRg no AREsp 140.598/SP).

O bem de família é irrenunciável, ou seja, o seu oferecimento à penhora não torna o bem objeto de constrição (REsp 511.023/PA). Bem como, antes de arrematação do bem, a alegação de impenhorabilidade cabe por simples petição, não sendo o caso de preclusão processual (AgRg no REsp 292.907/RS).

Importante: o regime legal não protege os veículos automotores, obras de arte e adornos suntuosos, bem como a vaga de garagem com matrícula própria (S. 449, STJ).

Exceções à impenhorabilidade: a) a lei tratava os créditos dos trabalhadores do imóvel como exceção. No entanto, esse dispositivo foi revogado, de maneira que não mais é exceção; b)Outra possibilidade é o titular do crédito utilizado para construir ou adquirir o imóvel; c) credor de pensão alimentícia; d) cobrança de impostos e taxas relacionadas ao imóvel; e) imóvel adquirido como produto do crime.

Atenção! é legítima a penhora de apontado bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, ante o que dispõe o art. 3.º, VII, da Lei 8.009/1990 (Informativo 552, STJ). No entanto, o STF decidiu que: "Em sessão realizada na terça-feira (12), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não é possível penhorar o bem de família do fiador na locação comercial".

Julgados e súmulas recentes:

A impenhorabilidade do bem de família no qual reside o sócio devedor não é afastada pelo fato de o imóvel pertencer à sociedade empresária (Informativo 579, STJ). A pequena propriedade rural, trabalhada pela família, é impenhorável, ainda que dada pelos proprietários em garantia hipotecária para financiamento da atividade produtiva (informativo 574, STJ).

É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação (S. 549, STJ).

(20)

A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora (S. 449, STJ).

O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas (S. 364, STJ).

O simples fato de o imóvel ser de luxo ou de elevado valor, por si só, não afasta a proteção prevista na Lei n. 8.009/1990 (AgInt no AREsp 1199556/PR).

Como a lei é bem pequena, vale leitura de

imediato: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8009.htm

L8009 - planalto.gov.br

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 143, de 1990, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, NELSON CARNEIRO, Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:. Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não ... www.planalto.gov.br

# Dicas – Empreitada (jan 2019)

00. O que é? De acordo com TARTUCE: "Por meio desse negócio jurídico, uma das partes – empreiteiro ou prestador – obriga-se a fazer ou a mandar fazer determinada obra, mediante uma determinada remuneração, a favor de outrem – dono de obra ou tomador".

Vale ressaltar que é contrato bilateral, oneroso, comutativo, consensual e informal. 1. Pode ser de administração, de lavor (empreiteiro fornece apenas mão de obra) e mista (mão de obra e materiais).

(21)

1.1 Atenção! A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resultará da lei ou vontade das partes.

2. A empreitada de lavor é obrigação de meio, ocorrendo a responsabilidade SUBJETIVA; 2.1 A empreitada mista é obrigação de resultado, ocorrendo a responsabilidade OBJETIVA.

3. O prazo de garantia legal é de 5 anos, devendo ser proposta a ação nos 180 dias seguintes (PGE-TO). Vale ressaltar que o prazo para propor a ação é decadencial. 3.1 (PGM-Maricá) De acordo com o Código Civil, o empreiteiro de materiais e execução responde pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo, pelo prazo irredutível de cinco anos.

3.2 De acordo com TARTUCE: "O prazo de cinco anos refere-se à estrutura do prédio, à sua solidez e à segurança do trabalho (prazo decadencial)".

3.3 (PGE-SP) O Estado de São Paulo celebra com a empresa Alfa contrato que tem por objeto a construção de hospital público. Quatro anos após o recebimento definitivo da obra, constatou-se desconformidade de vigas de sustentação de um dos pavimentos do prédio, com comprometimento à segurança, decorrente de má execução. Notificada para eliminar a desconformidade, a empresa Alfa silenciou. Nesse caso, a Administração deverá buscar ressarcimento das perdas e danos junto ao empreiteiro no prazo de até 5 anos, prescricional, contados da constatação do defeito.

