TÉCNICO EM GUIA DE TURISMO
Prof. Elisângela Bezerra das Neves Holanda
UC5 - PRESTAR INFORMAÇÕES TURÍSTICAS NO
CONTEXTO LOCAL E REGIONAL.
No Rio Grande do Norte, o processo educativo começou quando foram instaladas as vilas, que ficaram sob a administração dos missionários, inclusive com a tarefa da instrução civil e religiosa.
Quando as missões religiosas foram extintas, o missionário foi substituído pelo mestre-escola nas sete vilas que existiam no Rio Grande do Norte.
Em 1827, surgiram as primeiras escolas primárias. Foram duas: uma pertencia a dona Francisca Josefa Câmara e a outra, a Francisco Pinheiro Teixeira.
As primeiras escolas do interior surgiram dez anos depois: São José de Mipibu, Princesa, Goianinha, Arês, Touros, Mossoró, Acari, Apodi.
ATHENEU NORTE-RIOGRANDENSE
A fundação do Ateneu aconteceu em três de fevereiro de 1834, pois no artigo 27, da lei nº 30 sancionada pelo presidente da província do Rio Grande do Norte Basílio Quaresma Torreão em 30 de março de 1834, diz: “o dia três
de fevereiro, aniversário da abertura do Ateneu, é feriado”. Além disso, foi no
dia três de fevereiro de 1834 que o Padre Antônio Xavier Garcia de Almeida, vice -diretor do Ateneu, abrira o livro de matrículas das aulas no referido dia.
Basílio Quaresma foi o fundador e também o primeiro diretor-geral, dessa instituição de ensino que se tornou a mais antiga do Brasil, fundado antes mesmo do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro.
ATHENEU NORTE-RIOGRANDENSE
O Colégio Atheneu reunia cinco aulas de Humanidades, intituladas Aulas maiores, eram elas: Filosofia, Retórica, Geometria, Francês e Latim. Sem sede própria, o Atheneu funcionou de 1834 a 1859 em um dos alojamentos do antigo Quartel, a entrada se dava pela antiga rua Nova.
Em 1º de março de 1859, o Atheneu foi instalado no edifício da rua Junqueira Ayres e permaneceu lá até 1954.
No dia 11 de março de 1954, reinstalou-se o Atheneu em um prédio moderno, em forma de X, com um ginásio coberto, para a prática de esportes e de educação física.
Era no Atheneu que se formava a elite intelectual do estado do Rio Grande do Norte, a exemplo do ex-presidente Café Filho, do ex-ministro Aluízio Alves, dos ex-governadores Cortez Pereira, Garibaldi Filho, Geraldo Melo e José Agripino, Wilma de Faria entre outros.
ESCOLA NORMAL DE NATAL
A Escola Normal foi criada em 24 de abril de 1908 e funcionou no Atheneu de 13 de maio de 1908 até 31 de dezembro de 1910. A Escola Normal foi criada pelo Governador Alberto Maranhão a fim de preparar gente capacitada fechando algumas escolas primárias, rotineiras, retrógradas e improdutivas que havia no Estado.
Em 2 de janeiro de 1911, iniciou os seus trabalhos no prédio do Grupo Escola Augusto Severo.
ESCOLA NORMAL NO GRUPO ESCOLAR AUGUSTO
SEVERO
Em 1954, foi inaugurado o Instituto de Educação para funcionar o Atheneu Masculino e Feminino com um Grupo Escolar Modelo. Essa proposta não foi concretizada na sua totalidade. O Ateneu absorveu tudo, a Escola Normal ocupou uma perninha do X.
COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO
Criado pelo governador Alberto Maranhão através da Lei nº 153 de 02 de setembro de 1901, concedeu um prédio do governo, situado na avenida Rio Branco (Liceu Industrial) por até 10 anos, para a instalação do colégio. A missa de fundação ocorreu no dia 22 de fevereiro de 1902.
Através de doações as irmãs Dorotéias compraram o sítio Cucuí, localizado na então distante avenida Deodoro. Em 24 de junho de 1906 o Imaculada Conceição mudou-se para o atual endereço.
Num primeiro momento, o Colégio Imaculada Conceição esteve voltado apenas para o público feminino, em regime de externato e internato. O segundo momento acontece a partir da abertura de matriculas em 1972, para o público masculino, no caso irmãos das alunas do colégio. Tendo sido também a primeira escola religiosa, da cidade do Natal, a permitir a matricula de uma aluna casada.
COLÉGIO MARISTA
Criado em 1903, o Colégio Santo Antônio, assim denominado por ter funcionado inicialmente no convento do mesmo nome, foi fundado pelos padres seculares, Moisés Coelho e Alfredo Pegado. Foi um dos primeiros educandários dedicados à educação da juventude masculina natalense.
Em 1930 após a Irmandade Marista assumirem a direção, o Colégio passa a se chamar de Diocesano Marista, passando a funcionar em regime de internato e externato.
Nos anos 1931 e 1932, procurou-se um terreno adequado às necessidades do Colégio. No dia 14 de outubro de 1932, foi adquirido o atual terreno no cruzamento das ruas Apodi e Deodoro, local esse fora da cidade, pois o espaço entre o Alecrim e a nova Catedral, à época em construção, era quase deserto. A construção do novo prédio foi iniciada em 1936, sendo concluída em 1939.
ESCOLA DE APRENDIZ E ARTIFÍCEIS (IFRN)
Criada por Decreto Federal durante o governo do Presidente da República Nilo Peçanha, em 23 de setembro do ano de 1909, as quais tinham por finalidade admitir alunos, de preferência “desfavorecidos de fortuna”, expressão vigente na época para denominar os miseráveis.