3.3.1 No caso, a banca da PGE-SP utilizou o prazo do decreto 20.910.

4. A execução suspensa sem justa causa pelo empreiteiro ocorrerá sua condenação em perdas e danos.

5. Via de regra, a empreitada não é personalíssima. Cuidado! A prestação de serviços é personalíssima.

6. Se o empreiteiro inutilizar os materiais, a sua responsabilidade será subjetiva, não objetiva.

6.1 (TJ-PR) Q: Devido ao fato de o contrato de empreitada ser personalíssimo, em regra, nessa modalidade de contrato, a morte do empreiteiro é causa de extinção do contrato. R: Falso!! Vide item acima e cuidado para não trocar com prestação de serviços.

7. Atenção! O prazo referido no art. 618, parágrafo único, do CC refere-se unicamente à garantia prevista no caput, sem prejuízo de poder o dono da obra, com base no mau

(22)

cumprimento do contrato de empreitada, demandar perdas e danos (En. 181, CJF). Vale ressaltar que o prazo será de 3 anos, conforme Art. 206, §3º, V, CC.

8. O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução.

9. Acredito que esses são os principais pontos do contrato de empreitada, bastando que ao fim das dicas você leia os artigos correspondentes no código civil.

OBS. No item QUESTÕES DISCURSIVAS, o contrato de empreitada será novamente abordado novamente.

ECONOMICO

Direito Econômico - Parte 8 (jan 2019) 5.3. Intervenção indireta

5.3.1. Disciplina constitucional

De acordo com o art. 174, CF, o Estado pode atuar como agente normativo e regulador da atividade econômica, na forma da lei, exercendo as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.

5.3.2. Funções do Estado

As funções do Estado são: (a) fiscalização. Leia-se "supervisão". Refere-se ao exercício do poder de polícia, no caso, econômica; (b) incentivo. Leia-se "fomento". É o estímulo à atividade econômica; (c) planejamento. É a organização para o alcance de determinados objetivos econômicos.

a) Fiscalização: exercício do poder de polícia, qual seja, atividade material de cumprimento de normas pelos agentes econômicos. Tem por pressuposto a atuação do Estado como agente normativo e regulador, cujas normas buscará aferir. Fecha-se o ciclo: regulação + supervisão.

b) Fomento: "prestações da Administração Pública a favor de atividades de interesse geral desempenhadas por agentes econômicos que lhe são estranhos". Tem por objetivos: (a) criar estímulos à adoção de condutas ou ao desenvolvimento de atividades tidas como relevantes pelo Estado; (b) reduzir barreiras, encargos e riscos das atividades tidas como relevantes; (c) prover meios materiais para viabilização de atividades tidas como relevantes.

No Brasil, costuma-se dividir em benefícios fiscais (regime de tributação diferenciado, isenções, reduções de alíquota, compensação, subtração de burocracia fiscal) e

(23)

benefícios de outra natureza (subsídios, subvenções, crédito sob condições favorecidas, assistência técnica, participação estatal em empresa privada).

TECLA SAP - Subsídio é um elemento de preço, o poder público contribui para redução de custos. Subvenção é aporte material, com o objetivo de fomentar a atividade. Ex. FINEP do MCTI.

c) Planejamento: tecnicamente, não é uma forma de intervenção, pois no nosso ordenamento ele não vincula o setor privado. Planejar é definir e hierarquizar objetivos, meios e prazos. Como características do planejamento, tem-se que (a) envolve a realização de diagnóstico e prognóstico; (b) existe independentemente de regimes ou ideologias. Todo regime possui planejamento; (c) varia de acordo com o grau de vinculação que cada Estado atribui ao planejamento. O planejamento é determinante para o setor público e indicativo para o setor privado (art. 174, CF).

O regime jurídico do planejamento tem sua origem no DL 200/67, cujo art. 7º estabelecia haver “subordinação das ações governamentais ao Planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico-social e a segurança nacional”. A competência para os planos nacionais e regionais de ordenação de territórios e de desenvolvimento é atribuída à União (art. 21, IX, CF). Ex. plano nacional de educação, recursos hídricos. No entanto, cabe ente federativo estabelece suas próprias normas de planejamento interno.

O planejamento vincula o setor público, porque condiciona a aprovação de despesas e projetos ao plano aprovado. No entanto, é indicativo para o setor privado, não sendo fonte primária de obrigações. Apenas sinaliza as prioridades governamentais. Não obriga, mas também não gera direito subjetivo para o particular. Aí se distingue o planejamento da "planificação" da economia, o qual é vinculante para o setor privado.

O principal instrumento de planejamento é o plano, que é um conjunto de ações governamentais. É de longo prazo e tende a ser multissetorial. É positivado em lei. Um programa, por outro lado, é circunstancial e setorizado.

O plano mais relevante é o plano plurianual (PPA, art. 165, §§1º e 4º, CF), que é o “instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, objetivos e metas com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão das políticas públicas, orientar a definição de prioridades e auxiliar na promoção do desenvolvimento sustentável" (Lei 12.593/2012). Tem validade por 4 anos e abrange todos os objetivos, diretrizes e metas da Administração, de forma regionalizada, orientando todos os demais programas. Está na fronteira entre o Direito Financeiro (gestão de recursos públicos) e o Direito Econômico (condiciona a atuação do Estado). Condiciona a LDO e a LOA.

(24)

TRABALHO

Execução trabalhista x necessidade de citação (jan 2019):

A execução trabalhista rege-se pelas regras específicas, previstas na CLT, pois inexistente a omissão no texto legal específico, a justificar a aplicação supletiva do processo civil (art. 769 da CLT), e incompatível com os princípios específicos do direito material e processual do trabalho a norma prevista pelo diploma processual comum. No que se refere à necessidade de citação da

execução, aplica-se ao processo do trabalho o comando expresso e específico do art. 880, caput, e parágrafos, da CLT, tratando-se de medida indispensável.

PROCESSO Nº TST-ARR-2914-48.2014.5.08.0115

Pessoal de provas CESPE, fiquem de olho nos julgados divulgados no site do TST. Eles estão tirando questões de lá.

PENAL E PROCESSO PENAL

Noções gerais – Princípios do direito penal (jan 2019)

1) A norma penal em branco própria recebe tal denominação por seu complemento ser extraído de norma de igual status, por exemplo, outra Lei Federal, tal qual a editada para criar o tipo incriminador.

2) O princípio da proporcionalidade, no direito penal, afirma que não basta que o fato seja típico, é necessário que este fato ofenda, de maneira grave, o bem jurídico pretensamente protegido pela norma penal.

3) Pode-se afirmar que o princípio da lesividade é sinônimo de ofensividade e alteridade.

4) O princípio da legalidade tem como consectários a proibição de analogia em Direito Penal, de irretroatividade da lei penal gravosa, de utilização dos costumes para fundamentar ou agravar a pena e de criação de leis penais indeterminadas ou imprecisas.

5) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo.

(25)

6) Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância ao dever de cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-participantes de idêntica atividade procedam do mesmo modo.

7) Na fixação da pena, o Magistrado após o reconhecimento da existência do crime e sua autoria tem uma discricionariedade “regrada ou vinculada”.

8) A individualização da pena é um princípio de direito material implícito atento à individualidade objetiva do delito e condição subjetiva de cada delinquente.

9) O crime progressivo e a progressão criminosa se identificam uma vez que se dão ao mesmo tempo e no mesmo momento, ou seja, se desdobram em dois atos.

10) O princípio da exteriorização do fato em direito penal consiste na afirmação de que ninguém pode ser punido pelo que pensa ou pelo modo de viver.

11) Pode-se afirmar que a flexibilização de princípios é um dos desdobramentos do "Direito Penal do Inimigo".

12) Direito Penal do autor significa punir uma pessoa em virtude de suas condições pessoais.

13) No que tange ao princípio da adequação social, pode-se dizer que o direito penal não deve criminalizar condutas consideradas adequadas pela sociedade (sentimento social de justiça). 0 princípio é um norte ao legislador na criminalização de condutas e na revogação de tipos penais.