No RN, a Escola de Aprendizes e Artífices situava-se na Rua Presidente Passos, Cidade Alta, no prédio onde atualmente funciona a Casa do Estudante do Rio Grande do Norte. A Escola funcionava em regime de semi-internato, através de oficinas de marcenaria, sapataria, alfaiataria, serralharia e funilaria.
No ano de 1914, a Escola de Aprendizes e Artífices passa a denominar-se Liceu Industrial e transfere-se para o prédio da Rua Nova (Av. Rio Branco), 743, Cidade Alta, oferecendo cursos de desenho, sapataria, marcenaria, funilaria e alfaiataria. O governador do Estado na época era o Desembargador Ferreira Chaves, sucessor de Alberto Maranhão.
No final da década de 30, ocorre na Instituição uma mudança estrutural, passando de Liceu Industrial à denominação de Escola Industrial de Natal.
No ano de 1947, na gestão do professor Jeremias Pinheiro, a União desapropria um terreno de 90 mil m², no então bairro Boa Sorte (Tirol)), para construção da nova Escola Industrial de Natal.
Em 1959, a escola foi transformada em autarquia e autorizada, através da Lei 3.552/59, a ministrar ensino técnico.
No final da década de 60, a Escola Industrial mudou-se para o atual endereço.
ESCOLADOMÉSTICA DE NATAL
Criada em 1914, a Escola Doméstica, destaca-se no Rio Grande do Norte e no Brasil pela sua especificidade: o trabalho voltado somente para mulheres, onde a atividade doméstica da mulher deveria ser ressaltada, o ensino doméstico baseia-se nos afazeres corriqueiros de uma dona de casa, atividade doméstica racional. Época em que a mulher aprenderia a fazer o gerenciamento prudente do lar e o balanço mensal de seus gastos. Além da atividade doméstica da mulher, de desempenho no lar, a preparação para o Magistério e o ingresso em escolas de Ensino Superior.
HENRIQUE CASTRICIANO
Nasceu a 15 de março de 1874, na cidade de Macaíba -RN. Estudou no Atheneu Norte Riograndense, iniciando seu curso jurídico na Faculdade de Direito do Ceará, concluindo no Rio de Janeiro, onde bacharelou-se em 1908. Foi secretário de governo e Procurador Geral do Estado, eleito e reeleito Vice-Governador. Viajou para o sul do país e Europa, trazendo da Suíça, o plano para a fundação de uma escola especializada na educação da mulher.
HELENE BONDOC
De nacionalidade Romênia Professora diplomada pela Escola de Menagère, Suíça Atuou como diretora no período de 1914 a 1918
PRIMEIRA TURMA DE DOCENTES DA ESCOLA
DOMÉSTICA
AULA DE EDUCAÇÃO DOMÉSTICA E HIGIENE DO
LAR
Em 1952, o governo do estado fez a doação de 18 hectares de um espaço no bairro do Tirol para a construção. Na atualidade a instituição faz parte do Complexo de Ensino Noilde Ramalho, que, abriga, além da Escola Doméstica, um colégio misto, aberto para homens e mulheres (Colégio Henrique Castriciano) e o Centro Universitário do Rio Grande do Norte.
NOILDE PESSOA RAMALHO
Nasceu em Nova Cruz/RN, no dia 19 de julho de 1920. Ingressou na Escola Doméstica em 1936, no 2º ano do Curso Doméstico, diplomando-se em 17 de novembro de 1939.
Em março de 1940, por convite do Dr. Varela Santiago, foi nomeada Professora do curso de Admissão, exercendo até 1944, diversos cargos. Em março de 1945, assumiu a Direção da ED, permanecendo até dezembro de 2010.
Foi fundadora do colégio Henrique Castriciano e FARN.
ASSOCIAÇÃO DE ESCOTEIROS DO ALECRIM
Fundada em 24 de junho de 1917, por um grupo de idealistas (Luís Soares Correia de Araújo, Elói de Souza, Meira e Sá, Henrique Castriciano, Moisés Soares e Monteiro Chaves).
A Associação Escoteira do Alecrim foi dirigida durante 54 anos pelo professor Luiz Soares, que acumulava com a função de diretor do Grupo Escolar Frei Miguelinho. Sendo reconhecido como um dos mais brilhantes educadores do Estado.
COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS NEVES
Fundada no dia 05 de agosto de 1932, funcionou precariamente em uma casa na Rua Fonseca e Silva até que fosse adquirido o atual terreno.
COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ
Fundado em 1936, cuja primeira edição reuniu 22 garotos carentes, em torno de atividades de lazer e educação. No período de 1940 a 1958 funcionou o Curso Filosófico São João Bosco, transferido de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, com a finalidade de suprir a necessidade de professores para o funcionamento do Colégio.
Em 1959 foi instalado o curso ginasial, e a instituição passou a denominar-se Ginásio Salesiano São José até 1979 quando foi implantado o ensino do 2º grau, passando ao nome de Colégio Salesiano São José. A escola tem a maior média de Natal para aprovação do aluno (7,5).
EDUCANDÁRIO OSWALDO CRUZ
O educandário foi planejado pelo Dr. Varela Santiago, pouco depois da construção do prédio do Hospital Infantil do Instituto de Proteção e Assistência à Infância, tendo em vista a educação de filhos de leprosos pobres. O edifício começou a ser construído em 1939, com o apoio da população local e do governo federal, e foi inaugurado em 1 de maio de 1942.