14) No direito penal, proibi-se o costume incriminador, mas se permite o costume interpretativo.

(26)

15) Enquanto cabe à lei criar tipos penais e suas funções (fonte formal imediata), a Constituição pode criar mandados de crlmlnalização, vinculando o legislador à proteção de determinados bens jurídicos.

1) ERRADO. A norma penal em branco própria é aquela em que o complemento do preceito primário é formulado por instância legislativa diversa da que formulou a lei penal em branco (por outra norma que não se origina do Poder Legislativo - ato administrativo). Exemplo: crimes da lei de drogas (Lei 11.343/06): a definição das drogas está na Portaria 344/1998 da ANVISA.

2) ERRADO. Esse é o conceito do princípio da ofensividade.

3) ERRADO. Lesividade = ofensividade. Contudo, conforme lição de Rogério Sanches, “o princípio da lesividade não se confunde com o da alteridade, que se fundamenta na impossibilidade de que alguém seja penalmente responsabilizado por fato que não ultrapasse sua esfera particular, ou seja, que não cause danos a terceiros. Com fundamento neste princípio, embora seja possível punir, por exemplo, o induzimento, a instigação e o auxílio ao suicídio, não se pune a tentativa de suicídio em si, pois a conduta não ultrapassa a esfera de interesse exclusivo do agente, não atinge diretamente bem jurídico alheio.”

4) ERRADO, apenas pela primeira frase, tendo em vista que é possível a aplicação da analogia para beneficiar o réu.

5) CORRETO. Exemplo de norma penal em branco ao revés é a do artigo 1º da Lei 2.889/56, que trata do genocídio. Não há na lei as sanções penais dos tipos que prevê, sendo que o dispositivo mencionado faz referência às penais do Código Penal para delitos análogos.

6) CORRETO. O princípio da confiança, de primordial importância para os crimes culposos, permite que os indivíduos ajam na expectativa que os demais atuem com observância do dever objetivo de cuidado que os vincula. É o caso do motorista da via

(27)

principal, que passa pelo cruzamento na confiança de que eventual motorista que a cruze respeite a regra de trânsito e lhe dê a preferência.

7) CORRETO. O juiz, ao aplicar a pena, terá uma discricionariedade (certa liberdade para aplica-la), mas o fará de acordo com o que a lei estabelece (ex. se agente cometeu um crime com violência ou grave ameaça à pessoa o juiz não pode aplicar uma pena restritiva de direito porque a lei estabelece que não pode).

8) ERRADO. É um princípio explícitoo!! Está previsto no art. 5º, XLVI da CF: "a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes.

OBS:PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL IMPLÍCITOS NA CF: Proporcionalidade; Razoabilidade; Duplo grau de jurisdição; Intervenção Mínima ou Subsidiariedade; Fragmentariedade; Lesividade ou Ofensividade; Taxatividade Penal ou da Determinação; Adequação dos meios aos fins; Proibição do Excesso; Culpabilidade ou da Responsabilidade Subjetiva; Adequação social; Insignificância ou da Bagatela.

9) ERRADO. Atenção!! Conforme doutrina de Cleber Masson, CRIME PROGRESSIVO: é aquele que para ser cometido deve o agente violar obrigatoriamente outra lei penal, a qual tipifica crime menos grave, chamado de crime ação de passagem. Em síntese, o agente, pretendendo desde o início produzir o resultado mais grave, pratica sucessivas lesões ao bem jurídico. Com adoção do princípio da consunção para a solução do conflito aparente de leis penais, o crime mais grave absorve o menos grave. Ex: Homicídio + Lesão Corporal; Furto + Invasão Domicílio

Por outro lado, na PROGRESSÃO CRIMINOSA ocorre mutação no dolo do agente, que incialmente realiza um crime menos grave, e após, qdo já alcançada a consumação, decide praticar outro delito de maior gravidade. Em razão do princípio da consunção, o agente só responde pelo crime + grave. Ex: A decide lesionar B, com chutes e pontapés. Em seguida, B já bastante ferido, A decide matá-lo. Só responderá por Homicídio.

10) CORRETO. O princípio da exteriorização do fato em direito penal significa que o Estado só pode incriminar penalmente condutas humanas voluntárias que se exteriorizem por meio de concretas ações ou omissões, isto é, de fatos. Esses fatos devem consistir em condutas suscetíveis de percepção sensorial.

(28)

11) CORRETO. Teoria desenvolvida por Gunther Jakobs. O Estado deve respeitar as garantias dos cidadãos. Contudo, há sujeitos que ameaçam a convivência em sociedade e violam o contrato social. Esses sujeitos, contumazes e nocivos, devem ser tratados como inimigos e, como tal, devem ser enfrentados e vencidos. Exemplo: o terrorista, o traficante de drogas, o membro de organização criminosa.

Expressão do direito penal do autor (punição centrada na personalidade perigosa do agente).

O combate ao "inimigo" envolve a supressão de diversas garantias processuais. Eis os possíveis desdobramentos:a) Eliminação da ampla defesa e do direito de constituir defensor; b) Flexibilização de princípios; c) Mitigação do princípio da legalidade;

d) Possibilidade de incomunicabilidade; e) Ênfase na periculosidade, e não na culpabilidade; Dentre outros.

12) CORRETO. Exemplo: direito penal na Alemanha nazista. Por outro lado, fala-se em direito penal do fato, quando se dá ênfase nas condutas tipificadas como crime, a exemplo do direito penal brasileiro.

OBS: "Alertamos, no entanto, que o nosso ordenamento penal, de forma legitima, adotou o Direito Penal

do fato, mas que considera circunstâncias relacionadas ao autor, especificamente quando da análise da pena (personalidade, antecedentes criminais), corolário do mandamento constitucional da individualização da sançãopenal" (SANCHES CUNHA, Rogério).

13) CORRETO. Pelos próprios fundamentos da questão.

14) CORRETO. Exemplo de costume interpretativo: o horário que se entende por "repouso noturno"" tem sido

delimitado de acordo com 0 costume.

15) CORRETO. Exemplo: ao estabelecer que "a prática do

racismo constitui crime inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei" (art. 5S, XLII da CF/88), o constituinte determinou a criminalização do racismo pelo legislador, o que ocorreu com a edição da Lei 8.072/90.

(29)

PROCESSO PENAL - PRAZOS PARA O OFERENCIMENTO DA DENÚNCIA (jan 2019):

a) CPP (art. 46):

- Réu Preso = 5 dias;

- Réu Solto = 15 dias;

b) CPPM (art. 49):

- Réu Preso = 5 dias;

- Réu Solto = 15 dias;

OBS.: O prazo pode ser ser prorrogado, EXCEPCIONALMENTE, pelo juiz ao DOBRO ou ao TRIPLO, caso o acusar não estiver preso

c) Lei de Drogas (art. 54):

(30)

d) Crimes Contra a Economia Popular (art. 10):

- Réu Preso ou Solto = 2 dias.

e) Abuso de Autoridade (art. 13):

- Réu Preso ou Solto = 48 HORAS.

f) Código Eleitoral (art. 357):

- Réu Preso ou Solto = 10 dias.

g) Lei de Falências (art. 187, §1º): Será o mesmo do previsto no CPP (preso = 5 dias e solto 15 dias). Contudo, caso o réu esteja solto, o MP poderá aguaradr a apresentação da exposição circunstanciada de que trata o art. 186 da Lei, devendo, em seguida, oferecer denúncia em 15 dias.

(31)

QUESTÕES DISCURSIVAS

(PGE-MS 2a fase) Explique o instituto da estabilização da Tutela Antecipada Antecedente (art. 304, CPC) e justifique se há ou não coisa julgada material neste caso.

De acordo com a banca: O instituto da estabilização da tutela provisória de urgência antecipada antecedente fixa uma forma de perenização dos efeitos materiais desta tutela satisfativa concedida de modo antecedente, resolvendo, com isto, a crise da relação jurídica material sem a necessidade do julgamento de mérito.

Ressalto, no entanto, que tal possibilidade não deve ser confundida com a coisa julgada, que não pode ocorrer com a mera estabilização. Como sabemos, a coisa julgada depende de cognição exauriente sobre o tema mérito da causa, enquanto na estabilização ocorre apenas uma cognição sumária.

(PGE-MS 2a fase) De que forma é possível afastar um precedente?

As hipóteses de afastamento do precedente são a distinção (distinguishing) e a superação (overruling). Na distinção faz-se um exame do plano interno das decisões, verificando se há similitude entre a relação material a ser decidida e também a adequação entre as rationes decidindi utilizadas nas decisões. Na superação há um exame no plano externo, pelo qual o precedente é afastado quando não possuir mais conformidade com a realidade social atual ou quando se tornou inconsistente em razão de sua superação por uma nova ordem jurídica ou por outra decisão judicial posterior com caráter vinculante.

(TCM - GO discursiva) Existe discricionariedade na aplicação de sanções administrativas em virtude do descumprimento contratual?

Não! a FCC considerou como sendo um dever da administração pública aplicar as penalidades administrativas, cabendo, inclusive a responsabilização do gestor que deixou de aplicá-las. De acordo com Pollyane Roque: "De início, cabe ponderar que, em se tratando da aplicação de sanções pela Administração Pública, não há que se falar em discricionariedade por parte do agente público que, diante do descumprimento contratual, possui o dever de penalizar o particular infrator ante o risco de ser responsabilizado pessoalmente".

E continua: "Na aplicação de penalidades, além dos princípios que regem a Administração Pública, insculpidos no caput do art. 37 da Constituição da República de 1988, e de outros previstos na lei 8.666/93, alguns princípios fundamentais do Direito Penal devem ser observados, notadamente:

(i) Princípios da legalidade e da anterioridade, segundo o qual nenhuma penalidade poderá ser imposta ao contratado sem que haja lei prévia que estabeleça a infração e a sanção correspondente;

(32)

(ii) Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, que impõem a adequação da penalidade à infração praticada, considerando-se a gravidade desta, as suas consequências e os prejuízos eventualmente advindos; e

(iii) Princípio da culpabilidade, que demanda a comprovação, no caso concreto, da existência de elemento subjetivo (dolo ou culpa) na conduta que ensejou o descumprimento contratual, o qual deverá ser levado em consideração na aplicação da penalidade.

Ademais, é imperiosa a instauração do processo administrativo pertinente, em que se garanta o exercício do contraditório e da ampla defesa, inclusive mediante a produção de provas, em observância ao disposto no art. 5º, inciso LV, da CR/1988.

E mais: é também garantido o direito ao duplo grau de jurisdição em âmbito administrativo, de modo que as decisões que aplicam penalidades, acaso mantidas, sejam submetidas à apreciação da autoridade superior àquela que as proferiu.

Cabe destacar que o ato administrativo sancionador deverá conter os fundamentos de fato e de direito que motivaram a aplicação da pena, sob pena de nulidade, a fim de evitar-se a influência de subjetivismos do agente público, assegurando o controle de legalidade do ato".

(2ª fase PGE-AP adaptado) Quais são os benefícios que os RPPS podem oferecer? Inicialmente, vejamos o que dispõe o Art. 5º, da Lei 9.717/98: "Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal não poderão conceder benefícios distintos dos previstos no Regime Geral de Previdência Social, de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, salvo disposição em contrário da Constituição Federal".

- -

Desta maneira, o RPPS pode fornecer os seguintes benefícios: aposentadoria por invalidez; compulsória; por idade e tempo de contribuição; voluntária por idade; especial; auxílio-doença; salário-família; salário-maternidade; pensão por morte e auxílio-reclusão.

- -

Pois bem, na segunda fase da PGE-AP, foi questionado sobre a constitucionalidade de benefício denominado "auxílio-matrimônio". Sabendo do teor acima, ficaria fácil responder que tal benefício é inconstitucional por vedação legal e constitucional, no sentido de que o RPPS não pode conceder benefícios distintos do RGPS (Art. 40, §12º, CRFB).

(33)

-

Bons Estudos! Equipe CTPGE

(PFN - 2015 2a fase) Disserte, detalhadamente, sobre o protesto de certidão da dívida ativa.

Inicialmente, o STJ considerava que o protesto de CDA era medida que desnecessária, não permitindo ao fisco utilizá-la. Após, houve alteração legislativa permitindo expressamente a CDA ser protestada, onde então o STJ começou a mudar de entendimento (overruling).

Vale ressaltar que existe norma do CNJ disciplinando o protesto de CDA, bem como recente julgado do STF permitindo o protesto das CDA's. Entre os argumentos do STF, podemos destacar alguns mais importantes, são eles: a) expressa previsão legal; b) não exclusão da possibilidade de cobrança extrajudicial dos créditos públicos; c) o protesto não

impede o devedor de acessar o Poder Judiciário para discutir a validade do crédito; d) a edição de ato infralegal que estabeleça parâmetros claros, objetivos e compatíveis com a Constituição para identificar os créditos que serão protestados; e) não representa obstáculo à livre iniciativa e não constitui sanção política.

(PFN 2015 2a fase) Discorra sobre o princípio do equilíbrio orçamentário.

O princípio do equilíbrio orçamentário não é previsto expressamente na CRFB, mas sim na LRF. Por meio desse princípio, busca-se assegurar que as despesas autorizadas na LOA não sejam superiores às receitas.

Importante previsão deste princípio está na chamada "regra de ouro" da CRFB, que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante da despesa de capital (Art. 167, III).

Por fim, importante ressaltar que a LRF não veda a aprovação de orçamento deficitário, mas exige que exista um equilíbrio entre receitas e despesas (Art. 4º, I, LRF). Tanto isso é verdade que o orçamento de 2016 da União Federal veio com déficit de R$ 160 bilhões. Fonte: Harrison Leite

(JUIZ TJPR 2a fase) Ao proferir a sentença de mérito, o juiz pode incluir juros contratuais e correção monetária de ofício no caso de acolhimento dos pedidos formulados? R: Poderá ser incluída a correção monetária de ofício, mas não os juros contratuais. De acordo com a banca CESPE:

Excepcionalmente, no entanto, são admitidos os "pedidos implícitos", que não dependem de formulação expressa. Dentre eles, o art. 322, § 1°, do CPC/2015, dispõe

(34)

que são compreendidos no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.

Logo, ao proferir a sentença de mérito, o juiz pode incluir a correção monetária de ofício, mas não os juros contratuais, que dependem de pedido expresso, porquanto o dispositivo legal expressamente prevê a inclusão dos juros legais.

CONTRATO DE EMPREITADA EM 2ª FASE (PGM-SLZ): O prazo de responsabilidade do construtor, no referido caput do Art. 618 é decadencial, prescricional ou de outra natureza?

Como mencionado nas dicas, trata-se de prazo de garantia legal. O examinador quis influenciar o candidato a escolher os prazos gerais, que são os prescricionais ou decadenciais.

- -

De acordo com Sérgio Cavalieri: "Trata-se, portanto, de uma garantia legal e de ordem pública, não somente ao proprietário, mas, também, e principalmente, à sociedade em geral. Durante cinco anos o construtor fica adstrito a assegurar a solidez e a segurança da construção, respondendo pelos vícios e defeitos que se manifestam nesse prazo, bem como por qualquer dano que a obra causar a terceiros (...)".

- -

No mesmo sentido, leciona TARTUCE: "O dispositivo consagra dois prazos diferentes. No caput está previsto um prazo de garantia legal, específico para os casos de empreitada, a ser respeitado pelo empreiteiro. O prazo de cinco anos refere-se à estrutura do prédio, à sua solidez e à segurança do trabalho (prazo decadencial)".

- -

Por fim, a banca (FCC) considerou no espelho: "O prazo de responsabilidade do construtor, referido no caput do art. 618 do CC/02, é de garantia, funcionando como uma presunção relativa de culpa do obreiro, de maneira que, aparecendo o defeito, o prejudicado poderá articular sua pretensão indenizatória mesmo após o transcurso do prazo de garantia".

- -

Sobre a parte final da resposta da banca examinadora, esclarece NELSON ROSENVALD: "De qualquer sorte, superado o prazo de garantia (cinco anos) – estabelecido em favor do dono da obra ou de terceiro adquirente neste período o empreiteiro continuará respondendo pelos eventuais vícios existentes na obra, desde que provada sua culpa (responsabilidade subjetiva com culpa provada pela vítima), como consagra o sistema geral de responsabilidade civil do direito brasileiro (CC, art 927.).

(35)

Nesse caso, o prazo para exercício da pretensão indenizatória será de três anos, se o negócio estiver submetido ao Código Civil, ou de cinco anos, quando o contrato estiver caracterizado como uma relação de consumo. Numa hipótese ou na outra, o termo inicial para a sua fluência é o conhecimento do fato, aplicada a tese da actio nata". (AGU 2012 DISCURSIVA PGM CURITIBA OBJETIVA) Qual a diferença entre concessão de uso x autorização de uso e permissão de uso de bem público?

Inicialmente cumpre ressaltar que há divergência doutrinária entre os institutos. No entanto, a corrente majoritária, faz a seguinte distinção:

1) autorização de uso - e ato administrativo unilateral, discricionário e precário onde o Poder Público permite o uso de bem público por particular. Pode ser onerosa ou gratuita, sobre bens móveis e imóveis.

A diferença entre autorização e permissão é que na primeira o bem público é utilizado majoritariamente em interesse privado; enquanto na permissão é utilizado majoritariamente em favor da coletividade.

Por fim, a concessão é contrato administrativo, que tem como objetivo a utilização de bem público com finalidade coletiva. Uma diferença apontada pela doutrina é que na concessão, deve existir licitação e possuir prazo determinado.

Informações adicionais: não confundir com a cessão de uso, que é a transferência de uso para outro ente administrativo, seja da administração direta ou indireta.

(PGM-BARRETOS VUNESP) É válida a cláusula anticorrupção nos contratos administrativos?

Espelho da banca: As cláusulas anticorrupção têm sido previstas em decretos municipais, de regulamentação da Lei Federal n.º 12.846/13. Ainda que o Município não tenha editado norma neste sentido, uma cláusula anticorrupção pode ser inserida, pois ela possui um caráter pedagógico. Isso porque as práticas descritas no enunciado da questão são infrações previstas na referida lei federal, independentemente de previsão contratual, não havendo na lei nada que imponha a elaboração de uma cláusula específica. No entanto, nada obsta que o contrato traga a cláusula proposta pela área de licitações e contratos, já que ela reflete o mero cumprimento da legislação vigente em matéria de prevenção à corrupção.

Referências

Documentos relacionados

§  4 o     Quando,  por  ocasião  do  processamento  do  incidente  de  resolução  de  demandas  repetitivas, 

Chocolates Campestre Língua de gato R$ 4,00 100 gr Barrinha 30 gr Ref.: Chocolate ao leite R$ 2,00 Barrinha 50 gr Ref.: Chocolate Belga R$ 4,00 unidade unidade Barrinha 40

A resposta para esta questão foi buscada na semiótica da narrativa, analisando as personagens Flora e Donatela sob o viés do nível narrativo proposto por Algirdas Julien

Consolidaram sua organização da produção ao nível espacial ("layout" e fluxo ama- durecido) e sua estrutura administrativa, bem como parte de sua demanda. Os car- gos

Por fim, avigoramos o entendimento quanto à natureza jurídica do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, que constitui um processo coletivo formado a partir

Os reparos, as modificações ou as alterações não autorizados, o uso de peças não fornecidas pela Cascade ou a falha em seguir as instruções de instalação, os manuais

3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Parceria Público- Privada Participação das ICTs em Inovação Incentivos à Inovação na Empresa. Lei da

Devemos reconhecer que há grande polêmica quanto a natureza jurídica do incidente de resolução de demandas repetitivas, se mera técnica de julgamento